Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

sábado, 19 de junho de 2010

O Pelicano por João Marni de Figueiredo


Deus segurou o sol enquanto soprava esta esfera nossa, árida e errante, a multicoloriu com o verde das matas, o azul dos mares e dos céus, o branco das nuvens, o marrom do barro, o amarelo, o vermelho e o cinza das rochas. Segurou a lua, fazendo as ondas, as praias e os sonhos dos poetas. Criou as placas tectônicas para que a terra aflorasse em montanhas e cordilheiras, nascedouros de rios caudalosos após chorar a neve. Desenvolveu um núcleo quente feito o coração da gente e que mantém a temperatura do sistema com vulcões e gêiseres.


Somos gêmeos: vegetais, minerais e animais e vagamos pelo espaço á mesma velocidade, sabe Deus para onde... Em meio a tamanha exuberância, surgimos nós, os homens, blasfemamente tidos como a imagem e semelhança divina.

Deus é o criador, mas nós somos os criadores de casos, os destruidores, raramente solidários, frequentemente pragmáticos e quase sempre falsos e interesseiros. Desenvolvemos a mentira para atrair a amada quando perdemos a cauda do pavão (ou nunca a tivemos!) Estamos cada vez mais desmembrados, como filhotes de cobra: rastejando logo para longe, sem nem mamar, antes que seja tarde demais, cada um por si, em fuga com sua cota de veneno, fazendo do abraço instrumento de sufocação e morte.

Se existe mesmo a possibilidade de novas vidas, peço encarecidamente ao criador delas que na próxima seja eu um pelicano, símbolo da caridade e da paixão de Cristo. Em tempos de escassez, antes que as lágrimas me devorem, bicarei meu peito em nacos grandes e suculentos e alimentarei meus amores.

Pois é, bem disse Lya Luft. “O contrário do amor não é o desamor. É a indiferença”. Bom é dormir em paz, sossegado por não dar as costas a quem precisa. Não devemos priorizar o que é prioridade para o homem, mas o que é relevante para Deus. Lembre-se, “todos podem dominar a tristeza, exceto quem a possui” ( Shakespeare)

Lola - Chico Buarque ( pérola da MPB)

Lola
Chico Buarque

Sabia
Gosto de você chegar assim
Arrancando páginas dentro de mim
Desde o primeiro dia

Sabia
Me apagando filmes geniais
Rebobinando o século
Meus velhos carnavais
Minha melancolia

Sabia
Que você ia trazer seus instrumentos
E invadir minha cabeça
Onde um dia tocava uma orquestra
Pra companhia dançar

Sabia
Que ia acontecer você, um dia
E claro que já não me valeria nada
Tudo o que eu sabia
Um dia apagar

Para Zé Nilton de Figueiredo , e todos que gostam do Chico

A revelação de uma outra realidade- Colaboração de Nívia Uchôa


1
2


Retratos Pintados, de Titus Riedl e Martin Parr, recupera a ameaçada arte dos bonequeiros do Nordeste do País, que transformam o negativo da vida de pessoas simples em imagens que as ajudam a suportar a própria história
19 de junho de 2010 | 0h 00
Leia a notícia
Comentários EmailImprimirTwitterFacebookDeliciousDiggNewsvineLinkedInLiveRedditTexto - + Antonio Gonçalves Filho - O Estado de S.Paulo


Família. Crianças em fotorretratos, no Ceará: relação entre vivos e mortos. Foto: reprodução[1]

Foi preciso que um sociólogo alemão e um fotógrafo inglês cruzassem seus caminhos no sopé da chapada do Araripe - mais exatamente no município cearense de Crato - para que saíssem desse encontro com um livro curioso sobre o universo estético do sertanejo nordestino. Titus Riedl, autor de uma tese sobre fotorretratos pintados - tão populares no interior do País -, conheceu Martin Parr durante um fórum latino-americano de fotografia realizado há três anos em Crato. Sabendo da importância do fotógrafo, representado pela agência Magnum, Riedl, que há 15 anos mora na microrregião do Cariri, apresentou a Parr uma série de fotografias pintadas que deixaram o profissional esfuziante. Compreensível: Parr é um fotógrafo que acompanha com particular interesse a estética dos países emergentes - é dele o livro Luxury, que documenta o gosto duvidoso dos novos-ricos do mundo globalizado, tema de sua primeira exposição individual na Galeria de Babel, que o representa, em São Paulo, em outubro próximo.

Antes, na próxima quarta-feira, Martin Parr, atualmente peregrinando por Cingapura, abre uma exposição na Yossi Milo Gallery de Nova York e lança o livro sobre "bonequeiros" nordestinos, Retratos Pintados (Nazraeli Press, capa dura, 68 páginas e 61 fotos). Ele diz, que mesmo familiarizado com a fotografia vernacular, nunca havia sentido o que sentiu ao ver as imagens da coleção de Titus Riedl, reunidas para uma tese de mestrado defendida há 12 anos pelo sociólogo. Há, de fato, poucos estudos acadêmicos ? um deles da socióloga Cristiane de Souza ? sobre o ofício dos "bonequeiros" ou "puxadores" de telas, aqueles vendedores ambulantes que saem pelo interior do Brasil convencendo viúvas a colorizar antigas fotos do marido morto ou mães de natimortos a guardar a última imagem do anjinho no caixão (alguns retocados com olhos bem abertos para que essa lembrança fique menos mórbida).

Representantes de um ofício em extinção após o advento do photoshop - capaz de "milagres" como reunir com perfeição pessoas vivas e mortas numa mesma foto ?, os bonequeiros desempenharam no passado o mesmo papel dessa ferramenta digital. De que maneira? Ora registrando numa mesma imagem o improvável encontro do padre Cícero com seu sucessor frei Damião, ora retocando defeitos físicos dos retratados ou simplesmente incorporando elementos de prestígio social aos deserdados sociais - são comuns as fotos em que um sertanejo sem recursos aparece vestido como um executivo ou coberto de joias. Também não são raras as imagens de mulheres solteironas vestidas de noiva.

Desafio profissional. Apenas um décimo das fotos recolhidas por Titus Riedl durante todos estes anos de estudo entrou no livro de Parr. As que mais impressionam, sem dúvida, são as que transformam defuntos em seres vivos de olhos arregalados. Elas, porém, não causam espanto aos "puxadores de tela". Segundo Riedl, os pintores que retocam as fotos parecem gostar da ideia de ressuscitar o morto, desafio profissional que coloca em jogo sua habilidade e versatilidade artística. Mal comparando, eles usam a mesma estratégia do badalado fotógrafo norte-americano Joel-Peter Witkin, que, por inveja do irmão gêmeo pintor, Jerome, monta naturezas-mortas com corpos de indigentes dissecados em faculdades de medicina ? ele chegou a transformar a cabeça de um deles num bizarro vaso de flores.

Os bonequeiros nordestinos não chegam a ser desrespeitosos como Witkin, cujo fascínio mórbido pela deformação física já o levou ao extremo de montagens quase teatrais com mutilados. No caso dos fotorretratos brasileiros prevalece um sentimento ingênuo: os bonequeiros apenas seguem as orientações dos clientes. "Na zona rural, as imagens fotográficas ainda são escassas e, como último recurso para manter viva a lembrança do morto, os familiares recorrem às vezes a um retrato apagado ou desgastado do falecido, que tem de ser concluído pelo bonequeiro", conta Riedl. Ele cita o caso de uma viúva que pediu para ser retratada ao lado do marido, cuja única foto remanescente era a de sua carteira de trabalho. O resultado foi a reunião artificial ? e engraçada ? de uma senhora de 80 anos com um homem de 40 que bem poderia ser seu filho.

As técnicas de retoque da imagem fotográfica e da pintura sobre fotografia não começaram, obviamente, com os puxadores de tela nordestino. Elas existem desde meados do século 19, mas o pintor-retocador, segundo Riedl, "tornou-se uma peça fundamental para dar verossimilhança ao retrato em preto e branco", demasiadamente triste para os sertanejos que vivem num cenário agreste e tentam superar sua miséria com a euforia cromática garantida por essas pinturas de cores berrantes ? vivas como as fachadas e platibandas das casinhas do Nordeste, tão bem retratadas nas fotos de Anna Mariani (em exposição no Instituto Moreira Salles de São Paulo). Sua função estética tampouco é diferente: trata-se de ornamentação. A exemplo das fachadas e platibandas enfeitadas, encaradas como "pinturas" pelo nordestino, o fotorretrato acaba sendo às vezes o único objeto de decoração no interior despojado dessas pequenas casas sem eira nem beira castigadas pelo sol.

A diferença é que o encontro visual de Martin Parr com o sertão não passou, como no caso de Anna Mariani, por Euclides da Cunha e Ariano Suassuna. O approach do inglês não é literário e muito menos sentimental ? Parr é irônico demais para isso -, mas antropológico. Se as fachadas pintadas a cal pigmentada das moradas nordestinas fizeram parte da infância da fotógrafa brasileira, Parr só recentemente conheceu o Crato. "Os fotorretratos constituem uma maneira de garantir status aos membros da família de sertanejos, dando a eles um aspecto santificado, icônico", arrisca Parr. Os bonequeiros serviriam como agentes do sonho brasileiro, ao concretizar em imagem o delírio de ascensão social dos nordestinos, garantido por roupas caras e joias a que os modelos dos retratos pintados jamais teriam acesso.

Retoque. Hoje, essa verossimilhança é garantida pelo photoshop. Riedl apresentou a Martin Parr um bonequeiro, Júlio de Santos, que antes mantinha uma oficina com uma dúzia de pintores e hoje usa um computador para "retocar" a realidade nordestina. Instalado em Fortaleza, ele mantém - agora sem assistentes - a tradição de recuperar originais desgastados pelo tempo e embelezar os modelos , inclusive o próprio Martin Parr, que ganhou de presente seu retrato, deliciando-se com a fotografia vernacular do mestre-pintor.

Sobre essa função, o sociólogo Titus Riedl não recua ao comparar a arte dos bonequeiros nordestinos à criação dos artistas pop que retrabalharam retratos de celebridades, dos quais o mais famoso foi o norte-americano Andy Warhol (1928-1997). O nome da brasileira Rosângela Rennó, que vai participar da próxima Bienal, pode ser igualmente evocado não só por seguir a escola da recriação fotográfica como por ter sido pioneira na valorização do trabalho dos bonequeiros nordestinos, reconhecendo-o como pintura. "Como os clientes às vezes pedem para o bonequeiro tirar as sombras da fotografia, ocorre que o resultado acaba beirando o hiper-realismo", observa Riedl, concluindo que os rostos assumem com frequência o aspecto de uma máscara do belga James Ensor (1860-1949) ou de uma caricatura do alemão Otto Dix (1891-1969).

´Talvez seja conveniente não esquecer que Dix, um dos expoentes da pintura expressionista germânica, usou fotografias de soldados desfigurados nas trincheiras da 1.ª Guerra como modelos de sua pinturas antibélicas. Dix era um ótimo retratista, mas preferiu reduzir seu mundo à caricatura justamente por acreditar que a realidade - de tão horrível - é inimitável. Ensor não foi muito diferente. Transformou bípedes racionais em bandos de esqueletos ambulantes, portadores de bizarras máscaras carnavalescas. Involuntariamente, os bonequeiros nordestinos acabam fazendo parte dessa turma de expressionistas, embora agindo na contramão. Explicando: eles não fazem crítica social. Ao contrário, tentam atrair o freguês com promessas de um mundo melhor, em que uma cara feia pode virar um rosto aceitável e defuntos caminham como Lázaros pelo sertão.

"Há frequentemente entre o bonequeiro e o cliente um jogo dissimulado de sedução, em que o primeiro tenta sugerir alterações em fotos mostradas pelo segundo, indicando mudanças de estilo nas roupas, cores e adereços", observa Riedl, contando casos engraçados de espertos fotorretratistas que viajaram pelos grotões afastados em busca do lucro fácil. "Nesses lugares eles ganham até mais que nas regiões próximas das cidades, pois podem ficar hospedados de graça e comer na casa do cliente, ampliando a oferta de produtos além das fotos, como quadros de santos, etc." É como eles sobrevivem em tempos de laboratórios que revelam filmes em uma hora e fazem retoques digitalizados. Nem sempre um bonequeiro, lembra Riedl, tem conhecimento qualificado da técnica fotográfica ou de pintura, o que explica os erros frequentes nas proporções, nos contrastes e na composição da imagem.




Quietude. Imagem da garota ao lado do vaso foi colorizada por Riedl. Foto: Reprodução[2]


Idiomas. De certo modo, foi isso o que atraiu o olhar de Martin Parr, atento para essas distorções que acabam dando à fotografia um aspecto mais pictórico. Vale frisar que o grande mestre contemporâneo da pintura hiper-realista, o alemão Gerhard Richter, chega ao outro extremo partindo também de fotos. Ele "aperfeiçoa" a realidade, fazendo com que a retórica da pintura, antes avessa ao idioma da fotografia, se confunda de tal modo com ele que o espectador seja incapaz de dizer onde começa uma tela e acaba uma foto. Nessa oblíqua referência à mídia fotográfica, Richter questiona a "veracidade" da imagem fotográfica.


Richter começou a trabalhar com imagens fotográficas nos anos 1960, usando antigos retratos e paisagens de amadores, distorcidos por largas pinceladas que eliminavam seu foco. Parece evidente nesses primeiros trabalhos a influência de artistas pop como Andy Warhol e Lichtenstein, que operavam no mesmo registro, alterando rostos ou ambientes. Richter, porém, foi além da estética pictórica pós-conceitual. Sua atitude negativa diante do objeto fotográfico tem a ver com a desconfiança numa imagem banal que só se torna interessante por meio do olhar do artista ? o que justamente chama a atenção quando se vê o trabalho de um bonequeiro tentando "mudar" o que lhe parece errado ou desagradável na realidade. Imagens banais possibilitam a Richter que ele se concentre no problema da representação ? seu grande tema ?, no lugar de se ocupar do conteúdo da obra. Exemplo disso é sua série 48 retratos (1971-72), que, aparentemente, busca a semelhança entre o modelo real e o pintado. Para Richter, este é justamente o aspecto que menos importa em sua pintura. A arte, para ele, perdeu essa função mimética, fazendo justamente com que aumente a distância entre o modelo concreto e sua reprodução. Venceu o simulacro, como nos fotorretratos pintados dos bonequeiros nordestinos.

Como eles usam fotos antigas, dos tempos em que os recursos para ampliação e revelação eram precários, os fotorretratos acabam se parecendo mais com o modelo que esses profissionais imaginam do que com o real. Os clientes, por vezes insatisfeitos, reclamam da falta de verossimilhança. Em Juazeiro do Norte, o sociólogo Titus Riedl encontrou uma verdadeira empresa familiar comanda pelo pintor Abdon, ele mesmo especializado em retocar rostos e cabelos. O resto do corpo ele deixa para um ajudante, o filho e o sobrinho. Abdon gosta de cores fortes e usa cola brilhante para "realçar" os traços dos fregueses. Os bonequeiros concorrentes não gostam. Dizem que seus retratos apenas mantêm leve semelhança com os originais. No entanto, ele é rápido e entrega os retratos dentro do prazo combinado, coisa seriíssima no Nordeste. Riedl já ouviu de um mestre pintor que foi obrigado a concluir um trabalho atrasado sob ameaças de morte. E morte é outro negócio sério na região. Mas já foi mais. Os bonequeiros hoje recebem poucas encomendas para transformar retratos de defuntos em vivos.

Sem rugas. As encomendas mais frequentes são de natureza cosmética. Os clientes pedem para embelezar a imagem dos parentes, nem sempre favorecidos pela natureza. Segundo Riedl, os bonequeiros devem seguir algumas regras para corresponder aos seus padrões estéticos, especialmente dos fregueses idosos: tirar todas as rugas do rosto; nunca pintar de branco os cabelos; evitar sombras, pois elas dão ao retratado um aspecto sinistro; "ajeitar" roupas que pareçam exageradamente sensuais. Outras regras: as crianças devem se parecer com o Menino Jesus dos folhetos distribuídos nas missas; mulheres devem usar blusas monocromáticas ou estampas de flores e homens, invariavelmente, devem aparecer de terno e gravata. Os bonequeiros mais experientes, conta Riedl, "sabem explorar melhor os desejos dos seus clientes", permitindo-se sugestões baseadas na simples observação do gosto do freguês.

Martin Parr diz que as delícias dessa fotografia vernacular são mais apreciadas hoje do que eram no passado exatamente por sua simplicidade de propósito. A esse respeito, Titus Riedl lembra que as fotopinturas são populares não só no Brasil como em países de cultura germânica, que desde o século 19 utilizam a técnica para preservar a memória familiar, sobretudo em lugares onde a tradição da autoridade é rigorosamente respeitada. "Os bonequeiros sabem disso e hoje buscam seus clientes em lugares de romaria." O cineasta cearense Joe Pimentel realizou há três anos o documentário Câmera Viajante, que retrata o trabalho dos fotógrafos populares atuantes em festas, feiras e romarias do interior nordestino.

Num balanço final, o sociólogo Titus Riedl avalia: "O livro de Parr é mais irônico, enquanto minha fundamentação é antropológica." Em sua opinião, os bonequeiros nordestinos não têm a ambição artística que a publicação pode eventualmente sugerir ao olhar estrangeiro, mas o livro, segundo ele, deve ajudar na revalorização de uma arte hoje ameaçada de extinção.

Desde que o francês Louis Arthur Ducos du Hauron (1837-1920) colorizou a primeira paisagem, em 1877, muita água rolou no Cariri. Mesmo tendo chegado com certo atraso ao sertão nordestino, a fotografia colorizada ganhou a adesão de artistas intuitivos. Eles nunca ouviram falar da Bauhaus e ainda assim criaram platibandas com lindas formas geométricas. Também não sabem quem foi Cartier-Bresson, mas reinventaram rostos com indiscutível talento. Pode ser que seus fotorretratos não sejam considerados arte, mas eles constituem documentos preciosos de interpretação da realidade nordestina. Em todo o caso, também os críticos estrangeiros terão um prazo de quatro meses para descobrir o que Riedl e Parr já descobriram. A exposição Retratos Pintados na Yossi Milo de Nova York, com 150 retratos originais, fica em cartaz até dia 18 de setembro.

Coisas da caserna – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

O Tiro de Guerra, como todos sabem, é uma unidade do Exército Brasileiro instalada em algumas cidades do interior, com a cooperação das prefeituras. Tem como objetivo a formação de reservistas para a defesa do território nacional. Essa unidade atende à instrução militar dos nossos jovens, conciliando a formação com o estudo e o trabalho. Sobre o TG já ouvi muitos “causos” interessantes.

Havia no TG 205 do Crato um atirador conhecido por Janjão da Mata, um jovem da nossa zona rural, muito desinibido e brincalhão. Apesar de completamente analfabeto, Janjão demonstrava ser bastante vivo. Uma turma do Colégio Diocesano ao perceber a inteligência e espontaneidade desse jovem, colocava em sua boca muitas coisas engraçadas para quebrar a dureza do preparo físico e das constantes broncas do sargento. Aos dias de domingo, a jornada era maior e, os atiradores eram obrigados a percorrem em marcha uma distância mínima de vinte quilômetros. Entretanto, o sargento instrutor normalmente não observava tal requisito. Próximo do final do ano era realizada uma correição pelo comando da 10a Região Militar. Então o sargento instruiu a turma: “Se o coronel perguntar a vocês quantos quilômetros vocês marcham por semana, vocês respondam: vinte.” Alguém ao lado do nosso Janjão soprou em seu ouvido. E ele imediatamente interrompeu o instrutor: “Sargento, nós num vai dizer isso não!” “Por que, posso saber?” Perguntou-lhe o sargento. E Janjão emendou: “O senhor disse que nós num deve mentir.” A essa insinuação, o sargento não perdeu tempo: “Muito bem TG, em forma! Vamos agora marchar até a Ponta da Serra e voltar de lá correndo!” E Janjão não perdeu tempo: “Precisa não sargento: nós diz, nós diz.”

Certa vez, eu li em algum lugar que, no TG de certa cidade, a mãe de um atirador sofreu um ataque cardíaco, vindo a falecer numa manhã de domingo, justamente na hora em que todos os atiradores estavam reunidos na instrução dominical. Alguém da família pediu ao capitão comandante do TG para que ele desse a notícia ao jovem atirador. Este não tendo jeito para dar esse tipo de notícia, convocou o sargento e pediu que ele desse a notícia com muito jeito. O sargento disse ao seu superior que sabia como fazer e não se fez de rogado. Imediatamente deu as ordens: “TG, sentido!” Todos ficaram de pé em posição de sentido voltados para o sargento. Então o sargentão falou: “Quem tiver a mãe viva dê um passo à frente”. Todos deram um passo à frente. “Você não, atirador 56!” “Que é isso, sargento, a minha mãe é viva!” Protestou o jovem. E o sargento emendou: “Era! Acabou de morrer!”

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

CLIQUE - Por Edilma Rocha


Saudades de Ilka Soares


Ilka Hack Soares (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1932) é uma atriz e modelo brasileira.

Uma das mulheres mais belas do Brasil dos anos 50 e 60, fez sua estréia no cinema em 1949 no filme Iracema (uma adaptação do romance homônimo de José de Alencar). Passou ainda pelos estúdios da Vera Cruz e Atlântida.

Na TV apresentou programas jornalísticos e de variedades. Foi também capa de revistas e desfilou em passarelas como modelo profissional. Acompanhou o ator Rock Hudson em visita ao Brasil em 1958. Em 1971 começou a atuar no teatro e televisão, destacando-se em telenovelas da Rede Globo como Bandeira 2 (1971), Anjo Mau (1976), Locomotivas (1977), Champagne (1983), Corpo a Corpo (1984) e Mandala (1987).

Foi casada com Anselmo Duarte e Walter Clark. Em junho de 1984 foi a brasileira com mais idade (52 anos) a posar nua para a revista Playboy, marca superada em abril de 2003 por Helô Pinheiro, com 57 anos.

Raro amor - por Marcos leonel



Agora meus dias
Serão magros
E mais amargos
Sem sarar

Aracy de Almeida


Aracy Teles de Almeida (Rio de Janeiro, 19 de agosto de 1914 — Rio de Janeiro, 20 de junho de 1988), mais conhecida como Araci de Almeida (ou Aracy, segundo a ortografia da época), foi uma cantora brasileira.

Teve grande convivência com o compositor Noel Rosa. Também foi jurada do programa Show de Calouros de Silvio Santos. Era conhecida como "Dama da Central" (do Brasil), pois somente viajava de trem, "A Dama do Encantado" (em referência ao bairro em que morou no Rio), ou "O Samba Em Pessoa".

Cantava samba, mas era apreciadora de música clássica e se interessava por leituras de psicanálise, além de ter em sua casa quadros de importantes pintores brasileiros como Aldemir Martins e Di Cavalcanti, com quem mantinha amizade. Os que conviviam com ela, na intimidade ou profissionalmente, a viam como uma mulher lida e esclarecida. Tratada por amigos pelo apelido de "Araca", Noel Rosa disse, em entrevista para A Pátria, em 4 de janeiro de 1936: "Aracy de Almeida é, na minha opinião, a pessoa que interpreta com exatidão o que eu produzo".

wikipédia

Foto do dia : família amiga, cratense , na torcida brasileira

Todos lindos : Monalissa, Maria Alice, Breno. Fátima e João Marni.

Abraços carinhosos. 

Atração Internacional no CCBN


Por José de Arimatéa dos Santos


MÚSICA DE ÓTIMA QUALIDADE PARA QUE?
.
O que vemos a um bom tempo em termos de música é de uma pobreza só. A toda hora a televisão faz propaganda da música ruim que impera nas rádios atualmente. É tanta música ruim que muitas das vezes troco de canal para não ouvir e muito menos ver a propaganda desses cantores. Vou me ater só na área musical, pois se eu for dar minha opinião a respeito de novela e programas da televisão, a coisa está mais preta ainda.
Até os anos oitenta era possível em horário nobre, se deliciar com a música de Raul Seixas, Fágner, Tom Jobim e muitos outros. Quem não lembra do ótimo programa global Chico e Caetano? As novelas eram acompanhadas com músicas de Sá e Guarabira, Alceu Valença, Chico Buarque, Dominguinhos, Ednardo, Maria Bethânia, Gal, Belchior e muitos outros monstros sagrados da música brasileira. As rádios no Brasil inteiro refletiam toda essa qualidade. Não é como fazem hoje a maioria da rádios FMs que dedicam uma horinha só ao que rotularam MPB. Além de se ouvir música brasileira e universal ao longo de toda a programação podíamos escutar também música clássica.
Como educador fico bastante preocupado com toda essa música ruim que à moda de uma ditadura, impõe os tipos de música com rótulos: axé music, gospel music, forró? music, sertanojo e haja música ruim! Por favor não achem que sou elitista e nem saudosista. Apenas um cidadão que merece ter a opção de ouvir a música brasileira em todas as suas vertentes. E apesar de tudo isso, ainda vemos e escutamos Ana Carolina, Seu Jorge, Diogo Nogueira e muitos outros cantores da nova geração.
Cochilei e cochilei. Até que enfim começava e já passavam das duas horas da manhã(horário de Brasília), especial com Dominguinhos e vários outros artistas. Só consegui ver mesmo Dominguinhos, Zizi Possi e Waldonys. Dormi. Fazer o que? É impossível ficar até a madrugada para ver um ótimo programa musical. Acredito ser de um desrespeito e tanto com os artistas. O brasileiro merece música de qualidade!

José de Arimatéa dos Santos

NÃO É SÓ ZÉ NILTON QUE GOSTA DO CHICO !



Chico Buarque
Francisco Buarque de Hollanda (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944) é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro. Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, iniciou sua carreira na década de 1960, destacando-se em 1966, quando venceu, com a canção A Banda, o Festival de Música Popular Brasileira. Em 1969, com a crescente repressão da Ditadura Militar no Brasil, se auto-exilou na Itália, tornando-se, ao retornar, um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização do Brasil. Na carreira literária, foi ganhador do Prêmio Jabuti, pelo livro Budapeste, lançado em 2004.

Casou-se com e separou-se da atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas: Sílvia, que é atriz e casada com Chico Diaz, Helena, casada com o percussionista Carlinhos Brown e Luísa. É irmão das cantoras Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina. Ao contrário do que tem sido propagado na internet, Aurélio Buarque era apenas um primo distante do pai de Chico.


BOLO DE GRUDE - INDISPENSÁVEL, NAS FESTAS JUNINAS.


INGREDIENTES
05 xícaras de água quente
09 xícaras de côco ralado
03 xícaras de açúcar
01 colher de sopa de sal
01 kg de goma fresca
PASSO A PASSO
Ponha numa vasilha a goma com 02 xíc de água quente. Misture bem com as mãos até a goma ficar bem ligada. Deixe descansar.
À parte, misture o coco ralado com o açúcar e o sal (na receita pede 01 c. de sopa, mas acho muito e usei 01 c. chá rasa). Em seguida misture os preparados, juntando a água restante e mexendo bem. Despeje a massa numa forma com furo central untada com margarina e polvilhada com coco ralado. Leve ao forno por 35min. Deixe esfriar, desenforme e sirva.
"Todas as gerações dão risada da moda antiga, mas seguem religiosamente a moda atual"




ANTI-CRATENSES – DESTRUIDORES DA CIDADE

Pedro Esmeraldo

Certo dia, ouvi de um senhor as seguintes palavras: seu Pedro, admiro muito o senhor em lutar ferrenhamente em defesa do Crato, mas não vejo nenhuma prosperidade porque o senhor luta sozinho. Quisera que houvesse mais ajuda de pessoas interessadas em adquirir com lutas mais desenvolvimento e que todos tivessem união em benefício da terrinha. Se houvesse mais gente disponível, o Crato estaria bem diferente e não seria tão desprezado como se encontra agora.

Convém notar que alguns desses políticos, ou melhor, quase todos os políticos cratenses não reagem diante das dificuldades sombrias. O que ocorre é que a maioria deles é acomodada, fica inerte, dormente e não se esforça para que venham melhores coisas para a cidade.

Veja o descaso da Ponta da Serra, querendo se elevar sem ter condições. Isto é desdenho para com o Crato. Não posso entender como um pequeno Distrito quer subir onde não lhe cabe, principalmente não tem voz ativa para manejar com sabedoria seu potencial econômico, pois não sabe onde tem as ventas, e quer se elevar às custas do suor alheio. Com que roupa vai poder manter suas despesas a fim de prevalecer seus esforços enfrentados com altruísmo e sabedoria e mostrar boas qualidades técnicas no projeto econômico?

Dizendo isso se despediu e saiu. Também fiquei perplexo e, ao mesmo tempo, matutando com os dizeres desse senhor que deseja o bem estar do Crato.

Certa vez, estando sozinho em uma das praças da cidade, apareceu um cidadão de tez morena falando que não compreendia o comodismo dos políticos cratenses. Pois não teem vontade ferrenha de lutar pela cidade. Reparo que o senhor é diferente deles, tem força de vontade, é lutador e considera semelhante ao tribuno e político grego Demostene (384 – 322 a.C.), pois, sozinho, lutou contra Filipe, Rei da Macedônia, que invadiu a Grécia, vencendo os gregos em batalhas sangrentas, devido a corrupção, a Grécia perdeu a guerra, mas Demostene, embora sozinho, lutou até o fim, e o senhor é o exemplo dessa figura notável, pois não esmorece em suas pretensões.

Um ingênuo de Altaneira, vem com apoio zombeteiro, bufando, contaminando o ambiente de tolices, querendo aparecer e desaprovar esse movimento contrário em lutar pela defesa de minha cidade. Tenho pensamento sadio e não ando com palavras loucas, apregoando fracasso, mas seria melhor deixar que os outros lutem ao bem estar da sociedade.

Nem pense que vou esmorecer. Andarei sempre de cabeça erguida, pois sempre tive a idéia de lutar e, ao mesmo tempo, peço a Deus que me dê força, altruísmo e sabedoria e ainda peço a Deus que as águas do Crato sejam contempladas pela sua bênção, contemplando-a como cidade de grande porte.

Também peço para livrar o Crato desses abutres que andam assombrando a terra sem dó e piedade, que esperam a hora de abocanhar o seu quinhão. A melhor coisa seria viver numa união duradoura e o pensamento atrelado ao bom companheirismo.

Acabem com essa mania de desagregação, já que esse Distrito foi o mais bem contemplado desta cidade e ao mesmo tempo, peço que afaste a religião desse meio porque o lugar de religioso é na igreja.

Rir com animação - Emerson Monteiro

Outro dia, assistindo ao programa Ceará DiVerso, do poeta Vandinho Pereira, na TV Verde Vale, me deparei com o personagem Tranquilino Ripuxado narrando uma de suas histórias engraçadas, que repasso aos leitores do jeito que pude guardar:
Dois compadres que se reencontravam e um deles perguntou ao outro:
- Manoel, você soube da morte de seu Joãozinho do Brejo?
- Soube, sim, compadre. Fui até no enterro dele.
- Pois é, compadre. Eu estava viajando e nem pude comparecer nas despedidas do amigo velho. Mas, compadre, diga como foi lá. Na ocasião, tinha muita gente?
- Ora, compadre, gente, tinha um tanto de gente. Só que nunca vi povo tão sem entusiasmo.
Bom, com esta rápida introdução, quero para falar um pouco da urgência do riso franco, verdadeiro, aberto, nas pessoas dos tempos atuais. Riso mesmo, cheio desse entusiasmo que, por vezes, invade todos os lugares. A história, modelo de irreverência, demonstra que o ato de existir pede alguma participação, vibração, interesse, inclusive na hora das exéquias dos rituais comunitários.
É isso que falta nestes dias de muito compromisso e pouca esportividade, gosto de viver e se animar nas celebrações da existência. Um povo frio, técnico, sisudo, dotado de grandes habilidades no volante dos automóveis, cumpridor das normas e obediências formais, no entanto exausto só de correr atrás da sobrevivência desenfreada.
Numa fase de esforço e preocupação com o dia de amanhã, para si e os seus familiares, patrimônio, fama, trajes e viagens apressadas, festas reservadas, salões atapetados, conjunturas e expectativas, quase nada se nota das cenas de cumplicidade, da leveza de ânimo, do companheirismo...
O riso perdeu aquele elã vital, como que sumiu do rádio, da televisão; os ditos programas humorísticos viraram programas chatos, artificiais, num país de excepcional história de humoristas que marcaram época; em poucas décadas sumiram da cena, e fazer graças virou tarefa, a bem dizer, impossível de voltar a acontecer.
Mais atrás, no calendário, havia os circos nas praças e seus felizes picadeiros, doses cavalares de gargalhas povoadas de palhaços espirituosos, algo típico de um tempo esperançado; linguagem das ruas, dos botequins, alcovas, numa festa inigualável de um Brasil de música inteligente, festas de largo preenchidas de foguetes e felicidade popular.
Quero crer, em face das mudanças climáticas que sacodem o Planeta em bases inesperadas, nisso venha nova safra de animação pelo ar, lembrando os sonhos mágicos da tecnologia nos três séculos transcorridos da Revolução Industrial, que chegou prometendo a democracia dos frutos do trabalho deste mundo.
E para conhecer mesmos os índices de desenvolvimento humano de um povo, observe-se a espontaneidade do riso e das suas comemorações nas conquistas sociais. Pois, no dizer do escritor Oswald de Andrade, a alegria é a prova dos nove.

Um pouco de “economia” – Por: José Nilton Mariano Saraiva

Quando - objetivando estimular e reforçar a alta estima da população e do próprio pujante setor produtivo nacional - o atual Presidente da República usou a expressão “marolinha” para referir-se à quebradeira generalizada que assolou o mundo por conta da crise imobiliária americana, as críticas, ácidas e contundentes, partiram de todas as direções: jornalões, panfletos apócrifos, TVs, revistas e blogs, apressada e inopinadamente, usaram e abusaram da cáustica expressão “irresponsável” para rotularem o nosso mandatário maior (na verdade, dentre tantos, esse foi o adjetivo mais “suave” com a qual o distinguiram). E, no entanto, aquele período de crise mundial revelou-se importante para mostrar que o Brasil atravessaria a tormenta com certa tranqüilidade, até navegaria em céu de brigadeiro, em razão da seriedade e solidez dos apropriados fundamentos econômicos celeremente implementados.
E qual foi o segredo ???
Como ficou demonstrado, o governo Lula, para enfrentar a tal crise, começou por reduzir alíquotas de impostos, aumentou o gasto público (propiciando o “giro da roda”), baixou os juros e ampliou o crédito público, implantando uma política tributária, fiscal, monetária e creditícia anti-recessiva, promovendo e financiando diretamente a produção e o consumo; também manteve, estimulou e aprofundou as políticas de reinserção social e transferência de renda ao segmento mais carente da população.
Foi, pois, uma agenda “simpleszinha” (mas que ninguém no mundo se lembrou de adotar), que tirou o país da crise rapidamente e fez com que o Brasil se tornasse referência em todo o planeta, ao mostrar que o poder público pode, deve e tem obrigação de atuar firme, soberano, forte e decisivamente na garantia do desenvolvimento econômico e social de uma nação.
Mas...que medidas foram essas ???
1) Política tributária: o governo Lula reduziu a alíquota de impostos federais, como o IPI, para setores econômicos com grande impacto na produção, na geração de emprego e na renda - como no caso da indústria automobilística, no setor de material de construção e no setor de eletrodomésticos da chamada “linha branca”;
2) Compensação aos municípios: o governo implantou medidas de compensação aos municípios pela queda na arrecadação e nas transferências do Fundo de Participação dos Municípios (FPM); a compensação foi de R$ 1 bilhão, assegurando-se o repasse dos mesmos valores de 2008, recorde histórico do FPM;
3) Crédito para a produção e o consumo: como, ao primeiro sinal de crise, os irresponsáveis e inescrupulosos banqueiros privados “tiraram o braço da seringa”, o atual governo, através dos bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNB e BNDES) estimulou e ampliou a oferta de crédito para a produção e o consumo, compensando, assim, a redução da oferta de crédito dos bancos privados no auge da crise;
4) Políticas sociais e garantia de renda: o atual governo também garantiu o aumento real do salário mínimo e do programa Bolsa Família, em 2009, além de seguir corrigindo o salário do servidor público federal.
O que se pode depreender de tudo isso ???
De novo, a resposta é de uma simplicidade franciscana: que o atual governo detém a verdadeira agenda do desenvolvimento econômico e social e, graças a ela foi que entramos por último e saímos primeiro da grave crise econômica e financeira que se abateu sobre o mundo.
Ou alguém tem condição de contestar o “óbvio ululante” ???

Chico, hoje a festa é sua !

Oração para Saramago - por Ulisses Germano

Sensitivo Saramago
Sara a minha dor
De viver sem ti
Sara, Mago,
Da clausura da lembrança
Do infortunio da herança
Do amor magoado
Não perdoado.
Sara do espírito saracura
Da mentira da jura
Desconjura! desconjura!
Da ofensa impensada...


Sensitivo Saramago
Sara o magoado
Sara da angustia respiratória
Sara e retorna ao normal
Para que a vida se ascenda
E os teus ateus
Livres da culpa
E da misericórdia alheia
Aprendam na benevolência
O que você por execelência
Um dia escreveu.
Sara, Saramago
Saraomaoado!


Ulisses Germano 18/06/2010

Singela homenagem ao Crato - Por José de Arimatéa dos Santos


A primeira vez que tive o prazer de visitar a belíssima cidade do Crato foi no ano de 1978 e a primeira vista me impressionou bastante. Apesar da minha tenra idade naquela época, tive uma impressão que muitas vezes voltaria a Princesa do Cariri. Depois dessa visita não lembro ter voltado ao Crato depois, antes de 1986, quando comecei a cursar o curso de Ciências na URCA(Universidade Regional do Cariri). Apartir desse ano passei a estar no Crato todos os dias e viver um pouco da vida dessa cidade tão querida e respeitada no sul cearense. Foram muitas as vezes que ficava ali no centro do Crato, antes das aulas, e aqui cito a Praça Siqueira Campos, o cinema, calçadão, Praça da Sé e acompanhava todo o movimento e o burburinho característico de toda cidade no horário das seis da tarde. Gostava mesmo era quando eu tinha aulas no período da manhã e era possível observar tudo e a beleza do itinerário do ponto do ônibus até a URCA, pois era possível contemplar seus prédios, lojas e o vai e vem das pessoas na labuta diária de todos nós.

Esse ano depois de doze anos ausente do Crato, pude visitá-la em janeiro passado em duas ocasiões. Na primeira foi num dia de semana e fiquei pasmado com crescimento do Crato e o movimento nas rua centrais da cidade. O outro dia que fui ao Crato, foi num domingo pela manhã e passear a pé pelas ruas do centro do Crato foi de uma emoção incrível para esse barbalhense que viveu um pouco da vida desse município tão marcante para mim. E nesse domingo que guardo bem na minha memória, tive o privilégio de ver o Crato de maneira mais calma e me impressionar mais ainda com essa cidade. A cidade do Crato, como toda cidade brasileira, tem seus problemas que certamente com a capacidade e a inteligência do seu povo têm como resolver. Mas quero terminar essa minha homenagem para parabenizar o povo cratense que tem o privilégio de viver num lugar bonito, rico culturalmente e berço das melhores manifestações artísticas caririenses.


José de Arimatéa dos Santos