Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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claude_bloc@hotmail.com

terça-feira, 31 de maio de 2011

REDAÇÃO DE ALUNA DA UFPE

A internet tem muita coisa boa, mas que, na hora de sabermos quem é o autor de tanta preciosidade, não encontramos. O que se encontra é, autor desconhecido. Esse texto de uma suposta aluna da UFPE, já pesquisei nome e foto e não encontrei, mas como o texto é muito bom, vale apena ser compartilhado com os visitantes do blogdosanharol.

REDAÇÃO DE ALUNA DA UFPE
Redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE Universidade Federal de Pernambuco (Recife), que venceu um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.

Redação:
Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.
O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.
Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.
Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.
Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.
Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.
Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.
Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto.
Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.
 

Ouroboros




Imune ao próprio veneno, do qual depende para alimentar-se, nunca pressurosa e sempre à sorrelfa, rastejando porque perdeu as pernas, morde. Estive pensando em por qual razão N. Senhora pisa descalça a serpente e a subjuga. Decerto não tem mais medo. Se o teve foi antes, quando engravidou ainda adolescente, e dos olhos atravessados das pessoas. Concebida, zelou pelo fruto com o maior amor de uma mãe. São assim as mulheres, vivendo pelos filhos mesmo sem a reverberação dos seus corações, tratando-os pelo “Inho”: meu filhinho, meu amorzinho, meu inocentizinho... Não compreendo então porque esbarramos a todo o instante com gente estranha, de língua bífida, talhada assim no capricho pelas lâminas da inveja, da maledicência e da incompetência. Sangue ruim. Ainda bem que longe de generalizações. Imagino se nossa Venerada Descalça vacilasse na vigilância diuturna da gente: “a coisa” sairia por ai, mordendo a todos nós até que não existíssemos mais. Por falta do que fazer, a rastejante se extinguiria também, começando a engolir-se pelo próprio rabo. As cobras bem que não merecem este comentário, mas todos sabemos que não é só em maio que andam juntas. Um perigo!
O milagre é que há tanto a ser feito, Ouroboros, na busca da tal felicidade... Prepararmo-nos para largarmos o couro, crescermos assim a cada estação, deixando para trás tantas coisas desnecessárias e que permitimos no dia a dia que colem na gente esses adornos horríveis que jamais serão moda no paraíso... Até parece que evoluímos no caminho certo, mas estamos mesmo é piorando à medida dos anos sem fim. Nunca nos contentamos, estamos sempre obedecendo à ordem do querer mais, olhando o quintal do vizinho e, à guisa de ajudar, o invadimos e o tomamos. Precisamos renovar a pele, buscando sempre novas amizades e evitando aquelas que já sabemos serem venenosas. Maravilhoso seria se imitássemos o comportamento das crianças, levando a vida menos a sério, esbanjando alegria e a inocência que nunca deveriam ter saído da gente.
A esperança talvez esteja na fortaleza dos corações amorosos e sensatos. Lá, não penetrarão as unhas e os olhos enormes dos muitos de nós. Mas onde estão?

João Marni de Figueiredo
28.05.2011

um poema é pouco

um poema
é muito pouco
numa cidade tão grande

às vezes as horas passam
com uma rapidez defeituosa
além das palavras
com uma rapidez cansada
que há nas falas

numa cidade tão
grande não nego
um poema é quase nada
que se acaba
por entre as mãos
se desmancha no sol
se cobre com o pó dos telhados
de prédios cansados de olhares hostis

um poema é quase nada
em meio a tanto silêncio
cá entre nós a mais perfeita fronteira
que nunca se apaga

deveriam escrevê-lo
em minúsculas pedras
em cuja forma os olhos descrevem
as ondulações de um fio
mas para quem sabe vê-las
e vê-las é libertar-se do rio
que corre por dentro
com suas margens de vazio

Minha gente - Por Claude Bloc

Dom Quintino é o porto onde ancoram os navegantes de Serra Verde. Muitos dos ex-moradores estão por ali como se o lugar não fosse tão longe de onde nasceram, como se o ar de Serra Verde chegasse até ali para afagá-los.

Na verdade, a distância é bem curta: 7 km ! Mas ali tem comércio, trânsito fácil para o Crato, vida quase parando e a simplicidade que lhes resta para levar a vida.

São Sebastião os protege. A amizade cria raízes e a alegria pode ser repartida com  sorrisos francos e hospitaleiros.

Os (re)encontros são sempre motivo muita conversa - fiada ou não - mas certamente o clima é festivo e a música faz a sua parte: desperta as lembranças de tempos melhores em que éramos em maior número e que festejávamos uma felicidade bem maior com nossos pais.

Domingo foi dia de estar em D. Quintino, no meio de minha gente.


A simplicidade vem à mesa...

Amizade de toda uma vida: Claude, Gil, Nina, Mundinha

Os manos: Mundinha e Toinho Dantas

Toinho, Tatuzinha e Maria (Dantas)
Amanda e Adriana (curtindo um som)
Claude Bloc

A divina conformação - Emerson Monteiro

Na Palestina, depois que Jesus fora executado e as coisas pareciam retornar à antiga normalidade, um dos seus apóstolos, o de nome João, não se aquietava, a procurar canto, qual dizem dos que lutam e nada conseguem para aceitar as situações difíceis.

Durante semanas, sua vida era só amargura, sofrimento por cima de sofrimento. A ferida aberta com a perda do Mestre parecia crescer cada dia um pouco mais. Aonde seguisse, levava consigo a saudade imensa da presença divina, fugindo-lhe do ânimo o gosto de pelejar, e ninguém conseguia consolá-lo. Tornara-se, por isso, a maior preocupação dos amigos e familiares.

Alguém lembrou, então, de Maria de Nazaré, a quem devesse procurar, na busca de palavras de conforto, pois se revelara exemplo perfeito de resignação face à inominável tragédia que também lhe vitimara.

Destarte, João viajou ao lugar em que morava a mãe de Jesus.

Numa demorada conversação dos dois, a santa mulher indicou a João que chegasse ao Mar da Galiléia, porquanto, nas suas margens, acharia motivo suficiente de recobrar forças e firmeza de tocar adiante a vida.

João aceitou o conselho e buscou as praias daquele mar, em que permaneceu algum tempo. Relembrava os passeios felizes de vezes anteriores, absorto nos transes da dor. Certa tarde, preso à beleza das águas azuis, se deixava inundar de gratas recordações, quando avistou, deslizando em sua direção, no fino espelho das ondas, o vulto magnânimo de Jesus.

Um perfume de incenso raro, nessa hora emanava pelo ar, idêntico ao que experimentara junto da cova em que depositaram o santo corpo do Mestre, nas proximidades de Jerusalém.

Perante o inesperado fragor, quis esmorecer sob o peso das emoções ali vividas. Fechou os olhos, na mais fervorosa contrição, e ouviu nos refolhos da alma lacerada, translúcido, o falar do Verbo de Deus:

– Estimado João, jamais queira imaginar que habito longínquas paragens afastadas de quem amo. Saiba, no entanto e sempre, que quando alguém chamar com sinceridade ao seu lado estarei, na eternidade dos verdadeiros sentimentos, contra qualquer obstáculo; pois não há distância entre os que se amam.

Dali em diante, tocado pelos eflúvios da revelação inesquecível, o apóstolo se rendeu ao abençoado reencontro e entregou-se ao poder da conformação, para realizar o trabalho evangélico que viera cumprir na Terra.

Padarias Espirituais - Juazeiro do Norte recebe nova remessa de livros.






A Secretaria de Cultura de Juazeiro do Norte recebeu 35 mil livros enviados pela Fundação Enoch Rodrigues, para dar continuidade ao grande projeto Biblioteca nos Bairros. Na primeira remessa para Juazeiro foi beneficiado também 35 mil livros. Os livros chegaram no último sábado, 23 de maio de 2011, diretamente de Brasília. Foram depositados na estação ferroviária, ao lado da estação do Metrô de Superfície do Cariri.

O diretor técnico da SECULT, Franco Barbosa, explica que “o objetivo é proporcionar leitura em todos os Bairros de Juazeiro abrindo bibliotecas junto às escolas ou associações que recebem diariamente a população”. Ele destaca ainda o fundamental apoio do prefeito Dr. Santana. “O nosso prefeito, mais que um apoiador, tem sido um parceiro, um grande entusiasta da abertura de novas bibliotecas, aqui, na Terra do Padre Cícero”.

O prefeito Dr. Santana considera o ‘Biblioteca nos Bairros’ como um dos importantes projetos relativos ao Centenário. “Esse projeto, através da Secretaria de Cultura é um dos importantes destaques das comemorações do centenário, já que estaremos levando leitura de qualidade a todos os bairros de nossa cidade sempre em espaços utilizados por todas as comunidades”.

Além do envio dos livros, Juazeiro está recebendo também prateleiras e bibliocampos (bases para os livros) nas estantes. O município busca, agora, os demais equipamentos como cadeiras, mesas, bureaux e computadores.

É a primeira vez que uma gestão pública recebe uma doação tão expressiva de livros de pesquisa, didáticos, paradidáticos, acadêmicos e institucionais. Franco Barbosa, ressalta a articulação do caririense de Farias Brito, Elmano Rodrigues, “que tem sido um grande amigo e parceiro viabilizando esses livros para Juazeiro, assim como para diversos outros municípios nordestinos diretamente de Brasília”.

Já foram implantadas bibliotecas no Pólo de Atendimento do Bairro João Cabral e na sede da Faculdade Patativa do Assaré, no Bairro Aeroporto. Também serão contemplados os bairros Frei Damião, São José, Parque Antonio Vieira, Betolândia, Jardim Gonzaga, Horto, Limoeiro, Tiradentes e Socorro e na zona rural os sítios Popô, Carás, São Gonçalo e Gavião.

Secretaria de Cultura

VEJA QUE CURIOSO!! ...

Olha aí que coisa inusitada: 
"nós nunca mais veremos um mês de Julho" como em 2011. 
Ou alguém de nós viverá mais 823 anos?

   
   
Julho/2011

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Este ano, Julho terá 5 sextas-feiras5 sábados e 5 domingos.

Isto acontece uma vez a cada 823 anos.
 Estes anos são conhecidos como 'money bags'(baseado no Fengshui chinês).

Boa sorte a nós todos!!! 

Recebido por e-mail

Mamãe Valda

Os filhos sabem,
que num momento difícil
podem chegar de mansinho
e contemplar a figura da mãe.
Ficam ali calados
num porto seguro...
Para os adultos
o seu olhar é ainda o mesmo de antes
embora existam rugas e cabelos brancos.
E quando no final do corredor comprido
aquela antiga cadeira está vazia...
Ficou ali apenas
a lembrança do afago de suas mãos
e o calor dos seus braços..
A figura da mãe se foi...
O tempo ficou diferente
o dia comprido,
a dor sufocada no peito
numa sensação esquisita...
Isso é dor!
A hora do adeus... e até breve...
Envolto no azul sonhado
a lembrança da mãe Valda...
Momento para refletir na razão da vida
e no seu tempo tão curto...
Ficaram os exemplos,
de luta, determinação e renúncia...
Naquele porta retrato
a imagem eternizada
Mamãe Valda !



Programa Cariri Encantado Sonoridades - 01/06/2011

Conexões musicais: Quinteto Violado, a universalização do popular

Em 1971 surgiu em Pernambuco um grupo musical que traçava um novo caminho para a MPB. Diante da indecisão no cenário da música nacional, após a irrupção do movimento tropicalista, o Quinteto Violado apresentava uma proposta fundamentada nos elementos musicais da cultura regional, através de trabalhos de pesquisa e da própria vivência de cada um dos seus integrantes, originários da região Nordeste do Brasil.

Conseguindo extrair das mais simples manifestações populares a sua essência rítmica e melódica, o Grupo criou uma nova concepção musical, cujo traço fundamental é a interação entre o erudito e o popular, sem desfiguração, reafirmando a idéia de que toda arte é sempre a universalização do popular. Com excepcional criatividade e talento, o Quinteto Violado, em seu disco de estreia, talvez nem sequer imaginasse que, muito mais que uma nova roupagem orquestradora, estava produzindo a semente de uma mudança no modo de sentir e expressar a música brasileira.

O programa Cariri Encantado Sonoridades, em mais um especial temático, enfoca parte da extensa obra do Quinteto Violado – afinal já são 40 anos de trabalho registrados em livro, vídeo e mais de 47 discos lançados no Brasil e no exterior – com base em dois momentos marcantes de sua carreira: os discos “Quinteto Violado”, de 1973, e “Coisas que Lua canta”, de 1983. O repertório destaca versões bem construídas de músicas gravadas por Luiz Gonzaga, como Asa Branca (em duas versões definitivas), Acauã, Vozes da Seca, Boiadeiro e Juazeiro.

E como dizia José Nilton, quem viver, ouvirá!

Onde escutar
Rádio Educadora do Cariri AM 1020 e www.radioeducadoradocariri.com.

"Eles" tão chegando - José Nilton Mariano Saraiva

Comprovada e irremediavelmente falidos em termos econômicos, enfrentando um avassalador, descomunal e corrosivo processo de decadência, inclusive moral e ética, mesmo assim a nação americana (EE.UU.) se nos apresenta (ainda) como uma das maiores potências do mundo em termos técnico, científico e poderio bélico.
Como, no entanto, a “fonte” que sustentava tudo isso - suas reservas petrolíferas - rapidamente se exauriram em função da “farra” e mau uso durante décadas (seu consumo interno sempre se manteve nas alturas, resultando infrutíferas todas as tentativas de diminuí-lo) bem como ainda não se consolidaram quaisquer outras fontes alternativo-substitutas, no médio prazo, há, sim, a possibilidade iminente de um “stop” da atividade produtiva do próprio país, dentro de certa brevidade.
Portanto, pra que se mantenha a máquina em funcionamento há o imperioso desafio de “encontrar”, "extrair" ou “tomar de conta” de reservas petrolíferas, onde houver petróleo abundante e em excesso (além mares e preferencialmente no Oriente Médio), senão este que ainda é um dos países mais poderoso do mundo inexoravelmente irá à lona, restará nocauteado.
Para a consecução de tal desiderato, uma das mais eficientes armas utilizadas até aqui tem sido a distorção de informações, propagadas por uma mídia amestrada e dócil, espalhada pelo mundo, que tem papel preponderante na fixação do uso de certos métodos heterodoxos de “convencimento”, objetivando sejam atropelados ou aniquilados aqueles que se lhes postarem à frente, ou, até mesmo, os que ousem contestá-los ou confrontá-los (desde quando, por exemplo, os americanos respeitam esses tais fóruns coletivos internacionais tipo a OTAN, ONU, G-8 e tal, quando resolvem que têm de intervir mundo afora ???).
Assim, nada mais conveniente e apropriado (pra eles, americanos) que tentarem difundir e manter o galardão de “xerifes” do mundo, defensores da raça humana, protetores dos desvalidos, última reserva moral do planeta, solução para todos os males dos terráqueos, mesmo que a sua inescrupulosa e belicista prática diária se contraponha a tal teoria; necessário, para tanto, a provocação e manutenção indefinida de um “conflitozinho” básico com um país periférico qualquer (contanto que abarrotado de petróleo) a fim de que, quando a coisa apertar mais e se tornar necessário (como agora, com o Irã e outros países do Golfo Pérsico), possam desestabilizá-los, descredenciá-los, jogá-los às feras, pô-los contra o resto do mundo e, alfim, invadi-los e tomar de conta das suas portentosas reservas minerais.
Afinal, quem não lembra do recentemente ocorrido no Iraque (lá mesmo, vizinho ao Irã), quando os "gringos", sob o fajuto e inconsistente argumento da existência de letais armas químicas com potencial de destruir a própria humanidade (que, desde o começo desconfiava-se, e posteriormente comprovou-se tratar-se de uma deslavada mentira) acionaram sua mortífera e poderosa força bélica, ao custo de bilhões de dólares e milhares de vida humana) com o objetivo único e exclusivo de apoderar-se das portentosas reservas petrolíferas iraquianas, como realmente aconteceu ??? Para tanto, não tiveram nenhum escrúpulo de antecipadamente “anunciar”, para posteriormente executar a “caça”, “julgamento” e “assassinato” em tempo recorde (na forca e com transmissão ao vivo e a cores para todo o planeta), do presidente Saddam Hussein (ou alguém tem dúvida que aquilo ali foi um verdadeiro assassinato, mesmo se sabendo tratar-se de um ditadozinho de quinta categoria) ??? Aquilo foi ou não uma “interferência indevida” em assuntos internos de uma nação independente ???
E a próxima vítima da “imperial” determinação americana deverá ser a nossa vizinha e sofrida Venezuela (dona de uma das maiores jazidas petrolíferas do mundo), daí a midiática e avassaladora satanização do Chávez (sem dúvida um outro ditador perigoso), de par com a suspeita e providencial instalação de bases militares na Colômbia, sob o falso argumento de combate aos narcotraficantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
É imprescindível, pois, que os “sul-americanos” nos cuidemos (o Brasil, em particular), que tomemos nossas precauções, nos mantenhamos de olhos abertos, preparemo-nos pra botar a boca no trombone, porque, quando o nosso pré-sal estiver em sua capacidade plena, quando nos tornarmos exportadores do “ouro negro”, eles já estarão por aqui, na vizinhança, à espreita, esperando pra dá o bote mortal (a propósito, lembram da Base Espacial de Alcântara, no Maranhão, que quase lhes foi entregue de mão beijada por FHC, e onde os brasileiros seriam proibidos até de entrar ???).
Ou alguém tem alguma dúvida de que o deslocamento da 4ª frota naval americana para “exercícios” no “Atlântico-Sul” não guarda um objetivo muito bem definido, tal qual acontece com os navios “yankes” ancorados nas cercanias do Irã ??? Por qual razão não se metem com a Rússia, que se acha assentada e também “nada de braçadas” num mar de petróleo ??? Será que o arsenal nuclear russo os assusta tanto ???
Fica, pois, o alerta: cuidado, muito cuidado, eles tão chegando (e não se trata de nenhuma invasão alienígena).

PROGRAMA INFLUÊNCIA DO JAZZ - Hoje, Terça-feira 14:00 - Rádio Educadora do Cariri

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAzV9MPKtq7E94IUSpCAGbAv9MFBcNHB_QPoaD-ZRx5Z2BZW0EdmP2sDxecyowgGB3btDq9fxjYNHUsZzu9MvO1aii6H1MxUu3eGoqgmciEY7RMtS_nvH5RTrA4sj8noY_nOczPHnMobSl/s1600/Influencia_do_Jazz480.jpg

No programa "Influência do Jazz" de hoje, abordamos o chamado Jazz Fusion, que é a fusão da harmonia jazzística e improvisação, com outros estilos musicais, como o Rock, Funk, Samba e até o Hip-Hop. O estilo começou com músicos de jazz que misturaram as formas e técnicas de jazz aos instrumentos elétricos do rock aliados à estrutura rítmica da música popular afro-americana, tais como o soul music e o rhythm and blues.

Os anos 70 foram o período mais produtivo para o estilo, embora o fusion tenha prosseguido com uma produção expressiva, sobretudo no final do século XX e início do século XXI, com reedições de álbuns clássicos de fusion e a gravação do estilo por artistas do jazz tradicional.

Os maiores nomes do Fusion estarão representados no programa de hoje, que está simplesmente imperdível. Personalidades como Miles Davis, Herbie Hancock, os Irmãos Michael e Randy Brecker, os grupos Tower of Power, Incognito, Lee Ritenour, Chick Corea Elektric band, o baterista Dave Weckl e muitos outros estarão no programa desta terça-feira.

Não perca! - Hoje, Terça-feira
14hs - Pela Rádio Educadora do Cariri, com transmissão simultanea pela Rádio Chapada do Araripe Internet.

www.radioeducadoradocariri.com
www.radiochapadadoararipe.com

Pau da Bandeira - Por Heládio Teles Duarte

Barbalha: Festa do Pau da Bandeira, uma tradição colonial



Fotos: Heládio Teles Duarte

Postagem diferente - José do Vale Pinheiro Feitosa

Quase é o vocábulo da mais fina desculpa para aceitar-se o imprevisto. Quase todos os números da loteria, apenas um por diferente. Quase ela me ama se não fora naquela festa rave tanta onda rolar. Quase que foi quase e não deu.

Ora acontece! As coisas não dão. Para escrever três textos diferentes para três blogs distintos. Ou quatro ou cinco, como se dedos houvesse para tantos dígitos. Ou o que dizer em tantos desdobramentos.

Desdobramentos é o que não falta o que funciona como uma limitação para o mesmo indivíduo. O desdobramento mais interessante é o que outros fazem. Afinal é muito chato um diálogo interior entre afirmações e negações para que tanto desdobramentos aconteçam. Normalmente a ave pode parir mais de um ovo, o difícil são ovos quadrados ou globosos.
Normalmente as diferenças podem funcionar como painel da diversidade, mas não é incomum que sejam apenas versões do mesmo. Assim como uma música tão do gosto popular que se torna um novo ritmo ou uma nova música da qual tantas versões se compõem.

Versões podem efetivamente enriquecer o conhecimento. O que acontece com elas é que são variações sobre um conhecimento dado. O que nos remete para o fato que uma originalidade num mundo feito de versões, desdobramentos e coisa tais, é coisa rara. Ou melhor, pode nem ser rara, apenas que se torna como um mero centro de tantas irradiações.

Com tantas irradiações retornamos ao quase. Quase, tão próximo, pouca diferença, em torno ou por um triz. É possível tantas vozes diferentes e sem nenhuma repetição, mas é quase impossível pois Gutemberg inventou a prensa, o rádio multiplicou o som, o gravador gravou e a internet universalizou.