Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
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claude_bloc@hotmail.com

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Telhados - Guilherme Mansur

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http://liberatinews.blogspot.com/2008/12/poema-de-guilherme-mansur-telhados.html

A DIFÍCIL ARTE DE SABER ESPERAR - por Rosa Guerrera

A vida da gente é mesmo muito curiosa .
Dialogamos, falamos tanto , e existem frases que jamais conseguimos dizer ,tamanha a pressa e a avidez em querermos construir rapidamente um poema.
Exatamente como aquela música que um dia resolvemos compor e misturamos tanto os bemóis aos sustenidos que a rapidez dos nossos dedos , termina por quebrar várias cordas do violão.
Dificilmente sabemos esperar !.
Plantamos hoje uma semente e já queremos que amanhã o nosso canteiro esteja repleto de flores.
Até quando compramos um novo livro, temos por habito olhar suas últimas páginas !.
Queremos apalpar os nossos sonhos como fossem brinquedos , sem analisarmos e vivermos lentamente o seu contexto e a sua beleza .! E assim tiramos o colorido de tudo , restando apenas em nossas mãos uma triste paisagem sem nuances e sem historias.
Assim acontece com o amor , esse sentimento que na ânsia muitas vezes de ser consumido rapidamente, se transforma em luxuria , em paixão ,deixando na pele apenas marcas de momentos, e no coração a espera de carinhos que não se concretizaram...
Sabemos que todo rio corre para a amplidão do mar , mas antes desse mergulho , dessa união, ele contorna pedras , desvios, rochedos,caminhos estreitos , obstáculos, sol , chuva , tempestade até o grande abraço final.
Assim deveria ser vivido , saboreado, e desfrutado o amor ! Manso como a mansidão das núvens, leve como uma folha que passeia no ar, terno como o canto de um roxinol ,sem gritos de explosões ,mudo e sentido nas veias e artérias ,e dedilhado em acordes apenas para dois corações ... navegador contínuo e lento nas águas de um rio , que inevitavelmente o levará ao total mergulho no mar que o espera .
Verdade única nessa difícil arte de saber esperar .


Cleivan Paiva é de Simões, no Piauí.

Veio para o Crato na década de setenta. Aqui encontrou um movimento efervescente liderado por muitos artistas, e logo encontrou um jovem rebeldista de talento e armado até os dentes com muitas poesias, músicas e propostas, o excelente e hoje premiadíssimo cineasta Rosenberg Cariri. E com ele iniciou uma sequencia de prestigiadas parcerias.

Cleivan foi um dos primeiros violonistas e principalmente guitarrista do maravilhoso conjunto Ases do Ritmo, que fez a alegria da danceteria dos anos setenta nos bailes e tertúlias da região.

Sem dúvida, houve na região, no final da década de sessenta e em toda década de setenta, verdadeiras escolas musicais, formadoras de uma variedade de músicos que estão aí até hoje palmilhando os caminhos da arte, infelizmente nem sempre devidamente reconhecidos, mas orientam e produzem os novos talentos no registro de suas composições. Cito alguns: Edilberto, Lifanco, Hugo Linard, Jayro Stark, Libério, Divane Cabral, Cleivan Paiva, Maestro Felipe, Rosenberg Cariri, Batista...

Guardo comigo uma passagem hilária quando do segundo Festival da Canção em Crato, já que o primeiro fora em Juazeiro do Norte, em dezembro de 1968, quando um concorrente precisou acompanhá-lo em seu bolerão nostálgico.

- Vai Cleivan, vai Zé Nilton, pediu a apresentadora do Festival, Fátima Barreto, aos únicos instrumentistas imediatamente à disposição da comissão organizadora.

Cleivan disse: não vou!

Sobrou pra mim. Lembro-me que acompanhei ao violão, vaiado pela platéia, o desafinado concorrente no seu bolero fora de moda. Alguns compositores presentes acharam que a música seria de minha autoria. Havia como sempre houve uma rivalidadezinha das turmas, sendo que a turma da Quadra era a mais afoita.

Cleivan seguiu mundo a fora mostrando sua arte musical, e chegou a se apresentar em casas noturnas na capital paulista. Como disse o músico e cineasta Firmino Holanda, também atuou em festivais: na Tupi classificou “Perímetro Urbano” (Nota: Na ocasião defendida por Marku Ribas, incluída [no disco “Guerra e Paz”] nele rende tributo a Victor Assis Brasil, tocando-a com arranjo do genial saxofonista). Antes disso, participou do Festival Universitário de SãoPaulo, com trabalhos em parceria com Rosenberg Cariry e Ivan Alencar.

O nosso ilustre compositor procurou nas frestas da MPB, no sul maravilha, exercitar sua arte em movimentos vanguardistas formando com músicos de origem de todas as tendências do século XX o conjunto “Ave de Arribação”. Foi para o meio do povo, para as feiras e periferias da paulicéia desgraçada, mostrar o que infelizmente o povão nem sempre capta, por estar com os ouvidos impregnados de sons que todas as mídias lhe incutem como valor imediato.

Cleivan acompanhou grandes músicos como Djavan e outros, em shows e gravações. É o compositor das trilhas sonoras dos filmes do cineasta caririense Rosenberg Cariry. É referência no cenário musical do Ceará e do Brasil.

Preferiu ficar no Crato, ao lado da sua família, dispensando a sua gravadora para os músicos de várias tendências, sem preconceitos, mas sempre atento em mostrar caminhos que primem pela elevação da música de qualidade.

Nesta perspectiva, termino este texto citando a poeta Socorro Moreira declarando seu respeito e reconhecimento ao grande compositor brasileiro:

“Até um dias desses, Cleivan era meu vizinho.
Cruzávamos no dia a dia, nas calçadas e na bodega da esquina.
Conheço e admiro o seu trabalho desde nem sei quando.
Quando mudou de endereço, a rua sentiu faltas daquele violão no batente,
Quando a noite fazia silêncio
Sem dúvidas, um dos mais talentosos violonistas brasileiros!
E pensar que ele é nosso, mora no Crato...
Merece ser prestigiado e homenageado com todo o nosso entusiasmo.”


Nessa quinta-feira, no programa Compositores do Brasil, na Rádio Educadora do Cariri, Cleivan vai falar e tocar ao vivo a sua arte, merecedora de todos os aplausos pelo que representa para a identidade da música popular brasileira.

Quem ouvir, verá !

Programa Compositores do Brasil
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Todas às quintas-feiras, às 14 horas
Rádio Educadora do Cariri – 1020 khz
Apoio. CCBN

Adormecida - por Socorro Moreira

Parei de transformar
números em flores.
Números são adubos
letras são flores.
Parei de te chamar
reclamar, vigiar...
Parei de te esquecer.
Adormeci teu amor
no leito mais secreto.
Faço silêncio
Deixo ele sonhar!


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Encontros desperdiçados
Cartas, promessas...
Recusas sem razão
Enfim, a compreensão!
Quando você desistiu,
eu corri na frente
Eu lhe encontrei
antes do destino
Surpresa, obstinação
Cortei caminhos, e o meu coração
Pássaros em diversos ninhos
Salgueiro, Mangueira...
E na quarta-feira
Tudo ficou cinza.

Inquietações ...- por Socorro Moreira





Inquietação monástica

Quando não as tenho,
invento-as!
Perdi a descompostura
que me fazia perdida
Perdi
faz poucos dias
O tempo é curto,
mas se arrasta
como os passos...
Inconfiantes!
O calor de novembro
amolece, os ânimos
Sou ágil
quando busco nos monturos,
e em todos os buracos da terra,
uma fresta de luz!

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O mel da vida

Os dias correm desavisados
Nada acontece por acaso
Uma dor só fica aguda
depois de muito aviso
O espelho delata a resultante
das expressões concebidas
Uma foto do futuro
mostra os laços do passado
ou os excessos dos risos
Faltavam muitos
Agora faltam tantos...
Não dá pra contar o que se vive!
A emoção é camuflada na ação
A sobra da emoção,
mesmo em dose mínima
afeta até a alma...
Praça iluminada
Rostos envelhecidos
Guardam no olhar, o brilho!

Sensualidade - por Socorro Moreira


Sensualidade
Não combina com luxúria
Combina com o olhar
Com a delicadeza do toque
Com o bigode
Com o andar


Sensualidade combina
com suavidade...
Precisa não saber ser
Precisa saber reter , o carinho!


Sensualidade combina com cheiro
que o vento traga e distribui ...
cheiro de rosa esmagada
cheiro de alma limpa
cheiro de corpo
banhado nas cascatas


Sensualidade é vermelha-cetim
É um passo atrás de mim
que eu alcanço na saudade


Sensualidade é a maciez da neblina
A gota que brota
no poro que agita


Sensualidade é a nudez
coberta de pejo...
É a veste rasgando a nudez.


Sensualidade é o tom
É o som...
É um murmúrio inaudível
É o desconhecido mais próximo
Que nunca perdeu seu mistério!
foto de Pachelly Jamacaru

Exposição Águas Vivas - de Pachelly Jamacaru




Vale a pena conferir !
Surpreendentemente linda !
Fotografias que lembram pinturas impressionistas, artifícios . Cores e formas , num conjunto harmonioso , belíssimo ... ! Pura Arte !
Parabéns, Pachelly !
Esse trabalho primoroso , embora não tenha preço comercial pelo valor artístico inestimável, encontra-se à venda !
Um presente poder adquiri-los !
RESERVE O SEU !


Um poema do meu avô José Augusto Siebra - por Stela Siebra Brito

Meu pomar
José Augusto de Lima Siebra


Plantei um pé de roseira
Lá dentro do meu pomar
Com muito jeito e carinho
Comecei a cultivar.

A roseira se estendeu
Com galinhos bem frondosos
Em cuja fronde mimosa
Realçaram quatro rosas.

Cada rosa mais formosa
No galinho a balançar
Dava graça, dava encanto,
Dava vida ao meu pomar.

A roseira se movia
Balançando as quatro flores
Vivia de seus encantos
Vivia de seus odores.

Porém como esta vida
É cheia de dissabores
Quando menos se esperava
Lá se foram duas flores.

O pomar é nossa casa
A roseira és tu, Maria
Nossos filhos são as rosas
Jardineiro, quem seria?

Razão e Paixão no Futebol - Fábio Brüggemann



Nenhuma religião, partido político, banda de música, associação, clube ou qualquer outra atividade coletiva humana junta tanta gente como o futebol. Por conta disso, da coletivização do espetáculo, o futebol não prescinde da paixão, por mais que racionalistas (como sou tantas vezes chamado pelos leitores) queiram o contrário.

Ainda que a gente não consiga descartá-la a qualquer momento, ou deixá-la de lado, a paixão emburrece qualquer coisa. Ela não deixa ver, na maioria das vezes, o óbvio. A paixão mata e faz matar, ela é cega, e, no futebol, ela mais obscurece do que abrilhanta uma partida.

Por causa da paixão é que ainda existe a regra do impedimento. Num espetáculo cujo objetivo é marcar gols, impedir que um atacante se coloque inteligentemente (sim, com razão) longe do defensor é uma desrazão. Não parar o relógio, como em outros esportes como o basquete, por exemplo, que não acaba nos pontos, como o vôlei, também é fruto de uma paixão doentia (sei que é redundância, já que toda paixão é doença, pois vem do grego pathos, que nos deu patologia).

Se a cada vez que a bola parasse, o tempo fosse interrompido, acabaria de vez essa desrazão de jogadores fazendo cera. Mas não, os brucutus da paixão adoram essa palhaçada de jogador caindo por qualquer encostão, ou de juiz dar desconto sem nenhuma razão e a seu critério, como fez com o Fluminense, na última quarta-feira.

Ainda bem que a razão prevaleceu no campeonato brasileiro, desde que instituíram os pontos corridos. Cada partida é decisiva, e a prova é a grande final de amanhã, que será dividida (ainda que já saibamos que o Grêmio perderá) em quatro grandes finais. Só mesmo movido pela paixão que torcedores do Inter, Palmeiras e São Paulo irão aos estádios pensando o oposto. Paixão é isso mesmo, é pensar que se pode, é ter um pingo de esperança, ainda que a razão nos diga o contrário.

E por falar em falta de razão, os cartolas da Fifa não deram bola para a ideia razoável de incluir juízes atrás dos goleiros. Penso, às vezes, que esse medo de mudar no futebol, movido pela paixão, é que estimula a violência nos estádios. Mais razão nas regras levaria naturalmente mais razão ao torcedor.


por Fábio Brüggemann

O sexto sentido das mulheres - Fernando Sabino - colaboração de Fátima Esmeraldo






Certo dia, parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.
Pare para refletir sobre o sexto sentido. Alguém duvida que ele exista? E, como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você... Ou é a que você dá em cima? E, quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?
E, quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40ºC, você vai pegar um avião para São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala para você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece? O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!
O sexto sentido não faz sentido! É a comunicação direta com Deus! Assim é muito fácil...As mulheres são mães! E preparam, literalmente, gente dentro de si. Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal? E não satisfeitas em ensinar a vida, elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral. Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"... Tudo isso é meio mágico... Talvez ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de seus filhos (que, aliás, foram criados à sua imagem e semelhança).
As mulheres choram, vazam ou extravasam? Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens... É choro feminino; é choro de mulher... Já viram como as mulheres conversam com os olhos? Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar. Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar. E apontam uma terceira pessoa com outro olhar. Quantos tipos de olhar existem?
Elas conhecem todos... Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens! E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens. En-fei-ti-çam!
O amor leva as mulheres para perto de Deus... já que ele é o próprio amor. Por isso, dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas. Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo. Mas elas são anjos depois do sexo-amor. É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos. E levitam. Algumas até voam. Mas os homens não sabem disso. E nem poderiam... Porque são tomados por um encantamento que os faz dormir nessa hora.

( Fernando Sabino )

Palmeiral - Um patrimônio do Crato - por Heládio Teles Duarte


Plácido Domingo

José Plácido Domingo Embil (Madrid, 21 de janeiro de 1941) é um tenor e maestro espanhol bastante famoso por ter integrado juntamente com Luciano Pavarotti e José Carreras o grupo dos Três Tenores, já atuou também como diretor geral da Ópera Nacional de Washington e na Ópera de Los Angeles.

Pobre Amor - Aluísio Azevedo

Aluísio AzevedoAluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo (São Luís do Maranhão, 14 de abril de 1857 — Buenos Aires, 21 de janeiro de 1913). Novelista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro.


Calcula, minha amiga, que tortura!
Amo-te muito e muito, e, todavia,
Preferira morrer a ver-te um dia
Merecer o labéu de esposa impura!

Que te não enterneça esta loucura,
Que te não mova nunca esta agonia,
Que eu muito sofra porque és casta e pura,
Que, se o não foras, quanto eu sofreria!

Ah! Quanto eu sofreria se alegrasses
Com teus beijos de amor, meus lábios tristes,
Com teus beijos de amor, as minhas faces!

Persiste na moral em que persistes.
Ah! Quanto eu sofreria se pecasses,
Mas quanto sofro mais porque resistes!

Euclides da Cunha - por Maria Consuelo Cunha Campos





Escritor: 1866 - 1909

"CANUDOS NÃO SE RENDEU. EXEMPLO ÚNICO EM TODA A HISTÓRIA, RESISTIU ATÉ AO ESGOTAMENTO COMPLETO."
QUANDO TUDO ACONTECEU...

1866: A 20 de janeiro Euclides da Cunha nasce na Fazenda Saudade, em Santa Rita do Rio Negro (atual Euclidelândia ), município de Cantagalo, Rio de Janeiro, primeiro filho de Manuel Rodrigues Pimenta da Cunha e Eudóxia Moreira da Cunha. - 1869: Falece-lhe a mãe, de tuberculose. Passa a residir, sucessivamente, em Teresópolis, São Fidélis e na cidade do Rio de Janeiro, na companhia de parentes. - 1883: Ingressa no Colégio Aquino, onde é aluno de Benjamin Constant, republicano histórico, importante influência em sua formação. - 1885: Cursa a Escola Politécnica do Rio. - 1886: Assenta praça na Escola Militar - que lhe dá soldo e quartel - visando à engenharia militar. Novamente aluno de Benjamin Constant. - 1888: Sai da forma e atira o sabre ao chão, diante de todos, após tentar, sem êxito, quebrá-lo, durante o desfile da tropa diante do ministro da Guerra do império, conselheiro Tomás Coelho, em visita à escola, cuja presença no estabelecimento militar, naquele momento, visava, precisamente, desmobilizar a participação dos cadetes em ato republicano, dando uma demonstração de apoio institucional da força militar ao império. Desligado por indisciplina, Euclides tem sua matrícula na Escola Militar cancelada em 11 de dezembro. Três dias depois, dá baixa do Exército. Muda-se para São Paulo, onde escreve, sob pseudónimo, veementes artigos de propaganda republicana para o jornal “A Província de São Paulo”. - 1889: Em seguida à proclamação da República, no dia 15 de novembro, Euclides participa das comemorações da noite de 16, em casa do então major Solon Ribeiro, o mesmo que entregara em mãos ao imperador deposto a intimação de abandonar imediatamente o Brasil. A 19 de novembro, Euclides é reintegrado ao exército, incluído entre os anistiados pelo novo governo e promovido, ainda neste ano, a alferes-aluno. - 1890: Passa à Escola Superior de Guerra. Promovido a segundo-tenente. Casa-se com Ana Solon Ribeiro, filha do major republicano. - 1892: Forma-se. Recebe a patente de primeiro-tenente. Coadjuvante de ensino na Escola Militar. - 1897: Em Março publica seu primeiro artigo, “A nossa Vendéia“, sobre a Campanha de Canudos, em “O Estado de São Paulo”. Segue para o campo de batalha nos sertões baianos como repórter do jornal e adido ao estado-maior do ministro da Guerra. Permanece quase até o final da campanha, regressando do sertão alquebrado e doente. Passa uma temporada na fazenda Trindade, em Belém do Descalvado, de propriedade do pai. Retifica e amplia o plano primitivo de “A nossa Vendéia”; o livro em progresso passa a intitular-se Os Sertões. - 1899: Euclides vai para São José do Rio Pardo, São Paulo, para reconstruir uma ponte metálica, derrubada por enchentes. - 1900: Conclui a escrita do livro. - 1901: É inaugurada a ponte de São José do Rio Pardo. - 1902: A 2 de dezembro, Os Sertões é lançado, com grande êxito de crítica e de vendas. -1903: Sai a 2.a edição. A 21 de setembro, Euclides é eleito para a Academia Brasileira de Letras. A 20 de novembro, toma posse no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. - 1904: É nomeado pelo Itamaraty chefe da Comissão de Reconhecimento do Alto Purus, na Amazônia, para onde parte no paquete Alagoas, a 13 de dezembro, lá chegando no dia 30. - 1906: Regressa ao Rio de Janeiro, vai trabalhar no Ministério das Relações Exteriores, como adido ao Gabinete do Barão do Rio Branco. Publica o Relatório sobre o Alto Purus e Contrastes e Confrontos. - 1907: Publica Perus versus Bolívia. - 1909: Nomeado professor de Lógica no Colégio Pedro II, tendo sido o segundo colocado em concurso. Morre a 15 de agosto, em confronto de honra com Dilermando de Assis, amante de sua mulher.


Do Desejo - Hilda Hilst

E por que haverias de querer minha alma

Na tua cama?

Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas

Obscenas, porque era assim que gostávamos.

Mas não menti gozo prazer lascívia

Nem omiti que a alma está além, buscando

Aquele Outro. E te repito: por que haverias

De querer minha alma na tua cama?

Jubila-te da memória de coitos e de acertos.

Ou tenta-me de novo. Obriga-me.

(Do Desejo - 1992)



* * *



Colada à tua boca a minha desordem.

O meu vasto querer.

O incompossível se fazendo ordem.

Colada à tua boca, mas descomedida

Árdua

Construtor de ilusões examino-te sôfrega

Como se fosses morrer colado à minha boca.

Como se fosse nascer

E tu fosses o dia magnânimo

Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer.

( Do Desejo - 1992)



* * *



Que canto há de cantar o que perdura?

A sombra, o sonho, o labirinto, o caos

A vertigem de ser, a asa, o grito.

Que mitos, meu amor, entre os lençóis:

O que tu pensas gozo é tão finito

E o que pensas amor é muito mais.

Como cobrir-te de pássaros e plumas

E ao mesmo tempo te dizer adeus

Porque imperfeito és carne e perecível



E o que eu desejo é luz e imaterial.



Que canto há de cantar o indefinível?

O toque sem tocar, o olhar sem ver

A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.

Como te amar, sem nunca merecer?

(Da Noite - 1992)



(Do Desejo - Campinas, SP: Pontes, 1992.)

Ofício - por Ana Cecília S.Bastos




Escrever, registrar a própria experiência,
como se fosse uma carícia,
um traço na areia,
uma partilha.

Nem expurgo de culpas, nem justificação,
nem pesquisa.


Mas sina que se cumpre, ofício que se exerce, no depurar das horas.
Ofício de ser fiel a si mesmo, como ética e sentido do viver.


E esse “a si mesmo” na estrutura mais íntima, onde se encontra Deus,
onde ressoam os anseios do próprio coração.
No âmago, há microfones cósmicos secretos,
caixas de ressonância,
via de transmissão de Seu desígnio para nós.


Leveza. Foto de Mário Vítor.

A POESIA DE RECIFE - por Rosa Guerrera


Cada um canta a sua terra ! Eu escolhí os versos do grande compositor J.Michiles ,que nessa marcha de bloco retrata tudo de lindo que Recife possui . ( Vale ressaltar que Betânia também gravou essa música )


RECIFE MANHÃ DE SOL (J. Michiles)


Vejo o Recife prateado

À luz da lua que surgiu

Há um poema aos namorados

No céu e nas águas dos rios

Um seresteiro, um violão

Anunciando o amanhecer

Um sino ao longe a badalar

Recife inteiro vai render

Ave Maria ao pé do altar


Bumba-meu-boi, Maracatu

Recife dos meus carnavais

Não vejo mais sinhá mocinha

Á luz de um lampião de gás

És primavera dos amores

Do horizonte és arrebol

Vai madrugada serena

Traz delirante poema

Recife manhã de sol
Voar
- Claude Bloc -
.

Planei no teu Voo
voei entre o silêncio e a poesia
entre a prosa e a (in)quietude.
Sobrevoei a alegria,
cantei os hinos do amor,
toquei os sinos da felicidade.

Em tuas asas,
transportei-me a cada recanto
onde onde podia te encontrar
e
finalmente,
e
simplesmente,
e
placidamente,
contigo
pousei nos recônditos da esperança.
.
Claude Bloc
.

Correio musical - de alguém para outro alguém com muito amor e carinho

Hoje é dia do Fusca - por Carlos Guimarães


Nosso carismático Fusca foi fabricado no Brasil entre 1959 e 1986, com retorno em 1993 até se aposentar de vez em 28 de junho 1996. Somando todo esse tempo são 30 anos de fabricação no Brasil. E de muito sucesso, sem falar da saudade que dá ao lembrar dos Fuscas que passaram pela vida de cada brasileiro. Sim, porque acredito que é muito difícil algum cidadão desse País não se lembrar de algum momento passado em que o Fusca estivesse presente, mesmo que discretamente.

Lembro-me que, nos anos 70 até início dos 80, a grande maioria da frota táxis de São Paulo era formada por Fuscas. Para dar mais espaço aos passageiros, os "motoristas de praça" (como se chamavam os taxistas nessa época) costumavam tirar os bancos dianteiros do lado direito para facilitar a entrada dos passageiros, que também ficavam com bem mais espaço para as pernas, e até para levar alguma bagagem de mão. Também era comum usar uma corda amarrada no puxador da porta direita para fechá-la com mais facilidade depois da entrada dos clientes. Bons tempos... E você, caro leitor, que lembranças tem do Fusca?

Carlos Guimarães/AE

Audrey Hepburn ( 4.05.1929 a 20.01.1993)



Todos se lembram de quando Marilyn Monroe cantou parabéns a você para o presidente John F. Kennedy, em 1962. Mas poucos se lembram de que foi Hepburn quem cantou para ele em seu último aniversário, em 1963.
O poema favorito de Audrey Hepburn era Unending Love, de Rabindranath Tagore.
A diva da ópera Maria Callas adorava o visual de Hepburn e adotou-o para si mesma na década de 1950.
Nas décadas de 1980 e 1990, o seriado de televisão favorito de Audrey era L.A. Law.
A modelo Kally Michalakif, em 10 de outubro de 2006, relembrou a atriz Audrey Hepburn nas ruas de Nova Iorque, realizando o mesmo trajeto que a atriz, há quase 50 anos, no filme Bonequinha de luxo (Breakfest at Tiffany's, 1961), realizara na frente da Joalheria Tiffany. Na verdade, foi um desfile - a modelo usava um figurino semelhante ao da atriz - que tinha como objetivo promover o leilão de objetos de filmes, e que foi realizado em 5 de dezembro do mesmo ano, na casa Christie's South Kensington, em prol da entidade City of Joy Aid que ajuda pessoas necessitadas na Índia. O vestido usado pela atriz no filme Breakfast at Tiffany's foi leiloado em dezembro de 2006 na Christie's, em Londres, por 410 mil libras (800 mil dólares), dinheiro destinado à construção de 15 escolas para crianças indianas pobres.[2][3]
Em Gossip Girl, a personagem Blair Waldorf tem Audrey Hepburn como maior ídolo, sempre agindo como se fosse a própria Audrey.
Na série Gossip Girl, o 11º episódio leva o nome de Roman Holiday, um dos filmes de Hepburn (br: A princesa e o plebeu / pt: Férias em Roma).
No episódio 4 e no episódio 14 de Gossip Girl, a personagem Blair Waldorf faz sua própria versão de cenas do filme Bonequinha de luxo.
No ano de 2000 foi lançado o filme The Audrey Hepburn Story, uma homenagem a Audrey que gerou críticas da mídia e de fãs, devido à escolha de Jennifer Love Hewitt para o papel principal.
O anime REC, faz muitas referências à Audrey Hepburn, inclusive sua personagem principal (Onda Aka) é sua fã declarada, e sonha em um dia ter uma voz como a dela. Além disso, todos os episódios tem nomes baseados em seus filmes.



Wikipédia



Feliz aniversário , Bastinha Job ! - Notável poeta e cordelista cratense .


São Sebastião





SÃO SEBASTIÃO nasceu em Narbonna em 250 d.C. em Roma. Era um valente soldado, tendo ingressado no exército com cerca de 19 anos de idade. Sua fama de bom soldado era tamanha que tornou-se estimado pelos imperadores Diocleciano e Maximiano; tanto que confiaram o comando do primeiro exército pretoriano a ele. Era sem dúvida nenhuma um soldado exemplar!

Mas se era tão querido e exemplar, então porque o mataram?

Sebastião vivia num tempo em que era proibido confessar que era seguidor de Jesus. Os soldados prendiam sem dó nem piedade os cristãos.

Acontece que Sebastião era um cristão, e o imperador não sabia disso. E Sebastião ajudou tanto aos demais cristãos que foi conhecido depois como o DEFENSOR DA IGREJA. A atuação de Sebastião nesse sentido consistia, principalmente, em confortar aos cristãos que eram perseguidos, e especialmente aos que padeciam no martírio. Até mesmo pessoas em altos postos do sistema carcerário romano se converteram à fé em Jesus por meio do seu testemunho.

Então, Sebastião foi denunciado ao imperador Diocleciano que ficou indignado e irado, pois o homem em que pusera sua confiança era um cristão (e cristão de ação!); e o condenou à morte. Levaram-no para um campo aberto, e os arqueiros da Mauritânia o flecharam. Dando-o por morto, abandonaram-no preso a uma árvore.

Acontece que, como deus não abandona aos seus servos, Sebastião, por um milagre, resistiu às flechadas e sobreviveu. Não muito depois, foi encontrado por uma piedosa viúva, que cuidou de suas feridas. Após sua recuperação, o valente Sebastião se apresentou ao imperador Diocleciano, censurando-o por sua crueldade e exortando-o a deixar de adorar os falsos deuses, mediante suas imagens de escultura. O imperador ficou estarrecido ao ver em sua presença aquele que cria estar morto. Preso novamente foi açoitado até morrer.

Prezado amigo, SÃO SEBASTIÃO é, sem sombra de dúvidas, um exemplo a ser seguido por todos nós. Por Jesus ele viveu e morreu. Muitas pessoas conheceram o amor de Deus, manifestando em Jesus, por intermédio da pregação desse jovem soldado romano. E o que ele tanto desejava era que o imperador e todas as pessoas do mundo abandonassem a idolatria e adorassem somente a Deus. Ele sabia que as imagens usadas na adoração pelo imperador e pelos demais eram contrárias à vontade de Deus. Pois, diz a Bíblia no Salmo 135:15 a 17 > “Os ídolos das nações são preta e ouro, obras de mãos humanas: têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem; não há um sopro sequer em sua boca. Os que os fazem ficam como eles, todos aqueles que neles confiam.” A Bíblia também diz o seguinte sobre as imagens/ídolos: “Eles não podem falar; devem ser carregados, porque não podem caminhar! Não tenhais medo deles, porque não podem fazer o mal e nem o bem tampouco.” (Jeremias 10:5). Por isso, o primeiro Mandamento declara: “Não farás para ti imagens esculpida, nem figura alguma do que há em cima do céu, nem debaixo na terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso.” (Êxodo 20:4 e 5).

Sim, SÃO SEBASTIÃO viveu uma digna de ser imitada por todo o mundo, inclusive por VOCÊ. Por que você não resolve ser, também, como ele? VOCÊ acha que se SÃO SEBASTIÃO pudesse ver tudo isto que acontece, ele ficaria contente de ver pessoas, hoje, se ajoelhando, fazendo pedidos, beijando ou carregando alguma imagem? VOCÊ acha que ele, conhecendo os mandamentos de Deus, cometeria esses atos de idolatria? PENSE NISSO!

O nosso povo vive cheio de crendices e superstições em busca de algo que possa preencher o vazio do seu coração, homens e mulheres sem razão para viver. Desesperados, entregam-se aos prazeres e vícios; ao ocultismo e idolatria. Há somente uma resposta para os anseios e problemas da alma: Jesus , o Salvador, em quem todos os mártires cristãos criam (incluindo Sebastião) e milhões de pessoas hoje crêem, e desfrutam da perfeita paz e alegria que só Jesus pode dar.

Abandone o pecado, a superstição, a crendice, a idolatria. Confie no Jesus que venceu a morte e o diabo por você. Ele lhe oferece vida abundante e paz real.

Extraído do folheto “A VIDA DE SÃO SEBASTIÃO”, distribuído pelo Centro de Pesquisas Religiosas (Caixa Postal 65.120 – CEP: 20072-970 – Rio de Janeiro)


HOJE! As 19h

Federico Fellini


Federico Fellini (Rimini, 20 de janeiro de 1920 — Roma, 31 de outubro de 1993) foi um dos mais importantes cineastas italianos.

Fellini ficou eternizado pela poesia de seus filmes, que mesmo quando faziam sérias críticas à sociedade, não deixavam a magia do cinema desaparecer.

Trabalhou suas trilhas sonoras, na grande maioria das vezes com o grande compositor Nino Rota.

Com uma combinação única de memória, sonhos, fantasia e desejo, os filmes de Fellini têm uma profunda visão pessoal da sociedade, não raramente colocando as pessoas em situações bizarras. Existe um termo "Felliniesco" que é empregado para descrever qualquer cena que tenha imagens alucinógenas que invadam uma situação comum.

Grandes cineastas contemporâneos como Woody Allen, David Lynch, Girish Kasaravalli, David Cronenberg, Stanley Kubrick, Martin Scorsese, Tim Burton, Pedro Almodóvar, Terry Gilliam e Emir Kusturica já disseram ter grandes influências de Fellini em seus trabalhos. Woody Allen, em particular, já usou o imaginário e temas de Fellini em vários de seus filmes: "Memórias" evoca "8½", e "A Era do Rádio" é remanescente de "Amarcord", enquanto "Broadway Danny Rose" e "A Rosa Púrpura do Cairo" inspirados em "Mulheres e Luzes" e "Abismo de um Sonho" respectivamente. O cineasta polonês Wojciech Has, autor dos filmes "O manuscrito encontrado em Saragoça" (1965) e "Sanatorium Pod Klepsydrą" (The Hour-Glass Sanatorium - 1973), são notáveis exemplos de fantasia modernista e foi comparado à Fellini pela "Luxúria pura de suas imagens".

O cantor escocês de rock progressivo lançou em 2001 um álbum de nome Fellini Days, com letras e músicas totalmente inspiradas nos filmes de Fellini.

O trabalho de Fellini inspirou fortemente musicalmente e visualmente a banda "B-52’s". Eles citaram que o estilo de cabelos bufantes e de roupas futuristas e retrô vem de filmes como "8½", por exemplo. A inspiração em Fellini vem também no último álbum da banda, intitulado "Funplex", (2008) com uma música que leva o nome de um de seus filmes "Juliet of the Spirits", ou, "Julieta dos Espíritos" ("Giulietta Degli Spiriti, 1965)".
wikipédia



Chacrinha





Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha (1917 - 1988)
Radialista, apresentador de TV e comunicador brasileiro nascido em Surubim, Pernambuco, que adotou o nome Chacrinha quando, entediado com a mesmice da programação das rádios do Brasil, criou um programa de Carnaval para a Rádio Clube de Niterói, instalada em uma chácara próxima ao cassino de Icaraí, chamado Rei Momo na Chacrinha (1943-1944), depois batizado Cassino da Chacrinha e finalmente Cassino do Chacrinha.

Aos 18 anos, estreou como locutor na Rádio Clube de Recife (1935) e mudando-se para o sul (1940), realizou pequenos papéis na Rádio Vera Cruz no Rio de Janeiro e, no mesmo ano, atuou como locutor nas Rádios Tupi e Guanabara, começando a chamar atenção para o seu trabalho.

Passou a atuar na Rádio Nacional (1945), e no ano seguinte foi para a Rádio Tamoio apresentar o Cassino do Chacrinha e Vesperal das moças (1946) e no mesmo ano, passou a trabalhar na Rádio Mauá e chegando a Rádio Globo (1947) e no mesmo ano, trabalhou na Rádio Tupi, com o programa Rancho alegre. Durante a década de 50 gravou músicas para o carnaval como Marchinha do curió (1952) e Olha a vassoura (1959).

Estreou na TV Tupi com o programa Rancho alegre (1957) e nas década seguintes vieram Discoteca do Chacrinha e Hora da buzina nas TVs Rio, Excelsior, Tupi, Globo e Bandeirantes, e continuou gravando suas marchinhas como Maria Sapatão e Bota a camisinha.

Com roupas espalhafatosas, a sua inseparável buzina e as sensuais chacretes, atraiu também o interesse da intelectualidade, particularmente dos tropicalistas, que viam nele uma das mais perfeitas traduções da brasilidade Quando morreu, na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, uma multidão, calculada em 30 mil pessoas pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, se apertou pelos corredores do Cemitério São João Batista para se despedir do Velho Guerreiro.

Sua viúva, Florinda Barbosa, lançou a biografia Quem não se comunica se trumbica (1997), em referência a um dos inúmeros bordões criados pelo apresentador.

Fonte: www.dec.ufcg.edu.br

Chacrinha
Nome artístico de José Abelardo Barbosa de Medeiros, apresentador de programas que marcaram época na televisão brasileira: Buzina do Chacrinha e Discoteca do Chacrinha.

Nascido em Surubim, em 1918, aos quatro anos de idade foi morar no Recife, onde mais tarde trabalharia em algumas emissoras de rádio.

Em 1941, foi para o Rio de Janeiro, trabalhar na Rádio Clube de Niterói, onde ganhou o famoso apelido: é que a sede da emissora ficava numa pequena chácara e o primeiro trabalho do animador foi apresentar um programa pré-carnavalesco denominado "Rei Momo na Chacrinha".

Do rádio, ele passou para a televisão, estreando na TV Tupi em 1957.

Trabalhou também na TV Bandeirantes, Excelsior, Record e Globo. Bem-humorado, fazia o tipo gozador e foi um dos maiores e mais queridos animadores da televisão brasileira.

Morreu no Rio de Janeiro, de câncer no pulmão, a 30 de junho de 1988.

Fonte: www.pe-az.com.br
Camocim
- Por Claude Bloc -
.
Camocim
Como assim?
Minha vida cigana
me leva aqui e ali
.
aquém e além
e cá estou
nesse meio
alheio


abalizando,
avaliando,
analisando...
de sol a sol
em Camocim
como se fosse de aço
mas cheia de cansaço...


Oito horas a prumo
aprumo o passo e passo
afogando o cansaço
nesse grande abraço
do mês de janeiro


Claude Bloc