Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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sábado, 28 de julho de 2012

Marina Silva brilha na abertura das Olimpíadas -- por Armando Rafael




    Confesso que fiquei gratificado ao ver na televisão a ambientalista brasileira e ex-senadora,  Marina Silva, homenageada nesta sexta-feira, durante a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Londres. Marina carregou a bandeira olímpica ao lado do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki Moon, do maestro Daniel Baremboin e de pessoas ganhadoras do Prêmio Nobel da Paz.

      Naquele momento, ela foi vista por metade da população do planeta Terra e teve longos minutos de glória, enquanto – na mesma solenidade –  a presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff, usufruiu apenas de efêmeros segundos sob o foco da televisão.

       Como bem noticiou a mídia, se na ala VIP Dilma Rousseff, ao lado da filha,  teve de ficar de pé para aplaudir os atletas entrando no estádio, e foi mostrada por apenas alguns segundos, Marina Silva ganhou os holofotes mundiais por vários minutos, sendo aplaudida no estádio e  em todas as cidades, vilas e sítios da Terra, enquanto desfilava com a bandeira. 

        Verdade que Marina Silva  militou, durante alguns anos,  no PT. Mas vendo que o núcleo dirigente daquela agremiação partidária visava unicamente a manutenção pura e simples do poder – ainda que tendo para isso utilizado métodos escusos como  o maior escândalo da história política do Brasil– o mensalão, Marina pediu demissão do Ministério do Meio Ambiente. Alegou falta de apoio e sustentação à agenda que defendia. Retornou ao Senado, deixando o PT e filiando-se ao PV. Em 2010 ela concorreu à presidência da República e com pouca estrutura ainda teve cerca de 20% dos votos – algo em torno de 20 milhões de votos –, ou seja, o número da população de importantes nações do globo.

         Afastada momentaneamente da política,  Marina Silva se consolidou como grande defensora do meio ambiente. Ela foi uma menina paupérrima nos seringais do Estado do Acre. Mas estudou. É historiadora e  pedagoga por formação. Foi ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008, no governo Lula. Por seu trabalho, Marina Silva foi condecorada seguidas vezes, como em 2008, quando recebeu o Eco & Peace Global Award durante a conferência ECO 2008. Já foi apontada entre as pessoas mais influentes do Brasil por diversas publicações nacionais e internacionais.

           Ontem, na abertura das Olimpíadas de Londres 2012, Marina Silva teve o reconhecimento do mundo inteiro. São as voltas que o mundo dá...

segunda-feira, 23 de julho de 2012

ECONOMIA DE COMUNHÃO

Empresas em Comunhão 19:54 @ 02/11/2008 Empresas em Comunhão Aliando o princípio espiritual “Que todos sejam Um” à doutrina da Economia de Comunhão, que envolve já oitocentas empresas em todo o mundo, o Movimento dos Focolares reúne hoje mais de quatro milhões de seguidores. Em Portugal, dez empresas trocam a “cultura do Ter” pela “cultura do Dar”, seguindo preceitos éticos de uma gestão responsável 2 comentários | publicado por Riozo CAMINHAR SOBRE A ECONOMIA COM CORAGEM 22:35 @ 24/10/2008 (http://www.grupos.com.br/blog/economiadecomunhao/permalink/27302.html) A reflexão a seguir deseja mostrar a necessidade de se criar um espaço para dar condições de formar as pessoas, particularmente os executivos que participam da Economia de Comunhão. Diante dos grandes desafios que esse Projeto propõe é necessário que o executivo seja formado nesta visão, para que seja ao mesmo tempo conceitual e prático. Que consiga bons resultados, ser excelente técnico e possa desenvolver todos os aspectos da espiritualidade da unidade nos processos humanos de desenvolvimento. Evidencia-se esta falta de formação, quando observamos o uso de frases como estas: “ninguém é perfeito”, “cada um tem o seu estilo”, “todo mundo faz assim”, “não há clima em nossa empresa para falar essas coisas”, “isso é fora da realidade”, “no nosso país não dá...”, “na teoria, tudo parece bonito, mas no chão da fábrica isso não funciona”, e assim por diante. Ou conclusões como esta: “Ele é um gênio técnico, mas é intratável como ser humano”. Tais premissas muitas vezes são usadas como pretexto, para não optarmos pela experimentação dos princípios da EdC, no dia-a-dia do mundo do trabalho; outras vezes servem para justificar falhas de formação e deficiências administrativas. Essas lacunas na formação geram conflitos internos nas pessoas, porque elas acabam vivendo valores diferentes nas várias atividades do ser humano, dificultando assim o desenvolvimento completo da experiência de Economia de Comunhão. Desse modo, acabamos nos acomodando com essas “deficiências normais” que prejudicam o desenvolvimento da experiência da EdC e tambem o nosso, como pessoa. Por isso precisamos descobrir uma maneira de crescer continuadamente, em formação e educação. Essa formação deve ir além da aquisição de conhecimentos técnicos, que são importantes e indispensáveis, mas não é suficiente; devemos formar a “pessoa por completo”, particularmente o “executivo” a fim de que seja competente em todos os aspectos da vida da empresa, que, na realidade, não deixa de ser uma conseqüência da sua vida pessoal. Essa conscientização e formação contínua nos dariam a sabedoria para implantar os aspectos da espiritualidade da unidade no mundo do trabalho, envolvendo todas as dimensões da vida empresarial, das mais simples, que podem parecer inexpressivas, até as mais complexas. Existirão as dúvidas porque estamos à procura da “verdade”. Na vivência do dia-a-dia da EdC, notamos que o grande inimigo para seu desenvolvimento não é a dúvida e sim o medo. Nós nos sentimos pressionados constantemente pelo medo! Medo de perder as coisas que pensamos que podem nos proporcionar a felicidade; medo de errar, medo de perder a imagem que outras pessoas fazem de nós, ou daquilo que pensamos ser, medo de perder nosso capital, nossas idéias e tudo aquilo que sonhamos ter. Lembro-me que quando nós fizemos essa escolha, de viver a fraternidade na nossa empresa, ou seja, quando optamos por fazer a experiência de EdC, senti medo. Medo e angústia, porque, como um alarme, me vinham idéias que haviam ficado registradas em minha memória, idéias de coisas que vivenciei em outra época. Embora esse medo fosse real, ele foi acionado por coisas que não existiam mais, por fatos registrados em minha memória. Então, não foi a nova escolha que me deu insegurança, mas foram lembranças de um passado que não existia mais. E a coragem de fazer essa escolha me fez observar esse fenômeno com clareza e constatar que havíamos escolhido o caminho certo. Isso me libertou de temores repletos de falsas idéias. Uma das grandes virtudes da Economia de Comunhão é a abertura, que trará liberdade para que essa experiência venha a ser renovada como qualquer organismo vivo que evolui. É importante lembrar também que o grande propulsor dessa experiência é a fé, e as dúvidas que surgem, são elementos que irão fortalece-la e criar vida nova, eliminando o passado e nos colocando no momento presente. Questionemo-nos! É necessário que nos questionemos continuamente e nos desapeguemos de todos os conceitos, de todas as coisas e ideologias, para estarmos abertos à verdade contida na essência da Economia de Comunhão, que tem suas raízes na Fraternidade Universal. Um outro ponto importante para a Economia de Comunhão é o acompanhamento daquilo que acontece nas empresas para que não haja um distanciamento entre a vida e a teoria. Devemos lembrar que todos os trabalhos acadêmicos e teóricos, também são importantes porque nos indicam o caminho, e são necessários para provar premissas diferentes das aceitas pela sociedade. Mas tudo o que acontece nas empresas e nos pólos é o grande instrumento que irá mostrar a possibilidade de uma vida econômica nova porque contém o poder de transformação pelo exemplo. Podemos ilustrar isso com o que aconteceu com Galileu Galilei (1564-1642) no início da Idade Moderna. Ele convidou a sociedade da época a olhar pelo telescópio que havia inventado (era uma luneta montada num tripé). Com isso Galileu foi um dos protagonistas na criação de uma nova física, segundo a qual a Terra girava ao redor do Sol e que era a gravidade que nos mantinha presos à Terra. Entretanto, muitos relutaram a olhar pelo telescópio porque tinham medo de colocar em questionamento aquilo que acreditavam, ou seja, na antiga física que afirmava que a Terra era o centro do universo. Relutaram porque a constatação de que a Terra gira em torno do Sol os obrigava a mudar a concepção que tinham do Universo.

domingo, 15 de julho de 2012

A novidade do domingo: católicos do Cariri participam da Missa Tradicional



Capela do Colégio Santa Teresa de Jesus em Crato foi o cenário do ato religioso
O Padre Daniel Pinheiro fez uso do púlpito para proferir o sermão

   Depois de quase 50 anos, os católicos do Cariri tiveram oportunidade de voltar a assistir à  celebração do Santo Sacrifício da Missa no Rito Tridentino, ou seja a missa que era celebrada na Igreja Católica Apostólica Romana até o Concílio Vaticano II. Conhecida também por “Missa Tradicional”,  ela foi  chamada pelo Papa Bento XVI como a "forma extraordinária do Rito Romano”, conforme o Motu Proprio Summorum Pontificum, divulgado recentemente pelo Vaticano.

   A maioria dos presentes à missa era formada por jovens de ambos os sexos. Eles residem na conurbação Crajubar (Crato-Juazeiro-Barbalha) e mantêm um blog na Internet (tradicaocariri@yahoo.com.br). Durante a celebração, algumas mulheres portavam uma mantilha, espécie de pequeno véu feminino que cobre a  cabeça e cai sobre os ombros. Já os homens vestiam camisas de mangas compridas. A capela do Colégio Santa Teresa de Jesus, em Crato,  foi o local da celebração.

    O celebrante, o jovem padre Daniel Pereira Pinheiro, (foto ao lado) tem suas origens em tradicionais famílias de Crato. Ele foi ordenado sacerdote no último dia 29 de junho, festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, em Bordeaux, na França, por Dom Fernando Guimarães, bispo diocesano de Garanhuns (PE). Padre Daniel Pinheiro é o primeiro brasileiro ordenado no Instituto do Bom Pastor–IBP,  e faz parte da primeira geração de seminaristas formados integralmente dentro do instituto, fundado em 2006 com autorização do Santo Padre, o Papa Bento XVI, tendo como suas principais missões a preservação e difusão do uso litúrgico anterior à reforma conciliar.

     Como era de se esperar, a celebração da Santa Missa – rezada em latim e com o padre de costas para o povo – provocou o interesse e curiosidade de muita gente. O jovem professor Giuseppe Mallmann Sampaio, diretor do Colégio Santo Antônio, de Barbalha – que estava acompanhado de sua esposa – acredita que a Missa Tridentina “expressa melhor e de forma mais precisa a fé católica e os dogmas eucarísticos”. Já o Sr. Francisco Tavares, que veio de Juazeiro do Norte para participar da Missa,  disse que esta proporciona “o senso do sagrado, mais riqueza e precisão nas fórmulas das orações, além de nobreza das cerimônias, respeito, beleza, bom gosto, piedade”

sábado, 14 de julho de 2012

quinta-feira, 12 de julho de 2012

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Palco Sonoro URCA 2012: ExpoCrato faz homenagem aos 100 anos de Luiz Gonza...

Palco Sonoro URCA 2012: ExpoCrato faz homenagem aos 100 anos de Luiz Gonza...: Para comemorar o centenário do artista, um espaço foi reservado dentro da exposição agropecuária A inspiração na trajetória do ca...

III Palco Sonoro da URCA reúne artistas caririense...

Rotary Club de Crato - Distrito - 4490: III Palco Sonoro da URCA reúne artistas caririense...: A Universidade Regional do Cariri (URCA) adentra o universo musical de um dos maiores artistas da música popular brasileira, com um...

"Eu não fui herói", disse o cardeal Eugenio Sales sobre ditadura


(Matéria publicada no “Folha de S.Paulo”, desta quarta-feira)


Uma pomba branca pousou sobre o caixão com o corpo de dom Eugênio Sales durante velório na catedral do Rio. A pomba passou mais de uma hora sobre o caixão do cardeal. O fato chamou a atenção de todos, pois o símbolo do Espírito Santo é a pomba...

CRISTINA GRILLO
DO RIO


    A voz estava fraca, pausada; os passos eram lentos e as mãos, um pouco trêmulas. Mas as opiniões continuavam as mesmas que o levaram a ser considerado um dos membros mais tradicionalistas da alta cúpula da Igreja Católica no Brasil. Às vésperas de completar 90 anos, em novembro de 2010, dom Eugenio Sales conversou por pouco mais de três horas com a Folha, uma de suas últimas entrevistas.

Riu --uma raridade-- ao lembrar que durante a ditadura era acusado pela esquerda de se aliar aos militares enquanto ajudava perseguidos e refugiados políticos a saírem do país. Estima-se que de 4.000 a 5.000 pessoas tenham recebido ajuda do então cardeal arcebispo do Rio para fugir.
"Eu não fui um herói. Cumpria o que devia cumprir, era minha obrigação. Era sincero na minha relação com o governo militar, e isso era fundamental naquela situação."

Contou então um caso para exemplificar sua relação com os militares. Um dia telefonou para o então ministro do Exército, general Sylvio Frota (1974-1977) e lhe disse: "Se você for informado que estou recebendo comunistas no Palácio [São Joaquim, sede da arquidiocese], saiba que é verdade".
Mas dom Eugenio sempre se recusou a aplicar a mesma lógica de amparar o diferente quando o tema eram os direitos dos homossexuais.
"Às vezes são irritantes essas passeatas gays. É promover uma coisa que não está correta segundo a natureza."

Até completar 90 anos, dom Eugenio ia todas as tardes para seu escritório, em um prédio da arquidiocese ao lado da Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema. Uma noite por semana participava de celebração restrita a padres na igreja de Santana. Algumas vezes voltava tarde para casa, no alto do Sumaré, na Floresta da Tijuca. O caminho atravessa áreas dominadas pelo tráfico.

Muitas vezes cruzou com traficantes armados e aprendeu que o mais seguro é acender as luzes internas e apagar os faróis. "Eles conhecem o carro e escondem as armas. Às vezes me deparo com um homem morto. Mais de uma vez mandei parar o carro, desço e rezo por aquela pessoa. Algumas vezes os bandidos estavam perto, mas nunca se aproximaram", contou. "E também nunca tentei bancar o valente e repreendê-los."

terça-feira, 10 de julho de 2012

Uma verdade que os radicais não entendem

“A paz está exatamente na harmonia dos diversos, que assim formam uma sinfonia”, afirma o arcebispo de Porto Alegre


Porto Alegre (Terça-Feira, 10/07/2012, Gaudium Press) A humanidade não se divide, primariamente, em indivíduos, mas em famílias. É assim que Dom Dadeus Grings, arcebispo de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, inicia um de seus mais recentes artigos, intitulado "As divisões da humanidade". Para ele, o indivíduo humano, por mais real que possa parecer, não é senão uma abstração.

O prelado explica que o ser humano é visto isolado de sua realidade existencial e deste modo não consegue viver. Na verdade, completa o arcebispo, ele é fundamentalmente família, com amplo parentesco, depois é comunidade e por fim sociedade. "No contexto cultural o ser humano vem sendo classificado pelo gênero: masculino e feminino. Homem e mulher. Para distingui-los basta ver a compleição física que caracteriza o homem e a mulher, com funções específicas inconfundíveis", acrescenta.

Ainda em relação à cultura, Dom Dadeus enfatiza que ela elabora as características do homem e da mulher, de modo a não deixar dúvidas, destacando-as pelo vestuário, pelo perfume, pelo corte de cabelo, pelo sapato, pelas atividades domésticas, entre outras coisas. "A distinção masculino-feminina, infelizmente começa a ser questionada: Chegará o dia em que não se distinguirá mais o gênero? Será isto vantagem para a humanidade? Ficará toda ela homogeneizada?"

No entanto, Dom Dadeus acrescenta que não é certamente esta a tendência natural e, muito menos, o plano do Criador, e por isso não é por aí que a pessoa se realiza. Para ele, homem e mulher são relações complementares, criando uma sociedade extremamente diferenciada, rica e multirrelacional: de esposo e esposa; de pai e filha; de mãe e filho; de irmãos e irmãs, de avós e netas; de primos e primas... "Eliminar esta riqueza seria o fim da humanidade", avalia o prelado.

No que diz respeito ao plano ético, o Arcebispo afirma que se costuma dividir os seres humanos em bons e maus, englobando-se os comportamentos. Segundo ele, quem pratica o mal se chama malfeitor e o que faz o bem é benfeitor, e como ninguém é totalmente bom nem totalmente mau, cada um tem algo de um e de outro. "Portanto jamais, aqui na terra, se conseguirá acabar com os maus nem se alcançará uma unanimidade em torno do bem." (FB / DA)

Palco Sonoro URCA/BNB: III Palco Sonoro URCA/BNB 2012 em tributo ao Rei d...

Palco Sonoro URCA/BNB: III Palco Sonoro URCA/BNB 2012 em tributo ao Rei d...: Dia 9/7 - Segunda 18h00 - Cortejo do Pau da Bandeira Mirim (Barbalha) 19h00 - Reisado Menino Deus e Guerreiro Mãe das Dores ...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

30 mil católicos louvam Divino Pai Eterno no Crato

(Matéria publicada no "Diário do Nordeste", de 09-07-2012)

A visita da imagem ao Cariri acontece em meio às comemorações dos 100 anos de Diocese de Crato que vão até 2014


Padre Robson exibe o ícone sagrado do Divino Pai Eterno que multidão foi reverenciar ontem no Estádio Mirandão, no Crato fotos: Elizângela Santos

Crato A primeira visita do ícone sagrado do Divino Pai Eterno ao Cariri levou ao Estádio Mirandão, neste Município, um público de 30 mil pessoas, segundo a organização do evento. O final da tarde de ontem foi de emoção e reverência da nação católica. As pessoas disputavam espaços nas arquibancadas do estádio e também no campo, que ficou lotado. A imagem veio à cidade guiada pelo missionário redentorista, padre Robson de Oliveira, reitor do Santuário da Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade, no Estado de Goiás.

A visita da imagem ao Cariri acontece em meio ao triênio de comemoração dos 100 anos de Diocese de Crato, que em 2014 chega ao centenário. O missionário chegou por volta das 17 horas e foi aclamado pela multidão que estava no estádio. O prefeito da cidade, Samuel Araripe, e a primeira-dama, Mônica Araripe, recepcionaram o reitor com uma placa comemorativa pela sua visita ao Município. Desde cedo, peregrinos de cerca de 35 cidades, incluindo o Cariri e interior do Pernambuco e da Paraíba chegavam ao local para garantir o espaço. Uma mega estrutura foi montada pela Diocese, com centenas de voluntários, para garantir a organização, com apoio da segurança dos integrantes do Tiro de Guerra.

O padre Robson destacou a sua emoção em estar pela primeira vez no Cariri e da sua alegria por estar num lugar tão estratégico como o Cariri, num momento de concentração e fé em louvor ao Divino Pai Eterno. Pela segunda vez no Estado, ele destaca a grande devoção ao ícone, que tem se espalhado por todo o Brasil. "Muitos são os que amam o Divino Pai Eterno e têm essa devoção e a responsabilidade nossa é confirmar essa fé, ajudando as pessoas a fazerem uma entrega e um serviço total a Deus", afirma o padre.

O pároco disse da sua admiração pelo Padre Cícero e que não sairia do Cariri, sem antes visitar o monumento no Horto. "Existem muitos exemplos de graças alcançadas e o exemplo que ele foi para todo esse povo sofrido do Nordeste e dessa região do Cariri especialmente", afirma. Muitas pessoas choravam nos momentos de oração, pedindo graças do Divino Pai Eterno.

A agricultora Maria Aparecida de Melo chegou cedo ao estádio. Ela queria ver o padre e poder tocar na imagem. "Para mim é um momento de infinita alegria", diz. Ela veio com o seu marido, o aposentado Agapito Mateus da Silva, de Juazeiro do Norte. Os dois são devotos do Padre Cícero. Logo cedo eles chegaram ao estádio e conseguiram um lugar privilegiado, próximo ao camarim do padre Robson.

A missão era entregar uma carta e pedir uma graça pelo filho, que se afastou da crença e Deus. "A gente queria que o Divino Pai Eterno iluminasse a mente do nosso filho", disse seu Agapito, emocionado com a oportunidade de entregar a carta. O público, que lotou o estádio Mirandão, surpreendeu a organização do evento, que previa em média de 15 mil pessoas.

Esta foi a 112ª visita da imagem em cidades do Brasil, por meio de um trabalho evangelizador que vem sendo realizado desde 2008, pelo reitor. O padre Francisco Edimilson Neves Ferreira, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Penha, a Sé Catedral do Crato, é o responsável pela acolhida da imagem. Ele ressalta que a devoção ao Divino Pai Eterno cresceu bastante nos últimos anos e se espalha por todo o Brasil. "É uma devoção muito paterna", diz ele. A devoção ao Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), é uma história de mais de 170 anos, que motivou esta e outras visitas em todo o Brasil.


A devoção nasceu por volta de 1840, com o casal Constantino e Ana Rosa Xavier, que encontrou, enquanto trabalhava na lavoura, um medalhão de barro de aproximadamente 8cm com a estampa da Santíssima Trindade - Pai, Filho e o Espírito Santo - coroando Nossa Senhora. Beijaram a imagem, levaram-na para casa e a notícia rapidamente se espalhou, juntamente com uma sucessão de milagres. "Uma devoção que começa simples, como são as coisas de Deus", diz o padre. Ele afirma que hoje é uma das maiores devoções do Brasil.

Centenário
Já foi iniciado o triênio, de preparação da festa do Jubileu da Diocese, que será no dia 19 de outubro de 2014, com a presença do embaixador do Papa do Brasil, o Núncio Apostólico, dom Giovanni D´Aniello. Acontece uma articulação para o encerramento ter a presença do embaixador. A programação é dos 100 anos da Diocese do Crato.
A imagem Peregrina percorre este ano cerca de 30 visitas no Brasil. O roteiro começou por Santos (SP), depois Aracaju (SE); Criciúma (SC), Taguatinga (DF), Aparecida de Goiânia (GO), Caçapava (SP), Estância Velha (RS), Ribeirão Preto (SP), São José (SC), Sacramento (MG), e Mossoró (RN). A primeira cidade que recebeu a visita neste ano, encerrando a agenda de 2011, foi Rio Branco (AC). No dia 22 de janeiro, cerca de 30 mil devotos estiveram presentes, marcando a centésima visita da Imagem desde 2008.
ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Grandes datas da nossa história: 9 de julho -- por Pedro Paulo Penna Trindade (*)

No momento crítico que o País atravessa, quando valores éticos e morais vêm sendo ignorados pela maioria dos nossos políticos, numa afronta à ordem pública e ao devido respeito a todos nós, brasileiros, nada mais oportuno que relembrar a data cívica de 9 de julho, que simboliza a luta dos paulistas pela restauração dos direitos constitucionais.
Ela celebra a maior revolução do Brasil em todos os tempos de sua História e até hoje marca a grandeza, o brio e a dignidade de um povo que se uniu nessa luta, desejando trazer de volta valores como liberdade e democracia, por meio de eleições gerais, além de uma nova Constituição para o Brasil. Por esses objetivos a Revolução de 1932 foi chamada de Constitucionalista.

 Na época, oradores inflamados discursavam em vários pontos da cidade clamando por liberdade, entre eles Ibrahim Nobre, que fazia de sua tribuna uma trincheira cívica. Embora os paulistas tenham sido derrotados nas armas, saíram vencedores pela disseminação do sentimento de democracia. Ademais, essa demonstração de força e brio não foi em vão, pois em 1933 se formou uma Assembleia Constituinte e já em 1934 era promulgada nova Constituição para o País. Para que o heroísmo dos que lutaram em 1932 não caia no esquecimento vale dizer que, embora passados 80 anos de sua eclosão, o feriado deste dia sinaliza a todos, principalmente às novas gerações, o que foram a luta e os ideais desse Movimento. O 9 de julho jamais poderá desaparecer do calendário dos que amam a liberdade!

Pedro Paulo Penna Trindade, diretor da Sociedade Veteranos
de 32 - MMDC, membro titular do IGHSP
e-mail: pennatrindade@gmail.com