Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sábado, 16 de julho de 2011

O Criador do palco Sonoro da URCA também sequer foi consultado... - Homenagem a Zé Nilton


Você só dá chá dançante onde eu não sou convidado ?


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Na foto: Prof. Zé Nilton apresenta seu programa "Falando de MPB" na Rádio Educadora do Cariri

Nota do Editor - Tudo o que é sólido se desmancha mesmo no ar. A máscara dos que promovem o chamado "palco sonoro da urca" começa a se desmanchar e vergonhosamente. Nesta semana, tornei público na internet a sistemática exclusão todos os anos do meu nome enquanto artista da música caririense nos eventos realizados naquele local, quando expus até parte do meu currículo com trabalhos que já executei e que justificariam a minha participação. Entretanto, como o local é gerido por uma política de panelinha, aonde somente os "compadres" são convidados a participar, em detrimento de outros, ainda que tenham um trabalho louvável isso é até compreensível.

O que ninguém ou pelo menos eu não sabia, é que o próprio criador do palco sonoro da Urca muitos anos atrás, o artista cratense José Nilton de Figueiredo também sequer foi consultado a participar do evento, logo ele que possui dois CDs com alguns dos melhores trabalhos musicais já produzidos nesse cariri, e é também uma das maiores personalidades do meio artístico. Num comentário feito na minha postagem, assim se expressa José Nilton de Figueiredo em solidariedade:

"Caro Dihelson, eu também nem fui consultado. E olha que fui fundador daquele palco, o Rafael sabe disso. Aliás, ele, o nosso Rafa, disse, na Rádio, que o Salatiel era o mentor do palco. Errou historicamente. Nossos camaradinhas às vezes escorregam na maionese, não sei por que cargas d´água. Eu não ligo pra isto porque tô fora dessas coisas. Não preciso disso para ser, nem para ter. Mas bem que gostaria de saber de você, à meia noite, tocando Chopin, de preferência a "polonaise", num grito de interpretação, monstrado o outro lado da sinfonia musical dessa Crato de todos os ritmos. Se avexe não, amigos, que tempos virão em que isto possa acontecer. Meus cumprimentos ao seu talento."

Zé Nilton

Aliás, falando em Zé Nilton, quero parabenizá-lo pelo melhor programa de MPB do Rádio Caririense, que é apresentado todas as quintas-feiras pela Rádio Educadora do Cariri. Tive o prazer de visitá-lo numa bela tarde e registrei algumas dezenas de fotos, que trago algumas poucas para a apreciação dos que já apreciam ouvi-lo, e agora vê-lo todas as tardes de quinta-feira, das 14 às 15h pela Rádio Educadora do Cariri.

Zé Nilton Figueiredo, um dos maiores ( se não o maior ) conhecedor da história da Música Popular Brasileira no Cariri, também compositor e com dois maravilhosos discos gravados:

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Zé Nilton, o criador do Palco Sonoro da Urca há muitos anos, diz que tambem não foi contactado para participar do evento ( apesar se sabermos que o telefone da Rádio Educadora é muito fácil de se acessar por aqueles que convocam os artistas )

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Na foto abaixo, ao lado do grande Iderval Silva, também apresentador do programa "Seu Zezé"

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Todas as quintas-feiras, Zé Nilton representa a vontade e o bom gosto musical dos caririenses, ao apresentar o seu "Falando de MPB", das 14:00 às 15:00

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Um artista que sabe o que diz e sempre tem um palpite feliz:

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"Um grande artista tem que dar o tom quase rodando, caindo de boca a voz é rouca mas o mote é bom"

Prof. Zé Nilton

Texto e Fotos: Dihelson Mendonça

SERIA A VEZ DO POBRE? - Por Pedro Esmeraldo

Lendo a entrevista do ilustre cidadão desta cidade, às vezes pensamos que desta exposição está muito pequeno para ser encaminhado novos melhoramentos técnicos e científicos. O atual parque de exposição está aquém da realidade do século XXI. O que ocorre é que as nossas autoridades não querem enfrentar o problema com segurança técnica. Atualmente as nossas autoridades desprezam o caso com magnificência de cidadão correto e progressista. A nossa Exposição Agropecuária tem sofrido as calamidades públicas devido à falta de coesão e a falta de união dos políticos cratenses que ora não pensam na construção do parque futuro, que dê acomodação a todas as pessoas constituídas e o bom remanejamento dos animais. Consideramos isto um desrespeito ao povo cratense que tanto luta para que se torne o Crato um campeão da pecuária do Nordeste. Do Crato notamos que para se efetuar grandes melhoramento na aquisição pecuária é necessário que haja muita paz e harmonia entre a população citadina e a camada política. O Crato não se expande mais porque há desavença com o desejo do povo. Não desejam o melhoramento do parque porque não querem fazer vista grossa.
Com certeza, seria melhor deslocar esse referido parque para uma posição equidistante da cidade. Haja vista esse parque já se tornar pequeno e inadequado para ser divulgado com mais projeção. Os trabalho técnicos agrícolas não são bem trabalhados e vivem sempre procurando arranjo e nada resolvem. O temperamento desse povo é permanecer na maré mansa, esperando que venha tudo ao Deus dará. Isto é impossível porque Deus quer que o homem enfrente o desafio, e é sinal que todos devem trabalhar com as dificuldades.
Apesar deste parque ser melhorado com pequenos arranjos, não satisfaz a realidade dos fatos.
Dizem os senhores responsáveis pelo parque que esse evento não sairá da cidade mas irá para um lugar mais distante, assim sendo seria viável se esse parque fosse condicionado ao comparecimento do povo, visto que é esse dito povo que traz a animação e o bom comportamento de toda a população urbana, e se tornaria mais animado e mais acomodado diante dos apertos que permanecem durante os dias expositivos.
Mas quem mais comparece aos festejos pergunta, e seria um desaforo tirar os eventos do povo para satisfazer aos políticos da capital.
E agora perguntamos: este povo pobre do Crato não tem direito de comparecer aos eventos que tanto gosta, que tanto anima? Por que essas autoridades não fazem um planejamento com segurança e vejam que a pobreza local tem também o direito de usufruir os festejos pecuários que ocorrem anualmente.
Porquê, meu Deus? Desprezam tanto o pobre e ainda dizem que são amigos do pobre? Será que o que eles tentam fazer será realmente bom para o pobre? Os senhores não acham que os pobres não tenham condições de comparecer aos eventos agropastoris? Cadê as indústrias que prometem e não constroem para tirar o pobre da pobreza? Cadê as escolas de ensino profissionalizante? Por que desprezam o Crato? Isto é um desaforo para o município do Crato. Por que não dão acesso ao serviço ao cratense?
Somos ao lado do pobre e queremos que ele também participe dos festejos. E agora perguntamos: será que o pobre não merece ter vez? Porque não se reforma o parque dentro da modernidade?

Crato-CE, 16/07/2011

Palco Sonoro URCA-BNB: Hoje é o Gran Finale

Abidoral Jamacaru (Foto: Samuk)
João do Crato (Foto: Samuk)

Tudo que é sólido se desmancha no ar. Mas tudo que é etéreo (e estéreo) dura para sempre. Este é o meu sentimento com respeito ao Palco Sonoro. Depois de quatro noites de muitos sons. Muitas e agradáveis surpresas. Comentei com Salatiel como tava por fora da cena musical dessas bandas (no duplo sentido) do Cariri. Daí essa surpresa toda.

Já falei da primeira noite. Pra mim, uma noite de Fênix. Pois renasci digerindo meu fígado (com uma pequena ajuda de umas doses a mais). Revivi também minha verve roqueira, ouvindo, pela primeira vez, as bandas que pousaram e planaram no Palco.

Na segunda noite, a de quarta-feira, até cometi o delito de subir ao Palco e profanar a perfeita apresentação de Calazans Callou & Trimurti.

Na quinta-feira, cheguei bem cedo e vi os Zabumbeiros Cariris (minha banda de coração ou a outra banda do meu coração) & Luciano Brayner & Ulisses Germano fazerem uma roda de som no terreiro do Palco (que Luciano chama de Samba de Feira). Vi o início da apresentação do Syncrasis (e adorei) com seu som jazz-fusion-progressivo a la Spyro Gyra. E cometi outro delito (em nome da boa música, claro): escapulir para Barbalha para me esbaldar ao som de Jorge Benjor (pra sempre e eterno Jorge Ben) e da Banda do Zé Pretinho (show duca).

Ontem, pela primeira vez vi toda a programação do Palco. Noite massa de sexta de lua cheia e Expô lotada. Amei as Godiva’s com a deusa Ana Paula nos vocais tal uma Afrodite (afinal, lembrem da tríade do roquienrrol) e a guitarrista que me lembrou demais Patti Smith. Saltitei feito Mick Jagger ao som dos blues e dos souls dançantes do De Repente Blues, com Sasha, um negão alemão, mandando ver nos vocais e no inglês. Pura raiz.

E no final da noite o Palco se transformou numa grande e alegre tertúlia (é o novo!) dos anos sessenta, a cargo do nosso Keith Richards (satisfaction!) - Batista Fhaser, e com direito a uma canja de Salatiel, revivendo seu tempo de crooner de conjunto de baile (é o novo de novo!): The Hunters!

E hoje é o gran finale. Que Pena! Mas tudo que é sólido, um dia, se desmancha no ar.

Por isso, todo mundo lá.

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Programação

17:00 – Os Monastérios
18:00 - Black Boy Dance/ Filhos De Maria
19:00 - Rinaldo
19:40 - MPB Trio
20:00 - Soul Musical
20:40 - Álvaro Holanda
21:00 - Herdeiros do Rei

Pensamento para o Dia 15/07/2011


“Guru Purnima é o dia em que você decidir se tornar mestre de seus sentidos e intelecto, de suas emoções e paixões, de seus pensamentos e sentimentos através de disciplina espiritual (Sadhana). Mesmo durante a meditação (Dhyana), o ego vai perturbá-lo. Portanto, ofereça-se totalmente a Deus. Essa total dedicação não pode emergir de erudição. Um estudioso pode estar poluído por ego; ele deleita-se em colocar prós e contras uns contra os outros; ele levanta dúvidas e perturba a fé, misturando o secular com o espiritual, a fim de obter lucros mundanos. Mas, você deve oferecer orações a Deus para alcançar o progresso espiritual. Portanto, envolva-se em Sadhana (prática espiritual) sem demora. Cultive virtudes; livre-se de maus hábitos, pensamentos, palavras e ações. Cresça no amor e acolha a todos com amor. Esse é o caminho para o contentamento (Ananda).”
Sathya Sai Baba