Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

domingo, 20 de junho de 2010

Estava nos meus arquivos: textos especiais !

A Questão da Obra de Arte - Por : José do Vale Feitosa




Há um debate sobre qualidade artística, talento (uma espécie de sinal de Deus), para que serve o que se escreve e publica? Não é sem razão que se faz desse modo. Muitos manifestaram tais preocupações consigo mesmo.
Até recordo de uma texto da Isabel Lustosa em comemoração à Padaria Espiritual, quando ela se referia a pequenos burgueses, nas franjas do comércio e da Fênix Caixeiral. Aquele seres menores do universo hierárquico brasileiro com suas pretensões literárias. De qualquer modo, apesar da régua baixa nesta parte do texto da Isabel, desta mesma Padaria surgiram nomes nacionais (não muitos, nunca são muitos na seletividade publicitária).
Na minha geração dos cinco anos que vivi em Fortaleza esta rebeldia cearense em face das Academias, de Letras, apresentou a Padaria como uma alça em que no universo do sou ou não sou, carregou muitos talentos que se desenvolvem no processo.
Afinal o debate não terá uma última palavra e vai muito além, misturando estilos e sentimentos. Aproveito para trazer este texto do blog do Saramago a respeito de um escritor português, em termos do seu estilo, seu anacronismo estético e a memória de todos com a volúpia da modernidade.
José SaramagoA obra romanesca de Aquilino Ribeiro foi o primeiro e talvez o único olhar sem ilusões lançado sobre o mundo rural português, na sua parcela beiroa. Sem ilusões, porém com paixão, se por paixão quisermos entender, como no caso de Aquilino sucedeu, não a exibição sem recato de um enternecimento, não a suave lágrima facilmente enxugável, não as simples complacências do sentir, mas uma certa emoção áspera que preferiu ocultar-se por trás da brusquidão do gesto e da voz.
Aquilino não teve continuadores, ainda que não poucos se tenham declarado ou proposto como seus discípulos. Creio que não passou de um equívoco bem intencionado essa pretendida relação discipular, Aquilino é um enorme barroco, solitário e enorme, que irrompeu do chão no meio da álea principal da nossa florida e não raro deliquescente literatura da primeira metade do século. Nisso não foi o único desmancha-prazeres, mas, artisticamente falando, e também pelas virtudes e defeitos da sua própria pessoa, terá sido o mais coerente e perseverante.
Não o souberam geralmente compreender os neo-realistas, aturdidos pela exuberância verbal de algum modo arcaizante do Mestre, desorientados pelo comportamento “instintivo” de muitas das suas personagens, tão competentes no bem como no mal, e mais competentes ainda quando se tratava de trocar os sentidos do mal e do bem, numa espécie de jogo conjuntamente jovial e assustador, mas, sobretudo, descaradamente humano.
Talvez a obra de Aquilino tenha sido, na história da língua portuguesa, um ponto extremo, um ápice, porventura suspenso, porventura interrompido no seu impulso profundo, mas expectante de novas leituras que voltem a pô-lo em movimento.
Surgirão essas leituras novas? Mais exactamente, surgirão os leitores para esse ler novo? Sobreviverá Aquilino, sobreviveremos os que hoje escrevemos à perda da memória, não só colectiva, mas individual, dos portugueses, de cada português, a essa insidiosa e no fundo pacóvia bebedeira de modernice que anda a confundir-nos o sistema circulatório das ideias e a intoxicar de novos enganos os miolos da Lusitânia?
O tempo, que tudo sabe, o dirá. Não percebemos que, desleixando a nossa memória própria, esquecendo, por renúncia ou preguiça mental, aquilo que fomos, o vácuo por esse modo gerado será (já o está a ser) ocupado por memórias alheias que passaremos a considerar nossas e que acabaremos por tornar únicas, assim nos convertendo em cúmplices, ao mesmo tempo que vítimas, de uma colonização histórica e cultural sem retorno.
Dir-se-á que os mundos real e ficcional de Aquilino morreram. Talvez seja assim, mas esses mundos foram nossos, e essa deveria ser a melhor razão para que continuassem a sê-lo.
Ao menos pela leitura.


Vidas mal traçadas - por Norma Hauer

DANTE SANTORO
A dele foi até bem traçada, desde que nasceu em Porto Alegre-RS no dia 18 de junho de 1904.
Com apenas 15 anos veio para o Rio, com sua família, onde viveu toda sua vida artística.
Seu nome: DANTE SANTORO, compositor, maestro, formou o Regional Dante Santoro, composto de flauta, cavaquinho, pandeiro e dois violões. Os componentes, com o tempo, iam sendo substituídos, mas a regência era sempre sua

Assim, em 1934 estreou em discos, gravando , com Luperce Miranda, as valsas “Beatriz” e “Saudades de Jango” (Seria o mesmo, aquele que conhecemos anos depois, já saudoso ?). Afinal. ambos eram gaúchos.

Nesse mesmo ano, mais duas valsas, estas de sua autoria:”Hilda” e “Gilka”, que, 4 anos depois, recebeu letra de Milton Amaral e foi gravada por Vicente Celestino.

Em 1937, uma linda valsa, em parceria com Kid Pepe, foi gravada por Orlando Silva: “Lágrimas de Rosa”. O mesmo Orlando, em 1943 , gravou “”Olhos Magos”.

Em 1940 mais uma valsa com nome de mulher:”Scyla”. Seria homenagem a Scyla Gusmão, que foi sua parceira, 2 anos depois (1942) em “Olha o Jacaré” e que, em 1948, ainda fez parceria na valsa “Vidas Mal Traçadas”?

Esta valsa foi lançada em uma das mais famosas novelas do tempo áureo da Rádio Nacional : “Vidas Mal Traçadas”. Na novela, ouvia-se a voz de Carlos Galhardo, mas as gravações originais foram de Francisco Alves e Albertinho Fortuna. Galhardo só a gravou, anos depois em um LP.

Em rádio, DANTE SANTORO, estreou na Educadora, depois passou para a Vera-Cruz e em seguida para a Nacional, onde se manteve por 33 anos, sendo o responsável pelas trilhas de várias novelas, principalmente com Ghiaroni, em “Lamento Árabe”, gravada por Albertinho Fortuna . Este emprestou sua bonita voz para muitas novelas daquela rádio, mas não foi um cantor que se destacou muito, apesar de gravar, em versões, inúmeros tangos de sucesso.

Em 1953 , para o carnaval, em co-autoria com Lupicínio Rodrigues gravou talvez seu único sucesso carnavalesco:”Quando eu For Bem Velhinho”.
Eis parte da letra de "Quando Eu for Bem Velhino"

Quando eu for bem velhinho,
Bem velhinho que usar um bastão.
Eu hei de ter um netinho, ah !
P’ra me levar pela mão.

Que ilusão!!! Os netinhos hoje levam seus vovozinhos para o asilo mais perto ou talvez bem longe.

Isso se seus “vovozinhos” não estiverem “sassaricando” aproveitando a chance de viajar de ônibus, barca ou metrô, sem pagar. Eu sou uma “vovózinha” assim.

Em 1954 Dante Santoro mudou de gravadora, passando para a Sinter, onde gravou seu último disco, em 1956, ainda em 78 rotações, com “Mate Amargo” e “Posso Sofrer”.

Daí afastou-se, gradativamente, do meio musical vindo a falecer, aqui no Rio, em 12 de agosto de 1969, aos 65 anos.

Norma

SÓ PRA LEMBRAR ...

O CARIRICATURAS ESTÁ COMPLETANDO NESTA DATA , 11 MESES.
VAMOS SONHAR COM A FESTA DO SEU PRIMEIRO ANIVERSÁRIO ?
EM 23 DE JULHO ,  LANÇAMENTO DO LIVRO "CARIRICATURAS EM VERSO E PROSA"

RESERVE  A SUA MESA , JÁ !
DISPONÍVEIS EM 20.06.2010 : 48 MESAS

CORREIO MUSICAL

FRED ASTAIRE

Fred Astaire, nome artístico de Frederick Austerlitz (Omaha, 10 de Maio de 1899 — Los Angeles, 22 de Junho de 1987) foi um ator e dançarino estado-unidense.

Mary Streep

Mary Louise Streep (Summit, 22 de junho de 1949), mais conhecida como Meryl Streep, é uma premiada atriz norte-americana.


Streep é recordista em indicações/nomeações, com dezesseis indicações ao Oscar da Academia, tendo vencido em duas ocasiões; e de indicações/nomeações e de vitórias para o Golden Globe Awards, com 25 indicações, tendo ganho sete vezes.

Hermeto Pascoal



Hermeto Pascoal (Lagoa da Canoa, 22 de junho de 1936) é um compositor arranjador e multiinstrumentista brasileiro (toca acordeão, flauta, piano, saxofone, trompete, bombardino, escaleta, violão e diversos outros instrumentos musicais)

Os sons da natureza o fascinaram desde pequeno. A partir de um cano de mamona de gerimum (abóbora), fazia um pífano e ficava tocando para os passarinhos. Ao ir para a lagoa, passava horas tocando com a água. O que sobrava de material do seu avô ferreiro, ele pendurava num varal e ficava tirando sons. Até o acordeão de 8 baixos de seu pai, de sete para oito anos, ele resolveu experimentar e não parou mais. Dessa forma, passou a tocar com seu irmão mais velho José Neto, em forrós e festas de casamento, revezando-se com ele no acordeão e no pandeiro.

Mudou-se para o Recife em 1950, e foi para a Rádio Tamandaré. De lá, logo foi convidado, com a ajuda de Sivuca (acordeonista conhecido), para integrar a Rádio Jornal do Commercio, onde José Neto já estava. Formaram o trio "O Mundo Pegando Fogo", segundo Hermeto, ele e seu irmão estavam apenas começando a tocar acordeão, ou seja, eles só tocavam o acordeão de 8 baixos até então.

Porém, por não querer tocar pandeiro e sim acordeão, foi mandado para a Rádio Difusora de Caruaru, como refugo, pelo diretor da Rádio Jornal do Commercio, o qual disse-lhe que "não dava para música". Ficou nessa rádio em torno de três anos. Quando Sivuca passou por lá, fez muitos elogios sobre o Hermeto ao diretor dessa rádio, o Luis Torres, e Hermeto, por conta disso, logo voltou para a Rádio Jornal do Commercio, em Pernambuco, ganhando o que havia pedido, a convite da mesma pessoa que o tinha mandado embora. Ali, em 1954, casou-se com Ilza da Silva, com quem viveu 46 anos e teve seis filhos: Jorge, Fabio, Flávia, Fátima, Fabiula e Flávio. Foi nessa época também que descobriu o piano, a partir de um convite do guitarrista Heraldo do Monte, para tocar na Boate Delfim Verde. Dali, foi para João Pessoa, onde ficou quase um ano tocando na Orquestra Tabajara, do maestro Gomes.

Em 1958, mudou-se para o Rio de Janeiro para tocar acordeão no Regional de Pernambuco do Pandeiro (na Rádio Mauá) e, em seguida, piano no conjunto e na boate do violinista Fafá Lemos e, em seguida, no conjunto do Maestro Copinha (flautista e saxofonista), no Hotel Excelsior.


Em outubro de 2002, durante um workshop em Londrina, conheceu a cantora Aline Morena e a convidou para dar uma canja no dia seguinte com o seu grupo em Maringá. Em seguida ela o acompanhou ao Rio de Janeiro e, no fim de 2003, Hermeto passou a residir com ela em Curitiba. Assim, passou a dar-lhe noções de viola caipira, piano e percussão e, em março de 2004 estreou no Sesc Vila Mariana a sua mais nova formação: o duo "Chimarrão com Rapadura" (gaúcha com alagoano), com Aline Morena.

Em abril de 2004, embarcou para Londres para o terceiro concerto com a "Big Band" local. Em seguida realizou mais alguns espetáculos solo em Tóquio e Quioto.

Em 2005 gravou o CD e o DVD "Chimarrão com Rapadura" com Aline Morena, além de realizar duas grandes turnês com seu grupo por toda a Europa. O CD e o DVD de Hermeto Pascoal e Aline Morena foram lançados de maneira totalmente independente em 2006.

Atualmente, Hermeto Pascoal apresenta-se com cinco formações: "Hermeto Pascoal e Grupo", "Hermeto Pascoal e Aline Morena", "Hermeto Pascoal Solo", "Hermeto Pascoal e Big Band" e "Hermeto Pascoal e Orquestra Sinfônica".

Wikipédia

Brasil, enfim, ganhou o marfim....

Brasil 3 X 1 !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Convite !

CONVITE:SÃO JOÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DO CRATO‏


ESTÁ CHEGANDO O DIA



A AFAC – Associação dos Filhos e Amigos do Crato, convida V.Sa. e Família a participar conosco do São João da AFAC.


DIA: 25 de junho de 2010(sexta feira)

HORA: A partir das 19:0 horas

LOCAL: Sitio Mapura (Bairro Lagoa Redonda)

ADESÃO: R$ 10,00

OBS - Forró pé de serra, fogueira, quadrilha, comidas típicas e o velho e gostoso reencontro com os amigos do Crato.



Contatos:

Luis Carlos Lima: 9621-7016 e 9922-1392

Wilton Soares : 9613-3936

Graça Barreto: 8815-9515

Pedro Jorge: 9988-9911



Agradecemos e aguardamos você e sua família

mapa do São João AFAC.

Bolo Pé-de-Moleque



Ingredientes:
3 xícaras de chá de castanha de caju torrada e triturada
2 1/2 xícaras de chá de água
2 xícaras de chá de leite de coco
1/2 xícara de chá de manteiga
1/2 colher de sopa de café solúvel
1/2 colher de sopa de canela em pó
1/2 colher de sopa de cravo triturado
1/2 colher de sopa de erva-doce triturada
1/2 colher de chá de sal
1kg de massa de mandioca úmida e peneirada
500g de rapadura escura em pedaços
4 ovos

Preparo:
Bata no liquidificador a rapadura com a água até dissolver. Leve ao fogo até ferver, desligue e acrescente a manteiga, a erva-doce, o cravo, a canela e o café. Misture bem, deixe esfriar e reserve. Bata os ovos e o sal até espumar. Com a batedeira desligada, coloque a massa de mandioca e misture com uma colher de pau. Com a batedeira ligada, junte aos poucos o leite de coco, até ficar homogêneo. Desligue a batedeira e acrescente a rapadura já fria. Misture bem. Volte à batedeira, em velocidade baixa, e acrescente a castanha triturada. Bata até obter uma mistura homogênea. Aqueça o forno em temperatura média. Unte a fôrma com manteiga e, se desejar, coloque um pouco de leite de coco nos lados da fôrma, sobre a manteiga. Ponha a massa. Leve ao forno médio, por 1 hora e 40 minutos ou até que, ao espetar um palito, ele saia quase limpo. Retire do forno e deixe esfriar. Desenforme sobre um prato e decore com as castanhas.

Fonte: Ariadna's Site

Assim se chega, enfim, à Costa do Marfim.


Cheguei ao Crato desta vez sem estardalhaço. Não porque o Crato tivesse perdido seu encanto. Isso nunca! mas porque estou meio cansada e passei por uma tarde estressante no aeroporto Pinto Martins. Depois de estar na nave, depois do avião fazer seu trajeto de ré para pegar o rumo da pista, lá se vai o ar condicionado falhar (e a pressurização?). Desce de novo a tripulação para a sala de espera com uns “green card” na mão para reembarque.

Um novo avião foi providenciado... Novo embarque. Espera para liberação do novo plano de vôo. Pedido enviado para Recife. Recife manda o comando para a torre, a torre informa a comandante. Passageiros irritados, acalorados...

Mas, a viagem aconteceu em paz. Chegamos a Juazeiro às 6:15. Mal deu tempo de engolir o lanche. Fiquei com medo do pouso por causa da hora. À noite, a serra me assusta quando estou de avião. Mas a comandante fez o melhor pouso que já experienciei até agora desde que tenho vindo ao Crato por via aérea.

Bom, estresse passado, cá estou no meu Cratinho amado. Já fiz algumas andanças pela cidade e também umas visitas... Estou aqui!

E a Costa do Marfim o que tem a ver com isto? É o jogo, daqui a pouco. Espero que os jogadores joguem de costas e que deixem o marfim para o Brasil.


Claude Bloc

VAMOS LÁ BRASIL ESTAMOS NA TORCIDA - Por Edilma Rocha

Rumo ao hexa
Corações a mil
Todos juntos
Vamos lá Brasil !

CINQUENTENÁRIO DO MADRIGAL INTERCOLEGIAL DO CRATO









CINQUENTENÁRIO DO MADRIGAL INTERCOLEGIAL DO CRATO


1960 – 2010

A cidade do Crato no próximo mês de julho de 2010, abrigará diversas festividades no período da EXPOCRATO. A exemplo do ano passado, os membros remanescentes do Madrigal estarão reunidos para as comemorações dos 50 anos desse grupo que sem a menor modéstia, foi a mais significativa manifestação cultural do Cariri no gênero musical daquelas décadas. O Madrigal foi fundado no Colégio Diocesano pelo saudoso e ilustre Monsenhor Francisco de Holanda Montenegro tendo a frente a Maestrina Sra. Bernadete Cabral. O grupo encantou as mais diversas platéias com seu repertório eclético e a brilhante desempenho de seus membros em todo o Cariri, algumas cidades do interior Cearense, a capital Fortaleza e Recife (PE), ocasião em que foi aplaudido de pé por um encantado público presente no Teatro de Santa Isabel um fato inesquecível para todos. Apresentou-se ainda a convite na da TV Jornal do Commércio e em outros locais da capital pernambucana. Uma distinta programação comemorativa foi elaborada e que constará dos seguintes eventos:


Dia 17 de julho - Missa em Ação de Graças na Matriz de N. S. da Penha às 17:00h;


Dia 18 de julho - Congraçamento dos membros e familiares no Sérgio´s Buffet;


Dia 19 de julho - Festa da Gala nos salões do Crato Tênis Clube com à apresentação de um Recital pelo Madrigal. As mesas estarão em breve disponíveis para reserva e venda à sociedade caririense.

Será o coroamento de uma época dourada em que todos os que a viveram “sabiam que eram felizes”. Ao Crato, Princesa do Cariri, a nossa maior homenagem e o orgulho de sermos seus filhos.


Nilo Sérgio Monteiro

ASSIM SE CHEGA AO "ESPAÇO ZEN"





Para Nicodemos...




Um espaço Zen.
Alpha, Beta.
Paz e som.
Luz interior.
Delta e ômega
À luz transcendente,
E a música
traçando harmonia
na alma da gente.

Claude Bloc

SÃO JOÃO SEM "LUA" - Marcos Barreto de Melo


Nesse período junino em que comemoramos o São João, é inevitável e clara a saudade que sentimos daquele que foi, sem dúvida, um dos maiores suportes desta tão tradicional festa nordestina. Refiro-­me a LUIZ LUA GONZAGA, patrimônio da nossa música e presença obrigatória nas grandes comemorações juninas, autor de inúmeros sucessos de motivação puramente ligada à essência do São João e que, por serem autênticos, dificilmente deixarão de ser lembrados.
Apesar de vivermos num país onde os nossos valores costumam ser rapidamente olvidados, será muito difícil esquecermos a obra deixa­da por Luiz Gonzaga, ao longo de seus cinquenta anos de carreira em mais de cinquenta discos gravados, onde cantou as coisas bonitas, alegres e tristes da terra que ele jamais desprezou. Isso por que sua obra é muito rica, muito densa. É a expressão mais pura e autêntica do caboclo sertanejo, de sua vida e de seus costumes. É um patrimônio que transcende as fronteiras de Exu, no árido sertão de Pernambuco, onde nasceu, para atingir toda a nação, além de constituir-se um documento histórico de valor inconteste, no momento em que re­gistra os sentimentos e a alma dessa gente simples e sofrida do Nor­deste.
A identidade de Luiz Gonzaga com a sua região e, sobretudo, com a terra que o viu nascer, faz deste sanfoneiro-compositor a maior expressão da música nordestina e um dos expoentes máximos da música popular brasileira, apontado pela critica especializada como um dos quatro fundadores da nossa música, ao lado de Pixinguinha, Noel Rosa e Dorival Caymmi.
Como bem o definiu o mestre e folclorista Luiz da Câmara Cascu­do, “Luiz Gonzaga é um documento da cultura popular. Autoridade da lembrança e idoneidade da convivência. A paisagem pernambucana, águas, matos, caminhos, silêncio, gente viva e morta. Tempos idos nas povoações sentimentais voltam a viver, cantar e sofrer quando ele põe os dedos no teclado da sanfona de feitiço e de recordação."
De fato, Luiz Gonzaga foi uma bandeira nordestina que sempre se fez presente nos mais diferentes pontos do país, no momento em que empunhava sua sanfona mágica e deixava fluir do coração as canções do saudoso e distante pé-de-serra que amava. Sua música é a expres­são dessa terra pobre e castigada, ora seca e triste, ora verde e alegre. De uma terra esquecida e desprezada, mas infinitamente boni­ta pela pureza de sua gente.
Sua obra constitui-se numa verdadeira amostragem do universo sertanejo, nos seus mais diferentes aspectos. Com a sua música, Luiz Gonzaga mostrou o lado bonito do sertão, os costumes, as crenças, a vida simples e pacata do homem nordestino. Da mesma forma soube também denunciar os problemas e as injustiças sociais de que são vítimas seus conterrâneos. Vejo sua música como um álbum de fotogra­fias do Nordeste, enquanto ele, Luiz Gonzaga, um fotógrafo habilido­so, de aguçada sensibilidade, capaz de captar os sentimentos de seu povo e expressá-los sob a forma de poesia, através de baiões, xotes, toadas, etc...
É certo que ele foi um precursor das chamadas músicas de pro­testo, tendo lançado ainda no início dos anos 50, em parceria com o poeta Zé Dantas, a toada-baião VOZES DA SECA. Mais adiante gravou A PROFECIA e a TRISTE PARTIDA, esta última do poeta cearense Patativa do Assaré, músicas estas que retratam o drama angustiante do homem sertanejo, vitimado pelas longas e periódicas estiagens que assolam o Nordeste, evidenciando também o descaso do governo no que tange à solução destes problemas.
Infelizmente, vemos que a toada VOZES DA SECA ("Seu doutô os nordestinos têm muita gratidão/pelo auxílio dos sulistas nesta seca do sertão/Mas doutô uma esmola a um homem que é são/ou lhe mata de vergonha. ou vicia o cidadão") continua hoje tão atual quanto foi na década de 50, ao ser lançada, uma vez que os problemas do Nordeste continuam sendo os mesmos, como também ainda são as mesmas as soluções reclamadas por Luiz Gonzaga e Zé Dantas, há quase cinquenta anos.
Embora jamais tenha ocupado qualquer posto na política, Luiz Gonzaga sempre esteve envolvido com as forças políticas. Participou da campanha que elegeu seu parceiro Humberto Teixeira Deputado Federal, em 1954. Fez jingles e campanhas para Carlos Lacerda e Getúlio Vargas, indistintamente.Amea­çou candidatar-se a Deputado Federal, em 1973, pelo MDB e, em 1980, pelo PDS, mas acabou desistindo por achar que, com a música, pode­ria ser mais útil ao seu povo.
Com a força dos 120 baixos de sua sanfona branca, Luiz Gonzaga sempre defendeu os interesses de sua terra, tendo conseguido inú­meras melhorias para a cidade de Exu, num trabalho de fazer inve­ja a muitos políticos.
Quando falamos em Luiz Gonzaga, imediatamente fazemos uma ligação de seu nome a músicas que falam de seca, de retirantes, etc. Mas, Luiz Gonzaga não cantou apenas a seca ou a vida árdua do sertanejo. Ele cantou também músicas brejeiras de pé de serra, a exemplo de CINTURA FINA, XOTE DAS MENINAS e NO MEU PÉ DE SERRA, e canções de exaltação ao sertão, como fez na pregação naturalista de RIACHO DO NAVIO (...“ Pra ver o meu brejinho, fazer umas caçadas/Ver as pegas de boi, andar nas vaquejadas/Dormir ao som do choca­lho e acordar com a passarada/Sem rádio e sem notícia das terras civilizadas”. . .)
Na sua música há espaço também para algumas peças de humor, como por exemplo: SERI JOGANDO BOLA, LOROTA BOA, KAROLINA COM K, CAPIM NOVO e APOLOGIA AO JUMENTO.
Todos sabemos da indiscutível contribuição dada por Luiz Gonzaga ao engrandecimento da música brasileira. Indiscutível também é a influência que ele exerceu sobre uma gama de novos cantores, principalmente sobre aqueles oriundos do Nordeste. Muitos são os que se confessam fortemente influenciados pela obra gonzagueana. Fazem parte desta geração de "afilhados" de Luiz Gonzaga: Alceu Valença, Gil, Caetano, Elba, Gal, Geraldo Azevedo, Quinteto Violado, Targino Gondim, Waldonys e o mestre Dominguinhos, o seu mais fiel e autêntico seguidor.
Luiz Gonzaga criou uma verdadeira escola dentro de nossa música, na qual são muitos os seus seguidores, seja qual for o estilo. E foi o próprio Luiz Gonzaga quem nos falou dos principais ritmos por ele lançados no sul, numa entrevista concedida ao jornalista Tarik de Souza, do Jornal do Brasil, em 20.04.81.

BAIÃO - "Corresponde ao samba da cidade grande. Pode prestar-se a qualquer tipo de letra e historia. Marcação forte e ritmada, semelhante á da toada de cegos que servia de introdu­ção ao desafio. Mas dizem que baião vem de baiano; outros de baía grande, baião. O baiano que saiu cantando pelo sertão deixou lá, abatida, e os cantadores do Nordeste fica­ram com a cadência do baião. Mas não havia uma música que o caracterizasse. O pessoal falava: dá um baião aí".
XAXADO - "Presta-se ao ritmo e à dança, contando geralmente história de cangaceiro. A marcação é mais rápida e cadenciada do que a do baião".
FORRÓ -"Baile de ponta de rua, dentro da zona boêmia. Letra provocante, quase sempre insultadora, contando proezas e valentias".
XOTE - "Samba de pé-de-serra, espécie de bolero nordestino. O pé-de-serra é a parte mais fértil do sertão, onde há mais fartura. A palavra samba é usada genericamente para designar qualquer tipo de reunião ou baile. Costuma-se dizer: vai ter um samba na casa de fulano".
TOADA - "Romântica e dolente, tem por tema a caminhada (reti­rada do sertanejo) e a arribada. Paisagens, pureza do amor e histórias pungentes de mãe".
ABOIO - "Também dolente. No original não tinha letra. É o canto típico do boiadeiro, composto só de vogais, im­provisações na condução do gado, do boi (daí, aboio)".
XAMEGO - "Com letras insinuantes e maliciosas, conta casos de amor e apego".
Quando nos vemos diante da riqueza musical deixada por Luiz Gonzaga é que nos conscientizamos de sua importância como instrumentista, cantor e compositor e da enorme falta que hoje nos faz.
Tão triste quanto a ausência do velho Lua é verificar a crescente descaracterização que ocorre nos festejos juninos. Observamos hoje, que esta descaracterização não está apenas na música, mas, também, da maneira como vem sendo comemorado. O que se vê nas grandes cidades não passa de uma grosseira imitação. Já estão dançando quadrilha ao som de musicas que nada tem em comum com a nossa tradição junina, com as nossas raízes.
Dificilmente encontramos hoje músicas que cantem o "São João" na sua forma mais autêntica, como ainda é festejado no interior. O "São João" de quadrilhas e brincadeiras ao redor da fogueira, com balões e rojões, onde as pessoas fazem pedi­do a São João e se divertem com as adivinhações. O "São João" de fartura, com milho verde, canjica, pé-de-moleque, licor e aluá. As marchinhas, os forrós e baiões com motivação junina são, hoje, raríssimas exceções. Os atuais cantores da música nordestina parecem desinteressados na preservação desse estilo, ou encontram­-se já corrompidos pela lucratividade que o pornoforró lhes pro­porciona. Evidente que há exceções e, como exemplos, podemos citar Nando Cordel, Flavio José, Waldonys, Targino Gondim e Dominguinhos, este último, a meu ver, o que mais conseguiu dar continuidade ao trabalho de Luiz Gonzaga.

Diante desse quadro, parece-nos muito confortável o fato de ainda podermos ouvir canções que são verdadeiros clássicos da música junina. São obras que não envelheceram, não obstante tenham sido gravadas há quase quarenta anos, e que ainda continuam a trazer-nos alegrias e recordações. Como exemplos destes clássicos, podemos citar: SÃO JOÃO NA ROÇA (1952), NOITES BRASILEIRAS (1954), SÃO JOÃO ANTIGO (1957) e SÃO JOÃO NO ARRAIÁ (1960), todas da auto­ria de Zé Dantas e Luiz Gonzaga, além de OLHA PRO CÉU (1951), com­posta por José Fernandes e Luiz Gonzaga.
E foi com estas e tantas outras músicas que o nosso saudoso LUA, por muitos anos, encheu de alegria as festas de "São João". Em dois de agosto de 1989, sua sanfona se calou para sempre. Será mais um ano com um "São João" sem Lua na terra. Agora só nos resta preservar sua memória, fazendo com que outras gerações conheçam o seu trabalho. Tenho certeza de que seus “afilhados” e seguidores saberão dar continuidade à sua obra e fazê-lo sempre lembrado.


Marcos Barreto de Melo

Correio dominical - Enquanto o arroz não enxuga , e a hora do jogo Brasil X Costa do Marfim não chega ...

Nelson Gonçalves - por Socorro Moreira




"Ele nasceu em 21 de junho de 1919 em(afirmam) Santana do Livramento no Rio Grande do Sul e recebeu o nome de Antônio. Seus pais eram portugueses e esse nome é muito popular em Portugal.
Apesar de todos seus biógrafos afirmarem que ele nasceu em Santana do Livramento, há uma fonte fidedigna que prova que era português de nascimento, vindo com sua família, muito pequeno, para o Brasil indo residir em Santana do Livramento.
Há uma pessoa que possui cópia de sua certidão de nascimento, mas a obteve em seu trabalho como funcionário público, não podendo, asssim, utilizá-la como prova de que Nelson nasceu em Portugal. Essa certidão foi apresentada à Justiça quando de sua separação de Lourdinha Bittencourt, com quem foi casado, quando Lourdinha pertencia ao Trio de Ouro.
Nelson, por ter uma gagueira que ao mesmo tempo fazia sua voz "disparar", foi apelidado de "Metralha".Com esse nome foi lutador de box e garçon, cantando, e insistindo em ser cantor, nas horas livres.
Em São Paulo conseguiu gravar "Se eu soubesse um dia" o que fez com muitos,conhecendo-o como gago, não acreditavam que se tratava dele.Entusiasmado com essa gravação, veio tentar a vida no Rio de Janeiro, então Capital da República, para onde vinham todos que queriam aparecer em nossa música.
Gongado no programa de caloluros de Ari Barroso(então na Rádio Cruzeiro do Sul) não desanimou e conseguiu que Ataúlfo Alves lhe desse para gravar o samba "Sinto-me Bem", que fez bastante sucesso a ponto de todos quererem saber quem era aquele cantor desconhecido, com uma voz semelhante à de Orlando Silva.Em seguida, de Roberto Martins e Mário Rossi gravou seu verdadeiro primeiro sucesso:"Renúncia".
O que poucos sabem, pois não consta de sua biografia, é que o fox-canção "Renúncia" foi dado por Roberto Martins a Carlos Galhardo, de quem era muito amigo.Galhardo, disse a Roberto que o desse a Nelson Gonçalves, que estava inciando a carreira e precisava de uma música "de choque". O sucesso "estourou" e Nelson passou a ser um nome conhecido, mas que "imitava" Orlando Silva, o que os fãs deste não perdoavam.
Manteve-se nessa linha, andou usando tóxicos e foi seu conhecimento com Adelino Moreira que o fez "ressuscitar", tomar seu próprio rumo e se tornar o cantor que mais gravou no Brasil.
Não citarei aqui todas as músicas de Adelino que se tornaram conhecidas na voz de Nelson, mas deixo aqui registrada a que foi considerada seu "carro-chefe": " A VOLTA DO BOÊMIO"
Sobre Nelson há muitos pontos biográficos na Internet, por isso preferi contar algo que não se encontra espalhado por aí, mas que representa uma fase de sua vida. O que muitos, talvez, não aceitem.
Nelson Gonçalves faleceu em 18 de abril de 1998,sem completar 79 anos ".

Os muito jovens que me perdoem , mas Nelson é inesquecível.
Meu pai chegava em casa , depois de uma passadinha em Hilário Lucetti , sempre com um vinil debaixo do braço , e corria pra vitrola.
Na maioria das vezes era o último lançamento de Nelson Gonçalves. Aí ouvíamos todas as faixas, repetidas vezes. Decorávamos as letras das canções, ensaiávamos no banheiro , e cantarolávamos depois, nas rodas de seresta. Isso num tempo mais moderno , quando a turma da Jovem Guarda , já conquistara o seu espaço.
A partir desse repertório , entrei em contato com a obra de Lupicínio Rodrigues, Vinícius de Morais,, Tom Jobim, Noel Rosa, Ari Barroso , David Nasser, Benedito Lacerda , Capiba , e todos os outros bons compositores brasileiros.

Quem foi para mim o intérprete mais popular da música brasileira ?
-Eu diria sem pestanejar : Nelson Gonçalves !

"Bar do Nelson Gonçalves"
Lilian Gonçalves, filha do mito e incomparável Nelson Gonçalves, convida você para conhecer o Bar do Nelson – O bar do boêmio e saber um pouco mais sobre a vida do melhor cantor de todos os tempos.
Bar do Nelson - O Bar do Boêmio
O bar do boêmio, um dos maiores cantores do Brasil recebeu uma grande honraria quando da inauguração do "Bar do Nelson, o bar do boêmio", uma homenagem ao maior boêmio do Brasil: Nelson Gonçalves. A idéia e o empreendimento são de autoria da filha do cantor, Lílian Gonçalves. Empresária de sucesso, a "Rainha da Noite" quer trazer à memória a história de um inesquecível boêmio.
O Bar do Nelson – o bar do boêmio, foi todo ambientado em homenagem à vida do cantor e da própria música popular brasileira como, por exemplo, nos tampos das mesas que têm o formado de LP's. No mezanino, quadros em PB e coloridos com cenas de Nelson Gonçalves, como nos estúdios dos programas Silvio Santos e Flávio Cavalcanti, além de algumas imagens de taças, drinques e instrumentos musicais. O Bar do Nelson – o bar do boêmio é um bar temático é um exemplo de bom gosto com arquitetura moderna dispõe de uma linha do tempo mostrando a trajetória do mito além de inúmeros quadros retratando sua vida com fatos e fotos exclusivas incluindo uma relíquia pessoal, uma echarpe original.
Em um ambiente aconchegante você desfrutará de um excelente restaurante com uma cozinha contemporânea e dois bares servindo os melhores drink's da noite. Com piso térreo e mezanino, um restaurante, a casa, tem um espaço refinado, com direito a apresentações de voz e violão. Todos os dias os clientes poderão desfurtar do melhor de Nelson Gonçalves na voz de Paulo Rodrigues no "Momento Nelson Gonçalves", além de um show especial com Stênio Mello, o melhor showman do Brasil, Aline Moura e Rickson com o melhor da MPB, a música ao vivo é o charme da casa.
Na cozinha, a especialidade é o Picadinho do Boêmio, um prato tradicional dos boêmios. No Bar do Nelson Gonçalves você poderá degustar petiscos de época e pratos da cozinha contemporânea. Para os freqüentadores mais assíduos, a casa tem os Clubes do Vinho, do Whisky e da Cachaça. Tudo para deixar os boêmios à vontade para curtir o melhor da noite e do Happy Hour. A casa será o primeiro bar do Brasil a operar no conceito de "Happy Business", que permite falar de negócios em um ambiente descontraído e agradável.
"É uma casa elegante, acolhedora e divertida – uma mescla do passado com a modernidade." afirma, orgulhosa, Lilian Gonçalves, filha de Nelson Gonçalves e proprietária do Bar do Nelson – o Bar do Boêmio.
O O Bar do Nelson – o bar do boêmio está localizado no bairro de Santa Cecília, na rua Canuto do Val, 83, considerada a mais alegre e segura de São Paulo. Na região, este é o quinto empreendimento da empresária Lílian Gonçalves, todos ligados a Rede Biroska. Como todo bar de boêmio, a casa funcionará diariamente das 16h até o último boêmio com música ao vivo.


 Acesse o site www.biroska.com.br/nelson e conheça mais sobre a casa."

Leonel Brizola



Leonel de Moura Brizola (Carazinho, 22 de janeiro de 1922 — Rio de Janeiro, 21 de junho de 2004) foi um político brasileiro.

Lançado na vida pública por Getúlio Vargas, foi o único político eleito pelo povo para governar dois estados diferentes (Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro) em toda a História do Brasil. Exerceu também a presidência de honra da Internacional Socialista.

Nascido no vilarejo de Cruzinha, hoje interior de Carazinho, então pertencente ao município de Passo Fundo, era filho de camponeses migrados de Sorocaba. Batizado como Itagiba de Moura Brizola, cedo adotou o nome de um líder maragato da Revolução de 1923, Leonel Rocha.

Foi prefeito de Porto Alegre, deputado estadual e governador do Rio Grande do Sul, deputado federal pelo Rio Grande do Sul e pelo extinto estado da Guanabara, e duas vezes governador do Rio de Janeiro.

Sua influência política no Brasil durou aproximadamente cinquenta anos, inclusive enquanto exilado pelo Golpe de 1964, contra o qual foi um dos líderes da resistência.

Realizações

Leonel Brizola.Como secretário de Obras
Ponte sobre o rio Guaíba
Ponte sobre o rio Pardo
Reaparelhamento do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER).
Ampliação e construção de estradas
Estação Ferroviária Diretor Augusto Pestana, em Porto Alegre
Implantação do trem diesel Minuano
Melhorias no Aeroporto Salgado Filho
Reequipamento do Departamento Aeroviário do Estado
Reaparelhamento do Departamento de Portos, Rios e Canais
Implantação de 23 portos lacustres e fluviais
Construção de 40 hidráulicas no interior do Estado
Início da construção de grande número de escolas públicas.
Como prefeito de Porto Alegre
Construção de 137 escolas primárias para 35 mil alunos;
Canalização de água em todas as vilas populares;
Implantação de 110 km de rede de água
Implantação de mais de 80 km de rede esgoto
Construção da Hidráulica São João e aumento das hidráulicas Moinhos de Vento| e Cristo Redentor
Remodelação, alargamento e iluminação de avenidas;
Dragagem e aterro do rio Guaíba;
Renovação da frota de ônibus públicos;
Implantação dos ônibus elétricos trolleybus;
Criação do Parque Saint'Hilaire;
Remodelação e construção de grande número de parques e campos populares de futebol;
Criação do Programa Integrado de Reaparelhamento de Equipamentos Rodoviários
[editar] Principais ações do governo Brizola no Rio Grande do Sul
Educação
A principal realização de Brizola no Rio Grande do Sul (1959-1963) foi a multiplicação das escolas. Como governador do estado repetiu, em escala estadual, o que já havia feito em seu mandato como prefeito de Porto Alegre. Criou uma rede de ensino primário e médio que antigiu os municípios mais distantes, inclusive nas zonas do pampa.

Estatização de empresas estrangeiras
Uma das medidas mais polêmicas na carreira política de Brizola foi a encampação das empresas norte-americanas Bond and Share e ITT. Tal fato gerou mal estar nas relações Brasil - EUA.

Reforma agrária
A constituição gaúcha garantia a entrega de terras aos agricultores, sempre que surgissem abaixo-assinados, com o mínimo de cem firmas, solicitando as terras. Brizola estimulou os abaixo-assinados em acampamentos de agricultores e criou o Instituto Gaúcho de Reforma Agrária (IGRA).

Principais ações do governo Brizola no Rio de Janeiro
Educação
Os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps) foram o principal projeto educacional dos dois governos Brizola no Rio de Janeiro. Idealizados e planejados por Darcy Ribeiro na parte organizacional e pedagógica, e por Oscar Niemeyer na concepção arquitetônica.

Sambódromo

Com Niemeyer, em 2002, na casa do arquiteto.Em 1983, Brizola encomendou a Oscar Niemeyer o projeto de construção de um espaço definitivo para os desfiles das escolas de samba, ponto alto do carnaval carioca. Até então as arquibancadas eram montadas e desmontadas e o local do espetáculo não era fixo. Daí surgiu a Passarela do Samba Darcy Ribeiro, conhecido nacionalmente como Sambódromo.

Linha Vermelha
Em 1992 o Brasil sediou a conferência Rio 92 que reuniu chefes de Estado do mundo todo para discutir temas relacionados ao meio ambiente. Preocupado com o deslocamento das autoridades, Brizola deu início, em parceria com o governo federal, a construção da Via Expressa Presidente João Goulart, mais conhecida como Linha Vermelha.

Universidade Estadual do Norte Fluminense
Inaugurada em 1993, com sede em Campos dos Goytacazes e unidades em em Macaé (Petróleo e Gás), Itaperuna (Engenharia Agrária), Santo Antônio de Pádua (Veterinária) e Itaocara (Agricultura), é uma universidade modelada no MIT, com objetivo à formação de cientistas e tecnólogos. Suas instalações foram projetadas por Oscar Niemeyer.

wikipédia


Jean-Paul Sartre


Jean-Paul Charles Aymard Sartre (Paris, 21 de Junho de 1905 — Paris, 15 de Abril de 1980) foi um filósofo francês, escritor e crítico, conhecido representante do existencialismo. Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra.

Repeliu as distinções e as funções oficiais e, por estes motivos, se recusou a receber o Nobel de Literatura de 1964. Sua filosofia dizia que no caso humano (e só no caso humano) a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma "essência" posterior à existência.

Machado de Assis





Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um romancista, dramaturgo, contista, jornalista, cronista e teatrólogo brasileiro, considerado como o maior nome da literatura brasileira e um dos maiores escritores do mundo, de forma majoritária entre os estudiosos da área Sua extensa obra constitui-se de nove romances e nove peças teatrais, 200 contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas. Machado assumiu cargos públicos ao longo de toda sua vida, passando pelo Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas, Ministério do Comércio e pelo Ministério das Obras Públicas. No dia 20 de julho de 1897 com iniciativa de Lúcio de Mendonça, fundou a Academia Brasileira de Letras.

A obra ficcional de Machado de Assis tendia para o Romantismo em sua primeira fase, mas converteu-se em Realismo na segunda, na qual sua vocação literária obteve a oportunidade de realizar a primeira narrativa fantástica e o primeiro romance realista brasileiro em Memórias Póstumas de Brás Cubas (sua magnum opus).[5] Ainda na segunda fase, Machado produziu obras que mais tarde o colocariam como especialista na literatura em primeira pessoa (como em Dom Casmurro, onde o narrador da obra também é seu protagonista). Como jornalista, além de repórter, utilizava os periódicos para a publicação de crônicas, nas quais demonstrava sua visão social, comentando e criticando os costumes da sociedade da época, como também antevendo as mutações tecnológicas que aconteceriam no século XX, tornando-se uma das personalidades que mais popularizou o gênero no país
Academia Brasileira de Letras
Era o maior nome vivo da literatura no Brasil, quando um grupo de jovens, capitaneados por Lúcio de Mendonça resolve finalmente pôr em prática a ideia da fundação da Academia Brasileira de Letras, nos moldes da Academia francesa. Machado foi seu primeiro presidente e seu discurso de fundação em 1887 revela sua intenção em participar da academia:

Senhores,

Investindo-me no cargo de presidente, quisestes começar a Academia Brasileira de Letras pela consagração da idade. Se não sou o mais velho dos nossos colegas, estou entre os mais velhos. É simbólico da parte de uma instituição que conta viver, confiar da idade funções que mais de um espírito eminente exerceria melhor. Agora que vos agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança.

Não é preciso definir esta instituição. Iniciada por um moço, aceita e completada por moços, a Academia nasce com a alma nova e naturalmente ambiciosa. O vosso desejo é conservar, no meio da federação política, a unidade literária. Tal obra exige não só a compreensão pública, mas ainda e principalmente a vossa constância. A Academia Francesa, pela qual esta se modelou, sobrevive aos acontecimentos de toda a casta, às escolas literárias e às transformações civis. A vossa há de querer ter as mesmas feições de estabilidade e progresso. Já o batismo das suas cadeiras com os nomes preclaros e saudosos da ficção, da lírica, da crítica e da eloquência nacionais é indício de que a tradição é o seu primeiro voto. Cabe-vos fazer com que ele perdure. Passai aos vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para que eles os transmitam também aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira. Está aberta a sessão.
—, 1897


Academia, de pé: Rodolfo Amoedo, Artur Azevedo, Inglês de Sousa, Olavo Bilac, José Veríssimo, Sousa Bandeira, Filinto de Almeida, Guimarães Passos, Valentim Magalhães, Rodolfo Bernadelli, Rodrigo Octavio, Heitor Peixoto; sentados: João Ribeiro, Machado de Assis, Lúcio de Mendonça e Silva Ramos.
[editar] Representações na cultura
Machado de Assis já foi retratado como personagem no cinema, interpretado por Jaime Santos no filme "Vendaval Maravilhoso" (1949) e Ludy Montes Claros no filme "Brasília 18%" (2006). Também teve sua efígie impressa nas notas de NCz$ 1,00 (um cruzado novo; até 1989, com valor de mil cruzados) de 1987. Importantes concursos são realizados em todo mundo levando seu nome, a exemplo de Brasília que tem um significativo concurso com seu nome, realizado pelo SESC/DF.

 Wikipédia 

Bach

Johann Christoph Friedrich Bach (* Leipzig, 21 de Junho de 1732; † Bückeburg, 26 de Janeiro de 1795) foi um compositor alemão.

Nono filho de Johann Sebastian Bach, fruto de seu segundo casamento com Anna Magdalena Wilcke, Johann Christoph Friedrich nasceu em Leipzig, Alemanha, e ficou conhecido como o Bach de Bückeburg. Não deve ser confundido com o primo de seu pai Johann Christoph Bach.

Foi educado em Thomasschule, escola em Leipzig e iniciado na música por seu pai e pelo primo distante Johann Elias Bach. Acredita-se que ele tenha estudado direito na Universidade de Leipzig, porém não há confirmação. Em 1750 foi nomeado, pelo Conde Wilhelm de Schaumburg-Lippe, cravista de Bückeburg e em 1759, spalla. Em Bückeburg, Johann Christoph Friedrich teve a colaboração de Johann Gottfried Herder, que escreveu os textos, na elaboração de quatro obras vocais.

Johann Christoph Friedrich compôs sonatas para cravo, sinfonias, oratórios, corais litúrgicos, motetos óperas e canções diversas. Devido a predileção do Conde Wilhelm pela música italiana, Bach se viu forçado a adaptar-se, ainda assim reteve traços estilísticos de seu pai e de seu irmão Carl Philipp Emanuel Bach.

Em 1755, casou-se com a cantora Lucia Elisabeth Munchhusen (* 1728 - † 1803) e o Conde Wilhelm batizou seu filho Wilhelm Friedrich Ernst Bach. Johann Christoph Friedrich iniciou seu filho em música assim como seu pai já havia feito consigo. Mais tarde, Wilhelm Friedrich Ernst tornou-se diretor musical de Frederick William II da Prússia.

Em 1778, acompanhado do Conde Wilhelm, viajou à Inglaterra para visitar seu irmão caçula Johann Christian Bach.

Em 26 Janeiro 1795, Johann Christoph Friedrich faleceu em Bückeburg. Seu corpo foi enterrado em 31 de Janeiro no cemitério de Jetenburger, onde também jaz sua viúva Lucia Elisabeth desde 1803.

A décima primeira edição da Encyclopædia Britannica menciona que "...ele foi um compositor prolífico, ...cujo trabalho honra o nome da família.". Foi também um notável virtuoso no teclado com um vasto repertório de obras que sobreviveram, incluindo 20 sinfonias, as últimas das quais influenciadas por Haydn e Mozart. Difícil também encontrar um gênero vocal negligenciado por ele.

Lamentavelmente, uma parte significativa de sua obra foi perdida na Segunda Guerra Mundial, quando da destruição do Staatliches Institut für Musikforschung, em Berlim, onde as partituras estavam guardadas desde 1917.
 Wikipédia 

Momento de reflexão- Colaboração de Caio Marcelo

Nossa infância

Hoje em dia a criança nasce de olhos abertos, como a querer conhecer o ambiente.

As histórias que se lhe contam já não são as que envolvem personagens fictícios e tolos como de cegonhas e de crianças que são deixadas em repolhos, para que seus pais as encontrem e assumam como filhos.

Bem ingênuo seria quem alimentasse a mente infantil na atualidade com tais fatos.

Hoje, os pais têm ânsia em alfabetizar os seus pequenos. Já no jardim de infância, prima-se por lhes ensinar línguas estrangeiras.

E que dizer da sua capacidade no manuseio dos instrumentos eletrônicos? As creches e os jardins de infância disputam esses pequenos clientes, buscando oferecer o que há de mais atualizado para os seus minúsculos aprendizes.

Nota-se que existe uma preocupação pelas crianças. De um lado, pais bem aquinhoados que dão o melhor que podem aos seus filhos. De outro, crianças pobres disputando a sarjeta.

Proíbe-se o trabalho infantil, com toda a gama de explorações. Ataca-se a prostituição da infância, no desejo de salvar a inocência dos menores.

A preocupação chegou ao ponto de se proibir a fabricação de brinquedos que simulam armas. Contudo, justamente nesse momento, a notícia nos surpreende.

Pais existem que levam seus filhos para exercícios de manejo de armas de fogo.

A justificativa é de que é salutar para a mente que desabrocha, bem cedo aprender a se defender. Para que não tenham surpresas mais tarde, complementam os pais.

É então que nos perguntamos o que estamos fazendo da nossa infância?

Os que somos cristãos, como estamos orientando os nossos filhos? Quais as prioridades que temos estabelecido para eles?

E mais do que isso: temos lhes respeitado a infância? Sabemos, pois que os Espíritos Superiores já no-lo informaram, que a infância é um período de repouso para o Espírito.

Da forma que estamos conduzindo a vida dos nossos rebentos, seria de nos questionarmos se não estamos lhes violando o direito de serem crianças.

Enquanto Órgãos Internacionais se preocupam em proteger o indivíduo do abandono da sociedade, dos descasos dos adultos, das injustiças, quantos de nós pais, nos apresentamos despreparados para a paternidade e a maternidade?

Pensemos no homem de amanhã e concedamos às nossas crianças uma infância equilibrada, em que haja responsabilidade, mas também alegria, brincadeiras, folguedos, descontração.

Nem só deveres. Também direitos. Direito de ser criança, de ter uma infância saudável. Sobretudo uma infância que, independente da cartilha religiosa, se ensine que é muito bom ser bom.

Que o seu modelo deve ser o Cristo, Guia de toda a Humanidade.

Que sua melhor defesa é a retidão, a confiança em Deus. Que sua melhor arma é a postura cristã, que é sempre a da não-violência, da cordura e da paciência.

* * *

De: Momento de Reflexao

Biodiversidade - Por José de Arimatéa dos Santos

A biodiversidade significa tudo que é vivo na natureza, desde de uma bactéria ao maior em tamanho ser vivente. É um conjunto em que todos devem viver harmonicamente e felizes numa cadeia em que a preservação da vida é constante. Nenhum é melhor do que o outro, pois a dependência é o nome.
Somente a espécie humana se acha superior e destroi todo esse encadeamento que é a biodiversidade. Os inimigos do verde dizem que deve preservar primeiro o homem, como se a humanidade não fizesse parte desse belo conjunto que é a natureza. O homem simplesmente é um ente como outro qualquer e deve ser o mais responsável para a continuidade da biodiversidade. Pela continuação da vida. Se a espécie humana continuar a depredar como depreda atualmente o fim desse rico e majestoso conjunto beira ao fim.
Urge uma análise da nossa atitude quanto ao cuidado que devemos ter com o meio ambiente. Cuidar do lixo e da consequente preservação de tudo que é animal e planta denoda a grande inteligência humana. Além disso podemos colocar nessa relação o devido e inexorável cuidado com a água, líquido que além de matar a sede nos traz desenvolvimento. Mas esse desenvolvimento deve ser sustentável ecologicamente de uma forma que agrida o mínimo possível a biodiversidade. Está mais do que na hora de uma atitude que revele a grande inteligência do ser humano e procure não desmatar para o cultivo de monocultura ou para o gado. As áreas desmatadas já são muitas e carece de um maior controle, pois muitas das vezes já estão a se transformar em desertos.
O homem faz parte da biodiversidade evidentemente, portanto deve está atento para a preservação e continuidade dessa aventura que é viver em harmonia com todos os demais seres vivos que fazem parte desse clube chamado terra.

Pedrinho e as pedrinhas - Por Xico Bizerra

Pedrinho, à margem esquerda do rio, joga pedrinhas na água límpida, vendo os peixes amarelos e livres, nadando, ora a favor, ora contra a correnteza, brincando de tudo-pode com a mãe natura. No aquário do pai, um peixe amarelo a se digladiar, esbarrando no vidro quando se aventura num nado maior. Liberdade e clausura dos peixes. Pobre menino que atira pedrinhas no rio e chora pelo não-poder atirar de volta ao rio aquele peixinho amarelo. Pobre peixe amarelo que nada quase nada e esbarra, sem opção de escolher entre o vidro e o rio, entre o vidro e o mar, entre o vidro e a vida. Um gato o observa de longe, esperando um trincar de vidro, um peixe no chão. Do alto de sua gaiola, solidário, o passarinho torce pelo peixe.
Xico Bizerra