Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Indulgentemente
- Claude Bloc -
.
Preciso indulgentemente escrever
pensar, calar, escrever
encontrar palavras
de dentro de um parêntese
de dentro de uma história
escrever, enfim, neste pedaço de liberdade
que toma conta de mim.

Quero escrever sofregamente
esconder minha alma em versos livres
adormecer algum sonho
e acordar de manhã.

Quero escrever
os restos dos meus pensamentos
lampejos do que almejo
clarões dentro da memória
que a inspiração alinhava
num poema incolor.

Quero escrever
palavras que não alcanço
palavras que não esqueço
Poemas desordenados
Para não me entristecer...

Por isso escrevo
Versos livres, versos tortos
na rua, olhando a lua
nas tardes de agonia...

Assim poetiso a ausência
ou simplesmente me calo
a verdade pode ser dita
por não me caber mais em mim...


Imagem e texto por Claude Bloc
.

História do Joaquim Fiuza - Por A. Morais



Joaquim Fiúza passava pela Rua de São Vicente, em Várzea-Alegre, e observando um movimento, aproxima-se e ver o seu filho Luis negociando um radio. Este radio é muito bom, dizia Luis, potencia a toda prova, não tem historia de chiadeira, é da marca Philco, pega qualquer emissora existente no território nacional.
Joaquim Fiúza resolveu dar uma força ao filho: é amigo pode comprar que eu tenho um desse mesmo modelo, igualzinho a este e posso dar minha palavra, é muito bom, garanto.

Luiz vendeu o radio, botou o dinheiro no bolso e, Joaquim Fiúza chegando em casa, no sitio Chico, disse para Dona Isabel: Isabel coloque este carrego no radio e traga que eu vou assistir ao Jogo do Vasco.
Então, Dona Isabel informa que o radio o Luis havia levado para cidade a ultima vez que ali esteve. Joaquim Fiúza coçou a cabeça e disse: não é possível que eu tenha ajudado aquele fio de uma égua a vender o meu radio!
Por A. Morais

Algumas mudanças dos anos 70 para os dias de hoje:

Muitos devem conhecer o teor dessa postagem, mas não deixa de ser engraçado e interessante observar o quanto, em pouco tempo (historicamente falando), a língua vai se modificando sem que a gente se aperceba. Só quando a gente dá uma paradinha pra pensar é que se pode notar a tamanha diferença:

... e tem mais!
Recebido por e-mail...
Nos Bastidores
Carlos Rafael Dias disse...

merenda: lanche
coquetel: cofee break
carta: e-mail
criança danada: criança hiperativa
conexão: interface
envenenado: turbinado
entrega a domicílio: delivery

Música

Quem sabe,
poeta tristonho

ao fim chegue
teu dia vazio.

Não vás te esquecer,
poeta maluco

de mandar flores
à tímida professora
de Música.

Qem sabe,
poeta cáustico

o crepúsculo se aproxime
das tuas noites
mal dormidas.

Por favor,
poeta vacilante

não vás te esquecer
de mandar chocolates
àquela mulher

pois ela é mágica
delicada
uma rosa vermelha.

Não acredito,
poeta tonto

estás liso, duro,
sem um tostão no bolso.

Então vasculha
a bolsa da tua mãe.

Relembra o passado
em que eras adolescente.

Como se faz esqueceste?
Primeiro, espera a madre dormir.

Passo ante passo...
não tropeces no tapete
oh, poeta incauto...

Abre com pudor
a porta do guarda-roupa.

Pega a água benta
e bebe um pouco.

Quem sabe
neste momento
todos os teus pecados
de outrora e de agora
perdoados.

Mas, que vale
um poeta bendito
puro de alma
sem uma moeda
no cofre?

O que te salva
de fato
é o teu coração
levado
sonso.

Não te preocupes,
poeta sagrado

finda-se tua tristeza
de tantos baques

pois aquela mulher é mágica
delicada
uma rosa vermelha...

Convite : Reunião dos Colaboradoes do Cariricaturas




Local : Residência de Roberto Jamacaru
Horário: 05.03.2010 às 20 h
Teremos a presença de José do Vale Feitosa
Assunto : O Livro do Cariricaturas !


Um livro escrito por muitas mãos: uma coletânea com nossos escritores e artistas.

Detalhes :

. Release com fotografia de cada escritor ( 01 página)
• 4 textos por escritor (máximo de 7 páginas - fonte : garamond - altura : 12) - Temática livre ( crônicas, contos e poemas).
• Os textos serão escolhidos pelos próprios escritores;
• um contingente de 200,00 por escritor
• O pagamento poderá ser feito em 4 x 50,00 ( fev-mar-abr-maio)
. O livro será dedicado aos mestres de todos os tempos, representados por Dr. José Newton Alves de Sousa.
- A capa será a foto de Pachelly- essa que já caracteriza o Cariricaturas.
- O título é: "Cariricaturas em prosas e versos"
- Edição: Emerson Monteiro ( Editora de Sonhos - Crato-Ce)
- Dedicatória ( Assis Lima )
- Prefácio/ Apresentação ( José do Vale e Zé Flávio)

-Já estão confirmadas as seguintes adesões:

01. Claude Bloc *
02. Magali Figueirêdo *
03. Carlos Esmeraldo *
04. Maria Amélia de Castro *
05. Ana Cecília Bastos *
06. Assis Lima *
07. Corujinha Baiana *
08. Stela Siebra de Brito *
09. Wilton Dedê *
10. João Marni *
11. Rejane Gonçalves *
12. Rosa Guerrera *
13. Heladio Teles Duarte * /Socorro Moreira
14. Edilma Rocha *
15. Emerson Monteiro *
16. José Flávio Vieira *
17. João Nicodemos *
18. José do Vale Feitosa *
19. Liduina Vilar *
20. Carlos Rafael *
21. Armando Rafael *
22. Bernardo Melgaço *
2 3. Domingos Barroso *
24.. Roberto Jamacaru *
25.Dimas de Castro *
26.Joaquim Pinheiro *
27.Edmar Lima Cordeiro*
28.Olival Honor *
29.José Nilton Mariano*
30.Marcos Barreto *
31.Isabela Pinheiro *
32.José Newton Alves de Sousa *
33 -Jorge de carvalho Alves de Sousa *
34.Vera Barbosa . *
35. Rogério Silva *
36.Dihelson Mendonça *

37.Elmano Rodrigues *

Email : sauska_8@hotmail.com ou cbbloc@uol.com.br
Outras informações :
Tiragem : 1.000 exemplares
Distribuição entre autores : 20 para cada = 700 unidades
Saldo : será transformados em ingressos para cobrir as despesas da festa de lançamento : coquetel, convites, divulgação, banda,decoração, etc
300 x 20,00 = 6.000,00
Preço do livro por unidade : 20,00
A edição foi orçada em 6.400,00 ( já considerados todos os descontos possíveis).
Número de páginas : 260 ( aproximadamente).
O valor da contribuição por escritor ( 200,00) será depositado numa cta do Editor (Emerson Monteiro) a ser informada por e-mail. Em contrapartida será enviado respectivo recibo.
Atentar para as datas limite de pagamento : 05.05.2010

OBS: A maioria dos autores já fizeram depósitos de contribuição. Aguardem recibos !

Claude e Socorro Moreira

QUEM SALVARÁ O CRATO?

Pedro Esmeraldo

Quem salvará o Crato? Perguntava em uma das praças desta cidade, um rechonchudo dizendo que há mais de vinte anos, foi embora para São Paulo a fim de buscar melhor posição econômica e social e, somente agora, após conseguir sua aposentadoria, voltou à sua terra natal. Dizia que notou pouca diferença no aspecto urbanístico do Crato, pouca coisa melhorou, mas assim mesmo encontrou as praças abandonadas. Assim dizia ele: não posso entender como o Crato permanece num progresso lento e vive numa situação conflitante por que deixam tudo correr frouxo e os políticos ficam dormindo, permanecendo numa frieza que nem é bom a gente comentar as suas fraquezas.

Tentando explicar essa situação, falava em voz baixa, que alguns políticos passados pareciam ser trogloditianos, pois não atentavam para se organizar dignamente com o povo, incentivando-o para que caminhassem em marcha para o futuro e confirmava: os políticos cratenses se melindram com pouca coisa, pois só teem uma idéia de falar mal e desfazer dos seus adversários. Não planejam não se organizam e nem tem controle econômico para empurrar com o trabalho honesto o desenvolvimento dessa cidade.

Aí dizia: - Ah Crato velho sofredor! Por que não se unem? Por que não pensam no Crato de amanhã? Notem bem que o nosso comércio melhorou por que vieram comerciantes de fora e mudaram a mentalidade do povo, mas a agricultura está parada, ou melhor, quase parada, pois não evolui. A indústria está muito evoluída por causa da Grendene e das cerâmicas que avançaram muito nesses últimos anos, mesmo assim, não qualificam o trabalhador.

Os políticos pensam em arranjar tudo com facilidade, isto é difícil de conseguir, pois eles não reagem diante das dificuldades e não tem o mínimo de interesse de apresentar bons desempenhos.

Não realizam suas tarefas com dignidade e quedam-se no menor obstáculo, baixam a cabeça e dizem amém.

Os prefeitos de outrora caíram em resignação e vivem praticando na mesmice, isto é, começa trabalhando com muita garra, mas caem no mesmo erro do prefeito anterior.

Não procuram de jeito nenhum fazer amizades com as autoridades superiores e, quando aparecem, lá no mais alto grau de apresentação política, não levam planejamento e voltam todos de pires na mão.

Ultimamente, falam em melhorar a reapresentação dos serviços, mas isso fica no mesmo ritmo de outrora, tocando uma música desafinada e nada mais.

Os empresários também seguem no mesmo ritmo dos políticos, não fazem planejamento e andam com a escrita desordenada, sem rumo certo.

Olhem que o Crato possui um pé-de-serra favorável, cheio de esplendor e ninguém procura estrutura turística.

Não cuidam em construir bons hotéis e boas pousadas; por isso o Crato vai perdendo divisas. Dizem que no Granjeiro tem chalés, mas são chalés pífios, mal acabados, que fazem vergonha de convidar um cidadão para se hospedar.

É preciso reagir, descruzar os braços e começar a trabalhar com muita dedicação. Também deveria acabar com esse movimento separatista por que seria melhor para todo o Crato também. A união faz a força, e o equilíbrio financeiro à custa do seu trabalho.

Tem deixar de lado as injunções políticas por que a maioria desses políticos é mafiosa, querem se aproveitar da ignorância a fim de conseguir dotes eleitorais e políticos.

Crato, 11/02/2010.

HRANI YOGA, O YOGA DA NUTRIÇÃO

O ato de comer é introduzir no organismo materiais que entram na construção do nosso corpo físico, e também dos nossos corpos sutis.
Por isso, é particularmente importante realizar o ato que repetimos todos os dias, várias vezes ao dia, em um estado de paz e harmonia. É por isso que eu sempre falo sobre a importância da recolha de alguns minutos antes das refeições.
Eu sei que isto não é um hábito generalizado, e a maioria das pessoas nem sequer fazem uma oração, jogam imediatamente sobre si os alimentos que comem, falando, discutindo, batendo talheres … É por isso que não obtêm grandes benefícios dos alimentos, absorvem-nos de forma grosseira.
Para absorver os elementos sutis dos alimentos, o etéreo, elementos que irão alimentar os nossos pensamentos, nossos sentimentos, temos de estar preparados para comer em harmonia , meditação e gratidão.

Mestre O. M. AÏVANHOV

Instrumental & Qual – O Som da Terra estreará hoje


A partir de hoje, todas as quartas-feiras, das 14 às 15 horas, o público ouvinte de rádio, apreciador de música de qualidade, terá mais uma opção. Trata-se do programa Instrumental & Qual – O Som da Terra, veiculado pela Rádio Educadora do Cariri AM 1.020 e pela Internet, através de cratinho.blogspot.com. O programa de hoje apresentará o seguinte roteiro musical:

1. Montreal City (Azimuth)
2. Led Boots (Jeff Beck)
3. Essa é Pro Espedito (Jefferson Gonçalves)
4. Três da Tarde (Spok Frevo Orquestra)
5. Marilyn (Chet Baker)
6. Tea For Two (Thelonius Monk)
7. Forró de Mané Vito (Quinteto Violado)
8. São José (Zabumbeiros Cariris)
9. O Amanhecer (Belle Epoque) (Dihelson Mendonça)
10. Choro da Vila (Márcio Resende)
11. Espinho de Mandacaru (Rivotril)
12. Variações sobre o Juazeiro (Syntagma)

Ficha Técnica
O programa Instrumental & Qual – O Som da Terra é uma produção das Officinas de Cultura e Artes & Produtos Derivados (OCA) e revista virtual Cariricult
Apoio do Centro Cultural Banco do Nordeste em parceria com a Rádio Educadora do Cariri AM 1.020
Redação e programação musical: Luiz Carlos Salatiel, Dihelson Mendonça e Carlos Rafael Dias
Apresentação: Carlos Rafael Dias
Operador de áudio: Iderval Silva
Operador de transmissão: Iran Barreto
Gerente do Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri: Lenin Falcão
Diretor-Gerente da Rádio Educadora do Cariri: Geraldo Correia Braga

Fique ligado!

Pensamento para o Dia 17/02/2010



“Vinte marteladas podem não ter êxito em quebrar uma pedra; a vigésima-primeira pode quebrá-la. Mas, isso significa que os vinte golpes anteriores foram em vão? Não, cada um dos vinte golpes contribuiu com sua parte para o sucesso final. O resultado final foi o efeito cumulativo de todos os vinte e um golpes. Preencha cada momento de sua vida com amor por Deus. Então, as más tendências não prejudicarão seu caminho. O propósito de qualquer prática espiritual é a aniquilação da mente e, no futuro, alguma boa ação terá sucesso em aniquilá-la completamente. Esse triunfo é o resultado de todas as boas ações feitas no passado. Assim, nunca desista e lembre-se que nenhuma boa ação será um desperdício!”
Sathya Sai Baba

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“Quando alguém de cujo comportamento você não goste chegar perto de você, não há necessidade de procurar falhas. Não há motivo de rir ou mostrar seu desprezo. Basta continuar a fazer seu trabalho, impassível a sua chegada. Que siga seu caminho, deixe-o em paz. Essa é a atitude de “Udaseenabhava”, a atitude da simplicidade. Quando você praticar e atingir esse estado de espírito, você vai ter o amor imutável de Deus. Essa atitude lhe confere paz, autocontrole e pureza da mente duradouros.”
Sathya Sai Baba

Heranças Culinárias - por Socorro Moreira



Hoje é dia de jejuar, e eu só penso nas comidinhas que aprendi ao longo da vida com pessoas especiais. Deu vontade de fazer todos os pratos, num grande banquete de saudades. Claro que seria um desperdício, mas vale lembrar os pratos e as pessoas, que somados correspondem a um total gustativo de saudades. Com a minha avó Donana, o bacalhau ensopadinho no leite de coco, o feijão machucado com queijo ralado; com Zilda o nhoque, o bolo de carne, a pizza caseira; com minha mãe a ravióli , a galinha caipira, a rosca do Piauí; com meu avô Alfredo a carne batida com jerimum verde, o chouriço; com Babo a lasanha, a rabada ; com Erice os sorvetes caseiros, as tapiocas ... E assim por diante!
Hoje o almoço ficou pronto com essas lembranças. Convido todos para fazer uma boquinha. Podem chegar... Estão servidos!

Michelangelo

La Pieta

Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (Caprese, 6 de Março de 1475 — Roma, 18 de Fevereiro de 1564), mais conhecido simplesmente como Michelangelo, foi um pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte do ocidente.

Ele desenvolveu o seu trabalho artístico por mais de setenta anos entre Florença e Roma, onde viveram seus grandes mecenas, a família Medici de Florença, e vários papas romanos. Iniciou-se como aprendiz dos irmãos Davide e Domenico Ghirlandaio em Florença. Tendo seu talento logo reconhecido, tornou-se um protegido dos Medici, para quem realizou várias obras. Depois fixou-se em Roma, onde deixou a maior parte de suas obras mais representativas. Sua carreira se desenvolveu na transição do Renascimento para o Maneirismo, e seu estilo sintetizou influências da arte da Antiguidade clássica, do primeiro Renascimento, dos ideais do Humanismo e do Neoplatonismo, centrado na representação da figura humana e em especial no nu masculino, que retratou com enorme pujança. Várias de suas criações estão entre as mais célebres da arte do ocidente, destacando-se na escultura o Baco, a Pietà, o David, as duas tumbas Medici e o Moisés; na pintura o vasto ciclo do teto da Capela Sistina e o Juízo Final no mesmo local, e dois afrescos na Capela Paulina; serviu como arquiteto da Basílica de São Pedro implementando grandes reformas em sua estrutura e desenhando a cúpula, remodelou a praça do Capitólio romano e projetou diversos edifícios, e escreveu grande número de poesias.

Ainda em vida foi considerado o maior artista de seu tempo; chamavam-no de o Divino, e ao longo dos séculos, até os dias de hoje, vem sendo tido na mais alta conta, parte do reduzido grupo dos artistas de fama universal, de fato como um dos maiores que já viveram e como o protótipo do gênio. Michelangelo foi um dos primeiros artistas ocidentais a ter sua biografia publicada ainda em vida. Sua fama era tamanha que, como nenhum artista anterior ou contemporâneo seu, sobrevivem registros numerosos sobre sua carreira e personalidade, e objetos que ele usara ou simples esboços para suas obras eram guardados como relíquias por uma legião de admiradores. Para a posteridade Michelangelo permanece como um dos poucos artistas que foram capazes de expressar a experiência do belo, do trágico e do sublime numa dimensão cósmica e universal.


wikipédia

Torloni


Chistiane Torloni - "Acredito em Dinah"
TV Guia - 26 Novembro 1994
Por: Maria Eugénia Laboriau


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É a atriz brasileira que mais polemica causou em Portugal. Venceu, com a popularidade e desconvenceu com a despedida. Mas já «voltou»: vê-mo-la, diariamente, em A Viagem, na SIC. Num papel «do outro mundo».

Depois de ter vivido dois anos em Portugal (mais propriamente em Cascais), que deixou a alguns meses - não sem antes estar no centro de uma grande polemica a propósito da peça 10 Elevado a Menos 42 - Extasis - , a atriz Christiane Torloni regressou ao nosso convívio, mas através do pequeno ecrã.

Protagonista da principal telenovela da SIC, A Viagem, a atriz «veste» a pele da bela e decidida Dinah nesta recente produção da TV Globo. Mais uma das muitas e diversificadas personagens a que a atriz dá vida. No papel de Dinah, ela mostra-se agora uma mulher apaixonada, muito ciumenta e insegura. A sua separação de Teo (Mauricio Mattar) vai contribuir para uma mudança que passa por um reconhecimento do seu inconsciente e de outras vidas passadas. Por outro lado, o seu amor por Octávio Jordão (António Fagundes) revelar-se-à eterno e «celestial». Não é, aliás, a primeira vez que que Torloni contracena com António Fagundes. Recorde-se que eles apaixonaram o público e a crítica ao viverem um romance atribulado na telenovela Louco Amor e, também, no filme Besame Mucho.

Christiane Torloni aceitou de bom grado conceder esta entrevista porque considera importante não guardar rancores a respeito do «episódio» da sua estada entre nós: «Construí muitas coisas e muitos amigos durante o tempo que vivi em Portugal. Não quero que esse assunto as destrua».

O último papel que a atriz havia interpretado em televisão tinha sido na série As Noivas de Copacabana, altura em que já vivia em Portugal, tendo regressado ao Brasil propositadamente para as gravações da referida produção. Nessa altura, Torloni declarou que só voltaria às telenovelas com uma personagem que o justificasse.

«Recebi o convite para fazer a Dinah ainda em Portugal. Mas só aceitei mesmo trabalhar quando cheguei ao Brasil. Já fiz A Gata Comeu, que é também da autoria de Ivani Ribeiro, um texto de que gostei muito. Ela escreve sem pudores sobre a paixão e o ódio. A vida espiritual é um tema muito bonito e, por isso, acredito na personagem», confessa a atriz.

E o fato de a telenovela ser um «remake» de uma versão mais antiga não desmotiva Christiane Torloni, que, contrariamente ao que dizem outros atores, entende que os bons temas devem ser regravados. «Fiz também a segunda versão de Selva de Pedra. Acho importante que outras gerações possam também ver este trabalho. E em todo o mundo estão a acontecer refilmagens. Quando relemos um livro, não quer dizer que sejamos leitores sem imaginação. O mesmo acontece com os telespectadores, que podem querer rever o tema de uma novela na televisão», assim justifica a atriz o seu interesse pelos «remakes».

Além da personagem que interpreta em A Viagem, Torloni está igualmente envolvida numa remontagem da peça Hamlet, de Shakespeare. Ela encarna o papel da Rainha Gertrude e o seu ritmo de trabalho tem sido muito intenso. «Muitas vezes é uma correria. Mas, em compensação, é quando desempenho o meu trabalho de atriz que exerço mais o meu lado generoso. Por isso, é possível conciliar outros interesses da vida», revela, demonstrando o seu evidente entusiasmo.

«Tenho Fé»
Quando em Outubro de 1991, perdeu Guilherme, um dos seus filhos (gêmeos) de 12 anos - num acidente na garagem do condomínio onde morava -, Christiane Torloni pensou em enfrentar a perda em Portugal. «Fui a Portugal em Agosto de 1991, quando a novela Kananga do Japão, onde eu desempenhava a Dora, estava no ar. Então liguei para o meu filho e ele fez-me perguntas sobre o país. Respondi-lhe; e ele, então, pediu-me para ir morar para lá. Com a perda de Guilherme, tomei essa decisão».

Sobre a sua saída de Portugal e a crítica desfavorável à peça 10 Elevado a Menos 42 - Extasis, Torloni procura deter-se mais nos acontecimentos positivos. E é agora noutro tom que analisa uma situação que a fez pronunciar frases bem amargas: «Problemas acontecem em todos os locais. E lá fiz grandes amigos. Procuro tirar os factos positivos de todos estes acontecimentos. Portugal é diferente do Brasil, no sentido de que o Estado interfere mais na cultura. Por outro lado, aqui temos que correr atrás dos patrocínios junto das empresas particulares. São situações diferentes e nenhuma das duas é a ideal».

Da temporada de trabalho passada em Portugal, a atriz realça o contato que teve com alguns atores portugueses, considerando que muitos dos objetivos da sua passagem por Lisboa foram concretizados: «O brasileiro é um lutador. Tentei arrumar a minha vida, e acredito ter encontrado um eixo que, se não foi o melhor, foi o possível. E sou uma pessoa que tem fé. Neste sentido, sinto-me privilegiada por vir de uma família que me passou esse espírito».

Para Christiane Torloni, o tema central da telenovela A Viagem (a vida depois da morte) está também presente na sua própria vida, pois considera-se uma pessoa muito virada para o lado espiritual. «Não acho que o tema da espiritualidade seja uma novidade. E acho a Dinah uma personagem com qualidades admiráveis, pois ela é uma pessoa decidida e apaixonada. Tem um lado verdadeiro de que gosto muito», sublinha a atriz.

Desde que participou em Duas Vidas, da prestigiada novelista Janete Clair, Torloni já fez 13 novelas, a que ainda se devem somar 11 filmes e sete peças de teatro. Entre os seus trabalhos de destaque na televisão portuguesa estão a Fernanda de Selva de Pedra e a Dora, de kananga do Japão, se bem que os seus desempenhos em A Gata Comeu, e Araponga tenham sido igualmente muito aplaudidos.

«Fui Bem-Vinda»
Filha dos atores Geraldo Mhateus e Monah Delacy, Christiane Torloni estreou-se na Globo com 19 anos de idade. «Fui educada para dar certo, no sentido de não precisar de contar com os outros, ter a minha profissão e tentar vencer nela. Quando voltei para o Brasil, fui recebida com muito carinho pelos meus colegas. E a palavra que mais ouvi foi "bem-vinda"».

Torloni possui uma casa no Rio de Janeiro, mas desde que regressou ao Brasil está a viver num apart-hotel, no Leblon. Quanto a projetos, a atriz ainda não tem nada definido. Recebeu um convite para montar no Brasil o mesmo espetáculo que causou tanta polemica em Portugal, mas não tomou ainda qualquer decisão. «Quando fiz a peça, considerei que já estava cansada de questionar a relação homem-mulher e, por isso interpretei um "ser do outro mundo" nessa peça. Aliás, na televisão também começarei a viver um "ser do outro mundo", após a morte de Dinah».

Criada num ambiente católico, Christiane Torloni acha que tem as imagens da religião cristalizadas dentro de si própria, o que não a impede de buscar forças também em outras fontes. E acha que estes fatores a ajudaram na composição da sua personagem em A Viagem: «Acredito que Deus está em todos os lugares e não emparedado dentro de uma única religião. A morada do Senhor não é apenas a da Igreja, mas em todos os lugares e, também, nas pessoas».

Relativamente à prática de alguma religiosidade, a atriz diz que costuma fazê-lo através da sua profissão: «O palco é o maior local de desapego, compaixão, disponibilidade e amor, que são as bases de todas as religiões. Por isso costumo dizer que pratico a minha religião sendo atriz».

Fra Angelico - por Ana Lucia Santana




Fra Angelico, batizado como Guido di Pietro Trosini, conhecido posteriormente também como Giovanni da Fiesole, nasceu em 1387, na aldeia de Mugello, em Vicchio. Ele era igualmente chamado de Fra Giovanni – fra é a versão italiana para frei. Ele viria a se tornar, mais tarde, um dos mais significativos artistas renascentistas da Itália.

Seu talento se revela em um período posterior. Seu primeiro trabalho assinado, o Retábulo dos Linaioli, data de 1433. Ao que parece ele foi discípulo de Lorenzo Monaco, com quem aprendeu a técnica da iluminura. Nesta época ele já era um dominicano, ordem da qual ele passou a fazer parte aos 20 anos, exercitando sua vocação religiosa no convento de Fiesole.

Durante o pontificado de Alexandre V, ele e seu grupo foram expatriados, entre 1409 e 1418. A partir de 1436 eles se instalaram no convento de São Marcos, na cidade de Florença, local concedido pela família Medici. Aí ele iniciou suas pinturas murais e também atuou junto ao arquiteto Michelozzo, responsável pela reforma deste espaço. Nas celas desta instituição é possível encontrar registros de episódios evangélicos retratados pelo pintor.

A convite do Papa, ele visitou Roma em 1447 e em 1448, retornando em 1452, sempre a serviço do pontífice, ornamentando a capela do Papa Nicolau V, no Vaticano. Nesta mesma época ele também trabalha sob encomendas em Orvieto. Sua obra provoca admiração ainda hoje entre os críticos e os que a contemplam, por seu primor técnico e a profunda espiritualidade que ela transmite. Suas pinturas e as atitudes devotas que sempre moveram sua existência levaram seus contemporâneos a lhe chamarem de Fra Angélico e, depois, de Beato, mesmo sem a autorização da Igreja.

Entre 1448 e 1450 ele assumiu o posto de prior do Convento de Fiesole, mas mesmo assim seguiu atuando artisticamente em Roma e em Florença. Acredita-se que seus trabalhos foram inspirados por Gentile da Fabriano e por Lorenzo Ghiberti. Embora Fra Angelico incorporasse em sua produção artística elementos do Renascimento, elaborando um estilo original, dotado de tonalidades amenas e colorações mais límpidas, elementos equilibrados e feitios harmônicos, de luzes e cores articuladas com inteligência, sua pintura impregnada de devoção religiosa, concebida como uma prece, remete aos ideais medievais.

Seus temas mais recorrentes são a Virgem com o Menino no colo, a Virgem coroada e a Anunciação. Uma de suas obras mais concretas é A Descida, na qual se destaca a glorificação dos santos e o amor que deles irradia. Recentemente, em 14 de novembro de 2006, foram achados mais dois retábulos pintados por Fra Angélico, que estavam desaparecidos há pelo menos 200 anos. Estas peças foram localizadas em uma humilde residência inglesa, em Oxford.

Ainda como prior de seu Convento, foi mais uma vez convocado pelo pontífice para atuar em Roma, vindo a morrer nesta cidade em 18 de fevereiro de 1455. O papa criou em sua homenagem um epitáfio, composto de quatro versos em latim, inscrito em sua humilde laje sepulcral, que remete à simplicidade quase franciscana do Frei. Ele foi beatificado, em 1982, pelo Papa João Paulo II, sendo agora oficialmente denominado Beato Fra Angelico.

Fontes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fra_Angelico

http://www.pitoresco.com.br/italiana/fra_angelico.htm

Projeto água pra que te quero ! - Nívia Uchôa


Yoko Ono



Yoko Ono, em japonês 小野 洋子 (Ono Yōko), (Tóquio, 18 de Fevereiro de 1933) é uma cantora e artista plástica vanguardista japonesa, viúva de John Lennon e mãe de Kyoko Chan Cox e Sean Lennon. Atualmente vive em Nova Iorque.

Suas obras, tanto musicais quanto plásticas e conceituais, são caracterizadas pela provocação, introspecção e pacifismo.
Nascida numa família rica, Yoko Ono teve oportunidade durante a infância de estudar em Gakushin, uma das mais exclusivas escolas do Japão. Durante este período estudou também piano clássico e canto.

Durante a Segunda Guerra Mundial deslocou-se frequentemente entre cidades do Japão e Estados Unidos até 1952, quando se mudou definitivamente para Nova Iorque. A partir de então frequentou a faculdade de música Sarah Lawrence, onde conheceu importantes músicos de vanguarda, que posteriormente seriam inspiração para o surgimento do grupo Fluxus, entre eles John Cage.

Em 1956 casa-se, contra a vontade de seus pais, com Toshi Ichiyanagi e com ele dividiu um loft em Manhattan, que pouco tempo depois se tornou laboratório para as performances de Yoko e as experiências sonoras de John Cage.

Rejeitando o auxílio financeiro da família, começa a lecionar arte japonesa e música em escolas públicas.

Entre o fim da década de 1950 e 1960, Yoko Ono realiza obras de cunho conceitual que oscilam entre a introspecção poética e sátira provocadora. Entre elas destacam-se: Painting To See The Skies ("Pintando para ver os céus"), de 1961, uma folha que contém sucintas instruções em japonês de como transformar uma tela convencional em uma espécie de óculos para observação do céu; uma apresentação no Carnegie Recital Hall, onde utilizou microfones para registrar o ruído de descargas de autoclismos(PT) ou privadas(BR) (performance repudiada pelos críticos de arte de então); "Lightining Piece", de 1955, performance na qual convida os espectadores a observarem a consumação de um palito de fósforo pelo fogo. Este último um esboço do interesse que mais tarde terá em produzir obras e performances que instiguem o observador a se relacionar esteticamente com fenômenos corriqueiros e banalizados pela rotina — uma rejeição do que a vanguarda Fluxus chamava de arte europeizada e ao mesmo tempo uma tentativa de integrar a arte à vida cotidiana, no entanto sem a conotação de artesanato/utilitaridade.

Em 1961, após desentendimento com seu marido, Toshi, retorna ao Japão. A má repercurssão de seus trabalhos e a crise conjugal acabam por lhe causar um estado de profunda depressão e é pouco tempo depois internada.

É removida do hospital quando seu amigo Anthony Cox denuncia que ela estava recebendo doses anormais de medicamentos. Uma relação amorosa entre os dois culmina na separação de Yoko e Toshi e no seu casamento com Anthony, com quem veio a ter uma filha, Kyoko Chan Cox, em 1963.

Novos problemas conjugais fazem com o que o casal se distancie e Yoko retorna para os Estados Unidos ainda em 1963.

Na América, descobre que seu amigo Georce Maciunas, baseado nas idéias que havia desenvolvido junto com John Cage e a própria Yoko Ono, liderava um novo grupo vanguardista denominado Fluxus. As propostas do grupo eram politizadas e de cunho libertário, se aproximando muito dos ideais primeiro sugeridos pelo Dadaísmo e o Construtivismo russo. Ela a partir de então se une ao grupo.

Em 1964 lança o livro Grapefruit, uma compilação de "instruções de obra de arte" (entre elas Hide & Go Seek: "Se esconda até que todos se esqueçam de você. Se esconda até que todos morram.") e começa uma longa série de happenings.

Em 1965 se apresenta novamente no Carnegie Recital Hall com sua performance Cut Pieces ("corte pedaços"), onde permanecia sentada, convidando o espectador a cortar com uma tesoura pedaços de sua roupa até ficar nua. Esta performance teve uma repercurssão positiva na crítica.

De 1964 a 1972 produz dezesseis filmes experimentais entre eles o polêmico Nº 4 (também conhecido como Bottoms), que apresenta 365 closes de nádegas, e Nº 5, uma seqüência de stills de bocas que animados mostram a transição de um sorriso para uma expressão séria.

Com a repercurssão de suas obras, Yoko é convidada em 1966 a realizar uma exposição individual. Nesta exposição, foi exposta a obra Ceiling Painting, uma instalação onde uma escada conduz o observador até um vidro no teto, onde há uma lupa presa para que se lê a pequena inscrição "Yes!". O músico John Lennon, membro da banda Beatles, estava presente na exposição e seu encantamento com a obra despertou um interesse pela produção artística de Ono.

John Lennon financiou então sua próxima instalação, Half-A-Room, uma peça intimista e melancólica: um quarto de casal completamente branco, com a mobília, também branca, cortada ao meio. Ono comenta que a inspiração para a instalação ocorreu quando acordou certo dia e notou que Anthony Cox, seu ex-marido, não estava lá, não havia voltado na noite passada, deixando uma sensação de "estar pela metade".

A partir do fim da década de 1960, Yoko Ono e John Lennon começam a produzir composições de vanguarda, sem estrutura musical tradicional. Lennon se separa de sua primeira esposa; se casa com Yoko em 20 de Março de 1969, e eles têm um filho, Sean Lennon, em 9 de Outubro de 1975.
A produção musical de Ono é, muitas vezes, extremamente experimental, mas ao contrário das experiências de seu amigo John Cage, cujos questionamentos audaciosos dialogavam com a música erudita, a produção de Ono, apesar de sua educação formal em música, desconstruía e repensava a música popular, em especial o Rock And Roll. Yoko Ono é uma das precursoras do estilo rock experimental que viria surgir no fim dos anos 1970 e começo dos anos 1980 com a música industrial e pós-punk. Seus discos de 1972 e 1973 atualmente são reconhecidos como históricos (apesar da total falta de sucesso na época de seus lançamentos) na música feminista.

Esta provocação e desconstrução do rock, com a participação de Lennon, acabou por torna-la alvo de muitas críticas, especialmente de alguns fãs dos Beatles. Em uma famosa apresentação de John Lennon no festival musical Toronto Rock And Roll Revival Festival, Ono se uniu a banda a partir da segunda metade do show transformando o estilo rock and roll tradicional em uma das primeiras manifestações de música experimental dentro de um gênero popular, substituindo as palavras por ruídos gritados e utilizando a microfonia como parte da música. Atitude que fez as músicas apresentadas por Lennon e banda (Yer Blues, Dizzy Miss Lizzy, entre outras) adquirir um estranho e original brilho. Eric Clapton sempre apoiou o trabalho de Yoko, tendo declarado em entrevistas como admira sua originalidade e como gostou de gravar com ela. Mas George Harrison já não pensava assim, e não aceitou que Ono participasse do Concerto para Bangladesh o que levou John Lennon a declinar do convite de se apresentar, já que Yoko era parte fundamental da Plastic Ono Band.

O estilo confrontador e agressivo de Yoko foi lentamente dando lugar a um estilo mais próximo do pop-rock. No século XXI, Yoko transformou-se em diva da música eletrônica através dos remixes de canções antigas feitos pelos mais renomados DJ´s da cena eletrônica. Todos os singles atingiram os primeiros lugares das paradas de dance music, sendo que dois deles, "Walking on thin ice" e "Everyman/everywoman" (que ela dedicou como apoio à causa gay) chegaram efetivamente ao número 1 das paradas de dance music.

Em fevereiro de 2007, aos 74 anos de idade, Yoko Ono lançou Yes, I´m a witch, disco no qual seus antigos trabalhos são recriados e reconstruídos por artistas como Peaches, Le Tigre, Flaming Lips, Craig Armstrong, Apples in Stereo, entre outros.

A partir do fim da década de 1980, Ono voltou a produzir obras na área de artes plásticas.

No começo da década de 90 foi lançada ONOBOX, caixa de seis CD´s reunindo a obra completa de Yoko até então. A caixa foi aclamada pela crítica, e as novas gerações começariam então a assimilar o pioneirismo de seu trabalho.

Animada com a receptividade calorosa para ONOBOX, Yoko juntou-se à banda IMA, do filho Sean Lennon, e gravaram o disco Rising, também elogiado pela crítica e que rendeu uma turnê pela América do Norte e Europa, além de uma CD de remixes com nomes como Tricky, Thurston Moore e Perry Farrel.

Em 2001 foi realizada a exposição retrospectiva de quarenta anos YES YOKO ONO. Neste ano foi lançado também Blueprint for a Sunrise, CD de material inédito.
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Nelson Cavaquinho



Nelson Cavaquinho, nome artístico de Nelson Antônio da Silva, (Rio de Janeiro, 28 de outubro de 1911 — Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1986) foi um importante músico brasileiro. Sambista carioca, compositor e cavaquinista na juventude, na maturidade optou pelo violão, desenvolvendo um estilo inimitável de tocá-lo, utilizando apenas dois dedos da mão direita.


Seu envolvimento com a música inicia-se com na família. Seu pai, Brás Antônio da Silva, era músico da banda da Polícia Militar e seu tio Elvino tocava violino. Depois, morando na Gávea, passou a frequentar as rodas de choro. Foi nessa época que surge o apelido que o acompanharia por toda a vida.

Casou-se por volta dos seus 20 anos com Alice Ferreira Neves, com quem teria quatro filhos e na mesma época consegue, graças a seu pai, um trabalho na polícia fazendo rondas noturnas a cavalo. E foi assim, durante as rondas, que conheceu e passou a frequentar o morro da Mangueira, onde conheceu sambistas como Cartola e Carlos Cachaça.

Deixou mais de quatrocentas composições, entre elas clássicos com "A Flor e o Espinho" e "Folhas Secas", ambas em parceria com Guilherme de Brito, seu parceiro mais frequente. Por falta de dinheiro, depois de deixar a polícia, Nelson eventualmente "vendia" parcerias de sambas que compunha sozinho, o que fez com que Cartola optasse por abandonar a parceria e manter a amizade.

Sua primeira canção gravada foi "Não Faça Vontade a Ela", em 1939, por Alcides Gerardi, mas não teve muita repercussão. Anos mais tarde foi descoberto por Cyro Monteiro que fez várias gravações de suas músicas. Começou a se apresentar em público apenas em 1960, no Zicartola, bar de Cartola e Dona Zica no centro do Rio. Em 1970 lançou seu primeiro LP, "Depoimento de Poeta", pela gravadora Castelinho.

Suas canções eram feitas com extrema simplicidade e letras quase sempre remetendo a questões como o violão, mulheres, botequins e, principalmente, a morte, como em "Rugas", "Quando Eu me Chamar Saudade", "Luto", "Eu e as Flores" e "Juízo Final".

Com mais de 50 anos de idade, conheceria Durvalina, trinta anos mais moça do que ele, sua companheira pelo resto da vida. Morreu na madrugada de 18 de fevereiro de 1986, aos 74 anos, vítima de um enfisema pulmonar.


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Exposição Águas-Vivas, últimos dias... Por Pachelly Jamacaru

Últimos dias para visitação da Exposição Águas-Vivas, no SESC de Crato, até dia 19 de janeiro 2010. Obrigado a todos que estiveram por lá!