Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Noite de lua cheia - Edésio Batista

É noite de lua cheia ,
É a lua imperatriz,
Vaga no céu soberana ,
Como uma noiva , uma atriz.
As estrelas se esconderam,
nenhuma mostra o nariz.
Cá na terra, o mar se agita,
livre como sempre quis,
Nas águas reflete a lua,
que olhando o mar nada diz ...
É possível que namorem,
Ele alegre, ela feliz.

Entre gerações , um amor constante... - Foto de Joaquim Pinheiro




Uma foto, 2 pessoas e quatro gerações: Minha mãe, Almina Arraes, e meu neto, Miguel.
(Joaquim Pinheiro)

Exercícios de aprendizagem - por Socorro Moreira








Brincando com imagens e pensamentos.
socorro moreira
fotos originais : dvs ( Caio, Claude e Ismênia Maia)

REFLEXO - para a Professora Claude Bloc - por Socorro Moreira




Centro Cultural BNB Cariri: Programação Diária

Dia 05, quinta-feira

Atividades Infantis - HORA DO RECREIO
Local: E.E.M Gov. Adauto Bezerra. (Barbalha)
15h30 A Triste Partida. 20min.

Cinema - 100 CANAL
18h30 Casa de Sementes Senhor dos Exércitos. 5min.

Cinema - IMAGEM EM MOVIMENTO
18h35 O Homem Nu. 75min.

Rua São Pedro, 337 - Centro - Juazeiro do Norte
Fone (88) 3512.2855 - Fax (88) 3511.4582

Benvinda !

Couraça

Não lateja sofrimento em minha alma -
apenas um certo sumiço,
uma unha roída.

Vejo meu coração músculo enfadonho
zombar do sangue e bombear lágrimas.

Lamaçal distante de um cálice
permanece úmido no travesseiro.

Não se trata de angústia
a vergonha da própria solidão.

Afinal como pensar que sou só
cercado por tantas sombras e vultos?

Os objetos, as paredes,
os bichinhos domésticos
gargalham de tal embuste.

Agora deitado com as pernas e os braços cruzados
apenas descanso da presença dos meus ossos e da minha carne.

Vivien Leigh


Vivien Leigh é lembrada até hoje por ter dado vida a uma das personagens mais marcantes das história do cinema: Scarlett O’Hara, do clássico …E o Vento Levou.

Vivien nasceu na Índia em 5 de novembro de 1913, seu nome de batismo era Vivian Mary Hartley. Em 1920, foi estudar em um convento em Londres onde foi uma excelente aluna, inclusive se destacava nas aulas de teatro. De 1927 a 1932, voltou a morar com os pais.

Quando terminou seus estudos, matriculou-se na Royal Academy of Dramatic Art.

Ao término do curso participou do filme Things are Looking Up e assumiu o papel principal numa peça baseada na obra de Diderot (escritor e filósofo).

Com o sucesso da peça, ela foi contratada por cinco anos pelo produtor de cinema Alexandre Korda. Com o contrato, ela modificou seu nome: tirou o “a” e acrescentou “e” tornando-se Vivien Leigh.

O sobrenome Leigh veio do casamento com o advogado Herbert Leigh Holman e dessa união nasceu uma filha : Suzanne.

Vivien Leigh estava fazendo muito sucesso e isso chamou a atenção de Laurence Olivier, considerado na época (e provavelmente até hoje) o maior ator britânico que já existiu.

Em 1936, os dois atuaram em Fogo sobre a Inglaterra e se tornaram amantes. Ela abandonou seu marido e sua filha Suzanne (que foi deixada aos cuidados da avó) e foi morar com ele.

Em 1939, Vivien foi para Hollywood tentar o papel de Scarlett O’Hara e concorreu com artistas de peso como Bette Davis e Katherine Hepburn. Saiu vencedora e sua impecável interpretação no clássico …E o Vento Levou fez com que ela ganhasse o Oscar de Melhor Atriz.

Em 1940, ela se divorciou de Herbet Leigh, mas ele ficou com a guarda da filha.

Após o divórcio ela se casou com Olivier e os dois se tornaram o casal mais popular da Inglaterra.

Filmes desta época

* …E o Vento Levou (1938)
* Guide Dogs for the Blind (1939)
* A Ponte de Waterloo (1940)
* Lady Hamilton – A Divina Dama (1941)

Em 1944, Vivien é diagnosticada com tuberculose e após um período de recuperação voltou aos cinemas e fez:

* Anna Karenina (1948)
* Um Bonde Chamado Desejo (1951): também conhecido como Uma Rua Chamada Pecado. Por este filme Vivien Leigh ganhou seu segundo Oscar de Melhor Atriz.

Nos anos que se seguiram, ela se dedicou a cuidar de sua doença, que a havia transformado em uma mulher fraca. O seu casamento também foi afetado, seu marido começou a sentir somente pena da esposa e engatou um romance com uma comediante.

Em 1960, ele e Vivien se divorciaram após 20 anos de casamento. Quatro anos depois, ela voltou à Índia para ver a filha.

Filmes desta época

* O Profundo Mar Azul (1955)
* Em Roma na Primavera (1961)
* A Nau dos Insensatos (1965)

Estes dois últimos ele fez após o divórcio.

Alem do Oscar, Vivien ganhou vários prêmios:

* BAFTA
* Volpi Cup
* Tony Awards
* Sant Jordi Awards
* Festival de Veneza
* Prêmio dos Críticos de Nova York

Também foi indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz por Um Bonde Chamado Desejo.

Curiosidades

* Fumava demais
* Ganhou 25 mil dólares por 125 dias de trabalho em …E o Vento Levou, enquanto que Clark Gable que trabalhou muito menos (71 dias) ganhou muito mais: 120 mil dólares.
* Diziam que ela não suportava as cenas de beijo com Clark Gable por ele ter mau-hálito

Vivien deixou sua marca na história do cinema.
Morreu em julho de 1967 de tuberculose.


Infoescola

Netos de Edmar Cordeiro ( colaborador cratense, no Paraná)

Doce na boca !Prontos para um passeio .

Quem sabe não sonham com o Ceará?
Edmar e Lourdes, lindas crianças !

Um conto, uma lição ...

Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles. Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? questionou novamente o pensador.
Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouvisse, retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
Então não é possível falar-lhe em voz baixa?
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu:
Vocês sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?
O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.
Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.
Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro,
através da grande distância.Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê?
Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena.
Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta.
Seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam
estão próximas.
Por fim, o pensador conclui, dizendo:
Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta."

Mahatma Gandhi

A ANTROPOLOGIA DE LUTO


Por Zé Nilton

Morre em Paris, aos 100 anos, um dos fundadores da Moderna Antropologia e mentor do estruturalismo nas Ciências Sociais, Claude Lèvi-Strauss.
Deixou um legado dos mais instigantes no campo das Ciências Humanas, notadamente na Antropologia, ou Etnologia, como ele preferia nomear a ciência do homem.
Pouco contato tive com sua obra na graduação em Ciências Sociais. Em teoria antropologica não passamos de Emille Durkheim. Era o tempo da escuridão, os anos setenta. Curioso, um dia descobri um único livro seu na biblioteca. Era “Tristes Trópicos”, ainda não traduzido. Como não estava no index da ditadura, levei para casa. Fiquei extasiado diante daquele escrito, um misto de literatura e ciência. Um discurso comparativo sobre duas realidades construídas historicamente: o novo e o velho mundo, as relações do homem com a natureza e seu contínuo e progressivo distanciamento dela rumo à cultura (sociedade).
A perplexidade do autor diante de uma realidade desconhecida empresta mais encanto à obra, e suas reflexões sobre o significado da civilização e do progresso agudiza o nosso pensamento sobre o mundo e suas descontínuas trajetórias. Aliás, Lèvi-Strauss disse um dia que a Antropologia serve para a gente pensar.
E foi assim eu me peguei um dia, nos confns da Chapada do Araripe, em meio as comunidades de pequenos agricultores, pensado o que significava tudo aquilo que vivenciava nas minhas “observações participantes” sobre o mundus camponês. Intrigava-me a capacidade de “tradução” de meu qualificado informante, o Sr. Pedro Honório, daquele universo exótico que eu havia de torná-lo familiar, condição indispensável para o sucesso na pesquisa de campo.
Pedro Honório falava-me dos lugares, da terra, dos matos, do tempo, do trabalho, das festas e das pessoas com tamanha profundidade, que comecei a desconfiar da relevância da oposição entre ciência e senso comum. Quando falava da vegetação, principalmente, meu informante seguia uma classificação, uma taxonomia local, para que serve e para que não serve esta e aquela planta, que ia das gramíneas às maiores árvores, tanto nas áreas antrópicas quanto na floresta.
Eureka ! Lèvi-Strauss jogou uma luz, e que luz no meu pensar e nas minhs desconfianças. Foi na leitura de “ O Pensamento Selvagem” que pude entender a lógica da ciência, da ciência que não é senso comum, mas é outra maneira de classificar as coisas da dinâmica interna da cultura, e com isto entender e viver no mundo.
Eis o sentido do “relativizar”, um constructo antropológico que clareia o sentido do diferente, do outro, da alteridade, da deficiência de uma verdade universal.
Aprendi com o velho pensador francês, vindo da Filosofia e, por isto mesmo, agregando valor as Ciências Sociais, principalmente na Antroipologia, em refino, estilo, arte e beleza, que podemos conviver pacificamente em sociedade quando, em algum momento, tenhamos que “suspender” nossos conceitos e olhar e compreender o outro na sua diferença, não como uma imagem distorcida e intolerante do meu eu, mas como um espelho em que me vejo e me retoco como ser humano...

SEMINÁRIO ARTE & PENSAMENTO - A reinvenção do Nordeste.

Esse ano, na Mostra Sesc Cariri de Cultura, acontecerá uma atividade inusitada. Trata-se do SEMINÁRIO ARTE & PENSAMENTO - A reinvenção do Nordeste, um seminário promovido pelo Sesc que tem por objetivo problematizar as produções artísticas e culturais no nordeste nos dias de hoje.

Através das artes como cinema, música, literatura, intervenções urbanas e arte/mídia, os conferencistas: André Queiroz, Daniel Lins, Dural Muniz de Albuquerque Junior, Jorge Vasconcellos, Luíz Manoel Lopes, Luizan Pinheiro, Márcia Tiburi e Nina Velasco e Cruz, discorrerão sobre vários temas, onde certamente um deles te interessará.

Veja logo abaixo a Programação, e procure o quanto antes se increver, pois as vagas são limitadas. As inscrições podem ser feitas pela internet, através do e-mail: mostracairiri@gmail.com, ou no Sesc de Juazeiro (3512.3355).

Programação:

Dia 16 de novembro de 2009

- Mesa:

14:00 horas - Dr. Jorge Vasconcellos: “Antropofagia & Filosofia: da potência criadora da música”.

15:15 horas - Dr. André Queiroz: “Haveria um nordeste atrás do cinema que se faz no nordeste?”.

Mediação: Luizan Pinheiro

16:15 horas - Debate com o público.

Dia 17 de novembro de 2009

- Mesa:

14:00 horas - Dr. Luizan Pinheiro: “Ontologia do Cariri: a cidade atravessada por múltiplos olhares”.

15:15 horas -Dr. Luís Manoel Lopes: "Barbaramente estéreis; maravilhosamente exuberantes: os sertões em variações".

16:15 horas – Debate com o público.

Mediação: Jorge Vasconcellos.

Dia 18 de novembro de 2009

- Mesa:

14:00 horas - Dra. Márcia Tiburi: “Mulheres míticas e mulheres reais: uma fratura sertão”.

15:15 horas - Dra. Nina Velasco e Cruz: “Paulo Bruscky: um artista nordestino?”.

16:15 horas - Debate com o público.

Mediação: Luís Manoel Lopes.

*Lançamento da Revista Literária Polichinello n. 11 + exposição das gravuras de Acácio Sobral (gravuras que ilustram este número da revista).

Dia 19 de novembro de 2009

14:00 horas - Dr. Daniel Lins: "A paixão segundo Lampião".

15:15 horas - Dr. Durval Muniz de Albuquerque Jr.: “O Nordestino de Saia Rodada e Calcinha Preta ou as novas faces do regionalismo e do machismo no Nordeste”

16:15 horas - Debate com o público.

Mediação: André Queiroz
.

A origem dos feriados- por Rainer Sousa


Os feriados tiveram significados distintos ao longo dos séculos.



Não é muito difícil escutar algum comerciante ou dono de empresa reclamando que a população brasileira é exageradamente prestigiada com vários feriados ao longo do ano. De fato, o Brasil desfruta de uma série de dias comemorativos que paralisam várias pessoas em esfera federal, estadual e municipal. Contudo, isso nem de longe significa que o gosto pelo feriado seja mais um dos defeitos que exclusivamente povoam a identidade do povo brasileiro.

Desde a Antiguidade, os feriados tinham a importante função de demarcar a passagem do tempo ou a celebração de algum fato portador de grande significado. Entre os romanos, percebemos que vários feriados estavam constantemente ligados à adoração das divindades que figuravam sua religiosidade. Em seus tempos de glória, observamos que esta mesma civilização organizava dias festivos em memória dos imperadores que haviam morrido.

Mais do que relembrar deuses e homens, os feriados também exerciam a importante função de estabelecer um vital e necessário momento de ruptura para com o mundo cotidiano. Na Idade Média, era comum a organização de vários eventos carnavalescos que antecediam a resignação do período da Quaresma. Nessas situações, os camponeses criavam cantos, encenações e imagens que faziam divertidas chacotas para com os senhores feudais e clérigos da época.

A frequente associação entre a promoção dos feriados e a celebração religiosa só veio a ganhar novas feições quando a Revolução Francesa quebrou antigos paradigmas. Após o desenvolvimento deste fato que inaugura a Idade Contemporânea, os franceses oficializaram o dia 14 de julho como a data em que comemoram a queda da Bastilha e, por sua vez, o início do processo revolucionário. Do ponto de vista histórico, essa convenção também marca a criação do primeiro feriado de natureza civil.

Mesmo o modelo francês tendo reverberado com grande força, a criação de outros feriados laicos ocorreu de forma bastante lenta. Ao longo do século XIX, o desenvolvimento do capitalismo industrial estabeleceu o florescer das lutas entre a classe burguesa e operária. Ao longo da década de 1880, o acirramento desta tensão permitiu a instituição do dia 1° de maio como o feriado a ser marcado por manifestações de trabalhadores em todo o mundo.

Ao percebermos a presença de vozes que discordam com os feriados que organizam o calendário brasileiro, notamos uma interessante noção entre o ócio e o trabalho. Sob tal perspectiva, o descanso passa a ser uma atividade descompromissada com o progresso da nação. Ao mesmo tempo, o trabalho se transforma em atividade supervalorizada, chegando a ser vista como instrumento de aperfeiçoamento moral. Afinal de contas, será que os feriados fazem tanto mal assim?


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

ROMANCE - filme de Guel Arraes



Romance de Cordel / Romance Medieval

Os Romances de Cordel do Nordeste brasileiro vêm diretamente da tradição dos
romances medievais. Da mesma maneira que os cantadores narram amores e
aventuras em versos cantados os trovadores da Idade Média narraram as
aventuras de Tristão e sua paixão por Isolda.

Num determinado momento do filme Pedro, personagem de Wagner que é ator e
diretor, faz uma adaptação de “Tristão e Isolda” para o Sertão que será
exibida na tv. No filme vemos os ensaios e algumas cenas deste programa.

Resolvi aproveitar a produção, gravar mais umas cenas e montar um
programinha de dez minutos com a história corrida desta adaptação um pouco
por diversão, um pouco para usá-lo de alguma maneira mais tarde como extra
do dvd por exemplo. Fiz uns versos da cordel contando partes da história que
não ia filmar para amarrar as cenas e pedi para um cantador da região
gravá-los. Inicialmente não pensava usar estes versos no filme. De volta das
filmagens, passando por Recife, encontrei Ariano Suassuna e comentei sobre
este “curta-metragem” já que seu primeiro romance é uma transposição do
mito de Tristão e Isolda para o Sertão numa época recente. Ele logo me
perguntou: e por que você não usa o cordel no filme? Pensei “por que não”?

Verdade que desde que Glauber usou este recurso em “Antonio das Mortes”
muita gente lançou mão dele mas este filme dentro do filme não deixa de ser
também uma piscadela de olho para o cinema novo. Daí eu usei alguns versos.

A canção completa pode ser ouvida aqui.

Cantador

Ass: Guel

Guel Arraes- no dia mundial do Cinema


Nasc: 12/12/1953 (55 anos)
Nome de Nascimento: Miguel Arraes de Alencar Filho
Cidade: Recife, Pernambuco
País: Brasil

Guel Arraes é diretor de núcleo da Rede Globo e um de seus funcionários mais influentes. Dirigiu em 1986 a clássica série ''Armação Ilimitada'', com Andréa Beltrão, Kadu Moliterno e Evandro Mesquita.

Filho do ex-governador Miguel Arraes, dirigiu em 1999 ''O Auto da Compadecida'', minissérie da Rede Globo baseada na obra do dramaturgo Ariano Suassuna. Adaptada recentemente para o cinema, conta com Matheus Nachtergale, Selton Mello, Fernanda Montenegro, Lima Duarte e muitos outros grandes nomes... Mais...

Filmografia /Cinema /Diretor
.

Bem Amado (2009) (Longa-metragem)
Romance (2008) (Longa-metragem)
Lisbela e o Prisioneiro (2003) (Longa-metragem)
Caramuru - A Invenção do Brasil (2001)
O Auto da Compadecida (2000) (Longa-metragem)
Ator/Atriz
Cinema Falado (1986)
Montagem
O Rei da Vela (1983) (Longa-metragem,Vídeo)
Outros Membros
Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas (2009) (Longa-metragem), Produtor artístico
Produtor
Meu Nome Não é Johnny (2008) (Longa-metragem), produtor associado
Cidade dos Homens - O Filme (2007) (Longa-metragem), produtor associado
O Homem que Desafiou o Diabo (2007) (Longa-metragem), produdor associado
Ó Paí, Ó! (2007) (Longa-metragem), produtor associado
Saneamento Básico, O Filme (2007) (Longa-metragem), produtor executivo
A Grande Família! O Filme (2006) (Longa-metragem)
Antônia - O Filme (2006) (Longa-metragem), produtor associado
A Máquina (2005) (Longa-metragem)
O Coronel e o Lobisomem (2005) (Longa-metragem)
Meu Tio Matou um Cara (2004) (Longa-metragem)
Lisbela e o Prisioneiro (2003) (Longa-metragem), produtor associado
Os Normais (2003) (Longa-metragem), produtor associado
O Auto da Compadecida (2000) (Longa-metragem)
Roteirista
O Bem Amado (2009) (Longa-metragem), Roteiro
Romance (2008) (Longa-metragem)
A Grande Família! O Filme (2006) (Longa-metragem)
O Coronel e o Lobisomem (2005) (Longa-metragem)
Meu Tio Matou um Cara (2004) (Longa-metragem)
Lisbela e o Prisioneiro (2003) (Longa-metragem)
Caramuru - A Invenção do Brasil (2001)
O Auto da Compadecida (2000) (Longa-metragem)


Televisão
Diretor
Decamerão, a Comédia do Sexo (2009) (Feito para TV)
O Auto da Compadecida (1999) (Série de TV)
TV Pirata (1988) (Série de TV)
Armação Ilimitada (1985) (Série de TV)
Produtor
A Grande Família (2001) (Série de TV)
Brava Gente (2000) (Série de TV)
Luna Caliente (1999) (Minissérie)
Casseta & Planeta (1994) (Série de TV)
Armação Ilimitada (1985) (Série de TV)
Roteirista
Decamerão, a Comédia do Sexo (2009) (Feito para TV)
Cidade dos Homens (2003) (Série de TV)

Episódios:
As Aparências Enganam (2005)
O Auto da Compadecida (1999) (Série de TV)



Jurássico - por João Nicodemos




JURÁSSICO

Pessoas sinceras
honestas consigo mesmas
quando trocam idéias
são como dinossauros
que
a brigar
com imensos movimentos
destroem metade da floresta
a sua volta

por Nicodemos

Ufa ... ! Enfim... A poesia de João Nicodemos !



VOCÊ DIZ
QUE EU CORRO
EU DIGO
QUE SÓ CORRO
POR SOCORRO


------------------------------
IN
COM
PL TO
---------------------------------


NÃO EXISTE O CAOS

NOSSAS RÉGUAS
SÃO CURTAS

NOSSOS RELÓGIOS
SÃO LENTOS...

---------------------------


de grão em grão
um dia

o tempo
entope
a pia

-------------------------------

por Nicodemos

Espanto - por Ana Cecília Bastos


Na avalanche ,

os poemas inventam lugares.

Registros em água, vento,chuva.

Assim vou achando rabiscos,

notas para um depois.

Nunca chegado
......................................Em Brasília , a chuva era açoite,
.............................................a cidade atônita.

Ana Cecília

O Olhar do Sol - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Por voltas das 6:30 horas com a janela aberta para o Corcovado percebo que o meu olhar é o olhar do sol. Como dizem os cantadores cegos com suas rabecas acompanhando o canto: a luz dos meus olhos. A floresta, em sua encosta virada para a Lagoa Rodrigo de Freitas, se destaca em trama, predominantemente vertical, dos troncos de suas árvores. Iluminam com tal intensidade que se sobressaem sobre todo aquele mar de folhagem.

Quando no zênite deste horário de verão, por volta das 13:30 horas, o meu olhar mudou. As copas das árvores tomaram a encosta do morro numa variação de verdes com uma suavidade de relevo. Quase todas as árvores estão do mesmo tamanho e o machado lanhante não abriu clareiras que rebaixam a vegetação ao tamanho da relva.

Por volta das 17:OO já tenho outro olhar. Como uma terceira visão, que não é a última, pois afinal virão os olhares matizados de reflexos urbanos na fase de lua nova e os da lua cheia igualmente concorrente das luzes da cidade. Neste terceiro olhar todos os troncos estão à sombra da minha percepção. As copas para o meu lado escureceram o verde, cada uma delas teima em ser o limite da minha visão, mas não consegue, pois a encosta se prolonga a oeste esticando o olhar.

E tomando por base os nossos olhares, o meu e o do sol, ao extrair sentenças da verdade terei falado do momento que o sol me deu. Seja a encosta de troncos de árvores, copas iluminadas, verde limitante ou o plano azul escuro inclinado a sul.

Como assistindo ao noticiário das sete horas na televisão e um milionário que mudou a constituição da cidade conquistou o terceiro mandato para prefeito de Nova York. Como esta notícia é banal e se passa despercebida, afinal são as excentricidades milionárias.

Mas causam furor se certas hipóteses de terceiro mandato vierem à tona e outras já realizadas neste olhar que o sol das ideologias oferece aos seus quadros. Como se o tom da matéria jornalista já fosse a própria iluminação solar. Um abrandamento quando as intenções ocorrem em “campo amigo”.

Afinal existem poderes acumulados e controle de fundos de dinheiro para que a sociedade aceite o mesmo mandatário por seis ou nove anos. Como existe um espírito conservador de que o Estado se faz por si mesmo independente do quadro político sobre ele. Neste caso naquelas sociedades em que a oposição se lixou no próprio embate.