Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

domingo, 27 de setembro de 2009

Respostas ao Desafio -(Pérolas nos bastidores)



Claude Bloc disse...


Telma, é uma artista
Embeleza nossa vida
Lépida,leve,ligeira
Mistura as tintas do tempo
Adornando mil sorrisos

Suave, vai desenhando
As mil facetas da vida
Rascunhando o destino
Alinhando alegrias
Idealizando traços mil
Vibrando cores nas telas
Aquarelas, aquarelas!

Socorro Moreira disse...

Quem não conhece a artista
Não sabe o que o Crato tem
Pois ela com a sua arte
É parte da nossa história
e da beleza também!

Em cada momento vivo
Seja solene e festivo
A Telma com sua lente
Registrou todos os fatos
E o fez com muito brilho

Se não fosse essa mulher
Que o nosso mundo enobrece
Não me veria criança
Nem lembraria de tantos
Que o coração não esquece

No dia do coração
Quero o astral da afeição
Do povo que é cratense
E dos amigos ausentes
Que gostam de Dona Telma

Corujinha Baiana disse...

A foto
E a Beleza da foto.
Reproduzi-la
Era a Missão da Artista.

- Conseguiria tal efeito ?

Mas " a fé remove montanhas"...
E a artista foi à luta.
Cores e nuances
deslizaram sobre a tela.

E a Fé,
com tintas e pincéis,
realizou o Milagre.

A Beleza lá está !
e o Sorriso da Artista prova,
em toda sua amplitude,
que a Missão foi cumprida.

Edilma disse...

Entre tintas e pincéis
A vida se faz luz
Sorrizos
Sentimentos
A fotografia traduz

A beleza tem seu tempo
Entre o riso e a dor
Passam sonhos
Passam tintas
Envolvidas no amor

Gerações diferentes
Seguem vidas
Da avó
Mãe e filha
Numa mistura ausente
Porem sofridas

Ficou um cavalete
Um pedestal
Ostentando a foto
Do que foi o natural

UM SARAU COM CHEIRO DE PEQUI E O DOCE DO BURITI

Rosineide Esmeraldo
Rivânia Correia e Rosemary Brito
Syme e Yasmine Duarte
Stela Siebra e Rosineide
Zé Almino e esposa e Joaquim Pinheiro

À mesa - Queijos, vinhos e alegria
Stela Siebra

MEUS AMIGOS DO CARIRICATURAS. NÃO EXISTE PRAZER MAIOR DO QUE REUNIR VELHOS AMIGOS EM VOLTA DE UMA MESA, OUVIR HISTÓRIAS, RELEMBRAR PERSONAGENS DE NOSSAS TERRA, FATOS HILÁRIOS E PITORESCOS, ACOMPANHADO DE UMA CERVEJA GELADA, OU DE UM BOM VINHO, DELICIOSOS SALGADINHOS E MÚSICA DE QUALIDADE.
.
Esta reunião aconteceu sábado dia 26 aqui em minha casa no Recife. E segundo comentou o Prof. José Nilton, José Flávio ia ficar indócil pois tem um pé aqui e outro ai de histórias.
Mas certamente também: Socorro, Claude, João Marni, José do Vale, Dihelson, Heládio e demais amigos vão ficar com uma vontade danada de ter estado aqui presente.
Acima flagrantes do encontro.
Um abraço fraterno.
.
Nilo Sergio

Recife, 26/09/2009

RECIFE E SUAS PONTES LIGANDO AMIGOS



Reuni ontem um grupo de amigos(as) cratenses residentes em Recife para uma noite de confraternização. Foi um encontro marcado pela alegria, descontração e muitas histórias da nossa vida e de personagens do Cratim. Seguindo a idéia de José do Vale entrevistei cada um dos participantes. Publico o resultado dessas anotações a partir de hoje. A primeira com JOAQUIM PINHEIRO.


- Joaquim, como vê o Cariri atualmente?


Tenho ido ao Cariri algumas vezes por ano, mas estadias rápidas. Apenas nos meses de julho a permanência é maior. A percepção é que a região evoluiu muito. As cidades cresceram bastantes, diversificaram suas economias e implantaram boas estruturas de serviços. A impressão é que consolidação da Universidade Regional do Cariri e as faculdades privadas mudaram o ambiente cultural. Hoje muitos jovens não precisam mudar-se para as capitais para fazer curso superior e elas ainda atraem estudantes de outros rincões. Os serviços ligados à área da saúde obtiveram expansão notável, transformando a região em pólo médico. A impressão é que todas as cidades experimentaram elevado grau de desenvolvimento, umas com velocidade maior que outras.


- Que lembranças marcaram sua vida no Crato e em Recife?


Vivi 19 anos no Crato, 4 em Brasília, 1 no Rio de Janeiro e 36 em Recife. No entanto, me sinto como se a ausência fosse curta. A ligação com o Cariri é tão forte que não me considero distante, mas afastado temporariamente. A ligação sempre foi alimentada pelo rádio amador, telefone, publicações da região e, atualmente, pela internet, com contatos diários. Assim, as lembranças do Cariri são expressivas e diariamente realimentadas. A infância foi feliz e a adolescência muito boa. O colégio D. Bosco teve uma grande participação nisto. Tive a sorte de fazer parte de uma turma sensacional e lá alicercei grandes amizades que perduram até hoje. Começamos como colegas e hoje somos irmãos. Sou muito grato ao meu colégio e não esqueço o seu corpo docente. Hoje, incluo o Prof. José Newton e D. Ruth no rol das pessoais corretas e equilibradas que tive oportunidade de conhecer. O Recife foi conseqüência quase natural do que aprendi e vivi no Crato. Aqui terminei o curso superior, fui aprovado em concursos públicos, ingressei no serviço público federal, casei, vi nascer filhos e neta. Acompanhei transformações significativas, e vi, de perto, a luta do povo pernambucano pela anistia aos exilados, pelas eleições diretas e as belíssimas campanhas eleitorais pós regime militar.

- Como se vê hoje?

Hoje, aposentado do serviço público, dedico parte das horas à direção da Associação dos Funcionários do Banco Central, à presidência do Sindicato da categoria, e a convivência com filhos e neta. Sinto-me útil, pois, além disto, atuo em projetos na associação dos moradores do meu bairro e na Federação Pernambucana de Xadrez.


- Quais os planos para o futuro?


Aposentado, com a vida estabilizada, com atividades suficientes para não me sentir ocioso e me dedicando a ações que me dão prazer, como xadrez e associação dos moradores do bairro, os planos não estão formatados. Considero que estão em aberto, e neles se incluem o acompanhamento do crescimento dos netos, assistência à minha mãe e filhos, convivência com os irmãos e encontro com amigos.


Recife, 27/09/2009

O tempo é invenção e não consumo - por José do Vale Pinheiro Feitosa

A circunferência transporta,
E o quadrado fixa.
Como teu ânimo de viajante,
Ou a placidez domiciliar.

Hoje de mãos numa ampulheta,
Contas o estoque do teu tempo.
Teu olhar perplexo ao sol poente,
Esqueceste as nascentes das manhãs.

Entre vaguear e encerrar,
Habita tua religiosidade política.
Que consome teu tempo em trabalho,
Mercadoria para a força capital.

Quão longe se encontra de ti mesmo,
Tua alma se escravizou em mercadoria.
És fonte não renovável do lucro,
Um balde vazio desprezado na lixeira.

Olha que tudo em ti são fantasias,
Lantejoulas do grande desfile produtivo.
Esquece teu pesar de escravo,
Rompa os grilhões sutis das idéias.

Abra os olhos para o próximo segundo,
Que não existe a não ser que o faças.
O tempo não é mercadoria estocada,
É o inevitável do movimento vida.

Rompa teus corpos geométricos,
Trace no ar os arabescos do encéfalo.
Respire os tijolos do tempo,
Abduza os velhos roteiros do trabalho.

Parabéns, César Augusto !

Ele é libriano, mora na Flórida, é membro do Cariricaturas, e é nosso amigo. Falo do César Augusto , que hoje está aniversariando.

O que desejar-lhe , se nem desconfio dos seus desejos?

Por empatia , espero que seja completamente feliz, ainda nesta vida. Que esta idade nova, renove as suas esperanças, e fortaleça o seu coração de um amor forte, sereno e pleno.

César Augusto é um dos colaboradores mais presentes desse espaço. Já interagiu com muitos de nós, já ganhou nossa amizade !

Desconfio que seja brasileiro, noutro país, e que tem vontade de ganhar a cidadania cratense. Com certeza já caiu no Vale do Cariri, em pensamentos !


César, receba o nosso abraço !


Cariricaturas.

A poesia de Everardo Norões



DECLARAÇÃO

Sou
apenas
uma pequena nuvem,
ela me disse:
uma nuvem
que se encaminha
para o sul,
sempre o sul.
Ou, se quiseres,
uma brisa,
ela me disse;
uma brisa aquecida
no desvelo dessa pele.
Ou apenas
uma sombra,
ela me disse:
uma minúscula
sombra de ti mesmo,
desfazendo-se
em negro e cinza,
morrendo
como a palavra esquecimento.
Sou apenas
um resto de ti,
ela me disse,
uma gota
partida de teu sangue,
o trovejar de teu murmúrio.
Sou apenas
a vertente do segredo,
ela me disse:
os móveis da casa,
a ladeira,
a rua,
um rio
que se deita na paisagem.

Sou apenas
uma pequena nuvem,
ela me disse:
um som,
um soluço,
uma nave
desorientada no teu céu.

Everardo Norões

Dia do Cantor

Como qualquer outra profissão, a de cantor não foge ao trinômio "esforço, dedicação e perseverança", que rege o caminho do sucesso. Ser cantor não é simplesmente saber cantar; é sentir a música, sofrer e se alegrar com ela. O cantor precisa, acima de tudo, entender o propósito do compositor no momento em que a música foi escrita, e passar para o público esse sentimento. O verdadeiro cantor precisa manter suas características individuais mesmo quando interpreta a música de outro artista. Precisa ter empatia com o público e ter consciência de que sua função é passar uma mensagem, fazendo uso da beleza melodiosa de sua voz.
Dia do Cantor


Quem canta seus males espanta, já diz o ditado popular. Além de espantar os males, é capaz de reunir multidões.
Brasília, 13/07/2008 - E é por isso que o cantor faz tanto sucesso: no uso de sua bela voz, diverte o público e ajuda a trazer a lembrança momentos, pessoas, lugares. Alguns comemoram o dia do cantor no dia 13 de julho, outros consideram o dia 27 de setembro. Mas para o vocalista isso não importa: o que vale é celebrar, cantar.

Na música, um cantor, ou vocalista, é o músico que canta, ou seja, usa a voz como seu instrumento musical. Um cantor principal, ou solista, é aquele que canta a voz primária de uma música, enquanto o cantor de apoio (ou, o grupo coral) canta a voz de apoio (ou, a parte do canto coral) de uma música.

A Lei Nº 3.857, de 22/12/1960, dispõe sobre a regulamentação do exercício da profissão de músico e para tal foi criada a Ordem dos Músicos do Brasil. É ela que exerce, em todo o país, a seleção, a disciplina, a defesa da classe e a fiscalização do exercício da profissão do músico, mantidas as atribuições específicas do respectivo sindicato.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) reconhece a ocupação como 'Músico intérprete cantor' e registra atualmente 797 em todo o país. Número pequeno para a multidão de profissionais que se vêem nos bares, festas e shows. Isso porque muita gente acha que para ser músico não precisa ter registro. Embora não seja obrigatório, o registro é importante para aqueles que desejam seguir a carreira.

http://www.afaiterj.org.br/index.php/noticias/367-dia-do-cantor.html

Aniversário - Álvaro Campos( Fernando Pessoa)

Aniversário

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui - ai meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a umidade no fim do corredor da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas - doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Para, meu coração!
Não penses, deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.

Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)

Litoral - Por Lúcio Alcântara



O vento sopra o sal das eras
No rosto crestado dos homens.
Desenha bizarros relevos,
Desvela vestígios de vida,
Sepulta os mortos de novo
No cemitério encoberto.
Beija suave a superfície
Úmida das coisas.
A água no seio dos morros
Irrompe sutil
Em olhos negros de linfa.
Incrustados em tórridas areias
Evaporam lágrimas
No rumo do céu.

Lúcio Alcântara
foto : Clark Little

Clark Little - O fotógrafo das ondas - Colaboração de Monalissa Figueirêdo








"Um ex-surfista americano agora se dedica a uma atividade inusitada: fotografar ondas de dentro delas.
Clark Little, de 39 anos, começou a fazer as imagens depois que sua mulher manifestou o desejo de ter uma foto para decorar a casa do casal, no Havaí.
Há dois anos, ele vive do dinheiro que ganha com a venda das fotos.
"O mar é minha segunda casa e eu amo o que faço", disse Little. "Não existe para mim aquela sensação de encarar o trabalho como uma obrigação."
O fotógrafo conta que para obter as melhores imagens, ele utiliza uma câmera capaz de obter até dez fotos por segundo.
As ondas que ele encara variam entre 90 cm e 4,5 m.
Muitas vezes, ele chegou a ser arremessado a até 10 m de distância de sua localização original.
"Sempre existe um risco para mim, por conta da força e tamanho das ondas. Mas minha experiência como surfista me deixa à vontade para encarar as ondas sem medo", afirmou. "

Meu Coração é um Almirante Louco ( Ah ! Um Soneto )



Ah, um Soneto...

Meu coração é um almirante louco
que abandonou a profissão do mar
e que a vai relembrando pouco a pouco
em casa a passear, a passear ...

No movimento ( eu mesmo me desloco
nesta cadeira, só de o imaginar)
o mar abandonado fica em foco
nos músculos cansados de parar.

Há saudades nas pernas e nos braços.
Há saudades no cérebro por fora.
Há grandes raivas feitas de cansaços.

Mas — esta é boa! — era do coração
que eu falava... e onde diabo estou eu agora
com almirante em vez de sensação? ...

( 12-10-1931 ? )

Álvaro de Campos - Livro de Versos . Fernando Pessoa.
(Edição crítica. Introdução, transcrição, organização e notas de Teresa Rita Lopes.)
Lisboa: Estampa, 1993. - 148.

O poder das emoções sobre o coração - Por Cilene Pereira

Alegria, raiva, tristeza, ansiedade, paixão. A ciência começa a explicar como os sentimentos podem proteger ou piorar a saúde cardíaca

GANHO Segundo Bacal, bons sentimentos ajudam na fabricação das protetoras endorfinas
O coração é o símbolo das emoções. É como se todos os nossos sentimentos por ele passassem e nele deixassem suas marcas, as boas e as ruins. Milenar, essa concepção tem servido de matéria-prima para os poetas ao longo da história. Agora, a ciência está mostrando que a influência das emoções sobre o coração vai muito além da beleza da poesia. Novas pesquisas começam a revelar que amor, raiva, alegria, irritação, tristeza e toda a vasta gama de sentimentos experimentada pelo ser humano promovem modificações orgânicas de tal dimensão que podem contribuir de maneira decisiva para o vigor ou a falência do órgão. Pela primeira emovez, essas descobertas dão as pistas do real peso das emoções sobre a saúde cardíaca. E forma-se pelo mundo uma corrente de especialistas que defende a inclusão de sentimentos como ansiedade e depressão na lista dos fatores de risco para males cardiovasculares. Eles estariam ao lado do colesterol, da hipertensão, do sedentarismo e de outras ameaças conhecidas.


No ritmo certo
A secretária Sueli Balbino Ponte, 52 anos, enfrentou fortes sintomas de síndrome do pânico por mais de 20 anos. “Era assustador. Sentia um aperto no coração e ele batia de um jeito que parecia que ia sair pela boca. Cheguei a pensar que morreria”, relembra. Ela já não saía mais de casa quando foi se tratar na Universidade Federal de São Paulo. “Fiz terapia e sessões de biofeedback, um exame que ajuda a entender como o corpo e o coração reagem às emoções”, conta. “Também aprendi exercícios de respiração para controlar a ansiedade e os batimentos cardíacos. Recuperei minha qualidade de vida”, conta Sueli.

O risco da ansiedade
Empiricamente, médicos e cientistas intuíam, há décadas, que os sentimentos tinham um papel na manifestação das enfermidades cardíacas. Eles baseavam suas inferências nas observações que faziam da evolução dos pacientes, que podia ir melhor ou pior de acordo com o estado emocional. Há cerca de cinco anos, porém, começaram a surgir os primeiros estudos mais consistentes confirmando a associação entre a mente e o coração. Hoje, os trabalhos sobre o tema se multiplicaram e apresentam resultados tão coincidentes quanto preocupantes. Tome-se como exemplo os mais recentes. Na edição de janeiro do jornal do Colégio Americano de Cardiologia - uma das entidades mais importantes da área - está publicado um artigo revelando que a exposição crônica à ansiedade e aos outros sentimentos a ela conjugados, como o medo, eleva em 30% a 40% a chance de um indivíduo saudável sofrer um infarto. "O risco que constatamos diz respeito somente à ansiedade. Está além do que poderia ser explicado pela pressão arterial, obesidade, pelo fumo ou outros fatores", explicou à ISTOÉ Biing-Jiun Shen, coordenador do trabalho e professor de psicologia da University of Southern California, onde o estudo foi realizado. As conclusões foram baseadas em avaliações feitas em 735 homens saudáveis, acompanhados durante 12 anos.

Outros trabalhos intrigantes dizem respeito ao papel da depressão. Há três meses, médicos do departamento de psiquiatria da Universidade de Colúmbia (EUA) divulgaram estudo no qual mostram que a doença praticamente triplica o risco de morte após um infarto. E no início do mês, cientistas de instituições americanas reconhecidas mundialmente, como Universidade de Harvard, de Yale e da Clínica Mayo, publicaram um artigo no Journal of Affective Disorders revelando que os efeitos negativos da doença sobre o coração permanecem mesmo após cinco anos. "Achávamos que a influência era mais forte até os primeiros seis meses depois do infarto. Mas não foi isso o que descobrimos", explicou Robert Carney, professor da Universidade de Washington e líder do estudo.

As investigações sobre o impacto da presença concomitante de ansiedade e depressão são ainda mais assustadoras. É possível ter uma idéia de quanto essa combinação pode ser uma bomba para o coração a partir de trabalhos como o da Universidade de Montreal, no Canadá, publicado na edição de janeiro do Archives of General Psychiatry. Após entrevistar 804 portadores de doença coronariana sob controle, os cientistas verificaram que aqueles que se mostravam ansiosos e depressivos apresentavam o dobro de possibilidade de sofrer um novo infarto em comparação aos que não manifestavam as mesmas emoções. Mas há outros dados preocupantes na pesquisa. "Descobrimos também que os pacientes cardíacos são mais depressivos e ansiosos do que a população em geral", contou à ISTOÉ Nancy Frasure Smith, coordenadora do trabalho.

Do cérebro ao músculo cardíaco
Ao mesmo tempo que crescem as evidências da atuação dos sentimentos sobre o coração, aumentam as investigações para elucidar de que maneira eles interferem no mecanismo cardíaco. Trata- se de uma pesquisa refinada, que se vale das ainda não muito numerosas informações sobre como se dão as ligações entre o cérebro, onde os sentimentos são processados, e o coração. Por enquanto, o que se sabe é que as emoções, tanto as boas quanto as ruins, disparam no cérebro dois processos. "O primeiro é o envio de sinais elétricos ao músculo cardíaco, via sistema nervoso. Isso vai repercutir no ritmo dos batimentos", explica Ricardo Monezi, professor de fisiologia do comportamento da PUC/SP e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo. "O segundo é a produção de uma cascata de substâncias químicas que terão impacto em várias estruturas do coração", afirma.

Embora os caminhos sejam os mesmos, as repercussões irão variar de acordo com a natureza da emoção. Até este momento, conhece-se mais o que ocorre quando elas são negativas. Irritação, mágoa e tristeza, por exemplo, causam a redução do calibre dos vasos sangüíneos, provocando a elevação da pressão arterial. Também há aumento da freqüência cardíaca. Só estes dois fatores já obrigam o músculo cardíaco a trabalhar mais. E se essa situação se torna crônica, o desgaste fica maior.


Fonte : revista ISTOÉ

O 27 de Setembro e Francisco Alves - Por : Norma Hauer


Mais uma vez, lembrando Francisco Alves.
Falei sobre ele em 19 de agosto, data de seu nascimento, mas quero relembrar o dia 27 de setembro de 1952, quando ele faleceu, de desastre automobilístico, na Rodovia Dutra, vindo de São Paulo.

No domingo, dia 28, todas as emissoras de rádio transmitiram só músicas cantadas por ele. Aguardava-se a chegada Seu Corpo, para o sepultamento no dia seguinte.

Manhã de 2 ª feira, 29 de setembro de 1952 ... Um féretro grande (o primeiro em que se usou um carro do Corpo de Bombeiros) atravessa as ruas do Rio de Janeiro, da Cinelândia (Câmara Municipal) onde seu corpo foi velado ( havia morrido queimado) até o Cemitério São João Batista acompanhado de uma multidão a pé cantando ...

"Adeus Adeus, adeus ...
Cinco letras que choram
Num prelúdio de dor.
Adeus, adeus, adeus,
É como o fim de uma estrada
Cortando uma encruzilhada.
Ponto final de um romance de amor.

Quem parte, tem os olhos rasos dágua
Ao sentir uma grande mágoa
Por se despedir de alguém.
Quem fica, também fica chorando
Com o coração penando
Querendo também partir "

Foi no velório de Francisco Alves que, pela primeira vez, a Câmara Municipal abriu seu salão para o velório de um cantor e também foi, o primeiro féretro realizado em um carro do Corpo dos Bombeiros, seguido com o povo a pé, até o Cemitério de São João Batista.

Foi algo inesquecível!

A forma como Francisco Alves morreu foi um choque para seus admiradores, que eram milhões.
Aqueles três dias, o sábado, o domingo ea segunda-feira transformaram o Rio na cidade de Francisco Alves.

Quando se esperava aquele momento em que ao soarem "os carrilhões dando como 12 badaladas, ao se encontrarem os ponteiros na metade do dia, os ouvintes se encontram com Francisco Alves, o Rei da Voz" (como uma locutora Lúcia Helena abria seus programas todos Domingos OS)

Naquele domingo, 28 de setembro de 1952, tal como outras foram badaladas: transformaram-se em um grande Requien.

... E a segunda-feira foi o adeus!
Norma Hauer

Dia Mundial do coração

Hoje é comemorado o Dia Mundial do Coração. E a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) aproveita a data para alertar a população sobre as doenças causadas pelo excesso de peso, que coloca em risco a saúde desse órgão.
Para isso, foi desenvolvida a Campanha Nacional de Combate à Obesidade, uma iniciativa que, dentre outros objetivos, pretende chamar a atenção da população sobre a melhor forma de prevenir o surgimento de doenças cardiovasculares por meio de uma vida mais saudável. .
De acordo com a Abeso, mudanças nos hábitos de vida, principalmente com a introdução de exercícios físicos regulares e uma alimentação balanceada, ajudam a diminuir o risco de problema cardiovascular, que, segundo o Ministério da Saúde, é a primeira causa de morte entre a população brasileira: 31,5% dos óbitos no País.


Fonte:Abeso

Trato com o Crato- Por: Ulisses Germano


O Crato tinha índios

Rios limpos, muitas fontes

Mas veja o que a especulação fez !

Anda triste pelos cantos

Com as fachadas rachadas

Nas tradições rechaçadas

Da parede quyebrada

Do café Cinelândia


Embora tudo isso acontecendo

Por ar e graça de uma estética alienada

De um provincianismo tacanho e rústico

O Crato não perdeu o encanto

Que o desencanto de muitos

Ainda consegue enxergar

Pífanos de uma aldeia extinta

Reisado de águas passadas


Não quero me apronfundar

Quando cheguei o estrago estava feito:

Índios na praça enterrados

Relíquias dos Cariris roubados

Ruas de nomes adulterados

Rio transformado em canal

Sinhá D'Amora passando mal

A morte do sapoti de Pe. Lauro ...


Oh, Crato do Cariri !

Que ainda me faz sorrir

Com os amigos que construí

Faço agora um trato contigo

Não tenho saudade do antigo

Mas serei eternamente grato

Por ter comido no mesmo prato

De Correinha e Mestre Aldemir !


Ulisses Germano

Coisas que todos querem saber, mas tem vergonha de perguntar


Quem é pior:
Micheletti ou Zelaya?

Desafio - Leia e participe !!!


Observe a foto ( de Ricardo Saraiva)e aventure-se a entrar em seu domínio, em sua essência...

Socorro e eu (Claude) sempre temos em mente que a interatividade entre amigos que colaboram e/ou passeiam pelo nosso Cariricaturas é algo que certamente torna o contato e o convívio neste espaço muito mais prazeroso. Essa interatividade pode acontecer de várias formas. Usamos as trovas bem nos primeiros dias do Cariricaturas, mas agora veio-nos uma nova idéia para provocar e desafiar os demais.

Hoje o desafio é o seguinte: será postada uma foto e você, colaborador e/ou amigo é convidado a escrever nos comentários a sua impressão ou o sentimento que lhe causa esta foto.

Acreditamos que seja esta uma forma de interagirmos como num bom papo, numa boa prosa.
Não deixe de participar. Sua presença é ouro.

(Uma simples frase, uma trovinha, um mini-texto estas são formas de colaborar)
Vamos lá ! "mão na massa"!
Estamos esperando! Ei, cadê você?

Cariricaturas

Respostas ao Desafio - (Pérolas nos bastidores)- Cariricaturas

Pérolas nos bastidores
Foto - desafio


Claude Bloc disse...
Poderia ser mais um dia comum, mas as flores vieram. As flores de setembro, as flores do destino. E virão novas flores a cada dia de espera.

Entre as flores a vida: os pássaros. Papagaio faroleiro, falador. Desejando a você vida longa, longa vida. Florida!

Socorro Moreira disse...
Meus olhos esperam por eles,
e quando setembro chega,
meus olhos se enternecem neles
- Ipês !
Róseo,amarelo, branco
Que importa a cor, e o canto ?
O Cariri sabe prendê-los !
Heládio emudeceu um papagaio
Trocou a zuada da casa
pela gaiola do mato
Sem café, sem farelos de milho
Nas pétalas floridas
ele faz a poesia
- Louro , meu louro ...
Aprenda a chamar saudade
de alegria !

Cesar Augusto disse...
Se essa papagaia (estou assumindo que seja papagaia), vai passar o resto da vida calada e com olhar de paisagem, é necessário que vocês tomem uma decisão drástica e ensinem a essa cabeça dura a falar alguma coisa.
Eu já me cansei de tentar, mas não consegui convencê-la, mas vou seguir tentando:
Lorinha do meu coração, repita comigo: "quero sorvete de chocolate"

Corujinha Baiana disse...
Era setembro...
E como sempre acontece,
Ela chegou.

Vestida de flores,
Exalando aromas
Tingindo de cores a natureza.

O homem parou...
A mulher parou ...
A criança, todos
Pararam para vê-la.

Diante tanta beleza,
Até o papagaio se encantou.
E ele que andava triste e mudo,
Soltou a voz e disse:

-Seja bem-vinda,Primavera!
O jardim é todo seu!

Quiche Lorraine (para seu domingo)

A quiche lorraine é um prato da culinária francesa. É uma tradicional receita da Lorena, região ao nordeste da França.

É uma torta de queijo salgada coberta com uma mistura de nata e ovos, toucinho (bacon) pimenta do reino e noz moscada. A quiche lorraine é normalmente servida quente como prato principal. Seu uso como entrada ou em coquetéis tem se tornado comum.
.
Essa sofisticada torta salgada conquistou o mundo de norte a sul, com seu sabor distinto e sua praticidade.
.
É uma boa receita para um dia de domingo. Vamos nessa?
.
Quiche Lorraine (receita da Mamy)

MASSA

200 g de farinha de trigo
90 g de manteiga
1 ovo
1 colher de sopa de água
pitada de sal

RECHEIO

1 e 1/4 de xícara de creme de leite
3 ovos
6 fatias de bacon
100 g de queijo gruyére (ou parmesão) ralado
sal e pimenta do reino
noz-moscada

MODO DE FAZER

Comece a preparar a massa, colocando a farinha de trigo em um plano de trabalho e abrindo um buraco no meio. Bata levemente o ovo com a água e o sal. Coloque no centro da farinha e acrescente a manteiga gelada cortada em cubos. Misture com a ponta dos dedos até a massa ligar.

Deixe descansar por 20 minutos. Pré-aqueça o forno em médio. Abra a massa com um rolo e forre fundo e laterais de uma assadeira com aro removível 23 cm de diâmetro aproximadamente por 2 cm de altura. Com um garfo faça alguns furos no fundo da massa e leve para assar por 7 minutos. Pique grosseiramente o bacon e leve a uma frigideira para dourar levemente. Retire e coloque em papel absorvente.

Bata ligeiramente os ovos e acrescente o creme de leite. Tempere com sal, pimenta-do-reino e noz moscada. Retire a massa do forno e arrume sobre ela o bacon frito e o queijo cortado em cubos pequenos ou ralado bem grosso. Cubra com o creme de ovos e leve ao forno para assar. Asse por cerca de 30 minutos ou até o recheio firmar e a torta estar levemente dourada. Deixe esfriar um pouco antes de cortar, sirva com salada verde.
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Outra receita de Quiche Lorraine:

Recheio:

3 ovos
200 ml de natas (creme de leite)
6 fatias de bacon
3 colheres de sopa de queijo gruyére (ou parmesão) ralado
Sal a gosto
Pimenta a gosto
200 ml leite

Massa:

1 copo de farinha de trigo
100 g de manteiga
1 pitada de sal
4 colheres de sopa de água
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Bon apetit, mes amis !
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