Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cais - Paulo Viana


Submerso no esplendor da vida
Dessa ilusão de dores tão reais
Vou navegando em busca de um cais
Em rota cega e desconhecida
Mas a esperança não está perdida
E nem o estímulo para navegar
Mesmo que nunca possa encontrar
Um porto firme para meu navio
Fico à deriva como um desafio
De ter um sonho pra realizar
Paulo Viana

PACIÊNCIA...


Paciência 

- Claude Bloc - 


 Exercitar a paciência não é uma truque nem uma fórmula mágica. A paciência é nossa hóspede e é inerente à nossa natureza, ao nosso caráter – ou a temos ou não a temos.  Ter paciência é tolerar - sobretudo isso - e acaba sendo uma prática simples, bonita, límpida, eficaz, quando não nos deixamos invadir pelas palavras que nos ferem ou nos magoam. 


Na verdade, a paciência é um exercício da virtude cristã, são asas que nos permitem voar acima de sentimentos negativos que tentam se impregnar em nossos pensamentos. É o esforço de calar em nós um gesto inadequado. É guardar o silêncio numa prática voluntária e abster-se das ebulições da impaciência.


Ter paciência é o esforço de escutar o outro sem que se apague o sorriso, pois paciência é amor.

Claude Bloc 



Um Cariri cinzento - Emerson Monteiro


Neste término de mês, novembro de 2011, após madrugada chuvosa, manhã mostra cara cinza qual quem quer inverno a tornear as encostas lá de longe no horizonte azul balançando orvalhos luminosos nas cercas e folhas de árvores e arbustos. Espécie de paisagem própria para refletir movimentações do lado de fora, os dramas financeiros, as bolsas em constante oscilação que sujeitam envolver gentes e bichos nos motivos eletrônicos do tempo, e querendo ou descontente com o clima que espreme sentimento nas perguntas sem resposta, roupas mofadas no fundo da alma sem jeito de olhar a neblina brejeira de qualquer direção.

Repassassem dizeres dos jornais, achariam nisso um futebol que mexeu com as pessoas que buscaram futebol no final de semana, e alimentavam sonhos de sucesso no esporte coletivo em nosso Cariri. As notas, no entanto, pelos cantos perdidos de páginas apressadas, falavam solteiras que dormiram cedo na solidão a dois das multidões alvoroçadas no estádio. E horas do expediente ganharam só dinheiro de sobrevivência na educação dos filhos, bilhetes de loteria, folhas de pagamento, impostos e taxas, esforçados nas horas do expediente do pão, suor, rosto, etc.

Ando pouco mais e encontro as histórias dos valores nas questões políticas estrangeiras, parlamentos convulsos, praças cheias, câmbios de países europeus atolados nas dívidas ilusórias... O desejo antigo de falar nas flores que iluminam casas e pessoas, belezas de gerações ensaiando gritos de vitória travados no ar. Jovens, ruas e monumentos perto das férias dos oceanos agitados... Alegres janelas iluminadas... Vozes cheias de possibilidades nascidas em forma de viver feliz da multidão de chances, no Céu daqui da Terra.

Bom, isso de admitir clima novo de inverno, corações e presentes... Crer nas letras e nos vocábulos que falam de transformação, e animar o mundo pelas folhas arrancadas dos sempre calendários mil que viajam na eterna Felicidade.

A PRIMEIRA IMPRESSÃO FICOU PARA SEMPRE - Por Edilma Rocha


Em 8 de dezembro de 1859, seguindo a estrada de Juazeiro até o Crato chega ao Cariri a Comissão Científica do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, vinda do Rio de Janeiro.

Aos poucos o cenário do sertão foi ficando mágico com as vegetações que ladeavam o caminho estreito; Do lado direito por onde passava o rio, verdes plantações de cana de açúcar com seus pendões prateados que tremiam ao vento; Muitos engenhos surgiam enfileirados com suas chaminés que bordavam o céu azul de branco numa fantasia de fumaça feito imaginação de criança, sem deixar de sentir o delicioso aroma das fornadas de rapadura.

Quando chegaram ao alto do morro, avistaram o mais belo panorama feito as aquarelas de José Reis de Carvalho, nos matizes dos verdes das matas e vermelhos dos torrões. Era a Chapada do Araripe que cobria de sombra a pequena cidade do Crato se destacando a torre da Igreja Matriz e alguns casarios caiados de branco.

Depois de percorrerem por tantos meses lugares secos do sertão, aquela visão deslumbrante do Oásis do Cariri era por demais agradável aos olhos e também ao respirar puro dos pulmões. O monte Araripe na sua formação plana e até nivelada, era coberto de uma vegetação exuberante e nos seus lados desciam flancos corroídos pelos jorros de águas puras abençoando o vasto torrão vermelho. Essas águas eram responsáveis pela fertilidade da bacia do Crato recobertas por um rico verde das suas plantações. Os terrenos sombreados, guardavam o frescor que descia da Chapada na garoa fina do inverno, um clima previlegiado para os poucos moradores do lugar.

Ao descerem o morro vagarosamente, avistaram pequenos grupos de pessoas bem vestidas que mais pareciam as damas e os cavalheiros da Corte do Rio de Janeiro, sentiram-se aliviados. Certamente se encaminhavam em direção ao toque do sino da Igreja da Matriz.

A cidade ficava em terreno baixo e plano, mas com 3 morros; o Barro Vermelho ao nascente; o Alto da Miséria a Noroeste; o Alto do Granjeiro a sudoeste; e ao poente o Araripe distante algumas léguas dali.
Percorreram ruas paralelas e largas, a Rua Grande, a Rua do Fogo, a Rua da Vala, a Rua da Boa Vista e a Rua das Laranjeiras, além de algumas travessas e becos. A praça da Matriz era triangular e rodeada de alguns casarões de tijolos e cobertas por telhas,e nos morros casas de taipa e coberta por palhas. Alguns sobrados, e entre eles o do Tenente Coronel Antônio Luiz Alves Pequeno, na Rua do Fogo onde se hospedaram.

Passaram 4 meses na cidade do Crato bebendo  a boa água das nascentes, fazendo passeios nos sítios e no alto da Serra. Encontraram criações de porcos, perus, galinhas e patos. Ficaram surpresos que os bois serviam de bestas para carga e que eram governados pelo nariz. Viram pequenas criações de cabras e carneiros. Encontraram pequenas industrias de panos de algodão na confecção de redes brancas e coloridas que enfeitavam as varandas das casas e serviam para a dormida.

Se deliciaram com doce de goiaba, banana, manga, leite, buriti e excelentes geléias. Se encantaram com os engenhos de cana de açúcar no seu manuseio e nas suas produções de rapaduras, alfenins e a forte cachaça dos alambiques. As frutas de variedades exelentes como: atas, bananas, melões, melancias, araçás e cocoda praia. Do pequi descobriram o cheiro forte e que se comia salgado dando um bom azeite e excelente tempero para o arroz. Fruto apreciado pela gente do lugar e que alimentava a classe pobre pela sua abundância. Entre as novidades do lugar estavam a macaúba, araticum. maracujá-suspiro, jenipapo, murici, buriti, babaçu e catolé.

O Crato rico por suas nascentes de águas perenes recebia muitos imigrantes ao Sul do Ceará que fugiam da seca e com isso aumentava  a sua população, comércio e agricultura na produção de arroz, feijão, milho, café, algodão e principalmente a cana de açucar.

Os visitantes foram muito bem recebidos e se encantaram com a hospitalidade e a simplicidade dos doutores que destnavam dos Coronéis dos engenhos. E contaram com a companhia do jornalista João Brígido e Gonçalves Dias.

A muralha da Serra do Araripe, as águas minando nas encostas, os brejos, os canaviais, os rios e levadas e as ladeiras cobertas pelas matas verdes sob o cantar doa pássaros, tornou a estadia no Crato momentos maravilhosos. O registro desse cenário aqui descrito ficou registrado na aquarela pintada por José Reis de Carvalho datada de 1860 que se encontra no Museu de Arte Vicente Leite como uma prova do encanto pelo lugar e da hospitalidade do povo da nossa terra que encanta a todos que nos visita.

Edilma Rocha

Fonte - João Brígido, J. de Figueiredo e  Waldemar Arraes de Farias 

Pensamento para o Dia 30/11/2011


“O que existe é apenas aquele que percebe tanto o sonho como o estado de vigília - o "Eu". Conheçam tal "Eu" e reconheçam que "Eu" é o mesmo que "Ele" (Deus). Você pode saber isso apenas por intensa disciplina espiritual, que não é maculada por raiva, inveja e ganância - os vícios que brotam do ego. Você deve observar cuidadosamente e controlar esses vícios. Quando você fica com raiva, você age como se estivesse possuído por um espírito do mal; seu rosto torna-se feio e assustador. Como a lâmpada vermelha piscando quando o perigo se aproxima, os olhos e o rosto ficam vermelhos e agem como um aviso para você. Preste atenção a esse sinal e silenciosamente fuja para um lugar solitário. Não dê vazão livre a palavras maliciosas. Uma vez que você cresce em sabedoria, o ego irá naturalmente cair. Portanto, desenvolva sabedoria e diferencie a natureza efêmera de todas as coisas objetivas. Então, o ego terá uma morte natural no campo do seu coração e você alcançará a salvação.”
Sathya Sai Baba

Romantik und das ewige Selbst*

O Romantismo por excelência (Clássico) entende-se do movimento ocorrido na Alemanha na metade do século XVIII, onde a idéia ‘contra a crença iluminista do império darazão e do progresso’ é substituída pelo conceito da razão subjetiva (metafísica). Onde o olhar sobre o homem é voltado para si, isto é, para a razão de seus sentimentos. Pois o Romantismo alemão teria sido o único dos movimentos que fora capaz de assumir-se como filosofia de vida, garantindo assim seu destaque diante dos demais movimentos românticos.

O filosofo francês Rousseau, a partir das publicações de seus livros: Confissões e Os Devaneios do Caminhante Solitário, ele contrapunha toda a realidade racional da época do Iluminismo. Investigou de forma subjetiva, uma perspectiva antes abandonada por variados filósofos, à concentração e apuração do Eu.

A natureza (entende-se por razão dos sentimentos) era o ponto de partida para a fortificação do movimento romancista alemão. Acreditava Rousseau, que ao voltar-se para si, o homem construiria a sua base de conhecimento de sua realidade intrínseca perante o mundo exterior e seus conflitos:

‘Deixei, pois, de lado a razão, e consultei a natureza, isto é, o sentimento interior, que se dirige a minha crença, independentemente da razão. ’ (GUINSBURG. J, p.80, O Romantismo (.) ROUSSEAU, Carta de 1758 a Vernes)

Sendo assim o sentimento se constituiria como a razão do individuo. Já que esta necessitaria primeiramente do sentimento para existir, ou seja, é preciso o homem sentir primeiramente para depois racionalizar. Acreditando assim que o desenvolvimento do homem se daria a partir do conhecimento interior.

O grande dilema do Romantismo seria as idéias filosóficas de Johan Gottlieb Fichte, no livro intitulado, Fundamentos de toda Teoria da Ciência. Onde a explicação para a realidade tinha um viés metafísico, não podendo ser considerado um fato estático, mas dinâmico capaz de induzir o individuo a uma ação concreta. O que Fichte denominava de ‘Eu, uma autoconsciência pura. ’

Este Eu se tratava, da pura subjetividade do homem, em especial da época romântica. Considerado como divino, infinito e absoluto, já que partia da pura criação interior sem influências extramentais. Ele acreditava que a realidade de cada ser era singular e individual.

O que nos permite dizer que se tratava de um princípio, no qual permitia compreender a realidade do eu (intrínseca) ao do mundo (exterior) a partir do esforço de conhecer a si mesmo internamente.

*O romantismo e o seu eu eterno
http://cronicascp.blogspot.com
Texto produzido pelo estudante do 5º período de Letras da Universidade de Pernambuco, Wagner Bezerra Pontes

Coroa do Advento foi colocada na Catedral de Crato

Já  foi colocada –  ao lado da mesa litúrgica da Catedral de Nossa Senhora da Penha, de Crato –  a Coroa do Advento.
Trata-se de um círculo feito de ramos verdes, onde se coloca uma fita vermelha longa que, ao mesmo tempo enfeita e mantém presos à haste circular os ramos.
Quatro velas de cores variadas completam uma bela guirlanda que, nos países cristãos, orna e marca há séculos a época do advento. A esta guirlanda dá-se o nome de Coroa do Advento.


Origem
A Coroa de Advento tem sua origem na Europa. No inverno, seus ainda bárbaros habitantes acendiam algumas velas que representavam a luz do Sol. Assim, eles afirmavam a esperança que tinham de que a luz e o calor do astro-rei voltaria a brilhar sobre eles e aquecê-los. Com o desejo de evangelizar aquelas almas, os primeiros missionários católicos que lá chegaram quiseram, a partir dos costumes dos da terra, ensinar-lhes a Fé e conduzi-los para Jesus Cristo. Foi assim que, criaram a "coroa do advento", carregada de símbolos, ensinamentos e lições de vida.


Por que a forma circular da guirlanda?

Porque o círculo não tem princípio, nem fim. É interpretado como sinal do amor de Deus que é eterno: sem princípio e sem fim. O círculo simboliza também o amor do homem a Deus e ao próximo que nunca deve chegar ao fim, se acabar. O círculo ainda traz a ideia de um "elo de união" que liga Deus e as pessoas, como uma grande "Aliança".

Ramos verdes

Verde é a cor que representa a esperança, a vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida terrena. Os ramos verdes lembram as bênçãos que sobre os homens foram derramadas por Nosso Senhor Jesus Cristo, em sua primeira vinda entre nós e que, agora, com uma esperança renovada, aguardamos a sua consumação, na segunda e definitiva volta dEle.

Quatro velas

O advento tem quatro semanas, cada vela colocada na coroa simboliza uma dessas quatro semanas. No início a Coroa está sem luz, sem brilho, sem vida: ela lembra a experiência de escuridão do pecado.
À medida em que vamos nos aproximando do natal, a cada semana do Advento, uma nova vela vai sendo acesa, representando cada uma delas uma aproximação mais iminente da chegada até nós daquele que é a luz desse mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é quem dissipa toda escuridão, é quem traz aos nossos corações a reconciliação tão esperada entre nós e Deus e, por amor a Ele, a "paz na Terra entre os homens de boa vontade".
Com esse tempo de preparação, quer a Igreja ensinar-nos que a vida neste vale de lágrimas é um imenso advento e, se vivermos bem, isto é, de acordo com a Lei de Deus, Jesus Cristo será nossa recompensa e nos reservará no Céu um belo lugar, como está escrito: "Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam" (1Cor 2, 9). (JSG)
                                                                                                                                              

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Aumento do diabetes - Emerson Monteiro

Segundo a Federação Internacional do Diabetes, uma organização guarda-chuva com mais de 200 associações de diabetes em torno de 160 países, o número de pessoas acometidas por essa doença irá crescer dos 366 milhões atuais para 552 milhões até o ano de 2030, isto apenas no período desses próximos 19 anos.

Nas Américas Central e do Sul, existem 25 milhões de pessoas acometidas pelo mal. Em face da urbanização e da mudança na idade da população, os números aumentarão em cerca de 60% até 2030. O Brasil dispõe da maior incidência, com 12,4 milhões de diabéticos, seguindo-se Colômbia, Venezuela e Argentina.

O problema clínico ora considerado se relaciona à insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas para o transporte de glicose, por via sanguínea, até os tecidos do corpo humano. O excesso de açúcar no sangue é uma condição crônica, enquanto a produção deficiente de insulina, ou uma resistência excessiva à sua ação, ocasiona níveis elevados de glicose no sangue.

Dois tipos principais do diabetes ocupam o terrível escore. O tipo 1, de início prematuro, vinculado a problemas na produção de insulina; e o tipo 2, com início mais tardio e relacionado com fraca resposta do organismo à insulina.Dado importante nisso tudo: Medidas simples, como alimentação balanceada e atividades físicas previnem o diabetes tipo 2. O diabetes também pode ser ocasionado por carência de insulina, pela resistência a esse hormônio ou por ambas as razões.

O diabetes tipo 2, tipo mais comum da afecção, compreende a maioria dos casos. Ocorre geralmente em adultos, mas cada vez mais os jovens vêm sendo diagnosticados da doença. O pâncreas não produz a insulina suficiente para manter normais os níveis de glicose no sangue, de comum porque o corpo não responde bem à insulina. Muitas pessoas não sabem que estejam acometidos do diabetes tipo 2, mesmo sendo doença grave. Nisto, o tipo 2 do diabetes está se tornando corriqueiro devido o aumento de casos de obesidade e de ausência da prática de exercícios físicos.

Em face da gravidade deste assunto, aqui relacionei alguns itens médicos divulgados pela mídia, no propósito de avisar dos riscos severos das alimentações improvisadas e fora de controle, sobretudo quanto ao uso excessivo do açúcar e outros elementos portadores de glicose adotados indiscriminadamente nos dias de hoje.

FELICIDADES PARA UMA FADA...


Abraço do CARIRICATURAS

domingo, 27 de novembro de 2011

A espada de Simón Bolívar -- por Marcelo Siqueira

Segundo o jornal El Universo (19/10/2011), em 16 julho de 2010, o ditador da Venezuela, Hugo Chaves,  fez uma cerimônia de exumação do revolucionário Simón Bolívar. Tempos depois começou a perambular com a espada do personagem pelo mundo todo. Aonde Chávez ia levava a espada e a mostrava aos presidentes dos países visitados. Por estranha maldição, esta espada está começou a trazer azar para quem pegava nela…
O primeiro a tocar na dita espada por o então presidente da Líbia, Muhamar Kadaf (foto ao lado). Deu no que deu...

Ela foi entregue, por exemplo, a Fidel Castro e pouco tempo depois o ditador cubano estava fora do poder, vítima de doença até agora nunca detalhada. Nestor Kirchner, da Argentina,  foi outro agraciado para pegar na espada e já bateu as botas. Outros presidentes que afagaram a espada de Simón Bolívar: o  paraguaio, Fernando Lugo teve câncer. E o africano Mugabe também.

O próprio Chaves, que começou essa história toda, está apelando agora  para a “medicina” de Cuba nos tratamento de quimioterapia. A mídia já notícia que o tratamento dele na ilha-prisão não surtiu o efeito esperado.

E agora até nosso ex-presidente Lula, outro que pegou na espada,  está em tratamento de um câncer na laringe!

Depois que Chaves fez a cerimônia ocultista e passou a oferecer a tal espada para os líderes mundiais o feitiço está retornando contra os “feiticeiros”.

sábado, 26 de novembro de 2011

AGENDA CULTURAL - Grande Show Musical com Diversos Artistas na Praça da Sé, neste Domingo

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Um ótimo programa para o seu domingo com a família.

Diversos artistas do Cariri estarão se apresentando em um grande show musical na Praça da Sé, em Crato.

O Encerramento da Terceira Guerrilha do Ato Dramático Caririense será feita com muita música de qualidade. Após mais de 15 dias de apresentações de peças teatrais, neste domingo ( 27 ), sob a coordenação do maestro Lifanco, diversos artistas caririenses se apresentarão na Praça da Sé num show dedicado à PAZ.

Dihelson Mendonça e Abidoral Jamacaru estão entre os artistas convidados


O evento tem início às 20:00 e conta com a presença de artistas renomados e de novos talentos do cariri. Nomes como Abidoral Jamacaru, Dihelson Mendonça, Lifanco, Fatinha Gomes, Elisa Moura, Élida Germano, Mônica Moreira, Samara, Grupo Liberdade e Raiz, Grupo Profissionais Liberais, Coral da ponta da serra e Abel Silva, e muitos outros estarão se apresentando, cantando e tocando juntos, numa verdadeira confraternização musical com a participação do público.

SAIBA MAIS

A Terceira Guerrilha do Ato Dramático Caririense é um evento anual coordenado pelo dramaturgo Cacá Araújo, e se constitui na principal e mais legítima vitrine das artes cênicas produzidas no Cariri cearense. O evento é resultante de construção cotidiana que envolve companhias e grupos de teatro, dança, circo e música, movidos pela necessidade de afirmação, respeito, inclusão, valorização e desenvolvimento, em que se destaca a dramaturgia e a encenação caririenses como fortes e significativos elementos identitários do povo nordestino e brasileiro.

O evento tem apoio do BNB, BNDES e Prefeitura Municipal do Crato, e simboliza o esforço em fomentar oportunidades de crescimento profissional, geração de renda e difusão dos símbolos culturais que identificam o povo e sua história.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sintomas de saudade - Marisa Monte

"Ainda Bem" Marisa Monte - Clipe Oficial

Um belo clip - uma linda música


CRATENSES ANGUSTIADOS

Pedro Esmeraldo

Ultimamente, ficamos perturbados quando observamos a fraqueza das instituições cratenses, pois não procuram reagir a fim de protestar diante dos acontecimentos sombrios, já que não enfrentam barreiras que se parecem instransponíveis. Por certo, acham impossível lutar orgulhosamente em defesa da terra, mas é que ocorre o que todo cidadão fica orgulhoso de ser cratense, portanto todos ficam atônitos quando observam o enfraquecimento desta cidade que fica desvanecida diante do desprestígio e nós, os cratenses, não temos coragem de reagir e permanecemos angustiados com esse movimento deletério que ora sofre este município, deixando o povo pessimista em relação ao progresso firme e atuante.

Não queremos aqui desmerecer ninguém, mas é bom alertar, lembrando a todas as instituições que se movimentam no Crato, que é preciso praticar revoltas pacíficas reclamando das autoridades da capital que olhem mais para o Crato, visto que também merecemos autenticidade e, que nós também desejamos ser tratados com mais carinho e mais progresso igual àqueles que recebem mais igualdade social.
Temos que mostrar coragem e reagirmos aos insultos provenientes de um povo invejoso que nos faz tirar o gosto de lutar com amor com o intuito de promover a igualdade social.
Levam tudo daqui, tudo isto é causado pela discórdia favorecida por um punhado de homens da capital do estado, visto que nós os cratenses, não temos mais direito a nada porque nos negam tudo, até mesmo pão e água e aqui, encontra outro punhado de homens desinteressados em lutar pelo desenvolvimento moderno desta cidade. Agora é de estranhar porque esses homens não lutam, não marcham para a briga, gritando com brados bem altos, perguntando: que é da indústria que não chega até nós e só é beneficiada a cidade do outro lado? Que é das entidades como Rotary, Lyons, UEC (que já foi o pivô de movimentos estudantis do século passado)? Que é da AFAC (Associação dos Filhos e Amigos do Crato), parece que só tem o nome de defensora do Crato.
Haja vista que vimos um monte de homens de braços cruzados, sem lutar por que acham que isso só pertence às Autoridades Municipais?
Vejam bem, aqui há movimento sombrio constituído por pessoas isoladas que não leva a nada. Porquê essas instituições ficam com quietude permanente, só lutam com manobras inúteis, sem força para solucionar os problemas urgentes e vivem culpando somente o Poder Público Municipal. Mas é preciso ter coragem, exercer forças suficientes para ajudar o prefeito, a fim de angariar qualquer coisa que nos tire desse marasmo provocado pelos astuciosos da mão ligeira com o único objetivo de deturpar e arruinar o município do Crato.
Por isso dissemos: às vezes pensamos que o Crato sofre devido à fraqueza de seus filhos que nada sabem fazer a não ser reclamar, com injúria das autoridades cratenses.
Crato-CE, 23 de novembro de 2011.

Autor: Pedro Esmeraldo

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

As fotos de Heládio Teles Duarte


Já  estamos vivenciando o encanto da temporada natalina.

Em Crato, tão logo o sol se põe,  podemos ver as luzes natalinas nas varandas das casas, nas fachadas dos prédios e nas copas das árvores...

O Posto Nossa Senhora de Fátima – que abriga o no seu complexo o Bar Cantinho do Pimenta – foi decorado para lembrar o Natal.

Quem passa em frente ao local se depara com os galhos das árvores repleto de  luzes.  Todas bonitas, todas  reluzentes!
Lembrando que esta é uma temporada de luz, de benquerença e fraternidade entre as pessoas...

Foto: Heládio Teles Duarte
Texto: Armando Lopes Rafael

Pensamento para o Dia 24/11/2011


“A paz é um estado de espírito que está bem dentro de seu próprio eu. Ela emana do coração da pessoa. Há reação, ressonância e reflexo para tudo no mundo. Somente quando há ódio em si que você verá ódio nos outros. Às vezes, mesmo que ninguém lhe faça mal, você tenta machucar os outros. Faça o que fizer aos outros, você definitivamente experimentará o resultado dessa ação e o que quer que ouça ou experimente é tudo devido à reação, reflexo e ressonância de suas próprias ações e sentimentos; os outros não são responsáveis por isso. Você esquece essa verdade simples e lamenta: "fulano de tal está me acusando ou causando dor em mim ou me machucando", e assim por diante. Muitas vezes você tende a lutar e ferir os outros. A partir de hoje, sempre os ajude, nunca faça mal a ninguém. Siga sua consciência; ela o ajudará a manifestar qualidades nobres.”
Sathya Sai Baba

Dom Pedro II e o Líbano -- por Lody Brais (*)


A Associação Cultural Brasil-Líbano e a comunidade líbano-brasileira comemoram os 135 anos da visita do imperador dom Pedro II ao Líbano. O monarca lá permaneceu de 11 a 15/11/1876, procedente da Grécia, viajando no navio Aquila Imperial, acompanhado de sua esposa, a imperatriz dona Tereza Christina Maria, e de uma comitiva de aproximadamente 200 pessoas.

Dom Pedro II percorreu o país dos cedros a cavalo, tendo à frente a bandeira verde-amarela do Brasil. De Beirute escreveu ao diplomata francês Joseph de Gobineau, que ficara em Atenas: "A partir de hoje, começa um mundo novo. O Líbano ergue-se diante de mim, com seus cimos nevados, seu aspecto severo, como convém a essa sentinela da Terra Santa".

Grande admirador da cultura árabe, dom Pedro II chegou a estudar a língua com um arabista alemão. No Líbano, o imperador brasileiro encontrou-se com vários intelectuais vinculados às ciências e às artes. Como o gramático Ibrahim al-Yazigi – que lhe ofereceu livros em árabe, com dedicatória, os quais se encontram no Museu Imperial de Petrópolis –  e o professor Cornelius Van Dyck, da Universidade Americana de Beirute. Deste último, Pedro II assistiu a uma aula, ao lado de Nami Jafet, um dos pioneiros da emigração libanesa para o Brasil.

Depois de visitar o patriarca da Igreja Maronita, Boulos Mass'ad, em Bkerke, o magnânimo imperador brasileiro dirigiu-se às cidades de Chtaura e Zahle. No dia seguinte, visitou os templos de Baco, Júpiter e Vênus em Baalbek. Durante a viagem, dom Pedro II  muito incentivou o fluxo emigratório para o Brasil. Desde então a história da comunidade líbano-brasileira está entrelaçada com o desenvolvimento deste País nos últimos 130 anos.

Não faltam exemplos do elo afetivo entre os dois países. Em 1808, quando dom João VI chegou ao Rio com a família real, o libanês Elias Antônio Lopes ofereceu-lhe sua casa como residência, mais tarde conhecida como Paço de São Cristóvão - onde nasceu dom Pedro II - e, hoje conhecida  como Quinta da Boa Vista, onde se encontra o Museu Nacional. Essa história consta nos arquivos da Biblioteca Nacional de Portugal.

Calcula-se que existam atualmente cerca de 8 milhões de libaneses e descendentes destes no Brasil. É o maior número de imigrantes do Líbano no mundo. Sua presença é notável nos diversos setores de atividade: são médicos, artistas, esportistas, intelectuais, empresários, políticos... Todos participando do crescimento do País, lado a lado com brasileiros natos e imigrantes de outras partes do mundo, e assim contribuindo para a formação e o engrandecimento da Nação brasileira.

(*) Lody Brais é  presidente da Associação Cultural Brasil-Líbano em São Paulo.E-mail:brasil.libano@gmail.com

quarta-feira, 23 de novembro de 2011


APENAS PARA ENCONTRAR PALAVRAS

(Claude Bloc)

 
Posso dizer muitas vezes que me alimento das palavras. Encontro-as por aí escritas, faladas, proferidas ao vento, em todas as partes por onde passo. Encontro-as nos finais de tarde ou até nos dias mais ou menos vazios...  Às vezes percebo-as lá fora ao relento, ou mesmo na ausência das horas que me controlam, e que, por um algum motivo, ficaram presas no relógio de parede atrás de mim e para onde nem sequer me lembro de olhar...

São apenas palavras… E, muitas vezes, vou deixando-as ficar para que possam ser admiradas por todos e colecionadas como num dicionário, com todos os seus sentidos, (in)definidos, mesmo que não se saiba muito bem o que fazer com elas...

Palavras, às vezes, mudam de cor e de roupagem e nos acenam com sorrisos engraçados e infantis. Outras são esquisitas, mas nos enchem os olhos de alegria. E nesse deleitoso banquete de palavras me delicio... ainda que paradoxalmente lhes confesse: palavras não são tudo…

Claude Bloc

Duas reflexões – por dom Henrique Soares da Costa (*)


O Ditador da Venezuela, Hugo Chávez, está com câncer e seu estado é grave. Não lhe resta muito de vida. Ele tinha um projeto de poder eterno na Venezuela: tanto mal fez ao seu país, destruindo as instituições nacionais, aparelhando o Estado, criando uma máquina ditatorial e despótica de corrupção e demagogia, perseguindo e escarnecendo da Igreja, arrogando-se até em deus... Chávez é conhecido pela empáfia, a fanfarronice, a petulância... Segundo fontes seguras, corre o risco de sequer estar vivo em outubro do ano próximo para concorrer nas eleições...

José Luís Zapatero, o socialista primeiro-ministro da Espanha, que fez mais que ninguém nos últimos anos no seu país para erradicar os traços de cristianismo da sociedade espanhola, perdeu miseravelmente as eleições no último domingo. Seu infame projeto virará vento; seu poder fugiu-lhe das mãos; a Igreja continuará, mesmo após a sua morte...

Não quero dizer que estes personagens infelizes estão sendo castigados. Não! Longe de mim pensar isto, pois gente muito boa, grandes amigos de Cristo também sofrem, perdem eleições e adoecem gravemente. O que desejo salientar é bem outra coisa: estes personagens demonstraram desprezo por Deus, embriagados de si próprios e se julgaram acima do próprio Deus, como senhores do bem e do mal.
(*) Dom Henrique Soares da Costa, Bispo  Auxiliar de Aracaju (SE).

Convite para lançamento do livro do Dr. Wellington Alves de Sousa

Nesta 5ª feira, dia 25, haverá lançamento literário na cidade de Crato. Ficam todos convidados para o evento, abaixo detalhado:

Livro : Inventário de Poesias
Autor - Wellington Alves ( Ton-Ton)
Apresentação : J. Flávio Vieira
Performance / Leitura de Poemas : Luiz Carlos Salatiel
Data - 25 /11/11 ( Quinta-Feira)
Local : Auditório do SESC / Crato
Hora - 19 Horas

(enviado por e-mail por Dr. José Flávio Vieira)                                

GRATA RECORDAÇÃO


Pedro Esmeraldo

No início dos anos 30, meu pai iniciou o plantio da cana de açúcar no Sítio São José. Considerando-me uma pessoa privilegiada, pois tive a sorte de conviver no meio da bagaceira, já que meu pai possuía dois engenhos, um em Crato e outro no município de Barro-CE.

Deixou-me como legado um patrimônio auspicioso que foi a educação. Esse engenho teve início em 1930. A princípio, de forma rudimentar, movido a tração a bois. No meio da década de 30, mudou para o engenho a vapor que perdurou até a vinda da energia elétrica de Paulo Afonso no ano de 1970, quando desapareceu o predomínio da rapadura que foi substituído pelos alimentos sofisticados dos tempos modernos.

Quando passo pelas ruínas do antigo engenho, no sítio pau seco, neste município, tenho grandes recordações daqueles tempos áureos de minha infância. Há mais ou menos 50 anos era um lugar aprazível, aconchegante e que favorecia uma relação harmoniosa de paz de espírito.

Convivi naquele local no meio de pessoas humildes, com comportamentos inusitados, constituído de várias naturezas, com semblante rústico, precisando de muita sutileza no equilíbrio emocional, decorrente da fadiga pela luta árdua e das canseiras diárias.

Meu pai, um cidadão sério, agricultor arrojado, praticava as atividades agrícolas por vocação. Sabia projetar com equilíbrio o trabalho agrícola. Conduzia com perfeição as manhas dos trabalhadores, mas manejava com altivez e bom senso crítico. Livrava-se dos perigos, utilizando palavras hábeis. Fugia com muita tranqüilidade das pessoas ardilosas que o obrigavam a se comportar com o máximo grau de bondade que o respeitavam e o obedeciam com sinceridade as suas ordens.

Como já relatei acima, meu pai, homem destemido e hábil, tinha o cuidado de colocar trabalhadores certos nos lugares certos.

Autodidata por natureza, dirigia com perfeição e conhecimento todos os trabalhos inerentes ao campo agrícola, saindo-se muito bem nessa atividade espinhosa, levando com brilhantismo e com direção arejada a luta do campo; sempre acompanhado de trabalhadores experientes, a fim de adquirir melhoria de produtividade, já que desejava aumentar o seu patrimônio dentro da tecnologia aperfeiçoada.

Seus trabalhadores tinham uma conduta séria e de comportamento exemplar, por isso granjeou muitas amizades, projetando bom desempenho, mostrando que com trabalho sério e honestidade o homem chega a ter sucesso em seu serviço.

Esses trabalhadores rudes que mais guardo na recordação da minha memória, são vistos pelo seu comportamento zombeteiro que foram indubitavelmente os cambiteiros: eram irrelevantes com procedimentos duvidosos, senhores absolutos, anarquistas, visto que desrespeitavam a pessoa humana. Tornavam-se figuras intolerantes em seus trabalhos com a posição de homens irregulares no campo de transporte de cana do brejo para o engenho. Nem tudo era desprezo para essa classe de trabalhadores rudes já que desempenhavam com muita satisfação à sua tarefa.

Trabalhavam sem cessar, como prestadores de serviço, pois tinham por obrigação conduzir com 5 (cinco) animais atrelados com arreios rústicos, como: cangalha, peça de madeira artesanal que seria colocada no lombo do animal, revestido de forro e pano de algodão e coroa de frade, embutido com produto cactáceo existente nas caatingas do nordeste, cilha (fita de couro que prendia a cangalha na barriga do animal), focinheira (espécie de cabresto) para facilitar o manejo dos animais, rabichola, que prendia a cauda do animal à cangalha, cambitos, peça de madeira que facilitava o transporte da cana.

Devido à rusticidade do trabalho, os cambiteiros se tornavam intolerantes pelos habitantes aos arredores dos engenhos. Ninguém gostava de sua conduta. Possuidores de comportamento repreensível, tornavam-se os intolerantes comprovados pela anarquia que, por natureza, ninguém o suportava de bom grado, eram os zombeteiros, intrigantes, quando iam pela estrada se desesperavam e não queriam saber quem viesse a sua frente; se a pessoa não se submetesse ao seu comportamento cairia no ridículo. Certa vez, observava uma cena que me deixou intrigado e que sempre preservei em minha memória esse comportamento desses anarquistas que vou relatar neste trabalho: um dia, chegava ao engenho um senhor de tez branca, querendo conhecer o movimento do engenho, mas de jeito afeminado, foi logo observado pelos cambiteiros o seu andar duvidoso: ai então um deles gritou: olha pessoal, como ele é delicado! Aí a vaia comeu de esmola e aos gritos o pobre homem saiu desesperado sem nunca mais pisar em bagaceira. Apenas desejei lembrar e repassar para os amigos como era o regime dos cambiteiros que ainda hoje sinto saudades dos velhos tempos de outrora que não voltam mais e jamais poderão ser substituídos por este modernismo desequilibrado e algumas vezes intolerante.

10 de Março de 2009.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Une pensée...


"Un penseur avec un coeur, j'apelle ça un poète. S'il vole les coeurs et transforme des mots est crée la poésie. C'est plutôt un magicien, qu'avec peu ou rien, apporte l'amour à notre vie..."
 

NO AR - Claude Bloc



Estou no ar.
Se ando ou se paro
caminho entre nuvens...

Muitas vezes
mergulho em céus claros
e encontro num sol incandescente
sorrisos de ontem
retalhos de hoje,
do meu íntimo desejo
de aquecer-me
ou de encontrar-me.

Outras vezes
escorrego em dias cinzentos
e me recolho.
Encurto o passo
e nessas horas tenho medo.
Vai que me perco?

AQUARELAS - Por Edilma Rocha


Aquarela é o nome da mistura de pigmento colorido com aglutinante e também a técnica em que se emprega essa tinta diluída em água.
Constitui um meio de expressão delicado e transparente, mas exige que o aquarelista trabalhe rapidamente, sem se ater a minúcias e sem poder sobrepor a tinta para retoques.
Ao secar, a aquarela perde a metade de seu colorido. Por isso, um esboço que pareça vivo se tornará pálido e esmaecido quando acabado.
A aquarela apresenta um bonito efeito de transparência porque nela se utiliza pequena quantidade de cor diluída em muita água. Com a evaporação da água, o papel branco ou amarelado adquire luminosidade: a luz se reflete por meio da transparência da tinta. Pode-se, no entanto, aplicar outras camadas de tinta, até se obter uma coloração mais forte. À medida que se pintam novas camadas, a transparência da aquarela vai desaparecendo, e sua luminosidade pode se anular por completo.
Como a água seca  depressa, trabalhe com rapidez, planejando sua obra antes de iniciá-la. Para começar, compre apenas alguns tubos ou pastilhas de tinta. Depois, complete seu material. As tintas  são fabricadas com pigmento em pó e goma-arábica diluídos em água. As pastilhas custam menos do que os tubos. Para conserva-las, é necessário cobrir o estojo com um pano úmido, pois elas podem ressecar. As tintas em tubo têm brilho mais intenso e não desgastam tanto o pincel como nas  pastilhas, para se apanhar  a tinta.
No início bastam quatro pincéis chatos, redondos e pequenos e os melhores são de pêlo de marta, um godê branco ou mesmo improvisar com algum prato. E para o desenho, use lápis macio do tipo 2B, uma borracha mole e flexível, é indispensável. Existem vários tipos de papéis próprios para as aquarelas em blocos ou folhas  avulsas com um pouco de textura  que absorvam a tinta com rapidez, sem enrugar. Caso contrário, a água escorrerá, acumulando-se em um dos lados da folha de papel, provocando secagem desigual. Nunca coloque o seu trabalho exposto ao sol, deixe secar naturalmente.
Uma boa regra é definir  o desenho colorindo com camadas de cor deixando secar e em seguida, modele sua forma por meio de camadas superpostas. Não tenha receio de deixar partes em branco no seu trabalho, pois o papel utilizado na aquarela proporciona um efeito vibrante inigualável, que não pode ser obtido com nenhum outro meio. Ele é importante demais para ser ignorado.
A natureza contém os elementos de cor e forma e cabe ao artista, selecionar e agrupar esses elementos de forma que o resultado seja  surpreendente.
Nomes como César formentti, Charles Reid, Zoltan Szabo, David Millard, Paul Jenkins e Philip Jamison, deixaram obras de relevante beleza e efeito cromáticos.
No Museu de Arte Vicente Leite do Crato, temos duas antigas e valiosas aquarelas assinadas por César Formentti.

domingo, 20 de novembro de 2011



Pela primeira vez no triângulo CRAJUBAR, a BANDA ONE, cover do U2 da cidade de Fortaleza, vem nos brindar com mais um grande evento produzido pela SERTÃO POP PRODUÇÕES. Será uma noite memorável, recheada de muito som, luz, pessoas bacanas e alto astral. Um show que promete acontecer e marcar no calendário de eventos do Cariri. O TERRAÇUS Bar e Petiscaria vai ser o cenário dessa festa. O local já está consagrado como de ótima estrutura para esse estilo de evento.

O primeiro lote de ingressos antecipados estarão a venda a partir de amanhã (19/11), nos seguintes locais:

CRATO:
LOJA LARAS - Esquina da Praça da Sé, em frente ao MUSEU HISTÓRICO.
PRODUTORA SERTÃO POP - Rua Araripe - 163 (beco do Padre Lauro, segundo quarteirão)
TERRAÇUS Bar e Petiscaria

JUAZEIRO
PORÃO DO ROCK - ao lado da Prefeitura Municipal.
AVALON LOCADORA - Rua Padre Cícero, 740 - centro

OS INGRESSOS ANTECIPADOS CUSTAM R$ 15,00

INFORMAÇÕES:
3521.5398 - 9666.9666 - 8824.2131

OBS: O TERRAÇUS Bar e Petiscaria fica localizado no triângulo do Grangeiro, distante 1km do Clube Recreativo Grangeiro.

A história do pato



(conto da tradição popular)


Havia dois irmãos que visitavam seus avós no sítio, nas férias.
Felipe, o menino, ganhou um estilingue para brincar no mato. Praticava sempre, mas nunca conseguia acertar o alvo.
Certa tarde viu o pato de estimação da vovó... Em um impulso atirou e acabou acertando o pato na cabeça e o matou. Ele ficou chocado e triste! Entrou em pânico e escondeu o pato morto no meio da madeira!


Beatriz, a sua irmã viu tudo, mas não disse nada aos avós.
Após o almoço no dia seguinte, a avó disse: "Beatriz, vamos lavar a louça”.
Mas ela disse: " Vovó, o Filipe me disse que queria ajudar na cozinha". E olhando para ele sussurrou: "Lembra-se do pato?" Então o Felipe lavou os pratos. Mais tarde o vovô perguntou se as crianças queriam pescar e a vovó disse: "Desculpe, mas eu preciso que a Beatriz me ajude a fazer o jantar.”.
Beatriz apenas sorriu e disse, "Está bem, mas o Filipe me disse que queria ajudar hoje", e sussurrou novamente para ele, "Lembra-se do pato?”.
Então a Beatriz foi pescar e Filipe ficou para ajudar.


Após vários dias o Filipe sempre ficava fazendo o trabalho da Beatriz até que ele, finalmente não aguentando mais, confessou para a avó que tinha matado o pato.


A vovó o abraçou e disse: "Querido, eu sei... eu estava na janela e vi tudo, mas porque eu te amo, eu te perdoei. Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixar a Beatriz fazer você de escravo!”.


Qualquer que seja o seu passado, ou o que você tenha feito... (mentir, enganar, seus maus hábitos, ódio, raiva, amargura, etc.)... Seja o que for... Você precisa saber que Deus estava na janela e viu tudo como aconteceu.
Ele conhece toda a sua vida... Ele quer que você saiba que Ele te ama e que você já está perdoado. Ele está apenas querendo saber quanto tempo você vai deixar o diabo fazer de você um escravo.
Deus só está esperando você pedir perdão.

Ele não só perdoa...Ele esquece...

DIA NACIONAL DA CONSCIENCIA NEGRA


A Abolição

No caminho que se percorreu até a Abolição da Escravatura, muitos fatos foram de fundamental importância para a concretização deste movimento. As rebeliões, as fugas, os quilombos, os trabalhos mal executados ou não cumpridos eram formas de manifestações dos negros que esbarravam em uma legislação rígida e um aparelho repressivo bem constituído que sufocavam as revoltas e impediam a concretização dos ideais de liberdade dos escravos.
O processo de emancipação aspirado pelos negros só ganhou força a partir da segunda metade do século XIX quando o protesto de alguns setores da classe dominante se juntou à luta dos negros.
Mas, devemos levar em conta que essa política emancipacionista ocorreu de forma progressiva, devido a resistência dos fazendeiros escravocratas que eram a base de sustentação política da monarquia.
O primeiro passo neste processo de liberdade ocorreu em 1871, quando foi aprovada a Lei do Ventre Livre que estabelecia que os filhos de escravos que nascessem no Império seriam considerados livres. Na verdade, esta lei só beneficiava de fato os senhores de escravos já que estes proprietários deveriam criar os menores até os oito anos, quando poderia entregá-los ao Governo e receber uma indenização; ou mantê-los consigo até os 21 anos, utilizando seus serviços como retribuição pelos gastos que tivera com seu sustento. A questão é que esta lei não foi cumprida na realidade, pois poucos escravos eram libertados, fazendo com que a situação dos negros continuasse a mesma e por isso, os fazendeiros que em um primeiro momento atacaram a lei, acabaram defendendo-a depois.
Somente em 1878, tomou corpo o movimento abolicionista, liderado por pessoas como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, André Rebouças, Luís Gama e Joaquim Serra, ou seja, pessoas que tinham participação dos setores agrários não vinculados à escravidão e da classe média urbana, e principalmente intelectuais, profissionais liberais e estudantes universitários.
Mudanças sociais como a introdução do trabalho assalariado, as atividades industriais e o crescimento da população livre ( por volta de 1890 chegava a 522.000 só no Rio de Janeiro) e a urbanização intensificaram o movimento abolicionista que estava mais concentrado nas cidades. Nelas os abolicionistas promoviam conferências, quermesses, festas beneficentes e comícios em praças públicas. Fundaram jornais, clubes associações encarregadas de difundir suas idéias, como a Sociedade Brasileira contra a Escravidão, o Clube Abolicionista dos Empregados do Comércio e a Sociedade Libertadora da Escola de Medicina.Além disso, em 1884, a escravidão foi abolida no ceará, no Amazonas, já que estas eram províncias menos vinculadas ao sistema escravista.
Nas províncias de grande concentração de escravos como Rio de Janeiro e São Paulo, as tensões entre senhores e abolicionistas aumentavam. Fato que contribuiu para que em 28 de setembro fosse sancionada pelo imperador a Lei Saraiva-Cotegipe, conhecida também como Lei dos Sexagenários, que concedia liberdade aos escravos com 60 anos ou mais (mas estes eram obrigados a trabalhar para os senhores durante três anos ou até completarem 65 anos) e previa um aumento do Fundo de Emancipação, destinado a promover a imigração.
E somente no dia 13 de maio de 1888 a princesa Isabel, que substituía o imperador, assinou a Lei Áurea, que libertava “incondicionalmente” cerca de 750.000 escravos (cerca de um décimo da população negra do país).
Na realidade, o que vemos é que em termos sociais, a Abolição mais especificamente para os negros não significou liberdade efetiva, pois ela se transformou, entre outras coisas, em preconceito racial e exclusão social.
A regra geral para os ex-escravos foi a não-integração à sociedade burguesa. Ele não tinha condições de concorrer com o imigrante, melhor qualificado tecnicamente. Os planos dos abolicionistas em relação à integração do escravo não se concretizaram. Os negros foram atirados no mundo dos brancos sem nenhuma indenização, garantia ou assistência e a grande maioria deslocou-se para as cidades, onde os aguardavam o desemprego e uma vida
(WWW.unicamp.br)

História do Dia Nacional da Consciência Negra

Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.
Importância da Data

A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão.
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.
(WWW.suapesquisa.com)

Pensamento para o Dia 19/11/2011


“Vemos atualmente no mundo desordem, violência e conflito. Para curar esses males é preciso descartar o egoísmo, a ganância e outras características ruins, e elevar-se acima da natureza animal. É por meio da caridade (altruísmo) que você alcança a pureza. Com pureza de coração você pode alcançar a Unidade que levará, então, à Divindade. A morada da vida humana deve ser construída sobre a caridade, a pureza, a unidade e a Divindade. As mulheres desempenham um papel crucial em cultivar esses quatro pilares. Verdade, sacrifício e paz são qualidades predominantes nas mulheres. Uma boa esposa é de importância apenas para o marido, enquanto uma boa mãe é um patrimônio nacional. Apenas mães dedicadas podem oferecer à nação filhos que se esforçarão para o grande futuro do país. Boas e tolerantes mães, que cuidam da pureza e do crescimento espiritual dos seus filhos e do bem-estar da comunidade, são a necessidade atual. ”
Sathya Sai Baba

A flor atirada - Emerson Monteiro

A história de um místico árabe conta que enquanto se via apedrejado em sacrifício das práticas religiosas que professava, contrárias que foram à tradição dos poderosos, ele observou cair aos seus pés bela flor atirada junto com as pedras da turba ensandecida. Até ali resistira com altivez aos gestos rudes da multidão formada de criaturas ignorantes no trato com a mensagem salvadora que oferecera.

Nessa hora, contudo, sentiu fraquejarem as forças, e viu-se rendido dominado de pranto convulso. Daqueles despreparados, que exercitavam instintos vingativos, outra atitude jamais esperaria além de jogarem pedras para ferir corpos e eliminarem existências físicas. De quem jogara a flor, porém, que, então, demonstrava conhecer algo mais a propósito dos ensinos e das práticas fiéis, aguardava maior sinceridade, no mínimo saindo na defesa dos ideais superiores. Negara, fraquejara, isto sim.

Às vezes sentimentos de nostalgia sujeitam atingir pessoas que sentem a força da autenticidade, ainda que distingam o tanto que lhes resta de chegarem às relíquias sagradas, assunto principal dos religiosos.

Existem situações em que discípulos deixam de lado a prática do Amor para aceitar fugas de lazer, esportes, vícios e acomodação. Nisso, esquecem a coerência e os pressupostos que adotam em nome do caminho de Deus, demonstração de abandono e pouca sinceridade interior que deixam patentear.

Aquele que jogou a flor no instante no martírio do árabe lapidado, mesmo que pretendesse cumprir gesto de solidariedade e reconhecimento na hora extrema do testemunho, permaneceu vinculado às sombras da covardia, sabedor de conceitos, no entanto sem praticá-los de verdade.

Não poucos agem de qual jeito, motivo, inclusive, da parábola do festim de bodas contada por Jesus, dos muitos chamados e poucos os escolhidos. Chamados às hostes do Bem todos somos. Raros, talvez raríssimos, exercitam a feliz oportunidade, razão das dores de saber o quanto adiante ainda sofrerão presos àas malhas pegajosas de transes imediatos.

Invés de jogar flores nas homenagens tardias, caberá cultivá-las no íntimo do coração e exalar o justo perfume através dos campos do dever.

sábado, 19 de novembro de 2011

UM MOVIMENTO ANTI-SEPARATISTA

Pedro Esmeraldo

Todo cratense, quer seja filho nativo ou adotivo tem como obrigação moral de defender o seu torrão natal.

Estamos tristes e perplexos devido a pouca atenção de alguns políticos locais não terem a idéia de defender Crato e ao mesmo tempo abandona este município e deixa entregue aos usurpadores realizando movimentos separatistas e alguns desses políticos abafam essa história de movimento negativo contra o bem-estar da cidade. E isso é uma aberração, é uma ofensa moral ao município, já que vem sofrendo por muito tempo as agruras de uma época totalmente espinhosa para nós, sempre dilacerante, visto que tem como objetivo alinhavar as causas políticas para depois dilacerarem este torrão, partindo para o movimento separatista sem que tenha nenhum respaldo para este município.

Observem-se a obediência total de seus moradores, pois cremos que esses homens políticos submissos não possuem conhecimento da causa da destruição desordenada desse município do Crato e mal trabalham em prol de movimentos que nos satisfaçam.

Todos têm por obrigação defender a terrinha com dignidade e amor.

Notem que aparece um bando de aventureiros querendo dilapidar esta cidade com garras e conversas desarmoniosas, dizendo que é bom para os dois lados. Por isso todos devem trabalhar juntos, pois para conseguir a independência do município é preciso ter condições favoráveis e eficiência na produção. Para fazer crescer é preciso que haja união entre todos, trabalhando com afinco, amealhando riquezas com criação de empregos e rendas.

Olhem, devemos trabalhar juntos pregando a união, favorecendo o seu município com riquezas e tratamento igualitário para todos.

Somos um povo pacato, ordeiro e firme. O progresso virá, se assim vencermos uma corrente de trabalho unido com confiança e amor à terra, sairemos contemplados e alcançaremos o apogeu navegando em barcos modernos, nas águas profundas das dificuldades inerentes ao tempo da passividade deste município.

Notamos porém que dois distritos de Fortaleza nunca se distanciaram dessa cidade pois nunca falaram em separação e hoje estão unidos ao bel prazer da grande Fortaleza.

Aqui, portanto, um distrito que se diz merecedor, ainda anda engatinhando, malhando em ferro frio, querendo ser grande sem poder. Agora relembramos o provérbio popular: “quem quer ser grande sem poder fica pobre sem querer”. Esse dito distrito anda às turras, pregando benevolência agitando as massas divergentes, mas o que ocorre é que esses distritos nanicos deveriam baixar a cabeça, agradecer a Deus estarem ligados ao município eficiente e ajustado.

Já chega de tantas intempéries, de tanta perseguição e de tanto mal ao Crato.

Ultimamente, vimos um chefe do Poder Executivo do Estado e um Secretário tirarem tudo do Crato, vagarosamente, pensando eles que o povo não observa esses exatos e dilacerantes que desejam tornar o Crato em uma cidade dormitório levando tudo para outro município de menor importância história que o Crato. E ele então nos nega tudo, quando por milagre faz alguma coisa de uma maneira morosa que leva anos.

Crato-CE, 19/11/2011.

Autor: Pedro Esmeraldo

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Patrimônio Histórico de Crato: a capela de Santa Teresa -- por Armando Lopes Rafael

No dia 31 de outubro de 1923, há mais de 87 anos, era inaugurada na cidade do Crato a capela de Santa Teresa de Jesus, felizmente conservada, até hoje, como originalmente foi entregue ao povo católico da “Cidade de Frei Carlos”. A data da inauguração – 31 de outubro – foi escolhida por ser o aniversário de nascimento e de sagração episcopal de dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, primeiro bispo de Crato e idealizador da edificação da mencionada capela.

Devemos a construção dessa capela à Cruzada Carmelitana, uma associação religiosa existente em Crato, fundada em 1914, pelo então vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Penha, padre Quintino, um ano depois eleito primeiro bispo da nossa diocese.

A Cruzada Carmelitana era formada por senhoras e jovens da sociedade cratense. Além da parte religiosa, seus membros desenvolviam uma grande ação social na comunidade. Na prática religiosa, basta destacar que as festas de Nossa Senhora do Carmo (16 de julho) e Santa Teresa d’Ávila (15 de outubro) eram comemoradas com grande pompa, precedidas de Tríduo Festivo e encerradas com uma missa solene. Tudo acompanhado pelo Coral das Teresinas, onde se sobressaía a maravilhosa voz de Iraídes Gonçalves. De tudo isso só nos resta as gratas lembranças e os registros históricos...

Foi notável o empenho da Cruzada Carmelitana na construção da sua capela. As ricas obras talhadas em madeira de lei (altar-mor, quatro nichos laterais, confessionário, sólio episcopal, bancada e grade do altar) foram esculpidas por Mestre José Lucas, conhecido artista cratense. Tão bonito é o sólio episcopal que, posteriormente, ele foi cedido à Sé Catedral, onde ainda hoje está, tendo servido aos cinco bispos da diocese do Crato.

As imagens da capela foram adquiridas na Itália. No altar-mor está o “Trio Carmelitano”: Santa Teresa d’Ávila pontifica como padroeira, tendo ao seu lado Nossa Senhora do Carmo e São José. Os quatro nichos laterais abrigam as estátuas de São João da Cruz, Santa Teresinha do Menino Jesus, São Geraldo e São Quintino.

Toda a construção e acervo da capela de Santa Teresa foram viabilizados no primeiro quartel do século passado, quando o Crato vivia longe (quase isolado) dos grandes centros do Brasil. Naqueles tempos, as estradas e os meios de comunicação eram precários e a nossa economia dependia unicamente do produzido nas fainas agrícolas e na incipiente pecuária da época. Mas o importante é que o povo tinha fé!
Tanta, que este pequeno templo aí está, para atestar essa fé...

A capelinha - talvez por desígnio da Divina Providência - resistiu às más administrações públicas do Crato, responsáveis pela destruição de prédios históricos, a exemplo de todo o quarteirão da Rua Miguel Limaverde. Resistiu às falsas ideias de modernismo, que tiveram como auge a medíocre década 60, após a construção de Brasília. Resistiu até aos tempos confusos pós Concílio Ecumênico Vaticano II, tempos esses felizmente encerrados com a eleição do Papa João Paulo II, para a Cátedra de São Pedro, em 1978.

Pouca gente sabe: essa capela é propriedade da diocese do Crato, e está, há longos anos, sob a custódia da Congregação das Filhas de Santa Teresa, que souberam conserva-la em toda a sua originalidade.