Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Literatura de Cordel – (em pinceladas)

A literatura de cordel no Brasil

Devido ao atraso da chegada da imprensa por aqui e seu acesso pelo público, as produções literárias de populares tiveram seu apogeu apenas no século XX.

Nossa literatura de cordel é caracterizada, principalmente, pela poesia popular. A prosa aparece muito mais na forma oral, que passa de geração para geração.

Como é uma manifestação muito mais cultural do que intelectual, destaca-se em regiões onde a cultura é mais valorizada e delineada. Aqui no Brasil essas regiões são a Nordeste e a Sul.

Afinal, temos ou não um país de leitores?

Não, não temos. Com o caos social que vivemos hoje, a urbanização e, sim, a marginalização dos antigos camponeses, a literatura de cordel mudou bastante, refletindo agora a nova realidade que o povo vive.

Tudo isso não significa que o brasileiro lê mais ou menos. Significa que a literatura popular está longe de desaparecer e continua aí para, talvez, ser uma primeira opção na luta pela difusão da leitura no Brasil.

Fonte: http://www.lendo.org/o-que-e-literatura-de-cordel-autores-obras/

A cirurgia do jogador Washington

Washington Stecanela Cerqueira (Brasília, 1 de abril de 1975) é um futebolista brasileiro que atua como atacante. Atualmente, joga pelo Fluminense.
Washington ficou famoso por ter se sagrado artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2004, pelo Atlético Paranaense, com trinta e quatro gols depois de superar um problema cardíaco, que poderia ter encerrado a sua carreira.
Problemas no coração
Depois de chegar no Atlético Paranaense, em 2003, Washington foi reprovado nos exames cardiovasculares, e precisou submeter-se a uma cirurgia de cateterismo.
Nesta época muitos consideraram que sua carreira havia acabado. Entretanto, acreditando em sua força de vontade de voltar aos gramados, o presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, apostou em sua recuperação, dando todo o apoio e disponibilizando toda a estrutura do clube para acompanhar o retorno do goleador. Um ano depois, o clube e sua torcida seriam recompensados com a campanha de Washington e do Atlético no Campeonato Brasileiro de 2004. Graças a esse evento de garra e superação, ficou conhecido como Washington "Coração valente".

Fonte Wikipédia.

O "pequeno-grande" detalhe - José Nilton Mariano Saraiva

Vladimir Souza de Carvalho, natural do Estado do Sergipe, responde, hoje, pela nobre e invejada função de Desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, localizado em Recife e com ascendência sobre vários estados dessas bandas do Brasil.
Helder Monteiro de Carvalho, também natural do Estado do Sergipe, guarda mais que o sobrenome do Desembargador: é filho do dito-cujo e terminou o curso de Direito já há algum tempo, lá na terra natal. Só que, muito embora graduado, não se encontra habilitado a exercer a profissão, em razão de um “pequeno-grande” detalhe: nas quatro oportunidades em que se submeteu ao exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), não obteve aprovação.
Certamente que sensível ao constrangimento do filho e atuando preventivamente no resguardo de uma sua nova participação efêmera, o ilustre Desembargador houve por bem conceder liminar ao pedido apresentado pelos senhores Francisco Cleuton Maciel e Everardo Lima de Alencar, cearenses bacharéis em Direito e que pleiteavam exercer a advocacia independentemente de serem aprovados no exame da OAB (evidentemente que o “vil metal” deve ter rolado alto em tal decisão).
Fato é que, se entrasse em vigência tal decisão, certamente que “carradas” de ações seriam impetradas por todos aqueles que não conseguiram aprovação (inclusive o filho do ilustre), bem como estaria em jogo a própria sobrevivência do exame da OAB, já que restaria desmoralizado.
Além do que, no entender do Conselho Federal da OAB, se mantida a decisão do “paizão-coruja-zeloso”, se escancararia uma oceânica brecha para que bacharéis sem a formação competente e adequada exercessem a advocacia, porquanto desprovidos dos mínimos conhecimentos técnico-jurídicos.
Em razão do exposto, é merecedora de encômios a sábia decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro César Peluso, em cassar a liminar apresentada por um “pai com o coração de mãe” (onde todos têm proteção e arrimo).
Agora, já pensaram se a presidência do Supremo Tribunal Federal estivesse sendo exercida pelo Gilmar Mendes (aquele que, mesmo nunca tendo sido “Juiz” chegou a “Ministro” e à presidência do Supremo Tribunal Federal, por obra e graça de FHC, quando aproveitou a oportunidade para, atropelando ritos processualísticos e desrespeitando os colegas de profissão, num só dia conceder dois habeas-corpus para livrar da prisão o maior bandido do país, Daniel Dantas).
Esses nossos magistrados...

Eclipse - Aloísio


Eclipse


“Eclipse de luna en el cielo” (1)
Esta música nos meus tímpanos,
Não desaparece mesmo dia claro,
Dedilhada nas teclas do piano

Houve um eclipse total do sol
Faz tempo, minha mãe contou
De repente tudo virou noite
“E o mundo não se acabou” (2)

Este fenômeno natural a despertar
Temores numa população inculta
O burburinho de gente a comentar
“Silêncio na cidade não se escuta” (3)

E assim neste vai e vem
Claro, escuro, de novo o clarão
Agora paro, danço e ouço
“Nas voltas do meu coração”
(4)


(1) Eclipse (Margarita Lecuona)
(2) E o Mundo Não Se Acabou (Assis Valente)
(3) Cálice (Gilberto Gil / Chico Buarque)
(4) Roda-viva (Chico Buarque)


Aloísio

Afinal qual foi a primeira mulher? – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Jornais, Rádio e Televisão apregoam que agora nós temos a primeira mulher como Presidente da República. Que nada! Somente agora é que resolvemos mostrar a cara, nos despir de nosso encardido machismo e assumir definitivamente que há muito vivemos num reino do matriarcado. O que os meios de comunicação social deveriam propagar é que agora não temos mais necessidade de usar intermediários. A maioria dos brasileiros, cansada dos “paus mandados” resolveu colocar as coisas nos seus devidos lugares.

Antes de uma mulher assumir pessoalmente pela primeira vez o cargo da Presidência da República, nós tivemos um número bastante elevado de mulheres que igualmente mandaram nesse país. Lembremo-nos de algumas daquelas senhoras que, nos últimos sessenta anos comandaram nossos destinos, quase sempre às caladas da noite: Darcy Vargas, Carmela Dutra, Sarah Kubitschek, Eloá Quadros, Maria Tereza Goulart, Iolanda Costa e Silva, Scila Médici, Dulce Figueiredo, Marly Sarney, Rosana Collor, Ruth Cardoso e Marisa Letícia. Aos respectivos maridos, a quem nós apelidávamos de Presidentes da República cabiam sempre a última palavra: “A pois tá certo, minha querida.”

A propósito desse assunto, havia na época do Regime Militar um prefeito de uma capital que além da sua própria mulher, recebia ordens da mulher do governador. Certo dia, um jornalista quis saber dele se era verdade que ele fazia tudo que a mulher do governador mandava. “É sim, se ela mandar eu faço e, antes que ela mande eu já estou fazendo.”

Agora eu acredito que assumimos de fato nossa real condição, pois uma mulher foi eleita pelo povo brasileiro como a primeira Presidenta da República. Espero que ela use a sensibilidade da qual toda mulher é possuidora para olhar pelos pobres, e reduzir ainda mais as enormes desigualdades sociais e conduzir nosso país para dias melhores ainda.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo
O fascínio pelas palavras
- Claude  Bloc -


No decorrer desses últimos anos, tenho (re)descoberto, não só um novo amor pelos livros, mas também por palavras. Falei em redescobrir porque as palavras sempre me fascinaram e também me fascina o poder que elas exercem. Não me refiro apenas a palavras soltas, mas mais concretamente ao uso delas na linguagem que utilizamos. Observar, por exemplo, como as palavras rolam em sua/minha boca e sente quando você/eu quer/o dizê-las. Como uma frase pode soar poética enquanto fere como faca.

Eu tenho um verdadeiro fascínio por palavras, sobretudo as incomuns e seus significados interessantes. Tenho também o hábito de colecionar coisas que me surpreendem e encantam. Bem antigamente eu escrevia meus diários e exercitava neles uma linguagem polida. Lapidava meus pobres sonetos de adolescente deslumbrada pela métrica e pelos sons repetitivos da rima. Isso para mim era causa de descobertas fantásticas que se completavam com a ajuda de um dicionário. Rimas tinham ritmo, sonoridade e soavam para mim como música, pois transportavam meus sonhos mais delicados. Eu me sentia desafiada a “ter um caso” com palavras e saia de fininho de volta à vida em circulação, curtindo as palavras novas, buscando nelas seus mais diversos sentidos.

Hoje eu prefiro muito mais ouvi-las como num disparate. Insensato talvez. Ouvir falar bobagem até; nonsense usados na vida cotidiana como, por exemplo, outra pessoa dizendo "eu sei" – o que se sabe da vida? Ou... o que você sabe de mim? Sei que nos dias de hoje usamos uma linguagem simplificada quando falamos e por isso, talvez estejamos perdendo a oportunidade de usar palavras expressivas ao sermos sucintos demais e espirituosos de menos.

Não é que eu pense que devamos ser tão sutis ou pomposos como se costumava ser antigamente, na maneira de falar... nem acredito que possamos trazer de volta o tempo em que não éramos tão dependentes abreviações como no caso das mensagens de texto na internet e dos e-mails. Mas eu bem que gostaria de poder trazer de volta a arte de escrever, usando palavras que hoje estão perdidas e que precisariam voltar a viver.

Claude Bloc

UMA CURIOSIDADE QUE SEMPRE TIVE


Símbolos do Alfabeto Grego

Nas aulas utilizamos muitas vezes símbolos do alfabeto grego. Uma vez que nem sempre estes são bem conhecidos aqui vai uma lista, ordenada alfabeticamente, com o nome dos respectivos símbolos.

(Pergunta minha: Como soam as letras do alfabeto grego quando se juntas às outras?)

Tabela 1. Alfabeto Grego