Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

domingo, 21 de março de 2010

Fio
- Claude Bloc -
Sempre pensei que borboletas
fossem como as palavras
que saíam da minha boca,
e que só elas, num momento
poderiam apaziguar minha vida,
meus anseios...

Hoje sei que minhas palavras
ainda revoam pela estratosfera
e com um fio transparente
escrevem minha história
enquanto ainda não se esgotaram todos os caminhos
enquanto ainda não feneceram todos os amores
mesmo quando descubro que nada foi em vão
... e que esse fio
me amarrou definitivamente à vida
e a todos os meus sonhos.
.
Foto e texto por Claude Bloc

Jorge Ben Jor




Jorge Duílio Lima Meneses (Rio de Janeiro, 22 de março de 1942), conhecido como Jorge Ben e atualmente Jorge Ben Jor é um guitarrista, cantor e compositor popular brasileiro. Seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: rock and roll, samba (samba rock), bossa nova, jazz, maracatu, funk e até mesmo hip hop, com letras que misturam humor e sátira. Inclui muitas vezes temas esotéricos em suas canções.

A música de Jorge Ben tem uma importância única na música brasileira por incorporar elementos novos no suíngue e na maneira de tocar violão, trazendo muito do rock, soul e funk norte-americanos e ainda com influências árabes e africanas, que vieram através de sua mãe, nascida na Etiópia.

Suas levadas vocais e instrumentais influenciaram muito o sambalanço e fizeram escola, arregimentando uma legião não só de admiradores como também de imitadores. Foi regravado e homenageado por inúmeros expoentes das novas gerações, como Mundo Livre S/A ("Samba Esquema Noise") e Belô Velloso ("Amante Amado").

Johann Wolfgang von Goethe




Johann Wolfgang von Goethe (Frankfurt am Main, 28 de Agosto de 1749 — Weimar, 22 de Março de 1832) foi um escritor alemão e pensador que também incursionou pelo campo da ciência. Como escritor, Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã e do Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX. Juntamente com Friedrich Schiller foi um dos líderes do movimento literário romântico alemão Sturm und Drang. De sua vasta produção fazem parte: romances, peças de teatro, poemas, escritos autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas de arte, literatura e ciências naturais. Além disso, sua correspondência epistolar com pensadores e personalidades da época é grande fonte de pesquisa e análise de seu pensamento. Através do romance Os sofrimentos do jovem Werther, Goethe tornou-se famoso em toda a Europa no ano de 1774. Mais tarde, com o amadurecimento de sua produção literária, e influenciado pelo também escritor alemão Friedrich Schiller, Goethe se tornou o mais importante autor do Classicismo de Weimar. Goethe é até hoje considerado o mais importante escritor alemão, cuja obra influenciou a literatura de todo o mundo.

wikipédia

Hélio Oiticica




Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, 26 de julho de 1937 — Rio de Janeiro, 26 de março de 1980) foi um pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas.

É considerado por muitos um dos artistas mais revolucionários de seu tempo e sua obra experimental e inovadora é reconhecida internacionalmente. Neto de José Oiticica, anarquista, professor e filólogo brasileiro, autor do livro O anarquismo ao alcance de todos (1945).

Em 1959, fundou o Grupo Neoconcreto, ao lado de artistas como Amilcar de Castro, Lygia Clark, Lygia Pape e Franz Weissmann.

Na década de 1960, Hélio Oiticica criou o Parangolé, que ele chamava de "antiarte por excelência" e uma pintura viva e ambulante. O Parangolé é uma espécie de capa (ou bandeira, estandarte ou tenda) que só mostra plenamente seus tons, cores, formas, texturas e grafismos, e os materiais com que é executado (tecido, borracha, tinta, papel, vidro, cola, plástico, corda, palha) a partir dos movimentos de alguém que o vista. Por isso, é considerado uma escultura móvel.

Em 1965, foi expulso de uma mostra no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro por levar ao evento integrantes da Mangueira vestidos com parangolés[3]. A experiência dos morros cariocas fazia parte da dimensão da sua obra.

Foi também Hélio Oiticica que fez o penetrável Tropicália, que não só inspirou o nome, mas também ajudou a consolidar uma estética do movimento tropicalista na música brasileira, nos anos 1960 e 1970. Oiticica o chamava de "primeiríssima tentativa consciente de impor uma imagem "brasileira" ao contexto da vanguarda". Os penetráveis têm como pré-requisito a incursão do visitante, ou seja, os ambientes coloridos só funcionam com a presença do espectador[2].

Outras de suas criações são os bólides, recipientes cheios de pigmento que trazem a cidade para uma mostra de arte. Um conjunto tem água da Praia de Ipanema e o asfalto da Avenida Presidente Vargas, "que espreitam o espaço" e esperando o público para detonar experiências estéticas[2].

Em 16 de outubro de 2009, um incêndio destruiu cerca de duas mil obras do artista plástico - aproximadamente 90% do acervo (avaliado em US$200 milhões), que era mantido na residência do seu irmão, no bairro do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Além de quadros e dos famosos "parangolés", no local também eram guardados documentários e livros sobre o artista.
Wikipédia

Um comentário pai d'égua ! - por Stela Brito


Amiga:
Depois de um dia todo ouvindo Nelson Gonçalves e lembrando de Deus e do mundo, nada mais sugestivo do que ir pra praça comer filhós, pois com esse ato estás vivendo o presente, mas também repetindo um costume de velhos tempos...perdido no passado da menina, da adolescente.
Também quero filhós (ou filhoses?, não importa), também quero a missa das 5 na Sé, embora a minha preferida era a das 9 hs. Também quero um banco na praça pra sentar e prosear, agora não se dá mais voltas ao redor da fonte, ah como era bom gastar os altos dos sapatos...
Ih! comecei a me arrescordar, é melhor deixar pra lá, pois amanhã, é dia de feira e eu adorava as segundas feiras, na minha casa tinha um monte gente que vinha do sítio fazer a feira e almoçar lá em casa, a mesa era farta, tinha comida pra todo mundo que chegasse. Tão bom! tão simples! Meu pai sentado na cabeceira da mesa, mamãe servindo a mesa, nunca sentava. Incrível, mas aí é outra história dos antigos papéis da mulher, esposa e mãe.




Vamos dar uma voltinha na praça ?

Domingo é um dia de tédio. Acordo sem querer saber as horas, improviso o rango, ou senão saio para almoçar fora... Hoje , nem troquei a camisola. Fiquei entre um cochilo e outro, uma postagem e outra, uma rodada de póker e outra. Claude abandonou-me por Darcy ( e isso é quase justo) Enquanto o dia corria, coloquei no aparelho de som Nelson Gonçalves com mais de 206 músicas. Acreditem ou não ainda não parou de tocar. Passeei na infância , prestei atenção nas raras letras que eu não conhecia, lembrei meu pai, desencantos amorosos, saudades sem remédio, e até do povo que estava esquecido. Não posso dizer, portanto que passei o dia desacompanhada ... Cantei pra caramba !
De Doidivana a Pensando em Ti; Renúncia também mereceu uma paradinha; Dos meus braços tu não sairás apertou meu peito; Menina Moça me pareceu tão distante e tão próxima ... A velhice nos faz perder a noção do tempo : é como diz Olival : "O importante não é a data é o fato"!
Agora vou tomar aquele banho, e vestir a roupa da missa, mesmo que fique apenas na praça, apreciando o domingo.
Crato ainda tem essa magia domingueira. Magia do tédio misturado com lembranças, e aperreado de saudades... Algumas calmas !
Quem quer filhoses, charutos, e bolo de milho ?
Trago e reparto, na volta !


Abraços , amigos !

Socorro Moreira

Filosofando ... - Eurípedes Reis- (recebido por e-mail)

Ontem à tarde, tive uma experiência que não me lembro ter tido outras vezes na vida. Plantei uma árvore. Eu sempre ouvi dizer que toda a criatura para ser considerada realizada, necessita de ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore.

Sou pai de 4 filhas (meus tesouros), escrevi dois livros (sem nenhuma aspiração de altos vôos literários). Faltava plantar a árvore. Foi um momento importante para mim. Estava pensando nisso, hoje pela manhã. Vai daí comecei a filosofar....

Construí uma história, a meu modo, embora um tanto quanto incompleta. Na minha vida, apesar de ser pouco sociável, ... timido mesmo, consegui criar fortes laços afetivos, como o que mantenho com você, Sauska querida. Pelo menos penso que é.


No meu momento atual, gosto mais de viver o dia-a-dia, das coisas mais simples, de ver, sentir (sem me obrigar a entender tudo).

Jacques Lacan, mestre psicanalítico, dizia que a vida se passa em três níveis: o real, o simbólico e o imaginário. O real é o mundo da natureza, dos instintos e dos desejos irracionais. "O real é impossível", dizia Lacan.

Para sobreviver e evoluir, o homem sublimou, reprimiu seus instintos e criou o mundo simbólico, da cultura e da civilização. É o mundo em que vivemos a maior parte do tempo. "Tudo é símbolo. Serei também um símbolo?" (Fernando Pessoa)

Mas não dá para viver todo o tempo simbolizando e representando. É muito chato. Precisamos sonhar. Aí os homens, principalmente os artistas, criaram o mundo imaginário. Os artistas embelezaram o mundo.

Numa avaliação meio pobre, sinto que vivo a maior parte do tempo no mundo simbólico, racional, prático, porém gosto mesmo é do mundo imaginário, analógico, subjetivo, do mistério. Quanto mais envelheço, mais me refugio nesse outro mundo, sem perder a razão e a praticidade.


Eurípedes Reis

Mais uma vez...Por Claude Bloc

Minha amiga-irmã, Darci Libório
Desta vez, vim ao Cariri para fazer um concurso. Minha passagem pelo Crato foi meio meteórica. Desde ontem estou em Barbalha (onde se realizou a prova do concurso) hospedada na casa de minha amiga-irmã Darci Libório.

Engraçado esta coisa que nos acontece com o tempo. Acho que perdi o medo de fazer concurso e isso, de certa forma, é producente, pois elimina em muito as tensões. É que eu imagino da seguinte forma: se não passar, se forem mesmo para cartas marcadas esses concursos, que valha a experiência em fazê-los, independente do resultado. Vendo assim, a frustração posterior diante de um resultado negativo será menor.

Introjetei essa "filosofia" e creio que por isso, fui uma das primeiras a sair da sala onde eu estava.

Como sempre acontece, passei por umas questões de lógica - pegadinhas com certeza. E me pergunto: o que isso tem a ver com a prática de um professor de inglês? O que tem isso a ver com a didática que será aplicada no processo educativo?... A lógica pra mim serve apenas como casca de banana porque o que vale é a "ilógica" confusa das questões....

Enfim, isso seria bom mesmo era pra Socorro Moreira. Pra mim quase deu um nó nos miolos... (risos)

Felizmente a acolhida gentil de minha sorridente amiga Darci me protegeu do estresse e da ansiedade. Além do que pudemos trocar muitas figurinhas, papos atrasados, lembranças de coisas nossas de tanto tempo nessa amizade fraterna e apaziguadora.

Pois é, ainda estou pelo Cariri. Parto amanhã de volta prá Sobral, via Fortaleza. E terça-feira recomeça a labuta. Aula prá lá e aula prá cá... De manhã, de tarde e de noite Ufa!

Um abraço caloroso aos cariricaturenses e visitantes do Blog.

Claude

Lua

I
Nem sempre
não é comum mesmo

surgir uma Lua encantada
após uma chuvinha tímida

(continua quente lá fora
também dentro da minha alma)

Confesso:
os dedos não comandam
as sílabas,

os espaços abstratos,
o que ainda há de ser dito.

Neste pronto momento
meus dedos são servos do soluço,
do suspiro, da boca entreaberta.

Parece-me que as palavras
resguardadas em uma caixa de sapato.

A imaginação tão clara e contida
dentro de um vaso de porcelana.

Talvez, certamente
não é um poema de amor futuro:
trata-se de um encanto presente.

Sem remendos,
fogos de artifício,
engasgos, convulsões.

É um poema de amor
em si próprio
pelo que sente o poeta
não pelo que nasce dos versos.

É um poema de amor
para uma Lua:
uma lua de óculos escuros.

II
O olhar inebriante
da minha Lua
cabelo ruivo

deixa o poeta
abobalhado
acuado

então imagino
o que será no dia
em que beijar
sua joaninha
tatuada na virilha:

beijar, lamber
dar umas mordidinhas.

Fotos do dia

Por-do-sol no Cariri .
Juan , Feliz aniversário ! ( Dia 23 de Março )
Os netos de Zélia Moreira : Juan e Camila


Fotos : Giorgio Moreira Xenofonte

Bonsai

Muito doce
enjoa até as formigas
do vaso sanitário.

Em plena vigília
preservo-me da triste loucura.

Da montanha sem cume.
Do oceano sem peixes.

Se quebro uma xícara
antes contemplo o líquido.

Não há verdade que empobreça a alma.
Somente a mentira é o mal.

E não importa quem profira.
Mestre ou discípulos.

Prefiro meus passarinhos
na janela

balançam a cabeça
estufam o peito

com suas patinhas firmes
sobre a ferrugem da grade.

Não espero que me vejam
para que o milagre
seja consumado.

Fujo.

A poesia de Sávio

De vez em quando.
Apaixonado, meu peito ruge
Como um leão no coração da Tanzânia
E dança leve como nas valsas de Viena
Em um século distante.
Apaixonado, meu céu é rubro como
Os fins de tarde do Pantanal,
Mas mesmo assim com essa violenta
Paisagem, voa leve, muito leve
Como os querubins das pinturas
Ou como os quero-queros
Que sobrevoam meu quintal.


por Antonio Sávio

Pedaços de Canções II


“Bom dia, tristeza
Que tarde, tristeza
Você veio hoje me ver
Já estava ficando
Até meio triste
De estar tanto tempo
Longe de você...”
Bom dia Tristeza (Vinicius de Moraes / Adoniran Barbosa )
***
“...Queixo-me às rosas,
mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti ...”
As Rosas não Falam ( Cartola )
***
“Luminosa manhã
Pra que tanta luz?
Dá-me um pouco de céu
Mas não tanto azul...”
Canção da Manhã Feliz ( Haroldo Barbosa e Luiz Reis )
***
"...Ai, quem me dera
Se eu pudesse ser
A sua primavera
E depois morrer.”
Primavera ( Vinícius de Moraes / Carlos Lyra )
***
“...Ai, tua distância tão amiga
Essa ternura tão antiga
E o desencanto de esperar...”
Ternura Antiga ( Dolores Duran e Ribamar )
***
"Lá fora, amor,
uma rosa morreu,
uma festa acabou,
nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela,
o tempo passou na janela
e só Carolina não viu. "
Carolina ( Chico Buarque )
***
“...E assim,
seja lá como for
vai ter fim
a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
brotar do impossível chão”
Sonho Impossível (versão em português de Chico Buarque e Ruy Guerra )
***
"Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua .."
Tire o seu sorriso do caminho ( -Nelson Cavaquinho/Guilherme de Brito/ Alcides Caminha)
***
“...Eu escrevi na fria areia,
um nome para amar.
O mar chegou, tudo apagou,
Palavras levam o mar...”
Nossos Momentos (Luiz Reis e Haroldo Barbosa )
***
“...Mas a ilusão
quando se desfaz
Dói no coração
de quem sonhou
Sonhou demais,
ah! se eu pudesse entender
O que dizem os seus olhos”
Esse seu olhar ( Tom Jobin )
***
“...Só sei que enquanto houver os corações
nem mesmo mil ladrões,
podem roubar canções
E deixa estar, que há de voltar o tempo dos pardais,
do verde dos quintais
tempo em que o medo
se chamou jamais!”
Tempo dos Quintais ( Sivuca e Paulinho Tapajós )
***
“...A porta do barraco
Era sem trinco
Mas a lua furando nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão.
Tu pisavas nos astros distraída
Sem saber que a ventura dessa vida
É a cabrocha, o luar e o violão.”

Chão de Estrelas ( Orestes Barbosa – Silvio Caldas )
***
“A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida”
O sol nascerá ( Cartola e Elton Medeiros)
***
PS. Sauska,
adorei sua idéia, por isso...


O Livro do Cariricaturas
Um livro escrito por muitas mãos: uma coletânea com nossos escritores

Detalhes :

. Release com fotografia de cada escritor ( 01 página)
• 4 textos por escritor (máximo de 7 páginas - fonte : garamond - altura : 12) - Temática livre ( crônicas, contos e poemas).
• Os textos serão escolhidos pelos próprios escritores;
• um contingente de 200,00 por escritor
• O pagamento poderá ser feito em 4 x 50,00 ( fev-mar-abr-maio)
. O livro será dedicado aos mestres de todos os tempos, representados por Dr. José Newton Alves de Sousa.
- A capa será a foto de Pachelly- essa que já caracteriza o Cariricaturas.
- O título é: "Cariricaturas em prosa e verso"
- Edição: Emerson Monteiro ( Editora de Sonhos - Crato-Ce)
- Dedicatória ( Assis Lima )
- Prefácio/ Apresentação ( José do Vale e Zé Flávio)

-Já estão confirmadas as seguintes adesões:

01. Claude Bloc *
02. Magali Figueirêdo *
03. Carlos Esmeraldo *
04. Maria Amélia de Castro *
05. Ana Cecília Bastos *
06. Assis Lima *
07. Corujinha Baiana *
08. Stela Siebra de Brito *
09. Wilton Dedê *
10. João Marni *
11. Rejane Gonçalves *
12. Rosa Guerrera *
13.Everardo Norões
14. Edilma Rocha *
15. Emerson Monteiro *
16. José Flávio Vieira *
17. João Nicodemos *
18. José do Vale Feitosa *
19. Liduina Vilar *
20. Carlos Rafael *
21. Armando Rafael *
22. Bernardo Melgaço *
2 3. Domingos Barroso *
24.. Roberto Jamacaru *
25.Dimas de Castro *
26.Joaquim Pinheiro *
27.Edmar Lima Cordeiro*
28.Olival Honor *
29.José Nilton Mariano*
30.Marcos Barreto *
31.Isabela Pinheiro *
32.José Newton Alves de Sousa *
33.Vera Barbosa . *
34. Rogério Silva *
35.Heládio Teles*/Socorro Moreira
36.Roberto Carvalho
37.Dihelson Mendonça *



Outras informações :
Tiragem : 1.000 exemplares
Distribuição entre autores : 20 para cada = 700 unidades
Saldo : será transformados em ingressos para cobrir as despesas da festa de lançamento : coquetel, convites, divulgação, banda,decoração, etc
300 x 20,00 = 6.000,00
Preço do livro por unidade : 20,00
A edição foi orçada em 6.500,00 ( já considerados todos os descontos possíveis).
Número de páginas : 250 ( aproximadamente).
O valor da contribuição por escritor ( 200,00) será depositado numa cta do Editor (Emerson Monteiro) a ser informada por e-mail. Em contrapartida será enviado respectivo recibo.
Atentar para as datas limite de pagamento : 05.05.2010

OBS: A maioria dos autores já fizeram depósitos de contribuição. Aguardem recibos !

URGENTE
Informem por email os pagamentos já efetuados , na cta de Emerson, e recebam seus recibos de quitação .
emersomonteiro@gmail.com

Outrossim, quem deixou de enviar um dos textos, foto ou release, favor fazê-lo com urgência!
Até 21 de março para o e-mail de Claude ( claude_bloc@hotmail.com) , o material deverá ser revisado e entregue , nas mãos de Emerson para diagramação e edição.

Claude e Socorro Moreira

Recordando o passado ...

Torta de banana



* Ingredientes
* 2 xícaras de farinha de trigo
* 2 xícaras de açúcar
* 1 colher de sopa de fermento em pó
* 2 ovos batidos
* 1 copo de leite
* 5 colheres de sopa de margarina
* 10 bananas cortadas na horizontal.


* Modo de Preparo

1. Para a farofa misture numa vasilha o trigo, o açúcar, e o fermento
2. Reserve
3. derreta a margarina acrescente o leite e os ovos, mexa bem
4. Numa forma untada coloque uma camada de farofa, bananas, farofa, bananas, farofa, e o líquido por cima sem mexer
5. Asse em forno morno até dourar

Galinhada Mineira


* Ingredientes
* 1 frango de bom tamanho
* 3 xícaras de arroz
* 1 cebola picada
* 1 cebola em rodelas
* 8 dentes de alho amassados
* Cheiro verde picado
* 2 tomates picados miudinho
* Sal a gosto
* Pimenta a gosto
* 1 limão
* Óleo para fritura

* Modo de Preparo

1. Corte o frango em pedaços pequenos, pode usar frango a passarinho que já vem cortado assim
2. Tempere com sal, 4 dentes de alho, pimenta o limão, e a cebola picadinha
3. Deixe marinar por 1 hora
4. Coloque o óleo para aquecer e frite os pedaços de frango, em poucas quantidades, até ficarem bem dourado
5. Enquanto isto, refogue o arroz normalmente, e coloque menos água do que o normal para cozimento
6. Assim que a água secar, desligue
7. Depois que todos os pedaços de frango foram fritos, escorra bem o óleo da panela
8. Jogue 3 copos de água nesta panela
9. Leve para ferver
10. Quando levantar fervura, adicione o arroz, e os pedaços de frango
11. Ajeite bem os ingredientes na panela, tampe e deixe cozinhar
12. Quando estiver quase pronta, coloque sobre ela as cebolas em rodelas e o tomate picado junto com o cheiro verde
13. Abafe, e desligue, deixando descansar uns 10 minutos antes de servir
14. Esta galinhada não fica oleosa nem gruda o arroz no fundo da panela


info@tudogostoso.com.br.

Abismos - por Ana Cecília S. Bastos



Algo descama e desce, inevitável e incontrolável como uma menstruação.

Tenho imagens e palavras, poemas que se insinuam, enquanto o tempo escasseia.

Quero escrever, mas estou sem sentidos.

Minha emoção em desterro me abisma na ausência da cidade da Bahia.

Ladeiras, abismos, sinuosidades:
água terra, isso me alaga e me define, a Bahia,
em todos os seus tempos de ser e de não ser.

A dor se extingue, lenta, inexoravelmente, deixando-me tão deserta quanto antes.

por Ana Cecília
Foto de Mário Vítor

Felix Nadar -


Pseudónimo de Gaspard-Félix Tournachon. Famoso pelos seus retratos fotográficos. Nasceu em Paris, em 5 de Abril de 1820; morreu na mesma cidade em 21 de Março de 1910.

Estudou medicina em Lyon, França, mas devido à falência da editora do pai teve que abandonar os estudos e começar a trabalhar. Começou por escrever para jornais assinando os seus artigos com o pseudónimo «Nadar». Em 1842 foi viver para Paris, tendo começado por vender caricaturas aos jornais humorísticos.No princípio dos anos 50, Nadar já era considerado um fotógrafo de mérito, tendo mesmo aberto um estúdio.

Começou a ser conhecido devido às suas acções espectaculares. Mandou pintar o edifício em que o seu estúdio estava albergado de encarnado e colocou na fachada um painel de 15 metros com o seu nome. O edifício, no boulevard des Capucines, no centro dos Grands Boulevards, tornou-se uma local de referência e o estúdio um ponto de encontro dos intelectuais parisienses.

Em 1854 acabou o seu primeiro «PanthéonNadar», um conjunto de dois painéis gigantes apresentando caricaturas de parisienses conhecidos. Foi ao preparar o seu segundo «PanthéonNadar», que começou a fotografar as personagens que tencionava caricaturar. É por isso que os retratos do ilustrador Gustave Doré e do poeta Charles Baudelaire, assim como os do escritor Théophile Gautier e do pintor Eugène Delacroix, todos realizados por volta de 1855, têm uma pose natural, que contrastava com as poses hirtas e formais dos retratos da época.

Nadar era um inovador e em 1855 patenteou a ideia de utilizar a fotografia aérea na cartografia. Tipo de fotografia que só conseguiu realizar três anos depois, em 1858, quando conseguiu tirar a primeira fotografia aérea de sempre de um balão. Em 1863 publicará o Manifeste de l'autolocomotion aérienne.

A litografia satírica que Daumier realizou mostrando Nadar a fotografar Paris de um balão, e a que deu o título «Nadar elevando a fotografia à altura da Arte», divulgou a façanha e ajudou Nadar a tornar-se ainda mais famoso. Nadar continuou a ser um apaixonado pelo balonismo até ter sofrido um acidente, com a mulher e alguns amigos, a bordo do Géant, um balão gigante que tinha construído e que podia transportar 80 pessoas.

Em 1858 também começou a fotografar com luz - magnésio - tendo fotografado, em 1860, as catacumbas e os esgotos de Paris.

Em 1874 emprestou o seu estúdio para a realização da primeira exposição de pintura dos Impressionistas, onde pontificavam entre outros Monet, Renoir e Cézanne, tendo ficado agradavelmente surpreendido com a tempestade levantada pela apresentação da nova escola.

Em 1886, não deixando de inovar, Nadar realizou a primeira entrevista fotográfica, uma série de 21 fotografias do cientista francês Eugène Chevreul a conversar. Cada uma das fotografias tinha uma legenda com as respostas de Chevreul às perguntas de Nadar, dando uma viva impressão da personalidade do cientista.

Fontes: Enciclopédia Britânica;

Johann Sebastian Bach




Johann Sebastian Bach (Eisenach, 21 de março de 1685 — Leipzig, 28 de julho de 1750) foi um organista e compositor alemão do período barroco. Mestre na arte da fuga, do contraponto e da música coral, ele é um dos mais prolíficos compositores da história da música ocidental.

Devoto admirador de Dietrich Buxtehude, Bach é tido como o maior compositor do Barroco e, por muitos, o maior compositor da história da música, ainda que pouco reconhecido na altura em que viveu. Muitas de suas obras reflectem uma grande profundidade intelectual, uma expressão emocional profunda e, sobretudo, um grande domínio técnico em grande parte responsável pelo fascínio que diversas gerações de músicos demonstraram pelo Pai Bach, especialmente depois de Felix Mendelssohn que foi um dos responsáveis pela divulgação da sua obra, até então bastante esquecida.

Posteriormente, Hans von Bülow faz referência de Bach como um dos "três bês da música" (Bach, Beethoven, Brahms), considerando o seu Cravo Bem Temperado como o Antigo Testamento da Música.


A mãe morreu quando ele tinha nove anos de idade. Um ano depois morreu o pai Johann Ambrosius Bach, que era músico da cidade e havia lhe ensinado os rudimentos da música. Foi viver e estudar com o irmão, Johann Christoph Bach, dezesseis anos mais velho que ele, então organista de Ohrdruff. Ao lado do irmão, Bach aprendeu a tocar órgão e a compor. Christoph, no entanto, não era um grande entusiasta do talento do jovem Sebastian. O irmão mais novo certa vez pediu a Christoph que lhe deixasse estudar algumas partituras de Pachelbel, que fora padrinho e professor de Christoph, mas este recusou. Sebastian então passou a copiar, todas as noites, as partituras do irmão, enquanto este dormia, para que pudesse estudá-las mais tarde. De nada valeu esse esforço, já que Christoph, ao descobrir as cópias, destruiu-as. Especula-se também que o esforço realizado por Sebastian para copiar as partituras na escuridão tenha sido responsável pela cegueira que o atormentou no final da vida. Em 1703, aos dezoito anos, Bach ascendeu ao posto de organista em Arnstadt, graças ao precoce domínio do instrumento.
St. Boniface (Igreja em Arnstadt)

Em 1705, Bach percorreu a pé o caminho de Arnstadt até Lübeck, somente para ouvir Buxtehude, famoso organista a quem o jovem Bach muito admirava, apresentar-se. Essa viagem custou-lhe o emprego, motivando-o a procurar outro emprego, que veio a ser em Mühlhausen, onde ele conheceu Maria Barbara, sua prima, com quem se casaria e teria 7 filhos. Bach introduziu a jovem no coral da igreja luterana local, o que causou transtornos burocráticos, e o fizeram abandonar o cargo. Maria Barbara adoeceu, vindo a falecer subitamente durante uma viagem do marido.

Ali escreveu também as primeiras cantatas. Só um ano depois, em 1708, foi nomeado organista da Corte, e em 1714 director de orquestra na corte do duque Wilhelm Ernst, em Weimar. De 1717 a 1723, Bach foi mestre-capela (Kapellmeister) na corte de príncipe Leopold de Anhalt-Köthen. Em 1720 morreu a primeira esposa, e um ano mais tarde voltou a casar-se, desta vez com a cantora Anna Magdalena Wülcken. A partir de 1723 e até à sua morte, foi Director de Música (Kantor) na igreja luterana de São Tomás em Leipzig. Chegou a ser convidado para a corte de Frederico II o Grande em Sans Souci. Morreu em 1750, depois de uma intervenção cirúrgica fracassada nos olhos. Bach foi ficando cego até perder totalmente a visão. Atualmente crê-se que a sua cegueira foi originada por diabetes não tratado.
Lugares na vida de Bach

Bach encabeçou uma família numerosa. Teve sete filhos no seu primeiro matrimónio e treze no segundo. Quatro dos seus filhos do seu segundo casamento transformaram-se em compositores respeitados. Entre eles se destacaram Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784), que segundo o patriarca era o mais talentoso de seus filhos, Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788), de quem Mozart tinha uma opinião excelente, e que viria ser o Bach mais famoso de sua época, e Johann Christian Bach (1735-1782) que ficou famoso na Inglaterra. Entretanto, a confiança que Bach pôs em Wilhelm Friedemann teve tristes consequências depois do seu falecimento. Friedemann possuía uma personalidade evasiva, nunca se fixando nos empregos, e muitas vezes em dificuldades financeiras. Essas dificuldades levaram-no, muitas vezes, a vender várias partituras que pertenciam ao pai. Nesse processo perderam-se para sempre várias paixões compostas por Johann Sebastian (quem sabe agora fossem elas tão apreciadas como a Paixão segundo São Mateus e a Paixão segundo São João). Se não fosse sido o cuidado que teve Carl Philipp Emanuel Bach em conservar os manuscritos do pai, o mundo poderia ter sido privado de uma boa parte das obras primas de Bach.

Um aspecto impressionante da vida de Bach é que o compositor teve pouco reconhecimento em vida. Era tido por todos como um virtuoso do órgão, talvez o melhor de que se tinha notícia. Como compositor, porém, era considerado antiquado e sem criatividade. Outros compositores, como Haendel e Telemann, tiveram as obras muito mais apreciadas no período. Na época que se seguiu à morte, Bach caiu no esquecimento. O filho Carl Phillip Emanuel teve então grande destaque como um dos fundadores do classicismo. Alguns compositores e músicos conheciam e apreciavam a obra de Johann Sebastian Bach. Haydn, Mozart e Beethoven encantaram-se com as obras a que tiveram acesso.

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