Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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.....................
claude_bloc@hotmail.com

sábado, 5 de junho de 2010

Tu
- Claude Bloc -


Na rua em que caminhas
há uma linha que te divide do resto do mundo.
De um lado o chão que pisas.
Do outro meu coração.
mas quem és tu afinal?
.
- Claude Bloc -
.

MEMÓRIAS DE UMA RETINA - Daniel Hubert Bloc Boris (Jacques)


Vultos sem cores, cores sem nomes
Peito macio, boca no néctar
Face de mãe, sorriso ardente
Mão carinhosa, pele que sente.

Menino correndo, grito chamando
Esparadrapo na testa, chorando de noite
Bola no pé, porrada na certa
Risco no chão, aposta de briga

Calça comprida, primeiro perfume
Cerveja gelada, mesada perdida
Festa na mente, noite acordada
Encontro nos becos, sogro valente

Beca no corpo, canudo na mão
Dinheiro no bolso, casamento vindouro
Meninos nascendo, papai é meu nome
Cabelos grisalhos, corpo cansado

Netos chegando, alegria da casa
Aposentadoria anuncia, sono perdido
Remédios na mesa, dinheiro faltando
Limite da vida, sem medo da morte


Poema de: Daniel Hubert Bloc Boris (Jacques)

Título sugerido por: Sérgio Murilo Brito Peixoto

Podem me chamar de brega...

Recadinho do coração...
***
Saudade - Cristian Castro
( acompanhamento - violão)



Christian Castro - Volver a amar

REENCANTANDO COM AMIGOS - Por Edilma Rocha

Peixoto e Edilma
Edilma e Jamacarú

Zé Flávio e Edilma


Socorro, Edilma e Emerson




Minha amiga, cantora Anna Canario interpreta "The Man I Love" de Gershwin

NE - Dedicado a Gabi, que sempre está à procura de uma cantora de Jazz no Brasil. Gabi, aqui está uma que canta mesmo!

Uma das grandes cantoras do Brasil, Anna Canário, paulistana radicada em Fortaleza, canta um dos grandes clássicos do Jazz, "The Man I Love" de George Gershwin, acompanhada por seu marido, o pianista Edson Távora ( Filho do nosso grande e saudoso amigo Edson Távora, que possui alguns parentes no Crato ). Anna tem sido aclamada como uma das maiores revelações como intérprete brasileira, e é sucesso dentre as cantoras do Brasil no site CNET, o maior distribuidor de músicas em MP3 do planeta. Em 2008 gravou um disco que reúne compositores Brasileiros e principalmente cearenses, como Haroldo Ribeiro, Luciano Franco, Dihelson Mendonça, Sílvia Bezzato, além de composições autorais. Ganhou o primeiro prêmio em inúmeros festivais ocorridos recentemente no Brasil.



NE - Querida amiga Anna, continue sempre assim. Sua interpretação de "The Man I Love" faz jus ao trabalho belíssimo deixado pelo grande autor de "Rhapsody in Blue", George Gershwin.

Por: Dihelson Mendonça

POR SOCORRO MOREIRA

Casa Abandonada x Vida restaurada

Beira de estrada. Horta , pomar e jardim , consumidos pelo mato.Sumiu aquela mistura de verde e encarnado, salpicado de rosa. Ocre tom...verde-fechado e amarrotado !
Quero gritar pelos de casa , pedir-lhes um copo d'água ... Um silêncio fúnebre , quebrado pelo vento, num mato sem cachorros , responde.
Passo e enxergo o abandono , igualado com uma magia estranha. Tudo caindo aos pedaços : a casa, esperanças , .e um sol desnecessário ! Paro e adentro em pensamento , destarte o cansaço da estrada .
Na sala um banco de cimento; um chapéu de palha rasgado ;uma carta queimada , e uma placa descascada , onde se pode ler : "Lar , Doce Lar..."
O corredor é estreito , escuro e úmido ; telhas quebradas , espalham-se no chão de mosaicos; quartos amplos, móveis corroídos pelo cupim; colchão destruído pelas traças. No outro quarto , um brinquedo de borracha , mistura-se aos farrapos. Na cozinha um fogão de lenha, uma chaleira amassada, esquecida do último café que esquentou ! Uma caneca de Ágata , um pote de barro, uns caixotes de madeira, cobertos de mofo e poeira . No teto , um império de aranhas. Ministérios, templos , castelos, pontes e jardins suspensos por teias ... tênues linhas , que se invisibilizam . Tudo negro, sem vida e sem cor ! Banheiros primitivos ; uma cacimba , e a mata virgem , com não sei quantos hectares , sem caminhos.
Como construir nesse casebre um doce amanhã ?
No primeiro dia seriam recortados os caminhos. Limpa do terreno , transformado em avarandado com cestos de samambaias.; chão e paredes vassourados , sem sequer um pé de lixo , nem uma única folha , trazida pelo vento . Novas telhas , novo cal , água no piso ; janelas e portas, enfim desferradas ! De lá sairá um caminhão de poeira , e outro de fantasmas !
Dia seguinte , portas e janelas pintadas; fechaduras novas , , vitrais com motivos florais , jardineiras com sementes de gerânio e beijo americano . No quarto uma cama de ferro , uma cortina de renda , e uma colcha de retalhos; um baú de guardados , com saches de patchuli. No banheiro uma violeta , um armário com sais e sabão de alecrim ! Sala com sofás de cipó , almofadas de chita , uma cadeira de palhinha , uma mesinha de canto , aonde teu óculos , teu livro e teu licor , descansam !
Um velho piano , espera uma serenata , em noite de lua ...Uma lareira crepitante , espera uma noite de Julho !
Na cozinha , a alquimia de todas as ervas; potinhos de geleia e farinha , e um monte de lenha , pra não faltar fumaça , na chaminé . Copos de alumínio areiados , espelhando teu rosto. Cheirinho de feijão temperado com uma folha de louro, e um velho papagaio , a te remedar ... " não quero outra vida.Nessa paz eu morro "!
Flora revitalizada , cachoeira jorrando água pros banhos matutinos e vesperais . Amigos chegando , cerveja gelando , pipocas e castanhas estalando ... lua pairando , e iluminando a poesia !
Quem neste sonho pára , toma café com Dona Maria , e ainda ganha outro agrado : pedaço de sonho , pintado num arco-íris !

ESTELARES - POR SOCORRO MOREIRA



Você embucha meu coração de poesia
nas contrações e expulsões de todo dia
Perdem-se os elásticos que o prendiam
Agora ele é lato , frouxo ...
Comporta a vida,
e os terrenos da eternidade !

"São João disse ,
São Pedro confirmou ..."
E Jorge foi amado !

As almas são como estrelas
piscando no infinito
quando os brilhos se cruzam
as pontas se unem
e nasce um amor !

Foi assim ,
eu bem me lembro ...
E tudo que no céu se faz ,
no infinito firma-se !

por Socorro Moreira

Cheiro de Infância



Carência e medo
Tempestade , trovão
Almas penadas
Aparição !
Pavor de espelhos
Aconchego
Colchão e amoníaco
cabelos embrenhados
Balões , bonecas de pano ,
bilas , birros , bambolês
Chão de mosaicos ...
Sujos da infância !

procurando o verso, no universo.-por Socorro Moreira

Aonde estão meus amores
de curta e tão viva aurora ?
Aonde estão meus projetos ,
que o tempo não devolve ?

Aonde estou no caminho ?
Sinto cheiro de rosas
gorgeio de passarinhos
barulho de pedras ,
soluço das águas ...

Aonde estou que não vejo
Nem cavalo , nem coelho
Apenas um gato mia,
e me arranha no verde !

Preta noite
branco sonho
Um vôo sobre o limbo
um aterrissar constante ...

Aconteceu, na noite de ontem.- por Socorro Moreira

No exercício agregador de amigos, ontem nos reunimos na casa de Zélia Moreira, com o propósito de criar uma associação, que possibilite atividades para o desenvolvimento humano.
Foi um momento de sensibilização, com vistas à viáveis futuras realizações.
No segundo momento, a descontração !
Hugo ( acordeon) , Peixoto ( voz e interpretação), Nicodemos (rabeca) e Jaime Starkey na percussão. Nessa brincadeira maravilhosa , nos deleitamos até às altas da madrugada ( pelo menos a metade do grupo).
Queridas presenças : Zé Flávio e Fabiana, João Marni, Marcos Cunha e Dona Sônia, Haroldo Correia, Poliana e Samuel, Flora e Ricardo, Maryfran, Verônica, Abidoral, Ulisses Germano, Joemir, Miguel e Josenir, Gaby , Emerson e família, Cileide, o povo lá de casa, e o povo da casa de Zélia, minha irmã...!
O resultado foi animador. Desejamos , em breve, repetição !
-Na oportunidade fechamos contrato com Hugo, que tocará na nossa festa de Julho, o que garante , ANIMAÇÃO , e 4 horas de "Tertúlia" !
- O Crato Tênis Clube já agendou a nossa festa
- Estamos aguardando os convites para serem colocados à disposição de todos.
- Claude e Edilma estão prepando a sequência do cerimonial , e outras surpresas e/ou detalhes.
Tá tudo fluindo, com toda nossa vontade !

O medo de perder a bolsa - por Socorro Moreira

As pessoas têm me dado conta , que só ando com a bolsa pendurada no ombro, mesmo da sala pra cozinha da minha casa.
Gaby, mais observadora , interrogou-me : por que tu não larga essa bolsa?
E eu respondi : pois é... por que não largo ?!
Aí lembrei de um fato.
Ano 1995 . Entrei num cinema do Shopping de João Pessoa. O filme já havia começado. Sentei, e deixei a bolsa na cadeira ao lado. Assisti a fita do fim para o começo, e sai do cinema, no escuro que encontrei, quando entrei. Atravessei algumas avenidas, e parei pra jantar, aquela carne- de- sol do Picuí com pirão de leite, que tem mais gosto, na Paraíba.
Enquanto esperava o sossego da fome , procurei a bolsa pra retocar o batom..
- O o canto mais limpo !
Corri de volta , mas o Shopping já estava fechado. Um vigia ensinou-me a casa do gerente do cinema. Para meu alívio , ele confirmou que havia encontrado a bolsa, mas só me restituiria , no dia seguinte.
Fui lá, e a tive de volta, intacta , com todos os cartões, e todos os trocados, inclusive meu batom ( artíficio feminino indispensável!).
Depois desse dia não largo a bolsa, exceto pra dormir e tomar banho. Ela continua transparente, na minha vida. Continuo esquecendo que ela existe, mas não a deixo mais , em qualquer canto.
Que falta faz um bolso pra carregar apenas um cartão... !
Bolsa de mulher, como diz Domingos, nem vale adivinhar os segredos que ela esconde !

Arlindo Marques Júnior- por Norma Hauer

Só para lembrar que na data deontem, no ano de 1968, faleceu o compositor e jornalista ARLINDO MARQUES JÚNIOR.

Ele fez, com Roberto Roberti uma das mais constantes parcerias de nossa música popular, gravando com quase todos os cantores do tempo áureo do rádio, como Orlando Silva que lançou dois sambas da dupla, um em resposta ao outro.
Foram "O Homem Sem Mulher Não Vale Nada" e sua resposta "Encontrei minha Amada".

"Saí de casa disposto a procurar,
Aquela que há de ser a minha amada
Porque meu coração é que me faz confessar:
Que o homem sem mulher
não vale nada..."

Tempos depois:

"Procurei tanto tanto.
Mas encontrei minha amada
É por isso que eu canto
Está em festa minh'alma apaixonada..."

A mesma dupla gravou, com Carlos Galhardo, "Cartão Postal"; com os Anjos do Inferno, "Nós os Carecas"; com Dircinha Batista "Música ,Maestro"...

Na data de seu aniversário natalício (1° de agosto) falarei mais sobre ele, lembrando, também, que Roberto Roberti faria aniversário em junho.

Norma

Encontro Cruzado... Por Claude Bloc

O tamanho da foto era mínimo, mas a lembrança contida nesse simples pedaço de papel remexeu com a memória, com os sentimentos, com a vida, todos bem guardados por tanto tempo no fundo de um baú...
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Ontem Edilma e eu nos reunimos no Iguatemi, para definirmos alguns pontos sobre o evento do lançamento do livro do Cariricaturas. O tempo corre. Já estamos no mês de junho e muitas providências ainda devem ser tomadas e muitas coisas acertadas pra não deixar o todo virar caos.

Fizemos o roteiro, acertamos alguns pontos, reduzimos a arestas. Tudo programado passo a passo: música, som, imagem e cerimonial.

Edilma, como toda artista é bem detalhista e isso é muito bom, pois os pontos obscuros são logo levantados e esclarecidos.

Ainda estamos abertos a sugestões visto que, por não morarmos diretamente no Crato, falta-nos o conhecimento de como e onde encontrarmos alguns determinados elementos para compor com apuro o nosso grande momento.

Grande parte dos contatos já foram feitos e acertados. Esperamos que na hora tudo se encaixe com perfeição (ou quase).

Pedimos a quem nos lê neste momento, que no sugira como ajustar custos, material para arrumar o espaço e mais o que vier na ideia e que seja útil para ultimar os ajustes necessários.

Mas o que esta foto acima tem a ver com isto? Hem? hem? hem?
..
É que no encontro que tivemos (Edilma e eu) houve também momentos para outras amenidades: recebi das mãos de Edilma meu certificado de Honra ao Mérito proveniente do Cariri Encantado (e aproveito para agradecer a Salatiel em nome dos organizadores do evento acontecido ha poucos dias)... e recebi também esta foto retirada dos alfarrábios de Telma Saraiva.
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Um primor de lembrança. Esse momento se deu num dos meus aniversários (o de 18 anos). A turma do Pimenta foi a Serra Verde para comemorá-lo e eu, pela proximidade com as festas juninas, me vesti a caráter usando uma saia godê de minha avó Huguette ( Mamy). Também estavam presentes Edilma e Roberto Rocha, amigos de todas as horas.
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Subindo a escada do lado esquerdo estão: Claude, Gracinha Pinheiro, Iara Brito (falecida), Josélia Soares, Glória Pinheiro, Judite Sampaio (atrás de Glória), Edilma (ao lado de Judite), Roberto e, de chapéu, Hubert Bloc Boris.
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Subindo pelo meio da escada: Dedê ou Dadim (um dos Conrado)... Bertrand, Chico de Neném (morador da casa), uma filha de Armando Lacerda (de quem não recordo o nome), e no topo, Abraão (namorado de Cinara Lacerda?).
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Subindo a escada pelo lado direito: Iza Vilar, em pé, (minha amiga-irmã), Ligia Lacerda, a pessoa não identificada ( Lídia Lacerda), Carlinhos Sampaio, Janine Bloc (de blusa estampada) e, no topo, Dona Lígia e Dr. Armando Lacerda - o construtor da estátua de Padre Cícero, no Horto, em Juazeiro do Norte...
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Tanta gente junta só pode trazer muita saudade...
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Claude Bloc
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CLIQUE - Por Edilma Rocha


"Pragmatismo" no futebol - Por: José NIlton Mariano Saraiva

1950: após a “hecatombe” da segunda grande guerra mundial, o mundo tenta paulatinamente voltar à normalidade, “entrar nos eixos”, seguir avante; e nada como, em uma das frentes, valer-se da popularidade de um esporte praticado em todo o planeta, o futebol, visando atingir o desiderato. Assim, retomado, realiza-se no Brasil o Campeonato Mundial de Futebol, da Fifa. Arrasadora, a seleção nacional, comandada pelos “mágicos” jogadores Ademir e Zizinho, literalmente trucida quem encontra pela frente; na partida final, entretanto, ante um estádio do Maracanã novinho em folha, abarrotado por cerca de 200 mil pessoas, baqueia ante a modesta e pragmática seleção uruguaia; 2 x 1 o placar final.
1954: tida e havida merecidamente como um verdadeiro rolo compressor a aniquilar quem encontra no caminho, a máquina húngara de jogar futebol, comandada pelo extraordinário Puskas, que disputou a Copa do Mundo da Fifa, nem por isso, ao final, constou como um dos campeões do seleto panteão daquela entidade; quem lá inscreveu seu nome como campeão mundial daquele ano foi a pragmática seleção alemã; placar final, 3 x 2.
1982: após faturar três títulos mundiais (o bicampeonato em 1958-1962 e um outro em 1970) e sempre figurar como potencial candidato a novas conquistas, o afoito e decantado “futebol-espetáculo” do Brasil, comandado pelo sisudo treinador Telê Santana e operacionalizado no campo por Sócrates, Falcão e companhia, fica pelo caminho ao postar-se de joelhos, antes mesmo da final, ao soçobrar (afundar) ante a pragmática seleção italiana; placar final do jogo: 3 x 2.
E assim, embora tenhamos retomado o ciclo de conquistas em 1994 e 2002, nem por isso devemos ser considerado "penta”, como insiste em “pavonear” a corrupta e parcial mídia esportiva tupiniquim, já que vencedor em edições intervaladas: afinal, se assim fosse, como “batizar” um time que ganha 39 edições de um campeonato regional, não seguidamente, como o Ceará Sporting, por exemplo ???
2010: faltando pouco mais de uma semana para a seleção nacional adentrar os gramados da África do Sul à busca de conquistar o seu sexto título mundial (que, lembremo-nos, não tem anda a ver como o tal “hexa”, como querem nos enfiar goela abaixo) de novo o “país do futebol” inspira, pulula, transpira, vive e respira a magia do futebol; nas ruas, esquinas, bares, motéis, igrejas, academias, universidades, santuários e sodalícios da vida, as cores verde e amarelo pontificam e são exibidas com orgulho. Todos nós, até mesmo aqueles poucos que não se identificam com o futebol, participamos e nos deixamos envolver pelo “clima”, pela expectativa, pelo desejo de que os nossos jogadores consigam o almejado título.
À borda do gramado, a comandar os nossos atletas, estará o antipático treinador Dunga, ex-esforçado e guerreiro jogador-capitão da seleção, que representa, na essência, o puro pragmatismo; pra começo de conversa, cortou todos os privilégios até então dispensados à Rede Globo de Televisão, ao retirar a exclusividade de atuação junto aos jogadores e proibir a livre circulação dos seus repórteres na concentração; depois, ignorou solenemente o lobby dos “doutores” da crônica esportiva tupiniquim, ao deixar de fora da convocação “medalhões” e inveterados farristas freqüentadores da noite (Ronaldo Gorducho, Ronaldo Gaúcho, Adriano, Roberto Carlos, além de outros “queridinhos” da mídia, mas sem nenhuma experiência internacional na seleção, como o tal Ganso e Neimar, dentre outros); assim, os convocados são praticamente os mesmos com os quais sempre trabalhou e que lhe apresentaram satisfatórios resultados.
Em resposta às críticas de que “sua” seleção joga feio, esgrime com orgulho uma “folha-corrida” onde constam diversas conquistas num espaço relativamente curto, tais quais a Copa América, Copa das Confederações e por aí vai, além das seguidas, gostosas e convincentes vitórias nos confrontos com o nosso maior rival continental, a Argentina.
As cartas estão postas à mesa; o jogo vai começar pra valer e o país praticamente parar (durante os dias de jogos da seleção). Independentemente do resultado final, preparemo-nos para ver nos gramados africanos uma seleção brasileira com a cara do seu treinador: frio, calculista, ranzinza, pragmático até a medula. Tomara que vitoriosa.
Traremos o “caneco” e com ele o reconhecimento e “coroação” definitivos de Dunga como um treinador competente-eficiente ??? Ou o “pragmatismo” futebolístico de Dunga o levará a exilar-se compulsoriamente nos confins do universo ???
Façam suas apostas.

Vazio e Cheio - Por Liduina Belchior.Pensamento para o dia: 05/06/10


Vazio é o nada, o limbo, a falta de um sorriso. Vazio pode ser ir para um lugar e não gostar, vazio é a ausência de sentimentos, de emoções, e até de fala. Vazio é o seu corpo inteiro não bravejar. Vazio pode ser ainda inodoro, incolor,, imperceptível, insalubre...Vazio é nada, nada, nada. Vazio é oco. Enquanto o preenchido é cheio (óbvio). O preenchido é tudo, tudo, tudo. O cheio é a reunião de todos os sentimentos, de todos os olhares, de todos os risos, guizos...O cheio é completo de beijos, abraços, entrega, é o cume do àpice. O vazio e o cheio são duas polaridades. A vida é mais completa que oca. E dentro de nós, estão todas as ferramentas para tornar transbordante a existência no Cosmos. O nirvana é chegar ai: Autotranscender!!!!!!

O REGIONALISMO ESQUECIDO - POR PEDRO ESMERALDO

Observamos a queda de projeções do Regionalismo do Cariri.

Às vezes ficamos pensativos e perplexos com a queda cultural e dos costumes populares da cidade do Crato. Tudo isso é causado pelas alterações de valores grupais conseguido pela tradição. Não obteremos mais aqueles hábitos do passado que, com certeza, nos davam prazer em conservar as nossas tradições comparativas dentro de métodos populares e que usávamos com maneiras de exercer as relações de amor profundo nas conservação das tradições e de amizade.

Olhando sistematicamente pela maneira de ordenar as ações, segundo esses princípios, notamos que houve uma reviravolta no sistema de produção, já que a nossa economia era predominada pelas agricultores de cana-de- açúcar e de algodão. Devido á modernização das indústrias, houve um baque em nossa economia rapadureira, ocorrendo a plantação do modernismo que visava somente o lucro e como também contribuiu com a retirada em massa do homem do campo para as cidades e, conseqúentemente, afastou-se do meio rural as tradições folclóricos; contribuindo para dilacerar os efeitos tradicionais folclóricas do Crato. Com o advento da energia elétrica, observamos uma serie de mudança de costumes regionais, quer pelos hábitos da palavra, quer pelos hábitos dos vestiários e alimentícios etc.

Lembramos que, outrora os engenhos de cana foram os pontos de partida para a expansão do folclore regional: como maneiro pau, reisado, coco, xaxado etc. Para se ter uma ideia ampla e irrestrita, relembramos todos os acontecimentos passados fixando os olhos em regiões de costumes alterados que teem como consequência a nacionalização usual do comportamento humano.
Desse termo, principalmente do terceiro milénio, determinamos que houve uma mudança bruscas em todas as atividades pessoais que, ás vezes, permanecem perplexidade diante desses costumes modernos e que nem podemos acreditar, pois, ficamos remoendo estes ditos costumes quando vemos desaparecer os costumes antigos.

Não ficamos somente por ai, pois esse cargo de aculturação da nossa região do período moderno aconteceu mais serenamente com aproximação do rádio e da televisão, já que houve uma completa aculturação alimentícios como: O churrasco, feijoadas, outras variedades de alimentos que não podemos enumerar devido a ocupação de espaço bem prolongado.

Notem ainda que o folclore é o estudo da tradição popular através do povo civilizado, é sustentado pelo esforço dos intelectuais, que mesmo pessoas acompanham o seu valor estimável já que este tipo de costume antigo como: reisado, maneiro pau, banda cabaçal e outros andam se arrastando por que há uma influência melíflua com a dança extemporânea como: lambada, roque e outros.Atualmente, os intelectuais tentam conservara as tradições observando o retraimento da camada popular desse meio ante a valorização do tradicionalismo e agora retrai, mudando o seu comportamento de costumes extemporâneos.

Para se ter uma ideia, falando do esforço dos filhos do mestre Dedé Luna, que lembra o grande mestre folclorista do reisado do Crato, lutam com trabalho pessoas alheias a fim de sustentar a tradição cultural colocando as mulheres em vez de homens para preservar a tradição, pois os homens teem vergonha de enfrentar essa brincadeira ingénua. Notamos que a maioria de povo desconhece o folclore regional, por exemplo: antigamente tínhamos nosso vocabulário próprio, que hoje está alterado, ex: antigamente dizíamos bigu, que significa carona (hoje desconhecido da mente do povo); assim por diante fomos perdendo o costume vocabulário regional só assim mostramos as dificuldades que possui os intelectuais em conservar o folclore, queremos que permaneça o uso do vocabulário nosso e também conserve todas as atividades folclóricas da nossa região.
Crato - CE, 31 de maio de 2010.
Sonhos Dobrados
- Claude Bloc -

Os outros
vão descansar,
eu fico aqui.
Os corações
estão todos foragidos,
pulsam calados,
sonhos dobrados nos espelhos.
Mas eu estou presente
aquecida
em busca de você.

Enquanto isso
o sol passa o dedo
na aba do chapéu
faz da lua um tamborim
sai andando
desce a rua
e toca um samba só pra mim.
.
Claude Bloc
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Branco
- Claude Bloc -

É branco o silêncio
Que esconde as matizes
nos lados negros e cinzas
das tardes sombrias...
São brancos
Os olhares profusos
Os sentimentos confusos.
São brancos
Os segredos que apagam
A hipocrisia
nas espumas do mar....
São brancas as cenas
que se refletem na tela
sem tinta, nem risco, nem traço nem nada...

São brancas as pétalas, as sépalas, as lágrimas.
E no branco da tarde...
o breve sonho
o leve encanto
a branca tez
das cores perdidas.
das dores sentidas...
Agora,
Não sei mais como é o dia
Ontem era branco
Hoje é silêncio e mais nada.
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Texto e foto: Claude Bloc
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