Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Para Stela Siebra... para atiçar a saudade...

Rio dos Carás

Rio Correntim

Ponta da Serra


Que boas lembranças, também, tudo isso me traz!

Claude Bloc

Cariri Cangaço avisa...

Prezados Amigos do Cariri Cangaço,

Nova parceria foi firmada entre instituições, diante da realização do Cariri Cangaço 2010. Na última semana estiveram reunidos os organizadores do evento com a Diretoria do Geopark Araripe, na ocasião foi firmada a parceria entre o primeiro e único Geopark das Americas, com o Cariri Cangaço. A reunião contou com as presenças do Curador do Cariri Cangaço; Manoel Severo, da Secretária de Cultura de Crato; Danielle Esmeraldo e dos representates do Geopark; professor Patrício Melo e Professor Idalécio de Freitas.

Para o Coordendor Geral do Geopark, professor Patrício Melo "é de suma importância o Geopark está unido ao Cariri Cangaço, não poderia está fora de jeito nenhum, vamos entrar com força total". Já para o Curador do evento, Manoel Severo " ter o Geopark como um de nossos parceiros tem um significado muito importante; todo o Cariri Cangaço acontece nos municípios contemplados pelos sítios paleontológicos, um Patrimônio da Humanidade, bem aqui, no seio de nosso cariri, estaremos recebendo pesaquisadores e estudantes de todos os lugares do país, assim, apresentar o Geopark será uma grande satisfação do Cariri Cangaço".

O que é um Geopark?

É um território com limites definidos e que possui sítios de grande valor científico cujos patrimônios socioeconômico, cultural, histórico, ambiental e geológico apresentam importância, raridade, riqueza em biodiversidade e contam a história da terra e conferem identidade ao lugar. Nesse território está localizado um determinado número de sítios geológicos e paleontológicos, selecionados conforme a relevância das suas características para a história da terra. Apesar do destaque principalmente relacionado ao patrimônio geológico, também se considerou a ocorrência de outros aspectos fundamentais relacionados à biodiversidade, história, cultura, arqueologia, dentre outros.

Um Geopark tem papel ativo no desenvolvimento econômico de seu território, que passa a ser mais reconhecido em função da suas riquezas naturais, possibilitando o desenvolvimento do Geoturismo, como estratégia na dinâmica econômica local, ou seja, cada Geopark UNESCO configura-se como um território protegido com sítios de grande relevância científica, ambiental e cultural, em razão de suas características geológicas, paleontológicas, arqueológicas, ecológicas e paisagísticas, que se apresentam como sinônimo de proteção patrimonial e desenvolvimento sustentável, com seus Planos de Estruturação e Ordenamento Territorial e Plano de Manejo ambiental, com roteiros de conservação dos aspectos relevantes e estratégias de desenvolvimento compactuadas pelos poderes públicos, sociedade civil e iniciativa privada.
TUDO ISSO E MUITO MAIS, VISITE: cariricangaco.blogspot.com
Produção Cariri Cangaço

O Cariri Cangaço é uma promoção da Cariri do Brasil, uma realização das prefeituras municipais de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha e Aurora, URCA/PROEX e ainda o apoio da SBEC, do ICC, do Centro Pró Memória, do ICVC, da Fundação Memorial Padre Cícero, da Associação de Cordelista de Crato, do Ponto de Cultura Lira Nordestina, do SEBRAE, do SESC e do Centro Cultural Banco do Nordeste, Grupo Empresarial Guanabara, Revista Nordeste VinteUM e GEOPARK Araripe.

Recebido por e-mail

       

Receita de Dona Cacilda

Dona Cacilda é uma senhora de 92 anos, miúda, e tão elegante, que todo dia às 08 da manhã ela já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquiada, apesar de sua pouca visão.

E hoje ela se mudou para uma casa de repouso: o marido, com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução.

Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a atendente veio dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direção ao elevador, dei uma descrição do seu minúsculo quartinho, inclusive das cortinas floridas que enfeitavam a janela.

Ela me interrompeu com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho..

- Ah, eu adoro essas cortinas...

- Dona Cacilda, a senhora ainda nem viu seu quarto... Espera um pouco...

- Isto não tem nada a ver, ela respondeu, felicidade é algo que você decide por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada... Vai depender de como eu preparo minha expectativa.

E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todo dia quando acordo.

Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem...
Ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.

- Simples assim?

- Nem tanto; isto é para quem tem autocontrole e exigiu de mim um certo 'treino' pelos anos a fora, mas é bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em consequência, os sentimentos.

Calmamente ela continuou:

- Cada dia é um presente, e enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte de alegrias e felicidades na sua Conta de Lembranças. E, aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de Lembranças. Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica..

Depois me pediu para anotar:
COMO MANTER-SE JOVEM

1. Deixe fora os números que não são essenciais. Isto inclui a idade,o peso e a altura.
Deixe que os médicos se preocupem com isso.

2. Mantenha só os amigos divertidos. Os depressivos puxam para baixo.
(Lembre-se disto se for um desses depressivos!)

3. Aprenda sempre:
Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso.

'Uma mente preguiçosa é oficina do Alemão..' E o nome do Alemão é Alzheimer!

4. Aprecie mais as pequenas coisas.

5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. Ria até lhe faltar o ar.
E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele ou ela!

6. Quando as lágrimas aparecerem, aguente, sofra e ultrapasse.
A única pessoa que fica conosco toda a nossa vida somos nós próprios.
VIVA enquanto estiver vivo.

7. Rodeie-se das coisas que ama:
Quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja.
O seu lar é o seu refúgio.

8. Tome cuidado com a sua saúde:
Se é boa, mantenha-a.
Se é instável, melhore-a.
Se não consegue melhorá-la , procure ajuda.

9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até a um país diferente, mas NÃO para onde haja culpa

10. Diga às pessoas que ama que as ama a cada oportunidade.

Nelson Gonçalves - por Norma Hauer

A VOLTA DO BOÊMIO
Foi no dia 21 de junho de 1919 que ele nasceu, segundo seus biógrafos em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul. Seu nome Antonio Gonçalves Sobral, que ficou conhecido como NELSON GONÇALVES.
Tive, porém, conhecimento que ele, na realidade, nasceu em Portugal, segundo constou de um processo que correu na Justiça, quando de sua separação da cantora Lourdinha Bittencourt.
Seus pais, portugueses, vieram para o Brasil indo residir em Santana do Livramento, transferindo-se depois para São Paulo, onde foi criado.
E foi lá que começou uma carreira de lutador de box, abandonando-a para dar os primeiros passos em sua carreira artística.
Vindo para o Rio, apresentou-se no programa de calouros de Ary Barroso, então na Rádio Cruzeiro do Sul. Este, desprezando-o, sugeriu que voltasse a se dedicar ao box.
Voltou a São Paulo, onde com dois compositores (Oswaldo França e Rosano Monello) fez um teste foi aprovado e eles o aconselharam a procurar, no Rio, a gravadora Victor onde poderia fazer um teste.
Aqui conheceu o compositor Benedito Lacerda que lhe abriu as portas para gravar na RCA Victor, onde fez sua primeira gravação:”Sinto Bem”, de Ataulfo Alves e “Se Eu Pudesse Um Dia”, da mesma dupla que apoiou em São Paulo. O samba “Sinto-me Bem” fez algum sucesso o que o fez procurar o rádio.
E foi Carlos Galhardo, então na Rádio Mayrink Veiga, que o levou àquela emissora, apresentando-o a Cesar Ladeira, seu Diretor Artístico. Aprovado, foi contratado e teve início sua carreira vitoriosa.
O primeiro grande sucesso de Nelson Gonçalves foi o fox “Renúncia”, de Roberto Martins e Mário Rossi. Aqui, entra mais uma vez a ajuda de Carlos Galhardo. Roberto compôs esse fox para Galhardo; este, querendo mais uma vez ajudar, passou-o para Nelson, que o gravou, “estourou” e abriu-lhe as portas para uma longa carreira que só terminou com sua morte em abril de 1998.
Teve uma vida pessoal um tanto agitada, envolveu-se com tóxicos, sendo, inclusive, preso por esse envolvimento.
Recuperando-se, conheceu o compositor Adelino Moreira e, com todo o “vapor” gravou uma série de sucessos de Adelino, começando com “ A Última Seresta”,
Foram “A Deusa do Asfalto”, “Silêncio da Seresta”; “Êxtase”; “Mariposa”; “Argumento”; “Chore Comigo”; “Meu Dilema”;”Fantoche”; “Escultura” e muitos outros, sendo “A Volta do Boêmio” seu carro-chefe.
Nelson gravou também várias composições de Herivelto Martins, como “Normalista”; “Carlos Gardel”; “A Camisola do Dia”; “Pensando em Ti”...
Foi o primeiro cantor a receber o título de “Rei do Rádio “, em concurso realizado pela “Revista do Rádio”.

Foi uma carreira vitoriosa, iniciou-a com discos em 78 rotações, foi o cantor que mais gravou LPs em sua época, inclusive (para o futuro) um que seria lançado no ano 2000.
Não viu chegar o século 21, tendo falecido em 18 de abril de 1998, sem completar 79 anos.

Aracy de Almeida - por Norma Hauer


ARACY DE ALMEIDA -22 ANOS DE FALECIMENTO
A data de ontem marcou o 22° aniversário do falecimento de ARACY DE ALMEIDA, ocorrido em 20 de junho de 1988. ARACY ficou conhecida em nossa música como a intérprete de Noel Rosa, a quem conheceu em1933.

Isto é um pequeno resumo onde quero dizer algo que não consta de sua biografia e que Gerdal dos Santos apresentou em seu programa da Rádio Nacional há 3 anos.
Foi transmitida uma gravação de Aracy na qual ela conta como Noel compôs "O X do Problema". Ela narra que encontrou Noel no Nice e disse que precisava de uma música nova para gravar e não havia gostado das que Noel lhe apresentara. Na mesma hora, parecendo-lhe o X de um problema, Noel criou o seu "X do Problema", no qual ele dizia que "palmeira do mangue não vive na areia de Copacabana ". Hoje, palmeira de Copacabana não vive nas margens do canal do Mangue.

Algo que também não se encontra em sua biografia foi narrado por Pedro Caetano em seu livro "54 Anos de Música Popular Brasileira-O que fiz,o que vi", no qual conta parte de sua vida de compositor. Ele e Claudionor Cruz fizeram um samba de nome "Engomadinho", que terminava com estes versos:

está nas mãos de sua majestade,
rei dos seresteiros, rei do meu amor".

Era para Aracy gravar. Chegando aos estúdios, Aracy, lendo a letra "empacou" e disse "isso não gravo". Os compositores não entenderam e ela se negou a gravar, completando:"não vou dar cartaz àquele pilantra.Ou muda tudo,ou até amanhã e estamos conversados".
Eles continuaram sem entender. Depois compreenderam: Aracy teve "um caso" com um goleiro do Vasco da Gama, conhecido como Rei; havendo brigado com ele, negou-se a cantar "rei dos seresteiros, rei do meu amor".Os compositores continuaram intrigados, disseram que um rei dos seresteiros nada tinha a ver com futebol, mas ela foi intransignte e eles alteraram os versos para "deste seresteiro,que é o meu amor". Aí ela gravou.
Aracy tinha muita personalidade e comprovou isso julgando calouros na TV de Silvio Santos. ENGOMADINHO
Eis a letra completa de "Engomadinho", de Pedro Caetano e Claudionor Cruz, gravação de Aracy de Almeida.

De terno branco, todo engomadinho
muito faceiro, carregando o pinho,
lá vem chegando meu feliz cantor
salve o seresteiro, salve o meu amor.

O seu semblante, alegre, está dizendo,
que está cheinho de disposição,
para acabar com a dor que estou sofrendo
clareando a noite do meu coração.

Eu tinha visto um manto muito escuro
Cobrir a ilusão de minha vida.
mas como a dor sempre descobre um furo
o meu desengano encontrou saída

E a chave que abriu a liberdade
para o meu coração cheio de dor
está na voz e na simplicidade,
deste seresteiro, que é o meu amor.


Assim se transformaram os dois últimos versos que, anteriormente, diziam:

está nas mãos de sua majestade,
rei dos seresteiros, rei do meu amor.

Aracy, em sua época sabia se impor entre o público e os compositores e até sua morte, entre os "calouros" do Sílvio Santos

Cratenses do passado ( muito bem comportados). - por Heládio Teles Duarte

Mais um gaucho contra a Globo - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Se começar este texto com - Brasil vence por 3 a 1, - a maioria dos leitores parariam aqui neste exato ponto. Isso já é enxurrada que passou, deixou montanhas de lixo e os lixeiros já recolheram tudo.


Acontece que a Manchete do dia na Globo não foi bem esta. Foi a briga do Dunga com o Alex Escobar. No melhor estilo provocador, o Dunga, em voz baixa, mandava brasa no Alex, brilhando a careca do rapaz com algo impensável. Para eles da Globo só restou um “editorial” no melhor estilo do Fantástico, com a voz “ferida” de Tadeu Schmitt.


Para quem viu trechos da entrevista do Dunga, observou que ele, nos intervalos entre uma pergunta e outra, balbucia palavrões contra o “príncipe” da Globo. Qual foi a sacação? Há dois anos a Globo com aquela gracinha da leitura labial pegou o Dunga na maior. Agora ele deu o troco, para que lessem seus lábios. Mas que lábios mais viperinos para o sangue azul da primazia global!


A avaliação fora de campo é que para o Dunga e seu time só resta uma alternativa: Ganhar ou Ganhar. Mesmo que vitorioso a Globo o inviabiliza, mas nisso é que vem o interesse pelo assunto. Por isso estou aqui repetindo o que todos sabem, inclusive a twittada do Cala Boca Galvão.


Não por coincidência, mas por certeza: não existe nenhuma ditadura cultural (de informação inclusive) que possa ultrapassar as veleidades de cada brasileiro em seus estados. Não adianta a Globo querer ser “as trevas que paira sobre todos”, ela continua parte interessada do seu negócio. E todo negócio tem um sotaque e um território, no caso entre Paulista e Carioca. Mais paulista.


Acontece que Dunga, como Leonel Brizola é Gaucho. Sofreu na pele aquele lenga lenga da era Dunga, quando o país ganhou uma copa no sufoco. Toda aquela geração sabe que a “campanha” que gerou o nome da suposta era, fora feita nos bastidores da Globo em alto e tronante mantra para formar conceito.


Meus amigos, esta história revela que o país ainda tem cultura regional, tem estilo próprio de cada povo e, com muita frequência, até com distinção entre os estados. E não brinque com Gaucho, que os há de bola murcha por certo, mas predominam aqueles que acostumados aos ermos imprecisos dos pampas.

PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA

Dia 22 (terça – feira) - CRATO E NOVA OLINDA
08:00 – 12:00 Oficinas na URCA
08:00 Saída do Crato para Nova Olinda
09:00 Fundação Casa Grande em Nova Olinda
09:30 Apresentação dos meninos da Casa Grande
Local: Teatro Violeta Arraes (Nova Olinda):
10:00-12:00 – Mesa redonda 3 – Arqueologia: potencialidades e dificuldades no Ceará e no Nordeste.
- Profa. Ms. Rosiane Limaverde (Fundação Casa Grande do Homem Cariri)
- Dra. Jacionira Coelho Silva- Sub-Coordenadora do Programa de Pós graduação em Arqueologia da Universidade Federal do Piauí
13:00 – Retorno ao Crato
16:00-17:00 Assembléia da ANPUH
19:00 – 21:30 – Mini-cursos (Crato)

Realização: ANPUH - Associação Nacional de Professores de História (Secção Ceará) e Universidade Regional do Cariri
Apoio: Prefeituras de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha

BISAFLOR CONTA HISTÓRIAS

A NOIVA DO FAZENDEIRO RICO

Conta-se que um velho viúvo, muito rico, dono de grandes propriedades, com dinheiro guardado no banco e prata guardada em casa, andava doido para se casar.
Era um homem muito feio e, além disso, presunçoso.
Ora, na sua casa trabalhava uma jovem bonita e, também, muito esperta. O fazendeiro pensou que seria uma boa esposa para ele, além do que, como era uma pobre, cederia de bom grado a sua pretensão.
Pois qual não foi sua surpresa com a recusa da moça! Primeiro, quando o ouviu falar que queria casar-se novamente, disse-lhe “é, a gente pode desejar qualquer coisa, conseguir é que são elas”, e, por último se saiu com essa história de que não achava boa idéia ser noiva dele.
No entanto, ele não desistiu de suas intenções, não gostava de receber “não”, continuou insistindo, e quanto mais era dispensado, mais apaixonado ficava. Queria-a de todo jeito, a qualquer custo. Chamou o pai da moça, que lhe devia uma boa quantia de dinheiro, e propôs um negócio:
- Convença sua filha a casar-se comigo. Em troca, esqueço sua dívida e ainda lhe dou o terreno vizinho à sua roça.
O pai achou que seria fácil convencer a moça a casar-se. Mas que nada! Ela não queria o fazendeiro rico “nem por decreto, nem que ele viesse coberto de ouro”, foi o que falou para o pai. E o outro lá, naquela quizila, queria porque queria casar, era um verdadeiro desatino, parecia caso de vida ou morte. Por isso foi ficando cada vez mais furioso com o que considerava uma desfeita. Um dia chamou outra vez o pai da moça, cobrou uma resposta definitiva, que não aceitava negativas, que ele arranjasse um jeito desse casamento se realizar. O pai pensou, pensou e sugeriu:
- O senhor apronta tudo para o casamento: padre, músicos, festa, bebidas, muita comida, essas coisas. Quando o padre e os convidados chegarem, mande chamar minha filha alegando que tem um trabalho para ela fazer. Assim que ela chegar casem-se às pressas, ela não vai poder fazer nada.
O velho ficou encantado com a sugestão. Cuidou dos preparativos e no dia marcado, quando chegaram padre e convidados, mandou um empregado na casa do seu vizinho, pedir o que lhe fora prometido, mas que fosse num pé e voltasse no outro, e não lhe retornasse sem a encomenda, senão...
Quando o fazendeiro rico pensou em fazer ameaças, o rapaz já tinha partido feito um raio, já estava dando o recado:
- Eu vim buscar o que o senhor prometeu ao meu patrão. E tem que ser rápido, que hoje ele não está de brincadeira não.
- Ah, ela está na roça, vá buscá-la e leve-a para seu patrão.
O empregado correu para a roça e deparou-se com a jovem arando a terra.
- Meu patrão me mandou buscar o que lhe foi prometido por seu pai.
A moça, muito esperta, compreendeu que se tratava de uma cilada para ela, mas muito naturalmente, apontou uma égua baia que pastava um pouco afastava.
- Acho que é a nossa egüinha que ele quer. Pode pegá-la. Vá, leve-a para seu patrão.
O empregado montou no lombo da égua baia e voltou para a casa do patrão em louca disparada. Deixou a égua na porta e apresentou-se ao velho.
- Cadê a prometida?
- Deixei lá na fora.
- Leve-a para o quarto que era da minha mãe.
- Mas o que é isso, patrão?
- Ah, já sei, ela está dando trabalho, está resistindo, pois chame outros homens e levem-na lá para cima.
Foi um deus nos acuda conseguir que a égua subisse as escadas, mas enfim, ordem é ordem.
Voltou o empregado e disse ao patrão que, com muita peleja conseguiram fazer o serviço, mas que não foi coisa fácil, “ô trabalhinho complicado, o pior que já fiz nessa fazenda”-, falou. O patrão estava impaciente:
- Está bem, está bem, você terá uma recompensa depois. Agora, mande as mulheres arrumarem a noiva. E que elas também façam o serviço ligeirinho.
- Noiva? Meu Deus do céu! Ô patrão...
- Deixe de bobagens, vá, rápido, diga pra não esquecerem o buquê de flores nem a grinalda..
- Patrão, esse negócio não vai dar certo...
- Saia da minha frente, me obedeça.
O rapaz deu o recado às mulheres, que subissem e arrumassem a egüinha baia de noiva, com véu, grinalda e flores, pois, certamente o patrão estava querendo divertir os convidados.
Depois que as mulheres deixaram a egüinha baia vestida e com grinalda, véu, e flores, o rapaz foi avisar ao velho fazendeiro que a noiva estava pronta.
- Desça com ela, vou esperá-la na porta.
Foi uma barulheira na descida das escadas, pois não eram nada delicados os pés da noiva, mesmo calçados com sapatos de cetim.
Os convidados JÁ estavam no grande salão enfeitado para a festa de casamento e, quando se abriu a porta e entrou a tão formosa noiva do fazendeiro, foi um quá quá quá sem fim, era gargalhada em cima de gargalhada.
Todos se divertiram muito, inclusive o fazendeiro, que, ao que se sabe, ficou tão satisfeito com a noiva que nunca mais cortejou nenhuma moça.
Aconteceu, acabou e foi verdade. Dizem por aí.

Sociedade Violenta – Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

A cidade de Fortaleza quanto mais cresce, mais violenta se torna. O medo toma conta das pessoas, principalmente quando o fato ocorre num lugar bem próximo de nós. Choca muito mais! Há alguns dias, na missa, o padre estava convocando a comunidade paroquial da Piedade para se reunir na praça que se localiza de frente para a igreja. Todos de branco, para rezarem pela paz, pois na semana passada, nessa mesma praça, um jovem foi baleado. Segundo depoimentos de pessoas que moram no bairro, foi vingança de um componente de outra gangue, porque esse jovem tinha atirado nele, no mesmo local, sem, contudo acertar.

São tantos problemas dessa nossa sociedade violenta: drogas, que é o mais grave dos problemas, desamor, exclusão social, famílias destruídas, violência doméstica, materialismo, acumulação de riquezas, falta de fé e muitos outros fatores que causam toda essa violência no mundo.

Antes a violência era mais nas grandes metrópoles. Entretanto hoje está impregnada até nas cidades pequenas. É um problema que atinge a todos nós. E cada um pode fazer a sua parte para reverter esse quadro. O Estado faz a dele, que é procurando diminuir as desigualdades sociais, dando melhores condições de vida para a população gerando empregos, combatendo as drogas, saúde, educação, moradia e tudo que for preciso para as pessoas viverem com dignidade.

Alguns grupos trabalham para promover a paz, na recuperação de drogados, como o “Desafio Jovem”, a “Comunidade Shalon” e outros. Tem grupos que atuam resgatando a dignidade dos moradores de rua, como “A Toca de Assis.” Tanto os grupos católicos, como os evangélicos ou de outras religiões desenvolvem ações sociais no combate a violência, e isso é que faz a diferença. São nesses atos de solidariedade que sentimos a presença de Deus impulsionando as pessoas a não cruzarem os braços diante dos problemas do mundo.

Na Paróquia da Piedade existe um grupo da Renovação Carismática da Igreja Católica, a “Comunidade Missionária Dom Bosco”, que faz um trabalho de prevenção às drogas, congregando muitos jovens. Estes participam de ministérios de música, de danças, peças teatrais e formação bíblica. Através dessas atividades eles ocupam o tempo, se evangelizam e divulgam o evangelho para outros jovens. Dessa forma eles não têm contato com drogas, nem bebida, nem qualquer vício. Outro trabalho bonito dessa paróquia, é o “Projeto Dom Bosco”, que se dedica às crianças carentes dando alimentação, reforço escolar, recreação, formação e evangelização.

O padre da Piedade tem razão em querer rezar pela paz, pois toda a mensagem e prática de Jesus são de amor e paz. Todos juntos devemos pedir a Deus pela paz, por essa sociedade que está muito afastada do Plano de Deus, que é um projeto onde existe amor, solidariedade, paz, fraternidade e justiça social.

A comunidade em que ocorreu esse fato ficou com medo. Essa situação levou o padre a tomar essa atitude de juntos rezarem pela paz. Foi um ato louvável, mas além dessas iniciativas outras devem ser tomadas por cada um de nós, para que o mundo tenha paz. Paz que não é somente a ausência de guerra, mas, sobretudo a presença do amor. Se no mundo as pessoas quisessem praticar mais a mensagem de Jesus, tudo seria melhor, pois o amor de Deus gera vida para todos. Imagine um mundo em que não exista guerra, nem fome, nem brigas, nem agressões a natureza. Um mundo onde possamos ter convivência fraterna, respeito, partilha e amor. Será Utopia? Podemos até imaginar que pelo menos poderia diminuir a violência se todos se unissem com essa finalidade.

Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

Por Luiz Alberto Machado

- foto da enchente no bairro de Santa Rosa, em Palmares - PE.


TORCIDA ATÉ DEBAIXO D ´ÁGUA

Luiz Alberto Machado


Gentamiga, uma tragédia! E a casa caiu!

Choveu tanto que até os sapos, como diz meu conterrâneo Ascenso Ferreira, pediram aos céus clemência.

O meu povo pernambucalagoano viu a catástrofe nesses últimos dias: cidades completamente alagadas, moradias destruídas, gente desabrigada.

Na minha terra de Hermilo Borba Filho não deu nem para ficar balançando as pernas do alto do sino da igreja da matriz, não sobrando nem minha casa que restou só escombros com a desolação geral de outros tantos sem lar.

O rio Una se juntou ao Pirangi e tomaram conta da situação por lá. Como também transbordaram muitos rios nos dois estados, só deixando os estragos pelas inundações. Um desmantelo dos grandes mesmo.

No meio dessa consternação toda, o jogo mesmo não deu pra ver. Só pude brechar pescadores de geladeira e brebotes boiando, canoeiros solidários, correria da muita de nego até de um olho só e muito oh e chororô.

Mas aprumando o papo da torcida na copa do mundo, o negócio ainda anda devagar, quase parando. Soube que ganhou, mas não convenceu. Até o timeco que ganhamos apertado na primeira rodada, sofreu uma lavagem de 7 de Portugal. Pode? Estão colocando a culpa na jabulani. Ou no juiz que deixou arrear a lenha, da gente ver que pros tanques da Costa do Marfim, do pescoço pra baixo tudo é canela. Foi cada solada de chegar a ver o Elano de cambitos torados. Afora as cipoadas que foram distribuídas a granel do juiz francês deixar rolar. Um vitupério!

Também, não adianta falar nada, a coisa está mais pra gente ter um treco, ou sair troncho com chiliques mais azoados. Por que não convocam emergencialmente a Marta pra desmoralizar os paspalhos?

Pra mim essa seleção de bem comportados está feito o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal: só tem alarde e quando a gente vai ver a coisa é mais precária que merece ser taxada de esculhambação de quinta categoria. Não tem o mínimo respeito pelo cidadão consumidor.

Vamos empurrar o jipe. Se o mandú não pega, minha fia, não tem outro jeito! Tem que empurrar o troço e segurar o pipoco dos peidos pra ver se vai no tranco. Se todo mundo num fizer força, aí acho que a coisa vai empenar de vez. Quem bota fé?

As previsões continuam. Até uma equipe de pesquisadores do Centro de Estudos do Risco (CER) do Departamento de Estatística da UFScar, já sapecou o campeonato para Alemanha (27,5%), ficando a Holanda em segundo (17,05%), Brasil, em terceiro (10,78%) e Argentina (7,86%), em quarto. Nem mesmo a gente aqui acredita que a gente chegue lá. Só o economista Jim O Néill da Goldmann Sachs que nas pesquisas dele acha que o Brasil ganha, seguido da Espanha, Alemanha e Inglaterra.

Enfim, entre mortos e feridos, até agora escaparam todos. Vou colocar a solidariedade em dia e ajudar a minha gente das cidades desoladas. E vamos que vamos capengando embaixo da chuva rumo ao hexa em 2014 e cantando o frevo da Folia Caeté.

Beijabrações & tataritaritatá!!!!!
www.luizalbertomachado.com.br



PS: só lembrando que vem aí o DVD do meu espetáculo infantil “Nitolino no Reino Encantado de Todas as Coisas”. Lançamento depois da copa, viu?

Gil


Gilberto Passos Gil Moreira (Salvador, 26 de junho de 1942) é um músico e político brasileiro.

Gilberto Gil nasceu no bairro do Tororó, em Salvador, na Bahia. Seu pai, o médico José Gil Moreira e sua mãe Claudina, em busca de uma vida melhor, mudam do bairro pobre da capital baiana para o interior do Estado, em Ituaçu, à época um lugarejo com cerca de oitocentos habitantes. Ali Gil passou os primeiros oito anos de vida. Deste período o artista registra a influência das músicas ouvidas, sobretudo no rádio:

…os meus primeiros momentos de ouvir música, tudo se passou numa época em que Luiz Gonzaga, principalmente lá no Nordeste, onde eu vivia, lá na caatinga, era praticamente o canto mesmo da região…


Com oito anos volta para Salvador, onde estuda no Colégio Maristas, e frequenta uma academia de acordeon. Quando estava no secundário, recebeu da mãe um violão e conhece o trabalho de João Gilberto, que lhe influencia de imediato.

Nos tempos de faculdade de Administração, Gil conhece Caetano Veloso, sua irmã Bethânia, Gal Costa e Tom Zé. Realizam a primeira apresentação na inauguração do Teatro Vila Velha em junho de 1964 - com o show "Nós, Por Exemplo".

Formou-se em 1965 e muda-se com a esposa Belina para São Paulo.


Formado em administração de empresas, seu primeiro emprego em São Paulo foi na Gessy Lever. Nos anos 1970, Gil acrescentou elementos novos da música africana, norte-americana e jamaicana (reggae), ao já vasto repertório, e continuou lançando álbuns como Realce e Refazenda. João Gilberto gravou a canção "Eu Vim da Bahia", de Gil, no clássico LP João Gilberto.

Lembrando que Gilberto Gil participou recentemente de um disco livre promovido mundialmente pela Creative Commons com a música Oslodum.

Em 11 de Março de 2007, o jornal estadunidense The New York Times dedicou uma matéria aos esforços de Gilberto Gil em relação a "flexibilizar direitos autorais". A matéria, intitulada Gilberto Gil Hears the Future, Some Rights Reserved (Gil ouve o futuro, com alguns direitos reservados) elogia o trabalho do ministro da cultura quanto à aliança formada com a Creative Commons em 2003, uma de suas primeiras ações como ministro. "Minha visão pessoal é que a cultura digital traz consigo uma nova idéia de propriedade intelectual, e que esta nova cultura de compartilhamento pode e deve informar políticas governamentais.", disse Gil.


CLIQUE - Por Edilma Rocha


Simonal


Wilson Simonal de Castro (Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 1938 — 25 de junho de 2000) foi um cantor brasileiro de muito sucesso nas décadas de 1960 e 1970.

Simonal teve uma filha, Patricia, e dois filhos, também músicos: Wilson Simoninha e Max de Castro.
Filho de uma empregada doméstica, Simonal era cabo do Exército quando começou a cantar, nos bailes do 8º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (8º GACOSM), então sediado no Leblon. Seu repertório se constituía basicamente de calipsos e canções em inglês,

Em 1961, foi crooner do conjunto de calipso Dry Boys, integrando também o conjunto Os Guaranis. Apresentou-se no programa Os brotos comandam, apresentado por Carlos Imperial, um dos grandes responsáveis por seu início de carreira. Cantou nas casas noturnas Drink e Top Club. Foi levado por Luiz Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli para o Beco das Garrafas, que era o reduto da bossa nova.

Em 1964, viajou pela América do Sul e América Central, junto com o conjunto Bossa Três, do pianista Luís Carlos Vinhas.

De 1966 a 1967, apresentou o programa de TV Show em Si ...monal, pela TV Record - canal 7 de São Paulo. Seu diretor era Carlos Imperial. Revelou-se um showman, fazendo grande sucesso com as músicas País tropical (Jorge Ben), Mamãe passou açúcar em mim, Meu limão, meu limoeiro e Sá Marina Carlos Imperial, num swing criado por César Camargo Mariano, que fazia parte do Som Três, junto com Sabá e Toninho, e que foi chamado de pilantragem (uma mistura de samba e soul), movimento também idealizado e capitaneado por Carlos Imperial.

Em 1970, acompanhou a seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, realizada no México, onde tornou-se amigo dos jogadores de futebol Carlos Alberto e Jairzinho e do maestro Erlon Chaves.

Nessa época, Simonal era um dos artistas mais populares e bem pagos do Brasil, bastante assediado pela imprensa e pelos fãs. Vivia o auge de sua carreira. Foi o primeiro negro a apresentar sozinho um programa de televisão no país - o “Show em Si...Monal”, dirigido por Carlos Imperial - no qual era acompanhado por César Camargo Mariano, Sabá e Toninho, que formavam o Som 3, 


Simonal caiu em absoluto esquecimento a partir da década de 1980.
Em 2002, a pedido da família, a Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) abriu um processo para apurar a veracidade das suspeitas de colaboração do cantor com os órgãos de informação do regime militar. A comissão analisou documentos da época, manteve contato com pessoas do meio artístico, como o comediante Chico Anysio e os cantores Ronnie Von e Jair Rodrigues, e analisou reportagens publicadas nos jornais. Em notícia veiculada em 1992 pelo Jornal da Tarde, por exemplo, Gilberto Gil e Caetano Veloso declararam não ter tido problemas de convivência com Simonal.

Além de depoimentos de artistas e de material enviado por familiares e amigos, constou do processo um documento de janeiro de 1999, assinado pelo então secretário nacional de Direitos Humanos, José Gregori, no qual atestava que, após pesquisa realizada nos arquivos de órgãos federais, como o SNI e o Centro de Informações do Exército (CIEx), não foram encontrados registros de que Simonal tivesse sido colaborador, servidor ou prestador de serviços daquelas organizações.

Em 2003, concluído o processo, Wilson Simonal foi moralmente reabilitado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em julgamento simbólico.

Desmascarados em público, e sem nunca terem provado as acusações que faziam, os detratores de Simonal ainda tentaram, dez anos após sua morte, condená-lo novamente, apresentando um documento que nunca aparecera antes, e que demonstraria as ligações íntimas de Simonal com o regime militar, mas depois provou-se que tal documento nada mais era do que uma tentativa de Simonal para escapar de um provável processo por agressão a seu contador, invocando, para isto, ajuda oficial da polícia para provar sua inocência.

Segundo Ricardo Alexandre, autor do livro "Nem vem que não tem - a vida e o veneno de Wilson Simonal", há motivos para os detratores de Simonal pensarem que ele era um boneco nas mãos da direita, pois cantou músicas como "Brasil, eu fico". Não há notícias, contudo, de uma pessoa concreta que tenha sido delatada por Simonal. Afirma o mesmo Ricardo Alexandre que está coberto de razão quem compreende que foi crucificado pela esquerda numa campanha de difamação, pois foi vítima de uma "mídia inclemente atrás das manchetes".
Wikipédia

Gardel


Carlos Gardel (Tacuarembó ou Toulouse, 11 de dezembro de 1890 — Medellín, 24 de junho de 1935) foi o mais famoso dos cantores de tango argentino, país ao qual chegou aos dois anos de idade.

Seu lugar de nascimento constitui uma questão controversa. Alguns sustentam que Gardel teria nascido no interior do Uruguai no departamento de Tacuarembó baseando-se em alguns documentos e matérias jornalísticas de época. seria filho do líder político local Carlos Escayola e de Maria Lelia Oliva, que tinha 13 anos. Outros dizem que Gardel teria nascido na cidade francesa de Toulouse como Charles Romuald Gardès, filho de pai ignorado e de Berthe Gardès (1865-1943). Gardel era esquivo sobre o tema e quando indagado dizia: "Nasci em Buenos Aires aos dois anos e meio de idade".

Cantor e ator celebrado em toda a América Latina pela divulgação do tango. Inicia-se como cantor ainda jovem com o nome artístico de El Morocho, apresentando-se em cafés dos subúrbios da capital argentina. Sua primeira interpretação formal se dá no Teatro Nacional de Corrientes, no qual também se apresenta Don José Razzano, com quem forma uma parceria por vários anos. Pela sensualidade de sua voz, que se presta muito bem à interpretação da milonga – gênero precursor do tango – torna-se conhecido a partir de "Mi noche triste" 1917.

Foi uma das primordiais influências de Amália Rodrigues.
 Wikipédia

LANKA DE CAMPINA GRANDE

UMA PÉROLA DA MPB

Elza Soares


Elza da Conceição Soares, mundialmente conhecida simplesmente como Elza Soares,(Rio de Janeiro, 23 de junho de 1937) é uma cantora e compositora brasileira de samba, bossa nova, MPB, sambalanço e hip-hop.

Soares nasceu em uma favela do Rio de Janeiro e, se casou aos doze anos de idade. Viúva aos 18, Elza sofreu com a miséria e com a morte de entes queridos. Mas, superou tudo e, casou com o famoso jogador de futebol Garrincha. O início de sua carreira musical se deu quando ela ainda se apresentava em show de calouros, apresentado por Ary Barroso.

Elza Soares tornou-se popular com as canções "Se Acaso Você Chegasse", "Mais Que Nada", entre outros sambas de sucesso. Recebeu indicações ao GRAMMY Awards e, foi eleita pela BBC de Londres "a cantora do milênio". Em 2007, a cantora foi convidada para cantar o Hino Nacional Brasileiro a cappella na Cerimônia de Abertura dos XV Jogos Olímpicos Rio 2007. Seu último álbum foi lançado em 2004, Vivo Feliz, que mistura diversos ritmos que vai do samba à música eletrônica.

 Wikipédia

Luiz Carlos Barreto



Luiz Carlos Barreto.Luiz Carlos Barreto Borges (Sobral, Ceará, 20 de maio de 1928) é um fotógrafo e diretor de cinema brasileiro.

Desde 1947 na cidade do Rio de Janeiro, tornou-se um dos maiores produtores cinematográficos do Brasil. Como jornalista profissional, foi repórter e fotógrafo da Revista "O Cruzeiro" nos anos 50 até 1963, tendo sido correspondente dessa revista na Europa, durante os anos de 1953 e 1954.

Na profissão de repórter, cobriu importantes acontecimentos nacionais e internacionais e graduou-se em Letras pela Sorbonne, em Paris.

Barretão, como é conhecido, começou no cinema em 1961, como co-autor do roteiro e co-produtor do filme Assalto ao Trem Pagador, dirigido por Roberto Farias. Essa película obteve um enorme sucesso, tanto no Brasil, como no exterior. A partir de então começou uma série de grande produções cinematográficas, divididas com uma importante atividade política e cultural. Luiz Carlos Barreto é um dos homens chave do chamado Cinema Novo, revolucionou o Cinema latino Americano.

Como diretor de fotografia em cinema é autor das concepções fotográficas de Vidas Secas e Terra em Transe, que revolucionaram o estilo fotográfico dos filmes brasileiros.

Luiz Carlos Barreto, juntamente com sua mulher Lucy Barreto, detêm a marca da produção de mais setenta filmes brasileiros de curta e longa-metragens. Além dos filmes que marcam sua carreira como produtor, é pai de Bruno Barreto e Fábio Barreto, dois diretores dos mais importantes da geração Pós-Cinema Novo e Paula Barreto formada em comunicação social.

Wikipédia

DERCY Gonçalves

Dolores Gonçalves Costa, mais conhecida como Dercy Gonçalves (Santa Maria Madalena, 23 de junho de 1907 — Rio de Janeiro, 19 de julho de 2008), foi uma atriz brasileira, oriunda do teatro de revista, notória por suas participações na produção cinematográfica brasileira das décadas de 1950 e 1960.

Celebrada por suas entrevistas irreverentes, bom humor e emprego constante de palavras de baixo calão, foi uma das maiores expoentes do teatro de improviso no Brasil.

COLABORAÇÃO DE ZÉLIA MOREIRA





Milágrimas
Música: Itamar Assumpção
Letra: Alice Ruiz

Em caso de dor ponha gelo
Mude o corte de cabelo
Mude como modelo
Vá ao cinema dê um sorriso
Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo
Se amargo foi já ter sido
Troque já esse vestido
Troque o padrão do tecido
Saia do sério deixe os critérios
Siga todos os sentidos
Faça fazer sentido
A cada mil lágrimas sai um milagre
Caso de tristeza vire a mesa
Coma só a sobremesa coma somente a cereja
Jogue para cima faça cena
Cante as rimas de um poema
Sofra penas viva apenas
Sendo só fissura ou loucura
Quem sabe casando cura
Ninguém sabe o que procura
Faça uma novena reze um terço
Caia fora do contexto invente seu endereço
A cada mil lágrimas sai um milagre
Mas se apesar de banal
Chorar for inevitável
Sinta o gosto do sal do sal do sal
Sinta o gosto do sal
Gota a gota, uma a uma
Duas três dez cem mil lágrimas sinta o milagre
A cada mil lágrimas sai um milagre
o poeta olha o mundo
vê as pessoas
vê as coisas

não move um dedo
nem pisca um olho

mas
quem vê dentro
sabe...

Torcendo com o Inimigo – por Carlos Eduardo Esmeraldo

Futebol sempre desperta paixões. Desde 1958, quando o Brasil conquistou sua primeira Copa do Mundo, eu comecei a me interessar por esse esporte. A partir daí, acompanhava os jogos do Rio, São Paulo e Bahia pelas rádios. E imaginava o futebol deles como uma coisa irreal, sobrenatural até, bem diferente do que eu costumava ver no nosso campo do Esporte, na Rua Carolina Sucupira. Até os lances exibidos pelo Canal 100 no Cine-Moderno e Cassino nos davam a impressão de algo extraordinário.

Em 1964, em Salvador, o Ceará foi jogar contra o Bahia. Eu e meus primos resolvemos ir ao estádio e torcer pelo Ceará. Era a primeira vez que eu iria ver um jogo de futebol num grande estádio. A Fonte Nova me impressionou. Por fora se via apenas um muro bastante alto. Mas quando entramos, verificamos que estávamos na encosta de um alto e o campo de jogo era em baixo, circundado por uma enorme escadaria em forma de ferradura. Escolhemos um lugar onde havia sombra. Era no meio da torcida do Bahia. Quando nosso grupo se acomodou, imediatamente ouvimos um torcedor baiano gritar: “Esses bichos aí têm caras de cearenses e vão sair daqui debaixo de porrada.” Então um dos primos acalmou os baianos, dizendo que também torcíamos pelo Bahia e que não éramos cearenses coisa nenhuma. Uns dez minutos depois de iniciado o jogo, o Ceará já perdia por dois a zero, e com o coração dilacerado, tivemos de pular a cada gol dos baianos. Para mim, aquele jogo foi decepcionante. Não via nada diferente do joguinho que o nosso Anduiá, Enoque, Bebeto e Doce de Leite faziam pela seleção do Crato no campo do Esporte.

As nossas ações no meio da torcida baiana foram muito divertidas, apesar de sofridas. No segundo tempo, o Ceará voltou bem melhor e dominava claramente o jogo. Eu estava ao lado de um baiano e lhe disse: “O nosso time está muito acovardado, acho que eu vou torcer pelo Ceará!” “E eu também!” Respondeu o baiano, sem muita convicção. Nesse momento, Gildo marca um belo gol para o Ceará. Um dos primos pulou para comemorar, quando eu o puxei pelo braço sufocando o seu grito de “gôôôôl... que começava a dar. Então, ele se lembrou de onde estava e das promessas dos baianos. Depois da minha advertência, balançou os braços para o alto, em sinal de protesto e lavando a alma soltou um sonoro palavrão que substituiu o grito de “gôôô... para o pôôôô....a.”

Depois dessa, esperei nunca mais ir ver jogo no meio das torcidas adversárias. Mas passados quinze anos, eu e Magali chegamos ao Rio de Janeiro, num sábado à noite. Na recepção do hotel, um carioca muito animado, nos disse: “Amanhã tem Flamengo e Vasco no Maracanã. Se quiserem ir, temos os ingressos e ônibus na porta do hotel”. Recusei, pois gostaria de passar a manhã visitando os pontos turísticos do Rio. Fomos ao Maracanã num taxi e chegamos quase na hora do jogo, compramos ingresso para as cadeiras. Não havia mais nenhum lugar disponível. Ficamos nos degraus, onde já havia muita gente acomodada. Na cadeira ao lado, um senhor, educadamente, cedeu seu lugar a Magali e, sentou-se no cimento da escadaria ao meu lado. Era um torcedor do Flamengo. No meu imaginário de vascaíno, jamais poderia esperar uma atitude tão educada quanto aquela partindo de um torcedor do “urubu”. Olhei ao redor e só via torcedores com a camisa rubro-negra. Época do Zico, e um monte de estrelas que faziam do Flamengo um time invencível. Com poucos minutos de jogo, o Flamengo fez três gols e eu sofria com a derrota do meu Vasco, abraçando o amigo flamenguista, a cada gol. Era uma espinhada muito profunda no meu coração vascaíno. No segundo tempo, ocorreu o mesmo daquele jogo da Bahia. O Vasco começou a reagir, fez um e dois gols e estava já para empatar, quando o Flamengo fez o quarto gol. Eu fazia tudo para não desgostar aquele novo amigo carioca e flamenguista. Quando o jogo terminou, eu o abracei e agradeci. E ele, muito brincalhão, como todo carioca, disse: “É, mas eu notei que você é vascaíno. Se eu tivesse adivinhado antes, não teria dado meu lugar à sua mulher.”

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Oriente - por Everardo Norões

a luz se esquece
sobre o corpo
nem oprime nem aquece
palpita a pele
suburbana papoula
no jarro
e no muro o musgo
a conjurar  as pedras
o coração a maldizer
as setas
a indicarem retas
e eu
.......               só desvios
 i

Bolo de carimã




Ingredientes

3 xícara de carimã
3 colheres de manteiga 
3 ovos
1 xícara de açúcar
1 garrafinha de leite de coco
1 xícara de leite de vaca
1 lata de leite moça

Modo de Preparo

Junte a manteiga, ovos e o açúcar e bata bem
Depois vá acrescentando o restante dos ingredientes sempre mexendo deixando o carimã por último
Mexa mais 5 minutos e leve ao forno já aquecido

Dica : substituir a puba por macaxeira , milho verde ou batata doce.

Recebido por e-mail.

PARA AS MULHERES QUE DIRIGEM

Todo cuidado é pouco!!!

Conselhos de uma DELEGADA.
Conselhos dirigidos às mulheres, mas válidos aos homens também!
Atenção nunca é demais!
Devemos estar sempre atentas!
A mulher que elaborou o conteúdo deste e-mail é Diretora de uma Empresa
de Segurança no RJ e foi aconselhada por uma delegada após registrar um
Boletim de Ocorrência.

Sequestro Relâmpago: Se um dia você for jogada dentro do porta-malas de um carro.
ENGULA O PÂNICO E RESPIRE FUNDO, CALMA E FRIEZA:
1) Chute os faróis traseiros até que eles saiam para fora, estique seu braço pelos buracos.
2) GESTICULE feito doida. O motorista não verá você, mas todo mundo verá. Isto já salvou muitas vidas.

2. Os três motivos pelos quais as mulheres são alvos fáceis para atos de violência são:
1) Falta de atenção: Você TEM que estar consciente de onde você está e do que está acontecendo em volta de você.
2) Linguagem do corpo: Mantenha sua cabeça erguida, e permaneça em posição ereta, jamais tenha uma postura "frágil".
3) Lugar errado, hora errada: NÃO ande sozinha em ruas estreitas, nem dirija em bairros mal-afamados à noite.
3) NUNCA FAÇA ISSO!
1) NÃO FAÇA ISSO! As mulheres têm a tendência de entrar em seus carros depois de fazerem compras, refeições, e sentarem-se no carro (fazendo anotações em seus talões de cheques, ou escrevendo em alguma lista, ou ainda conferindo o ticket de compra).

2) O bandido SEMPRE estará observando você:Essa é a oportunidade perfeita para ele entrar pelo lado do passageiro, colocar uma arma na sua cabeça, e dizer a você onde ir.

3) No momento em que você entrar em seu carro:trave as portas e vá embora, não fique ajeitando o cabelo, ou passando batom...
4) Algumas dicas acerca de entrar em seu carro num estacionamento ou numa garagem de estacionamento:

1) Esteja consciente: olhe ao redor, olhe dentro de seu carro, olhe no chão
dianteiro e traseiro de seu carro, olhe no chão do lado do passageiro,
e no banco de trás.

2)Se ao lado da porta do motorista do seu carro, estiver estacionada uma Van Grande: entre em seu carro pela porta do passageiro.

IMPORTANTE: A maioria dos assassinos que matam em seqüência atacam suas vítimas empurrando-as ou puxando-as para dentro de suas Vans, na hora em que as mulheres estão tentando entrar em seus carros.
5) NUNCA deixe para procurar as chaves do seu carro, quando estiver parada em frente a porta dele.
1) Dirija-se ao veículo com a chave em punho, pronta para abrir a porta e dar
a partida. Observe os carros ao lado do seu.

2) Se uma pessoa do sexo masculino estiver sentado sozinho no assento do carona do carro dele que FICA mais próximo do seu carro, você fará bem
em voltar para o shopping, ou para o local de trabalho, e pedir a um segurança ou policial para acompanhar você até seu carro.
6) É SEMPRE MELHOR ESTAR A SALVO DO QUE ESTAR ARREPENDIDO, não tenha vergonha
de pedir ajuda.
Use SEMPRE o elevador ao invés das escadas. (Escadarias são lugares horríveis para se estar só, são lugares perfeitos para um crime).
7) PARE COM ISSO!
As mulheres, estão sempre procurando ser prestativas. Não use o celular a toa.
1) Essa característica poderá resultar em que você seja assassinada!
Um assassino seqüencial, homem de boa aparência, com boa formação acadêmica, declarou em seu depoimento que SEMPRE explorava a simpatia e o espírito condescendente das mulheres. Ele andava com uma bengala ou mancava, e conseqüentemente pedia 'ajuda', para entrar ou sair de seu carro, e era nesse momento que ele raptava sua próxima vítima.
2) Durante o dia, ande de óculos escuros: O agressor nunca saberá para onde você esta olhando.
3) Celular: só em lugar seguro.

Pensamento para o Dia 21/06/2010


“Mesmo o oceano sem limites pode ser bebido com facilidade por alguém. Enormes montanhas podem ser arrancadas da face da terra com grande facilidade. As chamas de um enorme incêndio podem ser contidas com grande facilidade. Mas controlar a mente é muito mais difícil que todas essas coisas. Portanto, se alguém tem êxito em subjugar a mente, alcança a consciência da alma. Esse sucesso só pode surgir quando se sofrem muitas provações e negações. A bem-aventurança, que é o resultado desse esforço, é o mais elevado tipo de felicidade.”
Sathya Sai Baba

Correio Musical

Vocês sabem ? - por Socorro Moreira

Nasci aprendendo  coisas  com o instinto e com a razão.Com ou sem razão,  internalizei o que criei ou copiei.De tudo e todas  , o que mais me interessou  por encanto , foi a vivência do amor, em todas as suas formas, em todos os seus cantos.
Nos anos flores a gente arrisca, cai do pau pra ver o tamanho da queda ,  petisca, condor ou sem dor..Nos anos frutos , a gente colhe o que plantou , mas também é cansativo reunir  o nosso amor.Ele já se espalhou,  se desintegrou  ... Enfim , nosso quebra-cabeça amoroso , tem pedras de todos os tamanhos, formas e cores.
Quando , no tempo das sementes , desejo semear  o carinho, o faço sem alardes , e entre trovoadas  ... Se retornar  eu guardo, pra depois (re)espalhar !
Eu vivi intensamente meu potencial afetivo. Hoje ele é da paz, mas nunca foi desistente de um sentimento maior , curado de todos os defeitos que contrataram perdas e contraíram mágoas.
Hoje sem amargura, descubro que o meu amor está inteirinho, como se nunca tivesse sido exercitado, pronto pra passar pro lado de lá , e continuar do lado de cá , sem posse e com destino !
Não sei o que é o amor... Vocês sabem ?
Não respondam com palavras  !

O Ilusicionista - por Ana Cecília S.Bastos

O TEMPO VARRE A MEMÓRIA,
DEVASTADOR.

O TEMPO DESFIGURA IMAGENS.
SUAVE OU BRUSCO,
ATENUA CONTORNOSW, DESFAZ ILUSÕES,
DEIXANDO NUA A MINHA RECORDAÇÃO.

O TEMPO TORNA ANÔNIMAS AS MARCAS EM MINHA PRÓ-
PRIA FACE,
COMO SE NÃO FOSSEM
VERTÍGIOS DO QUE VIVI.

UM ATO DE AMOR AO CRATO – Por Jorge Carvalho

Olá, Crato, minha terra, meu berço, amanheceste mais linda, mais charmosa, mais sorridente. Uma beleza. Crato da Rua da Vala, mecânicos a trabalhar..., Rua da Laranjeira, Rabo da Gata, Beco do Padre Lauro, Rua Grande, Beco do Cachimbo, Travessa da Califórnia, Rua do Fogo, Rua Formosa, Nelson Alencar, Rua da Saudade.

Infância no Alto da Penha, de onde avistava toda a cidade, naquele tempo pequenina. Adolescência na Nelson Alencar - Rua da Saudade.

Crato da pioneira: Radio Araripe - ZYH 20 - A voz do Cariri. “Campo do Esporte”, “Mercado Redondo”, Quadra Bi-Centenário - Festivais da Canção, o Votoran, a Drasa, a AABB, Crato Tênis Clube, a “Grota”: Zé Murrinha, Seu Leandro...

Barro Vermelho! Oh! Igrejinha da São Francisco... Chico Viana! E o “Gesso”? Homens, mulheres, orgias, ilusões, fantasias... Maria Alice, Glorinha, Manezim... Chico Curto na bateria... Cantina 1.100, Gurilândia, Elói, Algo Mais, Pau-do-Guarda, Cilué, Igrejinha de São Miguel: Padre Frederico, João do Crato, São Pedro do SESI, a bandinha comandada pelo “maestro” Correinha, Véi do Caldo... Brejo do Brigadeiro. Grande e populoso bairro da Vila Alta. Ah! Chico “Boa Sorte” A matança: Zé de Matos, Luiz Matos, Colégio Sagrada Família, Recreio, Bairro Batateiras: Dona Edite e o coco, quanta descontração nessas bravas mulheres. Nossa Senhora Aparecida. Antigo Colégio Agrícola: Meu pai, Zé Lúcio, Carlos Alencar, Tio Osvaldo, Doutor Hermano Teles, Vicente de Maroca... Seminário. Ah! Como cresceu... Cacimbas, Misericórdia, Conjunto Novo Crato... Tu abençoas, tu velas, tu observas silenciosamente do teu alto toda a cidade na benção do teu padroeiro São José. E tuas procissões... quanta gente, quanta beleza... Ladeiras de vinda e ida de teus moradores, trabalhadores, trabalhadoras que fazem a cidade “viver” dia-a-dia com o suor do seu trabalho. Vocês desevolvem o meu Crato, Cratinho de luta.

Rua Pedro Segundo... Ah! Pedro Segundo? Não! “Pedra Lavrada”, Almir Carvalho, símbolo maior de boa gente cratense. Boêmio, carismático, desportista... Olha o rebelde aí, gente! Beco de Padre Lauro: Beco da Mijada... O simbólico e aromático pezinho de Sapoti... Cine Moderno: José Petrola, Dezim, Macário... Cine Educadora.

Osvaldo, Raimundo Siebra, Antônio Berredo, Cassino: Seu Mário, Antônio Siebra, Otacílio, o Café Crato: Seu Orestes, Thomaz Osterne, Ernani Silva, Brigadeiro Macedo, Luiz Barreto, Tália Márcia, Zé Nilo, Alagoano, Doutor Leônidas, Gutemberg Sobreira, Valtim – o prefeito – Alcides – seu irmão – Zé Landim, Valdir Leite, Zé Valdevino, Antônio Luiz, Júlio Saraiva, Zé Horácio, Pedro Felício, Abidoral, Moacir Dantas, Espedito Dantas, Zeba, Zabé, Virginia, Colo, Dr. Ribamar, Zé Maia, Dedé de Zeba, Bandinha Rosa Guedes, Correinha, o jeep de Maru, Luis Sarmento, Chico Soares, a festa do Bi-Centenário, Os Extras, Musisom, Ases do Ritmo, Bar Ideal, Seu Deodoro, Mazinho, “espinhos e rosas” com eles... Juca e Jeremias, Bazar de Músicas – uma festa em cada lar caririense – Maestro Azul, Jornalista Huberto Cabral, a humanidade de Humberto Macário.

Doutor Maurício Teles, Doutor Macário, Doutor Gesteira, Casa Eurico, Farmácia Teodorico, Cloves Carvalho, Mestre Lucas, Jorge Lucas, Mercearia Beija-Flor, Waldemar Garcia, Salviano Saraiva, Anduiá, Tico de Binda, Prefeito Ariovaldo Carvalho, Prefeito Alexandre Arraes, Seu Teunas, Miguel Soares, Luis Soares, Geraldo Maia, Dr. Raimundo Bezerra, Dr. Jósio Araripe, Mons. Rocha – consultório da família – “Organic Publicidade”, Revista Região, o Circo Nerino, o Café de João Gualberto, Misael, Zé Maia – eterno carnavalesco – a 1ª Feira de Amostras, retretas da Banda de Música, as lapinhas do Natal, o GRUTAC com seus espetáculos teatrais... Coronel Filemon – tio Filé –, Menandro, Mais ou Menos, Sá Barreto, as serestas na Praça da Sé, o Bar Central de Zé Eurico, Dr. Rolim, J. de Figueiredo Filho, Dr. Nelson, do hospital, Dona Ceicinha, Enfermeira Bernadete, Salvina Lucena, Vanda Lúcia – Miss Ceará – a Casa Abraão e seu “queima”, Zé Bedeu, a Babilônia e o Artigo da Semana... Pimenta: Juarez Caçula, Crato Tênis Clube... teus carnavais, como esquecê-los? Nunca! Lameiro – Seu Nelson e os engenheiros de rapadura adoçando a cidade. Caixa d’água: Marcelo Piancó, Chave de Fenda, Casé, São Sebastião – Realmente é o Alto da Alegria: Unidos de São Sebastião. Alto da Penha: Operários do Samba; realmente és uma população operária, uma gente trabalhadora. E o Vasco? O mais antigo em atividade no nosso futebol. Luisim, Dola, Dunga, Menoca, Pedim, Ticola, Esmeraldo, Francisco Maguim: Desportista com “D” maiúsculo. Campo do Cariri: Chico Curto, Pirrol, Peba, Sibito, Pangaré, Frutapão – campo, também do Sport. Bar Social: Seu Chiquim, Praça Cristo Rei, Estação Ferroviária: quanta saudade, quanta recordação! Praça da Sé: Bar do Alagoano: sem comentário. Uma Pérola de Saudade, uma relíquia do Crato, cidade alegre, Crato boêmio, Crato moleque. Os leilões de N. Sra. da Penha, Monsenhor Rubens: carisma sem igual. Um líder. A Feira da Rapadura, Feira da Farinha... O carro de Pedro Maia, a criatividade de Elói com a “Festa da casa grande”, Rádio Educadora do Cariri. Vicelmo. Ah! Hoje é sábado, dia da besteira... é o próprio cratense boa vida, “malandro”, brincalhão, divertido... quem já não se acostumou a ouvir: “Aqui, Rádio Educadora do Cariri... e, Crato 12 horas e 30 minutos”... Doutor Gesteira, Pedro Maia, Sorriso, Chupetinha, Antoin Cornim, Capela, Joquinha, Canena, Maria Caboré, Célio Silva, Baixeirinha, Tandô, Feira da Rapadura, o Rebelde, o Penarol, o Satélite – alô Netinho – o Sport, o Palmeiras: Seu Osmar, Elói, Chapeado Noventa, Zé Gato – O poeta maior – Nascente, Grangeiro, Serrano, Itaytera, Poço da Escada, Boate Colibri, Café Crato, Praça São Vicente, Posto Crato, Posto Ceará, Chico da Cascata, Zé Pajé, Padre Ágio.

Crato: aqui nasci, aqui vivo. Solo em que piso dia-a-dia, água que bebo de tuas fontes serranas, ruas por onde passo em tuas noites enluaradas, boêmias, saudosas, eternas. Crato: eu te amo!

Prof. Jorge Carvalho

Você não sabe amar - por José do Vale Pinheiro Feitosa

E já começou afirmando, “Você não sabe amar meu bem”, que ela não sabia conjugar o verbo amar. Nem conjugar e nem dominar o conceito: “Não sabe o que é o amor”.

E eles sabiam, Dorival Caymmi, Carlos Guinle e Hugo Lima, não apenas o conceito como tudo aquilo que se desdobra nos tempos, modos e pessoas do verbo amar. Não apenas singrar os mares do verbo, seja com seus símbolos e metáforas. Eles, quem sabe sentados na pérgula do Copacabana Palace, um violão, frases soltas e notas arrumando as idéias. Ou, talvez, no piano do bar, entre um copo e outro de uma boa bebida no entardecer da cidade.

A verdade é que eles sentiam que ela não sabia amar pois “Nunca sofreu, nunca viveu” e tão jovem diante de tantos anos vividos “E quer saber mais que eu”.

E neste abismo de tempo de sofrer e viver, já havia uma senha para o desfecho: "O nosso amor parou aqui. E foi melhor assim. Eu esperava e você também. Que fosse esse o seu fim."

O amor, de sofrer e viver, é, também, o recipiente das coisas boas da vida, é ação e móvel da ação, é conteúdo e recipiente ao mesmo tempo e sendo assim, é um todo indistinto, cuja identificação apenas se dar por sentimentos e nos sentidos do corpo. Tua presença, teu odor, esta distância impreterível as nos separar como o sol à lua.

E quando se explica o que tudo aconteceu eis que "O nosso amor não teve querida, as coisas boas da vida. E foi melhor para você. E bem melhor pra mim. "Claro que mais uma vez a distância da idade entre ela e ele.

Na tarde de sol




1. Na tarde de sol

Na tarde de sol, sem nenhuma sombra,
O canto da cigarra quebra pedras.
O capim gordura cintila.
O pássaro se ajeita no ninho.

A árvore cabe na palma da minha mão.
As garças velam o sol refletido no lago.
O vento encrespa a água.
O martim-pescador se exibe na margem.

As amoras vermelhas pendem de um galho.
O pinheiro em chamas com tanto sol.
Uma teia de aranha equilibra-se
Entre a árvore e o telhado da casa.

Caminho na areia molhada.
Meus olhos revoluteiam com as folhas secas.


2. Composição

As vacas no pasto ao sol, sob tanto azul,
Pastam o verde com paciência.
Nem se importam com a sombra das árvores,
Foram fisgadas pelo anzol do pasto verde.

A árvore eleva a copa ao céu.
As folhas brilham, o sol escorre pelo tronco.
A pomba era tão azul
Marchando na grama verde.

A roda d’água é mágica.
A água brilha tanto, a roda gira.
A vida gira tanto, a vida brilha.

O sanhaço azul contra o verde das folhas
Degusta um a um os coquinhos amarelos.

Sinto o perfume e o sabor de tanta cor na paisagem.


3. Sombra verde

A sombra das nuvens sobre os montes
Torna mais vivo o verde próximo.
As árvores esplendem.
A montanha esplende ao sol.

O céu muito azul,
Poucas nuvens, paina branca, esfiapada.
A paisagem do campo verde.
O pinheiro e eu ansiamos pelo céu azul.

Várias árvores, muitas árvores.
Uma cerca no horizonte
Limitando o campo verde.

Outra cerca no meio do campo
E alguma sombra esparsa.

Um boi solitário rumina a manhã.

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