Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

OS CARTÕES NAUFRAGADOS NA ENXURRADA-Wilson Bernardo.

Se toda mulher tem um preço
O que fariam as bonecas
remarcação de etiquetas
Remarcação
Cartas na mesa
O preço de uma noite não satisfaz
O ego
Homens amanhecidos de fruteiras
Mangas podres sobre a mesa.
Wilson Bernardo(Poema & Fotografia)

Saudade e realidade - Por José de Arimatéa dos Santos


Comemorou-se o dia da saudade. Palavra que significa muito para todos nós. Quem de vez em quando não sente saudade de momentos vividos ou épocas que já eram e ficaram só na lembrança! Enumerar nossas lembranças seria preciso muito espaço, pois cada um de nós temos as boas e as não tão boas lembranças. Mas quem não se pega a lembrar de muita coisa? Da infância, amigos e conhecidos que não vemos a um bom tempo. Saudades de momentos mágicos como do nascimento do filho ou quando passamos no vestibular e consequentemente da nossa formatura.
É isso! E janeiro é um mês bem diferente dos demais por ser o mês das férias e o início do ano e as perspectivas e anseios se renovam. A realidade é premente e devemos colocar nossos planos em primeiro lugar lutando dia a dia para que tudo planejado possa dar certo. E dessa maneira procurar fazer de cada momento a hora e a vez de atitudes positivas. Digo isto porque a cada momento que vemos o noticiário as notícias ruins se sobressaem, infelizmente. E não é para menos, pois as tragédias, principalmente naturais, a cada ano parecem aumentar. Todos nós somos sabedores do porquê de todos esses acontecimentos no planeta. Somos também responsáveis quando não damos o devido destino ao lixo e não respeitamos as leis da natureza. O homem se sente o soberano quando na verdade é só um dos entes dessa engrenagem tão perfeita e bela. E é tão importante sempre analisar de todas as maneiras nossos atos e procurar respeitar o ecossistema em que vivemos. Assim, cada vez mais agora e no futuro a vida na terra precisa ser mais respeitada. Analisar friamente como cada um de nós estamos a cuidar dessa nossa casa. Eu, você e todos os outros devemos agir no coletivo e pensando coletivamente para a sobrevivência nossa e dos nossos descendentes. Sustentabilidade é a palavra e o caminho.
Foto: José de Arimatéa dos Santos

Quem paga o pato ?

A RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO DO CRATO PELOS PREJUÍZOS SOFRIDOS PELOS PARTICULARES EM DECORRÊNCIA DAS ENCHENTES NO RIO GRANJEIRO

Salientamos de pronto que, neste artigo eminentemente de cunho jurídico propositalmente iremos deixar de lado o aspecto político da questão que envolve o problema previsível das enchentes no canal do Rio Granjeiro, por ser de todo impertinente e inoportuno, na espécie.
Para uma melhor compreensão da responsabilidade do Município do Crato pelos prejuízos acarretados aos particulares em conseqüência do transbordamento do canal do Rio Granjeiro não devemos olvidar que: primeiro, é público e notório que o canal alhures mencionado muito antes da quadra invernosa estava sofrendo um altaneiro processo de assoreamento por conta da sujeira acumulada no seu leito, bem como por restos da obra anteriormente executada na encosta do canal, destarte, tendo sua capacidade de escoamento bastante diminuída; segundo, nos albores de 2003/2004 o Poder Municipal Cratense, verificando a necessidade premente da realização de obras em boa parte da extensão do canal do Rio Granjeiro, bem como, nas encostas que lhe circundam, e prevendo a iminência de um acontecimento calamitoso, abriu processo de licitação para execução de obras, sem, contudo funcionar eficazmente o escoamento das águas, por déficit ou até mesmo por omissão na fiscalização da qualidade do serviço, já que em menos de um ano as obras vieram a se desfazer; terceiro, que as mazelas encontradas no canal do Rio Granjeiro se protraíram no tempo com isto agravando os problemas sem que os administradores públicos dessem a devida atenção e efetiva solução.

Sendo os danos sofridos oriundos de obra mau executada e omissão de fiscalização das obras de contenção e limpeza do canal do Rio Granjeiro, desta forma, consubstanciando-se em um fato administrativo, não faz sentido deixar de responsabilizar o Município pelos danos acarretado aos particulares.

Ademais, não se pode alegar que seja a enchente do canal do Rio Granjeiro conseqüência de fato da natureza, pois, esta alegação haveria que ter todos os elementos configuradores da absoluta inevitabilidade da eficácia lesivas a terceiros, porquanto na espécie haveria um quê de evitabilidade exsurgindo a insuficiência e deficiência do serviço, de modo a não ser dado cogitar do fortuito pré-excludente da responsabilidade civil por parte do Município.

No caso do transbordamento que ocorreu no canal do Rio Granjeiro, em Crato/CE, e, suas conseqüências danosas daí advindas eram evitáveis, inclusive porque previsíveis.
Tanto é verdade que o próprio Prefeito Municipal e o Secretário de Desenvolvimento do Crato, em inúmeras entrevistas concedidas, verbi gratia, ao Diário do Nordeste em data de 25 de março de 2005, deixou claro que eram previsíveis as enchentes e reconhece que o Município necessitava de obras e serviços de limpeza no leito do canal do Rio Granjeiro.

Fica claro cm as entrevistas por parte das autoridades municipais que a enchente ocorrida com seus consectários não se deve exclusivamente ao acréscimo pluviométrico, mesmo porque já foi registrado em anos anteriores até com morte e perda material.

Responde a administração pública, pela conduta culposa, ou seja, pela má escolha dos agentes para a realização de obras e/ou pela falta de fiscalização eficiente na realização de obras construídas fora dos melhores parâmetros técnicos, afastados das cautelas recomendáveis, em dimensões inconciliáveis com as circunstâncias do local e o volume de vazão, portanto, sendo imprudente incidindo na cuppa in eligendo, oriunda da má escolha.

Outrossim, não aleguem que por ter sido a obra de contenção do canal realizado na gestão de ex-prefeito o município não responde, pois, como é de comum sabença na administração pública vige o princípio da impessoalidade, onde, os atos administrativos representam o ente ou o órgão que o realizou, a eles devem sempre ser imputados, pouco importando a pessoa física que o realizou. Ademais, não devemos olvidar que a causa do transbordamento e enchente do canal do Rio Granjeiro foi uma seqüencia causas somado e agravado por omissões e imprudências, tanto, do ex-gestor como do atual prefeito que deixou se prolongar por dois mandados consecutivos os problemas do assaz citado canal, inclusive, dando prioridade a outros projetos como reforma de praças e asfaltamento de várias artérias da cidade, destarte, diminuindo a capacidade de infiltração das águas e aumentando o escoamento das águas para o canal do Rio Granjeiro, sem falar da omissão do serviço de limpeza e desassoreamento do canal.

Como muito bem resume o administrativista José Cretela Júnior, o Estado/Município caracteriza-se por seu dinamismo como o lendário príncipe de Argos, deve ter cem olhos, dos quais cinqüenta permanecerão sempre abertos, quando os outros cinqüenta se fecham, durante o sono. Por isso, entre as funções ativas do Município, que se dividem em espontâneas e provocadas, as primeiras são exercidas pela administração, sempre, continuamente, independentemente de solicitação de quem quer que seja, sob pena de faltar a seus deveres.
Não resta dúvida que por parte dos últimos administradores do Crato sobrou olhos para politicagem e projetos pessoais e faltou olhos para projetos e iniciativas que colocassem a população a salva das mazelas das constantes enchentes no canal do Rio Granjeiro.

Francisco Leopoldo Martins Filho
Pós-graduado em Responsabilidade Civil

Sobre as ondas - Emerson Monteiro

Com este título, Rita Guedes, no dia 28 de janeiro de 2011, lança em Crato, no auditório do Instituto Cultural do Cariri, romance de sua autoria, cuja ação se desenrola nesta cidade durante a primeira metade do século que passou. A autora, graduada no curso de Letras pela anterior Faculdade de Filosofia do Crato, gérmen da atual Universidade Regional do Cariri, exercita a competência de escritora neste livro, ficção calcada em lances da história regional do Nordeste, desenvolvendo trama familiar que apresenta o espírito urbano dos que viveram no tempo considerado pela obra, revivendo valores e conceitos da sociologia da cidade, trabalho preenchido de surpresas e denotando mensagens úteis à religiosidade humana.
Rita Maria Lopes Guedes Santos nasceu em Crato, filha de José Guedes de Sena e Juracimira Lopes Guedes. Nesta cidade formalizou a sua educação, por intermédio do Ginásio São Pio X e do Colégio Santa Teresa de Jesus. Quando se graduou em Letras, especializou-se na Língua Inglesa e lecionaria em escolas públicas e particulares cratenses durante dez anos.
Casada com Felizardo Mendonça Santos, é mãe de três filhas, Osnyeide, Michele e Karenn, e avó de dois netos, Luanna e Thiago.
Em 1985, transferiu-se para Fortaleza, onde seguiu ensinando inglês e, também, português.
Escreve poesia e artigos, com publicações na imprensa da capital cearense, além de participações em revistas acadêmicas e literárias, como Letras em (Re)vista, da Faculdade de Filosofia do Crato, e Nordeste Salesiano, e nos livros Versos diversos e Antologia do Amor.
O desenho e a pintura são outras habilidades artísticas que Rita exercita, das quais utiliza no presente volume, cuja capa e páginas internas trazem ilustrações de sua autoria.
O argumento que conduz a história do livro, encetado com propriedade, revela vivências e pensamentos próprios da formação da autora, com que brinda seus conterrâneos e contemporâneos, familiares e amigos, predicados que perenizam frutos adquiridos e repassados nos protagonistas, espelhos da comunidade interiorana de tempos os quais tantos guardam na memória e nas saudades. Por meio desses retalhos de época rica, movidos em tramas leves e afetivas, testemunhas de perto deste seu primeiro romance, um êxito que lhe consagrar a geração, pelo poder da literatura folhetinista do sertão cearense.
Ensejamos, pois, boa repercussão ao carinho que transmite, ora lançado à apreciação dos leitores da região do Cariri, fonte original desta criação.

UM AVISO AO PESSOAL DA ASFAC

Pedro Esmeraldo

Hoje estava observando uma crônica do cratense amigo José do Vale Pinheiro Feitosa, intelectual residente no Rio de Janeiro, que fez elogios a minha pessoa, pelos quais expresso meus sinceros agradecimentos.

Quisera que houvesse outras pessoas de sua estirpe que viessem ajuntar-se a todos aqueles que desejam modificar o pensamento dos políticos desta cidade, para que tenham a capacidade de governar o Crato com objetividade e amor à terra comum.

Infelizmente, hoje aparecem um bando de aventureiros que só pensam neles mesmos, esquecem a cidade como um todo e procuram entregar-se a uma horda de desinteressados que por ora tomam conta da cidade, desviando do apoio do povo que lhe favoreceu na campanha eleitoral.

Ninguém pensa em solucionar os problemas que há em áreas de risco, como: as casas construídas nas encostas dos morros e das voçorocas, provocadas pelas águas pluviais que constantemente ocorrem nos períodos de chuvas torrenciais, ou seja, de fevereiro a março, que deixa todo mundo preocupado por medo do desabamento de suas residências.

Por isso, alertamos as autoridades com frequência para que cuidem com os poderes centrais a fim de sanar esse problema desta cidade.

Por esse momento, aguardo que hajam outros defensores do tipo José do Vale, Wellington Alves, Armando Rafael, Jurandir Temóteo e outros que deixamos de mencionar por não lembrar neste momento, mas com toda certeza aparecerão outros com muita confiança e arrojo para defender a terrinha esquecida e modificar o comportamento desses políticos junto à sociedade. Com o pensamento positivo elevem a cidade reconquistando todo patrimônio perdido por falta de orientação técnica e não tiveram o pensamento voltado para o futuro.

Desejo oferecer esta crônica ao pessoal da ASFAC (Associação dos Filhos e Amigos do Crato) que não se movimenta com expressão de força de trabalho para defender o Crato com sentimento de afeto já que, nessa ocasião, a cidade precisa de uma reação singela a fim de manifestar-se juntos as pessoas que praticam reação isolada, mas possuem poucos adeptos que só se estacionam em barcos frágeis que mal segura em águas brandas e não atinge as expectativas de trabalho unido e o desejo de expansão econômica e cultural desde município.

Crato-CE, 27/01/2011.