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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Por Norma Hauer


LAMPIÃO E MANEZINHO ARAÚJO
Foi a 7 de julho de 1898 que nasceu Virgulino Ferreira da Silva, no interior de Alagoas. Tomou parte no que se chamou de "cangaço", ficando conhecido como LAMPIÃO.

Foram criadas muitas lendas a seu respeito e jamais se saberá o que era realidade ou o que seria lenda.

Uma das mais divulgadas é a que dizia que o famoso Padre Cícero (conhecido como Padre Ciço") prometendo anistia a Lampião, convidou-o a perseguir a Coluna Prestes, ato que Lampião não aceitou.

Não vou aqui comentar a vida de Lampião, de quem já ouvira falar em criança, quando não entendia do que se tratava, mas me lembro que citavam muito umas tais "volantes", que perseguiam Lampião por todo o Nordeste, até massacrá-lo (e a seu bando) em 28 de julho de 1938. Lampião tinha então 40 anos.

Tivemos um cantor que lançou "emboladas" quando aqui chegou no começo dos anos 30, indo atuar na Rádio Mayrink Veiga. Seu nome MANEZINHO ARAÚJO, cognominado por César Ladeira de "Rei das Emboladas".

Uma que muito o marcou tinha estes versos em sua primeira estrofe:

"É Lampi, é Lampi, é Lampi...
É Lampi ,é Lampi é Lampião.
É o filho do cangaço,
Interventor lá no sertão."

Naquela época era arriscado exaltar Lampião. Afinal era o "grande vilão" que amedrontava o nordeste.

Mais tarde, o cinema explorou, com um filme de nome "O Cangaceiro", a vida de Lampião e sua mulher Maria Bonita, tudo ao som de uma melodia folclórica de nome "Muié Rendera", que afirmavam ser da autoria de Lampião.

O pior é que as cabeças de ambos ficaram expostas por muito anos no Museu Nina Rodrigues, em Salvador, onde as vi em 1959 (21 anos depois de suas mortes). Incrível, como levaram tantos anos expondo aquilo como um troféu !!!

Somente em 6 de fevereiro de 1969, depois de lutas das famílias de Lampião e Maria Bonita o Governo mandou sepultar aquelas cabeças.

Os tempos eram outros. Imagine-se hoje, todos os perseguidos e mortos pela Polícia, terem suas cabeças expostas em Museus! ...

Norma

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