Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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domingo, 27 de setembro de 2009

RECIFE E SUAS PONTES LIGANDO AMIGOS



Reuni ontem um grupo de amigos(as) cratenses residentes em Recife para uma noite de confraternização. Foi um encontro marcado pela alegria, descontração e muitas histórias da nossa vida e de personagens do Cratim. Seguindo a idéia de José do Vale entrevistei cada um dos participantes. Publico o resultado dessas anotações a partir de hoje. A primeira com JOAQUIM PINHEIRO.


- Joaquim, como vê o Cariri atualmente?


Tenho ido ao Cariri algumas vezes por ano, mas estadias rápidas. Apenas nos meses de julho a permanência é maior. A percepção é que a região evoluiu muito. As cidades cresceram bastantes, diversificaram suas economias e implantaram boas estruturas de serviços. A impressão é que consolidação da Universidade Regional do Cariri e as faculdades privadas mudaram o ambiente cultural. Hoje muitos jovens não precisam mudar-se para as capitais para fazer curso superior e elas ainda atraem estudantes de outros rincões. Os serviços ligados à área da saúde obtiveram expansão notável, transformando a região em pólo médico. A impressão é que todas as cidades experimentaram elevado grau de desenvolvimento, umas com velocidade maior que outras.


- Que lembranças marcaram sua vida no Crato e em Recife?


Vivi 19 anos no Crato, 4 em Brasília, 1 no Rio de Janeiro e 36 em Recife. No entanto, me sinto como se a ausência fosse curta. A ligação com o Cariri é tão forte que não me considero distante, mas afastado temporariamente. A ligação sempre foi alimentada pelo rádio amador, telefone, publicações da região e, atualmente, pela internet, com contatos diários. Assim, as lembranças do Cariri são expressivas e diariamente realimentadas. A infância foi feliz e a adolescência muito boa. O colégio D. Bosco teve uma grande participação nisto. Tive a sorte de fazer parte de uma turma sensacional e lá alicercei grandes amizades que perduram até hoje. Começamos como colegas e hoje somos irmãos. Sou muito grato ao meu colégio e não esqueço o seu corpo docente. Hoje, incluo o Prof. José Newton e D. Ruth no rol das pessoais corretas e equilibradas que tive oportunidade de conhecer. O Recife foi conseqüência quase natural do que aprendi e vivi no Crato. Aqui terminei o curso superior, fui aprovado em concursos públicos, ingressei no serviço público federal, casei, vi nascer filhos e neta. Acompanhei transformações significativas, e vi, de perto, a luta do povo pernambucano pela anistia aos exilados, pelas eleições diretas e as belíssimas campanhas eleitorais pós regime militar.

- Como se vê hoje?

Hoje, aposentado do serviço público, dedico parte das horas à direção da Associação dos Funcionários do Banco Central, à presidência do Sindicato da categoria, e a convivência com filhos e neta. Sinto-me útil, pois, além disto, atuo em projetos na associação dos moradores do meu bairro e na Federação Pernambucana de Xadrez.


- Quais os planos para o futuro?


Aposentado, com a vida estabilizada, com atividades suficientes para não me sentir ocioso e me dedicando a ações que me dão prazer, como xadrez e associação dos moradores do bairro, os planos não estão formatados. Considero que estão em aberto, e neles se incluem o acompanhamento do crescimento dos netos, assistência à minha mãe e filhos, convivência com os irmãos e encontro com amigos.


Recife, 27/09/2009

Um comentário:

Claude Bloc disse...

Nilo, simplesmente ótima a entrevista

Parabéns!