Reuni ontem um grupo de amigos(as) cratenses residentes em Recife para uma noite de confraternização. Foi um encontro marcado pela alegria, descontração e muitas histórias da nossa vida e de personagens do Cratim. Seguindo a idéia de José do Vale entrevistei cada um dos participantes. Publico o resultado dessas anotações a partir de hoje. A primeira com JOAQUIM PINHEIRO.
- Joaquim, como vê o Cariri atualmente?
Tenho ido ao Cariri algumas vezes por ano, mas estadias rápidas. Apenas nos meses de julho a permanência é maior. A percepção é que a região evoluiu muito. As cidades cresceram bastantes, diversificaram suas economias e implantaram boas estruturas de serviços. A impressão é que consolidação da Universidade Regional do Cariri e as faculdades privadas mudaram o ambiente cultural. Hoje muitos jovens não precisam mudar-se para as capitais para fazer curso superior e elas ainda atraem estudantes de outros rincões. Os serviços ligados à área da saúde obtiveram expansão notável, transformando a região em pólo médico. A impressão é que todas as cidades experimentaram elevado grau de desenvolvimento, umas com velocidade maior que outras.
Tenho ido ao Cariri algumas vezes por ano, mas estadias rápidas. Apenas nos meses de julho a permanência é maior. A percepção é que a região evoluiu muito. As cidades cresceram bastantes, diversificaram suas economias e implantaram boas estruturas de serviços. A impressão é que consolidação da Universidade Regional do Cariri e as faculdades privadas mudaram o ambiente cultural. Hoje muitos jovens não precisam mudar-se para as capitais para fazer curso superior e elas ainda atraem estudantes de outros rincões. Os serviços ligados à área da saúde obtiveram expansão notável, transformando a região em pólo médico. A impressão é que todas as cidades experimentaram elevado grau de desenvolvimento, umas com velocidade maior que outras.
- Que lembranças marcaram sua vida no Crato e em Recife?
Vivi 19 anos no Crato, 4 em Brasília, 1 no Rio de Janeiro e 36 em Recife. No entanto, me sinto como se a ausência fosse curta. A ligação com o Cariri é tão forte que não me considero distante, mas afastado temporariamente. A ligação sempre foi alimentada pelo rádio amador, telefone, publicações da região e, atualmente, pela internet, com contatos diários. Assim, as lembranças do Cariri são expressivas e diariamente realimentadas. A infância foi feliz e a adolescência muito boa. O colégio D. Bosco teve uma grande participação nisto. Tive a sorte de fazer parte de uma turma sensacional e lá alicercei grandes amizades que perduram até hoje. Começamos como colegas e hoje somos irmãos. Sou muito grato ao meu colégio e não esqueço o seu corpo docente. Hoje, incluo o Prof. José Newton e D. Ruth no rol das pessoais corretas e equilibradas que tive oportunidade de conhecer. O Recife foi conseqüência quase natural do que aprendi e vivi no Crato. Aqui terminei o curso superior, fui aprovado em concursos públicos, ingressei no serviço público federal, casei, vi nascer filhos e neta. Acompanhei transformações significativas, e vi, de perto, a luta do povo pernambucano pela anistia aos exilados, pelas eleições diretas e as belíssimas campanhas eleitorais pós regime militar.
- Como se vê hoje?
Hoje, aposentado do serviço público, dedico parte das horas à direção da Associação dos Funcionários do Banco Central, à presidência do Sindicato da categoria, e a convivência com filhos e neta. Sinto-me útil, pois, além disto, atuo em projetos na associação dos moradores do meu bairro e na Federação Pernambucana de Xadrez.
- Quais os planos para o futuro?
Aposentado, com a vida estabilizada, com atividades suficientes para não me sentir ocioso e me dedicando a ações que me dão prazer, como xadrez e associação dos moradores do bairro, os planos não estão formatados. Considero que estão em aberto, e neles se incluem o acompanhamento do crescimento dos netos, assistência à minha mãe e filhos, convivência com os irmãos e encontro com amigos.
Recife, 27/09/2009
Um comentário:
Nilo, simplesmente ótima a entrevista
Parabéns!
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