Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 21 de março de 2011

ATELIÊ ARTESSETRA

CRATENSES, VAMOS À LUTA

Pedro Esmeraldo

Estávamos isolados em nosso gabinete e começamos matutar sobre os problemas aflitivos do Crato.
Ultimamente, por capricho do destino permanecemos amargurados por causa das propostas desarticuladas, pois de vez em quando pretendem esvaziar a nossa cidade do Crato.
Será que vamos acomodar-nos a essa situação conflitante, às vezes povoada pela massa governamental, visto que notamos que esse pessoal, pertencente ao poder executivo do Estado, que tem o comportamento incompatível, visa somente prejudicar a cidade do Crato? Ou então, pensamos à toa, dizendo que tudo isto não possa ter divisão de um caso que os comparsas (inimigos) pretendem fazer tirar do Crato, com o aval do chefe do poder executivo? Pois bem, assim pensamos nós, pois temos em nossa mente, visto que esse digno pessoal vive alcovitado com o pessoal inimigo do Crato e vem sorrateiramente retirar daqui o seu patrimônio que foi adquirido ao longo dos anos, sem prejudicar nenhum município vizinho.
É isso mesmo, meus amigos, todos lutam, gritam, mas o que é do prestígio para reclamar? Por que os cratenses não se unem e vêm protestar em massa contra essas injustiças que há agora? Por que os cratenses se acomodam e se conformam e ainda, não reagem com as forças e movimentos continuados a fim de impedir através do direito de cidadania e, por isso, podemos afirmar e partir para a luta com o desejo de conseguirmos o nosso objetivo que é a reaquisição dos nossos bens patrimoniais, visto que os astutos da mão ligeira nos levaram?
Todo esse movimento hostil é motivado pela falta de consideração de algumas autoridades do Estado e que tem o interesse exclusivo beneficiar o município vizinho e o Crato que caia na bancarrota. Por certo o seu maior desejo é arruinar o nosso município que desde há muito anda discriminado.
Em que lugar se encontra a imprensa, o Lyons, Rotary, Diretores Lojistas, Sindicatos dos Trabalhadores, a diretoria da AFAC e finalmente toda a população cratense e os amigos e simpatizantes do Crato, solicitando que reajam diante desta situação enegrecida do Crato? Por que motivo os deputados paraquedistas que vieram açambarcar os votos dos cratenses, sumiram e não compareceram aqui a fim de comungar com o povo no dia de seu pesadelo no decorrer da tromba d’água que desabou em Crato no dia 28.01.2011? Por que senhores deputados, só lembram do Crato quando se aproximam as eleições, isto é, Crato só é lembrado quando os senhores precisam de votos?
Por que senhores, bloquearam a pequena parcela proveniente do Governo Federal destinada para amenizar o sofrimento do povo?
Ah senhores, chefes poderosos do Ceará, se os senhores querem bem ao Crato como dizem, entreguem todos os nossos bens e fiquem sabendo que o Crato também faz parte do Brasil, pois pagamos impostos, talvez mais que outro município,e é menos contemplado.Levamos ao seu conhecimento que também lutamos pelo direito de soberania, desejando enfrentar os desafios que aparecem de vez em quando.
Agora lançaremos uma pergunta: que mal o Crato lhe fez a não ser sufragar seu nome por mais de uma vez para o comando administrativo do Estado? E agora querem levar a desforra distribuindo chicotadas nos lombos de seus habitantes, tirando tudo daqui e nada fazem? Que tristeza meu Deus.

Obs.: Dedico esta crônica ao amigo Zé Nilton, como chamado para lutarmos juntos a favor do Crato.

Crato-CE, 21 de março de 2011.

Discurso breve - Emerson Monteiro

E se abandonar às palavras, assim como, irresponsavelmente, os porcos vocacionados se jogariam a fétidas lamas dos chiqueiros dos invernos extremos; e os burros a pedras esfumaçadas e quentes das bagaceiras, logo depois que largaram, ainda suados e trôpegos, cangalhas fedorentas nas quais nutriram a glória durante todo o dia inteiro, no caminho exaustivo do corte ao engenho, transportando as canas de moagem eterna. Uma disposição total e absoluta das puras evidências e circunstâncias. Um parto sem a dor inconveniente das razões, de jogar lá fora todos os fardos e entraves das limitações humanas que totalizaram as misérias da alma e encheram de rabugice o porão das pretensões do que comportaria o viveiro das fantasias.
Nesse passo constante de frases, vêm as primeiras respostas do vento, o aviso de retorno à simplicidade original perdida na civilização do universo aparente das diárias ilusões. Chamar a si o mérito dessa culpa que corrói as entranhas da multidão desenfreada, na busca da sobrevivência a qualquer preço. Uma fome geral de poder no complexo dos impérios mundiais, que só constrange quase a caravana inteira, troco do ouro encardido disputado da própria terra comum, sem dó nem piedade, na febre do desespero.
Chegar pedindo o que sabe ninguém tem a oferecer; chegar impondo caridade a quem nunca dela conheceu das mãos poderosas dos gigantes do Norte. Introduzir agulhas finas em veias secas ocidentais, espoliadas, numa salva de prata revestida com pedras dos melhores diamantes africanos sujos de sangue.
Bom, estas palavras refletem apenas inscrições nas paredes artificiais da fama. Uns trapos de notícias a percorrer imensamente os ares internacionais, no sabor das mudanças impostas aos governos das propagandas hostis. Isso de ouvir nos céus os telegramas das agências, à procura de sentido em vastas academias de homens ricos a dominar o Planeta envilecido, marca, com forte palidez, a ordem econômica constituída de pessoas a enganarem a si mesmas, quando os reis nus da história desfilam nos carros abertos pelas avenidas principais.
Querer o que, depois de guerras monumentais, se transmitiu em formato de lealdade, bondade, à hora do repasto das feras, na praça principal, aos olhos frios dos chefes de tribos e inertes personagens, comandados a custo das assembléias de um só. Já tivemos vários sonhos de união, quando o lobo pastará vizinho do cordeiro, nas luzes de amizade permanente. Quando cores simbolizarão valores e sentimentos bons de criaturas reunidas para celebrar fertilidade e o direito harmonioso das espécies, sem elites superiores.
O discurso autêntico dos corações enamorados em cerimônia de núpcias, que convida o rebanho ao cio das almas que alimentam a multiplicação dos pães sem privilégio, longes das caretas das barrigas vazias e dos braços crônicos do desânimo. A palavra das verdades eternas de justiça, amor e paz, espalhadas neste vasto laboratório das felicidades estabelecidas, na visão democrática das massas, território ideal de plantar a boa semente viva da certeza.

HOJE ! - Programa MÚSICA INESQUECÍVEL - Com Dihelson Mendonça - Segunda-Feira, das 14 às 15:00 - Rádio Educadora do Cariri


Todas as Segundas-Feiras, das 14:00 às 15:00. Não percam !



Os maiores Sucessos de Todos os tempos!

Hoje o programa Música Inesquecível faz uma homenagem aos chamados compositores e intérpretes populares, atendendo às inúmeras solicitações que nos chegam dos ouvintes, através de e-mails e telefonemas. Músicas de Paulo Sérgio, Antonio Marcos, Eduardo Araújo e intérpretes como Nélson Gonçalves, Moacir Franco, Altemar Dutra e muitos outros estão no programa que começa às 14:00 pela Rádio Educadora do Cariri. Portanto, fiquem ligados para mais uma edição do MÙSICA INESQUECÍVEL. Todas as segundas-feiras, das 14 às 15h trazendo os maiores sucessos de todos os tempos.

O programa pode ser escutado pela internet através do site da Rádio Educadora do Cariri e dos inúmeros sites que fazem parte da Rede Blogs do Cariri, como Blog do Crato, Cariricaturas, Cariri Agora, Cariricult, Cultura do Cariri, e da própria Rádio Chapada do Araripe Internet:


Apresentação: Dihelson Mendonça

Trabalhos Técnicos: Iderval Silva
Apoio: Rádio Educadora do Cariri

PROGRAMA CARIRI ENCANTADO – SONORIDADES

Conexões Musicais: Jefferson Gonçalves, Encruzilhada de Sons

O carioca Jefferson Gonçalves começou a carreira no início da década de 1990, seguindo por um caminho comum a muitos gaitistas: o blues. Fundou a banda Baseado em Blues e o trio acústico Blues Etc., gravou com artistas de diferentes gêneros e se consolidou como um dos mais completos nomes da gaita no País.

No entanto, o blues não foi fator limitante para Jefferson. O gaitista identificou traços muito semelhantes entre a música negra norte-americana e a do Nordeste brasileiro, baseada nos ritmos de forró, como o baião, o xaxado e o xote. E essa percepção alargou-lhe os horizontes.

Dedicou-se, então, a estudar os representantes mais significativos da arte nordestina. Descobriu o maracatu e o samba rural e, como consequência natural, incorporou esses elementos ao seu primeiro CD solo, "Gréia", lançado em 2004. A mistura foi bem recebida por críticos e público. "Gréia" põe no mesmo balaio a criatividade de Bob Dylan e de Luiz Gonzaga, o balanço de Jackson do Pandeiro e de Ray Charles. Tudo é música, afinal – e de extrema qualidade.

Em 2003, Jefferson Gonçalves ministrou o primeiro curso de gaita em Nova Olinda, cidade do Cariri cearense. Nessa iniciativa, realizada em parceria com a Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, Jefferson utilizou as bases conceituais de sua mesclagem musical. Deixou gravada, inclusive, como ferramenta de estudo, uma vídeo-aula produzida pelos próprios alunos da instituição. Os resultados foram extremamente positivos. De volta a Nova Olinda em 2005, pôde constatar avanços da garotada da Fundação Casa Grande, considerando inclusive as ricas possibilidades oferecidas pela gaita – um instrumento versátil, aplicável a diferentes ritmos, de inquestionável portabilidade e, sobretudo, de custo baixo. Não só isso: criou na cidade uma banda de apoio, com a qual tem se apresentado em shows na Região do Cariri.

Pela sua representatividade como um dos expoentes do blues tocado no Brasil, e pela sua relação com a região do Cariri, o programa Cariri Encantado presta sua homenagem e manifesta sua gratidão a este músico que une talento musical e exercício de cidadania, neste especial intitulado “Jefferson Gonçalves: Encruzilhada de Sons”.

Fonte: Site oficial de Jefferson Gonçalves (www.jeffersongoncalves.com)

Programação musical
1. Rolling Along (Jefferson Gonçalves, Kleber Dias e Richard Thomas Preusser Jr.)
2. All Along the Watchtower (Bob Dylan – Arranjo: Jefferson Gonçalves)
3. Don't Think Twice It's All Right (Bob Dylan – Arranjo: Jefferson Gonçalves)
4. Crossroads (Robert Johnson - Arranjo: Jefferson Gonçalves)
5. Don't Look Back (Jefferson Gonçalves, Kleber Dias, Fábio Mesquita e Richard Warner)
6. Baião pra Jú (Jefferson Gonçalves)
7. Just Your Fool (Walters Jacobs)
8. 500 Miles (Peter Madcat)
9. Nosso Groove (Jefferson Gonçalves, Kleber Dias, Fábio Mesquita, Sérgio Velasco, Técio Andrade e Marcos BZ)
10. Essa é pro Espedito (Jefferson Gonçalves)
11. Estação Werneck (Jefferson Gonçalves e Giovanni Papaléo)

Ficha Técnica
O programa Cariri Encantado Sonoridades é produzido pelas Officinas de Cultura e Artes & Produtos Derivados – OCA, e transmitido todas as quartas-feiras, das 14 às 15 horas pela Rádio Educadora do Cariri AM 1020 e pela Internet – www.radioeducadoradocariri.com.
Pesquisa, redação e apresentação: Carlos Rafael Dias.
Operação de áudio: Iderval Silva .

BRINCANDO COM A SAUDADE - Por Claude Bloc


Cacilda toda faceira
Passeava pela mesa
Me disse, dessa maneira:
"Sou mesmo uma princesa
E brindo a liberdade...
Não se vá de Rajalegre
Pois eu vou sentir saudade"


Neguim escutou a prosa
E balançou a coleira
"Sei que tu és corajosa
E que não falas besteira
Mas eu tenho pra dizer
Uma profunda verdade
Quem vem até Rajalegre
Sempre volta com saudade."

Os gansos se assanharam
E correram muito aflitos
"Por que foi que se espantaram
Tão com medo desse grito?
Eu belisco, se eu quiser
E berro mais que cabrito
Mas que vem a Rajalegre
Tem saudade, eu acredito"...

O galo fazendo pose
Olhou pra mim e falou:
"Eu já contei até doze
E hoje já sou doutor
Olha só o colorido
Qua a natureza aprontou...
Nessas penas que carrego,
Só a saudade ficou..."



Pitombeira segredou
Muita coisa para mim
Falou de gente querida
Da beleza do jardim
Das coisas da natureza
Do perfume do jasmim
Do Sanharol e de todos
Que me conheceram, enfim
E que eu vou sentir saudade
De quem se lembrar de mim...


Claude Bloc