Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quarta-feira, 27 de abril de 2011

FALANDO DE FLORES - Por Edilma Rocha


LAVANDA  ou ALFAZEMA - Lavandula officinalis -  "Aroma que traz bons sonhos". Feche os olhos e transporte-se mentalmente para um campo de Lavanda. Certamente você se recordará do seu suave perfume e poderá senti-lo trazido pelo vento. Ah! Que reconfortante e agradável cheiro de limpeza. Sinônimo de pureza e tranquilidade, a Lavanda era muito usada no banho e nos lençóis dos gregos e romanos. Muito conhecida na Antiguidade por repelir insetos e pelo perfume duradouro, era usada para disfarçar o mau cheiro das casas e ruas. Conta-se que  no tempo da peste, os fabricantes de luvas não eram atingidos porque perfumavam o couro com Lavanda.


Subarbusto rústico que atinge de 45 cm á 1 metro de altura. Existem várias espécies, com variações nas cores das folhas, de verde a cinza prateado, e das flores, de rosa muito pálido a róseo púrpuras e azuis. Originada das Ilhas Canárias, Norte e Oeste da África, Sul da Europa, Mediterrâneo, Arábia e  Índia. Cultivada em solo arenoso, com cálcio e bem arejado. Exposição direta ao sol para evitar doenças causadas por fungos. Plantar com intervalos de 120 cm. O cultivo em vaso é possível, mas é mais difícil.


A flor da Lavanda é usada como chá e para aromatizar compotas e, cristalizadas, para decorar sobremesas. Muito usada também na decoração e aromatização de ambientes. Travesseiros e almofadas de Lavanda são tranquilizantes naturais. Alivia dores de cabeça, insolação, fraqueza, vômitos e crises nervosas. Os tônicos à base de Lavanda aceleram a substituição das células nas peles sensíveis e delicadas. É também anti-séptico contra acne. O óleo essencial de Lavanda é neurossedativo, antidepressivo, antimelancólico, refrescante e calmante. Combina com óleos essenciais de gerânio, manjericão, bergamota, limão, toranja e erva-cidreira.

Edilma Rocha
Fonte - Jardim Interior - Denise Cordeiro

Meu Bairro:O Centro do Crato...O Começo do Mundo é Aqui,o Final é na China-Wilson Bernardo.

O centro da cidade do Crato tem suas particularidades e seus termômetros políticos, assim como seus fuxicos, conhecido nacionalmente como a Praça Siqueira Campos. A sua concentração de diversas rodas de conversas, que envolvem politica, futebol, religião, vida alheia e seus tradicionais aposentados. Mas o centro não é somente isso, tem seus bares, e seu centro financeiro, concentrado em atacados e varejo. Não quis aqui destacar minuciosamente os seus pontos tradicionais, por isso optei por fotos abertas de locais conhecidos de todos em panorâmicas da cidade, seguindo assim um critério pessoal, esperando não gerar polemicas.

Panorâmica da Av.Duque de Caxias, que dá acesso ao centro e faz parte do centro

Prefeitura Municipal do Crato e o coração comercial do Crato


Centro cultural do Araripe

Banco do Brasil e sua estrutura moderna

Siqueira Campos de outro ângulo

Catedral da Santa Sé, como marco zero da cidade do Crato

Detalhe de suas torres e badalos

Wilson Bernardo (Fotografia & Texto)

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27 de Abril - DIA DA EMPREGADA DOMÉSTICA

Quem não tem tempo para os afazeres domésticos como passar, lavar, cozinhar e limpar a casa sabe como é necessário contratar alguém que execute esses serviços em troca de remuneração. E, como nossa casa é um ambiente que desejamos que seja o mais agradável possível, é importante que a empregada doméstica saiba cuidar de um lar como se fosse seu.

É um trabalho difícil e, por estas e outras, as empregadas domésticas vêm sendo cada vez mais valorizadas hoje em dia. Com isso, conseguem fazer valer seus direitos. A recente conquista do depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS - mesmo que opcional para o empregador, é sinal de que os tempos mudaram.

QUEM É O PROFISSIONAL DO LAR?
Segundo o Ministério do Trabalho, cozinheiro, governanta, babá, lavadeira, faxineira, vigia, motorista particular, enfermeira do lar, jardineiro, copeira são os profissionais considerados domésticos, desde que o local onde trabalham não seja comercial.

Pela Lei 5.859 de 11 de dezembro de 1972, que ampara a profissão, doméstico é toda e qualquer pessoa, homem ou mulher, que presta serviços de modo contínuo em local residencial, sem fins lucrativos para o empregador.
O caseiro também é considerado doméstico se o local onde trabalha não possui fins lucrativos.
Já o zelador e o porteiro de condomínios residenciais ou comerciais não são considerados empregados domésticos.

EMPREGADA DOMÉSTICA OU DIARISTA?
De acordo com a Justiça do Trabalho, a empregada doméstica só estabelece vínculo empregatício com o empregador quando trabalha mais de duas vezes por semana no mesmo local, para a mesma pessoa e recebe salário pelos serviços prestados.
As características são as mesmas para a diarista, com exceção da continuidade. Ela geralmente presta serviços em locais e dias diferentes, não configurando assim o vínculo.

SEUS DIREITOS
Quem já não teve dúvidas sobre os direitos trabalhistas ao contratar os serviços de uma empregada doméstica? Afinal, ela não tem os mesmos direitos que o trabalhador comum como o seguro desemprego, salário família, pagamento de hora extra, jornada de trabalho fixada por lei, adicional por trabalho noturno e estabilidade.
Deve exigir recibo do empregador cada vez que receber o salário e este não pode ser inferior ao mínimo.
Um contrato por escrito, especificando horário de entrada e saída, valor do salário, dia da folga semanal e as funções a serem exercidas é importante para que dúvidas não apareçam.
Quanto ao registro na carteira profissional, não só pode como deve tê-lo, sendo providenciado em até 48 horas após sua admissão, mesmo tendo sido estabelecido contrato de experiência.

SEUS DEVERES
A empregada doméstica não tem só direitos, mas deveres que devem serem lembrados e cumpridos. De acordo com a cartilha do Ministério do Trabalho, ao ser admitida, ela deve apresentar alguns documentos como a carteira de trabalho, o carnê de pagamento do INSS, atestado de saúde (se o empregador exigir) e carta de boas referências. Se for demitida ou pedir demissão, deverá entregar a carteira de trabalho ao empregador para que ele faça os procedimentos legais.

CONQUISTA
A empregada doméstica tem direito de receber o FGTS. Porém, este direito não é obrigatório, ou seja, o empregador concede se achar que deve. Neste caso, o ideal é que haja um acordo entre ambas as partes.

Fonte: Portal São Francisco e IBGE
Poema Guardado
 - Claude Bloc -



Tenho um poema guardado
Indeciso, encabulado
Preso nas entrelinhas
Entre a coragem e a covardia.
Um poema de alegria,
De versos entrecortados
Refreada poesia...

Poema de tantas horas
Poema que  te anuncia.
Que canta forte aqui dentro
Que fala de ti todo dia,
Nem  vê o tempo que passa
E essa saudade que fica
Em cada verso uma flor
Um sonho que prometias.

Claude Bloc

"Medalhões" e "Idiotas" - José Nilton Mariano Saraiva

Conta bancária recheada de dólares e euros (daí a incessante “caçada” que lhes empreendem as sempre atentas e expeditas “marias-chuteiras” da vida), já dobrando o “cabo da boa esperança” (em termos de idade avançada), barrigão protuberante (pelos excessos cometidos), indisposição pra queimar calorias (via extenuantes exercícios físicos), farras homéricas que varam a madrugada (predominantemente regadas ao “sexo muito bem pago” e drogas em profusão), “eles” não mais encontram espaço no exigente mercado europeu e só então (e ainda assim), cansados e esbaforidos, lembram da terra-mãe, onde tudo começou, e aonde, a partir de agora, poderão “enganar” ad eternum.
Para tanto, à espreita e de prontidão, já se acham mercenários empresários e corruptos diretores de clubes, sempre acessíveis e dispostos a usufruírem robustos dividendos (financeiros e preferencialmente políticos), que se encarregam de “forrar a mão” de mafiosos jornalistas (e como proliferam, na imprensa esportiva tupiniquim), a fim que notícias sejam paulatinamente plantadas, anunciando-os como o “herói saudoso” que retorna ao “time do coração” (ou até mesmo – por que, não ??? - para atuar no arquirival, numa prova inconteste de “profissionalismo”).
Movida e estimulada pela paixão e irracionalidade latentes, insuflada a torcida do tradicional clube de pronto adere à causa, tratando de relembrar lances e gols de placa de um passado distante, que (intimamente sabem) jamais se repetirão (mas que o fanatismo se encarrega de obscurecer).
Após a assinatura do contrato milionário, a revelação-surpresa e desprovida de qualquer ética ou escrúpulo: como estão “sem ritmo de jogo”, necessitarão de dois a três meses pra “entrar em forma e ficar na ponta dos cascos”; e aí é que se constata que na realidade se acham mesmo é “bichados”, irremediavelmente “baleados”, sem a mínima condição de agüentar o tranco e, pior, indispostos para tal desiderato (porquanto visceralmente “dependentes” potenciais de “substâncias não recomendáveis”, herança maldita do “velho continente”). Ainda assim, durante o “sacrifício” a que se submetem (meros exercícios físicos), exigem o recebimento dos estratosféricos salários religiosamente em dia (como se tivessem a exercer a profissão) enquanto que - como ninguém é de ferro - as “baladas noturnas” se sucedem numa freqüência impressionante, com muito luxo e desperdício (para a infelicidade e protestos dos novos vizinhos (de um lado), e felicidade completa de determinadas “atrizes globais” (de outro); tanto é que uma delas, das mais famosas e requisitadas – e não caiam pra trás – chegou a receber “um apartamento”, pelos relevantes serviços prestados em uma única noitada).
O resto do script todo mundo já sabe: em campo, enquanto os companheiros literalmente “se matam” de correr atrás da “gorducha” (bola), eles “passeiam” ou “caminham” sem maiores preocupações; se alguém tem a “infeliz idéia” de endereçar-lhe o instrumento de trabalho (bola), há que fazê-lo “a domicílio”, sem que haja a necessidade de maiores esforços de sua parte, porquanto, se empreenderem algum excesso poderão romper algum vaso ou tendão; depois do “desfile” pelo tapete verde (por uma ou duas míseras partidas), alegam “cansaço” e exigem repouso absoluto de um ou dois meses para se “recondicionarem” fisicamente (sem que, no entanto, deixem de freqüentar assiduamente a noite). Viajar com os companheiros para atender a algum compromisso do clube, numa praça razoavelmente distante ??? Nem pensar (quando convenientemente não estão na “fisioterapia”, sempre têm que cumprir algum compromisso particular, sob a proteção da imprensa e Diretoria do clube).
E assim esses (podres de rico) “medalhões-heróis” forjados pela mídia esportiva tupiniquim levam a vida na maciota, certamente que gozando da cara dos (lisos)
“idiotas” - todos nós).
Agora, aqui pra nós: você já parou pra imaginar quanto custou cada um dos raros gols de autoria do tal Ronaldo “Pensão” Nazário, Adriano “Pó Puro” ou Ronaldo “Moleque” Gaúcho, depois que retornaram à pátria amada ???
Quanto ???

Padre Lourenço Vicente Enrile -- por Armando Lopes Rafael




O dia era 13 de novembro de 1876.

Na cidade de Crato – na Rua das Flores, atual Rua Teófilo Siqueira, em casa do farmacêutico prático Secundo Chaves, localizada próxima onde hoje funciona a Cúria Diocesana – um sacerdote de 43 anos, com o organismo minado pela tuberculose, sentia que sua existência terrena chegava ao fim. Em meio à febre, acessos constantes de tosse e hemoptise, o Padre Lourenço Vicente Enrile – primeiro reitor do Seminário São José – rendeu sua bela alma a Deus, nos braços do farmacêutico e seu benfeitor.

Dias antes, Secundo Chaves, após muita insistência, conseguiu que o Padre Lourenço Enrile deixasse o prédio do Seminário e viesse para sua residência onde teria mais conforto no tratamento da pertinaz moléstia. Debalde foram os esforços do farmacêutico. O Crato perdeu, naquele dia, um de seus mais virtuosos sacerdotes.

Padre Enrile nasceu em Finalborgo, diocese de Savóia, na Itália em 28 de fevereiro de 1833. Cento e trinta e cinco anos depois da chegada do Frei Carlos Maria de Ferrara – fundador de Crato – a Itália nos mandara outro valoroso missionário. Padre Enrile chegou ao Cariri em 1875, para colocar em funcionamento o Seminário São José. Aqui viveu menos de dois anos, tempo suficiente para alcançar – junto à sociedade cratense – o conceito de um sacerdote digno, piedoso e exemplar.

Segundo o Álbum do Seminário de Crato, editado em 1925:
“Não se limitava a ação do primeiro reitor em guiar os destinos da casa, da posição em que o colocara o Sr. Bispo, mas entregava-se a todos os misteres. Desde a sala de aulas até a cozinha, sua atividade se desenvolvia a contento de todos os que habitavam o Seminário.
“Trabalhava sem tréguas, durante o dia, e, à noite quando todos dormiam, ainda vigiando, percorria o dormitório e mais compartimentos da casa, não deixando de consagrar algum tempo ao estudo.
“Os primeiros albores da madrugada, como determinavam as regras da Congregação, já o encontravam no cumprimento do dever.
“Padre Enrile era um modelo de sacerdote católico, que reunia aos vastos conhecimentos de que era possuidor uma piedade sólida, haurida em Paris na Casa Mãe dos Lazaristas. Manejava a língua portuguesa com rara facilidade, de modo que prendia a atenção de todos quando proferia seus memoráveis sermões. À capela do Seminário, em meio de grande massa popular, afluía, ainda, o que o Crato tinha de intelectual naquele tempo, para ouvir a palavra fácil e erudita do Padre Enrile.
“Em todos os misteres do sacerdócio, era o Padre Enrile exato e admirável. Edificava o povo, quando após os trabalhos do Seminário, saía em busca dos moribundos levando-lhes o pão dos anjos e o conforto de sua palavra cheia de unção.
É ainda o Álbum do Seminário de Crato que informa:
“Quando do seu falecimento, a população em peso acorreu ao Seminário e de todos os olhos caiam lágrimas a fio, e todos os lábios ciciavam preces pelo repouso da alma do prateado morto”.

Os veneráveis restos mortais do Padre Enrile encontram-se sepultados numa das colunas da capela do Seminário São José. Conforme o Álbum do Seminário de Crato: “Jamais se assistira (até aquela data) em Crato a enterro tão concorrido e a morte tão chorada”...