Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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domingo, 27 de junho de 2010

Os "17" anos !!!!

A câmera era de Edilma. Os "cliques" de todos. Cada um tirou uma lasquinha. A alegria era exagerada.

A lua cheia veio de presente com um olhar atravessado no Mirante. Muitos papos. Um jantar de muitos sorrisos. Mas... a música ao vivo no ambiente nos frustrou por não termos a oportunidade de ouvir Peixoto cantar ao som do violão de Abidoral.

Jacques, à moda de seu Hubert, fez um discurso emocionado com direito a falar francês de raspão: "ma soeur" ... disse ele ao ler um lindo poema muito inspirado.


Na hora do bolo

L. C. Salatiel

Jacques e Claude

Marilac


Abidoral e Claude

Peixoto e Claude


Josê Flávio

Fabiana


Liduína

Edilma


Pachelly e Socorro

Pachelly e Socorro Moreira


Jacques, Peixoto e Ricardo Rocha
***
.
Faltou pouca gente. Mas posso afirmar que foi uma noite límpida e agradável. Estando lá ainda recebi telefonemas como o de Rosineide, Maria, Iza Vilar, Magali e Carlos e outras amigas de longa data. A todos o meu muito obrigada e o meu grande abraço.
Claude

Espera ...- por Socorro Moreira


estou catando o feijão
e fugindo do fogão.
o amor devoto pelas panelas...
me dizem elas :
preferimos  você  na janela
de olhos perdidos
querendo um caminho.
respondo:
aqui é porto de poesia
os navios atracam e descarregam
rimas sentidas
às  vezes leio e bebo
outras vezes leio de soslaio
assustada  com o meu interior declarado
nos versos
amarro a fita do verbo
e deixo o coração solto
no encontro de olhares
- espelhos fatais !

Cores mais fortes - Emerson Monteiro

Surpreendentes e livres, feitas chapéu voando arrancado pelo vento das madrugadas impacientes, palavras disparam no ar pedidos fervorosos de socorro, busca súbita de outras cabeças onde repousem pensamentos clandestinos. Aliás, pensamentos talvez digam pouco para expressar o ímpeto do coração, nessa indefinição entre as trilhas do desejo e a matéria elaborada no forno da cabeça, para chegar à boca mecânica, indiferente, sensória. Isso justifica, pois, que esteja mais para sentimento, invés de pensamento.
Daí, na intenção original de querer falar, espécie de exanguidade em lua de mel, quando, por mais se insiste conter o desejo permanece, o coração anda cauteloso, sem querer abrir asas de liberdade após experimentar emoções contraditórias de velhos desencontros. A presença dela, no entanto, encheu de oxigênio puro o peito; as fibras dos pulmões atrofiados, na limitação oficial da rotina, voltaram a folegar com gosto. Compactados nos fios de pedra dos cânones, apenas seguiam sonhos nas doses permitidas em rodas familiares, beijos de mão e leves afagos, nos braços descobertos da etiqueta. Nada que ultrapassasse a censura das impressões alheias comprometidas.
Nisso, ela invade faceira o salão de baile das noites dimensionais e rasga com gosto as fibras da cor de jambo dos tecidos cardíacos, rompendo no gesto o império bizantino do medo casto dos regimes ditatoriais.
A primeira imagem que ressurge depois no minadouro das ideias seria, qual movimentos da penetração solar na fímbria virginal do horizonte, fala de albores e lindas manhãs de luz; intensas paixões desarvoradas. Laivos vermelhos, com riscas alaranjadas e pomos de amarelo brilhante, cercados de brancos e precisos limites metálicos.
Ela, um dia de manhã, agora beleza sem precedente dos gestos inevitáveis da alvorada. Havendo guerra, convenções, incertezas humanas, ela explosão de suavidade gravada profunda por dentro das paredes internas do infinito. Divina gazela no jardim do Paraíso, andar macio no meio de cactos, boninas, luares, marmeleiros, zumbido solto de linguagem cifrada, cumplicidade sideral de abelhas, riscos e desenhos magistrais das perfumadas flores, nas vestes esvoaçantes dos corpos esculturais.
Existem, sim, os refolhos do mistério que abrem suas portas caprichosamente. Espécie de ser que desperta enovelado em líquido amniótico dos partos recentes, mexerem de corpos no exercício da existência e acostumar em si o primor das possibilidades. Distende a silhueta enigmática no gesto único harmonioso de incertos passos e ombros que se erguem à certeza.
O coração, por sua vez, amacia o impacto dos primeiros raios sobre a superfície de cores vivas, quais pétalas azuis de largos beijos; deixa encrespar suas águas serenas aquecendo a pele na lúcida imagem do céu que contorna de ramagens verdes o nascer bem devagar; e desperta feliz no dia de sol intenso.

"Chove lá fora" - por Socorro Moreira




Tempos que a chuva não vinha pra ficar quietinha. Escureceu o céu, nublou o pensamento , pediu pão com café e um bom papo. Mas a chuva nos deixa introspectivos.Fico sentindo  o friozinho que saiu da barriga , e se espalhou  pelos braços.Gosto da rua molhada  e solitária . É como o recreio da alma, que passeia livre , e se embriaga
Acabei de fazer uma lista dos mestres do passado  para serem lembrados na festa do Cariricaturas. Foi como se  estivesse me matriculando no passado, mas podendo escolher a aula. Quero reprise das aulas de Dr. Zé Newton; as histórias  das viagens de Dona Lurdinha Esmeraldo;o conhecimento científico de Dona Ivone;as aulas expressivas de Alderico, e aquele desenho leve, perfeito de Dr.Zé Nilo.Na vitrola  do meu pai , umas valsas, em tom baixinho. Um bilhete amoroso , guardado nas caixinhas das saudades, e  aquela pétala de flor, que  eu não quis voando, mas  dentro de mim.
Vou calçar meu par de meias furadas , me enrolar no lençol de algodãozinho estampado,  e ler , pelo menos uma página,  de um livro de Jorge Amado.

Dentro de mim - por Vera Barbosa



Limpando o céu
Depois da chuva
Clareando a estrada
Recortando a dor
Aparando arestas
Descobrindo frestas
Desviando galhos
Refazendo a trilha
Percorrendo atalhos
Pra que chegue o amor

Lacuna - por Vera Barbosa

passos escassos,
espaços dentro do abraço;
mas não me afasto: caminho descalça
no seu coração de asfalto.


tiro o casaco
e sinto o vento
que bate de assalto:
o peito desavisado.


se te caço, percalços;
se não te laço, passo.

e não é o sobressalto
que me quebra o salto do sapato alto...


é o oco do eco
que não ouço:
o verbo mudo,
e você me escapa.

ATÉ QUE ENFIM !- POR OLIVAL HONOR



... diria minha santa mãe, ao tomar conhecimento do projeto de lei encaminhado ao Legislativo pelo Executivo, considerando a corrupção crime hediondo, sujeitos os envolvidos às penalidades do código. Até que enfim, minha mãe! Lembro-me dos bate-papos durante e depois do almoço lá em casa. Era vedado comentar banalidades. Proibido fala mal da vida alheia. Se alguém puxava o assunto, era logo repreendido: Quem falar mal dos outros não tem direito a sobremesa. Outra proibição rigorosa era o palavrão. Nem pensar! Dizer, então! O respeito era marca obrigatória de todas as atitudes, orais ou gestuais. Os nascidos nas décadas de 30 e 40 aprendemos que respeito é bom, qualificando o homem para um comportamento social e político, em toda e qualquer área, digno de alçá-lo às posições impostas pela vida. Aprendemos não só nas escolas, mas acima de tudo em casa, apesar dos precários meios educacionais da época, a maioria hoje considerados ineficientes, como a palmatória e ficar de joelhos sobre caroços de milho. Respeito não apenas no campo pessoal. Os pronomes de tratamento senhor, professor, doutor e outros que tais, eram usados por todos quando falando com dignitários de cada profissão. Seu Fulano e dona Sicrana antecediam o nome do chefe, quando este não tinha título universitário. Tudo com o respeito que se devia dispensar a quem quer que fosse. Hoje a dona de casa, por mais patroa que seja, por mais títulos que ostente, é tratada pelas empregadas domésticas pelo nome comum e ninguém estranha. Os tempos mudaram, os costumes também. Nós é que somos obrigados a aceitar.
Voltado à corrupção, não acredito que esse enquadramento judicial como crime hediondo seja aprovado pelo Congresso Nacional, com honrosas exceções um antro de corruptos que envergonha o País.
Nossa lei eleitoral não obriga os partidos a selecionar moralmente os candidatos a cargo eletivos. Todos são registrados sejam que forem, apesar do antigo brocado de natureza jurídica que diz: O que é de domínio público dispensa aprovação. Vem o registro, vem o voto irrestrito e muitos deles são eleitos sem se saber como nem por que votaram neles. Mesmo que, no Brasil, os corruptos sejam mais do que conhecidos, alguns até aplaudidos e outros justificados com o célebre rouba, mas faz. Porém, como processa-los e puni-los? Como? Quando? Por quem, se os responsáveis pelos partidos pertencem à mesma máfia e o eleitorado que os elege é movido pela máquina inconscientemente das mentes mortas? (15.12.2009).

Show da Banda Black Dog.


Aconteceu. Não virou manchete, mas virou uma epidemia entre os amantes de um gostosíssimo Rock and Roll. A Banda Black Dog veio ao Cariri e dele está possuída, e nós caririenses também. Foram dois pockets-shows e um super show. Primeiro, dia 18 no SESC Crato, com a produção local do Centro Cultural Banco do Nordeste. Os caras fizeram uma apresentação básica de uma hora, no formato de show-de-rock-em-teatro. Uma bela apresentação que fez lotar aquele espaço fantástico do teatro do SESC do Crato. No dia seguinte, 19/06, a primeira apresentação do dia foi no Centro Cultural do Banco do Nordeste, aquele que é o centro cultural referência no nosso Cariri. O show começou por volta das 20h. Quem foi adorou e os caras fizeram também uma apresentação memorável. Mas foi mais adiante, lá por volta das 23h que os caras realmente arrebentaram. Botaram rock na veia da galera. O ambiente? Nada mais perfeito que o Pink Floyd Bar. Aquele espaço maravilhoso onde você pode sentir o clima mais que bacana de liberdade, prazer e alegria. Os quatro cachorros pretos, não entendiam aquilo. Eles ficaram de queixo caído, literalmente. Como pode se chegar ali, a cerca de 9km do centro do Crato, gente de Crato, Juazeiro, Barbalha e mais algumas outras cidades do Cariri? E para ouvir Led Zeppelin? Que locura era aquela? Mas a loucura aconteceu. E veio carregada de muita energia. A noite prometia. As 21h a gostosíssima banda NIGHTLIFE entrou em cena para nos trazer a magia dos flashes backs dos anos 70/80, com aquele seu formato único de se apresentar sentados. Antonio do baixo, Marquinhos e cia fizeram a abertura do show do Black Dog e muito nos honraram com sua brilhante apresentação, sempre. Por volta das 23h a Black Dog acho que soltou algum "raio paralisante qualquer". As pessoas não conseguiam dançar! Ficou grande parte do público de braços cruzados, de frente pra banda, olhando os caras tocar! Aí, quem ficou de queixo caído foi a galera!Mas calma! Isso não foi todo o tempo! Quando, lá pela terceira ou quarta música, os caras sentiram a simbiose e ela realmente aconteceu, a festa se tornou um vírus. Um vírus que se alastrou por todas as cabeças do bar, inclusive de Erisvaldo (o Pink) e Sandra, donos da casa. Foi delírio geral. A festa foi um completar-se mútuo. Banda, galera, produção, donos da casa. Ninguém conseguia parar mais. Parecia que soltaram algum gás de efeito naquele ambiente, que a todos contaminou. A alegria e o rock estavam juntos. A Banda Black Dog marcou a nossa produção. Marcou o pink Floyd Bar. Marcou o coração da galera.
A emoção continuou por mais alguns dias. Os caras ficaram ainda o domingo e a segunda-feira aqui junto conosco. Conheceram mais um pouco da nossa terrinha. Conhecemos alguns outros projetos da banda. Conhecemos-nos mais. Pintou outros trabalhos, outras idéias, outros projetos. Pintou muita energia, muitos planos para o futuro e a sensação de que esse contágio mútuo vai dar ainda grandes encontros e realizações.
Gostaria de agradecer às empresas e pessoas que nos deram a força para que o evento rolasse. A Prefeitura Municipal do Crato, A Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude do Crato e ao SEBRAE Crato pelos apoios culturais. Às empresas Porão do Rock, Posto São Miguel, Moto Shopping Suzuki, Cevema, Frank Tatoo, Clínica da Bike, Nap Informática, Posto Palmeiral, ao Grupo São Geraldo e a Pororoca, por patrocinar esse evento que veio marcar a nossa região do Cariri. Obrigado a todos. Obrigado também ao amigo Junior Balu, pela cessão do seu espaço, sua casa, para "abrigar" essa querida banda. A casa de Balu se tornou o nosso "QG", onde a banda se sentiu bastante confortável e curtiu a maravilha da companhia dessa grande figura caririense. e por último gostaríamos de agradecer a Ives, Fernando, Daniel e Christian, os Cachorros Pretos. Pelas suas performances, pelos seus talentos, pelas suas amizades e força. E mais ainda por tudo que aconteceu e como aconteceu, marcando para sempre os nossos corações e mentes. A Banda Black Dog nos trouxe o Led Zeppelin ao Cariri. Só isso e nada mais. Daqui pra frente, tudo será completamente diferente, porque nós queremos. Assim seja.

Programação do primeiro Aniversário do Cariricaturas

Cariricaturas convida ,colaboradores e leitores !

Dia 22.07- Encontro  "Fim de Tarde"- local Pau D'arco- Entrega da quota  de livros, devida aos escritores.

DIA 23.07 , NO CRATO TÊNIS CLUBE , a partir das 20:00 h.
MESAS Á VENDA
PREÇO 40,00 ( COM DIREITO A 4 INGRESSOS, E UM LIVRO "CARIRICATURAS EM PROSA E VERSO":
Música ambiente : Nicodemos no Saxofone
Cerimonialista : Edilma Rocha ( falas relãmpago!)
performances poéticas dirigidas por Salatiel
coquetel
4 horas de baile, ao som da banda de Hugo Linard.

Dia 24.07- almoço literário - Restaurante 4 Estações-
12,00 por pessoa.
Confirmem presença !

 
FAÇAM AS SUAS RESERVAS !
E-MAIL : sauska_8@hotmail.com
Telefones : 35232867/88089685/ ( Socorro Moreira)


Claude, Edilma,Emerson,Socorro, Carlos Rafael, Zé do Vale( administradores do Cariricaturas) e demais escritores :
.
Ana Cecília S.Bastos(ausência justificada)
Wilson Dedê *
Roberto Jamacaru*
Zé Flávio Vieira(ausência justificada)
Rejane Gonçalves(ausência justificada)
Marcos Barreto*
Dimas de Castro*
João Marni*
Stela Siebra*
Jose Nilton Mariano*
José Nerwton Alves de Sousa*
Carlos Esmeraldo*
Magali Figueiredo*
Liduína  Belchior*
Vera Barbosa( justificou ausência)
Assis Lima*
Olival Honor*
Pachelly*
Heládio Teles*
João Nicodemos*
Edmar Cordeiro*
Everardo Norões*
Bruno Pedrosa( ausência justificada)
Joaquim Pinheiro*
Isabella Pinheiro*
Domingos Barroso(AUSÊNCIA JUSTIFICADA)
Armando Rafael*
Bernardo Melgaço
Corujinha Baiana( ausência justificada)

Mulher Demais- por Martha Medeiros

 Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo dia eu recebo um e-mail dizendo: 'olha,; não dá mais'. Tá certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado mesmo, mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava muito) com um e-mail, não é mesmo? Liguei pra tentar conversar e; terminar tudo decentemente e ele respondeu: mas agora eu to
 comendo um lanche com amigos'. Enfim, fiquei pra morrer; algumas semanas até que decidi que precisava ser uma mulher; melhor para ele. Quem sabe eu ficando mais bonita, mais; equilibrada ou mais inteligente, ele não volta pra mim? Foi; assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica, num centro budista e em um curso de cinema. Nos meses que se seguiram eu me tornei dos seres mais malhados,
 calmos, espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada, absolutamente nada, ele continuou não; lembrando que eu existia.. Aí; achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu
 precisava ser ainda melhor pra ele, sim, ele tinha que voltar pra mim de qualquer jeito! Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e resolvi me empenhar na carreira de escritora, participei de vários livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas, quintupliquei o número de
 leitores do meu site e nada aconteceu. Mas eu sou taurina; com ascendente em áries, lua em gêmeos, filha única! Eu não desisto fácil assim de um amor, e então resolvi: tinha; que ser uma super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim.. Foi; então que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha
 companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar sozinha e longe de casa, me tornando mais culta e vivida. Voltei de viagem e tchân, tchân, tchân,; tchân: nem sinal de vida.. Comecei um documentário com um grande amigo, aprendi a; fazer strip, cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei os pobres, rezei pra; Santo Antonio umas 1.000 vezes, torrei no sol, fiz milhares
de cursos de roteiro, astrologia e história, aprendi a nadar, me apaixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris. Como última cartada para ser a melhor mulher do planeta, eu resolvi ir morar sozinha. Aluguei um apartamento charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei; amigos para a inauguração, servi bom vinho e comidinhas; feitas, claro, por mim, que também finalmente aprendi a cozinhar. Resultado disso tudo silêncio absoluto. O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele.. Até que algo sensacional aconteceu.. Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher, que eu acabei me tornando mulher DEMAIS para ele. Ele quem mesmo???

 Martha; Medeiros

Futebol é paixão - Por Xico Bizerra

Zé Acácio era destaque como peladeiro no time de futebol da escola. Na hora do par ou ímpar para escolher os jogadores, quem primeiro era escolhido era ele. Nisso ele era muito bom. Nos estudos, não se pode dizer que era ruim; era, digamos assim, mediano, aluno nota 6. Com a bola nos pés, aí sim, era quase 10. Íamos todos estudar na sua casa. Tinha merenda todas as tardes e tinha Luzia Helena, irmã dele, paixão do time inteiro. No final do ano, torcíamos para que o reinício das aulas não demorasse tanto. Enquanto isso, jogávamos bola num campinho enfrente à casa de Zé Acácio. Entre nós, jogadores, alguns não gostavam de estudar e quase todos detestavam futebol. Mas íamos todos os dias, estudar e jogar. Luzia Helena, no portão de casa, adorava assistir os nossos jogos.
Xico Bizerra