Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

sábado, 27 de março de 2010

"Le Cirque du Soleil" - no Dia do Circo

Vai, Verá.
Vai, vai criança vai verá, vai

Vai, vai pequeno vai verá, vai
Verá
Que onde a fortuna desaparece
Não se pode ir tão longe com o coração
Mas com o pé na lua
Oh, minha criança, verá

Vai, verá que um sorriso
Às vezes esconde uma grande dor
Vai, verá a loucura da humanidade

Loucura
Da humanidade sem honestidade, vai

Loucura
Do guerreiro destemido, vai

Loucura
Da criança cheia de vida
Que ao brincar no paraíso
Foi morta por um soldado
Meu pequeno, verá

Vai, verá que um sorriso
Às vezes esconde uma grande dor
Vai, verá a loucura da humanidade

Loucura

Vai, verá que um sorriso
Às vezes esconde uma grande dor
Vai, verá a loucura da humanidade

Loucura

Vai, verá que um sorriso
Às vezes esconde uma grande dor
Vai, verá a loucura da humanidade

Vai, vai criança vai verá, vai

Vai, vai pequeno vai verá, vai
Verá

Que onde a fortuna desaparece
Não se pode ir tão longe com o coração
Mas com o pé na lua
Oh, minha criança, verá

Vai, verá que um sorriso
Às vezes esconde uma grande dor
Vai, verá a loucura da humanidade

Canção "Vai, Vedrai"( Vai, Verá ) do espetáculo "Alegria"

"O Teatro do Absurdo" no Dia Mundial do Teatro

O Teatro do Absurdo nasceu do Surrealismo, sob forte influência do drama existencial. O Surrealismo, que explora os sentimentos humanos, tecendo críticas à sociedade e difundindo uma idéia subjetiva a respeito do obscuro e daquilo que não se vê e não se sente, foi fundamental para o nascimento desse gênero que buscava, na segunda metade do século XX, representar no palco a crise social que a humanidade vivia, apontando os paradigmas e os valores morais da sociedade como fatores principais da crise.

A principal fonte de inspiração dos dramas absurdos era a burguesia ocidental, que, segundo os teóricos do Absurdo, se distanciava cada vez mais do mundo real, por causa de suas fantasias e ceticismo em relação às conseqüências desastrosas que causava ao resto da sociedade.
Como o próprio nome diz, o Teatro do Absurdo propõe revelar o inusitado, mostrando as mazelas humanas e tudo que é considerado normal pela sociedade hipócrita. Essa vertente desvela o real como se fosse irreal, com forte ironia, intensificando bem as neuroses e loucuras de personagens que, genericamente, divulgam o homem como um psicótico, um sofredor, um ser que chega às últimas conseqüências, culminando sempre na revolução, no atrito, na crise e na desgraça total.

Extremamente existencialista, o Absurdo critica a falta de criatividade do homem, que condiciona toda a sua vida àquilo que julga ser o mais fácil e menos perigoso, se negando a ousar, utilizando-se de desculpas para justificar uma vida medíocre.

Eugene Ionesco

O Teatro do Absurdo foca principalmente o comportamento humano, deflagrando a relação das pessoas e seus atos concomitantes. O objetivo maior desse gênero é promover a reflexão no público, de forma que a maioria dos roteiros absurdos procuram expor o paradoxo, a incoerência, a ignorância de seus personagens em um contexto bastante expressivo, trágico, aprofundado pela discussão psicológica de cada personagem apresentado, com uma nova linguagem.
Para Ionesco, Membro da Academia Francesa, autor de um dos primeiros espetáculos absurdos, como A Cantora Careca (1950), “renovar a linguagem, é renovar a concepção, a visão do mundo”. Essa linguagem é traduzida não só nas palavras de cada um dos personagens, e sim em todo o contexto inovador, pois cada elemento no Teatro do Absurdo influencia a mensagem, inclusive os objetos cênicos, a iluminação densa e utópica, além dos figurinos. Todos esses elementos materiais do espetáculo contribuem para o enriquecimento da mensagem que deve ser clara para não haver dúvidas por parte do público.

A ironia constitui-se numa figura de linguagem extremamente difícil de ser praticada no palco, pois, exagerada ou mal formulada, pode ganhar um sentido contrário àquele intencionado pelo diretor. Um outro fator importante é que, no Teatro do Absurdo, muitas vezes o cenário, o figurino e a nuanças nas interpretações se tornam ainda mais importantes do que o próprio texto. O texto em si promove uma nova leitura, cuja concepção tornará possível a construção cênica dentro de um viés preferido pelo diretor.

Samuel Beckett

Um dos autores de vanguarda do Teatro do Absurdo é Samuel Beckett autor do clássico Esperando Godot, que conta a história de dois personagens que esperam ansiosos por ajuda numa terra onde nada acontece de inovador, onde tudo se repete sem cessar, obrigando os angustiados personagens a tentar iludir a tristeza e frustração. Esse texto traduz perfeitamente a essência do Absurdo, sendo Beckett uma pessoa que, desde jovem manifestava seu dom à rebeldia, sendo um homem contrário a religiosidade, mesmo sendo de família protestante, além de ser um homem adepto à revolução dos costumes.

O Absurdo, assim como o Dadaísmo, promoveu a revolução na linguagem e na ideologia da sociedade, obtendo muitas críticas de um público que, apesar de proletário, consumia o idealismo burguês da época.

Harold Pinter (1930- ), autor de Velhos Tempos, O Zelador, A Coleção e o autor americano Edward Albee (1928 - ), autor de Quem Tem Medo de Virginia Woolf?, buscaram a orientação absurda para tecer suas críticas em favor das classes menos favorecidas, constituindo obras anti-literárias, com o mesmo brilhantismo de Ionesco e Beckett (que ganhou o Prêmio Nobel em 1969), com identidades próprias que lhes deram lugar de destaque na história da arte dramática.

A partir das ideologias de Artaud de quebra com os paradigmas clássicos do teatro ocidental, surgiu o “Teatro Pânico”, uma forma de Teatro do Absurdo calcado no drama e em contextos que mostram a revolta do autor perante o mundo. Apesar de possuir algumas idéias artaudianas, o Teatro Pânico mantém elementos básicos do teatro ocidental, como o diálogo de seus personagens. Esse gênero foi essencial para reafirmar o Teatro do Absurdo como vertente teatral, propondo a forma agressiva de expor seus personagens numa crítica mordaz contra a sociedade, onde homens e mulheres vivem suas vidas num limite extremo, sempre numa virtual solidão.

Fernando Arrabal

A concepção de Teatro Pânico nasceu em fevereiro de 1962, em Paris, e misturava terror com humor. A filosofia pânica diz que a memória é fundamental para o homem, pois esse não passa de um grande fundo de saberes que, com o passar dos anos, compõe um quadro estético, ético e moral. Na visão de um dos principais diretores do Teatro Pânico, o espanhol Fernando Arrabal, autor de A Guerra dos Mil Anos. O "Pânico" mistura a vida privada com a vida artística, o lirismo e a psicologia, onde o teatro passa a ser encarado como um jogo, ou uma festa. Muitos associaram o Pânico com o Dadaísmo, gênero que contesta a razão em prol do subjetivo. Dessa forma, os espetáculos pânicos propõem, acima de tudo, uma linguagem extremamente transcendental em relação aos temas abordados. Nada disso poderia ser possível sem a estruturação do Teatro do Absurdo que possibilitou no homem uma evolução no que se diz respeito aos seus dogmas.


BIBLIOGRAFIA
BRECHT, BERTOLD, Estudos Sobre Teatro. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978
CIVITA, VICTOR, Teatro Vivo, Introdução e História. – São Paulo: Abril Cultural, 1976 MIRALLES, ALBERTO, Novos Rumos de Teatro. – Rio de Janeiro: Salvat Editora, 1979 SCHMIDT, MARIO, Nova História Crítica, Moderna e Contemporânea. – São Paulo: Editora Nova Geração, 1996
BOAL, AUGUSTO, Teatro Para Atores e Não Atores. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998
LAFFITTE, SOPHIE, Tchekhov. – Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1993 ROBERTO FARIA, JOÃO, O Teatro na Estante. – São Paulo: Ateliê Editorial, 1998
JANVIER, LUDOVIC, Beckett

Fonte

http://www.passeiweb.com/saiba_mais/arte_cultura/teatro/absurdo

Recadinho do coração - de alguém para alguém com carinho...

GAL COSTA
- FALANDO DE AMOR -



Falando de Amor
Tom Jobim

Se eu pudesse por um dia
Esse amor, essa alegria
Eu te juro, te daria
Se pudesse esse amor todo dia
Chega perto, vem sem medo
Chega mais meu coração
Vem ouvir esse segredo
Escondido num choro canção
Se soubesses como eu gosto
Do teu cheiro, teu jeito de flor
Não negavas um beijinho
A quem anda perdido de amor
Chora flauta, chora pinho
Choro eu o teu cantor
Chora manso, bem baixinho
Nesse choro falando de amor
Quando passas, tão bonita
Nessa rua banhada de sol
Minha alma segue aflita
E eu me esqueço até do futebol
Vem depressa, vem sem medo
Foi pra ti meu coração
Que eu guardei esse segredo
Escondido num choro canção
Lá no fundo do meu coração

O Rei e o Servo - Colaboração de Caio Bonates


"Um rei que não acreditava na bondade de DEUS, tinha um servo que em todas as situações lhe dizia: Meu rei, não desanime porque tudo que Deus faz é perfeito , Ele não erra!
Um dia eles saíram para caçar e uma fera atacou o rei. O seu servo conseguiu matar o animal, mas não pôde evitar que sua majestade perdesse um dedo da mão.Furioso e sem mostrar gratidão por ter sido salvo, o nobre disse: Deus é bom? Se Ele fosse bom eu não teria sido atacado e perdido o meu dedo.O servo apenas respondeu: Meu Rei, apesar de todas essas coisas, só posso dizer-lhe que Deus é bom; e ele sabe o por que de todas as coisasO que Deus faz é perfeito. Ele nunca erra!
Indignado com a resposta, o rei mandou prender o seu servo . Tempos depois, saiu para uma outra caçada e foi capturado por selvagens que faziam sacrifícios humanos.Já no altar, prontos para sacrificar o nobre, os selvagens perceberam que a vítima não tinha um dos dedos e soltaram-no: ele não era perfeito para ser oferecido aos deuses.Ao voltar para o palácio, mandou soltar o seu servo e recebeu -o muito afetuosamente. Meu caro, Deus foi realmente bom comigo! Escapei de ser sacrificado pelos selvagens , justamente por não ter um dedo! Mas tenho uma dúvida: Se Deus é tão bom, por que permitiu que você, que tanto o defende, fosse preso?Meu rei, se eu tivesse ido com o senhor nessa caçada, teria sido sacrificado em seu lugar, pois não me falta dedo algum. Por isso, lembre-se: tudo o que Deus faz é perfeitoEle nunca erra! "

Olhares

As mulheres com olhos de mel
perseguem minha alma.

Mel escuro dentro da garrafa.
Diáfano no cálice.

No início flores bem arranjadas
embrulhadas com papel vermelho.

Não dura muito os passarinhos
cambaleiam, resvalam-se
por galhos retorcidos.

A queda inevitável.
Os olhinhos entreabertos.
As asinhas encolhidas
trêmulas.

Observo meus passarinhos
na calçada mortos.

Tristes sem os gravetos
presos aos bicos.

Mas ainda vejo resquícios
das nuvens.

Oceanos,
montanhas,
planícies.

Dias Opacos

Haverá um dia, onde os prados estarão inertes
E a poesia nostálgica, modo uno de lembrança
Será chuva para regar a saudade
E adubo para a falta de esperança.
Dia que certamente não será tarde
Eu estarei lá em espírito
Para celebrar a poesia,
E talvez chorar pelos prados
Que em meus olhos o sol já não vibra
Não reflete nada, e nem minha pele
Tampouco não mais arde.

Foto: Lino Matos

Embora lindo...

O dia hoje está bonito, nublado
Como gosto.
Mas sempre haverá o rubor
Violento das rosas
E seus acúleos qual lanças
A ameaçarem a paz destes prados.

Trovas do poeta Olival Honor

Amor

Amor é como gorgulho
Fincado no coração
Enlouquece, dá orgulho
E não tem remédio não.

Quando não pertuba o sono,
Na cabeça dá tonteira.
É cão que larga seu dono,
É padre que faz besteira.

Amor arrepia a pele,
Ora é io, ora é calor.
Muita gente sofre dele
Fingindo não dar valor.

Que cultive muito amor
Quem quiser na vida sorte.
Só ele é que vence a or
E obrevive da morte .

Escultor cria versão ‘gamer’ para a Pietà de Michelangelo

Escultura 'geek' traz famosos personagens dos jogos da Nintendo. Mario e Princesa Peach surgem como Jesus Cristo e Virgem Maria.O escultor Kordian Lewandowski criou sua própria versão da escultura 'La Pietà', de Michelangelo. A versão inspirada no universo dos games traz os personagens Mario e Princesa Peach, representando Jesus Cristo e Virgem Mario, respectivamente. (Foto: Reprodução)
Acima a Pietà original, concebida por Michelangelo, que representa Jesus morto nos braços da Virgem Maria. (Foto: Reprodução).

Fonte: G1

Poema Antigo - por Ana Cecília S.Bastos


Às vezes desperto e há um poema antigo. Como este, que retorna, certamente provisório, pelas frestas do todo dia.
Tristeza

é como parar
entre o necessário prosseguir
e a perdida identidade

é como fechar os olhos
e ouvir vozes concretas
de pedra e sangue

é como morrer
a inútil dimensão
que te encarcera

é como chorar invisíveis lágrimas
na crista das definitivas
ondas

é como sentir no rosto salpicos de mar
personalizados
em lágrimas

é como, em silêncio, dormir
e deixar que o poema
se escreva.
Nudez. Foto de MVítor. por Ana Cecília

Blog-episteme (5) - por Ana Cecília S. Bastos




É do estatuto dos blogs o fazer-se/desfazer-se, assim como o é a estética do baú.

Remexer antigos escritos ou registros emergentes, mesmo se efêmeros, esmiuçar sua possível vida, em flashes quase fotográficos.

Também deixar que os textos se mostrem e circulem - aqueles de outros, que gritam em nós até que criemos espaço para eles, e os nossos próprios, quando doem ou apenas brincam.

Já não me preocupo tanto em definir o que é e para que serve um blog. Deixo que esteja, e o que tem maior impacto é a rede que ciranda em torno, movimento livre, fluido, discreto ou cantante. Pessoas que já estão em minha vida, outras que chegam, os "pequenos" (meus queridos jovens e extraordinários poetas) e suas lindas palavras, sinal de esperança tanta. Tudo o que me comove.

Não há lugar nele para arrependimentos, literários ou de outra sorte. Blogs são pós-modernos. São fragmento do cotidiano, rede de ligações e memória. Assim chegam, como canções no rádio, por vezes apenas matando o tempo, por vezes de inesperada beleza. Esta, a efêmera vida dos blogs. Mas, o que seria de nós sem as canções que tocam no rádio?

Deixar, pois, que o blog simplesmente esteja, casulo ou cápsula, bandeira desfraldada, tristeza ou alegria, silêncio ou evocação.


Derivações. Foto de MVítor. por Ana Cecília

PALAS ATENÁ: A JUSTA, A SÁBIA - por Stela Siebra Brito

Nascida da cabeça de Zeus, Palas Atená é a deusa paladina, a deusa da inteligência, da razão, do equilíbrio e do espírito criativo.
Conta a mitologia grega que Zeus engoliu sua primeira esposa, Métis, que dele estava grávida. Zeus fora aconselhado por Urano e Géia, que sabiam que se Métis tivesse uma filha e em seguida um filho, este destronaria o pai do seu poder supremo.
Foi assim que completada a gestação normal de Palas Atená, Zeus foi acometido de uma forte dor de cabeça. Ordenou a Hefesto, o ferreiro real, que lhe abrisse o crânio com um machado. E eis que salta da sua cabeça aberta, uma jovem deusa vestida e armada com uma lança e a égide, dançando uma dança guerreira. De imediato se engajou ao lado do pai na luta contra os gigantes.
Sua bravura é calma e refletida. Ela é sábia e vitoriosa.
Quando disputou com Posídon o domínio da Ática, fez brotar da terra a Oliveira, sua árvore favorita. Já a ave predileta da deusa é a coruja, símbolo da reflexão e do conhecimento racional.
Por ser sábia e equilibrada, era deusa guerreira e deusa da paz. Boa conselheira para os governantes, e para o povo, é a protetora, é quem garante a justiça. É a guia das artes, preside à literatura, à filosofia, à música.
As artes práticas é ela, também, quem preside; é a “Obreira”, protetora dos trabalhos femininos de fiação, tecelagem e bordados.
E foi na arte da tecelagem e bordado que ocorreu o fato da disputa com Aracne, a vaidosa rival de Palas Atená.
Ora, todos na região da Lídia conheciam a bela e talentosa Aracne. Ela tecia e bordava com tal esmero, que era chamada discípula de Palas Atená. Mas faltava modéstia à Aracne, pois julgava ser melhor que a deusa na arte de tecer e bordar, a ponto de desafiá-la para um concurso público.
Palas Atená aceitou o desafio, mas dando uma oportunidade à Aracne de retratar-se da ousadia, apareceu-lhe na forma de anciã, aconselhando-a a ser mais comedida, que depusesse sua hybris, seu descomedimento, porque os deuses não admitiam competição com os mortais. Aracne insultou a anciã. A deusa, então, apresentou-se em todo seu esplendor de imortal e, cheia de indignação, aceitou o desafio. Representou numa colorida tapeçaria, os doze deuses do Olimpo em toda sua majestade. Com malícia, Aracne bordou os amores dos deuses, principalmente as aventuras amorosas de Zeus. Seu trabalho era impecável, uma verdadeira perfeição. A deusa das artes o examinou atentamente e não encontrou nenhum deslize, nenhum defeito. Estava vencida ou pelo menos equiparada a uma simples mortal. Mas estava também furiosa pelas cenas criadas por Aracne. Rasgou o belo trabalho da artista e a agrediu. Insultada e humilhada, Aracne tenta enforcar-se, mas Palas Atená impede o gesto, sustentando-a no ar e transformando-a em aranha, condenada a tecer pelo resto da vida.
Foi ainda como “Obreira”, de espírito criativo, que idealizou e presidiu a construção do navio Argo, que velejou com vários heróis, comandados por Jasão, em busca do Velocino de Ouro, na famosa Expedição dos Argonautas.
Outros heróis também tiveram a proteção de Palas Atená: Ulisses, Aquiles, Hércules, Perseu. A este último ela emprestou o escudo de bronze, polido como um espelho, para enfrentar a terrível Medusa, cujo olhar flamejante e penetrante transformava em pedra quem o fixasse. Com a proteção também de Hermes, Perseu paira sobre as Górgonas e, não podendo fixar Medusa, refletiu seu rosto no escudo, decapitando-a. A cabeça de Medusa foi colocada por Palas Atená no seu escudo para funcionar como um espelho da verdade, combatendo seus adversários, petrificando-os de horror ao contemplarem sua própria imagem.
Palas Atená era sobretudo protetora e defensora de Atenas. Ésquilo narra seu discurso de paz, de liberdade, de justiça e democracia no final do julgamento de Orestes, onde a deusa vencendo as Erínias, com o escudo da razão, restabeleceu o domínio da ordem sobre o caos e da luz sobre as trevas. Seu discurso aos cidadãos atenienses estabelece um Conselho de Juizes para a cidade, invoca o respeito e repudia a amargura e o despotismo:

“... Se respeitardes, como convém, esta augusta Instituição,
tereis nela baluarte para o país, salvação para a Cidade.
Incorruptível, venerável, inflexível, tal é o Tribunal,
que aqui instituo para vigiar, sempre acordado,
sobre a Cidade que dorme.”
Casal Nardoni é condenado pela morte de Isabella

Após cinco dias de julgamento, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella, foram condenados a prisão pela morte da menina, então com 5 anos. O pai recebeu pena de 31 anos, um mês e dez dias, enquanto a madrasta foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão.

O casal Nardoni vai cumprir a sentença em regime fechado. Eles foram condenados por homicídio triplamente qualificado, por usarem meio cruel, dificultarem a defesa da vítima e tentarem esconder o crime anterando o local.

Durante esta sexta-feira, acusação e defesa apresentaram suas teses para o júri popular, composto de 4 mulheres e 3 homens, no Fórum de Santana, zona norte de São Paulo. Nas primeiras horas deste sábado, o juiz anunciou a sentença com a condenação dos réus.

Pela manhã, O promotor Francisco Cembranelli afirmou que o casal Nardoni estava no apartamento quando a menina Isabella foi atirada pela janela do sexto andar do Edifício London, no dia 29 de março de 2008.

"Eles (Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá) estavam no apartamento quando Isabella foi jogada", disse Cembranelli, na primeira parte do debate entre defesa e acusação, ao comparar as ligações telefônicas entre vizinhos e polícia no dia do crime. Com base em uma reprodução cronológica das ligações, o promotor cravou: "Contra fato não há argumento."

Na segunda parte de sua exposição no quinto dia de julgamento do caso Isabella, o promotor Francisco Cembranelli continuou calcado na cronologia e na perícia para colocar o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá na cena do crime. Ele alegou que o depoimento dos réus não faz sentido. "No momento em que o casal estava lá dentro (do apartamento) é que ela foi defenestrada. Isso é prova científica, senhores jurados. Não cabe contestação", disse ele, usando a maquete para ilustrar seus argumentos.

O advogado de defesa, o criminalista Roberto Podval, usou dois apartes formais - interrupções dentro do código - para criticar a perícia e perguntar sobre as provas, que, segundo ele, não existem. "Como a defesa não pode discutir a perícia, vão dizer que a perita não presta", rebateu o promotor.

Cembranelli traçou um perfil psicológico de Anna Carolina Jatobá, dizendo que ela é uma pessoa "perturbada, cansada e dependente financeiramente da família do marido".

Defesa critica sociedade e imprensa
Na sua vez, o advogado criminalista Roberto Podval, que defende os Nardoni, criticou a postura da imprensa e da sociedade no caso. "Se não houvesse essa loucura toda (olha para os jornalistas da sala), eles seriam absolvidos, porque não há provas. Eles entraram condenados sem serem julgados."

Podval citou o caso da inglesa Madeleine McCann, que aos 5 anos desapareceu durante viagem a Portugal com os pais. E lembrou que em determinado ponto da investigação, eles foram colocados como suspeitos.

Por volta das 16h50, o advogado terminou sua parte citando frase de Chico Xavier. "Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas podemos fazer um novo fim", afirmou ao júri. Às 17h46, começou a réplica da acusação.

Promotor diz que madrasta é 'barril de pólvora'
Durante a primeira parte da réplica da acusação, o promotor Francisco Cembranelli afirmou que Anna Carolina Jatobá, acusada de participar da morte de Isabella Nardoni, "é um barril de pólvora prestes a explodir." Ele voltou a acusar a ré de ter agredido a vítima por ciúmes.

O promotor lembrou que Isabella era muito parecida com a mãe, o que teria despertado a ira da madrasta. "Todas as brigas tinham o mesmo motivo: o ciúme doentio que Jatobá tinha de Ana Carolina."
Com a ausência de provas periciais contra a madrasta, Cembranelli se esforçou para traçar ao júri o perfil psicológico da acusada. Disse que ela se referia à mãe da menina como "aquela vagabunda" e destacou que há pessoas que sofrem "transtorno temporário" por alguma razão.

"Era ela quem esmurrava vidraças, esmurrava o marido, atirava o filho no berço", acrescentou. "Estou mostrando que há uma prova evidente de que ela poderia fazer o que fazia habitualmente: agredir as pessoas."
Sobre o fio de cabelo encontrado na cena do crime, que a defesa expôs hoje como uma das provas que não foram periciadas, Cembranelli questionou: "se fosse algo tão importante, por que não pediram DNA antes?". "A defesa trabalha com a dúvida", completou.

(Com informações da Agência Estado)

Dia mundial do Teatro - 27 de março !




Vinte e sete de março é internacionalmente comemorado como o Dia Mundial do Teatro. Retrocedendo no tempo, anterior ao período cristão e que marca o nosso atual calendário, vamos encontrar a Grécia Antiga, palco florescente de todas as artes, em especial a arte cênica. Talvez por falta de um material mais consistente que remonte aos tempos de Téspis, encenador e dramaturgo que se ocupava de uma carroça para concretizar seus espetáculos em praças públicas, de uma cidade para outra, os grandes historiadores do teatro se concentram na tragédia grega como o ponto inicial dessa arte que até hoje sobrevive a todas as guerras e dificuldades.
Para alguns desses historiadores, a tragédia teria nascido de um culto, junto ao altar de algum deus, e que seria uma das maravilhas espirituais do mundo marcando a união de drama e povo, afirmando e fortalecendo a Grécia de então. Para eles, drama tem o significado de ação e, entre todas as ações dramáticas, a tragédia seria a jóia de maior preço. Dificilmente existirá um poeta, um filósofo, um estadista ou um sábio, que não se tenha detido alguma vez, demoradamente, com seu pensamento, analisando a essência da tragédia, porque com certeza sentiu na própria vida os perigos que enfrentou quando, ao se empenhar em grandes tarefas, cruzou com a incerteza, a contingência de uma idéia em que se empenhara.
Sentiram, que não chega aquilo que na terra nos é oferecido como compensação de aflições íntimas. Sentiram muito mais: a divindade que não responde ao suplicante, por que não se pode colocar em palavras aquilo que ela poderia nos responder, já que as palavras não passam de uma invenção humana, e nada mais são do que metáforas. A divindade nos deixa apenas pressentir que existe, quer seja através das palavras elevadas dos fundadores das várias religiões e dos profetas, da linguagem dos poetas e escultores, da música e seus compositores ou do sucesso de um feito concretizado com coragem e amplitude de responsabilidade, ou mesmo, de um fracasso resultante da extravagância e da irresponsabilidade humana.
Tudo isto alimentou a tragédia antiga, a cujo campo pertencem os conflitos entre a moral e a paixão, a lei e o direito natural, a medida e o orgulho, entre o conhecimento e um impulso inconsiderado que nos tenta levar às estrelas. Da hipertrofia do eu, que resultam as exigências que visam o mundo e raras vezes serão satisfeitas. E, de contrários duros e inexoráveis, nasce a tragédia, a flor escura e turva onde as gotas do orvalho são lágrimas de um deus compassivo.
Na decorrência desta criação artística do homem, seguiram-se as várias nuances da arte cênica, desenvolvidas através da comédia grega, do teatro greco-romano, dos mistérios medievais, o drama do renascimento e a comédia dell´arte, o drama pastoril e os dramas populares, o drama shakespeariano, o mimo, a ópera barroca, o teatro popular do barroco, a dramaturgia francesa de Racine, Corneille, Moliére, o drama alemão do iluminismo, a dramaturgia revolucionária do romantismo e do realismo, a dramaturgia burguesa, o drama social, o expressionismo e tantas outras vertentes desta arte que retrata o cotidiano das nações e da raça humana.
Pelo tanto de história, e pelo valor que representa na formação e educação cultural da sociedade, brindemos neste 27 de março a mais um Dia Internacional do Teatro, aproveitando para orar aos nossos governantes no sentido de que, dediquem parte do seu tempo a promover a produção cultural deste país. Como dizia Garcia Lorca, "um povo que não ajuda ou não fomenta seu teatro, se não está morto, está moribundo."
by: Carlos Pinto Jornalista Presidente do Instituto Cultural de Artes Cênicas do Estado de São Paulo e Secretário de Cultura de Santos.

Cores do Picadeiro por Keyla Crisina Silva




Encanto, magia, sonho. Ele faz a alegria não só das crianças, como também dos adultos. Não tem local certo, porque o artista vai onde o povo está. 15 de março, dia do circo.

Os artistas circenses surgiram na China, onde foram descobertas pinturas de quase cinco mil anos em que apareciam acrobatas, contorcionistas e equilibristas. A acrobacia era o treinamento dos guerreiros que necessitavam desenvolver agilidade, força e flexibilidade. Com o passar do tempo, as qualidades se uniram ao charme, a beleza e harmonia.

Este é o exemplo da acrobata aérea e bailarina, Valéria Farfan. Ela é da quarta geração do circo. Desenvolvendo toda habilidade e força que possui em seu corpo, Valéria desenvolve um número de contorcionismo nas alturas, só que sem a rede de proteção. Uma verdadeira demonstração de equilíbrio econcentração, em que tudo neste espetáculo depende dela, da sua força. É um número perigoso, onde mãos, corpo e cabeça devem estar firmes, pois a vida está em risco.

O circo no Brasil existe desde o fim do século 19. Ele começou com ciganos que vinham da Europa para fugir de perseguições. Entre suas especialidades incluiam-se a domadora de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos. Especialidades do artista Luciano Portugal que é adestrador, cavaleiro e trapezista, e um dos motoqueiros do globo da morte. Antes de falarmos sobre Luciano, que no show apresenta quatro espetáculos, vale explicar como acontece o adestramento dos animais. Existe um certo tipo de mito em relação a estes serem machucados para que possam aprender os números que apresentam. Luciano nos explica que o adestramento ocorre através do carinho e da recompensa que o animal recebe ao estar fazendo o seu número, no caso dos cachorros que andam e se apresentam vestidos de heróis da ficção, a carne é o agradecimento do seu domador pela tarefa cumprida. Não há agressões aos animais, que para o artista Luciano são como parte da família.

Uma das grandes atrações é o globo da morte. O circo Estoril, que está em Uberaba até o dia 22 de março, se atreveu e coloca a sexta moto, o que é inédito, dentro de um globo de 4,30 x 4,30 metros de circunferência. Quando se apresentam com as seis motocicletas chegam a ficar a dois palmos uns dos outros. É um número muito perigoso. Luciano e seu irmão Tiago Portugal, que apresentam um número de dança de cavalos juntos, são motoqueiros do globo. Eles nos conta como é arriscado, é o mínimo de espaço e depende das máquinas, porque se elas falham tudo pode acontecer. E já aconteceu. Uma vez estavam apresentando e a corrente de uma das motos arrebentou, três delas chegaram a bater e os motociclistas caíram. Em outra vez choveu e, o globo pegou umidade. Se tornou escorregadio, a quarta e quinta moto caíram. Mas independente disso, para eles o que vale é a adrenalina do momento. Luciano diz que no início dava medo, mas que depois a emoção supera tudo.

A pessoa que participa e quer fazer parte do globo da morte começa de bicicleta, rodando em horizontal, até que consiga se acostumar, porque de início fica-se tonto.

O circo necessita inovar, superar limites, para que o público não perca o interesse pelo espetáculo. E foi por isso, que o circo Estoril em suas apresentações inseriram mais uma moto, apesar do perigo. Normalmente os outros circos têm por costume que o globo fique em um canto, eles o trouxeram para o centro do picadeiro. Antes da apresentação montaram uma coreografia de abertura e no tão esperado espetáculo, a música que se ouve é o ronco dos motores. Inovação que não pára por aí, eles ainda se arriscam mais e sem as mãos fazem suas manobras dentro daquele círculo.

Mas a vida no circo não é nada fácil. É necessário superar todos os problemas existentes e com o abrir das cortinas, o sorriso também é necessário aparecer. A cada dia um novo público, e depois outras cidades. E não pense que o cansaço abate estes jovens não, no domingo, por exemplo, eles fazem três sessões e ao finalizar, retoma os ensaios. No outro dia o processo é o mesmo, e apesar de ser um mundo de sonhos, os nossos artistas são pessoas comuns que trabalham arduamente, mas que vão às compras, apresentam e saem à noite para aproveitar e fazer novas amizades.

Amizades que nem sempre perduram, como nos conta a relações públicas Margareth Pereira. Toda semana estão em um local diferente, o que dificulta um pouco os relacionamentos duradouros, devido as distâncias. Mas eles podem contar uns com os outros e o bom relacionamento é imprescindível, pois é o que os tornam uma grande família. E como em uma família, intrigas acontecem, mas como passam todo o dia juntos é necessário ser superado.

O circo é apaixonante, prova disso são as pessoas que não são de famílias tradicionais circenses, mas que se encantaram e vieram trabalhar nele. É o caso de Margareth. O circo foi em sua cidade, a irmã dela conheceu um rapaz que lá trabalhava. Namoraram, casaram e ela foi passear com a irmã, se deslumbrou e hoje acompanha esta vida há quatorze anos.

Para estes artistas o circo significa mais do que uma forma de viver, é amor. Não trocariam esta vida por nada. A acrobata aérea Valéria uma vez tentou mudar de profissão, mas o convencional não lhe agradou. Estava de férias e foi para a casa da prima em São Paulo, começou a trabalhar de balconista em uma loja. A brincadeira era geral, enquanto os outros trabalhavam parados de qualquer jeito, a trapezista, como era chamada, levou a postura do picadeiro para o balcão. E não conseguiu imaginar parada em um só local, logo voltou ao circo.

E que seja assim. Que o circo possa continuar a nos encantar com o mundo de sonhos, onde as luzes acendem, as cortinas se abrem e a fantasia acontece. Aplausos, que é a maior recompensa de um artista, a todos os circenses pelo dia mundial do circo.

Festivais em honra a Deusa Atena




Durante as Panathenaias, festas solenes dedicadas a Deusa Atena, todos os povos da Ática, corriam a Atenas. Essas festas, a princípio só duravam um dia, duração que mais tarde, a partir de 565 a.C, passou para cinco dias, de 19 (dezenove) a 23 (vinte e três) de março.

Distinguiam-se as Grandes e as Pequenas Panathenaias: as primeiras se celebravam de quatro em quatro anos, e as outras anualmente. Nessas cerimônias disputavam-se três espécies de prêmios: os de corrida, os de luta e os de poesia ou música. Os ganhadores recebiam vasos pintados cheios de azeite de oliva puro, produto da árvore sagrada da Deusa Atena.

Os gregos antigos realizaram um "lampadedromia" (palavra grega para o condução da tocha), onde os atletas competiram passando com a tocha em uma corrida na condução à reta final. Em Atenas antiga o ritual era parte importante da Festa Panathenaia.
A grande atração desses festivais era uma procissão em que uma veste nova e bordada era confeccionada por um seleto número de mulheres atenienses, era carregada pela cidade em um navio ornado. Essa procissão estava representada nos frisos do Paternon.

Os magistrados de Atenas ofereciam sacrifícios para Deusa e todos os serviços de seu santuário eram conduzidos por duas virgens eleitas por um período e um ano.
A FILHA DO PAI
Talvez o maior diferenciação da Deusa Atena está em não ter conhecido e não ter convivido com a mãe, Métis. Na verdade Atena parecia não ter consciência de que tinha mãe, pois considerava-se portadora de um só genitor, Zeus. Na qualidade de tão somente "filha do pai", Atena tornou-se uma defensora dos direitos e dos valores patriarcais.

Ela era o "braço direito" de Zeus, com crédito total para usar bem sua autoridade e proteger as prerrogativas dele. Muitas dedicadas secretárias executivas, que devotam suas vidas a seus patrões, são bons exemplos das convicções da Deusa Atenas.
ATENA COMO DEUSA DA SABEDORIA

Levando-se em conta que as Deusas e Deuses são arquétipos que todo ser humano tem acesso, parece que o mito de Atena explora antes de tudo a qualidade da reflexão. Suas histórias constituem uma meditação sobre o valor do pensamento minucioso e pausado, o de ver muito além da reação imediata ante à um acontecimento. A Deusa encarna a virtude da contenção, e seus olhos "resplandecentes" são o emblema de uma inteligência lúcida que poder ver além da satisfação imediata.

Atena oferece a seus protegidos o bom conselho, o pensar cuidadoso ou a previsão prática: a capacidade de refletir. A essa virtude se denomina "metis", derivado do nome de sua mãe e que podemos traduzir como "conselho" ou "sabedoria prática".
Quando o arquétipo de Atena está ativo em uma mulher, ela mostrará uma tendência natural de fazer todas as coisas com muita moderação para viver em "justo equilíbrio", que era o ideal ateniense. O "justo equilíbrio" é também mantido pela tendência que possui a Deusa Atena de conduzir acontecimentos, notar efeitos e mudar de curso da ação tão logo ele pareça improdutivo.

Além disso, é interessante notar que Atena chega ao cenário olímpico com esplêndida couraça dourada. Estar "encouraçada" é um traço marcante dessa Deusa. Foi seu grande desenvolvimento intelectual que a deixou longe do sofrimento, tanto seu como dos outros.

No mundo competitivo em que vivemos o arquétipo de Atena tem indiscutível vantagem, pois a mulher-Atena (arquétipo ativo) não é uma mulher que é pessoalmente atingida por qualquer hostilidade ou decepção. Toda a mulher quando ferida ou insultada, pode tornar-se emotiva e menos efetiva. Na mesma condição, a mulher-Atena avalia friamente o que está acontecendo.

Todas as mulheres que desejam desenvolver as qualidades da Deusa Atena, devem dar especial atenção à educação. Toda a instrução estimula o desenvolvimento desse arquétipo. Aprender fatos objetivos, pensar claramente, preparar-se para concursos e exames são todos excelentes exercícios que evocam Atena.
CONCILIANDO-SE COM A "MÃE"

Na mitologia, a Deusa Atena era órfão de mãe e sentia orgulho por ter apenas Zeus como pai. Metaforicamente as mulheres tipo Atena também são "órfãos de mãe" de muitos modos. Mas é muito importante redescobrir a mãe e valorizá-la.

A mulher-Atena, geralmente deprecia sua própria mãe. Ela precisa descobrir as energias de sua mãe, muitas vezes antes que possa valorizar quaisquer semelhanças entre a mãe e ela mesma. Ela necessitará da conexão com esse arquétipo materno para experienciar a maternidade e sentir-se mãe profunda e instintivamente.

É muito útil para mulher tipo Atena aprender que os valores femininos matriarcais, que existiam muito antes da mitologia grega. Adquirindo conhecimento de tais conceitos, ela poderá começar a pensar diferentemente sobre sua própria mãe e outras mulheres, e depois de si própria. Mudando seu modo de pensar, poderá também melhorar seu relacionamento com outras pessoas.

MEDO DO FEMININO

Toda a ideologia do patriarcado concebe o "feminino" como uma força irracional destrutiva. Entretanto, a desvalorização do Feminino deve ser entendida como uma tentativa de superação do medo do Feminino e de seu aspecto perigoso como a "Grande Mãe" e como a "anima".

No patriarcado, o inconsciente, o instinto, o sexo e a terra, enquanto coisas terrenas, pertencem ao "feminino negativo", ao qual o homem associa a mulher, e que todas as culturas patriarcais, até o presente momento, a mulher e o Feminino têm sofrido sob a atitude defensiva e o desprezo masculinos.

Essa avaliação negativa não se aplica apenas ao caráter elementar e ao aspecto matriarcal, mas igualmente ao seu transformador. Para o homem, que considera-se "superior", a mulher se torna feiticeira, sedutora, bruxa, e é rejeitada em virtude do medo associado ao Feminino irracional. O homem denuncia o Feminino como escravizador, como algo confuso e sedutor, que pode colocar em risco a estabilidade de sua existência. Ele rejeita o feminino, especialmente porque ele o prende no casamento, na família e na adaptação à realidade, e o confunde quanto o pensar de si próprio. Como o indivíduo do sexo masculino é dominado pelo elemento espiritual superior, ele foge da realidade da terra e prefere ascender rumo ao céu.

O resultado dessa postura unilateral, torna o homem não integrado que é atacado por seu lado reprimido e em muitas vezes sobrepujado por ele.

A negativização do Feminino não deixa que o homem experiencie a mulher como uma igual, mas com características distintas. A conseqüência da altivez patriarcal leva à incapacidade de fazer qualquer contato genuíno com o Feminino, isto é, não apenas com a mulher real, mas também com o Feminino em si, com o inconsciente.

Enquanto o indivíduo do sexo masculino não deixar desenvolver o Feminino (anima) em uma psique interior, jamais chegará a alcançar a totalidade. A separação da cultura patriarcal do Feminino e do inconsciente torna-se assim, uma das causas essenciais da crise de medo que agora se encontra o mundo patriarcal.

VIVER DE ACORDO COM A DEUSA ATENA

Viver sob a influência do arquétipo Atena, significa viver inteligentemente e agir premeditadamente no mundo patriarcal. A mulher que vive desse modo, leva uma vida unilateral e vive quase que exclusivamente para seu trabalho. Ainda que aprecie a companhia dos outros, falta-lhe a carga emocional, atração erótica, intimidade, paixão ou êxtase.

A exclusiva identificação com a racional Atena desliga toda a mulher da cadeia e intensidade da emoção humana. Seus sentimentos são bem modulados por Atena, limitados ao meio-termo.

Agindo intelectualmente, a mulher-Atena pouco sabe sobre a sensualidade, pois Atena a mantém acima do nível instintivo, e portanto ela não sente a força total dos instintos maternais, sexuais ou procriativos. Não há possessão no amor de Atena e inclusive quase nenhum desejo sexual.
A mulher-Atena pode ainda, produzir o "efeito medusa", ou seja, afastar as pessoas que não sejam como ela.
Em seu peitoral, a Deusa Atena usava um símbolo do seu poder, a égide, uma pele de cabra decorada com a cabeça de uma Gógona, a cabeça da Medusa. A Górgona é também um aspecto da mulher tipo Atena.

No nível psicológico, Atena é o arquétipo da mulher artisticamente criativa. Para homens e mulheres, é o espírito da realização, da competência e da ação.

RITUAL DA SABEDORIA

Atena é a mais sábia das Deusas e todos nós podemos nos beneficiar atraindo algo de sua sabedoria e percepção para nossas vidas.

Os antigos gregos quando iam honrar a Deusa Atena em sua festividade, usavam roupas novas, como se assim se revestissem a si mesmo com sua sabedoria. Portanto, a primeira coisa que devemos fazer é comprar uma roupa nova digna de uma Deusa.

Púrpura é a cor tradicional da sabedoria, sendo assim, é melhor que escolha algo dessa cor, ou pelo menos um detalhe ou bordado em púrpura. Quando vestir seu traje novo pela manhã, pense que está se vestindo com a sabedoria de Atena.

As azeitonas estão consagradas à Atena, assim que ao final do dia se sente com uma vasilha de azeitonas e invoque-a dizendo:

-"Ao comer essas azeitonas, peço-lhe que me enchas de sabedoria e astúcia, e que essas qualidades se mantenham durante todo o ano."

Coma as azeitonas uma a uma, e ao mesmo tempo reflita sobre as áreas de sua vida que podem se beneficiar com a sabedoria de Atena.


http://www.rosanevolpatto.trd.br/bibliografia1.html

Atena , Deusa da Guerra , da Sabedoria e das Artes




Atena era a Deusa grega da sabedoria e das artes conhecida como Minerva pelos romanos. Atena era uma Deusa virgem, dedicada a castidade e celibato. Era majestosa e uma linda Deusa guerreira, protetora de seus heróis escolhidos e de sua cidade homônima Atenas. Única Deusa retrata usando couraça, com pala de seu capacete voltada para trás para deixar a vista sua beleza, um escudo no braço e uma lança na mão.

Contradizendo com seu papel como uma Deusa que presidia às estratégias da batalha na época de guerra e às artes domésticas em tempo de paz, Atena era também apresentada com uma lança em uma das mãos e uma tigela ou roca na outra.

Era protetora das cidades das cidades, das forças militares, e Deusa das tecelãs, ourives, oleiras e costureiras. Atena foi creditada pelos gregos ao dar à humanidade as rédeas para amansar o cavalo, ao inspirar os construtores de navios em sua habilidade, e ao ensinar as pessoas a fazerem o arado, ancinho, canga de boi e carro de guerra. A oliveira foi seu presente especial a Atenas, um presente que produziu o cultivo das azeitonas.

A Deusa Atena foi retratada com uma coruja, ave associada a sabedoria e de olhos proeminentes, duas de suas características. Cobras entrelaçadas eram apresentadas como um modelo no debrum de sua capa e escudo.

Quando Atena era retratada com outro indivíduo, esse sempre era do sexo masculino. Por exemplo, era vista perto de Zeus na atitude de um guerreiro de sentinela para seu rei. Ou era reconhecida atrás ou ao lado de Aquiles ou de Odisseu, os principais heróis gregos de Ilíada e da Odisséia.

As habilidades bélicas domésticas associadas com Atena envolvem planejamento e execução, atividades que requerem pensamento intencional e inteligente. A estratégica, o aspecto prático e resultados tangíveis são indicações de qualidades e legitimidade de sua sabedoria própria. Atenas valoriza o pensamento racional e é pelo domínio da vontade e do intelecto sobre o instinto e a natureza. Sua vitalidade é encontrada na cidade. Para Atena, a selva deve ser subjugada e dominada.

Atena era a filha predileta de Zeus, que lhe concedeu muitas das suas prerrogativas. Ela tinha o dom da profecia e tudo que autorizava com um simples sinal de cabeça era irrevogável. Ora conduz Ulisses em suas viagens, ora ensina as mulheres a arte de tapeçaria. Foi ela que faz construir o navio dos Argonautas, segundo seu desenho e coloca à popa o pau falante, cortado na floresta de Dodona, o qual dirigia a rota, advertindo perigos e indicando os meios de os evitar.

Era na cidade de Atenas que seu culto foi perpetuamente honrado: tinha seus altares, as suas mais belas estátuas, as suas festas solenes e um templo de notável arquitetura, o Partenon. Esse templo foi reconstruído no período de Péricles.

NASCIMENTO MITOLÓGICO

Zeus ingere sua primeira esposa, Métis (que estava grávida), uma Titã, na esperança de prevenir o nascimento de um futuro rival. Mas esse ato de integração tem uma conseqüência imprevista: um dia, Zeus tem uma dor de cabeça lancinante e logo dá à luz, pela cabeça, o feto que estava no útero de sua primeira esposa. A criança que nasce já madura da cabeça do pai é Atena, a filha consumada do pai.

A Deusa não conheceu sua mãe, Métis.

Nesse primeiro relato do mito, o ato de engolir a esposa grávida e a filha nascer da cabeça do pai, nos faz lembrar do nascimento de Eva da costela de Adão. É bem sugestivo que tanto Atena como Eva se associem com a serpente: as vezes a serpente inclusive podia aparecer no lugar de Atena, e na Gênesis a serpente tem, as vezes, o rosto de Eva, enquanto que o significado que são dadas as essas imagens são muito diferentes. Porém, em ambos os mitos a Mãe Natureza perde força e o macho se apropria de seus poderes como doadora de vida.

Esse mito é o maior testemunho do momento histórico em o patriarcado se impõe sobre a ordem anterior (matriarcado).
Entretanto, conforme o mito vai se desenrolando, Atena torna-se uma boa companheira para seu pai e uma das mais íntimas conselheiras.

Essa história nos conta, especificamente, de como a consciência lunar desenvolve-se dentro da solar, dominante. É Atena que introduz na psique dominada por Zeus um elemento de interioridade reflexiva que suaviza o elemento opiniático-recriminador da posição solar dominante.
ATENA E PALAS

Habitualmente, considerava-se Atena e Palas como o mesma divindade. Os gregos até juntaram os dois nomes: Palas-Atena. Entretanto, muitos poetas afirmaram que essas duas divindades não poderiam ser confundidas. Palas, chamada Tritônia, de olhos verdes, filha de Tritão, fora encarregada da educação de Atena. Ambas se apraziam nos exercícios das armas.

Certa vez, conta-se que elas se desafiaram. Atena teria saído ferida se Zeus não tivesse colocado a égide diante de sua filha; Palas ao ver tal ficou aterrorizada, e enquanto recuava olhando para a égide, Atena feriu-a mortalmente. Veio-lhe depois um profundo sentimento de culpa e para se consolar fez esculpir uma imagem de Palas, tendo a égide sobre o peito. Consta que é essa imagem ou estátua que mais tarde ficou sendo o famoso Paládio de Tróia.

ZEUS E ATENA

Zeus, na mitologia grega, repete os padrões de comportamento de seu pai Cronos e de seu avô Urano. Como eles, destinatários de um oráculo segundo o qual um filho os destronará, Zeus teme por sua autoridade. Quando Métis engravida, ingere-a, imitando assim o procedimento do pai Cronos, que engolia os filhos. Se a estratégia defensiva de Cronos era cooptação das novas possibilidades de vida, já Zeus é bem mais eficiente, pois tenta incorporar o elemento feminino propriamente dito, a mãe de novas possibilidades. O que pode até parecer um ato de integração, é na verdade um inteligente golpe com a intenção de privar o inconsciente de seu poder criativo. Zeus pensava em integrar os desafios e as resistências inconscientes compondo-os em uma aliança com a atitude dominante, utilizando inclusive o inconsciente para suas metas.

Logicamente fracassa, pois não contava com a implacável hostilidade das "mães" da consciência lunar e dá à luz a Atena: o "justo equilíbrio".

Diferentemente de Zeus, Atena tem um ativo interesse pelas questões da humanidade e é ela que intervém no trágico destino de Orestes, perseguido pelas Erínias, que acabou sendo julgado por ter praticado matricídio:

"Orestes, uma vez já o salvei

Quando fui árbitro das colinas de Ares

E rompi o nó votando em seu favor.

Que agora seja lei: aquele que obtém

Um veredito igualmente repartido ganha

Sem causa."

(Eurípedes, "Ifigênia em Taurus", 1471-1475)



A nota de misericórdia nessa fala indica sua propensão a favorecer a manutenção das possibilidades de vida e a deixar transpirar a inclinação de Atena para a adoção prática da função de consciência lunar nos assuntos atinentes à justiça.
Entretanto, a Deusa Atena dentro do mundo do Olimpo é profundamente influenciada por sua inquestionável aliança com o pai. Atena pertence ao pai, Zeus. Por conseguinte, Atena é uma Deusa que representa uma versão pouco expressiva da consciência matriarcal. Ela representa, na realidade, uma tentativa de fazer com que a consciência solar (animus) incorpore alguns aspectos da consciência lunar (anima). Atena amplia os horizontes de Zeus, interioriza e suaviza o cosmo patriarcal, mas não desafia de maneira fundamental os pressupostos olímpicos. Em vez disso, ela lhe oferece apoio e introduz no seu mundo da consciência um pouco de reflexão estratégica e momentos de interioridade.
http://www.rosanevolpatto.trd.br/bibliografia1.html

Felipe Carone




Felipe Carone (São Paulo, 25 de julho de 1920 — Rio de Janeiro, 27 de março de 1995) foi um ator brasileiro.


Paulista, ele morava no Rio de Janeiro há 25 anos quando faleceu, e construiu sua carreira em novelas da TV Globo, onde estreou na década de 1960.

Estreou no cinema em 1958 com Macumba na Alta e sempre fez papéis cômicos, tendo se destacado em comédias leves como Lua de Mel e Amendoim; Os Mansos; Uma Mulata Para Todos e A Árvore dos Sexos, entre outros.

Morreu em uma clínica no bairro do Botafogo vitimado por um câncer no esôfago.

Roberto Farias



Roberto Figueira de Farias (Nova Friburgo, 27 de março de 1932) é um cineasta brasileiro.

Irmão do ator Reginaldo Faria, teve um "s" adicionado ao seu sobrenome por erro do cartório . Ele foi sempre um aficcionado por cinema e desde pequeno montava um "cineminha" na sua casa usando caixas de sapatos. Do cinema para a fotografia foi um pulo fácil e ele cursou Belas Artes no Rio de Janeiro.

O começo foi na Companhia Atlântida para onde foi levado por Watson Macedo para ser assistente de direção. A estréia foi no drama Maior que o Ódio, dirigido por José Carlos Burle. Fez quase 10 filmes como assistente de direção ou de produção até estrear como diretor em 1957 com Rico Ri à Toa, uma chanchada estrelada por Zé Trindade onde além de dirigir ele também foi o autor do roteiro e dos diálogos.

Em 1960, com o policial Cidade Ameaçada, ganhou vários prêmios e se tornou um dos mais respeitados cineastas brasileiros, posição que ele viria a sacramentar com Assalto ao Trem Pagador, em 1962.

Na década de 1960 fundou com os irmãos a produtora R.F.Farias, uma das mais importantes do país. Ele se tornou um diretor popular ao filmar a trilogia de filmes com Roberto Carlos, que começou em 1968 com Roberto Carlos em Ritmo de Aventura e terminou em 1971 com A 300 km por hora.

Roberto também foi presidente do Sindicato Nacional da Indústria Cinematográfica e o primeiro cineasta a dirigir a Embrafilme. Na TV Globo dirigiu as minisséries A Máfia no Brasil; As Noivas de Copacabana; Contos de Verão e Memorial de Maria Moura, além do programa Você Decide.
Wikimedia Foundation

Carlinhos Vergeiro

Renato Russo

Ben Webster

Histórico !

Macarrão à Carbonara




* Ingredientes
* 1 lata decreme de leite
* bacon picado 'a gosto
* queijo ralado
* 2 a 3 ovos
* sal, pimenta
* macarrão


* Modo de Preparo

1. Fritar bem o bacon, até ficar crocante
2. Pode-se adicionar salame picado
3. Acrescentar o creme de leite e reservar
4. Colocar o macarrão à cozinhar em água e sal
5. no refratário onde será servido o macarrão, bater bem os ovos com um garfo os ovos crus, temperar com sal e pimenta à gosto, e juntar o queijo ralado, também a gosto
6. Quando o macarrão estiver pronto, escorrer e colocar, bem quente, sobre a mistura de ovos, e misturar bem
7. O calor da massa cozinha os ovos
8. Colocar o molho de bacon e creme de leite, ainda quente, sobre o macarrão e servir