Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sonhos possíveis, sonhos bons - Emerson Monteiro


Quando veremos o mundo de olhos abertos aos bons sentimentos que passeiam faceiros nas trilhas molhadas de impactos, os quais que apenas nós indivíduos um dia conheceremos de água na boca. Viver com prazer os momentos uniformes da harmonia sem culpa ou ressentimentos, e acatar as decisões do destino de espírito desarmado; aquiescer, nos gestos imprevistos das marés, as tais criaturas obedientes a um Criador que move as parelhas dos cavalos à frente do Sol, nas charretes aceleradas das horas incansáveis, dentro da natureza mãe dadivosa. Aceitar, enfim, os balanços dos barcos enquanto o rio segue nas suas águas impetuosas, filhas equilibradas da feliz companhia dos outros irmãos, no bojo de naves luminosas que afeitas riscam os céus, nas madrugadas frias.
Porquanto pretendam discordar, os protagonistas do drama questionam os roteiros apresentados dos operários na peça. Erguem assustadas vozes de protesto, perante, no entanto, o desfilar das conveniências mais pessoais. Reclamam de barriga cheia, às vezes de mágoa, de fastio, ou pressa, mas reclamam de barriga cheia disso tão só. Levantam os braços num sinal de descaso face as contradições aparentes do sistema que eles, nós, vós, mesmos criaram nos instantes de dúvidas atrozes, no fingimento da espécie insatisfeita com o itinerário do vôo em velocidades extremas. Querem, a qualquer preço, impor condições aos limites imprevistos, desde o começo, postulando propósitos de causas iniciais perdidas, alarmistas repórteres policiais.
Andar nesse ritmo alimenta de pânico o gosto de tantos que a visão conturbada mistura, entre o desejo e o desespero, impetuosa estupidez de eras atrozes. Marcam, assim, aonde querem chegar multidões famintas, caravanas sequiosas de empedernidos seres, afoitos pássaros noctívagos.
Todavia acontecem os quadros seguintes e o palco estremece no pulo dos atores, impulsos febris de cores e formas, providências inevitáveis que persistem ao infinito da fé, em corredores escuros dos paranóicos filmes, até surgir para sempre. Valentes cavaleiros calmos tangem os seus rebanhos pacíficos nas caladas da noite, forças operantes apesar das dores que invadiram o instinto explosivo de todas as pessoas, fase de crescimento que atravessam de águas no peito.
Vislumbrar, pois, novos meios de construir as igrejas dos corações impacientes significa mistérios, doces aspectos das provas do período nefasto que lá abandonou suas vítimas aos portões da alvorada em festa que já se aproximava, e morrem nas praias, o que representa a correta imagem do que quiseram dizer os livros fechados nas bancas.

Qual a idade que vocês me dão? – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Semana Santa de um ano muito bom de inverno. As chuvas caiam copiosamente tornando fértil o solo antes esturricado pela inclemência da seca. A fartura reinava naquele sertão, agora renascido. A paisagem de longe lembrava esse nosso Nordeste tão escaldante. A jovem médica Marília Cruz, da Secretária Estadual de Saúde, convidara um grupo de colegas médicos, todos eles professores da Faculdade de Medicina, para passar os feriados em sua fazenda. Todos os convidados aceitaram aquela oportunidade de um excelente repouso e compareceram acompanhados das respectivas famílias.

Quinta-feira Santa, após o almoço, os convidados repousavam no alpendre em redes ricamente bordadas. De longe, a doutora Marília avistou um vulto, alguém, ainda não identificado se movendo entre a mata verde do baixio. Aos poucos a silhueta ganhava contornos definidos e ela então identificou o seu querido tio Diógenes. Não obstante a idade avançada, ele cavalgava firme sobre o dorso de seu alazão marchando a passos largos em direção à casa grande. A sobrinha nada disse sobre a idade do tio, esperando ver a provocação que ele poderia fazer aos médicos.

Ao chegar, cumprimentou a sobrinha e seu marido, um conhecido deputado estadual, saudou o grupo de doutores, sentou-se no para-peito do alpendre e começou a conversar com os médicos. A principio a palestra versou sobre o bom inverno e a fartura que ele representava para o sertão.

Depois de aproximadamente meia hora, o tio Diógenes conduzia a conversa para o rumo que desejava. Os médicos se deliciavam com a palestra do sertanejo, cheia de sabedoria aprendida com os mais antigos, linguajar um tanto quanto arcaico, herdado dos antepassados, herança de um tempo colonial. A certa altura da conversação o tio Diógenes perguntou:
– Doutores, qual a idade que vocês me dão?
– Oitenta anos – responderam uns.
– Setenta e cinco anos – diziam outros.
Depois de muitos palpites, todos eles errados, o velho Diógenes falou com a sinceridade própria do nosso sertanejo:
– Senhores doutores, vocês precisam estudar mais! Eu tenho 98 anos e ainda trabalha na roça!
Diante da admiração geral, o velho emendou outra pergunta:
– Agora doutores, eu quero que vocês me expliquem por que é que uns morrem tão cedo e outros vivem tanto, assim como eu?
– É por causa de uma vida saudável aqui no campo. Alimentação regrada, sem preocupações. O senhor naturalmente dorme cedo, acorda cedo, nunca bebeu e nem fumou! – exclamaram os médicos a uma só voz.
– Num já falei que vocês precisam voltar à escola? Vão estudar mais! Eu só me alimento de comida forte, buchada, sarapatel, panelada, rabada e mucunzá com torresmo. Fui o maior farrista dessa ribeira. Era o maior namorador que por aqui existia. Bebia e ainda hoje eu bebo e fumo e, não dispenso um bom forró todo fim de semana!
Com essa resposta, os médicos concluíram que o tio Diógenes era uma rara exceção à regra, além de um mau exemplo para se alcançar a longevidade.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo
Nota do autor: Esse fato aconteceu e me foi contado pela sobrinha do sertanejo. As identidades dos personagens são fictícias.

Cruzamento perigoso







AS VACAS

As vacas pastam a tarde
à beira do canavial.
Nuvens brancas, céu azul.


PLACA

A placa amarela
CRUZAMENTO PERIGOSO
e um cachorro morto.


RESINA

O tronco cortado
da velha árvore doente
e o ouro da resina.


O VENTO LEVA

No tronco cortado
a imagem de um coração
e a serragem ao vento.


O NINHO

O pequeno ninho
e a dança do beija-flor
ao vento da tarde.


O HIBISCO

O hibisco vermelho
entre as folhas verdes
que a lagarta rói.


A PALMEIRA

A palmeira verde
no pasto à beira do mato
e as flores azuis.


O QUERO-QUERO

A flor amarela
e a marcha do quero-quero
à beira do lago.


JANEIRO

Céu de janeiro.
As nuvens cobrem
todas as estrelas.


O ESTRANGEIRO

Sou um estranho no espelho.
E as nuvens passam
sob o sol que fica.

AGRADEÇO AO ARMANDO RAFAEL

Pedro Esmeraldo

Armando, precisei de você por vários meses quando necessitava de seu apoio a fim de colocar minhas crônicas no blog do Crato. Não tenho palavras para expressar meus agradecimentos, mas, mesmo assim, apetece ser-lhe grato pelo apoio recebido, ansiando em continuar ao seu lado, lutando pela terrinha, quando for necessário.

Fiquei magoado pelas grosserias de alguém, vez que me atingiu em cheio, deixando-me acabrunhado espiritualmente. Não posso esquecer esses gestos rudes cometidos por pessoas inconvenientes que fazem em minha mente grande mancha, visto que esses algozes têm por objetivo macular a minha consciência.

Só anseio ardentemente lutar junto a todas as pessoas que tenham amor à cidade do Crato, ambicionando vê-la crescer vertiginosamente, criando geração de emprego e renda, adquirindo vida própria, sem ser submissa a nenhum outro município que fica ao seu redor.

Tenho o pensamento de que certos políticos não defendem bem o que é o regime democrático, que permanecem nos moldes dos tempos da ditadura militar, onde não se aceitava oposição e tinha como meta ofuscar as liberdades dos cidadãos que os acompanhavam com críticas construtivas às pessoas que permaneciam a seu entorno.

Digo com sinceridade, o Crato perdeu espaço com a política desses seus administradores que não olham o Crato de amanhã; fogem do contorno ético-administrativo, pensando eles que o mundo lhes pertence. Pensam que tem o direito de governar sozinhos, como lhes agradam, rodeados de bajuladores, formando um bloco só, o que podemos denominar de tropa de choque. Têm o prazer de mandar o sarrafo nos seus adversários, pois esses políticos sádicos não aceitam tecnologia e andam navegando à toa nas águas pútridas do Rio Grangeiro.

Seus adversários não têm o direito de pronunciar nenhuma palavra e viram às costas para qualquer cidadão que queira investir no Crato.

Por isso, combato esses políticos sem parar, contemplando o porvir, fugindo da ociosidade, sem ambicionar recursos financeiros ou materiais, mas luto pelo crescimento da cidade.

A maioria desses políticos só tem ambição quando lutam em causa própria. Não trabalham, não lutam e só têm interesse de contemplar os algozes que lhes prestam serviços.

Ninguém suporta mais essa situação. Já está na hora de cessar com isso, é preciso acordar com mais empenho e desenvolver o Crato, tornando-o a grande metrópole de antigamente.

Afastem-se dessa tristeza imensa, dediquem-se aos problemas com mais esmero, vão em frente, sejam conscientes e empurrem o Crato para o caminho do crescimento.

Pelo amor de Deus, acabem com as briguinhas costumeiras, sigam em frente que, com toda certeza, o Crato de amanhã será grato pelo seu serviço.

Crato-CE, 05/01/2011

PASSEIO NA NATUREZA - Por Edilma Rocha

Depois de um dia chuvoso
o sol brilha
enchendo de luz
as flores do meu jardim.
Com magia
ilumina cada ramo,
cada botão,
 cada flor.
Chego de mansinho,
e penetro meu olhar
por entre cores
e formas perfeitas.
Labirinto infindável da Natureza.
Capto uma imagem
e registro assim.
Mergulho no infinito
dos verdes e vermelhos,
tal qual manuseio
minha palheta de pintura.
Viajo nas formas
como se fosse apenas
uma pequena formiguinha
no seu mundo habitual.
Encontro aqui e ali
algumas gotas dágua
em conchas
oferecidas por mais
um milagre da natureza.

Como anda sua mente ??? - José Nilton Mariano Saraiva

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. SOHW DE BLOA.

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Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

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E aí, preguiçoso, conseguiu traduzir/decifrar ??? Precisa de uma ajudazinha ??? Tá legal. Veja aí embaixo:

"Este pequeno texto serve apenas para mostrar como nosso cabeça consegue fazer coisas impressionantes! Repare nisso! No começo estava muito complicado, mas nesta linha sua mente vai decifrando o código quase automaticamente, sem precisar pensar muito, certo ? Pode ficar bem orgulhoso disso ! Sua capacidade merece ! Parabéns !"

Autoria: desconhecida

palavras

a cor do seu coração
colore o dia de claro
com essa luz luxuriante
e acorda os segredos
que formam a beleza

que peso tem a poesia
e o que pede o poeta
ao imponderável
quando escreve um poema
a uma jovem chamada carmem?
que o medo não se meta
entre os olhos de quem espera...

mas como haver coragem nos desanimados?


Amenidades... - José Nilton Mariano Saraiva

AÍ A BRIGA COMEÇOU...

01) Minha esposa estava dando dicas sobre o que ela queria para seu aniversário que estava próximo. Ela disse: - Quero algo que vá de 0 a 100, em cerca de 3 segundos. Eu comprei uma balança para ela.
Aí a briga começou...
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02) Minha mulher estava nua, se olhando no espelho do quarto de dormir. Ela não está feliz com o que vê e diz: - Sinto-me horrível; pareço velha, gorda e feia. Eu, realmente, preciso de um elogio seu. Eu lhe disse: Sua visão está ótima!
Aí a briga começou...
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03) Minha esposa sentou-se no sofá junto a mim, enquanto eu acionava o controle remoto da TV, à procura de algo interessante. Ela perguntou: - O que tem na TV?
Eu disse: - Poeira.
Aí a briga começou...
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04) Quando cheguei em casa ontem à noite, minha esposa exigiu que a levasse a algum lugar caro. Então eu a levei ao posto de gasolina.
Aí a briga começou...
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05) Depois de aposentar-me, fui até o INSS para poder receber meu benefício. A mulher que me atendeu solicitou minha identidade para verificar minha idade. Chequei meus bolsos e percebi que a tinha deixado em casa. Disse à mulher que lamentava, mas teria que ir até minha casa e voltar depois. A mulher disse: - Desabotoe sua camisa. Então, desabotoei minha camisa deixando exposto meus pêlos crespos prateados. -Estes pêlos prateados no seu peito são prova suficiente para mim, disse ela. E processou meu benefício. Quando cheguei em casa, contei entusiasmado o que ocorrera para minha esposa. Ela disse: - Por que você não abaixou as calças? Você poderia ter conseguido “auxilio-invalidez” também...
Aí a briga começou...
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06) Voltei do médico após uma consulta e minha esposa toda preocupada, pergunta-me: -E então, o que o médico lhe disse? De pronto, eu respondi: - A partir de hoje, não faremos mais amor, estou proibido de comer qualquer coisa gorda.
Aí a briga começou...
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QUEM SOU EU ???

Nesta altura da vida já não sei mais quem sou. Vejam só que dilema!!!
Na ficha da loja, sou CLIENTE, no restaurante, FREGUÊS, quando alugo uma casa, INQUILINO, na condução, PASSAGEIRO, nos correios, REMETENTE, no supermercado, CONSUMIDOR.
Para a Receita Federal, CONTRIBUINTE, se vendo algo importado, CONTRABANDISTA, se revendo algo legalmente, MUAMBEIRO. Se o carnê tá com o prazo vencido, INADIMPLENTE, se não pago imposto, SONEGADOR. Para votar, ELEITOR, mas em comícios, MASSA. Em viagens, TURISTA , na rua caminhando, PEDESTRE. Se sou atropelado, ACIDENTADO, no hospital, PACIENTE, nos jornais, viro VÍTIMA. Se compro um livro, LEITOR, se ouço rádio, OUVINTE, para o Ibope, ESPECTADOR, para o apresentador de televisão, TELESPECTADOR. No campo de futebol, TORCEDOR, se sou flamenguista, SOFREDOR. Se trabalho na Chesf, COLABORADOR.
Quando morrer, uns dirão, FINADO, outros, DEFUNTO, para outros, EXTINTO, para o povão, PRESUNTO. Em certos círculos espiritualistas serei, DESENCARNADO, já os evangélicos dirão que fui, ARREBATADO.
E o pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL !!!
E pensar que um dia já fui EU.

Autoria: desconhecida

Curtas - XIX - Aloísio

O meu coração

Diz para

Outro coração

Responde

Não para não

Filosofia Urbana: O Medo do que somos-Por Wilson Bernardo

O nascimento se propõem a fertilidade do que
Se dejecta como seres inuteis...O bem maior
da vida estará sempre nos fatos!
UMA RELATIVIDADE...

Albert Einstein
-Não!
Acabou de sair.
Wilson Bernardo(Poema & Fotografia)