Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
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claude_bloc@hotmail.com

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Don McLean






Don McLean (Nova Iorque, 2 de outubro de 1945) é um cantor e compositor dos Estados Unidos da América. Ficou famoso pela canção American Pie, elegia folk-pop de oito minutos e meio que atingiu o topo das paradas americanas. Iniciou sua carreira em meados dos anos 60, tocando em clubes nova-iorquinos, escolas primárias e em prol de causas ambientais.

Santo Anjo da Guarda



Comemoração litúrgica: 02 de outubro.


"A Igreja comemora, no dia 02 de Outubro, a festa dos Santos Anjos da Guarda. São eles espíritos celestes a quem Deus confiou a guarda e proteção dos homens. A cada ser humano, desde a hora de seu nascimento, foi confiado um Anjo da Guarda, que o acompanhará até o dia de sua morte, protegendo e assistindo não só contra os perigos temporais, mas especialmente contra os perigos espirituais. Embora o homem moderno procure desmistificar sua existência ou a sua permanência ao lado do homem como fiel companheiro, há provas evidentes e indiscutíveis nas Sagradas Escrituras sobre o seu ofício divino."
Foto de Edilma Saraiva . A música de Dihelson Mendonça, na missa de sétimo dia de Dr. Eldon Gutemberg Cariri.


Esta imagem  é exatamente igual  àquela  postada no meu quarto de criança pela minha mãe.  
Foi a primeira oração que aprendi , quando  mal sabia falar.
Não saia de casa para o Colégio ou outro lugar qualquer,  sem antes beijá-lo.
E assim a devoção foi construída pela  mestra -mãe, e perdura até os dias atuais.
Hoje, depois de  alguns anos ou tempos, entrei na Igreja de São Vicente para assistir  a Santa Missa. Na oportunidade  tomei conhecimento que amanhã, dia 2 de Outubro ,seria consagrado ao Anjo da Guarda. Como católica apóstolica , praticamente indiferente aos rituais da Igreja, confesso-me sensívelmente devota de alguns santos, das  almas, e do Anjo da Guarda.  Digo sempre à minha mãe : não precisa rezar pela minha conversão. Sou piedosa !
Mas não me sinto confortável , nas missas cantadas. As músicas  religiosas me desconcentam. Sou do tempo das missas em latim...Da voz do Pe. Frederico entoando cânticos. Amava !
Alguém pode me indicar uma Igreja e horário de missa sem violão ?
Preciso do silêncio na oração. Provavelmente porque sou indócil, impaciente, indisciplinada...
 Minha conversão  está diretamente ligada à tolerância. 
Deus, fazei com que eu aceite a música Gospel ! 
Aliás, não faça isso comigo... por Deus !

Socorro Moreira

NOTA 10???


Apesar de não ser uma solução muito interessante para (nós) as mulheres, achei inteligente a dedução...

 Valeu o 10 ??? (risos)

Recebido por e-mail.

TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO ...UM ENIGMA?


TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO!


Esta semana recebi e aceitei convite de uma Universidade para participar de uma banca em um concurso para Docentes. Fiquei observando os jovens candidatos em sua movimentação na sala. Todos apresentando perceptível ansiedade e nervosismo compreensível. Mas um fato me chamou a atenção e me reportou a algumas leituras sobre Globalização, Tecnologia e Educação. Cada um dos candidatos trazia uma parafernália de equipamento modernos para sua exposição. Fiquei pensando: o que teria mudado do ponto de vista do Mestre? A resposta, obviamente não é tão simples. Por outro lado não devemos nos esquecer dos velhos mestres, que pouco sabem e pouco ligam para a globalização, ainda atuando com sucesso nas salas de aula.. O que levaria um velho professor, acostumado ao quadro e ao giz, a exercer tanta atração sobre jovens mentes? Que efeitos teriam causados a globalização na pedagogia dos velhos mestres? Provavelmente nenhum.

Analisemos agora a postura pedagógica do jovem mestre, recém formado em curso de pós-graduação, que entra na sala de aula pela primeira vez. Este possivelmente dará um espetáculo de luzes e slides computadorizados e trará aos alunos os últimos números da glabalização. A qualidade altíssima do material desperta até mesmo o mais sonolento dos estudantes noturnos. Concluída a apresentação, acendem-se as luzes e começam os problemas. Não que o uso de recurso eletrônico seja o problema. Os problemas básicos que o professor enfrenta em sala de aula geralmente não são os de alunos mal educados. Estes existem, é verdade, mas geralmente são logo intimidados pelos próprios colegas quando o mestre sabe levar a isso. Alunos sonolentos não é também problema para o professor. Quem dorme, dorme. A velha jogadinha de giz na cabeça do dorminhoco já não existe mais, pois os quadros modernos utilizam pincel. Restam os acordados que não levam o material solicitado. Estes cabe ao mestre despertá-los para o novo e aí reside o maior problema da pedagogia dos novos professores. O maior problema que o jovem docente enfrenta em sala de aula é o confronto consigo mesmo dos gestos humanos mais complexos e que, geralmente ele dispensa tecnologia enquanto expõe o docente. Longos ensaios de pensamento e preparação meticulosa de cada frase e cada gesto muitas vezes preenchem o pensamento diário do professor jovem em dia de aula. Com o tempo ele descobre que o espetáculo em cima do palco pode valer pouco se o todo não for coeso. Para sua miséria emocional, ele descobre que o espetáculo é o conteúdo, e não ele é quem tem de ser o centro das atrações. Os gestos premeditados, as piadas selecionadas e treinadas, os jargões de efeito, todos perdem o sentido. O jovem professor, então, às vezes arrasado, mas a cada dia mais sábio, descobre o lado humano da pedagogia: ensinar é confrontar-se consigo mesmo perante os outros. Não há esconderijos e nem espaço para ocultar-se. É a partir desse confronto consigo mesmo que o mestre começa a perceber o desabrochar de um novo fenômeno o sentir-se mestre. Sentir-se mestre, no resumo de suas complexidades e sentir-se condutor de pessoas a um ponto de luz. É descortinar novos mundos aos olhos perplexos daqueles que até então viviam quase que nas trevas do desconhecimento. É uma caminhada de doação. É nesse ponto em que a pedagogia e teologia quase se encontram, não fossem as necessidades terrenas de se comer e morar. É em função dessas necessidades, e talvez só por isso, que professor não veste batina, sobretudo no mundo moderno em que a venda de mão-de-obra constituí-se na única propriedade desse tipo de elite pensante. Ao longo dos anos o mestre descobre que a transmissão do conteúdo precisa de sua presença iluminadora. O poder da presença iluminadora do docente é o elemento humano de maior penetração no processo de aprendizagem. Esse poder é hoje o maior enigma e o mais espetacular obstáculo ao crescimento e à legitimação do ensino a distância (EAD), uma nova forma de pedagogia trazida pelas novas tecnologias, alguns diriam: pela gobalização. A globalização com seu véu tecnológico e seu manto universalista, é um fenômeno interessante e que deveria ser estudado sob a ótica das vidas humanas e dos seus sentimentos, percepções, ambições e contradições, e não apenas sob a miragem, muitas vezes inocente, do orgulho pelos avanços tecnológicos. Na verdade, felicidade e tecnologia formam um dueto falso. O século mais tecnológico da história humana foi também o mais violento. O mundo com tanta tecnologia avançada, nunca produziu tantos milhões de famintos. A tecnologia só é boa quando é socializada, mas não apenas entre as classes medias dominante. Quando falamos do impacto da globalização na educação, não devemos esquecer que o processo de aprendizagem requer interação humana. O uso de meios eletrônicos na sala de aula pode acelerar a coleta de dados, mas não avança em nada a capacidade humana na análise de informações ou o entendimento de inter-relações. É interessante observar que o mundo de hoje, mais automatizado e tecnológico, ainda se debruça no íntimo de suas relações, sobre os sentimentos milenares de ansiedade e medo, de orgulho e contradição, de busca do entendimento das complexidades da existência humana. Não é a globalização e nem os computadores que tornarão os seres humanos mais inteligentes e hábeis na análise da vida. É o debate franco e a busca permanente da verdade que darão ao mundo futuro o que ele será. Não devemos nunca esquecer que os grandes filósofos e sociólogos não precisaram mais do que lápis, papel e giz para dizer ao mundo o que ele era, porque o era ou como o poderia ser.

Nilo Sérgio

Alcides Gonçalves - por Norma Hauer


Ele nasceu em Porto Alegre a 1º de outubro de 1908.
E quem é ALCIDES GONÇALVES ? Músico e compositor, nasceu e faleceu em Porto Alegre, mas durante alguns anos fez parte da Orquestra da Rádio Nacional, aqui no Rio de Janeiro, para onde veio em 1939 e também da de Radamés Gnatalli, no Copacabana Palace.

Suas composições não foram em grande número, mas marcaram sucessos aqui no Rio, principalmente na voz de Francisco Alves, que gravou "Cadeira Vazia"

"entra meu amor, fica à vontade
e diz com sinceridade,
o que deseja de mim..."

ou ainda
"Quem há de dizer,
que quem vocês estão vendo
naquela mesa bebendo
é meu querido amor...;

ou mesmo "
"vocês estão vendo aquela mulher de cabelos brancos,
vestindo farrapos, calçando tamancos..."

Mas isso não é de Lupicínio Rodrigues? É ! Alcides Gonçalves foi para Lupicínio o que Vadico foi para Noel Rosa, Alberto Ribeiro para Braguinha, ou Otávio de Souza para Pixinguinha: O PARCEIRO NUNCA CITADO.
Mas estão lá, também são parte da história de algumas músicas daqueles compositores.

Com "Triste História", ao lado de Lupicínio, Alcides Gonçalves venceu um concurso realizado pela Prefeitura de Porto Alegre. A primeira composição da dupla, entretanto, foi "Pergunta a Meus Tamancos".

Depois de alguns anos aqui no Rio de Janeiro, regressou a sua terra natal (Porto Alegre) onde faleceu em 9 de janeiro de 1987, aos 78 anos.

Norma

O Sax de John Coltrane

Nunca disse ser sensato,
puro, angelical.

Sempre me referi às minhas asas
como de fogo.

Meu coração, sim, é um poço
de tanta candura que chega
a causar-me asco.

Mas é o meu coração.
Amo-o como amo os vizinhos,
os pássaros e sobretudo
as minhas formigas.

Não penses que não tenho
o diabo no couro, o tridente
segurado pela mão direita
e os olhos vis.

Trago comigo toda a loucura
(muitas vezes nada de santa)

que a maioria esconde
debaixo do tapete
ou dentro do guarda-roupa.

Sob meu tapete não há migalhas
de perdições, pois o meu tapete
(mesmo sem meu consentimento)
voa e voa rápido derrubando tudo
que encontra na sala: tem predileção
por fruteiras de cristal.

Já o meu guarda-roupa
quando me abre as portas
só vejo bailando minhas cuecas
(tenho à beça) .

Nunca te disse que sou coerente.
Meu coração (segredo) também
promove íntimas rebeliões:

passa dias sem doar sangue
aos músculos dos meus dedos.

Chegam a ficar roxas as unhas.
Então é o jeito eu roer e roendo
e roendo as unhas acabo pensando
nas tuas unhas e no último desenho.

Achei bela a pintura de estrelas
e cavalos-marinhos.

Não laves as mãos.
Nunca mais laves as mãos.

Para Domingos Barroso




Cândido ritual
Preocupada delicadeza
De nunca ferir a natureza

Viva na sua
Entre cheiros
e lembranças inapagáveis

Viva a loucura
de ser santo
Coração aureolado
Explodindo amor

QUANDO TE VI - BETO GUEDES

Coisas que acontecem...




A versão original com os Beatles

A mente apaga registros duplicados
Por Airton Luiz Mendonça
(Artigo do jornal O Estado de São Paulo)

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.

Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio.... você começará a perder a noção do tempo.

Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.

Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.

Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:

Nosso cérebro é extremamente otimizado.

Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.

Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.

Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.

Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.

É quando você se sente mais vivo.

Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.

Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.

Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.

Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.

Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência).

Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noção de passagem do tempo.

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.

Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações, -.... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.

Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.

Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a...

ROTINA

A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).

Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos.

Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.

Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).

Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.

Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.

Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.

Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.

Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.

Seja diferente.

Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos... em outras palavras... V-I-V-A. !!!

Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.

E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.

Cerque-se de amigos.

Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.

Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?

Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.

E S CR EVA em tAmaNhos diFeRenTes e em CorES di fE rEn tEs !!!

CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE...

V I V A !!!

Recebido por e-mail.

Néctar

Dormir a tarde toda
acordar com sabor
de antibiótico (líquido
e pastoso) na garganta
não resta outra coisa
senão lavar o rosto,
escovar os dentes
e fazer um baseado
de flores.

Dou um pulinho (saltitante
e peralta) até a varanda
e escolho criteriosamente
três pétalas: uma de lírio,
outra de crisântemo
e a última de rosa
(vermelha) .

Esmago (esmagar é errado)
afago-lhes a alma com a tampa
de bronze da minha caneta
e piso (pisar é desumano)
apalpo-lhes o espírito
com o cabo de marfim
do meu canivete.

Pronto,
feito meu elixir.

Desço (levitando)
até o porão mágico
e abro o velho baú
da minha vozinha.

Sei que lá tem
aquele tipo de papel
de carta apaixonada
nunca enviada
ao primeiro amor
(só serve dessa) .

É um papel
diáfana textura
uma hóstia imaculada
uma folha seca
que nunca o vento leva.

Encontrada a preciosidade,
lanço-a contra a réstia de luz
(trespassada pela telha de vidro)
à espera da bênção final.

Ao desmanchar-se
em gotas de orvalho

refaço a candura da folha
lendo em voz alta
as linhas e os espasmos
do que fora escrito
com tanto sonho
e paixão.

Enfim, agacho-me:

delicado, ponho
a folha (um fio
de brandura)
sobre o couro
do velho baú
e estico (esticar
é profano)
massageio-lhe
o coração.

Meus olhos brilham
enquanto meus olhos brilham
lembro-me de amar sempre

o cãozinho que morrera
a orquídea que não vingara
os versinhos rasgados
sob uma noite de fúria
e tolice.

Freud, além da alma



Junto com Copérnico e Charles Darwin, Freud revolucionou a maneira do ser humano ver a si mesmo dentro do infinito Universo. Ao afirmar que as ações e os desejos humanos não são frutos da vontade e da vaidade humana, mas sim do nosso inconsciente, Sigmund Freud abalou o mundo científico e criou uma nova maneira de entender a psique humana. Em "Freud - Além da alma" (1962), John Huston pretende mostrar como as teorias freudianas esboçam a própria vida de um dos maiores gênios da Humanidade.
Ansioso em obter respostas plausíveis para aplacar o sofrimento de seus pacientes, Freud enveredou-se à doutrina de Charcot e utilizou-se da hipnose em seus estudos sobre histeria. Embora seus estudos encontrassem a resistência da ala conservadora da Medicina, que via nas teorias de Freud uma ameaça à primazia do ser humano, Freud prosseguiu em sua linha de pensamento e descobriu que o ser humano é dividido entre o Consciente e o Inconsciente, lançando as bases da Psicanálise. Huston, baseado no roteiro escrito pelo filósofo Jean-Paul Sartre (que não consta nos créditos do filme), evitou o risco de fazer uma caricatura de Freud e não abordou a sua vida pessoal, restringindo-se aos seus estudos psicanalíticos. Opção acertada do diretor, pois sua produção não cai na mesmice de filmes meramente biográficos, que se baseiam em informações fragmentadas sobre a intimidade de um personagem histórico e acabam criando indiscriminadamente um mito. É interessante observar como Huston conseguiu articular as descobertas de Freud com as próprias experiências pessoais do psicanalista, como a teoria que desenvolveu sobre o Complexo de Édipo, fundamentando-se na relação com seu pai morto. Com uma linguagem metafórica e onírica, Huston mostra o conflito interior que viveu Freud enquanto tentava penetrar no obscuro inconsciente de seus pacientes, pois temia encontrar o inefável, o impensável. Na verdade, Freud temia encontrar a sua própria essência. Com um elenco notável encabeçado por Montgomery Clift, Susannah York, Larry Parks e David McCallum, "Freud - Além da alma" é um filme acadêmico, inteligente e instigante, que nos permite uma melhor compreensão das teorias freudianas sobre o funcionamento do inconsciente humano e da irrupção do pensamento psicanalítico na sociedade vienense e, depois, no mundo. Um filme tão genial quanto o legado de Sigmund Freud, com legendas em português.

http://elusion-pedion.blogspot.com/2007/05/endereos-do-stio-pausa-para-filosofia.html

Julie Andrews


Julie Andrews (Walton-on-Thames, 1 de outubro de 1935) é uma famosa atriz inglesa, célebre por suas performances em vários musicais no teatro e no cinema, onde desempenhou também as funções de cantora e dançarina. Também sempre dedicou-se ao trabalho na televisão. Foi agraciada com importantes prêmios como Oscar, Globo de Ouro, Emmy, Grammy, BAFTA, People's Choice Award, Theatre World Award e Screen Actors Guild. Julie também é escritora de livros infantis.

Edilma Saraiva X Salão de Outubro - Parcerias !

Com Madre Feitosa
Com George Macário
Com o Prefeito Samuel e George Macário
Com Daniele Esmeraldo
Enquanto almoçávamos, conversou sobre o evento. Surpresa e feliz com as inúmeras manifestações de apoio que vem recebendo da classe empresarial do Cariri.
Apostamos no seu sucesso, Edilma, como produtora cultural.

Impressões digitais- Foto de Edilma Rocha Saraiva

Não toque na flor
sem a delicadeza do amor

Não toque na minha essência
ela é luz que pisca
Evite circuitos 

Toque a minha sensibilidade
com o carinho do teu silêncio
e a sabedoria das tuas palavras.

As pessoas impressionam no olhar
Basta-nos ?
As pessoas lavam a  cara de lágrimas,
quando se  magoam
Não  as julgo
 também tenho os meus pecados

Alma em percurso
deixo por onde passo
o registro dos meus atos
Amores e abusos

Assim construo e desfaço
o bem que não fala
o amor que cala...
Eles se edificam
apenas no olhar.

Mãos de artista
Condão Divino !

( Socorro Moreira)

Maria Alice, no País do Cariricaturas- Por Edilma Rocha Saraiva

As mãsos de uma artista !

Edilma sabe fotografar, pintar, plantar e colher flores.
Ontem assisti ao debate dos candidatos, na TV. Não posso negar que gosto da expressão - ideia da Marina.
Ela é incorrigível nas perguntas e respostas.
Mas, o processo eletivo envolve  outras  nuances...Queremos a prática , a efetividade !
Quero o impossível, pelo menos por enquanto : Marina !

Eu, Você, Nós, Amamos Bém? Liduina Vilar.


O amor é uma caixa de Pandora confeccionado pelo nosso coração ao longo de algum tempo e,alimentado pelas nossas catexis. É comparado a um cristal muito delicado e ou diamante valioso que não podemos doá-lo a qualquer pessoa inferior. Quando me refiro a um ser não superior; não é em relação a credo, raça, religião, poder aquisitivo e preconceitos em geral. E sim no que concerne a idoneidade, dignidade...
caráter mesmo. O amor é meigo, delicado, frágil e forte ao mesmo tempo. É um tesouro para quem cultiva e uma mina para quem recebe.
O amor para Drummond é assim:"É grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar".
Segundo Mário Quintana: "É tão bom morrer de amor e continuar vivendo"...
O amor não se entrelaça com a pessoa completa, aquela que idealizamos. Não existem príncipes e princesas, encaremos a pessoa amada de forma sincera e real, valorizando suas qualidades, mas reconhecendo seus defeitos. Pois o amor só é bom quando encontramos alguém que que nos transforme no melhor que possamos possamos ser. O amor é exigente!!!!!
Quando me refiro a este sentimento dos deuses, é ao amor homem/mulher, ao amor filial, ao amor maternal, entre amigos, entre os povos,à natureza, e entre as "galáxias".Rs rs...
Eu, acho que o amor é maior que o fogo em particular; é um incêndio. Explico; se for por um filho é o maior amor do mundo. Se for pelos pais e irmãos também. pelos amigos é o maior doador e se for por um homem amado é o grande incêndio que já se ouviu falar. Pois como mais uma vez, cito Drummond: "A paz dos deuses estendidos numa cama, qual estátuas vestidas de suor, agradecendo o que a um deus acrescenta o amor terrestre".

Mas o maior amor na minha opinião, deve ser a Deus e a si mesmo.
Por isso: ame-se, ame-se e ame-se!

Dedico este texto ás pessoas sensíveis como: Socorro, Claude,
Edilma, Jacques, Magali, Carlos Esmeraldo e Emerson Monteiro.
E...
- Claude Bloc -


E, então, veio o sono
e o frio profundo
e o caminho secreto
do corpo e da alma;
e a passagem lenta
das horas escuras
e a distância infinita
da manhã azul.
E então veio a noite
e me arrancou suspiros
e aspirei os cheiros
ocres e voláteis:
dos tempos perdidos
dos tempos de amor
...e fechei os olhos
como quem se entrega.


Claude Bloc
As calçadas
- Claude Bloc -


As calçadas são as veredas do nosso cotidiano. São inevitáveis. Trafegamos por elas sem percebermos que elas nos dirigem quando nos dirigimos por elas. Algumas vezes tropeçamos em pedregulhos e pisamos em buracos, esbarramos em pessoas e mal percebemos que vivemos sentimentos no meio-fio.

Um belo dia a gente pára e tem a sensação de que todas as pessoas que um dia a gente amou, por algum motivo partiram, fizeram suas opções, seguiram seus caminhos. Olhamos para trás e uma longa calçada continua se estendendo fundindo-se com a paisagem lá onde a vista nem alcança mais e percebemos que o tempo não pára. As pessoas também seguem realizando seus projetos, amando, construindo coisas e vivendo a vida... mas essa calçada continua nos empurrando pra frente, não permitindo retornos.

Quem sabe um dia, em alguma esquina, nos venha a chance de mudar, de começar de novo, de fazer diferente, até a chance de encontrar um novo amor, alguém que (quem sabe?) possa percorrer essas calçadas conosco.

...uma hora dessas a gente vira numa dessas esquinas e sai cantando “amor febril pelo Brasil”.

Claude Bloc