Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Edilma, Parabéns!


Busquei respostas
num caderno antigo.
Procurei datas
dedilhei mil sonhos
que havia guardado
numa das gavetas
da escrivaninha do passado...
Senti na boca
o doce algodão
de uma saudade
que nunca esqueci.
Tanta lembrança
adormecida, solitária, silente...
Tanto sorriso deixado ao relento.

Depois de tanto procurar,
(re)encontrei você, Edilma,
na pauta da música
que um dia escrevemos
com sorrisos e lágrimas.
S(F)omos irmãs e amigas
numa infância alada
cheia de fantasias
plena em alegrias
e simplicidade.
Os rumos mudaram – nossos rumos -
mas os amigos sempre se (re)encontram.
Assim, caminhei ausente
de teus sorrisos
de nossas brincadeiras
e finalmente hoje
(re)encontrei nesse álbum em que compuseste
teus sonhos antigos
em fotos desbotadas,
no brilho sincero de teus olhos.

Sonhei como qualquer criança
que voltaríamos a esses antigos encontros
fraternos e sinceros.
Por isso hoje, estou te desenhando
nas folhas imaginárias
do meu pensamento...
num outro lugar, num outro cenário,
no qual nem eu nem você estejamos chorando.
Amanhã, quem sabe,
escolherei no álbum de minha vida
essa (tua) imagem com sorriso aberto
num lugar em que te sintas liberta:
entre desenhos, e fotos
junto às alegrias que colhes a cada dia.
Sei que o tempo passa e
mesmo assim vamos levando nossa vida,
desenhando o tempo em nossa saudade
mas querendo,
que esse caderno em que deixamos nossas marcas
seja mais do que um rascunho.
.
Foto-montagem e texto por Claude Bloc

Instrumental & Qual - O Som da Terra


O programa radiofônico de música instrumental das tardes de quarta, das 14 às 15 horas pela Rádio Educadora do Cariri AM 1.020 e Internet (cratinho.blogspot. com)

A música é como o amor que quer ser supremo. Ela busca a perfeição e depende, assim, da reciprocidade entre o som e o compositor, o arranjador e o músico, o músico e o intérprete, o intérprete e o ouvinte. E a supremacia da música é o que pretendemos estabelecer com este programa, o Instrumental & Qual – O Som da Terra: música que não penetre somente pelos ouvidos ou pelos outros cinco buracos da cabeça; mas música transcendental que atinja coração & mente e que preencha a alma e vire vida plena de plenitude, atitude e altitude espiritual.

Roteiro musical
1. Pegao (José Feliciano)
2. Moonlight in vermont (Kurt Suessdorf e John Blackburn), com Stan Getz
3. “A” 200 (Ian Paice, John Lord e Ritchie Blackmore), com Deep Purple
4. Chorinho pra ele (Hermeto Pascoal)
5. Mozambique (Sérgio Mendes, Michael Sembello, Natan Watts e Sebastião Neto), com Sérgio Mendes And The New Brasil' 77
6. Cantaloupe island (Herbie Hancock)
7. Quem viver chorará (Raimundo Fagner)
8. Mood for a day (Steve Howe) com Synphonic Music of Yes
9. Brejeiro (Ernesto Nazareth) com Beto Preah
10. Pout-porri de músicas de Luiz Gonzaga, com Banda de Música Municipal do Crato

Ficha Técnica
O programa Instrumental & Qual – O Som da Terra é uma produção das Officinas de Cultura e Artes & Produtos Derivados (OCA) e revista virtual Cariricult
Apoio do Centro Cultural Banco do Nordeste em parceria com a Rádio Educadora do Cariri AM 1.020
Redação e programação musical: Luiz Carlos Salatiel, Dihelson Mendonça e Carlos Rafael Dias
Apoio logístico: Guilherme Norões
Apresentação: Carlos Rafael Dias
Operador de Áudio: Iderval Silva
Operador de transmissão: Iran Barreto
Gerente do Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri: Lenin Falcão
Diretor-Gerente da Rádio Educadora do Cariri: Geraldo Correia Braga

Fique ligado!

ATÉ DEUS CHOROU



Basta a visão de uma cachoeira ou da terra a partir do espaço, para imaginarmos um criador para tanta beleza. Aquele único olho azul no pano de fundo preto do firmamento, nos arrebata, nos encanta. O palco dos seres vivos, lugar privilegiado, talvez único em todo o universo. Não aconselho- nem- compactuo,- aquem quer que seja, atribuir a Deus as desgraças emanadas do próprio homem que, a exemplo de todos os viventes, encontra-se em evolução e, portanto, sujeito a imperfeições. Somos ainda capazes de realizarmos gestos e atitudes bipolares: ora extraordinariamente belos e agremiantes, solidários, ora brutais e desagregantes. Na nossa caminhada rumo à leitura do plano divino, acertamos e também erramos.
Recentemente, minha alma tumultuada passou por mais duas experiências marcantes: a primeira diz respeito ao resgate do garoto Kiki Joachin do terremoto do Haiti. Saiu dos escombros após dias soterrado, com um semblante de pura vitória da vida sobre a morte. Não havia medo em seus olhos, apenas alegria, euforia, apesar dos sinais da sede e da fome em seu corpinho frágil. Os gritos e as lágrimas dos bombeiros traduziram e transcreveram a correta interpretação dessa leitura do que Deus espera de todos nós. Foi tudo o que uma criança representou para humanidade, naquele momento: a solidariedade que deveria nos acordar todos os dias, sem que tivéssemos que passar por algum tipo de sofrimento ou provocação, pesadelo do nosso dia a dia.
O segundo episódio revela o quanto estamos longe na nossa busca. Alcides, jovem negro e filho de uma catadora de lixo no Recife, (ela teria outra condição se tivéssemos vergonha na cara e não elegêssemos quem não presta para nos governar), tirou o 1º. Lugar na faculdade de biomedicina da Universidade Federal de Pernambuco, sem nunca haver visto um computador em sua escola pública. Amado por todos do campus da universidade, por ser símbolo de inclusão social e por seu largo sorriso e insuperável determinação. Era um resiliente. Mas foi abatido por assassinos, em sua casa pobre, comovendo todo o Brasil em pranto. Era ainda uma crisálida, deixando a humanidade órfã e envergonhada, sem saber das cores de suas asas em vôo por sobre os jardins da vida.
Quem sabe, um dia escreveremos que estas foram lembranças de um tempo pretérito, que já vai longe, e que a vida seja de fato tão bela como um sim, em meio a tantos nãos... Que não se configure só como um jogo de encontros aleatórios e improváveis, onde um fica com o maior pedaço, em detrimento do outro: como na fúrcula das aves (o osso da sorte), quando o disputamos. Que os vãos disfarces do homem, que tanto nos punge o coração, só ocorram em bailes de carnaval!
O homem é o único animal que chora. Talvez seja uma esperança. As minhas não costumo enxugar; deixo-as desabarem sobre o peito e depois que ganhem o chão. A vida nos foi dada para que a tornemos sempre mais bela e feliz para todos, pelo que precisamos urgentemente ser artífices e artistas deste projeto divino.

Crato, 11/02/2010
João Marni de Figueiredo(do ICC)

Néctar

Você tem a sua turma
eu a minha rua
deserta

iluminada por lamparinas
a óleo e azeite

ora passa um cão sarnento
ora cruza um gato preto.

Você tem a sua turma
eu o meu quarto
fechado

teto branco
nódoas da chuva

ora passa uma aranha
ora cruza um pernilongo.

Você tem a sua turma
eu a minha canoa
de bananeira

corredeiras abaixo
corredeiras abaixo

e conta a lenda
no fim da trilha
no fundo do poço

há um pote enterrado
cheio de moedas de ouro -

Sinceramente
prefiro as bolinhas de sabão

ora espocam na parede
ora me arrepiam o braço.

ORCHIDS - Cesar Augusto



















Pablo Milanés e Simone - Yolanda


Yolanda
( Pablo Milanés )

Esto no puede ser
no mas que una cancion
Quisiera fuera
una declaracion de amor
Romantica
sin reparar en formas tales
Que ponga freno
a lo que siento ahora a raudales
Te amo
Te amo
Eternamente te amo
Si me faltaras
no voy a morirme
Si he de morir
quiero que sea contigo
Mi soledad
se siente acompañada
Por eso a veces
se que necesito
Tu mano
Tu mano
Eternamente tu mano
Cuando te vi
sabia que era cierto
Este temor
de hallarme descubierto
Tu me desnudas
con siete razones
Me abres el pecho
siempre que me colmas
De amores
De amores
Eternamente de amores
Si alguna vez
me siento derrotado
Renuncio a ver
el sol cada mañana
Rezando el credo
que me has enseñado
Miro tu cara
y digo en la ventana
Yolanda
Yolanda
Eternamente Yolanda
Eternamente Yolanda
Eternamente Yolanda


Vídeo You Tube

Assista Simone e Pablo Milanés interpretando Yolanda (Pablo Milanés)
Local: Espanha - Apresentação para um programa na televisão espanhola - TVE1 Data: 1992 CAFÉ SIMONE




Nossa Top Model - Maria Alice !!!

QUEM ADIVINHA, QUAL DAS DUAS É A BONECA DE VERDADE ?
"lINDA, E SABE VIVER !"

Feliz Aniversário, Breno !


Beijos e abraços dos tios do Cariricaturas !

Pablo Milanés



Pablo Milanés (Bayamo, 24 de fevereiro de 1943) é um cantor e guitarrista cubano.


Pablo Milanes nasceu na cidade de Bayamo, a capital da Província de Granma, e estudou música no conservatório da cidade de Havana.

A sensação é um estilo de música que começou em Cuba, na década de 40 e representou uma nova forma de abordar a canção, em que o sentido definido na interpretação foi influenciada pelo fluxo de jazz e música romântica americana. O sentimento foi acompanhada por uma guitarra no estilo dos antigos troubadours, para estabelecer a comunicação ou "sentimento" com o público.

Como intérprete, Pablo Milanes posteriormente aderiu ao quarteto Los Bucaneros, que trabalhou nos primeiros trabalhos.

Em 1965 Pablo Milanes publica Meus 22 anos, considerado por muitos o elo de ligação entre sentimento e a Nueva Trova Cubana, incluindo novos elementos musicais e vocais que seriam precursores da música cubana que viria mais tarde.

Colaboração com o Bucaneros estendeu-se até 1966. Em 1967, começou a trabalhar na conscrição. Era a época da Guerra do Vietnã e Pablo Milanes posiciona-se por causas sociais.

Em 1968 ocorreu o primeiro concerto oferecido com Silvio Rodriguez na La Casa de las Américas. Este seria o primeiro sinal do que mais tarde, em 1972, emergeria como o movimento popular musical da Nueva Trova. No mesmo local conhecido como aos membros da elite da cultura e da música de outros países com os quais os americanos compartilharam preocupações sociais: Violeta Parra, Mercedes Sosa, Daniel Viglietti, Chico Buarque, Simone, Vinicius de Moraes, de Milton Nascimento, Victor Jara, e muitos outros, foi através da Casa de Las Américas.

Como compositor, Pablo Milanes tem desempenhado diferentes estilos, incluindo Cuba e filho a canção de protesto dos anos sessenta tarde. Ele pertencia ao grupo Experimentação Sonora e tem escrito canções para o filme. Através GESICAIC, Pablo Milanes e outros dirigentes cubanos músicos, incluindo Silvio Rodriguez, participar de um workshop criativo onde ele treinados jovens talentos cinematográfica cubana ensinar o melhor da música cubana, que mais tarde iria plamado em uma geração de cineastas fundían a perfeição música e do cinema. Esta fase de Pablo Milanes vão desde finais dos anos sessenta e meados de setenta, e está cheio de bons tópicos para o artista: Eu não lhe pedir, garçons Anos, Cuba vai, hoje, Yolanda, peço, Estradas, o cantor Pobres , Man você crescer, eu pisaré as ruas novamente, e assim por diante.

No início dos anos oitenta, Pablo Milanes formar seu próprio grupo, com a ajuda de vários amigos que estavam com ele na GESICAIC. Esta fase caracteriza-se por uma riqueza de recursos musicais utilizados e da variedade de gêneros intermingled, mas seu conteúdo permanece um forte background social.

Um álbum importante na vida de Pablo Milanes podia Caro Paulo, uma homenagem álbum gravado com alguns de seus grandes amigos, e em que as pessoas da estatura de Victor Manuel e Ana Belen, Luis Eduardo Aute e Mercedes Sosa, entre muitos outros. Este disco tinha uma sequela em 2001, levando o título de Paul Caro. Vinte anos mais tarde, um punhado de artistas são re-se reúnem para cantar o filho de Pablo Milanes. Nesta ocasião, além de amigos "clássico" Pablo foi uner artistas da nova música pop, como Fher, cantor Mana, Marco Antonio Muniz ou Armando Manzanero.

Em 2005 inclui uma parte da trilha sonora do filme sempre Havana liderada por Angel Pelaez.

Muitos artistas têm trabalhado com ele, incluindo Mana, Silvio Rodriguez, Joaquin Sabina, Ana Belen, Joan Manuel Serrat, Victor Manuel, Los Van Van, Lilia Vera, Caco Senante, Hark, Luís Represas.

Recentemente, Pablo Milanes ofereceu apoio e aderiram à longa lista de personalidades da América Latina que já manifestaram apoio à independência de Porto Rico através da sua adesão à Proclamação da Panamá aprovada por unanimidade no Congresso Latino-Americano e do Caribe para a Independência de Puerto Rico realizada no Panamá em Novembro passado.

Entre os autores que deram o seu apoio inequívoco ao direito de Porto Rico para exercer o seu direito à auto-determinação e cheio descolonização, são Pablo Armando Fernandez, Gabriel Garcia Marquez, Ernesto Sábato, Eduardo Galeano, Thiago de Mello, Mario Benedetti, Frei Betto Carlos Monsivais, Ana Lydia Vega, Mayra Montero e Luis Rafael Sanchez.

wikipédia

RETIRANTES DO NORDESTE - Por Edilma Rocha

Visão total do trabalho realizado
Detalhe restaurado II

Detalhe totalmente restaurado I








Detalhe com estragos visíveis






Este trabalho foi o mais demorado pelos enormes estragos e dimensão da obra. Titulo da tela: Retirantes do Nordeste; Autor: Sinhá Dámora. Pintura de escola tradicional acadêmica, côres claras; trabalho executado por pinceis com tinta de procedência nacional águia; mistura com óleo de linhaça e terebentina; figuras humanas com elementos em movimento, contendo dois animais; cena típica nordestina; grande dimensão com 195 de comprimento e 130 de altura.
O estado de conservação era considerado grave. Sujeira profunda de pó e fuligem asfáltica; moldura em péssimo estado; grande quantidade de craklé em toda extensão; trabalho exposto a sérias mudanças de temperaturas; visiveis estragos causados por água de goteiras do teto; totalmente comprometido o trabalho da pintura à óleo; pingos de tinta latex na côr branca; infestação microbiológica por fungos e môfo; tela sem fixação e proteção.
Foram realizados os seguintes procedimentos : Limpeza manual retirando o pó e fuligem com soluçaõ embebida em chumaço de algodão; tratamento quimico - C2 H3; (OH) 2; H2O deionizada; imunização contra insetos com esters e ácido crismênico, tetrametrina e D-Phenothin, tuluol e xilol; Reintelação total; remoção das impurezas e fungos com pequenos movimentos sem pressão; processo de gelatina contra o craklé; reposição da pigmentação por todo o quadro; reintegração cromática; enxertos em grandes áreas ausentes de pigmento; recuperação dos valores da pintura sem alteração no contexto da execução do trabalho; pintura do lado posterior da madeira; recuperação do chassi; película de proteção.
Um dos trabalhos de maior destaque no Museu de Arte do Crato Vicente Leite pela dimensão e a quantidade de figuras na representação dos retirantes nordestinos, motivos muito usados pela pintora Sinhá Dámora na identificação com a sua raça e sua gente. A obra precisa receber nova moldura para ser apresentada a população do Crato na futura reinauguração.
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Edilma Rocha

Pensamento para Amanhã24/02/10.Por Liduina Vilar.

"Escolho meus amigos não pela pele, mas pela pupila.Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito, nem os maus de hábitos fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.Quero que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só ombro ou cólo quero sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade infância e metade velhice.Crianças para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa..."( Oscar Wilde)
Eu postei este pensamento porque achei original, bem bolado e muito parecido com a minha pessoa. Liduina.

Nesta Sexta feira, 26 de Fevereiro, estarei apresentando no SESC - Crato, às 20 h, o espetáculo "GESTO, SOM & PALAVRA", programação mensal do projeto Armazém do Som e Performance Poética. Entrada franca. Estamos todos convidados!!! Será uma honra recebê-los todos para esta festa.
Venha e traga os amigos!!!

o elixir dos pesares

Minha alma é uma vasta estepe
queimada pela lua
verdejante sob orvalho

dentro de um aquário
sem água
sem peixinhos coloridos.

Se não cuido bem
de mim mesmo

como proteger um passarinho
cujo céu é o seu infinito?

Devo tão somente
abraçar o primeiro caracol

ir deitado sobre sua corcunda
a passos lentos

ofegante
quase morrendo.

É possível amar os inimigos? Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

No Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus, (5, 43-48) Jesus disse: “Vocês ouviram o que foi dito: Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo! Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos, e rezem por aqueles que perseguem vocês! Assim vocês se tornarão filhos do Pai que está no céu, porque ele faz o sol nascer sobre os maus e bons, e a chuva cair sobre os justos e injustos. Pois, se vocês amam somente aqueles que os amam, que recompensa vocês terão? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? E se vocês cumprimentam somente seus irmãos, o que é que vocês fazem de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, sejam perfeitos como é perfeito o pai de vocês que está no céu”.

É muito difícil colocarmos em prática essas palavras de Jesus “amai os vossos inimigos.” É fácil amar quem nos ama e nos faz o bem. Existe até quem ache impossível amar as pessoas que tentam nos prejudicar.

Nos dias de hoje, os mandamentos de Jesus são um desafio para todos nós. O Evangelho nos traz a esperança de um relacionamento humano bem diferente daquele que está impregnado na sociedade, isto é: odiar os inimigos e amar apenas os amigos. Amar o inimigo é se relacionar com ele, que é também amado por Deus. Porém na nossa imperfeição isso se apresenta como um problema quase insolúvel. Como poderemos solucionar esse problema? Através do amor as diferenças no relacionamento serão superadas. Nesse trecho do Evangelho, Jesus nos convida a uma mudança de comportamento que nos tornem testemunhas da justiça de Deus.

Amar os inimigos nos mostra que o amor é a capacidade de conviver com os conflitos de relacionamento. Como Deus é perfeito, ama a todos nós, até nossos inimigos. Deveríamos fazer isso, mas não somos perfeitos como o Pai. Entretanto, somos chamados por Ele para ser santo. É difícil para nós pecadores alcançarmos a santidade. Mas se não podemos ser perfeito como Deus, devemos melhorar e crescer como ser humano. Quem sabe não chegaremos a conclusão que os nossos inimigos estão entre os nossos maiores amigos? Será que essas pessoas pensam como nós? Dizem o que gostaríamos de dizer e que não temos coragem?

Quando não simpatizamos uma pessoa é porque enxergamos nela defeitos que são nossos. Se Deus ampara a todos nós com o seu amor, vejamos isso como um sinal de que temos que resolver entre nós as diferenças através do diálogo. Essa talvez seja a melhor maneira de aprendermos que o amor é a melhor forma de justiça. E o mundo teria muito mais justiça e paz se o amor estivesse no coração de todos.

Como amar o nosso inimigo? Não cultivando o ódio, rancor e nem desejos de vingança. Perdoando e pagando o mal com o bem. Também se alegrando com as coisas boas que aconteçam na vida daquele que consideramos inimigo. E se na nossa vida se apresentar uma situação em que essa pessoa precise de ajuda, devemos auxiliá-la no que for preciso. E, além disso, se surgir uma oportunidade de reconciliação, não colocar nenhum obstáculo para que isso ocorra. Se agirmos assim estaremos seguindo o mandamento de Jesus: “amar os inimigos.”

Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

Fortaleza,cidade linda do Nordeste ! - por Heládio Teles Duarte

Night
Orla Marítima

Praia do Futuro

Fotos de Heládio

Da chegada do amor- Elisa Lucinda

Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.

Sempre quis uma amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.

Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.

Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.

Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.

Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.

Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.

Sempre quis uma amor
que não se chateasse
diante das diferenças.

Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.

Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.

Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.

Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.

Sem senãos.

Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.

Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.

Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.

Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.

Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.

Ah, eu sempre quis uma amor que amasse.


Poesia extraída do livro "Euteamo e suas estréias", Editora Record - Rio de Janeiro, 1999,

Leon Tolstoi



Leon Tolstoi
(Escritor russo)
9/9/1828, Yasnaia Poliana, Rússia
20/11/1910, Astapovo, Rússia



"Dormia no terraço, ao ar livre, e os raios oblíquos do sol matinal me despertavam. Vestia-me às pressas, punha debaixo do braço uma toalha, um romance francês, e ia-me banhar no riacho, à sombra de um bétula que ficava a meia versta de casa. Depois, estirava-me e lia, parando às vezes para contemplar o lilás sombrio da superfície do riacho que começava a se agitar ao sopro da brisa da manhã, ou o campo dourado de centeio que ficava na margem oposta."

Essa deliciosa descrição da juventude do escritor Leon Tolstoi está registrada nas suas "Memórias".

Nascido numa família nobre, Leon Tolstoi ficou órfão aos nove anos e foi educado por preceptores.

Em 1843, iniciou o curso de letras e direito na Universidade de Kazan. Depois de formado, passou um período em Moscou e logo se alistou na guarnição do Cáucaso, seguindo seu irmão Nicolenka, oficial do exército russo.

No Cáucaso, escreveu o livro "Infância" e a primeira parte de "Memórias". "Infância" foi publicado em 1852 e alcançou grande êxito.
Depois de nomeado suboficial, em 1854, Tolstoi voltou brevemente a sua terra natal, mas retornou à vida militar, participando da Guerra da Criméia.

Em 1856, abandonada a carreira militar, Leon Tolstoi passou a viver em sociedade, ampliando suas relações pessoais. Viajou à Europa, visitando diversos países. Ao regressar, isolou-se em sua propriedade rural, determinado a dedicar-se à literatura. Casou-se nesse período com Sofia Bers, com quem teve nove filhos.

Em 1865, iniciou a elaboração de "Guerra e Paz", uma das maiores obras literárias de todos os tempos. Trata-se de um extenso romance que aborda as guerras napoleônicas e traça um quadro da sociedade russa do início do século 19.

Em fins da década de 1870, Leon Tolstoi escreveu o romance psicológico "Ana Karenina", que também obteve grande repercussão.
Aos poucos suas inclinações voltaram-se para a religião. Leon Tolstoi tornou-se pouco a pouco um cristão evangélico, uma espécie de apóstolo, pregando para os seus. Ao renegar a religião ortodoxa, acabou excomungado pela Igreja.

Suas posições políticas também se radicalizaram, tendendo ao anarquismo. Tolstoi criou uma escola alternativa, para a qual chegou a redigir os livros didáticos.

Suas convicções cada vez mais exaltadas atraíam a atenção de místicos do mundo inteiro. Ao mesmo tempo, ampliava-se sua fama de grande romancista.

Distanciando-se cada vez mais de sua família, Tolstoi decidiu entrar para um mosteiro. Planejou a fuga e, no dia 31 de outubro de 1910, finalmente embarcou num trem, acompanhado apenas da filha Alexandra e de um criado. Com a saúde abalada, foi obrigado a descer na cidadezinha de Astapovo, sendo acolhido pelo próprio agente da estação.

O fato tornou-se público e telegramas e visitas começaram a chegar de toda a Rússia e de outras partes da Europa. Leon Tolstoi resistiu apenas alguns dias, falecendo pouco depois.


Net Saber

Leon Tolstoi - Pensamentos




Aquele que conheceu apenas a sua mulher, e a amou, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil.

Os homens distinguem-se entre si também neste caso: alguns primeiro pensam, depois falam e, em seguida, agem; outros, ao contrário, primeiro falam, depois agem e, por fim, pensam.

A arte é um dos meios que une os homens.

Aquilo que foi e que será, e até mesmo aquilo que é, não somos capazes de saber, mas quanto àquilo que devemos fazer, não apenas somos capazes de saber, como também o sabemos sempre, e somente isso nos é necessário.

Não é possível ser bom pela metade.

A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família.

A condição essencial para a felicidade é ser humano e dedicado ao trabalho.

Mas a verdade é que não só nos países autocráticos como naqueles supostamente livres - como a Inglaterra, a América, a França e outros - as leis não foram feitas para atender à vontade da maioria, mas sim à vontade daqueles que detêm o poder.

Os que se chamam grandes homens são etiquetas que dão o seu nome aos acontecimentos históricos; e assim como as etiquetas, não têm relação com esses acontecimentos.

A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova.

O homem não tem poder sobre nada enquanto tem medo da morte. E quem não tem medo da morte possui tudo.

Falar mal dos outros agrada tanto ás pessoas que é muito difícil deixar de condenar um homem para comprazer os nossos interlocutores.

O Signo de Peixes



Em 2010 os nativos do Signo Peixes têm influência da Carta de Tarot o Imperador, que significa Concretização. Isto quer dizer que estão preparados para agir corretamente perante as situações e é essa a sua função e o seu dever. Embora Peixes seja caracterizado pelo sonho e pelo idealismo, quem nasceu sob este signo andará este ano "com os pés mais assentes na terra", e isso se manifestará em progressos importantes na sua vida a todos os níveis. As mudanças não estão aconselhadas, pois a evolução ao longo deste ano irá no sentido de preservar a estabilidade que já alcançou.
Num relacionamento amoroso poderá sentir-se mais seguro em relação aos sentimentos do seu par e às suas próprias emoções, o que permitirá uma maior facilidade de expressão daquilo que sente.
Na vida profissional poderá alcançar resultados notáveis, que não passarão despercebidos aos olhos dos seus superiores.
No que diz respeito à saúde deve melhorar a sua postura para evitar dores nas costas e problemas de coluna.
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Maria Helena Martins

Sobre o signo

Peixes


19 de Fevereiro a 20 de Março

Peixes é tradicionalmente regido pelo planeta Júpiter, entretanto o Neptuno também foi nomeado regente desde a sua descoberta em 1846. Fisicamente é relacionado aos pés e o sistema linfático.

Dizem que tem uma natureza feminina, pois é mais reactivo na forma como a sua energia é expressada. Por ser um signo de Água preocupa-se com as emoções, particularmente com esses sentimentos universais que são associados com o sofrimento na Terra. Por ser um signo Mutável, o Peixes dissemina energia esporadicamente e sem direcção específica. Peixes vai onde os sopros de vento o levam.

Os Planetas que se localizam em Peixes, expressam-se sensivelmente e de uma forma bastante difusa. O signo encarna impulsos intangíveis, e planetas aqui são muito receptivos aos sinais a um nível etéreo. Há uma tendência forte para sonhar e fantasiar, e uma inclinação para sentir uma sensação de martírio.

A sensibilidade emocional que o Peixes expande é canalizada freqüentemente em saídas criativas, particularmente com relação a música e filmes, mas também em relação à Natureza, e às pessoas que precisam de cuidados sociais. Peixes é o signo dos sonhos, decepções e enriquecimento espiritual.
.
Lacana

Djavan- Seduzir



Seduzir
Djavan
Composição: Djavan
.
Cantar, é mover o dom
do fundo de uma paixão
Seduzir, as pedras, catedrais, coração
Amar, é perder o tom
nas comas da ilusão
Revelar, todo o sentido
Vou andar, vou voar, pra ver o mundo
Nem que eu bebesse o mar
Encheria o que eu tenho de fundo

Dia da Sedução - 23 de fevereiro

Amor, Mulher, Homem e Jogos de Sedução

Algumas feministas consideram lamentáveis os jogos de atracção e sedução promovidos pelos mulheres. Algo que Germain Greer denunciou como sendo próprio da «mulher eunuco»:

Podem ver agora a Fêmea Eunuco por todo o mundo… por todo o lado onde exista jeans azuis e coca-cola. Onde quer que vejam verniz nas unhas, baton para os lábios, braceletes e colares, a Eunuco está presente.
Germain Greer, feminista australiana, The Female Eunuch

Algo que é muito antigo, se levarmos em conta as palavras de Epicteto, um dos grandes filósofos romanos do passado: «Depois dos catorze anos, as mulheres não almejam mais do que a tornarem-se parceiras de cama do homem, e começam a alindar-se e a pôr nisso todas as suas esperanças».

A própria biologia e a psicologia evolucionista parecem confirmar os comportamentos femininos, acima descritos. Há instintos e reflexos primários que levam as mulheres a praticarem jogos de sedução, e a sentirem-se atraídas pelos homens poderosos, ricos (ou bonitos). Faz parte do património genético feminino.

É no entanto possível ler de uma forma menos pesada e acusativa os jogos de sedução femininos. O amor romântico é largamente um jogo assumido, ou é-o em certas ocasiões:

Infeliz de mim! Que olhos o amor pôs na minha cabeça, tão opostos à verdadeira realidade?

Tu, cego louco, que fizeste tu, Amor, aos meus olhos?
William Shakespeare, 1564-1616, poeta e dramaturgo inglês, Sonho de Uma noite de Verão

E o mesmo acontece com o amor libertino, ou mesmo com certas amores fetichistas e sádicos. A questão não se restringe nestes casos a comportamentos femininos, nem resultam da incultura e da falta de informação. Em certa perspectiva eles são apenas parte de um jogo mais amplo, próprio do amor e de certas relações sociais.
Ensaios sobre o amor

Significado das cartas no amor-


Tem dias que um tarólogo se sente meio cupido. Não que traga a pessoa amada ou arranje uma na mesma hora ao seu consulente, mas geralmente por tratar de suas questões amorosas, que não se resolvem da noite para o dia. Os atributos das cartas, no entanto, seguem uma tradição simbólica, um padrão de significados que se enquadra a cada área da vida. Identificá-los é o primeiro passo para se conscientizar de suas atitudes e melhorá-las em respeito à pessoa amada e a si mesmo. Veremos, em seguida, como os sete primeiros arcanos maiores se comportam quando o assunto é amor. O segundo passo, portanto, é reconhecer aquele mais próximo de suas atitudes afetivas e responder às questões com a maior sinceridade possível.


O MAGO – a pessoa busca sempre o melhor, o que explica o fato de estar sempre investindo em fórmulas mágicas de sedução consideradas infalíveis para um relacionamento dar certo. Por mais que tente se sentir vitoriosa, bolando planos e até mesmo mentindo para conseguir o que deseja, sua criatividade contribui para momentos de alegria e prazer a dois. Porém, costuma desacreditar no amor quando não tem alguma de suas expectativas plenamente atendida. Quando consegue o que quer, parte para outra. Qual é o relacionamento ideal para mim? O que eu quero encontrar em outra pessoa?
A SACERDOTISA – de natureza silenciosa e reservada, simboliza uma pessoa que não está acostumada a demonstrar seus sentimentos. Indica passividade sentimental – “os outros fazem e eu observo, sinto e interpreto do meu jeito e pra mim mesmo”. Devido a carências de estímulo e auto-estima para viver o amor, prefere se manter fechada e não confiar totalmente nos outros para não sofrer mais tarde. É uma pessoa que se apenas se entrega se tiver total segurança interior para isso. Como posso me livrar da timidez e construir um relacionamento sadio?
A IMPERATRIZ – este arcano simboliza o pleno domínio e conhecimento de suas emoções. É aquela pessoa que não enxerga os impasses afetivos como obstáculos, mas sim como oportunidades de crescimento com o parceiro. Concede segurança emocional à pessoa amada, que geralmente retribui com honestidade e paixão declarada. Jamais deixa o desejo de lado e não tem papas na língua: sua vontade impera. Quais as minhas principais qualidades amorosas? Como torná-las mais nítidas aos outros?


O IMPERADOR – quando a pessoa se coloca acima dos sentimentos e de seu papel na relação amorosa, suas atitudes podem ser interpretadas como altruístas, secas e egocêntricas demais. É o que ocorre com este arcano: prático, responsável e objetivo, mas também controlador e até mesmo insensível. Indica uniões duradouras carregadas de vaidade, status e racionalização do plano afetivo, muitas vezes deixado em segundo plano num casamento “perfeito”. O que devo aprender com a pessoa que amo? O que devo melhorar no meu relacionamento?
O PAPA – segundo a própria figura, simboliza a tradição, a moral e a família como elementos importantes ao afeto. Existe respeito, diálogo, amizade e honra com o parceiro. Uma característica fundamental deste padrão é a fidelidade, já que o amor é para toda a vida. No meio social, passa uma imagem de cumplicidade com a pessoa amada, mesmo que saiba manter sua individualidade intacta e sempre forte. É o padrão de comportamento daqueles que se dedicam verdadeiramente a alguém. O que eu aprendo com a pessoa que amo?
O ENAMORADO - tradicionalmente ligada ao romantismo e ao amor idealizado dos contos de fada e mitos antigos, este arcano simboliza as escolhas que se deve fazer diante das dúvidas e dos desejos. Significa a indecisão, os temores sobre a pessoa amada, a hesitação em se prender ao outro; mas indica também o desejo de se relacionar de forma sincera e sem questionamentos sobre o que é certo e quando é certo. São boas as perspectivas – ainda que deva haver concentração no momento de optar pelo amor. Quais são minhas opções para o amor? O que devo levar em conta antes de tomar minhas decisões no amor?
O CARRO – todo o entusiasmo, a expectativa e o desejo para com a pessoa amada são atributos desta carta de natureza precoce: vai tão rápido no ponto almejado que costuma confundir a atração física do momento com amor verdadeiro. Mas toda essa ansiedade por chegar num lugar só seu, quando transformada em determinação, pode gerar a autêntica afetividade numa relação despojada, sincera e satisfatória em todos os níveis. Enquanto ela durar, é claro. Qual a importância da pessoa que eu amo em minha vida? O que devo fazer para essa união durar por muito tempo?

Você se identificou com alguns padrões das cartas acima? Lembre-se que questionando-os você pode trabalhar esses aspectos que talvez incomodam a você ou a quem você gosta. Pense nisso como um exercício de consciência e evolução ao bem-estar a dois. A cada dia que passa, respeite a pessoa ao seu lado e confie nos seus desejos. Afinal, uma boa relação não se constrói com incertezas e inseguranças emocionais, mas com verdadeira dedicação e reconhecimento de seus próprios exageros. Confie no amor. Mas seja verdadeiro com ele; senão, como ele poderá ser verdadeiro pra você?

Personare

Projeto água pra que te quero !- Poesia da Luz







Fotos: Nívia Uchôa

SagaraNagens Fulinaímicas - Artur Gomes

Guima
meu mestre Guima
em mil perdões eu te peço
por esta obra encarnada
na carne cabra da peste
da Hygia Ferrreira bem casta
aqui nas bandas do leste
a fome de carne é madrasta

ave palavra profana
cabala que vos fazia
veredas em mais Sagaranas
a morte em vidas severinas
tal qual antropofagia
teu Grande Sertão vou cumer

nem João Cabral severino
nem Virgulino de matraca
nem meu padrinho de pia
me ensinou usar faca
ou da palavra o fazer

a ferramenta que afino
roubei do mestre Drummundo
que o diabo giramundo
é o Narciso do meu Ser

Artur Gomes
http://juras-secretas.blogspot.com
Ele
- Claude Bloc -


Eis que retorno ao ponto de partida pois que vivemos em direções opostas. Não por acomodação, mas por precisar especificamente desse retorno posterior. Mesmo pensando que a história poderia ter sido outra qualquer.
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Não sei como explicar o tanto que ele sabe de mim, ainda que o silêncio nos ronde e nos falemos tão pouco. Vemo-nos, entre distâncias e (in)quietudes. Ele é o cessar dessa ardência sufocada e o caleidoscópio dos sonhos vencidos. O fim dos engodos, das cobranças, das (in)conveniências. E se ele é o fim (?), é por ele que me (re)faço e (re)inicio minha jornada.
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E ainda assim, eu me ausento e ele me faz voltar. Ele que poderia ter-me esquecido, mas não fechou a porta, porque não dá pra explicar o que nos acontece nos dias em que as flores se adornam e se entregam e o sonho se faz farto, mesmo que doído.
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Eu poderia dizer que o vejo quando a lua crescente dança e se descortina no meu purgatório. Poderia afirmar igualmente que entendo as ambições de sua alma. As suas querências. Mas me calo a cada anoitecer, vencida pela saudade.
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Ele já poderia saber que gosto de me deitar numa rede quando o sono me procura. Ou poderia imaginar os malabarismos que faço para segurar as coisas entre os lábios cerrados quando me faltam as mãos. Pois ele sabe que possui o que é meu também e chora pelo que choro.
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Ele sabe de mim. Sabe quem eu sou, num reflexo sem distorções. Está nele minha polaridade feminina, pois ele é a terra que acolhe meus pousos e eu sou o fogo que dissipa sua solidão. Somos solitários e solidários. E certamente quando nos negamos, não é rejeição: é proteção.
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Por isso guardo os beijos que não dei. Beijos sem reservas. Olhos nos olhos, como deve ser. Sem condenação, sem disfarce. Vastos dentro de mim.
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Por isso, não dá pra explicar essa (in)constância entre nós e muito menos essa (in)conveniência de pedir sempre mais da vida por acharmos que ela nos deve tudo e, no entanto, o que temos abrevia-se em nós mesmos.
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Assim sendo, eu poderia escrever linhas e mais linhas sobre ele, todas cheias de parênteses. Trechos e mais trechos, todos sem reticências. Porque escrever sobre ele é discursar sobre mim mesma, e eu (nos) resguardo no silêncio. Por tudo isso ele está em mim: ele, meu passado.
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Texto e foto por Claude Bloc