Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

PELO NATAL AO CARIRICATURAS - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Se aqui dissesse da grande saudade que tenho da paisagem do sítio em que nasci. Sua vida arcaica, suas histórias que pareciam uma ampulheta: o tempo corre, mas vejo simultaneamente o gargalo por onde ele escorre, o monte de seu passado se formando e o futuro acima ao curso do presente.

Ampulheta é o instrumento por excelências desta filosofia que perdura, mantém-se como uma saudade imensa daquele Crato que tão vivo me sufoca o respirar. A ampulheta que nega todas as categorias desta banalidade moderna, fugaz, que parece esquecer numa dormência de velhice a ameaçar-lhes a juventude. A ampulheta é algo impressionante. Basta que se inverta sua base para que imediatamente o passado acumulado se torne o futuro escorrendo para o presente a formar o passado.

Se aqui dissesse da grande saudade que tenho do Sítio Batateira e da cidade do Crato o quê pensariam do natal? Desta festa do alvorecer? Dos dias até que se conte o ano novo? Desta renovação que liga o presente ao futuro? Saudade não rima com natal, mas a minha é mesmo desta cidade, não apenas da idade, mas de toda a festividade que é milenar e se traduz na mesma (como é da natureza da saudade) eternidade de um menino que se diz Deus.

A Evolução Futura do Homem


O grande engano da civilização ocidental moderna foi ter se confundida ao misturar o “joio moral” com o “trigo ético”. E esse engano foi propiciado pela lógica racional de que a evolução técnica (“nas palavras de Max Planck: o real é o mensurável”) por si só levaria o homem a uma solução de seus problemas paralelamente a uma transcendência ética, ou seja, colocou virtual e inconscientemente a evolução ética como subproduto do progresso técnico. Tal engano – produzido pela excessiva racionalização! - está sendo fatal, pois sem a transcendência ética o mundo estará inexoravelmente se aproximando de uma grande crise ética-ecológica irreversível onde o homem utilizará toda a transcendência técnica contra si mesmo porque ainda não percebeu (porque não tem sensibilidade para ver essa problemática existencial em si mesmo!) que existem dois contextos ou caminhos evolutivos (transcendentes) independentes. Isso implica dizer que a evolução técnica não aperfeiçoa o caráter humano. Este tem uma dimensão de trabalho e caminho de transformação próprio (existencial-pessoal). A aproximação com o saber e práxis espiritual oriental é vital.

E segundo o filósofo e místico oriental SRI AUROBINDO :

“A espiritualidade é em sua essência um despertar para a realização interior de nosso ser, para um espírito, um si, uma alma, que é diferente de nossa mente, vida e corpo, uma aspiração interior a conhecer, sentir, ser isso, a entrar em contato com a Realidade maior que está além, que penetra o universo e habita também nosso próprio ser, a estar em comunhão com Ela, em união com Ela, e é uma guinada, uma conversão, uma transformação do nosso ser inteiro, como resultado da aspiração, do contato, da união, um crescimento ou um despertar para um novo vir-a-ser, ou um novo ser, um novo si, uma nova natureza.

Há quatro linhas principais que a Natureza seguiu em sua tentativa de começar a abrir o ser interior - religião, ocultismo, pensamento espiritual e uma realização e experiência espiritual interior; as três primeiras são aproximações, a última é a avenida decisiva de entrada. Todos estes quatros poderes trabalham em ação simultânea, mais ou menos relacionados, às vezes em uma independência isolada. A religião admitiu um elemento oculto em seu ritual, cerimônia e sacramento; ela se debruçou sobre o pensamento espiritual de apoio - o primeiro é ordinariamente o método ocidental, o último o oriental; mas a experiência espiritual é o objetivo e a consecução final da religião, seu céu e ápice.

Cada um desses meios ou aproximação corresponde a algo em nosso ser total, e portanto a algo necessário ao objetivo total de sua evolução. Há quatro necessidades da auto-expansão do homem, para ele não permanecer este ser da ignorância de superfície, procurando obscuramente a verdade das coisas, coletando e sistematizando fragmentos e secções de conhecimento, a pequena criatura limitada e semicompetente da Força cósmica, que ele é agora em sua natureza fenomênica. Ele deve conhecer-se, descobrir e utilizar todas as suas potencialidades: mas para conhecer a si próprio e ao mundo completamente, ele tem que ir atrás de si mesmo e de seu exterior, tem que mergulhar fundo, abaixo de sua própria superfície mental e da superfície física da Natureza” (p.64-65).

AUROBINDO, SRI - A Evolução Futura do Homem, s.e., São Paulo, Cultrix, 1976.

A Noiva - Domingos Barroso

Conto os versos
que já fiz na vida

como quem guarda moedas
dentro do porquinho.

Tantos versos esquecidos
por simples covardia.

Outras tantas moedas
roubadas em silêncio.

Meu cotidiano não é melancólico
nem tão exuberante.

Não faço chover.
Não hipnotizo andorinhas.

Os únicos pássaros
que entram na sala

entram porque a janela vive aberta.

Somente ao dormir
algo mágico acontece:

do profundo da alma
um som espalha-se
até os limites do travesseiro

então ouço a muriçoca
tirar do seu violino Strauss.

Os dedos dos pés
pulam da coberta

rodopiam pelas paredes
chegam ao teto.

Os dedos dos pés também levitam.
Deixam seus corpos por uma valsa.

domingos barroso

Mensagem para Stela Siebra Brito

Para Stela



Você é uma pessoa muito especial, por isso merece tudo de bom. Desejo muita paz, saúde e um milhão de amigos.

Abraços da(o) amigo(a) secreto(a)

Eu

Pensamento para o Dia 14/12/2009


“Enquanto o homem vive uma vida dedicada aos prazeres e vitórias do mundo objetivo, ele não pode escapar da tristeza, do medo e da ansiedade. Não há objeto sem defeito ou imperfeição, não há prazer que não esteja misturado com a dor, não há nenhuma ação que não esteja contaminada com egoísmo. Portanto, seja puro e desenvolva o desapego, o que lhe vai poupar da aflição. As tristezas da vida não podem terminar através do ódio e da injustiça, os quais somente geram mais de sua espécie. A tristeza irá produzir somente pensamentos mais nobres e elevados com experiências que germinam a partir do coração puro, onde o Senhor reside.”
Sathya Sai Baba

PARA CORUJINHA BAIANA


Hoje lembrei a Bahia
num lembrar morno, gostoso...
Num lembrar que em versos ouso
um poema lhe cantar.

Cantar o céu e o mar,
as ladeiras, as Igrejas,
o Pelourinho, as pelejas
dos que morreram a lutar. .

Essa Bahia que canta
também seu canto ao turista
e num abraço convida
o visitante a sonhar!
Cidade do Elevador,
dos museus,da capoeira,
de baianas bem faceiras...
nas noites lindas, o luar !

O Bonfim de mil milagres,
o Mercado, as barracas,
as velas brancas deitadas
cochilando a beira mar!

Lembrei dentro da saudade
as velhas negras baianas
que a terra se ufana
do acarajé a cheirar...

Ah Bahia hoje te penso
num sonho mais realidade...
Salvador vem no meu peito
transformado em saudade!
Saudade que lá ficou
numa praia ou numa esquina,
numa ladeira,na Sé ,
talvez numa noite fria,
Quem sabe num tabuleiro da preta Joana ou Maria ...
O certo é que é saudade
De Salvador ... da Bahia !


( Com um abraço da Rosa )

Como escrever bem

Regras de Orwell para escritores

1. Se for possível cortar uma palavra, corte-a;

2. Nunca use uma palavra longa se você puder usar uma curta;

3. Nunca use um verbo passivo quando você puder usar um ativo;

4. Evite palavras técnicas e estranjeiras;

5. Nunca use matáfora que você já tenha visto impressa;

6. Quebre qualquer uma dessas regras para evitar algo simplório.



Como escrever bem segundo Kurt Vonnegut

1. Ache um tema que te importe.

2. Não fique fazendo muitas digressões.

3. Mantenha tudo simples.
.
4. Tenha coragem de cortar seu texto.

5. Seja você mesmo.

6. Diga o que você quer dizer.

7. Tenha dó dos leitores.

TRADIÇÃO ORAL – BISAFLOR CONTA HISTÓRIAS - por Stela Siebra Brito

A história que Bisaflor conta hoje é um conto da tradição oral africana que, semelhante aos contos de diversas tradições, mistura personagens humanos com animais.

A MULHER, A COBRA E A ÁGUIA

Certa vez uma cobra, perseguida por caçadores, correu, correu tanto, que saindo dos limites da floresta, foi bater num povoado, e pediu socorro a uma mulher que varria a calçada da casa.
- Socorra-me, senhora, os caçadores querem me matar, esconda-me, eu imploro.
- Mas eu não tenho onde escondê-la, assim tão bem escondida, de modo que eles não lhe encontrem.
- Por favor, eu imploro, me ajude. Olhe, a senhora pode me esconder no seu estômago, nesse lugar os caçadores não me encontrarão.
- Ora, que ideia mais absurda!
E a cobra tanto choramingou que a mulher a escondeu no estômago. Os caçadores vasculharam a rua e, não encontrando a cobra, foram embora.
- Pronto, acabou-se o perigo, pode sair.
- ih, quero sair não, aqui dentro é ótimo, é tão aconchegante, tem comida, vou sair não, senhora.
A mulher pediu, rogou e nada da cobra querer sair do seu estômago, ficou lá bem instalada, comendo tudo que ela comia, engordando, e em consequência provocando o aumento do peso e da barriga da mulher.
A vizinhança começou a reparar naquela barriga crescendo, achavam que a mulher estava esperando um filho; começaram os mexericos e coisa e tal, porque a mulher não era casada, e agora aparecer grávida assim, e passaram a hostilizá-la.
Um dia a mulher recebeu a visita de um amigo, que se mostrou solidário, dizia que precisava saber o que realmente estava acontecendo, que não iria comentar com ninguém. E tanto insistiu que a mulher contou o que lhe acontecera.
Mal saiu da casa, o rapaz contou o sucedido para alguns amigos, que, por sua vez, contaram para outros, e a história da cobra no estômago da mulher se espalhou por todo povoado e foi motivo de chacota.
- Ora, que boba, se deixar enganar assim – era esse o comentário geral. Todos riam da mulher, que, assim, foi ficando cada dia mais só.
No entanto, dias depois uma águia baixou no quintal da mulher. Conversa vai, conversa vem, a mulher acabou lhe contando a história da cobra que não queria mais sair do seu estômago. A águia prometeu ajudá-la, sabia o que devia fazer para a cobra sair do esconderijo. E começou a elogiar a cobra, falando bem alto:
- Pois é, senhora, alimentando-se assim tão bem, essa cobra deve está muito forte, com pele lustrosa, bem tratada...
Ouvindo aquela conversa, a cobra ficou curiosa, queria escutar melhor, por isso foi aproximando a cabeça da boca da mulher. E a águia percebendo o efeito dos elogios, atiçou-lhe mais ainda a vaidade:
- Pena que a cobra esteja escondida, nem podemos apreciar sua beleza, o brilho dos seus olhos, sua pele sedosa...
A cobra não cabia em si em orgulhosa e se espichava cada vez mais para fora.
Numa rapidez incrível a águia prendeu sua cabeça e a puxou para fora. Depois, voou com a cobra presa no seu bico para bem longe.
Desde esse dia, a mulher não quis mais conversa com cobra.
Entrou por uma perna de pinto saiu por uma de pato, senhor rei mandou dizer que contasse mais quatro.
.

A PROFECIA ECOLÓGICA-ESPIRITUAL DE IEDA


No início da década de 80 decidi sair da casa de meu pai para ir morar sozinho. Um ano após minha saída, por questões econômicas, mudei de endereço no mesmo bairro do Flamengo. O Flamengo é um bairro nobre da zona sul do Rio de Janeiro. Os aluguéis lá eram e ainda são caros. Então, encontrei uma saída econômica que era morar num quarto alugado próximo à praia. E a moradora, uma gaucha de uns 40 anos de idade, me sub-alocou um pequeno quarto confortável para mim e meu irmão mais velho. Ieda era (ou é ainda (?)) uma mulher de convicções firmes e muito simpática. Sempre sorridente, Ieda cativava a todos com sua coragem , força de vontade e fé no processo de superação de uma doença raríssima no mundo. Era muito comum vê-la dopada para suportar as dores dos pequenos nódulos que surgiam por todo o seu corpo.
Num belo dia ela me contou como ficou sabendo, com bastante antecedência, o caminho de sofrimento que teria que passar nessa vida terrena. Contou-me ela que seu avô havia planejado ir à praia (no Rio Grande do Sul onde ela morava quando pequena) com ela e um garotinho. E assim aconteceu. Saíram cedo com o objetivo de voltar um pouco mais tarde. Em dada hora, o avô percebendo que precisava fazer o lanche que levara forrou a areia com um pano e retirou da sacola uma melancia para repartir entre eles. Buscou na sacola uma faca e foi aí que percebeu que havia esquecido a mesma em casa. Por um instante ficou confuso com o fato de ter esquecido a faca. Tentou encontrar uma maneira de executar a ação. Então, de repente surgiu do nada uma figura humana de um velhinho vestido todo de branco. Seus cabelos eram brancos e possuía uma grande barba branca também. O velhinho se aproximou disposto a ajudá-los. Ele fez um sinal da cruz sobre a melancia, e a melancia se repartiu milagrosamente em quatro pedaços. Após esse feito ele se apresentou como sendo Jesus Cristo. E em seguida orientou o avô dela para que não continuasse mais batendo na esposa. E quanto a ela, disse: “Você terá uma doença muito rara no mundo. Mas, não se preocupe porque é para seu próprio bem devido aos karmas adquiridos em outras vidas”. Após essa fala ele profetizou o que iria acontecer com o ser humano devido a sua ação destruidora da natureza. Ele afirmou: “Tudo o que o homem toma ou interfere na natureza provocará uma ação contrária fazendo com que surjam tempestades e todo tipo de catástrofes que envolvem a natureza. A natureza vai querer tudo de volta!”. E segundo minha amiga Ieda ele mencionou algumas cidades onde ocorreriam essas catástrofes (p.ex.: Santa Catarina, Rio de Janeiro etc).

E a partir dessa história contada por Ieda fiquei atento aos desastres naturais. E toda vez que acontece um desastre “natural” lembro-me de Ieda e do velhinho espiritual. Quando é que finalmente admitiremos que tudo está interligado: o social, o natural e o espiritual? Hoje, se discute quanto tempo temos (se é que temos) ainda para consertar os erros do passado e do presente. O mundo vive apreensivo sobre o destino da humanidade caso ações concretas não sejam realizadas a tempo para mudar o rumo da intervenção desastrosa da vida humana na Terra. Tudo será afetado: água, solo, subsolo, ar, florestas, cidades etc.: “O Sertão virará mar, e o mar virará Sertão” diz a música sertaneja. A conta desses desastres será paga por todos, principalmente os mais pobres e carentes de recursos. No COP-15, em Copenhague, se discute um acordo de como repartir as responsabilidades, ônus e bônus. Mas, não há consenso de quanto cada um deverá investir e doar de si para salvar o planeta.

Enquanto isso, continuamos poluindo, desmatando e destruindo o que resta ainda de original e sagrado ao nosso redor.

Bernardo Melgaço da Silva

Feliz aniversário, Seu Audísio Pereira !


Queria fazer uma homenagem a meu pai que hoje completa 92 anos.
Considero esse guerreiro, um herói ! Vinha estudar no Crato de trole, enquanto seu pai era Chefe da Estação, e depois trabalhou no DNOCS.

Meu pai conta como era passar a ração do dia para os trabalhadores; canta lindamente, até hoje, a música Esbelto Infante, que aprendeu quando fez o tiro de guerra , no Crato; trabalhou na Associação dos Empregados do Comércio do Crato, com seu amigo Pedro Felício; destarte os seus 92 anos não deixa de ir diariamente , inclusive finais de semana, no seu sítio "Granja Célia Germana", entre o Crato e o Juazeiro; adora uma janela, em frente ao Moderno... Tá sempre lá , cumprimentando a todos.

Papai, sinto sua falta, mas brevemente estarei ai para lhe abraçar, meu véio!

Um beijo

sua filha
Teresa

* Sou vizinha dos pais de Teresa Abath. Tenho muito carinho pelo casal Audísio x Edistia . Lindos, lúcidos , e vivendo o dia a dia , num astral de paz.

Hoje a casa está em festa. Casa abençoada por Deus, e enfeitada pelo carinho dos amigos e familiares.

O amor não percebe distâncias, Teresa. O amor , em todas as suas formas, congrega no pensamento. Espiritualmente, você está sempre com eles.


Parabéns, Seu Audísio , pelos seus 92 anos de vida.

Um grande abraço

da família Cariricaturas .

A águia e a galinha - Leonardo Boff



A Águia e a Galinha
Uma metáfora da condição humana


Era uma vez um camponês que foi a floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Coloco-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
- De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu criei como galinha.
Ela não é mas uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
- Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar ás alturas. - Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia. Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: - já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia.
E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga:
- Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
- Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma ultima vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergue-se, soberana, sobre se mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...

E Aggrey terminou conclamando:

- Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos . Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.

( Autor: Leonardo Boff)

( Co-autor: James Aggrey - Natural de GAMA, pequeno pais da África Ocidental.
Político que defendia a liberdade.

Profecias de Nostradamus



Michel de Notre-Dame nasceu em 14 de dezembro de 1503 na cidade de Saint Remy de Province, no sul da França. Ficou mais conhecido pela forma latinizada do seu nome. Formado em medicina, aprendeu letras e ciências, inclusive as ocultas, como a astrologia. Politicamente se destacou como conselheiro dos reids da França, Henrique II, Francisco II e Carlos IX, além de ser o homem de confiança da rainha Catarina de Médicis.

Ele tinha suas visões em seu quarto, numa bacia de água. Foi um dos maiores profetas de todos os tempos, prevendo acontecimentos históricos e fatos importantes da humanidade, alguns com precisão.

O tema mais impressionante de todos é sobre o fim dos tempos, em que Nostradamus relata seis papas futuros onde, a partir daí, seria o início do fim. Ele previu três anticristos encarnados em seres humanos. O primeiro seria Napoleão Bonaparte, o Segundo Adolf Hittler e o terceiro ainda está por vir (muitos estudiosos julgam ser Bill Gates III, que pois a soma numerológica do mesmo dá exatamente 666, que é o número da "besta" conforme previu Nostradamus).

De acordo com o profeta, o Armagedom iniciará com o poder desse anti-cristo. Outro fator consideravel é a aparição de falsos Cristos, que enganam os homens e habitam nossos tempos. Nas centúrias de Nostradamus encontramos descrições do último e mais poderoso Anticristo:

“O menino nascerá com dois dentes na garganta”
“Corcunda, será eleito pelo conselho o mais hediondo monstro visto na terra”
“Tarefa de assassino, enormes adultérios, grande inimigo de todo o gênero humano, ao qual fará pior que avós, tios, pais, em ferro, fogo, água, sanguinolento e desumano”

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Algumas previsões de Nostradamus:

"De Mônaco até perto da Sicília, toda a praia será desolação, não haverá subúrbio, cidade nem vila, que não sofra dos Bárbaros o assalto."

"Nápoles e Palermo, e toda a Sicília, por mãos bárbaras serão inabitáveis, em Córcega, Salerno, ilha Sardenha, a fome, a peste, a guerra, fim de males intensos."

"Se, França, cruzares o mar da Ligúria, te encontrarás sitiada entre ilhas e mares. Maomé contra ti, mas ainda no mar Adriático de cavalos e asnos roerás os ossos."

"No território da Arábia feliz nascerá poderoso nas leis de Maomé, humilhará a Espanha e conquistará Granada, e depois, por mar, a gente da Ligúria."

"Um Oriental sairá de sua sede e pelos montes Apeninos verá a Gália: atravessando céu, águas e neve, e a todos golpeará."

"De além do Mar Negro e da grande Tartária, um rei visitará a França, passará pela Alânia e Armênia, e deixará um rastro de sangue em Bizâncio."

"Por semearem a morte, sete países da Europa serão mortalmente feridos, Bombardeios, tempestades, epidemia e a fúria do inimigo: O chefe do Oriente porá em fuga todos os ocidentais, e subjugará seus antigos conquistadores."

"Romano Pontífice guarde de aproximar-se da cidade banhada por dois rios, o sangue espumará, seu e dos seus, quando a rosa florir."

"A igreja de Deus será perseguida, e os templos sagrados pilhados; mãe expulsará o filho, desnudado em camisa, os árabes se aliarão aos poloneses."

"Dos homens da igreja o sangue será espalhado, em tanta abundância, como se fosse água: por longo tempo não diminuirá, oh, para o clero, ruína e dor."

"Tua ruína, ó grande Roma, se aproxima, não de tuas muralhas, de teu sangue e substância, a aversão pelas letras fará tão terrível brecha, ferro pontudo ferindo a todos até o cabo."

"O 3º Anticristo será breve aniquilado vinte e sete anos durará sua guerra. Os hereges estarão mortos, cativos, exilados. Sangue, corpos humanos, água vermelha cobrindo a terra."

"Em 1999 e sete meses, do céu virá um grande rei do terror. Ressuscitará o grande rei D’ANGOLMOIS. Antes que Marte reine pela felicidade."

"Perto de Aux, de Lestore e Mirande, o grande fogo tombará do céu três noites, será causa estupenda e surpreendente, a terra tremerá logo depois."

"Sol a vinte de touro, haverá um grande terremoto. O grande Teatro cheio ruirá, ar, céus e terra escurecidos e perturbados, quando o infiel chamar a Deus e aos santos."

portalbrasil.net

Quando me lembro ... - Sivuca

Sivuca - por Daniel Almeida -( 3 anos sem Sivuca ...)




No dia 26 de maio de 1930, Severino Dias de Oliveira chegou ao mundo em Itabaiana, semi-árido da Paraíba. De família de sapateiros e agricultores, começou a tocar sanfona em feiras, batizados e festas aos nove anos de idade.

Até aos quinze, quando se mudou para Recife, seguiu tocando e fazendo música pelo interior do Nordeste. Em 1945, aventurou-se no programa de calouros Divertimentos guararapes, na Rádio Guararapes, com a canção "Tico-tico no fubá" (Zequinha de Abreu e Eurico Barreiros), e "In the mood" (Joe Garland e Andy Razaf). Nessa ocasião, as atenções do maestro Nelson Ferreira recaíram sobre o novato, que foi convidado para se apresentar no dia seguinte em programa escrito e apresentado pelo locutor esportivo, cronista e compositor Antônio Maria. Começou como profissional na Rádio Clube de Pernambuco, onde recebeu o nome artístico de Sivuca.

Poucos anos depois, tornou-se aluno do maestro Guerra Peixe, com quem estudou composição e arranjo. Excursionando por Recife, a cantora Carmélia Alves se encantou com o músico – que já integrava o elenco da Rádo Jornal do Comércio - e o convidou para gravar em São Paulo. Em 1950, Sivuca selou a parceria com Humberto Teixeira e lançou seu primeiro disco pela gravadora Continental, que revelou “Adeus maria fulô”, além de interpretações de "Tico-tico no fubá" e do choro "Carioquinha no flamengo", de Waldir Azevedo e Bonfiglio de Oliveira. Em 1951, acompanhou a cantora Carmélia Alves ao acordeão em "No mundo do baião", e participou de seu segundo disco, interpretando "Frevo dos vassourinhas número 1" (Matias da Rocha) e o baião "Sivuca no baião" (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga).

Ainda no começo da década, realizou temporadas anuais em São Paulo, em programas especiais na Rádio Record, com regional ou orquestra sob a regência dos maestros Hervê Cordovil e Gabriel Migliori. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1955, ano em que foi contratado pelos Diários Associados para fazer apresentações na Rádio e na TV Tupi cariocas. Em 1956 gravou pela Copacabana, de sua autoria, o choro "Homenagem à velha guarda" – seu segundo sucesso - e a polca "Pulando num pé só", de Edvaldo Pessoa.

Com o passaporte carimbado, embarcou com o grupo Os Brasileiros, sob a liderança de Guio de Morais, para uma turnê de três meses na Europa. Ao lado do Trio Iraquitã, de Dimas, de Pernambuco e de Abel Ferreira, o combo divulgaria a MPB no exterior graças à Lei Humberto Teixeira. Fruto dessa temporada foi sua residência em Lisboa. Mas no fim da década de 1950, veio o bilhete azul da Tupi. Isso porque aderiu a uma greve de reivindicação salarial. Juntou-se, então, ao grupo Brasília Ritmos, formado por Waldir Azevedo, Trio Fluminense, Vilma Valéria, Norato, Eliseu, Swing, Edison, Jorge e Tião Marinho, no qual ficou por três meses.

Gravou seu primeiro LP europeu pela gravadora Valentin de Carvalho, em que produziu e arranjou o primeiro disco de música angolana da Europa, Duo ouro negro. Em 1960, foi convidado para trabalhar em Paris. Apresentou-se na Maison Barclay, na capital francesa, e lá permaneceu por quatro anos, apresentando-se em restaurantes e clubes. Em 1962, gravou pela Barclay o LP Rendez-vous a Rio, e venceu o prêmio de melhor músico do ano, concedido pela imprensa francesa.

Em 64, atravessou o Atlântico e fincou os pés em Nova York. Acompanhou a cantora Carmen Costa em apresentações pelos Estados Unidos e, entre 65 e 69, assumiu a direção musical da cantora sul-africana Miriam Makeba. Com ela gravou 3 discos em Nova York e conquistou o sucesso internacional como arranjador instrumentista com “Pata-pata”. Realizou turnês pela Ásia, África, Europa, América do Sul e do Norte. Inaugurou, nessa época, o segundo canal de televisão da Suécia, onde gravou dois LPs. Chegou a lançar um LP japonês como violonista. Pela primeira vez, visitou a Escandinávia e assim descreveu em seu site oficial suas impressões sobre a gente dali: “lembro bem da minha primeira chegada à terra dos vikings. Achei um povo muito parecido comigo, na cor alva da pele e no gosto pelo acordeão. Fui logo tratado por eles como irmão. Foi em Copenhagen, em 67, no Varieteen Teather, no Tivoli, numa turnê ao lado da grande dama da música africana, minha dileta amiga Miriam Makeba”. Em 68, ainda morando em Nova York, voltou duas vezes para temporadas de shows que resultaram em programas de televisão pra Finlândia e Noruega, além da gravação de três discos (um solo e dois com Putte Wickman).

Em 69, desligou-se da banda de Makeba e, a convite de Oscar Brown Jr., assumiu a direção do musical Joy. Compôs “Mãe áfrica” para esse espetáculo e com ele se apresentou em San Francisco, Chicago e Nova York, onde o show foi gravado ao vivo pela RCA. Quatro anos depois, projetou-se mais uma vez, com seu show de música brasileira, no Village Gate, onde permaneceu em cartaz por 2 meses e gravou o LP Life from the Gate, pela Vanguard.

Em 1975 realizou projetos com artistas renomados como Hermeto Pascoal, Airto Moreira, Betty Midler, Paul Simon. Filmou um programa especial para a televisão francesa com o mímico Marcel Marceau e com o ator e cantor Harry Belafonte. Casou-se com a compositora Gloria Gadelha, com quem iniciou uma parceria musical frutífera, como em “Feira de mangaio”, considerado um clássico do forró e eternizado por Clara Nunes.

Em 1978 lançou o LP Sivuca, no qual interpretou o sambaião "O dia em que El Rey voltou à terra de Santa Cruz", parceria com Paulinho Tapajós; as upakangas – ritmo originário da África do Sul - "Mãe áfrica" (em parceria com Paulo Cesar Pinheiro) e “Barra vai quebrando”; e o arrasta-pé "Samburá de peixe miúdo", estas duas últimas em parceria com a mulher Glorinha Gadelha. No mesmo ano, obteve grande sucesso com a composição "João e maria", em parceria com Chico Buarque. A canção saiu no disco Meus amigos são um barato, nas vozes de Nara Leão e Chico, com arranjo de Sivuca. Em 1980 lançou o disco Cabelo de milho, no qual interpretou, entre outras, a faixa-título, em parceria com Paulinho Tapajós; "Cantador latino", com Paulo Cesar Pinheiro; "No tempo dos quintais", que contou com a participação especial do cantor Fagner; além de "Se te pego na mentira", em parceria com Glorinha Gadelha.

Em 1984, o arranjador e produtor Rune Öfwerman apresentou Sivuca a Griec e Hans Cristian Andersen. Idealizou e produziu, pela gravadora Sonet, o projeto Rendez-vous in Rio, composto pelo disco Som brasil, por um segundo da cantora sueca Sylvia Vrethammar e por Chico’s bar, do brasileiro com o gaitista belga Toots Thielemans. Este projeto culminou com a gravação de um clipe, ao vivo, no Chico’s Bar, Rio de Janeiro, pela TV sueca. Nos anos seguintes foi convidado, pelo produtor Rune e Sylvia, para uma série de temporadas pela Escandinávia. No mesmo ano, juntou-se a Chiquinho do Acordeon no disco Sivuca e Chiquinho, que contou com a participação especial do maestro Radamés Gnattali. Gravou as composições "Pé de moleque", de Radamés; "O eterno jovem Bach", de Altamiro Carrilho; "Valsa verde", de Capiba; "Aquariana". do próprio Sivuca e "Rabo de fita", parceria de Sivuca e Chiquinho do Acordeon. Em 1985 colocou três discos nas prateleiras suecas: Som brasil, Rendez-vous in Rio e Chico''''s bar - Sivuca e Toots Thielemans, os três pela gravadora Sonet.

No final da década de 80, lançou com o gaitista Rildo Hora o LP Sanfona e realejo, que obteve boa receptividade por parte da crítica especializada. Após a morte da cantora Nara Leão, em 89, Sivuca e Paulinho Tapajós compuseram, em sua homenagem, "Canção que se imaginara", registrada primeiro no CD Enfim solo, lançado em 1997 e no qual interpreta composições de Pixinguinha, Luperce Miranda e Johann Sebastian Bach.

Em 1990, lançou o LP Um pé no asfalto, um pé na buraqueira, com a participação especial de Rildo Hora e de Glorinha Gadelha interpretando, entre outras, "Bom e bonito", de Osvaldinho do Acordeon; "Forró da gente", de Cecéu; "Guararema", em parceria com Glorinha Gadelha, e "Quem disse que o forró acabou?".

Em abril de 94, foi ao ar na TV Cultura, o programa Ensaio com Sivuca e o convidado Dominguinhos. No dia 30 de dezembro, participou do show em homenagem à posse do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ao seu lado se apresentam Hermeto Pascoal, Osvaldinho, Borghetinho e Waldonys.

Continuou realizando apresentações no Brasil e no exterior, participando de festivais e recebendo a reverência internacional por seu trabalho instrumental. Em 2000 apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro junto com a Orquestra Petrobras Pró Música e o arranjador Wagner Tiso.

No carnaval de 99, a Unidos de Vila Isabel homenageou a cidade de João Pessoa, capital da Paraíba. Entre os destaques da agremiação estavam Elba Ramalho, Sivuca e Herbert Viana.

Em janeiro de 2001, em São Luís, na série de shows em homenagem ao compositor Antônio Vieira, principal fonte de inspiração de novos músicos maranhenses, subiu ao palco junto com Zeca Baleiro, Rita Ribeiro e Elza Soares. No ano seguinte, participou de shows em comemoração aos 25 anos de fundação da gravadora Kuarup, com apresentações no Canecão, no Rio de Janeiro, e no Teatro da UFF, em Niterói.

Em 2004, Sivuca gravou três discos: Cada um belisca um pouco (Biscoito Fino), com Dominguinhos e Oswaldinho; Sivuca & quinteto uirapuru (Kuarup) e Sivuca sinfônico, que permaneceu inédito até 2006, em que empunhou a sanfona e se uniu à Orquestra Sinfônica de Recife pra registrar composições populares com arranjos eruditos. Estão no repertório, “Rapsódia gonzaguiana” (uma seleção de clássicos de Luiz Gonzaga), “Concerto sinfônico para asa branca” (adaptação para sanfona e orquestra do hino de Gonzagão e Humberto Teixeira), “Feira de mangaio”, “Aquariana” (peça feita por ele para Glorinha, única inédita em disco), “Moto-perpétuo” (transcrição para sanfona da peça de Paganini), “Quando me lembro” (de Luperce Miranda), e “João e Maria”.

A saúde de Sivuca foi piorando e o câncer nas glândulas salivares que vinha tratando há quase 30 anos atingiu seu pulmão em novembro de 2005. Incansável, não parou, e assinou todos os arranjos para o disco Terra esperançaSivuca sinfônico foi lançado pela gravadora carioca Biscoito Fino. Mais um de seus grandes sonhos, unir música popular e erudita pela sua sanfona, estava realizado. Porém, a saúde do músico voltou a piorar e em 14 de dezembro de 2006 Sivuca morreu em decorrência de uma insuficiência respiratória causada por edema pulmonar. Compareceram em seu enterro em João Pessoa mais de 2 mil pessoas.

Sarau - por Ana Cecília S.Bastos


Falar em voz alta o sentir poético.

Deixar os poemas em paz, contudo.

É deles o silêncio da madrugada.


Mantenhamos o encanto, que é segredo.

Troquemos em silêncio.


A poesia é justamente aquilo de que se fala no silêncio do

...............................................................................................mundo.

Não lhe roubemos a essência.

E mais nada.


Ana Cecília

Para Rosa Guerrera



Disse o poeta português Anrique Paço d'Arcos:

" Ter saudade é querer viver o já vivido...
Querer amar e ter amado já... Sentindo o coração anoitecido, Querer beijar a luz que o sol lhe dá.

Saudade é ver fugir o bem perdido, Não podendo ir com ele onde ele vá;
Ai, saudade afinal é ter nascido Na certeza que a vida acabará!

Horizontes sem fim, novas paisagens...
Saudade é vago espelho onde as imagens
Têm vida para além da realidade.

Saudade é tudo enfim que me rodeia;
Um relevo de passos pela areia;
A morte, a vida, o amor, tudo é saudade...


E eu lhe digo:

Feliz aquele que tem do que sentir saudade.
Um abraço,amiga

Corujinha Baiana
"OFICINA DA PALAVRA"
- Cariricaturas, convida ! -

CARIRICATURAS PROMOVE E CONVIDA VOCÊ PARA

OFICINA DA PALAVRA: LEITURA DE POESIAS E CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

A oficina destina-se a todos os amantes da palavra – escrita ou falada – e será desenvolvida com dinâmicas e técnicas corporais e vocais.

Venha participar!

Dias: 29 e 30 de Dezembro/2009 - 06, 07, 08 de Janeiro/2010

Horário: 19:00h às 21:00 h

Encerramento: 09 de Janeiro com:

Recital de Poesias e Contação de Histórias

Público alvo: todos os amantes da poesia e das histórias

Investimento: R$ 50,00

Deposito identificado, na conta de Stela Siebra de Brito ( a ser informada , na sequência) .

Facilitadora: Stela Siebra Brito

Inscrições: Enviar por email nome e telefone ( sauska_8@hotmail.com. )

OBS.: o local será informado posteriormente

* Stela há tempos nos devia esse presente.

Estamos muito felizes, e aguardamos a confirmação dos participantes.
Vagas limitadas ( no mínimo 10 , e no máximo 25) .
Faça já, a sua inscrição!

Vai ser show !

***

Eis-nos a declamar poemas
Com um timbre especial
empostando a voz,
usando o tempo cênico...

São todos esses poemas
Que escrevemos
poemas que nos atiçam
que nos levam
em vôo rasante
e nos impõem seu ritmo

Todos os poemas que entalhamos
Com os sentimentos
E que nos saem neste momento
dos lábios feito pérolas
ou como pássaros

Não somos donos dos poemas
eles nos tocam e se materializam
quando os lemos em voz alta
Somos poemas!

(Poema por Claude Bloc)


***

Abraços,

Claude e Socorro