Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

James Dean -Por Rosa Guerrera


JAMES DEAN - O MITO DE UMA ÉPOCA

Foi exatamente no dia 30 de setembro de 1955 que o choque de um Porsche em alta velocidade contra um Ford que vinha em diração contrária causou a morte imediata do jovem ator de cinema levando à consternação de todo o mundo. Esse jovem era James Dean que morria aos 24 anos de idade ,mas que apesar da curta carreira, tornou-se o símbolo de uma geração. De temperamento ao mesmo tempo frágil e selvagem, ele representou o ceticismo do pós-guerra e a rebeldia que caracterizou a juventude do século 20. É considerado até hoje um ícone cultural, como a melhor personificação da rebeldia e angústias próprias da juventude da década de 1950.
Filho único.,de pais metodistas. aos 8 anos ele já tocava violino e fazia aulas de sapateado. Em 1940, perdeu a mãe vitima de câncer. Com a morte da mãe, foi morar com os tios na Indiana. Considerado uma criança introspectiva, Jimmy, como era chamado, cresceu na fazenda de 300 acres dos tios, ali aprendeu a dirigir trator e ordenhar vacas. Em 1949, Dean foi para Los Angeles, com a intenção de estudar arte dramática. Pouco depois abandonou a faculdade e foi para Nova York cursar o lendário Actor's Studio de Lee Strasberg. Para se manter em Nova York, trabalhou como garçom e cobrador de ônibus
Em 1954, conheceu a jovem estrela, Pier Angeli, para muitos o grande amor de sua vida, mas a mãe de Pier foi contra o relacionamento, pelo fato de ele não ser católico. Jimmy já era conhecido por seu temperamento considerado até selvagem por alguns críticos .. Fora dos sets de filmagem, tinha uma agitada vida social, fumava e bebia, e possuía um enorme fascínio por carros velozes e pela velocidade em si - Paixão que lhe custou a vida!

James Dean teve uma das mais brilhantes e rápidas carreiras na história da sétima arte. Em pouco mais de um ano e com três filmes, nos quais protagonizou alguns dos mais marcantes personagens do cinema norte-americano, ele virou uma lenda. Seu ultimo filme : "Assim caminha a humanidade" , ele não chegou a assistí-lo porque quando acabou de filmá-lo,Dean partiu no seu Porsche para participar de uma corrida em Salinas na California . Mas no caminho bateu violentamente num Ford sedan e morreu na hora.
Dean viveu a vida intensamente , e entre tantas frases de rebeldia ditas em entrevistas , uma ficou para sempre na sua curta passagem pela vida e pelo sucesso :
"Se um homem conseguir vencer as diferenças entre a vida e a morte, se ele
conseguir continuar a viver depois da morte, então talvez ele tenha sido um
grande homem." [ James Dean ]
.
 por rosa guerrera 

O constante diálogo- Colaboração de Lídia Batista





Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado
o semelhante
o diferente
o indiferente
o oposto
o adversário
o surdo-mudo
o possesso
o irracional
o vegetal
o mineral
o inominado

Diálogo consigo mesmo
com a noite
os astros
os mortos
as ideias
o sonho
o passado
o mais que futuro

Escolhe o teu diálogo
e
tua melhor palavra
ou
teu melhor silêncio
Mesmo no silêncio e com o silêncio
dialogamos.


Carlos Drummond de Andrade

foto de AlicePopkorn no Flickr

Isonomia, já !!! - José Nilton Mariano Saraiva

Será que nesse mundão de Deus existirá alguém dotado da paciência do bíblico Jó e ao mesmo tempo possuidor de um estômago de avestruz (que, dizem, é capaz de “processar” sem maiores dificuldades tudo que lhe chega) ??? Sim, porque, definitivamente, é preciso se ter tais predicados/qualidades (paciência de Jó e estômago de avestruz) para agüentar pratos tão indigestos quanto os oferecidos ao seu leitor pela nossa dita “grande imprensa”.
Fragorosa e contundentemente derrotada nas eleições recém-findas, quando usou e abusou dos mais deploráveis e abjetos meios possíveis objetivando derrotar a candidata governista, eis que, uma semana após, ela, a nossa dita “grande imprensa”, volta a investir furibunda contra o governo do maior presidente brasileiro dos últimos tempos, por conta de uma falha de impressão em um dos cadernos (o de capa amarela) nas provas do Enem.
É o que se pode depreender da notícia divulgada pela Folha de São Paulo, edição de 07.11.10, que não deixa quaisquer resquícios de dúvidas quanto à sua atávica e medular desonestidade (ou parcialidade, se os puritanos preferirem um linguajar mais brando e suave): “Erro no Enem afeta 3,4 milhões de alunos”.
Em português claro e cristalino, segundo a Folha de São Paulo TODOS os alunos que participaram do Enem se defrontaram com o tal erro e, portanto, o Ministro da Educação teria que ser demitido sumariamente, e ao governo comandado pelo presidente Lula, composto de sindicalistas irresponsáveis e incompetentes, a única alternativa seria partir para a realização de uma nova prova, uma nova avaliação (ou mesmo - supremo desejo - "detonar" de vez com o Enem), porquanto todas as provas disponibilizadas aos concorrentes – milhões de provas - continham erro.
Mas...
Como nos ensina o grande filósofo Branxú, nada melhor que um dia atrás do outro com uma noite no meio (pra refrescar e desanuviar a cachola), eis que no alvorecer do novo dia constatou-se que apenas os que usaram o caderno de capa amarela, cerca de dois mil alunos (ou 0,06% - seis centésimos por cento - dos concorrentes), num universo de 3,4 milhões, teriam sido prejudicados por conta de uma falha gráfica (e para os quais, evidentemente, o governo oferecerá, sim, uma solução).
Pegando carona em tal situação, um atento e perspicaz leitor, desses “caxias”, que não deixam escapar nada, não perdeu a oportunidade e fez uma simplória mas objetiva analogia entre as recentes eleições e as provas do Enem: como o percentual de falha verificada no funcionamento das revolucionárias urnas eletrônicas brasileiras nas eleições 2010 foi de “astronômicos” 0,4% (sete vezes maior que a ocorrência observada no exame do Enem), a “grande imprensa” brasileira, prá ser coerente e usar de um necessário tratamento isonômico, bem que poderia pedir a anulação das eleições recém-findas. Por que não ???
Isonomia, já e... durma-se com um barulho desses !!!

Henry Mancini

Acabei de rever o filme  "Os Girassóis da Rússia".
Música bélissima , e triste !
Combina com a história  de amor e renúncia.

Ruptura dos canais de socorro ao Sofrimento - José do Vale Pinheiro Feitosa

Nem sempre é o esquecimento aquele que faz renascer as atrocidades da história. Por vezes são as paixões irracionais de certos períodos que as põe em prática novamente. Na última eleição o que mais chamou a atenção foi o “renascimento” dos setores envolvidos com a repressão política na época da ditadura militar. Ex-quadros ligados à tortura, militares reformados encastelados no Clube Militar, com mandato legislativo e em blogs e site, usaram a estrutura da campanha do PSDB para se ativarem no meio.

O Jornal A Folha de São Paulo foi ativa nesta prática, desde o momento que tornou manchete uma ficha falsa da candidata Dilma Roussef, elaborada por um site ligado aos quadros da repressão. Aqueles e-mails que inundaram as caixas de correio falando do jovem militar metralhado, de que a candidata não poderia ir aos EUA impedida como seqüestradora do embaixador americano nos idos de 68, como a história de ser filha de búlgaro e assim por diante. A velha máquina fascista de perseguição a comunistas e liberais da política.

Todos sabemos que a história não está fora como escrita nas folhas das cascas mortas das árvores. A história nos confronta o tempo todo, desde o momento que se leu e repassou aquelas mensagens, quanto das vezes em que as reproduziu em conversas. Lembro de uma das coisas mais impressionantes que me ocorreu no confronto direto com a história.

Era meu terceiro ano no Rio de Janeiro. Esta imensa e indigesta cidade, com a qual não tinha grandes relações e ainda decifrava seu modo de operar. Após estágio na ainda provinciana cidade de Fortaleza, agora as dimensões eram de bordas imprecisas. Onde parar e como começar? As questões eram efetivamente transcendentais e estrangeiras para mim. Estagiava num hospital de Doenças Infecciosas e Parasitárias durante a grande epidemia de Meningite da década de 70.

No meu pequeno hospital universitário, escondíamos quadros do Partido Comunista Brasileiro, naquela altura vítimas de feroz perseguição política. Então estou de plantão, quase que solitário no Hospital. Por coincidência cuido de uma criança em estado grave, acabara de fazer-lhe uma punção para tirar líquido da sua coluna vertebral e analisar a evolução da doença, quando entrou um senhor de meia idade, carregando um chapéu pela mão e de cabeça baixa.

Esperou o fim do procedimento e timidamente se aproximou da beira do leito onde eu fazia as anotações para enviar o material biológico ao laboratório. Aproximou-se e identificou-se como pai da criança. Não me pediu por palavras, mas seus olhos suplicavam por uma palavra minha e lhe relatei o estado do filho, demonstrando otimismo. O líquor (colhido da coluna) estava mais claro e aquilo era sinal de boa evolução e o quadro neurológico não parecia apontar seqüelas.

Ele relaxou e com emoção começou a falar de seu estado quase clandestino, por isso sua dor só pudera se defrontar com o estágio da doença do filho naquela hora. Ele era policial civil, recrutado pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury para atuar na repressão à esquerda brasileira em São Paulo. Se soubesse de mim lhe seria vítima e eu era uma das salvações do seu filho o qual se recuperou muito bem e deve ter dado netos àquele pai. Não o imagino, se ainda estiver vivo, como autor daquelas mensagens, mas nada impede que o seja.

Como bem diz Maria Helena Moreira Alves no seu livro sobre a ação política da ditadura: a censura sobre a tortura impõe o silêncio; este silêncio isola os que sofrem a repressão e a exploração econômica e este isolamento impede que outros setores da sociedade viessem em socorro. Enfim, uma ação política que quebrava antropologicamente o maior esteio da cultura: a solidariedade entre as pessoas. Aquela mesma que profundamente me ligou ao drama daquela família de um policial envolvido com a repressão e a tortura.

Nunca é demais perguntar-se sobre o teu papel nestas ditas horas.

tumbalalaika spezzone prendimi l'anima roberto faenza

Déjà vu - Perfil de um amigo - Por Socorro Moreira



ASSISti "Jornada da Alma" , 
e associei o personagem central (Jung)
a um dos nossos  amigos.

Amigo com quem pouco convivi ...
Uma valsa  breve
Um sorriso terno
Amigo que nunca vejo,
mas já vi!
Ele é meu pensamento violeta
Cura-me imaginá-lo,
em qualquer parte do Planeta.
Existem pessoas assim...
Amáveis !

Babel

A notícia correu mundos. Após a queda do muro de Berlim, abriram-se fronteiras para a percepção de uma realidade bem diferente daquela que os nossos olhos ocidentalizados costumavam ver. Talvez a mais insólita história que presenciamos , depois de alguns anos, tenha sido aquela. Um padre polonês pôde enfim prestar serviços em um Hospício russo. Lá encontrou um compatriota que estava interno como louco, desde o fim da segunda guerra mundial, em meados dos anos quarenta. Sua loucura tinha sido única e exclusivamente falar apenas um dialeto do interior da Polônia, pouco conhecido e, por isso, como não o entendessem, acreditaram tratar-se de um maníaco e o enfiaram naquele frenocômio , por quase cinqüenta anos. Imaginem a angústia do nosso pseudodoido : anos a fio tentando comunicar-se com o mundo e sem encontrar quaisquer canais disponíveis. A sua solidão grávida de gestos vagos e de palavras ocas , por pouco não justificou sua estada naquela casa de horrores. Por fim deu-se o parto, desfeito o mal entendido, depois de quase meio século. Liberdade ainda que tardia !
Quantas e quantas vezes , exemplos iguais não se repetem no nosso dia-a- dia ? Claro que com nuances , temperos e aromas algo diferentes. Quantos artistas não são imolados , criticados e isolados , muitas vezes porque utilizam uma linguagem de vanguarda, como se profeticamente estivessem vivendo num futuro ainda inalcançável ? Falam ainda um idioma estranho , intradutivel para os tempos atuais. Passados anos, eis que a modernidade trará um padre polonês, pronto a libertar nosso louco para o deleite e as primícias dos novos tempos. Foi assim com Van Gogh , com Baudelaire, com Lima Barreto.Apesar de tanto se ter criticado as comunidades indígenas, vivemos ainda em tribos. Não bastassem os acentos regionais, dividimo-nos todos segundo línguas bem específicas. Os advogados, os médicos, os engenheiros e os técnicos em geral têm todos idiomas próprios , insondáveis para quem não compartilhe das suas ocas. Todos, biblicamente, aspirando aos céus, constroem sua Torre de Babel. Os jovens criam uma infinidade de dialetos : dos surfistas, dos góticos, dos skin heads , dos punks e as gírias se sucedem numa vertiginosa velocidade, a todo tempo mudam o código para que não sejam traduzidos por índios estranhos. Os velhos preservam, também, a sua língua que vai morrendo pouco a pouco, à medida que a tribo vai obedecendo ao chamado de tupã. Em pouco,há apenas um espécime neste mundo, carregando consigo a solidão de uma arara azul, aguardando pacientemente a extinção do seu dialeto, da sua memória, do seu tempo.
No fundo , somos todos um pouco como aquele louco polaco. Nosso idioma pessoal serve quase somente para que nos comuniquemos com o espelho. Ninguém nos entende neste grande hospício que é o mundo. Falamos todos linguajares diferentes, até mesmo quando o idioma é exatamente igual. Se nos entendemos nos substantivos concretos , que relevância tem isso ? A vida reside, em essência ,no abstrato . Quem consegue pôr no dicionário a dor, a angústia, a tristeza, o amor ? Como o soldado polonês, carregamos conosco a esperança de um dia se refazer o entendimento na torre de Babel. Ledo engano! A compreensão só virá, quem sabe, quando por sobre nós cair a única linguagem eterna e universal, idioma dos vales, dos campos , das cavernas e dos sentimentos : o Silêncio.

J. Flávio Vieira

"Um diastema (in) comum" -Perfil de uma amiga - Por Socorro Moreira



O que não tem profundidade
para ela  não é verdadeiro...

Mas, como ocultar,
esse brilho estelar,
que é cadente em nosso céu ?

A gente já decorou as ruas do Crato
com nossos passos de colegiais
Catando a poesia em cada esquina
e guardando num livro imaterial.

Para esta escorpiana,
que não gosta de elogios,
deixo o meu abraço amigo,
e um sorriso...
Que é a cara dela !

Alô, alô Kaika ! Cadê o show de Nonato Luiz ? Dia 20 de Novembro , em Crato?






Nonato Luiz (Lavras da Mangabeira, 1953) é um violonista brasileiro.

Raimundo Nonato de Oliveira – Nonato Luiz – é um renomado compositor e violonista cearense, dono de uma obra musical com atualmente cerca de 540 composições. Seu repertório violonístico contempla desde gêneros e estilos “universais” (valsas, minuetos, prelúdios, estudos) e estrangeiros (blues, flamenco) até os gêneros tipicamente nordestinos (baiões, xotes e frevos). Devido ao seu convívio com a música erudita, iniciado na adolescência, e sua admiração especial pela música barroca, observa-se que, além de todas as linguagens musicais citadas, muitas de suas peças guardam também fortes relações com esse universo musical. Seu primeiro álbum foi lançado em 1980 e, atualmente, sua discografia é composta por mais de 30 discos gravados. Muitos deles são autorais, onde Nonato apresenta-se como solista de suas peças. Em outros, tanto explora obras de renomados compositores, arranjando-as para o violão, quanto divide parcerias com instrumentistas ou cantores. Como concertista, possui uma carreira internacional consolidada, por apresentar-se em várias partes do mundo, principalmente pelo continente europeu, por onde excursiona todos os anos. Recepção especial ocorre em alguns países como Alemanha, França e Áustria. Neste último, apresenta-se desde 1985 no Mozarteum, sala dos grandes instrumentistas do mundo, localizada em Salzburg, terra natal de W.A. Mozart.

Nasceu no ano de 1953, em Aroeiras, um vilarejo pertencente ao município de Lavras da Mangabeira, região do Cariri, sul do estado do Ceará. Nessa localidade, em uma família de onze irmãos, se criou Raimundo Nonato de Oliveira. Seu pai, o Sr. Pedro Luiz o incentivou desde bem cedo, entre os três e quatro anos de idade, a se dedicar à música, presenteando-o com seu primeiro instrumento: o cavaquinho.

Ainda na infância em Mangabeira, Nonato manteve contato frequente com a música, tanto ouvindo rádio quanto observando os “tocadores” que apareciam por lá. Esses músicos que marcaram sua infância eram, na maioria, sanfoneiros que animavam as festas promovidas nessa localidade, num tipo de manifestação bastante típica do interior do nordeste.

Quando tinha onze anos de idade, sua família mudou-se para Fortaleza, capital do estado, lá encontrando melhores oportunidades.

Por volta dos treze anos, Nonato iniciou o estudo do violino no Conservatório Alberto Nepomuceno em Fortaleza. Lá praticou leitura e técnica do instrumento e apesar de receber orientações, ele lembra que, naquela época, já era muito intuitiva sua maneira de tocar. Desenvolveu-se rapidamente no instrumento, tanto que foi convidado pelo maestro Orlando Leite a participar da Orquestra Sinfônica Henrique Jorge. Permaneceu nela por cerca de dois anos, estudando um repertório sinfônico constituído por obras de Mozart, Beethoven, entre outros. Atuou nesta orquestra por uns dois anos até ver que o violão era o instrumento com o qual se identificava mais.

Ao se decidir pelo violão, Nonato seguiu compondo para o instrumento. Algumas de suas primeiras peças seriam gravadas anos mais tarde em seu primeiro disco Terra.

No ano de 1975, Nonato fez sua primeira viagem ao sudeste e em São Paulo ganhou o 1° Prêmio de um concurso de violonistas da extinta TV Tupi, interpretando um estudo de sua autoria.

Nesse mesmo ano, ingressou no curso de Licenciatura em Música da Universidade do Estado do Ceará. Cursou cerca de dois anos da faculdade, mas sentia que não era o que ele queria para si. O que realmente desejava era continuar compondo e poder divulgar suas músicas.

Nos anos de 1984-85, Nonato morou na França. Em 1985, realizou sua primeira turnê europeia, tocando por países como Itália, França e Áustria. Nessa primeira temporada conheceu a empresária de Pedro Soler, a austríaca Rita Armstorfer. Desde então, ela é sua empresária na Europa, e até hoje promove anualmente uma turnê, em que Nonato se apresenta por todo o continente.

Logo em seguida, retornou ao Brasil, e participou de discos e shows de diversos artistas da Música Popular Brasileira, entre eles Fagner, Nara Leão, Chico Buarque e Luiz Gonzaga.


Outra faceta que Nonato Luiz apresenta é a de compositor de canções, feitas em parceria com alguns poetas. De suas composições conhecidas temos "Quixeramobim" e "Baião de Rua" (ambas com letras de Fausto Nilo), bastante conhecidas na voz de cantores como Fagner. Em 2000, lança com o poeta carioca Abel Silva, o disco Baú de Brinquedos, no qual o poeta canta e Nonato acompanha ao violão, canções exclusivamente feitas nesta parceria.

Todo este percurso, traçado pelo violonista, projeta a imagem de um artista que alcançou seu patamar unicamente por meio de sua arte e seu carisma. Sem nenhum auxílio governamental ou da mídia “massiva”, Nonato Luiz segue carregando a bandeira da música brasileira e nordestina, ao mesmo tempo em que produz uma arte de dimensões universais.
wikipédia

CONFLITO - Marcos B. de Melo

Sentir a brisa no rosto
E não poder ver o mar
É o que sinto ao te ver
E não poder te tocar

Você bem perto de mim
Atiça a minha paixão
Mais linda flor do jardim

A quem dei meu coração

Mas, numa amarga sensação
Vejo você tão distante
Um convívio angustiante

Que me remete à solidão


Marcos Barreto de Melo

Getúlio Macêdo - Por Norma Hauer

Em 13 de novembro de 1922 nasceu, no Estado do Espírito Santo Getúlio Benício, que ficou conhecido no meio musical como o compositor GETÚLIO MACEDO.
Em 1938 veio para o Rio e 4 anos depois já se encontrava como Conselheiro da UBC (União Brasileira de Compositores)
Com um repertório predominantemente romântico, compôs boleros, samba-canção, fox, mambo, samba e rumba.
Um de seus principais parceiros foi Lourival Faissal, com quem compôs mais de vinte músicas. Entre outras, o bolero "Covarde", o mambo "A louca", o bolero "Intenção", e a marcha "Nosso Natal".

Entre seus intérpretes estão Carlos Galhardo, Emilinha Borba, Marlene, Ângela Maria, Adelaide Chiozzo e Ellen de Lima, entre outros.

Há alguns anos, o “Dia das Mães” vinha sendo comemorado, primeiro em família; depois o comércio descobriu a “galinha dos ovos de ouro” e começou a explorar a data oferecendo “presentes” para as mães. Mas faltavam músicas para comemorar a data.
Foi quando Getúlio Macedo compôs uma letra e pediu a Lourival Faissal que fizesse a música de uma valsa para essa comemoração.
E assim surgiu “Mãezinha Querida” e Carlos Galhardo foi escolhido “a dedo” para gravá-la. Isso foi em 1952. e essa valsa foi a pioneira nas homenagens às mães e que se tornou um clássico do cancioneiro popular.
. No mesmo ano, Linda Batista gravou na RCA, o samba-canção "Divórcio", feito, também, em parceria com Lourival Faissal.

Em 1953, Fafá Lemos gravou pela RCA o baião "ABC do amor", parceria com Augusto Alexandre; Gilberto Milfont gravou o samba-canção "Confissão" e Francisco Carlos o samba-canção "Primeiro amor" e o samba "A saudade eu vou levar", os três da parceria com Lourival Faissal.
No mesmo ano, Carlos Galhardo gravou a valsa "Tanta mentira" parceria com Mário Lago e Emilinha Borba e Trio Madrigal gravaram o mambo "É o maior", parceria com Bené Alexandre.

Em 1954, Orlando Melo gravou pela Odeon, de sua parceria com Lourival Faissal, a toada "A canção do Jerônimo", abertura da famosa novela de rádio "Jerônimo, o herói do sertão".
Mas a gravação de “Jerônimo” que ficou conhecida foi a de Emilinha Borba
No mesmo ano Nelson Gonçalves gravou na RCA Victor o samba-canção "Como eu previa", parceria com Lourival Faissal. Em 1955, Jorge Veiga gravou, ainda de sua parceria com Lourival Faissal o "Hino da torcida do Flamengo”.
Continuou compondo e gravando, até que em 1960 Carlos Galhardo gravou de Getulio Macedo, também de sua parceria com Lourival Faissal, o samba-canção “Presença viva do Amor”, e em 1962, ainda Carlos Galhardo gravou o bolero “Tu e Eu”, de Getulio Macedo e parceria de Irani de Oliveira.
No mesmo ano, Ellen de Lima gravou o samba-canção “Meu Amor lhe Acompanhará”, enquanto Carlos Galhardo gravou o bolero “Tu ew Eu”, ainda em parceria com Irani de Oliveira.
Foram mais de 200 composições que Getulio Macedo viu gravadas por vários intérpretes.

Parou um pouco de compor para se dedicar à Televisão, tendo atuado nas TVs Tupi, Excelsior e Globo, ficando encarregado de compor vinhetas e jingles

No momento, encontra-se afastado dessas atividades,e, segundo soube (mas não tenho certeza) retornou a seu Estado Natal, o Espírito Santo.

Norma


Perfil de uma amiga - Por Socorro Moreira



Faz tempo que a conheço
e ainda a reconheço,
na mesma " pastinha" de menina.
Corremos os mesmos medos
Os mesmos caminhos
Carregamos livros iguais
debaixo dos nossos braços
Frequentamos as mesmas salas de aula
por anos seguidos ...

Depois de algumas décadas,
o reencontro !
A genética de historiadora,
nela aflorada...
Mulher feliz e abençoada,
Deus conserve o teu destino!

Abrir as portas para o amor- Por Rosa Guerrera


Quando o amor bate a porta de um coração , não adianta fechá-la a sete chaves.

Não adianta correntes ou grilhões para proibir a sua entrada . Ele entra por uma janela semi aberta, pelo quintal , pelo telhado , sorrateiramente como uma criança bisbilhoteira que quer conhecer a todo custo os 4 cantos dos nossos sentimentos .
Quando o amor insiste em nos envolver , possui as suas artimanhas para nos conquistar .
Chega de mansinho , não insiste , não pede , e lentamente , vai acelerando as batidas do nosso coração...Aprende a cantar as canções que gostamos, faz dueto as nossas esperanças ,ignora as nossas defesas e consegue ver com os nossos olhos , as cores de horizontes sonhados .
E naquela aparentemente minúscula entrada , sementes são jogadas nos canteiros do nosso “eu’.,que uma vez germinadas vão crescendo através de mãos entrelaçadas, olhares de carinho , beijos suaves e instantes de paixão .
Não adianta tentarmos fechar a porta às chamadas do amor.
O seu grito é mais forte que o temor que a gente sente de que um dia ele nos venha fazer sofrer .
Não vale a pena fugirmos ao inevitável .
Nenhum coração é capaz de conseguir o ápice de um sonho quando pulsa sozinho .
São inúmeras as batalhas com o amor . Em muitas conseguimos as vitórias , em outras amargamos derrotas.
Sorrisos, alegrias, lágrimas, esperanças , saudades e despedidas , tudo faz parte desse sentimento , que vence os nossos medos , os nossos preconceitos, as nossas dúvidas e até as nossas possíveis decepções .
Melhor , bem melhor mesmo é abrirmos os nossos braços quando esse hóspede bater a porta do nosso coração ,e não pensar por quanto tempo ele nos fará companhia , porque como afirmou o poeta Sabino Pinho :

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem."

 por rosa guerrera

Algodão doce - por Socorro Moreira


O coração comporta muitos amores. A felicidade faz a opção de fidelidade. Num encontro amoroso de qualidade, ela é inerente. Não deixa entrar outros requerentes.
Pra que o desassossego, se o amor só deseja um tempo pro amor?
O malabarismo afetivo é tarefa circense. Por que deixar o circo pegar fogo?
Às vezes acontece...
Não por mal, nem por bem.Por acaso, talvez... Aí, se o sentimento de posse não existir, se a liberdade de amar foi conquistada, os sentimentos são lícitos e administráveis.
Melhor não deixar que a paixão cegue a razão.Deixar que ela seguisse por aí, sem destino, até se perder de sentir, ou transcender na poesia.

Ocultar emoções pode ser como dissolver um doce de algodão.
Gosto do branco, sem anilinas.Lembram nuvens, onde o rosa é possível.
Gosto do cinturão queimado, brincadeira que esconde aquilo que procuramos.
Gosto da ciranda de roda com passos cadenciados que exorciza o que nos traz comoção.

Enfim...Nem tudo tem explicação.
Chamo de ilusão o que deveras sinto.
Chamo de realidade o que não tem solução.

Noite de pensar, sem pesar; de sorrir à toa.
De dormir pra sonhar
E acordar, preocupada com o almoço
Sem o apetite apertar.

Romances morrem no ar.
Soltos, eles voam...
Aterrissam num lugar comum
Chamado lar.
Lá a paz é singular,
E a felicidade se cria, e se fomenta,
Na cumplicidade do abraço.

Abraços... .Cumprimentos humanos!
Alguns apertados
Outros mais chegados
Uns itinerantes...
Abraço é a expressão sagrada
Do corpo animal, se humanizando!

Seu Lunga - ( recebido por e-mail)



Seu Lunga estava na sua casa com sede. E manda seu sobrinho lhe trazer um pouco de leite. Daí o pobre do garoto pergunta:
- No copo, Seu Lunga?
E seu Lunga responde:
- Não. Bota no chão vem empurrando com o rodo, fi de rapariga!!!

O funcionário do banco veio avisar:
- Seu Lunga, a promissória venceu.
- Meu filho, pra mim podia ter perdido ou empatado. Não torço por nenhuma promissória.

Seu Lunga entrando em uma agropecuária.
-Tem veneno pra rato?
-Tem! Vai levar? – Pergunta o balconista.
- Não, vou trazer os ratos pra comer aqui!!! – responde seu Lunga.

Seu Lunga, no elevador (no subsolo-garagem). Alguém pergunta:
- Sobe?
Seu Lunga:
- Não, esse elevador anda de lado.


Seu Lunga vai saindo da farmácia, quando alguém pergunta:
- Tá doente, Seu Lunga?
- Quer dizer que seu fosse saindo do cemitério, eu tava morto???

Seu Lunga dava uma bela surra no filho e o menino gritava:
- Tá bom, pai! Tá bom, pai! Tá bom, pai!
- Quando tiver ruim, você me avisa, que eu paro.

O amigo de seu Lunga o cumprimenta:
- Olá, seu Lunga! Tá sumido! Por onde tem andado?
- Pelo chão, não aprendi a voar ainda…

Na década de 70, Seu Lunga chega num bar e fala pro atendente:
- Traz uma cerveja e bota o disco de Luiz Gonzaga pra eu ouvir!
- Desculpe seu Lunga, não posso botar música hoje…
- Mas por que??
- Meu avô morreu!
- E ele levou os discos, foi?

Durante a madrugada, a mulher do seu Lunga passa mal:
- Lunga! Ta me dando uma coisa..
- Receba!
- Mas é uma coisa ruim!
- Então devolva!!

O telefone toca.
Seu Lunga:
- Alô!
- Bom dia! Quem está falando?
- Você!

Seu Lunga, quando jovem, se apresentou à marinha para a entrevista:
-Você sabe nadar? Pergunta o oficial.
-Sei não senhor.
-Mas se não sabe nadar, como é que quer servir à marinha?
-Quer dizer que se eu fosse pra aeronáutica, tinha que saber voar!!

Seu Lunga, quando era motorista de ônibus urbano, um passageiro pergunta:
- Esse ônibus vai para a praia?
- Pode até ir, se você arranjar um biquíni que dê nele!

O cliente chega pra comprar um relógio na loja de seu Lunga.
- Pode tomar banho com esse relógio, seu Lunga?
- Ô corno! Isso é um relógio, não é um sabonete...
Seu Lunga viaja de ônibus e a poltrona ao seu lado está vazia.
Numa parada do percurso uma senhora entra no ônibus e chegando perto de seu Lunga pergunta:
- Senhor! Nessa cadeira tem alguém sentado?
Seu Lunga olha para o lado e resmunga:
- Se tiver, eu tô cego!


Os grandes LPs - ou - o velho Vinil


Os grandes LPs, o máximo para se ouvir música com o som perfeito, ou o vinil, como dizem hoje, recriando um saudosismo de um tempo que nem viveram. Mas eram sublimes os LPs, era sublime a música ouvida naqueles bolachões – mas também não os chamávamos bolachões, nome depreciativo, não, nós os respeitávamos. É bonito agora ver renascer esse respeito – pela música mais encorpada, mais autêntica. Hoje são quase infinitas as maneiras de se reproduzir uma música, mas, porque infinitas, também artificiais.

Talvez muita gente discorde desse julgamento, quem sou eu? Deem uma olhada neste blog – clique no nome: EXTINÇÃO – para conferir. Extinção! Antes que acabe. LPs do mundo inteiro – de graça! Basta pagar o frete e uma pequena contribuição para se manter esse que se autodenomina Museu do Futuro. É uma graça! Nada é de graça neste mundo, mas vale a pena conhecer. Talvez você goste. Talvez você goste pelo menos de conhecer.


U.K. PUNK ROCK: RESISTANCE 77

BANDA PUNK INGLESA FORMADA EM 1979,
BELÍSSIMO DISCO EM PERFEITO ESTADO DE CONSERVAÇÃO!





A Momentary Lapse of Reason foi o primeiro álbum da banda Pink Floyd após o abandono de Roger Waters em 1985. Com os singles "Learning to Fly" e "On the Turning Away", chegou a Nº 3 de vendas, tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos.