Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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domingo, 19 de setembro de 2010

Poeta... por Daniel Bloc Boris (Jacques)

Poeta
Um ser que transcende aos seus próprios pensamentos
Só com seus botões e sua rosa
Parte do princípio, o silêncio
Abre os portões do coração
Nele viaja nas gavetas empoeiradas do passado,
Papéis rabiscados de outrora, lhe caem as lágrimas
Surge o cheiro da poesia
Coração palpitante, baila a caneta apressadamente,
E com ela, o cesto amarrotado de papéis amassados
Inspira o ar em busca do novo
Olha para janela e procura no infinito, sua inspiração
Recorda os amores e dissabores
Agarra-se ao vento
Vale-se da lua
Ergue as mãos a Deus
Retorna da viagem imaginária com a bagagem vazia
Entra novamente em êxtase, a procura do que não sabe mais o que
Incansável, insaciável retorna sem gozo, sem galgar sua inspiração.
Quando de repente dá-se a luz e cvem o título.

 Daniel Bloc Boris (Jacques).

Não Creio em Deus - José do Vale Pinheiro Feitosa

Sinceramente não creio em Deus pai, criador do céu e da terra, julgador de todas as coisas, que virá para resgatar vivos e mortos. Não creio não vida eterna amém.”

E quando digo amém, sei que repito o “assim seja”, mas não creio no meu poder e nem no de ninguém de assim proclamar. É que não creio no império que tudo pode, tudo vê e tudo fez, faz e fará.

Mas creio em ti. Na tua dor solitária que precisa da adição de um pedaço da minha vida. E doarei meu tempo sem me preocupar em viver outras invenções, pois não existe invenção maior que a tua própria existência.

E aceito tua fé, tua esperança, teu devir inclusive na forma de uma ordem celestial que ti acalma, alarga as paredes deste mundo opressor e ultrapassa o arame farpado desta vida material de mercancia.

Como creio na cura das feridas que procuras sarar. Levo fé em tua capacidade de superar a rejeição, compreender a descontinuidade de discursos sublimes, pois o maior crente é aquele que duvida de sua própria crença.

Não desconsidero tua oração, a necessidade do teu verbo se comunicar, manifestar-se, reclamar, pedir, explicar, concluir e até mesmo seduzir para que sejas inteiramente aceita. O maior erro não é o teu. O maior erro é se imaginar um mundo sem erros.

Creio no teu lugar no mundo. No teu brilho e nas tuas manchas. Nas tuas posses e naquilo pelo qual és possuída. O maior e o melhor são apenas escalas comparativas aos outros, e isso não basta, pois no mundo és singular.

Não desconsidero tuas crises de individualismo. Os fardos dos preconceitos, os conceitos ainda não sabidos, a ignorância do teu olhar perplexo. É que o mundo e nós não somos objeto do conhecimento em si. Somos apenas o conhecimento sem intenção.

Creio que teu vínculo de fé com o além dos tempos é um passo para reinventares o modo como inventas o teu tempo. Como doas este em adição ao fluxo do outro, também inventas a ti própria como matéria do tempo geral.

Considero que a vida não é um demolir-se eterno e nem um reconstruir-se permanente, é, sobretudo, um transformar-se independente dos materiais de construção. Não que os materiais inexistam, é que a força motriz da transformação se encontra no tempo geral. E o tempo geral é o tempo da humanidade, dos seres vivos e do planeta terra.

Rio - Por Aloísio




Rio

Rio que já foi cantado
Do litoral ao sertão
Tem poeta que já disse
"Deságua em meu coração" (1)

O Rio de Janeiro pra mim
Foram seis anos da viagem
"Que passou em minha vida" (2)
Mas volto lá de passagem

Os rios tiveram presença
Nos campos e cidades que passei
Rio Preto, Rio de Contas,
Rio de Janeiro, onde morei
O rio que "vai bater no meio do mar " (3)
Estou falando do Rio São Francisco
Pois do outro lado encontrei
Meu amor e me casei

Aloísio

(1) Caetano Veloso (Onde eu nasci passa um rio)
(2) Paulinho da Viola (Foi um rio que passou na minha vida)
(3) Luiz Gonzaga / Zé Dantas (Riacho do Navio)

- . -

Depois falar rio e mar
Vamos falar de água
Mas sem o fogo apagar

A Esse Papo indo-lente - por Elisa Lucinda


Quando me perguntam depois de
"Ó que lindos olhos"...
Esses olhos são seus?"
Me sinto como se perguntassem
se o sol é rei mesmo
ou uma espécie de lâmpada de mil
Me sinto constrangida como se tivesse
sido possível a alguém alguma vez
confundir lata de goiabada com fruta de pé.
me sinto velha virada há milênios
Aniversariada por várias civilizações e nada esqueci.
Me sinto madura madeira escaldada
pra lá destas idades do agora.
Sou dos longínquos tempos de goiabeiras
mangueiras, formigas cabeçudas
tanajuras de umidade, baratas cascudas
e canaviais nos quintais
Sou ainda mais
na magia do que havia nesses anais,
sou do tempo em que era bom
nascer com olhos de esmeralda
e a artista a ser cumprimentada
era a mãe-natureza
pela proeza de olhos ser olhos
e lente ser lente.
Sou do tempo em que eu era
toda realeza
e com certeza não se compravam olhos
em shoppings, meus deus.
Sou do tempo em que meus olhos
Só podiam ser meus.

Os pecados do Haiti- Eduardo Galeano


A democracia haitiana nasceu há um instante. No seu breve tempo de vida, esta criatura faminta e doentia não recebeu senão bofetadas. Era uma recém-nascida, nos dias de festa de 1991, quando foi assassinada pela quartelada do general Raoul Cedras. Três anos mais tarde, ressuscitou. Depois de haver posto e retirado tantos ditadores militares, os Estados Unidos retiraram e puseram o presidente Jean-Bertrand Aristide, que havia sido o primeiro governante eleito por voto popular em toda a história do Haiti e que tivera a louca idéia de querer um país menos injusto.

O voto e o veto

Para apagar as pegadas da participação estadunidense na ditadura sangrenta do general Cedras, os fuzileiros navais levaram 160 mil páginas dos arquivos secretos. Aristide regressou acorrentado. Deram-lhe permissão para recuperar o governo, mas proibiram-lhe o poder. O seu sucessor, René Préval, obteve quase 90 por cento dos votos, mas mais poder do que Préval tem qualquer chefete de quarta categoria do Fundo Monetário ou do Banco Mundial, ainda que o povo haitiano não o tenha eleito com um voto sequer. Mais do que o voto, pode o veto. Veto às reformas: cada vez que Préval, ou algum dos seus ministros, pede créditos internacionais para dar pão aos famintos, letras aos analfabetos ou terra aos camponeses, não recebe resposta, ou respondem ordenando-lhe: – Recite a lição. E como o governo haitiano não acaba de aprender que é preciso desmantelar os poucos serviços públicos que restam, últimos pobres amparos para um dos povos mais desamparados do mundo, os professores dão o exame por perdido.

O álibi demográfico

Em fins do ano passado, quatro deputados alemães visitaram o Haiti. Mal chegaram, a miséria do povo feriu-lhes os olhos. Então o embaixador da Alemanha explicou-lhe, em Port-au-Prince, qual é o problema: – Este é um país superpovoado, disse ele. A mulher haitiana sempre quer e o homem haitiano sempre pode. E riu. Os deputados calaram-se. Nessa noite, um deles, Winfried Wolf, consultou os números. E comprovou que o Haiti é, com El Salvador, o país mais superpovoado das Américas, mas está tão superpovoado quanto a Alemanha: tem quase a mesma quantidade de habitantes por quilômetro quadrado. Durante os seus dias no Haiti, o deputado Wolf não só foi golpeado pela miséria como também foi deslumbrado pela capacidade de beleza dos pintores populares. E chegou à conclusão de que o Haiti está superpovoado... de artistas. Na realidade, o álibi demográfico é mais ou menos recente. Até há alguns anos, as potências ocidentais falavam mais claro.

A tradição racista

Os Estados Unidos invadiram o Haiti em 1915 e governaram o país até 1934. Retiraram-se quando conseguiram os seus dois objetivos: cobrar as dívidas do City Bank e abolir o artigo constitucional que proibia vender plantações aos estrangeiros. Então Robert Lansing, secretário de Estado, justificou a longa e feroz ocupação militar explicando que a raça negra é incapaz de governar-se a si própria, que tem "uma tendência inerente à vida selvagem e uma incapacidade física de civilização". Um dos responsáveis da invasão, William Philips, havia incubado tempos antes a ideia sagaz: "Este é um povo inferior, incapaz de conservar a civilização que haviam deixado os franceses". O Haiti fora a pérola da coroa, a colónia mais rica da França: uma grande plantação de açúcar, com mão-de-obra escrava. No Espírito das Leis, Montesquieu havia explicado sem papas na língua: "O açúcar seria demasiado caro se os escravos não trabalhassem na sua produção. Os referidos escravos são negros desde os pés até à cabeça e têm o nariz tão achatado que é quase impossível deles ter pena. Torna-se impensável que Deus, que é um ser muito sábio, tenha posto uma alma, e sobretudo uma alma boa, num corpo inteiramente negro". Em contrapartida, Deus havia posto um açoite na mão do capataz. Os escravos não se distinguiam pela sua vontade de trabalhar. Os negros eram escravos por natureza e vagos também por natureza, e a natureza, cúmplice da ordem social, era obra de Deus: o escravo devia servir o amo e o amo devia castigar o escravo, que não mostrava o menor entusiasmo na hora de cumprir com o desígnio divino. Karl von Linneo, contemporâneo de Montesquieu, havia retratado o negro com precisão científica: "Vagabundo, preguiçoso, negligente, indolente e de costumes dissolutos". Mais generosamente, outro contemporâneo, David Hume, havia comprovado que o negro "pode desenvolver certas habilidades humanas, tal como o papagaio que fala algumas palavras".

A humilhação imperdoável

Em 1803 os negros do Haiti deram uma tremenda sova nas tropas de Napoleão Bonaparte e a Europa jamais perdoou esta humilhação infligida à raça branca. O Haiti foi o primeiro país livre das Américas. Os Estados Unidos tinham conquistado antes a sua independência, mas meio milhão de escravos trabalhavam nas plantações de algodão e de tabaco. Jefferson, que era dono de escravos, dizia que todos os homens são iguais, mas também dizia que os negros foram, são e serão inferiores. A bandeira dos homens livres levantou-se sobre as ruínas. A terra haitiana fora devastada pela monocultura do açúcar e arrasada pelas calamidades da guerra contra a França, e um terço da população havia caído no combate. Então começou o bloqueio. A nação recém nascida foi condenada à solidão. Ninguém comprava do Haiti, ninguém vendia, ninguém reconhecia a nova nação.

O delito da dignidade

Nem sequer Simón Bolívar, que tão valente soube ser, teve a coragem de firmar o reconhecimento diplomático do país negro. Bolívar conseguiu reiniciar a sua luta pela independência americana, quando a Espanha já o havia derrotado, graças ao apoio do Haiti. O governo haitiano havia-lhe entregue sete naves e muitas armas e soldados, com a única condição de que Bolívar libertasse os escravos, uma idéia que não havia ocorrido ao Libertador. Bolívar cumpriu com este compromisso, mas depois da sua vitória, quando já governava a Grande Colômbia, deu as costas ao país que o havia salvo. E quando convocou as nações americanas à reunião do Panamá, não convidou o Haiti mas convidou a Inglaterra. Os Estados Unidos reconheceram o Haiti apenas sessenta anos depois do fim da guerra de independência, enquanto Etienne Serres, um gênio francês da anatomia, descobria em Paris que os negros são primitivos porque têm pouca distância entre o umbigo e o pênis. A essa altura, o Haiti já estava em mãos de ditaduras militares carniceiras, que destinavam os famélicos recursos do país ao pagamento da dívida francesa. A Europa havia imposto ao Haiti a obrigação de pagar à França uma indemnização gigantesca, a modo de perda por haver cometido o delito da dignidade. A história do assédio contra o Haiti, que nos nossos dias tem dimensões de tragédia, é também uma história do racismo na civilização ocidental.
___

O artigo de Eduardo Galeano foi publicado no site Carta Maior
http://www.cartamaior.com.br/

É feito dominó... - por Sempresoll(Mazé)





É feito dominó

um efeito borboleta...


Feito dominó

O efeito predomina.

O desvio da molécula

Gera o feito

Como bater das asas

Um efeito borboleta.

A natureza dá nó

Na teia que tece e anima

A beleza de uma libélula

Gera o jeito

No movimento extravasa

E conecta o planeta.


É assim, assim só.

Aleatoriamente

Desencadeias do acaso.

E por mais que tentemos

Saber o próximo passo,

Por mais que foquemos

Nossa predileção,

A matéria desse espaço

Prega a peçaE segue o passo

Do que nunca é calculado

Com precisão.


O andar do bêbado

De um relojoeiro cego

É o caminho.

Com efeito dominó

Com efeito borboleta,

Joga os dados e senta a mesa

Pois o acaso vai alterar

Qualquer ilusão.


por Sempresoll

Recado musical

Declaração - por Domingos Barroso


O meu coração não precisas
senti-lo pelo toque

(mão posta
sobre o peito) .

Fecha teus olhos:
o tremor dos cílios
é ele batendo.


 por Domingos Barroso

Sophia Loren




Sophia Loren, nome artístico de Sofia Villani Scicolone, (Roma, 20 de setembro de 1934) é uma atriz italiana.

Quando ainda era muito pequena, sua família transferiu-se ao município napolitano de Pozzuoli, onde viveu até a adolescência em uma situação econômica muito difícil.

Descoberta em 1952 no set do filme Africa sotto i mari pelo produtor de cinema Carlo Ponti, que posteriormente viria a se tornar seu marido, mesmo sendo 22 anos mais velho. Com seu marido teve dois filhos, Carlo Jr. e Edoardo. Foi também cunhada de Romano Mussolini, filho de Benito Mussolini.

Trabalhou com grandes diretores como Vittorio De Sica, Federico Fellini, Ettore Scola, Robert Altman, Lina Wertmüller, entre outros.

Sophia Loren ganhou fama mundial em 1962, quando recebeu o Oscar de Melhor Atriz pelo filme 'Duas mulheres, que também lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes.


wikipédia

Morton




Jelly Roll Morton, nome artístico, de Ferdinand Joseph la Menthe Morton (Gulfport-Mississippi, 20 de Setembro de 1885 — Los Angeles, 10 de Julho de 1941) foi um pianista, compositor e orquestrador estadunidense.

Foi talvez o primeiro teórico do jazz. Aprendeu sua arte como pianista de regime de bordéis em Nova Orleans e sempre teve orgulho de sua herança creola e apesar de muitos documentos trazer o seu ano de nascimento de 1890', o próprio Morton, revindicou ter nascido em 1885, talvez para ser mais convincente na 'teoria de ter inventado o jazz em 1902. Em 1923/1924, compos para piano a canção "The Red Hot Peppers". Escreveu "Blues New Orleans" e gravou mais de 58 canções entre 1927 e 1930.

wikipédia

Fogo da Paixão - por Liduína


Fogo só  lembra paixão
e como tem que rimar,
parte sempre de um lugar
que se chama coração.

Fogo de fornalha
por onde
pães,
bolos , guloseimas
passam...
e se não for regrada a
fome
vamos sair da forma
e perder nossos  encantos.

E o fogo de monturo ?
Se a gente acreditar,
cai direitinho na "armadilha"...
Do homem imaturo????

por Liduína



Faltando um Pedaço
Composição: Djavan

O amor é um grande laço, um passo pr'uma armadilha
Um lobo correndo em círculos pra alimentar a matilha
Comparo sua chegada com a fuga de uma ilha:
Tanto engorda quanto mata feito desgosto de filha

O amor é como um raio galopando em desafio
Abre fendas cobre vales, revolta as águas dos rios
Quem tentar seguir seu rastro se perderá no caminho
Na pureza de um limão ou na solidão do espinho

O amor e a agonia cerraram fogo no espaço
Brigando horas a fio, o cio vence o cansaço
E o coração de quem ama fica faltando um pedaço
Que nem a lua minguando, que nem o meu nos seus braços

Fogo - Por Aloísio e Socorro



Brincando com Fogo
Aloisio x Socorro

Água, fogo, terra e ar
foi Deus quem improvisou?
São elementos benfazejos
que equilibram a natureza
A depender do uso que fizermos
vigiando as intenções
E também nossos desejos


Atendendo a um pedido
que me fez um só amigo
Falo do elemento fogo
chama quente, fogo ardente
Fogo que destrói a mata
compromete os nossos ares
Mas depois vem o restauro
equilibrando o Planeta

Fogo que arde e consome
fascínio que me deleita
Fogo quer destrói a minha dor
e dissolve a tristeza
Fogo que limpa minh'alma
redenção dos meus pecados
E alimenta o meu amor

O fogo que purifica
promete o azul do céu
Muitas vezes nem contamos
Digamos sem preconceitos
Quando vem sem causar danos
Deixa tudo mais tudo perfeito

- . -

Quero ver quem é que traz
A palavra de improviso
Que já ficou lá atrás

Improviso são cochichos
de versos que se respeitam
Agora eu quero um RIO
nem que seja de Janeiro



Aloísio x socorro

Improviso- por Socorro Moreira

afoba-me o imprevisto
menos a chegada do amor
susto feliz do IMPROVISO.

depois de algum reboliço
ele se acha na casa
se instala em todas as salas
e adormece no espaço
onde ficam as suas asas

parte e volta
deixa sementes nos cantos
que a dona  sempre molha
com lágrimas de desencanto

a natureza do amor
é perfeita e divina
culpo a nossa ignorância
quando se adona de algo
que no imaterial se ilumina !

vou deixar o amor voar
vou deixar que ele floresça
em qualquer canto e lugar
e junto em qualquer celeiro
assim ,quando se espalhar
amor nunca faltará
na casa material
nem no mundo espiritual.

visto o dito
aposto no previsto
que se faça o registro
de um novo improviso
usando a palavra FOGO
nem que não seja benquisto !


socorro moreira
foto do acervo de José Carlos Brandão

Incêndios na serra - Emerson Monteiro

Houve um tempo no Cariri quando irrompiam incêndios na Chapada do Araripe, que poucos meios de combate existiam, e as queimadas duravam dias, semanas a fio, devastando as matas que resistem às garras da civilização, nesta fase de melancólicas lembranças do nosso rico passado vegetal.
As preocupações cresceram, no entanto, a sensibilizar órgãos estaduais e ser instalado, já na década de 90, uma guarnição do Corpo de Bombeiros em Crato, corporação que combate o fogo na floresta, legando à Região instrumento importante dos benefícios da cidadania também noutros setores de atendimento.
Hoje, nestas fases dos meses quentes de final de ano, acontecem os incêndios, apesar de cuidados preventivos, pondo em ação as brigadas antifogo, origens atribuídas à proximidade das habitações que levam para perto das encostas ameaças de irresponsabilidade e descaso dos menos avisados no trato com a vegetação.
A propósito, em 18 de setembro de 2010 rastro de chamas cresceu nas matas das imediações do sítio Coqueiro, no município de Crato, subindo a encosta na direção da chapada, causando apreensões. Nada mais triste no Cariri destes tempos nebulosos de preservação ameaçada do que se presenciar, noite adentro, o clarão das matas, chamas avivadas pelo vento quase constante no vale. Numa fase de sol intenso no decorrer dos dias, o material orgânico de folhas e galhos secos torna-se combustível fácil às atitudes por vezes criminosas e de raras identificações. E a velocidade instantânea do fogo aumenta os riscos coletivos da destruição desse patrimônio inavaliável do microclima caririense.
Conter os focos de incêndio requer vigilância constante, sobretudo em face da ausência de conscientização dos agricultores, que prosseguem expondo a natureza ameaçada aos hábitos nocivos das coivaras, costume perverso dos antepassados. Quase sempre a origem dos focos vincula o descaso na queima das brocas.
Para que os agricultores possam desmatar e botar fogo nas brocas devem cumprir as normas legais que determinam preenchimento de formulários, sem os quais se tornam infratores da lei vigente no País.
Deste modo, ainda que existam repartições a coibir os tais abusos e combater suas nefastas consequências, resta à comunidade o exercício da participação responsável, a fim de conter o pouco das florestas que nos cabe conservar para as gerações do futuro, no Cariri.

O DIA AMANHECEU DIFERENTE - Por Edilma Rocha

Amanheceu com a espera de um sorriso
para ser feliz...
Amanheceu esperando ser amada e amar novamente
vendo que ficar na solidão
é reconhecer valor nenhum.
Amanheceu com a sensação de perda
e reconhecer o que é o importante
para viver.
Não é preciso ficar doente do corpo
para saber que somos frágeis...
Amanheceu descobrindo que não existem
pessoas perfeitas para se apaixonar.
É preciso saber pedir perdão
mesmo antes da mágoa aparecer...
sem esperar chegar a separação.
Amanheceu esperando os elogios sinceros
para acreditar verdadeiramente
em si mesma.
Amanheceu esperando ouvir
eu te amo outra vez
para reaprender a amar a vida.
Amanheceu com a luz do sol batendo
no vidro da janela,
e lá fora a certeza de um novo dia.

Nossa Linda Região. Por Liduina Vilar.


O canto do sabiá,
O canto da rolinha,
O canto do assum Preto,
O vento de setembro, que
outrora acontecia em maio,
o cheiro das flores no jardim
E da terra molhada porque respingou..
As formigas que povoam a grama por
conta do calor, fazem de cada um de
nós, moradores próximos da Chapada
do Araripe, cidadãos provincianos,
pessoas que apreciam o roer do pequi
e que comem o baião de dois fumaçando.
Essa é a grande riqueza do nosso Cariri.
É o chão que nascemos,crescemos e aumentamos
com nossos filhos, a nossa especial Tribo Kariri.

MUARES PENETRAS – por Pedro Esmeraldo

Aproximam-se as eleições e nós não observamos mudança alguma no comportamento do eleitor. Por hora, pelo menos aqui no Crato, uma massa de inimigos penetrantes entra na cidade a fim de buscar votos que lhes favoreça, mas não tem nenhum compromisso com a cidade. Consideramos esses cidadãos como sendo os inimigos e que vivem buscando votos para lograrem êxito no seu projeto de adquirir grandes vantagens a seu favor. São tantos inimigos que, pensando bem, se colocarem no ar suspensos farão sombra na cidade e que nos impedirá de raciocinar para sabermos escolher bons elementos e que venham nos favorecer. O pior é que esses ditos cujos encontram apoio moral dos políticos cratenses que indubitavelmente entregam a cidade.

Por esse motivo, não queremos falar à toa, mas também não queremos glorificar essas figuras indesejáveis que nos tratam com desprezo e o que ocorre é que vêm nos estimular apregoando o arrefecimento do progresso.

Por isso, estamos revoltados diante da fragilidade dos políticos cratenses, pois deixam tudo correr frouxo e deixam a massa destruidora sucatear a cidade.

Para eles, o seu pequeno mundo é somente a cidade de Juazeiro do Norte. Ora essa, o Cariri, é uma grande região. Deveríamos ter um pensamento igualitário constituído por movimentos iguais, sem partir para a intolerância e a diferença social.

Há dias, vivemos matutando, pedindo a Deus que nos dê força e coragem para retirar do Crato essa camada mórbida de carcarás intolerantes e que vem nos trazer antipatia com esses muares que pisam em nosso solo.

Agora mesmo estamos pedindo aos cratenses “com palavras sóbrias” que tomem cuidado e não deixem o Crato desgastado por essa massa de homens intolerantes que aqui só vêm prejudicar o nosso desenvolvimento. Desejem que o Crato avance o seu sinal de progresso com seriedade e igualdade.

O Crato está praticamente entregue aos inimigos, tudo causado pela falta de amor dos que consideramos crápulas, já que se deixam manobrar por esses abutres que não têm interesse nenhum em trabalhar pela nossa terra.

É melhor que cuidem dos interesses do povo que está sem ser beneficiado devido a falta de trabalho e tecnologia.

Notamos que os políticos cratenses sobrevivem por meio de propinas provenientes dos intolerantes políticos que vêm de fora.

Estamos aqui para gritar, com voz ululante: Já chega de tanta maldade, já basta de sermos enganados, por favor, se não quiserem dar nada ao Crato, dêem o fora daqui, deixem o Crato para os cratenses, porque sabemos desatar os nós que nos impedem de continuar com o crescimento social e democrata.

Agora, o que nos resta fazer, a não ser pedir a Deus que nos dê força e coragem para expulsar da cidade esses carcarás malignos que só nos vêm prejudicar, retirando da cidade o nosso patrimônio.

19 de Setembro - Dia do Teatro !

Volta - Por Aloísio

Volta
(Lupicínio Rodrigues)

Quantas noites não durmo
A rolar-me na cama
A sentir tantas coisas
Que a gente não pode explicar
Quando ama
O calor das cobertas
Não me aquece direito
Não há nada no mundo
Que possa afastar
Esse frio do meu peito
Volta!
Vem viver outra vez ao meu lado
Não consigo dormir sossegado
Pois meu corpo está acostumado

Volta

Grave o caminho de ida
Não se esquecendo da margem
Para quem sabe na volta
Não se perder a coragem

Me falaram da saudade
Parece que anda solta
Mas tentarei amarrá-la
Na hora da sua volta

A "volta" de Lupicínio
Não posso deixar de lado
Foi a primeira que veio
Quando peguei no teclado

Minha amiga Socorro
Precisa me ajudar
para postar esse vídeo
E minha "volta" ilustrar

- . -

Minha amiga, meu amigo
Eu tendo tempo pra pensar
Podem contar comigo
Quando o assunto é improviso

Por Lupeu Lacerda



Teus olhos que sigo
Acompanham o giro
Da roda gigante
Você mastiga seus cadarços
E desvenda o velcro
O menino passa com sua bola
O traficante passa dando uma bola
O tempo fica
Teus olhos explodem
O parque fica bem mais bonito

Um centauro canceroso
Acende seu marlboro
E conta pra ninguém
A história real das lendas


por lupeu lacerda

Rocambole de Batata




Ingredientes
Rocambole

- 500 gramas de batatas cozidas quentes
- 1/2 lata de creme de leite
- 3 ovos
- 4 colheres (sopa) de farinha de trigo
- Sal e noz moscada a gosto
- 50 gramas de queijo parmesão ralado
- 1 colher (chá) de fermento em pó

Recheio

- 500 gramas de carne moída (patinho)
- 3 cebolas médias raladas
- 1 colher (sopa) de suco de limão
- 1 colher (chá) de pimenta síria
- 1 colher (chá) de sal.

Modo de preparo
Coloque todos os ingredientes para a massa no liquidificador ou batedeira e bata até formar um creme. Coloque uma assadeira forrada com papel, untada com óleo, polvilhada com farinha e leve para assar em forno médio (180 graus) por cerca de 20 minutos. Desenforme sobre um pano úmido. Recheie e enrole. Salpique queijo ralado e volte ao forno quente por cerca de dez minutos para gratinar.

Recheio

Em uma tigela, junte todos os ingredientes, misture.
Coloque em um escorredor ou peneira para escorrer bem.

Dica:

Se preferir pode substituir o recheio de carne por outras opções de sua preferência, inclusive por soja..

Sugestão:

Recheio de Camarão

Faça um molho de tomate bem temperado e junte 250 gramas de camarão limpo, temperado e escorrido. Deixe cozinhar por cinco minutos e junte 1/2 colher (sopa) de farinha de trigo dissolvida em 1/2 copo de água. Abaixe o fogo e cozinhe até engrossar. Se quiser, acrescente palmito.

Recheio de Frango

Cozinhe dois peitos grandes de frango em água temperada. Desfie a carne e faça um refogado com cebola, alho, tomates maduros, pimenta do reino, cheiro verde e use um pouco da própria água em que o frango foi cozido. Engrosse com maizena, dissolvida no leite ou no caldo de frango e adicione azeitonas.

Fonte da receita: Folha de Londrina

"O dia amanheceu em paz" - por Socorro Moreira



comecei no escuro
e vi chegar a primeira luz
a calçada vazia
meu coração sereno
nas esperas indefinidas

Foi-se o tempo...
eu te esperava sem dormir
eu contava as badaladas
do sino da Matriz
eu ouvia o rádio na madrugada
e te mandava recados telepáticos...
"Volta" pra casa, menino !

Como "Pretexto",
aguardo um verso de improviso
Quem sabe, do Aloísio ...
ou de quem pegar
o rumo da rima.

Do outro lado - por Eduardo Lara Resende



(Imagem: Jeff Rinehart)



Daqui eu a vejo do outro lado da rua. Vestida com simplicidade, talvez volte da igreja. Ou quem sabe esteja a caminho da padaria. Junto ao meio-fio, observa atentamente os policiais que metem no camburão dois acusados de pedofilia e golpes com cartões, via internet. Em outro carro vão computadores, com arquivos que comprovam a atividade dos detidos.

Olhando-a, percebo o invejável privilégio da paz interior que não se deixa arrastar por armadilhas da tecnologia, como computadores, celulares, cartões de crédito e financiamentos a perder de vista para a compra de quinquilharias. Ao olhar que acompanha um grupo de jovens barulhentas saindo da escola, se junta o sorriso meio saudade, meio misericórdia. E modulando tudo, um coração que, sem desdenhar o caminho de quem quer que seja, trata de percorrer o seu próprio, em viagem de fé silenciosa e operante.

Pobres transeuntes, que corremos aflitos na ilusão ingênua de alcançar o infinito da felicidade, confiantes no fragilíssimo amor humano! Amor que se alimenta de cativos, na ânsia de desfrutar uma sombra de liberdade. Pressinto que aquele coração já sabia disso desde as duras lições da humildade – então véspera de se tornar doce e sábia companheira.

Que esperanças poderiam ainda apressar os passos da dona dos olhos que agora seguem o carro de polícia, até que desapareça na primeira curva? Que urgências, alegrias, ruídos, expectativas ou novidades seriam capazes de perturbar quem deixa entrever compaixão imensa pelos deserdados, perdidos, presunçosos, soberbos caminhantes?

Do silêncio vem a suspeita de que aquele coração não se enganará com tolas e infantis paixões, que nos escravizam e nos levam a desperdiçar precioso tempo a cada dia. E isto porque conhece e ama o destino para o qual caminha, já a passos largos.

Vejo o ônibus que se aproxima e faço sinal ao motorista. Mas quando me volto, levando no olhar pesarosa despedida, ela já havia desaparecido.

 por Eduardo Lara Resende

Clara Paixão - Pérola da MPB



Nana Caymmi


Dança no vento da noite
Esse novo amanhã
Brota no seio da lua
Essa sede de amor
Cai pro amigo do peito
A mesma pergunta
Quantas portas tem teu coração
Quantas portas tem teu coração

Segue no colo do tempo
Uma clara paixão
Que me adormece, me envolve
Em lençóis de ilusão
Trilhas no vago infinito
Escondem a luz
Vida então me diz
Em que parte do amor me perdi
Vida então me diz
Em que parte do amor te perdi

Twiggy


Lesley Hornby, antigamente Twiggy Lawson, mas conhecida apenas como Twiggy (Twickenham, Middlesex, 19 de setembro de 1949) é uma modelo, atriz e cantora britânica nascida na Inglaterra e considerada a primeira top model do mundo.

Sua imagem quase andrógina, magérrima, pequena, com cabelos loiros muito curtos e imensos olhos realçados com camadas de rímel e cílios postiços, tornaram Twiggy o ícone dos anos 60.

Pertencente à uma família de classe média, foi descoberta pelo fotógrafo Justin de Villeneuve, nome artístico de Nigel John Davies, que resolveu investir nela, tanto profissional quanto afetivamente. O apelido que a alçou ao estrelato vem desse período; de tão magrinha (1,67m, 42 kg, 82-59-82), Lesley era chamada de "graveto" (twig, em inglês).

A partir do encontro com Justin, a carreira da modelo decolou e ela se tornou muito conhecida, tanto na Europa como nos Estados Unidos da América, justamente por se contrapor ao padrão de beleza feminina dos anos 50, de mulheres voluptuosas e sensuais como Marilyn Monroe.

Twiggy emprestou nome e rosto para bonecas, jogos, canetas, cílios postiços, cabides, meias e até máscaras. Em 1967, chegou à Nova Iorque com fama de estrela e frequentou eventos da alta sociedade.

Contudo, sua carreira nas passarelas e capas de revista foi bem curta. Ela deixou de ser modelo em 1969 para tentar as profissões de atriz e cantora.

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Zequinha de Abreu




19/09/1880 Santa Rita do Passa Quatro, São Paulo
22 /01/1935, São Paulo, SP


O compositor de Tico-tico no Fubá manifestou aos 6 anos a vocação para a música
"Um tico-tico só/ O tico-tico lá/ Está comendo todo, todo, meu fubá/ Olha, seu Nicolau/ Que o fubá se vai/ Pego no meu Pica-pau e um tiro sai." Qual é o brasileiro que não conhece a composição "Tico-Tico no Fubá", de Zequinha de Abreu?

A música foi um dos maiores sucessos da década de 1940 e fez parte da trilha sonora de cinco filmes americanos: "Alô Amigos", "A Filha do Comandante", "Escola de Sereias", "Kansas City Kity" e "Copacabana", quando o choro, com letra de Eurico Barreiros, foi cantado por Carmen Miranda.

José Gomes de Abreu, o Zequinha, era o primeiro dos oito filhos do boticário José Alacrino Ramiro de Abreu e Justina Gomes Leitão. A mãe queria que ele fosse padre e o pai, que se formasse médico. Mas aos seis anos, ele já mostrava vocação musical, tirando melodias da flauta. Durante o curso primário organizou uma banda na escola, da qual era o regente. Com 10 anos, tocava requinta, flauta e clarineta na banda e ensaiava suas primeiras composições.

Zequinha de Abreu estudou em Santa Rita e no Colégio São Luís de Itu. Em 1894 foi para o Seminário Episcopal de São Paulo, onde apreendeu harmonia. Aos 17 anos voltou para sua cidade e fundou sua orquestra para se apresentar em saraus, bailes, aniversários, casamentos, serestas e em cinemas, acompanhando os filmes mudos. Nessa época, fez suas primeiras composições, como "Flor da Estrada" e "Bafo de Onça".

Aos 18 anos já estava casado com Durvalina Pires Brasil, de14. O casal viveu alguns meses no Distrito de Santa Cruz da Estrela, atual Jacerandi, próximo a Santa Rita. Cuidavam de uma farmácia e de uma classe de ensino primário. De volta à sua cidade, Zequinha coordenou o trabalho da orquestra com os cargos de secretário da Câmara Municipal e de escrevente da Coletoria Estadual. A exemplo de seu pai, também teve oito filhos, todos batizados com nomes começados com a letra D: Durval, Dermeval, Dinorah, Doríval, Diva, Dirce...

No final da década de 1910 compôs de improviso a valsa "Branca", em homenagem a Branca Barreto, filha do chefe da estação ferroviária de sua cidade. Tornou-se um clássico do repertório brasileiro de então.

Em 1917, durante um baile, apresentou um choro e ficou surpreso com a reação entusiasmada dos pares de dança. Batizou a música de "Tico-Tico no Farelo", mas, como já existia um choro com o mesmo nome na época (composto por Américo Jacomino), resolveu pôr "Tico-Tico no Fubá". Apesar da boa acolhida, o choro só seria gravado quatorze anos depois, pela Orquestra Colbaz, dirigida pelo maestro Gaó. Interpretada por dezenas de artistas, tornou-se um dos maiores sucessos da música brasileira no século 20, inclusive no exterior.

Zequinha mudou-se para a capital paulista em setembro de 1920, logo após o falecimento do pai. Em São Paulo, seu ritmo de trabalho aumentou. Ele se apresentava no Bar Viaduto, na Confeitaria Seleta, em clubes, cabarés, "dancings" e festas. Seu piano, conjuntos e músicas eram muito requisitados. Incansável, ainda dava aulas de piano e aproveitava para vender as partituras de suas músicas nas casas que freqüentava.

Trabalhava também na Casa Beethoven, atraindo fregueses e curiosos que passavam na Rua Direita. Mostrava no piano os últimos lançamentos musicais. Foi lá que conheceu Vicente Vitale, com quem iniciaria uma grande amizade e uma ligação importante. Os irmãos Vitale iniciavam uma editora musical que iria lançar vários de seus sucessos. Além disso, ofereceram a Zequinha um contrato de exclusividade, com a obrigação de entregar uma música nova a cada mês, em troca de um ordenado fixo.

Suas músicas foram gravadas inclusive por Lúcio Alves, que cantou "Pé de Elefante", "Rosa Desfolhada" (ambas em parceria com Dino Castelo). "Aurora" (com Salvador Morais) e "Amor Imortal" (com Braguinha).

Zequinha não possuía ambição e sempre ajudava os amigos necessitados. Falava pouco, mas sorria bastante. Na boemia, fazia-se acompanhar dos filhos Durval e Dermeval, improvisando ao piano canções durante horas, com a cervejinha do lado. "Escrevia música tão depressa como qualquer pessoa que sabia escrever ligeiro" - dizia Hermes Vieira, seu amigo e letrista, que usava o pseudônimo de Naro Demóstenes.

Dois anos antes de morrer, fundou a banda Zequinha de Abreu. Dezessete anos após sua morte, os cineastas Fernando de Barros e Adolfo Celi e a Companhia Vera Cruz homenagearam o compositor com o filme "Tico-Tico no Fubá" (1952) com Anselmo Duarte e Tônia Carrero nos principais papéis.


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Mar5tha Rocha




Martha Rocha é a sétima filha do casal Álvaro Rocha e Hansa Rocha. Aos 18 anos, Martha participou do concurso Miss Bahia, venceu e logo após tornou-se Miss Brasil. Em julho de 1954, Martha chega aos Estados Unidos e pesquisas já a consideravam eleita a Miss Universo. Martha ficou em 2º lugar e diz a lenda que a perda do o título de Miss Universo para a americana Miriam Stevenson se deveu a duas polegadas a mais nos quadris. O segundo lugar deu a Miss a fama absoluta. Depois do concurso, Martha Rocha tornou-se referência nacional de beleza.

Paulo Freire



Paulo Reglus Neves Freire(Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador e filósofo brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial[1], tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.

César Camargo Mariano




Antônio César Camargo Mariano (São Paulo, 19 de setembro de 1943) é um pianista e arranjador brasileiro. Filho de um professor de música, começa a tocar piano por conta própria, e aos quatorze anos passa a ser apresentado como "menino prodígio" em espetáculos em que acompanha bandas de jazz. Em seguida fez amizade com Johnny Alf, que o incentivou a estudar harmonia, arranjo e composição. Logo começa a atuar como profissional na Orquestra de William Furneaux, e em 1962 forma o grupo "Três Américas", que toca em festas e bailes.

No ano seguinte vai para São Paulo e integra o "Quarteto Sabá", com quem grava o primeiro LP. Em seguida vem o "Sambalanço Trio", ao lado de Airto Moreira e Humberto Claiber, que grava um disco com Lennie Dale e ganha prêmios. No fim da década é contratado pela TV Record de São Paulo, onde trabalha como instrumentista e arranjador, e grava discos com seu novo grupo, "Som Três". Participou como jurado de festivais de música da Record.

Nos anos setenta tem início uma bem-sucedida parceria com Elis Regina e logo após casou-se com ela. César atua como diretor musical, produtor e arranjador da cantora, excursionando pelo Brasil e por vários países. Também participa de trabalhos com Chico Buarque, Maria Bethânia, Jorge Ben e outros. Na mesma época, entra no mercado de jingles e canções para cinema e propaganda.

Na década de oitenta César gravou dois discos considerados históricos: "Samambaia", com o guitarrista Hélio Delmiro, e "Voz e Suor", com a cantora Nana Caymmi. Foi o primeiro a utilizar teclado sintetizador nos seus arranjos musicais. Continua atuando como arranjador, produtor, compositor e pianista no Brasil até 1994, quando se muda para os Estados Unidos, onde começa a trabalhar com o compositor Sadao Watanabe, que o leva a turnês no Japão. Mesmo nos EUA, continua em contato permanente com os maiores nomes da MPB, dirigindo e produzindo discos e espetáculos.

É pai de Pedro Mariano e da também cantora Maria Rita.

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Azul

- ´Claude Bloc -

Conto as palavras
Azulando no céu feito estrelas
Azulando as linhas
Da noite
Em fios de algodão...

Conto as estrelas
Azulando a escuridão
Bordando em tua fronha
Os meus sonhos - marfim

Conto tudo
Ou não conto mais nada...
Pra que tanto azul
Se a lua se esconde
Em vão, na madrugada.?


Claude Bloc

Vida  Incerta
- Claude Bloc -
Minha incerteza
foi coberta
pelo sol
e pela lua...

Vida incerta
essa minha
e essa tua.

Claude Bloc