Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

quarta-feira, 7 de julho de 2010

By Nívia Uchôa

Procópio Ferreira


Procópio Ferreira, nome artístico de João Álvaro de Jesus Quental Ferreira, (Rio de Janeiro, 8 de julho de 1898 — Rio de Janeiro, 18 de junho de 1979) foi um ator, diretor de teatro e dramaturgo brasileiro. É considerado um dos grandes nomes do teatro brasileiro.

Procópio descobriu cedo o talento de envolver a plateia, arrastando aos seus espetáculos contingentes de público de fazer inveja aos maiores sucessos de hoje. Em 62 anos de carreira, Procópio interpretou mais de 500 personagens em 427 peças.

Relembrando ..... Nuvem Passageira - Kleiton e Kledir

La Fontaine


Jean de La Fontaine (Château - Thierry, 8 de julho de 1621 — Paris, 13 de abril de 1695) foi um poeta e fabulista francês.

Era filho de um inspetor de águas e florestas, e nasceu na pequena localidade de Château-Thierry. Estudou teologia e direito em Paris, mas seu maior interesse sempre foi a literatura.

Por desejo do pai, casou-se em 1647 com Marie Héricart, na época com apenas quatorze anos. Embora o casamento nunca tenha sido feliz, o casal teve um filho, Charles.

Em 1652 La Fontaine assumiu o cargo de seu pai como inspetor de águas, mas alguns anos depois colocou-se a serviço do ministro das finanças Nicolas Fouquet, mecenas de vários artistas, a quem dedicou uma coletânea de poemas.

Escreveu o romance "Os Amores de Psique e Cupido" e tornou-se próximo dos escritores Molière e Racine. Com a queda do ministro Fouquet, La Fontaine tornou-se protegido da Duquesa de Bouillon e da Duquesa d'Orleans.

Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma coletânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís 14. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente seus leitores.

Em 1683 La Fontaine tornou-se membro da Academia Francesa, a cujas sessões passou a comparecer com assiduidade. Na famosa "Querela dos antigos e dos modernos", tomou partido dos poetas antigos.

Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas. Em 1692, La Fontaine, já doente, converteu-se ao catolicismo. A última edição de suas fábulas foi publicada 1693.

Antes de vir a ser fabulista, foi poeta, tentou ser teólogo e cafifa. Além disso, também entrou para um seminário, mas aí perdeu o interesse.

Aos 26 anos casou-se, mas a relação só durou onze anos. Depois disso, La Fontaine foi para Paris, e iniciou sua grande carreira literária. No início, escrevia poemas, mas em 1665 escreveu sua primeira obra, chamada “Contos”. Montou um grupo literário que tinha como integrantes Racine, Boileau e Molière.

No período de 1664 a 1674, ele escreveu quase todas as suas obras. Nas suas fábulas, contava histórias de animais com características humanas. Em 1684, foi nomeado para a Academia Francesa de Letras.

Onze anos depois, já muito doente, decidiu aproximar-se da religião. Até pensou em escrever uma obra de fé, mas não chegou a escrevê-la.[carece de fontes?]

A sua grande obra, “Fábulas”, escrita em três partes, no período de 1668 a 1694, seguiu o estilo do autor grego Esopo, o qual falava da vaidade, estupidez e agressividade humanas através de animais.

La Fontaine é considerado o pai da fábula moderna. Sobre a natureza da fábula declarou: “É uma pintura em que podemos encontrar nosso próprio retrato”.

Algumas fábulas escritas e reescritas por ele são A Lebre e a Tartaruga, O Homem, O Menino e a Mula, O Leão e o Rato, e O Carvalho e o Caniço.

Está sepultado no cemitério Père-Lachaise, em Paris, ao lado do dramaturgo Molière.

wikipédia

Você se lembra?


Para Jacques
- Claude Bloc -


O tempo está aí. Sempre mastigando a história da gente. Os bons momentos vão ficando perdidos pelas escadarias... mas a cada degrau voltamos a eles nas lembranças e na saudade.
Tenho saudade de Jacola. Aquele menininho sempre esperto e gentil. Sempre pronto a receber meu fraterno gesto de amor. Sempre pronto a servir e a viver com um sorriso relampejando nos seus brancos dentinhos de leite.
Tenho saudade sim dele crescendo e sinto falta dos nossos elos quando me lembro que por tanto tempo nossas vidas caminharam paralelas.
Coisas da vida, eu poderia dizer. Sim e seria verdade. Permeados ao tempo vivemos cada um nossa história, mas nunca nos faltou o bem querer.
Abraço, mano...
Claude

Ausência - Ednardo




Ausência
Ednardo

Tu lembras a rua estreita estrada tão antiga, e eu mostrava a ti uma cantiga
Uma cantiga antiga do lugar
Na rua, na paz da lua o som não se fazia, e sem querer então eu esquecia
Que já não temos tempo pra sonhar

Sorrias e a tua voz a cada instante amiga, a um só tempo em um abraço estreito
Fazia à vida, um violão, um jeito de se fazer amar

Sorrias e a tua voz estranha estrada antiga, perdeu-se ao longe na partida
E não ficou ninguém no seu lugar
La La Laia.....

Cortinas

Antes de dormir
faço uma última oração:

destrincho uma maçã
e não escovo os dentes.

Pérola da MPB

Neve

A melancolia é a minha menina.
Beijo-lhe os olhos quando quero.
Ela sorri sem jeito mas feliz por mim.

A melancolia é gostosa ao sair do banho.
Pingando. Molhando o piso do quarto.

E eu com as faces rubras
espero seu corpo na cama.

A melancolia tem um corpo exuberante.
Parte de ninfeta outra parte madura.

Adoro ambas as partes.
Provo ao mesmo instante
do tempo e do destempero
da sua alma.

A melancolia (acredito)
gosta de ouvir minha voz.

Se não gosta
por que se deita
com os ouvidos
(ainda molhados do chuveiro)
na direção da minha boca?

Talvez porque apenas queira
sentir aquele frêmito gostoso
da minha língua dentro
e rodopiando.

A melancolia é a minha menina.
E ninguém lhe tira dos meus braços.

Principalmente quando durmo
estrangulando seu pescoço.

Pessoas.


O meu livro você já leu várias páginas...Já adentrou bastante no meu jeito de ser. As outras páginas restantes, depende apenas da sua pessoa: abrí-las ou não.Por outro lado, o seu livro, não cheguei a ler nem o prefácio completo. Quem é você? Como é sua persona? De que forma vivencia o ser livre?... Vida que se vive a cada dia.Relacionamentos humanos...

COMPOSITORES DO BRASIL


Régua, compasso,
matemática e loucura:
a Antropologia de

FAUSTO NILO

Por Zé Nilton

Um eminente antropólogo urbano – Carlos Nelson Ferreira dos Santos – de saudosa memória, um dia escreveu bela página sobre como teria migrado da arquitetura para a antropologia. Muito fácil, concluiu: arquitetos e antropólogos findam enaltecendo os elementos simbólicos em ambas as artes.

Fausto Nilo é arquiteto urbanista. Melhor ainda, é de Quixeramubim cá do meu Ceará. Estas duas qualidades por si só dizem do muito que ele é. Simples, inteligente, honesto com as suas artes. Desenha espaços com a mesma leveza com que desenha palavras.

Simplicidade. O arquiteto esteve em Crato, não faz muito tempo. Andou por suas ruas feito um da terra. Ninguém o estranhou. Tinha a nossa cara. Era daqui. Mas alguém o seguia de longe. Seu olhar direcionava-se para o poeta com seus passos cadenciados sob uma roupa branca. E o seguia catando a poesia que entornava no chão de minha cidade.

Tenho dificuldades em chamar Fausto Nilo de letrista. Melhor será dizê-lo poeta da música. Ninguém nunca chamou Vinícius de letrista, foi sempre o poeta ou o poetinha seguindo seus carinhos em diminutivo.

Muito de antropologia em sua poética de ritos, de mitos, de simbologias, ressignificando a dureza das histórias do cotidiano. Escutem novamente Meninas do Brasil, Paroara, Baião da Rua, Amor nas Estrelas... Ou leiam seus poemas sem a música e os musiquem novamente. Claro que pode. As letras da poesia soltam toadas.

Vamos falar um pouquinho do nosso conterrâneo Fausto Nilo no programa Compositores do Brasil desta quinta feira. Dentre seu vasto repertório escolhemos para nos deliciarmos:

ZANZIBAR, de Fausto Nilo e Armandinho, com A Cor do Som
RETRATO MARROM, de Fausto Nilo e Rodger Rogério com Ney Matogrosso
BLOCO DO PRAZER, de Fausto Nilo e Moraes Moreira com Gal Costa
MIL E UMA NOITES DE AMOR, de Fausto Nilo, Pepeu Gomes_e_Baby Consuelo com Pepeu Gomes
JARDIM DOS ANIMAIS, de Fausto Nilo e Fagner com Fagner
DOROTHY LAMOUR, de Fausto Nilo e Petrúcio Maia com Ednardo
TUDO COM VOCÊ, de Fausto Nilo e Lulu Santos com Lulu Santos
AMOR NAS ESTRELAS, de Fausto Nilo e Roberto de Carvalho com Nara Leão
PAROARA, de Fausto Nilo, Chico Buarque e Fagner com Fausto Nilo
O ELEFANTE, de Fausto Nilo e Robertinho do Recife com Robertinho do Recife
BAIAO DA RUA, de Fausto Nilo e Nonato Luiz com Fausto Nilo
PEQUENINO CÃO, de Fausto Nilo e Caio Silvio com Simone
MENINAS DO BRASIL, de Fausto Nilo e Moraes Moreira com Moraes Moreira


Quem ouvir verá!

COMPOSITORES DO BRASIL
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Rádio Educadora do Cariri – 1020
Quintas-feiras, de 14 às 13 horas
Retransmissão: www.cratinho.blogspot.com

Fim de tarde em Barbalha , sob o olhar de Nívia Uchôa

Pérola da MPB

Percebendo a cor do carinho- por Socorro Moreira ( foto de João Nicodemos)

A natureza troca carinho ,
no olhar do artista
Se encosta a flor,
na palmeira que dança,
quando o vento toca...
E as cores  se misturam,
numa emoção vibrante...
Nada faz falta 
na hora em que os olhos 
se desfocam da vida
e apreciam o dia !
             Foto de João Nicodemos

As Palavras

Por mais que eu ame o silêncio
as palavras amo imensamente.
Sinto o atrito dos fonemas
esculpidos pelo vácuo.
Vejo a sombra raivosa
de algumas sílabas
deixadas para trás.
As palavras são criaturas
vingativas e gentis
quando querem.
Boa parte do tempo
não querem compromisso.
Saem e entram no meu estômago
com a mesma veemência do cafezinho.
E nem sempre o cafezinho está quente
e nem sempre labaredas as palavras.
Às vezes as palavras são cubos de gelo
dentro de um copo de vidro.
Amo tanto (meu deus)
como amo enlouquecido as palavras.
Sobretudo sem argumentações estéticas.
As palavras são crianças e idosos
em um mesmo estágio de vida.
Acompanham apenas os meus dedos
como se estes fossem cajados
nunca muletas.
As palavras não servem
para suportar o peso de uma derrota.
As palavras não parecem com travesseiros.
Pedras. As palavras são pedras ovais. Lisas.
De acordo com a posição do sol
até refletem encanto.
Quando chove não perdem o encanto.
As palavras têm mais encanto
que a minha antiga moeda encantada.
Tudo visível ou extraordinário
as palavras são testemunhas.
Acompanham meu espanto.
Meu sorriso. Minhas lágrimas.
Não se apiedam nem se glorificam
com o que escrevo.
Pois as palavras não sabem ler.
Prostram-se em um canto do quarto
e se norteiam pelo barulho das teclas.
Não leem. Apenas distinguem
o que é verídico do espetacular.
Dentro do caixão (elas sabem disso)
conviverei melhor com elas.
Estaremos todos unidos
pela escuridão do teto de madeira.
Não quero ser cremado.
As palavras não gostam
de ser reduzidas a cinzas.
As palavras sonham
em virar adubo de minhocas.
Eu também.

Centenário de Luiz Barbosa - por Norma Hauer


Em 7 de julho de 1910, nasceu, em Macaé, o cantor e compositor LUIZ BARBOSA, irmão do humorista Barbosa Júnior e do compositor Paulo Barbosa.
Bem antes de Moreira da Silva, criou sambas de breque, nos quais se acompanhava com seu instrumento "chapéu de palha".

Luiz Barbosa estreou no rádio, em 1931, no programa Valdo Abreu, na Rádio Mayrink Veiga. Esse programa foi, talvez, o primeiro montado no rádio, antes do famoso Programa Casé. Neste programa, ele também atuou.

Quando Cesar Ladeira assumiu a direção artística da Mayrink, deu a Luiz Barbosa a denominação de "Chevalier do Samba". Isso porque ele cantava de modo sinclopado, como o cantor e ator francês Maurice Chevalier, famoso na época.

Sua primeira gravação ocorreu no próprio ano de 1931,com "Meu Santo"; "Silêncio" (de Vadico, sozinho, sem seu companheiro Noel Rosa) e "Sou Jogador, de sua autoria.

Começou a fazer sucesso quando gravou, de Nássara e Orestes Barbosa, o samba "Caixa Econômica". Por causa desse samba, no Centenário de Orestes (em 1994) a Caixa Econômica apresentou, em sua agência no Boulevard, um "show" com composições de Orestes, ao qual compareceu, pela última vez aqui no Rio, o cantor Sílvio Caldas.

Bom, mas vamos a Luiz Barbosa. Sua carreira (e sua vida) foram curtas, mas ele gravou vários sucessos, como "Lalá e Lelé";"Risoleta";"Perdi a Confiança";"Já Paguei Meus Pecados"e duas inspiradas em ditos populares:"Quem Nunca Comeu Melado" e "Cadê o Toucinho?".
Na época áurea do Programa Casé havia uma drogaria no Largo de São Francisco, de nome "Drogaria Sul Americana", que fazia propaganda assim:"Ó, Ó, Ó Não!-A Drogaria Sul Americana é a mais barateira do Brasil". Utilizando esse anúncio, Luiz Barbosa gravou um samba intitulado "Oh, Oh Oh, Não!".

Foram dois os grandes sucessos de Luiz Barbosa:o samba de Braguinha e Alberto Ribeiro "Seu Libório" e o de Ari Barroso, "No Tabuleiro da Baiana ", em dupla com Carmen Miranda
O samba "Seu Libório" marcou muito sua carreira. Em todos os lugares onde ele se apresentava tinha de cantar "Seu Libório", chegando a ficar conhecido por esse nome.
Mas, por um desses motivos sem explicação que ocorriam no meio radiofônico, Luiz Barbosa não gravou "Seu Libório". Quem o fez, alguns anos, depois foi Vassourinha, outro cantor que viveu pouco.

No filme "Alô, Alô Carnaval" Luiz Barbosa aparece cantando "Seu Libório", sendo esse o único registro que se tem desse samba em sua voz.

Antes de gravar o samba "No Tabuleiro da Baiana", Luiz o cantava em um show no Teatro Carlos Gomes, para onde foi levado por Jardel Járcolis.

Esse samba ("No Tabuleiro da Baiana" ) que representou grande sucesso na voz de Luiz Barbosa em dupla com Carmen Miranda, "deu" seu nome ao abrigo que era o ponto final dos bondes da Zona Sul, ali entre a Avenida Treze de Maio e a Rua Senador Dantas.
Demolido após o fim do serviços de bondes aqui no Rio.

Como todo "bom farrista", de noitadas no bairro da Lapa, Luiz Barbosa adquiriu a doença então na moda: tuberculose e faleceu em 8 de outubro de 1938, com apenas 28 anos

Norma

Por Norma Hauer


LAMPIÃO E MANEZINHO ARAÚJO
Foi a 7 de julho de 1898 que nasceu Virgulino Ferreira da Silva, no interior de Alagoas. Tomou parte no que se chamou de "cangaço", ficando conhecido como LAMPIÃO.

Foram criadas muitas lendas a seu respeito e jamais se saberá o que era realidade ou o que seria lenda.

Uma das mais divulgadas é a que dizia que o famoso Padre Cícero (conhecido como Padre Ciço") prometendo anistia a Lampião, convidou-o a perseguir a Coluna Prestes, ato que Lampião não aceitou.

Não vou aqui comentar a vida de Lampião, de quem já ouvira falar em criança, quando não entendia do que se tratava, mas me lembro que citavam muito umas tais "volantes", que perseguiam Lampião por todo o Nordeste, até massacrá-lo (e a seu bando) em 28 de julho de 1938. Lampião tinha então 40 anos.

Tivemos um cantor que lançou "emboladas" quando aqui chegou no começo dos anos 30, indo atuar na Rádio Mayrink Veiga. Seu nome MANEZINHO ARAÚJO, cognominado por César Ladeira de "Rei das Emboladas".

Uma que muito o marcou tinha estes versos em sua primeira estrofe:

"É Lampi, é Lampi, é Lampi...
É Lampi ,é Lampi é Lampião.
É o filho do cangaço,
Interventor lá no sertão."

Naquela época era arriscado exaltar Lampião. Afinal era o "grande vilão" que amedrontava o nordeste.

Mais tarde, o cinema explorou, com um filme de nome "O Cangaceiro", a vida de Lampião e sua mulher Maria Bonita, tudo ao som de uma melodia folclórica de nome "Muié Rendera", que afirmavam ser da autoria de Lampião.

O pior é que as cabeças de ambos ficaram expostas por muito anos no Museu Nina Rodrigues, em Salvador, onde as vi em 1959 (21 anos depois de suas mortes). Incrível, como levaram tantos anos expondo aquilo como um troféu !!!

Somente em 6 de fevereiro de 1969, depois de lutas das famílias de Lampião e Maria Bonita o Governo mandou sepultar aquelas cabeças.

Os tempos eram outros. Imagine-se hoje, todos os perseguidos e mortos pela Polícia, terem suas cabeças expostas em Museus! ...

Norma

Festa do Cariricaturas - 23 e 24 de Julho de 2010 !

 Dia 22.07- programação surpresa, em construção. 
- Fiquem ligados !


Dia 23. Encontro de escritores e colaboradores - Almoço literário, no "4 Estações" - a partir das 12 h.
12,00 por pessoa.-( entrega da quota de livros dos escritores).

Dia 24 .07 - Festa de lançamento, no Crato Tênis Clube do livro "Cariricaturas em prosa e verso", a partir das 20 h.

- cerimonial de lançamento - com Edilma Rocha

- exposição de Telma Saraiva  

-performances poéticas - com Divani Cabral, Stela Brito, Regina Vilar, Poliana Esmeraldo, João do Crato, Salatiel, Salete Libório.

-sorteio de brindes especiais - presente de Elmano Pinheiro Rodrigues  

-coquetel ao som da música de João Nicodemos.
- 22h :Baile  com a Banda de Hugo Linard

Mesas à  venda por 40,00 ( 4 ingressos e um exemplar do livro)

Reservas pelo telefone : 35232867 ( socorro moreira)

Anticaleidoscópio - por Ana Cecília S.Bastos

Branco branco muito branco
isso é a morte

Nesses dias sem devir
assim aurora é feita

Nessas noites de tragédia expectantes
em que me demoro inerte

morta
" O ser integral conhece sem ir,
ver sem olhar
e realiza sem saber".

( Lao-tsé)

É NECESSÁRIO QUE HAJA UMA REAÇÃO – Por Pedro Esmeraldo

Quando nós, simples eleitores, forçados pela lei eleitoral, somos obrigados a comparecer às urnas a fim de escolhermos nossos representantes quer sejam legislativos, quer sejam executivos, esperamos com galhardia e confiança que todos cumpram fielmente os seus compromissos assumidos com fidelidade durante a campanha eleitoral.

Ocorre, portanto que a maioria desses cidadãos esquece de satisfazer as suas obrigações e passa a não executar com fidelidade as promessas postas em práticas durante o período da manobra política.

Por essa razão, esquecem os políticos que o povo não procura mais satisfazer seus agrados e passa a cobrar valores representado por moedas ou papel com a finalidade de eleger um ou mais indivíduos de sua confiança.

Ultimamente, nós os cratenses, sofremos com a síndrome do pânico, pois por motivos alguns ficamos apavorados por causa do desmantelo desses políticos, já que quase todosnão íêerrHníeresses de trabalhar por esta cidade.

Nesse momento, estamos convencidos que há uma horda de aventureiros que se beneficia e nem sequer procura solucionar os problemas da cidade, por mais simples que sejam.

Não possuem coragem de enfrentar a luta. Preferem viver na maré mansa sem levantar ao menos uma palha em defesa do povo. A maioria deles é clientelista e tem a prática de oferecer privilégio a sua clientela com o intuito de beneficiar-se eleitoralmente e por isso esquece de satisfazer a maioria de seus eleitores.

Alguns deles usam viseiras, não têm o costume de olhar para frente, não enxergam um palmo diante do seu nariz. São molengas, não reagem ás intempéries da insalubridade e esperam que venha tudo naturalmente. São subjetivos, se possível entregam facilmente a nossa cidade aos abutres que vêem de fora. Não pensam em lutar pela terra comum, afastam-se ceieremente das encruzilhadas perigosas, cruzam os braços durante a luta e deixam tudo ao Deus dará. Recordamos a falta de apoio que eles não deram ao Crato quando da vinda do Campo Universitário da UFC, visto que tiveram medo de entrar na luta ern defesa do Crato que caia na bancarrota.

Alegaram que não tinham representações políticas no Congresso Nacional, pois avisamos a esses homens locais que a representação política é o próprio povo e junto com ele poderíamos reagir às disparidades, pois, contraria o nosso desenvolvimento.

Não lutam com amor a terra, não reagem com forças contra a desigualdade comunitárista.
Observamos que a cidade está perdendo força e não pode avançar em suas pretensões no campo tecnológico de só erguer literalmente com bom humor, visto que andamos sem força para caminhar no campo sólido da igualdade e da prosperidade.

Olhemos para frente e vejamos o descaso da Ponta da Serra que é um simples distrito que quer se emancipar e que por sua vez vem nos prejudicar, pois não suportamos mais os seus arrufos, que nos envergonham há anos, já que alguns desses políticos são favoráveis a essa luta e se juntam a eles (os pontasserranos) para se movimentarem de corpo e alma e se dedicarem contra o Craío. Isto é uma vergonha, um crime de lesa a pátria.

Cratenses, tomem cuidados, não se deixem levar por essa camada de entorpecentes que vivem querendo enganar o povo com o intuito de angariar votos. Vamos tomar cuidado e partimos para frente porque esses políticos de mau bofe são semelhantes a pregos que só servem para levar pancadas na cabeça.
Crato - CE, 03 de Junho de 2010.

Serra e o genérico de Aécio - Postagem: José Nilton Mariano Saraiva

Há muitas teorias para explicar a derrota da seleção na África do Sul. Dou a todas o crédito da minha ignorância. Qualquer uma é razoável; o fiasco brasileiro não constitui, provavelmente, a notícia mais enigmática destes dias. Acho mais intrigante o processo de escolha do vice na chapa de José Serra, que deu no deputado Índio da Costa (DEM-RJ). Recapitulando. Foi uma seqüência de rumores e balões de ensaio, de hipóteses e fórmulas mágicas, formando uma verdadeira escalação de futebol: Aécio Neves, Francisco Dornelles e Álvaro Dias; Jarbas Vasconcelos, Itamar Franco e José Roberto Arruda; Kátia Abreu e Tasso Jereissati; Valéria Pires Franco, (ex-vice-governadora do Pará), e Patrícia Amorim (presidente do Flamengo). Não pensaram no Belluzzo? É um time para Dunga nenhum botar defeito. Uns dias a mais e o próprio Dunga poderia ter sido cogitado. Aplaudiram-no em sua volta ao país; é popular; é sério; é realista; sua ficha, ao que consta, é limpa; veste-se com apuro, não gosta de demagogia e já não promete muita coisa. Ademais, Dunga não deve ter críticas à exploração do pré-sal, nunca falou em plebiscito sobre a pena de morte, e há de considerar radical demais a proposta de multar os cidadãos que dêem esmolas na rua. Três pontos que o tornam mais moderado, ou menos exótico, do que Índio da Costa. Multar quem dá esmolas! Em matéria de Estado policial, creio que nunca se imaginou ameaça tão severa contra as classes privilegiadas.
Brincadeiras à parte, o problema da escolha de um vice nunca é fácil de resolver. Há sempre a questão dos palanques estaduais, o tempo na TV, a composição com os demais partidos da aliança. Provavelmente, tudo ficou mais complicado para o PSDB por alguns motivos de ordem política e outros de ordem pessoal. Passo rapidamente pela questão política. A candidatura Serra hesita entre a identidade puramente oposicionista (Álvaro Dias reforçaria isso) e o perigo de confrontar-se com a popularidade de Lula. A situação partidária força uma aliança à direita (Dornelles e Kátia Abreu seriam os nomes adequados), mas o clima predominante é redistributivista e pró-Estado, e o próprio Serra se sente desconfortável quando levado a defender o oposto. O vice do tucano, assim, teria de ser precisamente alguém que não significasse nada, que não inclinasse a balança para nenhum lado. A questão não é apenas política, mas também pessoal. Fulano? Não suporta Serra. Beltrano? Serra não o engole. Ninguém é bom o bastante para que Serra o aceite, e ninguém é tão ruim que não possa rivalizar com ele.
Fico lembrando a velha história do casamento da Dona Baratinha, com fita no cabelo e dinheiro na caixinha, recusando um a um os pretendentes ao noivado. A mensagem psicanalítica do conto infantil não é outra senão a da fobia ao sexo; haveria em Serra, incrivelmente, algo como uma fobia à política, ou pelo menos à negociação política, à convivência política. Não o recrimino; talvez seja apenas um individualismo levado ao extremo. Tanto, que ele se dispõe a acumular o cargo presidencial com o de superintendente da Sudene, e não sei com que outro ministério. Imagino que gostaria também de ser o secretário do Planejamento e presidente do Banco Central. Se a escolha do vice foi tão espinhosa, como haveria de ser a montagem do ministério? Entendo melhor, assim, o estranhíssimo e desastrado conselho de Serra a Índio da Costa, recomendando-lhe que tivesse amantes, desde que com discrição. Traduzindo em termos políticos, Serra não acredita na fidelidade dos aliados, mas espera que não apareçam, que fiquem à sombra, que não existam.
Índio da Costa quase não existe. Olho suas fotos: é um belo rapagão moreno, não muito diferente de Aécio Neves, com a vantagem de não ser Aécio Neves. O enigma se dissolve: é como se ele fosse um similar, ou um genérico, de Aécio. Trata-se do remédio sem marca para os males de Serra. Famoso hipocondríaco, foi o tucano quem criou os medicamentos genéricos, e não por coincidência, nenhum nome próprio, nenhuma marca conhecida, nenhuma singularidade identificável pode subsistir ao lado de Serra. Surge então Índio da Costa, o vice de todos os vices, prontinho do laboratório. É só engolir.
Marcelo Coelho (Folha)

Peito Vazio- pérola da MPB

Para Ulisses Germano - por Socorro Moreira

estou no limbo poético
esperando a salvação da paixão
ela já não sabe me iludir
já vestiu todos os seus olhares
pra mim
agora , cega de brilho,
me espia  de óculos escuros,
e eu digo...
bons, aqueles tempos,
em que me consumias !

Correio Musical

Vivien Leigh

Vivien Leigh, Lady Olivier (nascida Vivian Mary Hartley; Darjeeling, 5 de novembro de 1913 — Londres, 7 de julho de 1967), foi uma famosa atriz e lady inglesa nascida na Índia (quando este país ainda pertencia ao Império Britânico), considerada uma das mais belas e importantes personalidades do século XX, presente na lista feita pelo Instituto Americano de Cinema das 50 maiores lendas do cinema.

Apesar de suas aparições no cinema terem sido relativamente poucas, Viv venceu o Oscar de melhor atriz duas vezes. A primeira vez foi interpretando Scarlett O'Hara em E o Vento Levou (1939), e a segunda foi interpretando Blanche DuBois em Uma Rua chamada Pecado (1951) (a mesma personagem que ela interpretara nos palcos da West End, em Londres).

Viv frequentemente fazia colaborações com seu marido, o também ator, e diretor Laurence Olivier. Durante mais de trinta anos como atriz de teatro, ela se mostrou bastante versátil, interpretando desde heroínas das comédias de Noel Coward e George Bernard Shaw às personagens dos dramas clássicos de Shakespeare.

Aclamada por sua beleza, ela sentia que isso às vezes atrapalhava o público de vê-la como uma atriz séria. Afetada por um distúrbio bipolar durante a maior parte de sua vida adulta, o humor de Viv era quase sempre não-entendido pelos diretores, e ela ganhou a reputação de ser uma atriz difícil. Diagnosticada com tuberculose crônica na metade da década de 1940, Viv se tornou uma pessoa enfraquecida a partir de então. Ela e Laurence Olivier se divorciaram em 1960; a partir daí, a atriz continuou a trabalhar esporadicamente no cinema e no teatro até sua morte súbita por tuberculose.

wikipédia

Cazuza



Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza (Rio de Janeiro, 4 de abril de 1958 — Rio de Janeiro, 7 de julho de 1990) foi um cantor e compositor brasileiro que ganhou fama como símbolo da sua geração como vocalista e principal letrista da banda Barão Vermelho. Sua parceria com Roberto Frejat foi criticamente aclamada. Dentre as composições famosas junto ao Barão Vermelho estão "Todo Amor Que Houver Nessa Vida", "Pro Dia Nascer Feliz", "Maior Abandonado", "Bete Balanço" e "Bilhetinho Azul".

Cazuza tornou-se um dos ícones da música brasileira do final do século XX. Dentre seus sucessos musicais em carreira solo, destacam-se "Exagerado", "Codinome Beija-Flor", "Ideologia", "Brasil", "Faz Parte Do Meu Show", "O Tempo Não Pára" e "O Nosso Amor A Gente Inventa".

Cazuza também ficou conhecido por ser rebelde, boêmio e polêmico, tendo declarado em entrevistas que era bissexual. Em 1989 declarou ser soropositivo e sucumbiu à doença em 1990, no Rio de Janeiro.

wikipédia

Vittorio De Sica


Vittorio De Sica (Sora, 7 de julho de 1901 — Paris, 13 de novembro de 1974) foi um dos mais importantes diretores e atores do cinema italiano.

Como ator estreou em 1932, no filme Dois Corações Felizes. Como diretor sua estréia foi em 1939, com o filme Rosas Escarlates. Em 42 anos de carreira recebeu três prêmios Oscar de melhor filme estrangeiro: em 1946 por Vítimas da Tormenta, em 1948 por Ladrões de Bicicletas, e em 1971 por O Jardim dos Finzi-Contini.

É considerado o precursor do neorrealismo italiano e seu último filme foi A Viagem, com Richard Burton e Sophia Loren, e que estreou dias depois de sua morte, em Paris.

Como ator seus maiores sucessos foram Madalena, Zero em Comportamento, Pão, Amor e Fantasia, Meu Filho Nero, Adeus às Armas, Um Italiano na América e Coisas da Cosa Nostra.

Já como diretor, além dos filmes com os quais ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro, Vittorio De Sica também se destacou pela direção de Umberto D., em 1951; Boccaccio 70, de 1962; Ontem, Hoje e Amanhã, de 1963; Matrimônio à Italiana, de 1964; e Os Girassóis da Rússia, de 1970.

Vittorio De Sica tinha prazer em trabalhar com atores como Marcello Mastroianni e Sophia Loren, seus amigos particulares, e os dirigiu em Ontem, Hoje e Amanhã, Matrimônio à Italiana e Os Girassóis da Rússia.
wikipédia

Virgulino Ferreira Lampião



Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião (Serra Talhada, 7 de julho de 1898 — Poço Redondo, 28 de julho de 1938), foi um cangaceiro brasileiro. O seu nascimento, porém, só foi registrado no dia 7 de agosto de 1900.

Uma das versões a respeito de sua alcunha é que ele modificou um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que sua luz lhe dava a aparência de um lampião.

Artur de Azevedo

Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo (São Luís, 7 de julho de 1855 — Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1908) foi um dramaturgo, poeta, contista e jornalista brasileiro.



Arrufos

Não há no mundo quem amantes visse
Que se quisessem como nos queremos...
Um dia, uma questiúncula tivemos
Por um simples capricho, uma tolice.
— "Acabemos com isto!", ela me disse,
E eu respondi-lhe assim
— "Pois acabemos!"

E fiz o que se faz em tais extremos:
Tomei do meu chapéu com fanfarrice.
E, tendo um gesto de desdém profundo,
Saí cantarolando... (Está bem visto Que a forma, aí, contrafazia o fundo).
Escreveu-me... Voltei. Nem Deus, nem Cristo,
Nem minha mãe, volvendo agora ao mundo,
Eram capazes de acabar com isto!


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Marc Chagall

Marc Chagall

Marc Chagall (Vitebsk, Bielorrússia, 7 de julho de 1887 — Saint-Paul-de-Vence, França, 28 de março de 1985) foi um pintor, ceramista e gravurista surrealista russo-francês.


Nascido Mojša Zacharavič Šahałaŭ' (em bielorrusso Мойша Захаравіч Шагалаў; em russo Мовшa Хацкелевич Шагалов), iniciou a sua formação artística quando entrou para o ateliê de um retratista famoso da sua cidade natal. Lá aprendeu não só as técnicas de pintura, como a gostar e a exprimir a arte. Ingressou, posteriormente, na Academia de Arte de São Petersburgo, de onde rumou para a próspera cidade-luz, Paris.

Ali entrou em contacto com as vanguardas modernistas que enchiam de cor, alegria e vivacidade a capital francesa. Conheceu também artistas como Amedeo Modigliani e La Fresnay. Todavia, quem mais o marcou, deste próspero e pródigo período, foi o modernista Guillaume Apollinaire, de quem se tornou grande amigo.

É também neste período que Chagall pinta dois dos seus mais conhecidos quadros: Eu e a aldeia e O Soldado bebé, pintados em 1911 e em 1912, respectivamente.

Os títulos dos quadros foram dados por Blaise Cendrars. Coube a Guillaume Apollinaire selecionar as obras que seriam posteriormente expostas em Berlim, no ano em que a 1º Grande Guerra rebentou, em 1914.

Neste ano, após a explosão da guerra, Marc Chagall volta ao seu país natal, sendo, portanto, mobilizado para as trincheiras. Todavia, permaneceu em São Petersburgo, onde casou um ano mais tarde com Bella, uma moça que conheceu na sua aldeia.

Depois da grande revolução socialista na Rússia, que pôs fim ao regime autoritário czarista, foi nomeado comissário para as belas-artes, tendo inaugurado uma escola de arte, aberta a quaisquer tendências modernistas. Foi neste período que entrou em confronto com Kasimir Malevich, acabando por se demitir do cargo.

Retornou então, a Paris, onde iniciou mais um pródigo período de produção artística, tendo mesmo ilustrado uma Bíblia. Em 1927, ilustrou também as Fábulas de La Fontaine, tendo feito cem gravuras, somente publicadas em 1952. São também deste ano conhecidas, as suas primeiras paisagens.

Visitou, em 1931, a Palestina e, depois, a Síria, tendo publicado, em memória destas duas viagens o livro de carácter autobiográfico Ma vie (em português: "Minha vida").

Desde o ano de 1935, com a perseguição dos judeus e com a Alemanha prestes a entrar em mais uma guerra, Chagall começa a retratar as tensões e depressões sociais e religiosas que sentia na pele, já que também era judeu convicto.

Anos mais tarde, parte para os Estados Unidos da América, onde se refugia dos alemães. Lá, em 1944, com o fim da guerra a emergir, Bella, a sua mulher, falece, facto que lhe causa uma enorme depressão, mergulhando novamente no mundo das evocações, dos chamamentos, dos sonhos. Conclui este período com um quadro que já havia iniciado em 1931:Em torno dela.

Dois anos depois do fim da guerra, regressa definitivamente à França, onde pintou os vitrais da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Na França e nos Estados Unidos da América pintou, para além de diversos quadros, vitrais e mosaicos. Explorou também os campos da cerâmica, tema pelo qual teve especial interesse.

Em sua homenagem, em 1973, foi inaugurado o Museu da Mensagem Bíblica de Marc Chagall, na famosa cidade do sul da França, Nice. Em 1977 o governo francês condecorou-o com a Grã-cruz da Legião de Honra.

Tendo sido um dos melhores pintores do século XX, Marc Chagall faleceu em Saint-Paul-de-Vence, no sul da França, em 1985.
wikipédia
Lápis e papel
- Claude Bloc -




É um ritual como todos os outros. A folha de papel, o lápis, depois. E o pensamento fluindo rápido.

No papel os borrões e as falhas. O rascunho se enovelando na trama... No fim, uns poucos riscos e o efeito na alma.

Minha folha não tem linhas. Não há nela limitações. Preencho-a com palavras de cima a baixo, da esquerda para a direita. Palavras boas de ler, com sorrisos esboçados num desfolhar contínuo.

Neste mundo de papel e caneta, somos o que queremos ser: da loucura à sensatez. Somos, no entanto, a verdade! Aquela verdade mágica que nos traz a alforria e que se faz com lápis e papel.

Claude Bloc