Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 14 de julho de 2011

A ARTE DE GEORGE MACÁRIO - Por Edilma Rocha


A obra de um artista pode ser considerada exemplo de um percurso orientado segundo uma motivação reflexiva e culta de vivaz tensão criativa. É muito difícil identificar onde exatamente se encontra a energia criadora através da contemplação diante da arte abstrata. Existem sinais da criação capazes  de serem identificadas através do traço, das cores, das formas. Os olhos que observam são obrigados a percorrer vários caminhos em movimentos para parar em um detalhe que resulte em um ponto de identificação. O artista  precisa ter o equilíbrio próprio, a velocidade do pensamento, para carregar a carga plástica descritiva que levem o expectador num elemento visual que identifique os sinais e os sentidos da sua obra.
Desde a sua última criação que as cores invadem o espaço como um todo detalhado em elementos pequenos e se misturam as texturas nos revelando sempre um "olhar". O olhar do artista oculto as intenções, mais sempre presentes no seu trabalho. Os quadros são acontecimentos imortalizados diante da arte para sempre, num sinal secreto ou revelador do seu tempo, numa manifestação visual alegre e colorida. Mesmo diante de uma tragédia retratada, a beleza do visual supera a própria dor ou tristeza através das tintas acrílicas, pigmentos ou texturas. O seu domínio revela uma superfície bela em encontro com os sinais da criação numa realidade real ou imaginária.
A facilidade do desenho de figuras e cenas é um elemento natural e espontâneo na arte de George Macário. As cores fazem vibrar no imediato do traço compondo uma atmosfera intuitiva e expressiva. Esse desenho é herança dos traços da criança que brincava com rabiscos cheios de movimentos infantis.  E para chegar a um resultado contemporãneo foi preciso correr no tempo com os lápis à cores e canetas de Nanquim até o manuseio dos pincéis que deslizaram nos empastos coloridos das tintas acrílicas atuais. Aì chegou a liberdade de expressão diante do moderno e abstrato.
Ressalto aqui que é muito difícil para o artista que fez escola, provar desta liberdade espontânea e quase infantil. Mas a energia criadora através da contemplação estática, gera um movimento que vem da alma do artista e se revela na sua cultura como um sinal harmonioso na energia da criação.
A pintura abstrata e expressionista não se vê apenas com os olhos, mas sim com o sentimento presente diante do oferecido. George é um turbilhão de movimentos e cores que ficaram presos no seu subconciente durante tantos anos a espera de um momento certo para explodir. E explodiu maravilhosamente preenchendo a distancia da criatividade e realidade identificada na sua capacidade imediata em busca da expressão mais forte, a sua pintura. Esta é  a verdadeira impressão que se dá no impacto visual da sua obra.
Creio que posso afirmar estar diante de um pintor seguro dos seus passos futuros diante da sua obra e a criação da sua galeria. George é capaz, surpreendente e criativo na sua arte moderna contemporãnea.

Edilma Rocha

A Política de Discriminação da URCA e dos organizadores do seu Palco Sonoro na Expocrato


Carta aberta à Universidade Regional do Cariri - URCA

Quando um artista da música, de renome, atuando há quase 30 anos no Brasil, e que possui trabalhos elogiados pela crítica nacional e internacional é sistematicamente excluído da lista dos participantes de um evento cultural realizado em sua própria terra, é sinal de que alguma coisa está muito errada. Isto é o que vem acontecendo com relação à minha pessoa e com a minha arte por ocasião do chamado "Palco Sonoro" promovido todos os anos pela URCA - Universidade Regional do Cariri.

Esperei longos anos para redigir o texto que ora publico, apenas para me municipar de estatísticas e desmascarar a farsa e a política de PANELINHA excludente e discriminatória em relação à minha pessoa, promovida por aqueles que organizam a programação do "Palco Sonoro" da URCA, que diferentemente do palco principal da expocrato, possui uma proposta de divulgação artística e cultural dos valores da nossa terra. Em todos os anos de existência deste evento, é lamentável que eu jamais haja sido convidado a apresentar algum show dos meus trabalhos nas inúmeras áreas da música em que atuo, seja na Música Instrumental, na Música Popular, e na Música Clássica. Para um artista, é muito incômodo ter que trazer a público o seu Curriculum Vitae, como fazem os prestadores de serviços, especialmente quando o seu trabalho já é por todos conhecido por cerca de 30 anos de atuação no cenário artítico do país.

Entretanto, aos que não me conhecem bem, devo ressaltar alguns pontos principais:

- O Único artista do Cariri que possui um CD de seus próprios trabalhos gravado com PATROCÍNIO EXCLUSIVO do Banco do Nordeste do Brasil - BNB

- O Único artista do Cariri a ser convidado a tocar 7 vezes no Festival Internacional de Jazz & Blues de Guaramiranga

- O Único artista do Cariri a tocar mais de 15 vezes no Centro Cultural Banco do Nordeste em Fortaleza, no Cariri e na Paraíba.


- O Único artista do Cariri a receber o famoso prêmio NELSON´S de aclamação à arte produzida no Ceará.

- O único pianista do Ceará convidado a fazer um recital completo de Piano em Fortaleza- CE, em Janeiro de 2006, por ocasião dos 250 anos de Mozart, executando obras complexas deste renomado compositor, e improvisando também livremente sobre os temas destas composições.


- O único artista do Cariri com mais de 200 composições autorais instrumentais e vocais com e sem letra que transita entre quase todos os gêneros da música de vanguarda, seja Clássica, Popular Brasileira ou Internacional, sendo formada por dúzias de Choros, Frevos, Sambas, Bossanova, Baiões, Xotes, Salsa, Reggae, quarteto de cordas, duos de flautas, sonatas para piano, flauta, e até músicas no estilo barroco e do período romântico do século XIX.

Como se isso não bastasse, trago ainda alguns pontos interessantes do meu currículo musical de atuação no cenário musical Brasileiro e reconheciamente, um artista que honra o Cariri:

"Em uma carreira musical de mais de 25 anos devotada à música, Dihelson Mendonça já demonstrou o seu talento, através de centenas de apresentações musicais em teatros, casas noturnas, auditórios, etc, tocando lado a lado com grandes nomes da música Instrumental brasileira, tais como: Hermeto Pascoal, Gilson Peranzzetta, Mauro Senise, Arismar do Espírito Santo, Luciano Franco, Toninho Horta, Vinícius Dorin (Saxofonista), André Marques ( banda Curupira ), Itiberê Swarg (Baixista, toca com Hermeto pascoal) , Márcio Bahia (Baterista), Beto Batera ( Irmão do Carlos Bala - baterista ), Carlinhos Patriolino, Márcio Resende, Nenê (Baterista), Fhátima Santos (cantora), Lia Chaves (cantora), João Senna ( Sax ), Ricardo Júnior (Pianista e Arranjador da cantora Dóris Monteiro), Cleivan Paiva (Guitarrista com quem mantém um dueto de Jazz) , dentre tantos outros.

FESTIVAIS:

01 - Foi organizador, diretor Musical, Maestro e Curador por 2 edições do grande Festival CHAMA ( Chapada Musical do Araripe de Música Popular Brasileira ), edição de 1993 e 1995 em Crato-CE.
02 - Participou da Curadoria do Festival de Jazz & Blues de Guaramiranga – CE.
03 - Participou como tecladista e arranjador para o músico caririense Pachelly Jamacaru no Festival nacional dos Economiários em 1991 em Porto Alegre – RS, do qual ganhou o prêmio de Melhor arranjo.
04 - Participou como tecladista em apresentação do músico pachelly jamacaru no Festival Nacional dos economiários em 1988 em Manaus – AM.
05 - Participou como tecladista em apresentação do músico Pachelly Jamacaru no Festival Nacional dos economiários em Campos do Jordão – SP - 1994.
06 - Participou em 7 edições do Festival de Jazz & Blues de guaramiranga- CE sendo convidado a tocar ao lado de grandes nomes da Música instrumental Brasileira, dentre os quais Toninho Horta e Arismar do Espírito Santo, bem como com sua própria banda.

ALGUNS EVENTOS MUSICAIS DE DESTAQUE:

00 - Foi convidado para o cargo de monitor na Berklee Colege of Music, uma das mais renomadas escolas de música do mundo, nos Estados Unidos, em 1988 juntamente com o guitarrista paraibano Jocel Fechine.
01 – Fez parte do primeiro quinteto de Jazz da Paraíba, em 1985 do DART – Departamento de Artes da Universidade Federal da Paraíba, do qual contava com Fernando Rangel no Contrabaixo e o grande guitarrista Jocel Fechine, dentre outros.
02 – Em 1986, formou o primeiro grupo de Jazz da região do Cariri, o “Cariri Samba-Jazz Quartet” , que combinava o estilo instrumental com suas próprias composições, e também tinha um papel didático, no esclarecimento ao público das diversas formas de estilo musical.
03 – Em 1988 realizou concerto: Dihelson Mendonça in Concert – no SESI em Crato, interpretando Clássicos e Jazz ao Piano solo e Trio.
04 - Tocou na Sala Tom Jobim em 1991 em Porto Alegre- RS.
05 – Trabalhou por 3 anos na casa noturna “Choppana” em Crato ( 1992-1995 ), interpretando Música Popular Brasileira, ao lado da cantora baiana Lia Chaves.
06 – Fez participação como tecladista no show de Hermeto Pascoal em 1998 na cidade de Crato.
07 - Participou inúmeras vezes do projeto BEC Seia e Meia, realizado no Teatro José de Alencar em Fortaleza. ( 1997 ) com incontáveis artistas cearenses.
08 - Realizou show com o multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo no espaço “Pontal” da Praia de iracema em Fortaleza – (2000)
09 – Realizou Show com seu grupo no CCBN – Centro Cultural Banco do Nordeste em Fortaleza ( 2000 )
10 – Participou em 7 edições do Festival de Jazz & Blues de Guaramiranga . Foi convidado por inúmeras vezes para integrar a banda dos maiores músicos cearenses, a exemplo de: Luciano Franco, Zé Antonio guitarrista, Fhátima Santos, Nélio Costa, Márcio Resende, etc…
11 – Foi convidado por Toninho Horta para participar do seu Show em Guaramiranga.

12 - Tocou na Manny´s Music em Nova York piano duo com um pianista da Julliard School ( 1997 )

13 – Trabalhou por 3 anos na melhor casa noturna de Fortaleza, o “Caros Amigos”, ( 1999-2002 ) com diversos músicos de renome da capital cearense, dentre eles: Fátima Santos, Késia, Ricardo pontes, Ricardo Leite, Nélio Costa, Luizinho Duarte, Jerônimo Neto, guitarrista Zé Antonio, Aroldo Araújo, Haroldo Ribeiro, Denílson Lopes, Aparecida Silvino, dentre outros.

14 – Trabalhou por cerca de um ano no hotel “Villa Gallé” em Fortaleza, com a cantora Fhátima Santos e o baterista “Beto batera”, mostrando o melhor da Música Brasileira aos turistas estrangeiros. ( 2002 )
15 – Foi convidado a fazer show de Homenagem à Hermeto Pascoal no CCBN – Centro Cultural Banco do Nordeste em Fortaleza ( 2002 )
16 - Realizou Concerto de Piano Clássico: Dihelson Mendonça interpreta Frederic Chopin, no Centro Cultural Banco do Nordeste em Fortaleza – 2003.
17 - Realizou Show: Dihelson Mendonça Elektric Band onde prestou homenagem ao músico Chick Corea, no Festival de Jazz & Blues de Guaramiranga. ( 2004 )
18 - Realizou Show/Tributo à Bill Evans no Centro Cultural Banco do Nordeste ( CCBN ) em 2004.
19 - Participou do projeto Sonata ao Luar, realizado pela Sociedade de Cultura Artística de Crato, interpretando peças de Chopin, em agosto / 2004.
20 - Foi o único artista do cariri escolhido para realizar um show no Sesc Crato, no lançamento pelo então Governador Lúcio Alcântara, do projeto para incentivo à cultura e às Artes no Crato (2004).
21 - Foi convidado por diversas vezes para tocar Jazz e música Brasileira em jantares oficiais de inúmeras autoridades cearenses, desde o ex-governador Tasso Jereissatti , jantares para Ministros de Estado, e governos municipais.
22 – O único pianista do Ceará convidado a fazer um recital de Piano em Fortaleza- CE, em Janeiro de 2006, por ocasião dos 250 anos de Mozart, executando obras complexas deste renomado compositor, e improvisando também livremente sobre os temas destas composições.
23 - Realizou de 1998 a 2011 incontáveis Concertos Clássicos interpretando Bach, Beethoven, Chopin, Liszt, Debussy e diversos outros compositores eruditos no Centro Cultural Banco do Nordeste e SESC.
24 - Em seu estúdio em Crato, gravou diversos trabalhos de outros artistas caririenses.

DIRETOR MUSICAL:

01 - Direção Musical do Show: “Soy Loco por Ti América latina” de Luiz Carlos Salatiel.
02 - Direção musical de inúmeros shows do artista cearense Pachelly Jamacaru.
03 – Direção musical do Show “Edipianus’ da cantora cratense Auci ventura - 1988
04 - Direção musical do CD – Balaios da Vida, de Pachelly jamacaru – 1994
05 - Direção musical do CD – Pachelly Jamacaru – 2000
06 - Direção musical do CD - Cria Minha - pachelly Jamacaru - 2009

PROGRAMAS DE TV:

Participou de inúmeras apresentações na TV DIÁRIO em Fortaleza, entre 2003 e 2005

TRABALHOS GRAVADOS (CDs )

Como Integrante e Diretor Musical:

CD – Festival Nacional dos Economiários – Edição 1991
CD – Balaios da Vida – Pachelly Jamacaru – ( 1994/1995)
CD – Pachelly Jamacaru - 2000
CD – Vôo dos Sons – Darwinson - ( à convite do músico Toninho horta ) – 2000
CD – À Solta - Cinthia Moraes ( 2001 )
CD – Luciano Franco – 2004
etc...

Como Autor e produtor:

CD – A Busca da Perfeição – Dihelson Mendonça - ( primeiro álbum solo ) ( 2009 ).
CD – Dihelson Mendonça interpreta Frederic Chopin ( em fase de gravação – 2011 )
CD - A Música de Dihelson Mendonça ( Em fase de gravação - 2011 )
CD - A Música Moderna do Ceará - ( já em processo de lançamento )
CD - 10 anos centro cultural Banco do Nordeste ( lançado em 2010 )

PALESTRAS , CONFERÊNCIAS & CURSOS:

01 - Foi professor por 2 anos ( 1986-1987 ) das disciplinas de: Piano Clássico, Piano Jazz e do curso de Teoria musical e Harmonia de Jazz na Sociedade de Cultura Artística de Crato ( SCAC ).
02 - Ministrou Workshop na Universidade Estadual do Ceará UECE – Campus Itaperi em 1998 sobre Jazz-Piano.
03 – Ministrou Curso de Musicalização e Formação Musical promovido pela SECULT no período de 21/11/2005 a 07/12/2005 na cidade de Missão Velha – CE.
04 – Ministrou Curso de Teclados para profissionais da área e iniciantes, promovido pela SECULT-CE, no período de 12/01/2006 a 20/01/2006 na cidade de Iguatu - CE

ALGUMAS PREMIAÇÕES:

01 – Foi agraciado com diversas bolsas de estudo, desde o tempo de Conservatório, sempre tirando o primeiro lugar pelo esforço e dedicação à música.
02 - Juntamente com Pachelly Jamacaru, foi agraciado com o Troféu de melhor arranjo do Festival Nacional dos Economiários do Rio grande do Sul – edição de 1991.
03 - Foi agraciado por 2 vezes com o troféu de melhor músico no “Prêmio Destaque do Ano” – edição 1991 e “Prêmio Destaque Ceará” – edição 1994, aclamado por Júri popular.
04 - Foi agraciado com o Prêmio Nelson’s - Troféu de melhor tecladista do Ano 2003 em Fortaleza – CE escolhido por Júri popular.

Etc...

Pelos inúmeros pontos acima apresentados, que não há paralelo em qualquer artista nascido ou atuando no Cariri, vejo-me portanto num cenário muito privilegiado como um dos principais representantes na Música produzida aqui no Cariri e tenho empunhado essa bandeira de defêsa dos outros tantos valores do Cariri, e promovendo a música de meus compatriotas, pelo Brasil afora aonde eu me apresento. Mantenho programas de Rádio que visam divulgar a música instrumental do Brasil e uma estação de rádio na internet que divulga os artistas do Cariri para o mundo. Portanto, aonde atuo, faço questão de ressaltar o nome dos meus companheiros e da arte produzida aqui no Cariri. Possuo uma grande quantidade de composições populares, com letras, algumas já gravadas por artistas de fora.

Estranha-me portanto, esta exclusão sistemática ( Todo ano ) da minha arte para um show neste Palco Sonoro aonde se apresentam os chamados "Artistas do Cariri", que dada a importância do meu trabalho e das premiações que recebo lá fora, só vem confirmar a antipatia dos organizadores à minha pessoa, e eu diria até por causa das minhas convicções políticas que não se alinham a alguns que dirigem aquela instituição e os seus representantes que apoiam a esquerda Brasileira, e os partidos comunistas. Afora isso, é nítida a grande inveja que reina entre os organizadores do evento em relação à minha presença. Mas já diz a letra da música que "O que brilha com luz própria, nada lhe pode apagar". E assim, por mais que os ligados a essa PANELINHA de exclusão queiram me esconder do grande público, boicotando os meus shows em todos os anos, não só nos eventos da URCA, como em todos os eventos realizados por eles no Cariri, não lograrão êxito, e desses que ora se apresentam, não vejo nenhum que esteja em plano superior ao meu. Muito pelo contrário, ajudei e ajudo a muitos deles, pois todos os mecanismos de mídia que desenvolvi foram no sentido da promoção dos artistas sem exclusões! Agora, diferentemente de vários estreantes que sequer são conhecidos, não têm qualquer trabalho e que para lá são convidados, Dihelson Mendonça já é uma Instituição completa: É o Artista, o Palco, a Luz, o Som, o Vídeo, a Fotografia, a Gravação, e a própria Arte.

De modo que aceito plenamente o BOICOTE e a Política Discriminatória da PANELINHA que organiza o evento, e a própria PANELINHA política da URCA. Quero apenas ressaltar que nunca dependi desse palco sonoro para minha sobrevivência, nem para que minha arte pudesse ser ouvida no resto do Brasil, mas fica registrado definitivamente que não somos idiotas e percebemos a clara discriminação dos seus arrogantes organizadores ( que se consideram artistas ). Dado o acima exposto, já que não me desejam em seu "Palco Sonoro", que façam muito bom proveito dele! Devo ser grande demais para caber lá, e sacudo o pó das sandálias. Mas é bom que se denuncie de vez a hipocrisia de alguns que se dizem "artistas" e "promotores artísticos" no Cariri, que organizam eventos para seus "compadres", e onde apenas permanece um jogo de cartas marcadas daqueles que por uma bajulação aos superiores, pegaram um bico numa universidade e criaram panelinhas para os Palcos do Cariri e da URCA. What a shame! ( Que vergonha! )

Dihelson Mendonça

Artista do Cariri

Palco Sonoro URCA-BNB na Expocrato

Programação de hoje, quinta-feira, 14/07

Cleivan Paiva, ontem 13/07 (Foto: Samuk)
O II Palco Sonoro URCA-BNB tem salvado a Expocrato no que diz respeito à programação musical alternativa protagonizada pelos artistas do Cariri. Talento e diversidade são as marcas do Palco. Tudo sob a ótica contemporânea de fazer cultura. Músicas boas. Público antenado. Integração de pessoas e experimentações. Ontem por exemplo, Ulisses Germano incorporou seu pífano e dupla de pandeiristas, invocando as raízes populares no frondoso som roqueiro de Calazans Callou e banda Trimurti. O sanfoneiro mirim Gilberto Neto deu uma palhinha na apresentação charmosa da também charmosa Jord Guedes. Até eu cantei, invadindo o palco de Calazans (Salatiel foi o culpado) e errando a letra de “Maria dos Santos”, de Alceu e Don Tronxo (o culpado fui eu). Mas depois, muitos foram me encorajar com palavras carinhosas.

Então... Hoje a noite promete. Sempre a partir das 17 horas. E olha quem vai iluminar o palco. Os seguintes sóis:

17:00 - Cantigar

18:00 - Zabumbeiros Cariris

19:00 - Synkrasis

19:40 - Abidoral Jamacaru

20:00 - Ermano Moraes

20:40 - João Do Crato

21:00 - Ibbertson Nobre (com participação do baterista Demontiê Dellamone e do baixista Marcelo)

21:40 - Beatles Cover

Quem for, verá e ouvirá.

O centenário de Juazeiro do Norte - Emerson Monteiro


Neste ano de 2011, o dia 22 de julho assinala 100 anos desde que Juazeiro mereceu sua autonomia municipal através da Lei n.º 1.028, quando recebeu a toponímia de Joaseiro, em homenagem à árvore típica da vegetação do semi-árido, sempre verde inclusive nas épocas mais tórridas.

Suas origens remontam ao vilarejo de Tabuleiro Grande, formado nas terras que pertenceram à sesmaria concedida no ano de 1703 ao capitão-mor Manuel Rodrigues Ariosa, de origem norterriograndense, depois havidas por famílias iniciais advindas de Sergipe, até chegar no brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro e no neto, o sacerdote católico Pedro Ribeiro da Silva Monteiro. As terras se estendiam do município do Crato às cercanias da Serra de São Pedro. Nessa área da grande propriedade, no decorrer da década de 1820, o Padre Pedro Ribeiro edificaria casa grande, de taipa e telha, engenho, aviamento, senzala e capela.

Para a construção da capela dedicada à Nossa Senhora das Dores, o sacerdote e seu futuro capelão reuniria também esforços dos familiares, nela sendo celebrada missa no dia 15 de setembro de 1827 alusiva ao lançamento da pedra fundamental do templo.

Em 09 de setembro de 1833, quando Padre Pedro Ribeiro deixaria este mundo, a futura povoação juazeirense começava a despontar no crescimento. Somava duas ruas, a Rua Grande, hoje Padre Cícero, e a Rua dos Brejos, em traçado perpendicular; a capela, uma escola e 32 prédios com tetos apenas de palha.

Ordenado em 1870, no dia 11 de abril de 1872, o Padre Cícero Romão Batista fixaria residência no pequeno arruado. Afeito aos anseios das populações simples, desempenharia funções apostólicas voltadas ao conforto das almas sertanejas, cumprindo nisso a missão religiosa católica. Tempos depois, em 06 de março de 1889, dar-se-ia o fenômeno da hóstia transformada em sangue, na ocasião de ministrar a comunhão à Beata Maria de Araújo. A propagação do acontecimento pelos interiores nordestinos intensificaria o deslocamento de milhares de pessoas ao lugarejo, que ganharia impulso surpreendente e definitivo no desenvolvimento.

Já em dias do século XX, a 16 de agosto de 1907, circulara um boletim conclamando os cidadãos juazeirenses para reunião a ocorrer no dia 18 do mesmo mês, na residência do major Joaquim Bezerra de Menezes, descendente dos primeiros proprietários do lugar, visando organizar a emancipação política do território, livrando-o da administração do município do Crato, a quem obedecia. Isso, no entanto, deixaria de gerar efeitos práticos imediatos. Só adiante, devido ações encetadas por novas lideranças, de Padre Alencar Peixoto, Floro Bartolomeu da Costa, José Marrocos e outros, nas páginas do jornal O Rebate, essas ideias ganhariam corpo, galgando efetiva concretização em 22 de julho de 1911, quando da lei estadual que estabeleceu: “Art. 1.º - A povoação de Juazeiro, da comarca do Crato, é elevada à categoria de vila e sede de município, com a mesma denominação”.

Coisas nossas, Por Zé Nilton

Na feira.

Para o várzeo-cratense, Antonio Alves de Morais

Coisas bem nossas guardar a segunda feira como o prolongamento de domingo; nada de trabalho. Calma, isto ocorre não raro fora da cidade, subindo para os pés de serra, sítios e Chapada. Os lugares de feições rurais que permanecem com seus ritmos, ritos e costumes.

Procure-se uma mão de obra qualquer na segunda feira, e não acharás.

Cadê Nego d´Água pra sentar a cerâmica ?

- Foi pra feira.

- Chama aí Carriel, Mansinho ou Lóba pra começar o levantamento do Muro...

- Tão tudo na feira.

- O que vocês foram fazer na feira?

- Bem, eu fui comprar uma roçadeira, uma lima pra amolar meu serrote, e um cinturão de couro, o meu se quebrou.

- E tu ?

- Comprar duas calças de brim e um chinelo currulepo.

- E tu aí?

- Fui olhar o ambiente, e ver se achava alguém da Serra pra mandar um recado pro Toin, lá da Ramada. Depois, peguei uma merenda lá na Lola e tomei três lapadas.

A feira é o lugar da realização da vida. Nada de bucolismo, romantismo ou sobrevivência do passado. Não, a feira possui uma função social, e por isto ela persiste no tempo, enquanto espaço cultural de determinadas classes sociais confrontando suas estratégias de sobrevivência.

Ali se realiza e se atualiza a cultura da pobreza, embora muitos abominem este conceito. Não que ali seja “o lugar dos pobres”, não; não é por aí a minha análise. Olho para as formas de ser e de fazer das pessoas que vendem, compram, circulam, se encontram, atualizam amizades. Em síntese: dominam uma linguagem, cultivam uma estética e trocam coisas e sentimentos.

Uma faceta das muitas que ocorrem naquele grande mercado, embora destoe da lógica do mercado tal qual ficou cristalizada na história econômica, é que muitas vezes, certos produtos são levados para serem “trocados” por outros produtos. Situações há em que é de somenos a sua venda para auferir lucros.

Falo do caso de vários “negociantes” da Serra do Araripe, produtores de mandioca. A idéia de alguns é de que “trocam” a farinha por açúcar, sal, mistura (bucho, tripa, toucinho), querosene, etc... E tem mais: Quando descompensa o preço dos bens de sobrevivência mínima com relação ao da farinha, eles produzem mais farinha para a próxima feira. Isto porque a farinha é como se fosse uma “moeda de troca”.

Este fenômeno estranho ao mundo capitalista não ocorreria caso fosse uma indústria. Na indústria, se o produto não tem preço, fecha-se o negócio. A indústria é mãe e filha do lucro. A farinha é o “dinheiro” plantado bem ali na roça para comprar o que “eu não produzo”, se o dinheiro der.

Voltando à feira, aqui e acolá curto de montão andar pelas feiras. Ela é vária sob uma mesma denominação. Tem a feira da farinha, a feira da rapadura, a feira dos tecidos, a dos objetos de barro. É só perguntar e todos apontam a direção ao que você procura. Já foi muito maior e mais concentrada.

Ela desaparecerá um dia? Acho que não por dois motivos: primeiro, seria difícil acabar com a economia da informalidade; segundo, sua função social se liga diretamente à cultura do local, à identidade de um povo, às formas de ser e de fazer que particularizam modos de vida que se ritualizam neste velho mundo, apesar da globalização.Em tempo: a globalização não globaliza sentimentos...

Mas, aqui prá nós, é chato procurar Ciçola, Rói Sebo, Arnaldo Creuza ou Luiz de Tia Rosa pra fazer isto ou aquilo, e ouvir:

- Tão na feira!

E para quem gosta, no programa Compositores do Brasil, desta quinta-feira, às 14 horas, na Rádio Educadora do Cariri (www.radioeducadora1020.com.br, a nossa homenagem ao valoroso compositor paraense Billy Blanco, que faleceu no dia 8 passado, no Rio de Janeiro, e deixou uma obra musical das mais dignas e representativas da moderna MPB.

Bom fim de semana.


Artista Plástico George Macário inaugura Galeria de Artes de padrão Internacional em Crato

O renomado artista plástico Cratense George Macário, que é também Presidente da Fundação Cultural J. de Figueiredo Filho, inaugurou na noite de ontem ( 13 ) em Crato, uma galeria de artes, contendo mais de 50 dos seus melhores trabalhos em pintura e escultura.

George, que é filho do ex-prefeito Humberto Macário de Brito, desenvolveu o seu talento para a pintura durante a adolescência, porém resolveu seguir a carreira de advogado. Hoje, aos 40 anos de idade, após o incentivo de grandes mestres da pintura mundial como Bruno Pedrosa, com quem esteve recentemente em São paulo por ocasião de uma das maiores feiras de arte do planeta, além de muitos outros artistas, George volta a se dedicar à sua verdadeira paixão: As artes plásticas.

Possuidor de características bastante próprias que o diferenciam dos artistas que seguem a corrente principal, George lança-se de corpo e alma ao mundo do abstracionismo, sem perder ainda os traços do impressionismo e do desenho, que foram as suas primeiras tendências artísticas, quando realizou dezenas de trabalhos primorosos em "bico de pena". Hoje, amadurecido em sua arte, desenvolveu a excelência dos super talentosos, e a constante superação daqueles que buscam obter a perfeição naquilo que fazem. Combina formas estruturais exóticas que nos remetem aos páramos da arquitetura, bem como aborda temas abrangentes como as necessidades globais; Seus quadros refletem um mundo moderno caótico, os grandes temas da civilização, as inquietudes de um planeta à beira do colapso, a guerra, a fome, e a esperança humanas.

Um soberbo combinadores de matizes, seus quadros se caracterizam pela combinação de cores fortes e vibrantes, criteriosamente escolhidas para gerar obras de grande valor artístico e beleza, que tem sido elogiadas por críticos desde São Paulo à Austrália. De Londres à Veneza.

Assim é George Macário; Um artista talentoso que finalmente decidiu investir na sua própria arte, levando-a para brilhar nas grandes galerias do mundo, que afinal de contas, dentro daquilo que já executa, veio a tornar-se tanto a sua matéria-prima, de onde extrai o subsídio, quanto a sua meta final, enquanto artista que abrange o universo e as suas reentrâncias, numa arte que supera épocas e espaços; Um artista que podemos dizem sem medo de errar, que é verdadeiramente multidimensional.

A galeria foi inaugurada com a presença de amigos do mundo das artes, autoridades e familiares

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Mais de 50 trabalhos estão expostos na galeria, que abrirá todos os dias

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Destaque ao lado direito para a Secretária de Cultura, Danielle Esmeraldo, e o Antunes, curador do Museu de Arte Vicente Leite.

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George Macário posa ao lado de um dos seus recentes trabalhos

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O Prefeito Samuel Araripe e a Primeira-Dama Mônica Araripe também se fizeram presentes

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Na foto abaixo, a filha Luana Macário, e a primeira-dama Mônica Araripe

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Recebeu o apoio de outros artistas como Gabriella Federico e Jacques Bloc ( foto )

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Luana Macário

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O Artista e seu discurso de inauguração

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Recebe o apoio do pai, e agradece a Humberto Macário de Brito

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Na foto abaixo, Gabriella Federico e Dr. Cícero França

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Panorama da galeria

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Um encontro histórico: Prefeito Samuel Araripe e Ex-Prefeito Humberto Macário

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E finalmente a Foto da Família Macário de Brito, grande apoiadora do artista

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Reportagem e Fotos: Dihelson Mendonça