Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

domingo, 18 de outubro de 2009

Amore scusami

Nerds...

Filho de nerd
nerdinho é
Neto de nerdinha
nerdinho será !
Haverá mais nerds , na família ?

Se nerd está no DNA
Não tem como consertar !

A ETERNA INDECISÃO ENTRE O OURO (MATÉRIA REAL) E A VIRTUDE (ESPÍRITO IDEAL): O CONHECIMENTO RACIONAL DO HOMEM E A EXPERIÊNCIA SENSÍVEL


"O único tirano que aceito em minha vida é uma voz doce e suave em meu interior" - Gandhi

"O ouro e a virtude são como dois pesos colocados nos pratos de uma balança de tal modo que um não pode subir sem que desça o outro" - Platão

"A ardente aspiração de nos conhecermos e de conhecer nossos semelhantes encontrou expressão na sentença délfica: "conhece-te a ti mesmo". Esta é a fonte principal de toda psicologia. Como, porém, o desejo é o conhecer tudo sobre o homem, seus mais íntimos segredos, tal desejo nunca pode ser efetivado no conhecimento de tipo normal, no conhecimento só pelo conhecimento. Ainda que conheçamos mil vezes mais sobre nós mesmos, nunca alcançaremos o fundo. Permaneceremos ainda um enigma para nós próprios, como nossos semelhantes continuarão sendo um enigma para nós. O meio único de conhecimento completo está no ato do amor: esse ato transcende o pensamento, transcende as palavras. É mergulho ousado na experiência da união...O problema de conhecer o homem é paralelo ao problema religioso de conhecer Deus" (1).

"Em geral o homem está tão atarefado pelo imediato viver, que gasta a maior parte de seu tempo e o melhor de suas energias para construir um arranjo existencial que lhe dê a sensação de bem-estar e segurança material. Isso quer dizer que em geral o homem não filosofa, não discute os pressupostos de seu arranjo, não des-vela o vigor que o move e domina. Ele está num concreto arranjado. Vive-o. E quando pensa faz mais ideologia que filosofia, isto é, pensa elucubrando teorias e idéias que falam mais de um determinado modo de viver que da própria vida" (2).

"Ocupados na tarefa do uso do conhecimento, os homens perdem o "verdadeiro" sentido do conhecimento" (3).

"Pois, todo saber real é um saber crítico, quer dizer, consciente de si mesmo, de seus projetos, de seu significado, de seu alcance, de seus limites, de suas possibilidades. Portanto, ele é ao mesmo tempo um saber do conteúdo e um saber do saber" (4).

"Um de nossos problemas, hoje em dia, é que não estamos familiarizados com a literatura do espírito. Estamos interessados nas notícias do dia e nos problemas do momento. Antigamente o campus de uma universidade era uma espécie de área hermeticamente fechada, onde as notícias do dia não se chocavam com a atenção que você dedicava à vida interior, nem com a magnífica herança humana que recebemos de nossa grande tradição - Platão, Confúncio, o Buda, Goethe e outros, que falam dos valores eternos, que têm a ver com o centro de nossas vidas. Quando um dia você ficar velho e, tendo as necessidades imediatas todas atendidas, então se voltar para a vida, aí bem, se você não souber onde está ou o que é esse centro, você vai sofrer. As literaturas grega e latina e a Bíblia costumavam fazer parte da educação de toda gente. Tendo sido suprimidas, toda uma tradição de informação mitológica se perdeu. Muitas histórias se conservavam, de hábito, na mente das pessoas. Quando a história está em sua mente, você percebe sua relevância para com aquilo que esteja acontecendo em sua vida. Isso dá perspectiva ao que lhe está acontecendo. Com a perda disso, perdemos efetivamente algo, porque não possuímos nada semelhante para pôr no lugar. Esses bocados de informação, provenientes dos tempos antigos, que têm a ver com os temas que sempre deram sustentação à vida humana, que construíram civilizações e enformaram religiões através dos séculos, têm a ver com os profundos limiares da travessia, e se você não souber o que dizem os sinais ao longo do caminho, terá de produzi-los por sua conta" (5).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
(1) FROMM, Erich. A Arte de Amar. p.44
(2) BUZZI, Arcângelo R. Introdução ao Pensar, p.172.
(3) HÜHNE, Leda Miranda. Metodologia Científica: Caderno de Textos e Técnicas. Rio de Janeiro: Agir, 1988, p.38.
(4) LEADIRIDRE, Jean, Filosofia e Práxis Científica, p.45.
(5) CAMPBELL, Joseph- O Poder do Mito: Joseph Campbell, com Bill Moyers, São Paulo: Palas Athena, 1990, p.3-4.

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Obs.: A questão que se coloca para o homem moderno não é aquela de escolher ou seguir um caminho de perfeição. Mas, entre saber superar a ilusão da percepção do ego e transcendê-la para ver com mais propriedade a essência por detrás das aparências do mundo humano. Em outras palavras, cada ser humano precisa perceber o epifenômeno em que se está inserido onde as realidades se entrelaçam e escondem as suas diversas dimensões na multidimensionalidade do ser. Querer enxergar a realidade a partir de uma visão tridimensional racional é uma limitação que precisa de disciplina interior para ser superada. A verdade da realidade nunca é dada, mas conquistada pelo esforço pessoal de transformar o desconhecido em conhecido, e o conhecido em autoconhecimento de si e do cosmo. Esse é o desafio humano em todos os tempos: Luz e mistério; imanência e transcendência; humano e supra-humano; saber e ignorar as leis; viver e morrer.
A vida nos foi dada para que possamos revelar a luz que existe e sempre existiu em nós. Não basta crer e viver guiado apenas pela razão e o instinto. Temos que superar a crença pela força da fé; superar o instinto pela força da intuição. Viver e não apenas sobreviver; amar e não apenas desejar. "Vós conhecereis a Verdade - a Verdade vos libertará" - Bíblia.

O propósito de tudo é o mistério da consciência em seu processo evolutivo. Pois, "entre o céu e a terra existem tantos mistérios, que nossa vã filosofia....".

Coxinhas

Vejam só como são as coisas! De um lado existem aqueles pábulos que vivem cagando uma goma danada. Tudo na vida deles é perfeito. Afortunados, dizem possuir os cargos mais importantes,as mulheres mais bonitas, os melhores carros, as melhores casas e gozar da amizade do papa, de Obama, de Bill Gates. Na outra extremidade, há os anti-heróis: aqueles que gostam de narrar o próprio infortúnio, o azar, os desencontros de todo dia. Estes últimos são bem mais verdadeiros. Têm o cuidado de compilar cuidadosamente os desacertos cotidianos e contam tudo sem necessitar de lupa, de lente , de aumento : Ah ! Isso só podia acontecer mesmo comigo! Já o contador de vantagem, raramente o faz assentado em fatos reais, com freqüência usa as molas propulsoras da ficção para temperar suas histórias e inflar o próprio ego, às custas da paciência dos outros. Mesmo quando há verdade nos seus relatos , sua presença é incômoda. O anti-herói é mais palatável e menos chato que o “caga-goma”.
O leitor, certamente, deve conhecer vários personagens que podem ser incluídos em qualquer um dos grupos. De outra feita já me detive um pouco no estudo da pabulagem desenfreada que aqui entre nós fornece material para um verdadeiro tratado. Aproveito este sábado para desenterrar a outra face da moeda. Inspirado talvez em Fernando Pessoa que já havia gritado ao mundo no seu “Poema em linha reta” : Arre, estou farto de semideuses! / Onde é que há gente no mundo? Pois bem, hoje vamos falar de pessoas capazes de pecados, de enxovalhos, do ridículo, da vergonha, do atropelo, do achaque. Gente !
É que a vida, amigos, esta enxurrada de surpresas, é muito mais escrita em curvas e encruzilhadas do que na perfeição inflexível da semi-reta. E, se existe uma mão superior que traça os destinos e consegue pôr retidão em fatos desencontrados e estapafúrdios, para nós , simples mortais, esta planície é, a maior parte das vezes, perfeitamente imperceptível. Sobram-nos os vales e as depressões.
Chamava-se Zenaldo. O próprio nome, meio grego, como que previa uma primeira ironia que o haviam lhe pespegado logo no nascimento. Zenaldo colecionava suas gafes desde a infância e as contava sem nenhuma raiva, sem nenhum remorso, e, mais : sem demonstrar quaisquer sinais de predestinação. No íntimo sabia que os atropelos existiam igualmente entre todos, a única diferença é que uns relatavam, como ele, e outros não. Pois vou contar uma das suas clássicas histórias. Estudava Medicina em João Pessoa. Viera passar as férias no Cariri, em julho. Terminada a exposição, arrumou os teréns para a viagem de volta. Pegou o velho ônibus, o famoso pinga-pinga. Aquele que não pode avistar ninguém próximo à estrada que pára tentando convencê-lo a viajar. Pois bem, ia sentado junto com um colega, ele do lado da janela. O Cata-Corno, como o ônibus é carinhosamente chamado entre os estudantes, ia fazendo suas paradas regulares nas diversas cidades : Juazeiro-Barbalha-Missão Velha-Milagres, etc. O percurso prometia. Iam entrando várias colegas, igualmente de volta aos estudos na capital paraibana. Zenaldo começou a esticar os olhos para uma e outra, enquanto , passou a endereçar o papo com o colega vizinho para uma área mais específica dos seus estudos, num tom um pouco mais alto que o normal. Uma técnica que devia ter aprendido com os camelôs. Na parada em Barro, resolveu exercitar uma modalidade radicalíssima de esporte: o salto por sobre a coxinha de rodoviária. E existe coisa no mundo mais perigosa ? Fabricada sabe-se Deus como e quando, o usuário, de passagem, sequer tem o direito sagrado de voltar e reclamar no DECON. A bomba relógio , armada no seu tic-tac incessante, vai acabar o estopim bem adiante, bem longe do raio de ação do vendedor.
Passando em Cajazeiras, Zenaldo começou a sentir as primeiras contrações do parto. Subestimou a carga de megatons que carregava na barriga e continuou se enxerindo para as colegas, fazendo gracinhas, soltando chacotas e piadinhas. Lá para as tantas, veio uma contração um pouco mais forte. Ele imaginou tratar-se apenas de uma lufada de vento intestinal. Temeu pelos odores que poderiam denunciar , mas, de qualquer maneira, seria impossível culpar alguém. Não haveria provas suficientes para imputar o crime a qualquer um dos cinqüenta e tantos passageiros da sopa. O grande problema é que a bomba H armara-se com nitrogênio líquido, Zenaldo se abestalhou com o controle de qualidade e a pressão do turbo. Ao invés da nuvem de fumaça química, a contração fez nascer um afluente do Rio Grangeiro, com suas águas turvas e pútridas. Zenaldo, literalmente, borrou-se todo. A seqüência de fatos, a partir daí, é bem previsível. A fedentina tomou de assalto a lotação. Zenaldo suava em bica. De repente os passageiros gritavam : “Ei, fecha a porta do banheiro aí, pessoal, que alguém morreu lá dentro e não foi enterrado!” Afastada a possibilidade da contaminação vir do banheiro, todo mundo começou a virar os pés e observar cuidadosamente se os sapatos não estavam calebreados de binga. Zenaldo, cada vez mais tenso, descobriu que as possibilidades se esgotavam. Cochichou, então para o colega vizinho e contou a tragédia ocorrida. Pediu para ele tirar uma toalha da bolsa que estava no bagageiro logo acima. O colega solidarizou-se com ele e cumpriu o pedido. Chegando em Patos, já sob a desconfiança geral dos outros passageiros, ele levantou-se, amarrou a toalha na cintura, tirou a bolsa e saiu, arrasado, sob o coro terrível e humilhante das meninas que pensara em conquistar:
---- Cagou ! Cagou! Cagou !
É , e não tinha sido goma ! Retirou o resto da bagagem. Avisou ao motorista que ia ficar por ali mesmo. Procurou um posto de gasolina próximo. Contou ao funcionário a tragédia acontecida e negociou um banho reparador. Jogou as roupas bombardeadas no lixo. Voltou para a rodoviária, novo, restabelecido, com a auto-estima de novo nas nuvens. Tomou o próximo ônibus como se nada houvesse acontecido. Quem sabe não lhe caberiam agora outras coxinhas , mais rechonchudas e menos reimosas ?

J. Flávio Vieira

CURIOSIDADE ARTISTICA DO CRATO - Por Edilma Rocha


Grauben Bomilcar nasceu no Crato no ano de 1889.

Começou a pintar aos setenta anos de idade. O governo Brasileiro presenteou a Rainha Elizabth da Inglaterra com uma obra do artista na década de 60.

Participou da sétima e oitava, Bienal Internacional em São Paulo

Paricipou da segunda Bienal de Córdoba

Exposição Coletiva em Moscou e Varsóvia

Exposições Individuais no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Galeria do Copacabana

Pálace.

Seu estilo foi o primitivo, Art Naif e pintou os Folclores do Crato

Faleceu no Rio de Janeiro em 1972 aos oitenta e três anos.
Edilma Rocha


DIA DO PINTOR - Por edilma Rocha

Hoje é comemorado o dia do Pintor. Mas não é o dia do Artista Plástico, porém estão relacionados. Pintor é aquele que tem a profissão de empregar as côres em diversos objetos como uma proteção ou para fazer através das tintas uma limpeza. Todos os anos temos o hábito de pintar a nossa casa para o Natal. Para este trabalho poderemos contratar um profisional qualificado ou pessoa de nossa confiança. O universo das côres e os recursos existentes no mercado são cada vez mais criativos e renovados a cada ano. A relação entre os profissionais ou amadores é que podem colorir coisas sem o poder da criação, apenas sobrepondo camadas de tintas para maior efeito e realce.
Fui solicitada pelo Cariricaturas para lembrar alguns nomes de Artistas Plásticos da nossa cidade Natal, e como contribuição passo uma lista aos nossos leitores:
Grauben Bomilcar
Vicente Leite
Valdemar Garcia
Berenice Barreto Fernandes
Edilson Rocha
Moreirinha
Hubert Bloc Boris
Borromeu
Jéferson Albuquerque
Sérvulo Esmeraldo
José vicente Perreira
Telma Saraiva
Rômulo
Francisco dos Santos
Fernando Lins
Herbeno Tavares
Euricinda Teles
Claude Bloc
Daniel Boris
Paulo Bento
Lídio
George Macário
Crystian Marques
Normando
Nicodemos
Alexandre Lucas
Paulo César Bento da Silva
Arte Naif ou Naive, tambem conhecida como Arte Primitiva ou Ingênua, nasceu de uma Arte Pura. Puramente Popular. Extraindo côres vibrantes do Folclore e dos Festejos de seu povo, estendendo seus tapetes de fé sôbre tela, imprimindo a sua cultura ou interpretando sua história. Pincelaram este estilo, Antonio Poteiro, Alba Cavalcanti, Sônia Furtado e Chico da Silva.

Projeto "Água pra que te quero"! - Nívia Uchôa




Conselho - Batista de Lima


Se quiseres chegar mais longe

para com teus andares

o mais longe está aqui

perto dos teus calcanhares


Se quiseres me encontrar

para de me procurares

te espero vivendo em ti

basta te encontrares


Agora que te dei a chave

leva os segredos meus

só assim te possuirei

só assim me possuirás


(O sol de cada coisa- Batista de Lima)

A fila anda ... - Rosa Maria Guerrera


Hoje eu gostaria de escrever o verso que nunca escreví , e nele sonhar um sonho nunca imaginado . Gostaria de numa página em branco relembrar em fragmentos todos os beijos que dei , todas as fantasias que imaginei , e todos os delírios que apetecí. Gostaria de poder entender as interrogações do silêncio , as verdades das exclamações e deslizar devagarinho pelas reticências das surpresas .Tem certos dias que a gente amanhece mesmo com vontade de ser qualquer coisa que não seja nós mesmos .Vontade de fazer aquela LISTA , como diz a bela composição de Oswaldo Montenegro :”Faça uma lista dos sonhos que tinha/quantos voce desistiu de sonhar ? quantos amores jurados pra sempre /quantos voce conseguiu preservar”. E mais adiante a interrogação mais importante : Onde você ainda se reconhece/ na foto passada ou no espelho de agora?”E eu me pergunto quando ouço essa música:Quem não possui uma lista dentro de sí ? Quantos e quantos sonhos não desistimos de sonhar ? Quantas palavras guardamos no momento em que deveriam ser ditas e quantas outras deixamos escapar no instante errado ? É quando a gente para e olha aquela foto passada sem se reconhecer no momento atual .O espelho que nos refletiu ontem , já não nos mostra a mesma imágem.Não me refiro ao tempo cronológico, mas ao tempo aprendizado.E esse é o mais importante na vida de todos nós .E o mais curioso é que a gente não pode afirmar que aprendeu de tudo na vida , porque a cada instante nos aparece uma nova lição no jogo de xadrez do destino .Se eu fosse fazer hoje uma lista dos amores que tive será que teriam a mesma importância para mim , como antes ? Talvez quando existiram tivessem sido realmente importantes ,mas ... “ a fila anda” como tenho por hábito dizer. E nessa caminhada , fatos, pessoas e casos vão ficando na poesia que escrevemos ontem, e como a pena do poeta não tem o direito de parar , novos temas e novas emoções vão dando início a um novo soneto ou poema. Hoje realmente eu gostaria de fazer aquela poesia que nunca fiz ou imaginar um sonho nunca sonhado , e se agora não estou conseguindo realiza-la tenho certeza de que amanhã , ou dentro de minutos,ou até daqui a muitos anos eu conseguirei compor esses versos .E quando entendidas as interrogações do silêncio, as verdades das exclamações ou ainda as reticências das surpresas , tenho certeza absoluta de que não encerrarei a minha lista . No longo corredor da vida , ainda existirão muitas portas a serem escancaradas .Afinal , é como digo sempre : “..A FILA ANDA ......”
rosa guerrera

O INUSITADO E A IRREVERENCIA DOS BRASILEIROS



Quando recebi esta mensagem, achei a princípio que seria uma montagem brincalhona. Mas ao pesquisar no Google Heart e IBGE confirmei a veracidade do interessante e inusitado fato. Confiram voces meus caros amigos. Pensei em propor a trasnferência da localização para o Congresso ou mesmo o Palácio do Panalto. Pensei bem e cheguei a conclusão que seria uma acinte à laboriosa classe das "profissionais do sexo". Assim, fica lá em Bela Vista de Minas mesmo.


Pois bem, esse bairro localiza-se na cidade de Bela Vista de Minas, perto de João Monlevade, MG. Bela Vista, uma cidadezinha cercada de mato no interior de Minas Gerais, claro no Brasil, é uma grande surpresa. Um dos bairros tem esse nome... Acredite se quiser! O município de Bela Vista de Minas foi criado pela Lei nº 2764, de 30 de dezembro de 1962, desmembrado do município de Nova Era, declarando naquele momento, às margens do Córrego do Onça a Independência de Bela Vista de Minas. A cidade é divida em 7 bairros, Bela Vista de Cima, Lages, Serrinha, Córrego Fundo, Favela, Puta que Pariu e Boca das Cobras ( a Europa de Bela Vista).
Fontes: IBGE, Google Hearth, e colaboradores.

Naus

Sou um sujeito trôpego
inconstante, dentes amarelos

nem mais formiguinhas
e pequenas lagartixas
acompanham-me a solidão rasteira

caem lâminas afiadas
pedras pontiagudas
brasas vulcânicas
tédios, marasmos

mas germina-se em minha mente
uma plantinha cheirando a nova vida
e presentes.

Talvez por avistar entre loucuras
uma garrafa vazia.

Quase quarenta e quatro anos -
os mesmos arrebatamentos,
a mesma garrafa vazia.

À noite todo gato é pardo ? Preciso saber , se a minha dona me reconhece ...Fugi para o Cariricaturas !




Aniversário de Gabriel


Ontem (dia 17 de outubro) foi o aniversário de Gabriel - filho de Tales e Socorrinha e neto de Magali e Carlos Eduardo.

Várias vovós e amigas da vovó Magali estavam presentes "curtindo" a festinha muito bonita a divertida. Nas mesas os núcleos familiares e amigos se reuniam para o (re)encontro e muita prosa enquanto a criançada sumiu para brincar no parquinho.

Na hora dos parabéns o aniversariante era só sorrisos e vibração. Timidez? Jamais!

As belas da noite - Emília e Rosineide

Eleonora - Magali e Carlos Eduardo


Parabéns Gabriel!

Conversa com Violeiros

(Postei um poema "Vida de Violeiro".
Ei-lo reescrito e renomeado)

Conversa com Violeiros

Um dos encantos que guardo
da minha infância rural
que os anos não trazem mais:
o claro toque de um banjo.
Ao som de uma viola
ouvi cantar Cego Heleno:
metálico era seu timbre,
e pela primeira vez
assombrou-me a voz humana.
Imaginei ser poeta,
cantador e repentista.
Exemplos não me faltavam:
Inácio da Catingueira,
um gênio no desafio,
e o grande Cego Aderaldo.
Por volta dos quinze anos,
em meio às dobras da vida
de improviso, em redondilha,
cometi uma sextilha:
Eu tinha catorze anos
quando minha mãe nasceu,
sol brilhou sobre o seu medo
e espiou dentro do meu,
eu tinha catorze anos
quando minha mãe morreu.
Bem depois vim a saber
que aquele verso, ou reverso,
paradoxo, bizarria,
modéstia à parte, eu diria,
sem querer já me fazia
precursor de Zé Limeira
o poeta do absurdo
(e por evocá-lo agora
transcrevo um seu breve estudo):
Nessa vida de viola
vivo pra diante e pra trás,
nunca mais tive alegria
depois que perdi meus pais,
minha vida é de caboclo,
quatro é muito, cinco é pouco,
dez não dá, sete é demais.
Depois conheci Zé Gato,
repentista, embolador,
que entre banhos de alegria,
numa feira lá do Crato,
num certo dia inspirou-me
um verso de pé quebrado:
Bom cantador é aquele
que canta o que está lacrado
no coração mais exangue
do homem mais desalmado.
Zé Gato, cadê teu pulo?
Nos dias que ainda traço
sem viola, nem repente,
sigo pensando na mente:
Quem não canta neste mundo
no outro fica atolado,
pois o nosso mundo é este,
que o outro, é do outro lado,
por isso cante com a alma
que a vida lhe deu de agrado
para encantar quem não canta
e alegrar quem está calado!


Assis Lima.

18 de outubro - Dia do Médico


Oração dos Médicos
Ó Mestre,

Eu te agradeço porque me entregaste a missão de exercer a medicina,
restituir a alegria de viver às pessoas que me são confiadas a qualquer
hora, momento e lugar.
Ofereço-te a minha vocação de servir a sociedade como instrumento de tua providência

Grandes são os avanços da ciência, mas também
são inúmeros os desafios à limitação humana
que exige de mim seriedade, equilíbrio, sabedoria
e fidelidade ao juramento que fiz.

Ó Deus da vida! Ilumina-me e faça de mim um
mensageiro de misericórdia e esperança.

Que no final de cada jornada eu possa celebrar
o renascer da vida, fruto do trabalho e entregar-te às situações da minha limitação quando não tiver êxito.

Senhor, que vieste trazer vida e vida em abundância, tornar-me um instrumento de tua misericórdia.

Amém.
Obrigado, Senhor!

http://mensagensepoemas.uol.com.br

Chiquinha Gonzaga - Por Norma Hauer


Foi há 162 anos que ela nasceu, recebendo o nome de Francisca Maria Edwiges Gonzaga. Era o dia 17 de outubro de 1847. Foi aqui mesmo, no Rio de Janeiro, filha de José Basileu e uma mestiça de nome Maria. Apenas isso:Maria. Pois foi essa Maria que trouxe ao mundo um talento conhecido como Chiquinha Gonzaga.

Uma mulher maravilhosa que não deu “bola” aos preconceitos da época e abriu as portas para um mundo abençoado por suas músicas e peças teatrais.

Casaram-na aos 16 anos , como era hábito então , mas ela não nascera para o casamento; mesmo assim teve três filhos (ainda não se inventara a pílula). Como não era a vida que desejava, abandonou seus filhos, ficando com o mais velho, de nome João Gualberto.
Este, em 1920, embora não fosse músico, mas sendo filho de quem era, criou a gravadora “Popular”, para concorrer com os “Discos da Casa Edson-Rio de Janeiro” , que dominavam o mercado da época. Nessa gravadora, Francisco Alves, então iniciando sua carreira , gravou seus primeiros discos.

Tentando ingressar no meio teatral, Chiquinha produziu duas peças:”Penhasco" e "Festa de São João”. Foram rejeitadas, por terem sido escritas por uma mulher. Só que era uma mulher de fibra e não se intimidou. Assim, em 1885, com uma nova peça de nome “A Corte na Roça”.estreou no meio antes hostil, especialmente masculino, mas que reconheceu seu talento.

As “dondocas” hipócritas de seu tempo, provavelmente as invejavam por sua coragem, mas não se misturavam com uma mulher separada e que
depois teve amantes.
Era com Antônio Calado e seus “chorões” que ela se relacionava profissionalmente.

Essa mulher maravilhosa escreveu um bonito tango (como eram comuns) de nome “Lua Branca”, que não é nada mais que uma seresta que, posteriormente, recebeu uma letra de Luiz Peixoto e ainda hoje é um dos hinos de nossos seresteiros.
Luiz Peixoto foi também seu patrono em uma “burleta” de nome “Forrobodó”, escrita em 1912.
Dois anos depois, em pleno Palácio do Catete, levada por outra mulher também talentosa ( a cartunista Rian), apresentou, ao violão ( instrumento considerado “maldito”) seu tango “Corta-Jaca”, também conhecido como “Gaúcho”.

Rian era Nair de Tefé, a esposa do então Presidente da República Marechal Hermes da Fonseca.

Compôs também, entre outras melodias, as de nome “Falena”, “A Brasileira” e “Machuca”.

Ainda no final do século 19 criou a primeira música feita especialmente o para o carnaval: o “Abre Alas”, para o cordão “Rosa de Ouro”, do Andaraí. Ali mesmo, naquele bairro tranqüilo da Zona Norte.

Chiquinha Gonzaga esteve três vezes em Portugal com seu jovem companheiro, de nome João, que a acompanhou até o fim de seus dias, em 28 de fevereiro de 1935.

Chiquinha foi um exemplo de perseverança em uma época hostil, em que se lutava pela Abolição e pela República, quando a política “fervia” e os preconceitos dominavam.

Hoje, 74 anos após seu falecimento,

ABRAMOS ALAS PARA CHIQUINHA GONZAGA!!!
Norma Hauer

À CONTROLADORIA DO CLIMA, URGENTE - Por Emerson Monteiro

O movimento dos dias enrijece a consciência de quem gosta do prato feito, de preferência cifs e sem ter de lavar depois do uso. O tal “farinha pouca, meu pirão primeiro”, dito baiano dos mais consistentes, a propósito do descaso com que a humanidade conduz só nos beiços do umbigo essa crise monumental sem precedentes do clima do Planeta.
Poucos fenômenos da história conhecida demonstram o tamanho da bronca desse egoísmo galopante que agora parece dominar a mentalidade dos mortais comuns. Iniciaram a longa caminhada futucando beiras de mangue, à busca dos siris abobalhados, catando gravetos para assar javali, no fundo das cavernas escuras, regado a suco de amoras fáceis, nas matas ali por perto, e hoje, graças ao uso desenvolvido de ferro e fogo, arrombam as portas mais intransponíveis do ecossistema, a pretexto de aumentar os ganhos nos produtos internos brutos, para engordar o erário das nações e gerar lucros fantásticos, desaparecidos no ventre promíscuo da besta e nos esgotos das bolsas do mundo, cifras faraônicas transmitidas no cair da tarde pelas telinhas fosforescentes e práticas dos caixões eletrônicos trepidantes.
Enquanto isso, as mãos atadas dos indivíduos apenas perguntam, através das pontas de dedos aos teclados dóceis, onde e quando terminará tanta imbecilidade produzida na farra das autopistas, excrementos de massa informe comandada ao som da voz dos expoentes forjados à custa da ganância e do peso em ouro retirado ou a retirar dos cofres da mesma fornalha coletividade. Líderes artificiais, inautênticos, animais de laboratórios, genéricos, transgênicos.
No outro dia, de narizes entupidos, amarrados nos para-brisas da existência metálica, gargantas doloridas, olhos ansiosos, barrigas obesas, dilatadas ao vento, na força dos momentos incertos das curvas da estrada de Santos, etc.
**************
(Bom, até aqui era o que vinha escrevendo, nesta manhã bonita de domingo de outubro, quando a máquina travou (das tantas desobediências que comete no transcorrer das produções bissextas).
Nessa hora, enquanto aguardava o retorno das funções, pensei comigo: Também, cara, tu, numa época dessas de calor e sequidão, ondas gigantes, incêndios de matas, desmatamentos galopantes, bombas nucleares acesas em poder de povoados, resolve desancar a civilização para teu puro deleite doméstico de fim de semana, no teu ócio desse quintal solitário, sem quaisquer conseqüências práticas, lógicas e racionais? Quer destoar, com isso e sem condição alguma, o velho coro dos contentes, sem mais nem menos, muito menos autoridade? Baixe a bola, cara, e deixe correr o barco. Logo tu, que vem dos termos memoráveis da estação das flores, The Beatles, Tropicalismo, Cinema Novo, egresso desconfiado sobrevivente da geração perdida dos anos 60, escondido na burocracia dominante, boêmio inveterado, lotado de literatura até dizer chega? E esquecido, nos dias de sol que se apresentam mais constantes e tórridos, das madrugadas esplendorosas e suas alvoradas magistrais? Calma, meu irmão camarada, a toda geração suas contradições e esperanças, e não foste tu quem iniciou o projeto do Universo. Jamais queira tirar a alegria dos que riem nas praças ao som das pagodeiras intensas. Deixe transitar, na tela do infinito os dramas cotidianos, mesclados na dança das horas. Viver a vida, sorrir e sonhar. Faça sua parte. “A cada dia se bastam as preocupações de cada dia”. Cumpra o papel que lhe compete, que assim não atrapalha a performance dos outros, nem esgota suas chances de sucesso).
Deste modo, cumpri a promessa feita a mim mesmo de que, caso recuperasse o documento (qual se verificou) me retrataria perante o leitor, em tempo de reavaliar as ideias que vinham chegando um tanto amargosas quanto à atualidade. Desta vez ninguém fala de guerra ou desassossego. Nada disso, pois “há um tempo para o pássaro, há um tempo para o peixe”, do poema de Vinicius de Morais. Esteja pronto a todo instante. Viva a vida com arte!

Hoje é o dia do pintor


Hoje é o dia do pintor! A pintura, assim como a música, é uma das manifestações artísticas mais antigas da humanidade.

Durante a história tivemos vários movimentos artísticos que são na verdade o reflexo do pensamento sócio-cultural da época. Segue alguns exemplos de movimentos e respectivos pintores:

Romantismo
Pintor: Eugène Delacroix
Tela: A Liberdade guiando o povo

Realismo
Pintor: Jean-François Millet
Tela: As coletoras de restolhos (1848)

Naturalismo
Pintor: Van Gogh
Tela:Os Comedores de batatas (1885)

Impressionismo
Pintor: Claude Monet
Tela: Impressão do nascer do sol

Surrealismo
Pintor: René Magritte
Tela: Le jockey perdu

Cubismo
Pintores: Pablo Ruiz Picasso; Georges Braque

Movimentos Brasileiros

Um dos movimentos mais expressivos da arte Brasileira foi a semana de arte moderna que aconteceu em fevereiro de 1922. Anita Mafaltti, Di Cavalcanti e Vicente do Rego Monteiro estão entre os pintores que participaram do movimento.

Tela de Vicente do Rego Monteiro

Tela de Di Calalcante - Mulata


Anita Malfatti - A Boba

Depois da semana de 22 tivemos 2 movimentos significativos a Semana de Arte Moderna: Pau Brasil, em 1924, e Antropofagia, em 1928, ambos contaram com a participação da pintura Tarsila do Amaral. A famosa tela "O Abaporu" deu origem ao movimento Antropofagia.

Influenciados pelos movimentos modernistas uma geração de pinturas surge como: Alfredo Volpi, Clóvis Graciano, Quirino da Silva, Cícero Dias, Alberto da Veiga Guignard, Waldemar da Costa, Cândido Portinari, Iberê Camargo, Ismael Néry, entre muitos outros.

Nos anos cinqüenta a pintura abstrata influência grandes mestres brasileiros como: Cícero Dias, Milton da Costa, Volpi, Antônio Bandeira, Lygia Clark, Ivan Serpa, Tomie Ohtake e outros.

A poesia de Nicodemos - Por João Nicodemos

a dor dói
mas não mata...
precisa do

ente
para ser...

---------------

mente livre
mente
livremente

?
---------------

onde andará aquela
de quem só encontro pedaços
nas outras que beijo?

terá hora, ou virá sem hora
a senhora do meu desejo?

andará a me buscar
ou nem sabe de mim?
não sabe que trago,
por ela guardado
um amor sem começo
sem fim...

se ela demora e não vem
onde jogar meu carinho
que brota escondido e é de ninguém?

Que venha logo
que venha breve
vestida de branco de seda ou cetim
ou melhor
me venha nua
vestida somente de cheiro jasmim...

Ganharemos a rua
e uivaremos pra Lua
na noite sem fim.


PAIXÃO


até suas
listas de compra

leio emocionado.


João Nicodemos

Antonio Meucci - O criador do telefone

Antonio Meucci, O verdadeiro inventor do telefone.Antonio Santi Giuseppe Meucci (Florença, 13 de abril de 1808 -- Nova Iorque, 18 de outubro de 1889) Foi um inventor Italiano, Conhecido como o criador do Telefone. Estudou na Academia de Belas Artes da capital de Toscana, Trabalhando posteriormente como empregado da Alfândega e depois como técnico de cenários do histórico Teatro della Pergola de Florença, onde conheceria sua futura esposa, Ester Mochi.

Estudou Engenharia Química e Engenharia Industrial. Foi preso entre 1833--1834 por participar nenhum movimento de libertação italiano. Casou-se dia não 7 de agosto de 1834 com Ester.

Novamente acusado de Conspiração por participar do Movimento de Unificação Italiana, Meucci ficou na prisão por mais três meses.

Em Outubro de 1835, Ele e sua mulher Deixaram Florença para sempre. Emigraram para o continente americano, parando em primeiro Cuba, Onde Meucci aceitou um emprego em nenhum Gran Teatro de Tacon Havana.

Em 1850, Meucci e uma mulher foram para os Estados Unidos, Instalando-se em Clifton, Em Staten Island, Onde o casal Viveu pelo resto da vida.

Em 1856 Meucci construiu um telefone eletromagnético - Que denominou telettrofono - Localizado para conectar seu escritório ao seu quarto, no segundo andar da casa, pois sua esposa sofria de reumatismo.

Porém, Devido a dificuldades financeiras, Meucci apenas conseguiu pagar uma Patente provisória de sua invenção. Acabou vendendo o Protótipo fazer um telefone Alexander Graham Bell, Que, em 1876, Patenteou a invenção como sua. Meucci o processou, mas acabou falecendo durante o julgamento eo caso foi encerrado. Assim, Graham Bell foi considerado durante muitos anos como inventor do telefone.

O trabalho de Meucci foi Reconhecido em postumamente 11 de junho de 2002, Quando o Congresso dos Estados Unidos APROVOU A Resolução N °. 269, estabelecendo que o inventor Fora do telefone, na realidade, Antonio Meucci e não Alexander Graham Bell..

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Thomas Alva Edison- "O homem que trouxe a luz"


Apesar de seu grande potencial inventivo, Edison é mais conhecido por seus aperfeiçoamentos em invenções. Sua equipe não apenas "criava" mas também mantinha um ritmo de atualização e inovação nos inventos de Edison. Sua atuação junto a outros "inventores" é conhecida como por exemplo junto a Henry Ford, Willian Dickson (cinematógrafo) e Grahan Bell.

A Lâmpada Elétrica

A invenção da lâmpada elétrica não foi tão original quanto a do fonógrafo. Muitos outros vinham trabalhando sobre essa idéia havia anos. Mas Edison desejava fazer pequenas lâmpadas que pudessem ser usadas no lar e em escritórios.

Em 1879, Edison chegou ao princípio que o levaria com êxito à iluminação elétrica. Passara dois anos pesquisando o filamento que desse boa luz ao ser percorrido pela corrente elétrica. Em sua busca de uma substância perfeita para esse filamento, mandou um agente procurá-la nas florestas da Amazônia, e outro nas florestas do Japão.

Uma noite, Edison estava sentado à escrivaninha, brincando descuidadamente com uma mistura de negro-de-fumo (espécie de resíduo de carvão) e alcatrão. Enrolando-a até convertê-la em um fio, pôs este numa bola de vidro, da qual extraiu o ar. Quando fez passar a corrente elétrica no fio, este brilhou por algum tempo, e depois se queimou e se desfez.

Edison achou que a mistura se queimara porque continha ar, e pensou em buscar alguma coisa que não contivesse ar, tal como linha carbonizada, ou seja, uma linha de coser de algodão reduzida a cinza por combustão. Edison pensava que esse fio resistiria à corrente elétrica. Em 19 de outubro de 1879, após muitos insucessos, Edison conseguiu afinal colocar em uma lâmpada um filamento de linha carbonizada, do qual obteve luz de boa qualidade.

Ao alvorecer do dia 20 de outubro, a preciosa lâmpada ainda brilhava, e assim continuou por todo o dia, só vindo a queimar o filamento no dia 21, quando Edison decidiu aumentar a voltagem da corrente. Quando, em 21 de dezembro, noticiou-se a invenção da luz elétrica incandescente por Edison, este passou a ser chamado em todo o mundo o mago de Menlo Park.

O Telégrafo "multiplex"

O telégrafo "multiplex" de Edison era uma adaptação do telégrafo. Criado em 1869, transmitia as últimas cotações da Bolsa de Valores para as impressoras em outros escritórios, através de fios, produzindo também o "tic-tac" quando em funcionamento.

O Fonógrafo e o Ditafone

Thomas Edison foi quem conseguiu gravar o som pela primeira vez, em 1877. Ele conseguiu gravar utilizando um repetidor de telefone. Esta máquina gravava vibrações sonoras na forma de entalhes em uma folha de papel passada sobre um cilindro em rotação. Primeiro Edison testou o seu aparelho gritando “alô” no bocal. Quando o papel passou sob a agulha presa a um diafragma, a palavra foi reproduzida.

As gravações de Edison, feitas em folha de lata duravam somente um minuto e eram logo desgastadas pelas agulhas de aço.

O "ditafone" foi um aperfeiçoamento do fonógrafo funcionando como uma "secretária eletrônica" atual. Gravava mensagens recebidas por telefone para serem ouvidas posteriormente. Uma variação deste equipamento permitia a gravação de discursos e memorandos para serem datilografados depois.

O Telefone de Parede

O telefone de parede de 1879, foi inventado por Thomas Edison, que projetou o fone e o receptor. Era preciso girar a manivela enquanto se ouvia. Um toque da campainha indicava chamada de fora ou uma ligação efetuada com sucesso.

O Cinetoscópio

Em 1888 Edison requereu patente para o seu "cinestocópio", aparelho adaptado do "cinematógrafo". Além de imagens eram apresentados também sons gravados simultaneamente. Devido a problemas técnicos, o cinetoscópio não conseguiu a notoriedade desejada. A equipe de Edison, então, passou a trabalhar em outros projetos. O "cinema falado" não começou antes de 1927.

Muitos o consideram o maior inventor de todos os tempos. O seu QI seria estimado em cerca de 240. A ele são atribuídas mais de 1300 patentes, ainda que nem todas sejam de invenções de sua própria autoria.


"O génio consiste em um por cento de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração."

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Mané Garrincha - "O anjo das pernas tortas"


Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha ou simplesmente Garrincha, (Pau Grande, 18 de outubro de 1933 — Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 1983) foi um futebolista brasileiro que se notabilizou por seus dribles desconcertantes apesar do fato de ter suas pernas tortas. É considerado entre os especialistas de futebol como um dos maiores jogadores da história do futebol em todos os tempos. No auge de sua carreira, passou a assinar Manuel Francisco dos Santos, em homenagem a um tio homônimo, que muito o ajudou.

Garrincha, "O Anjo de Pernas Tortas" , foi um dos heróis da conquista da Copa do Mundo de 1958 e, principalmente, da Copa do Mundo de 1962 quando, após a contusão de Pelé, se tornou o principal jogador do time brasileiro. Com Garrincha e Pelé jogando juntos, a Seleção jamais perdeu uma partida sequer. A força do seu carisma ficou marcada rapidamente nas palavras do grande poeta de Itabira, Carlos Drummond de Andrade, numa belíssima crônica publicada no Jornal do Brasil, no dia 21 de janeiro de 1983, um dia após a morte do genial Garrincha:

Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho.


—De origem humilde, com quinze irmãos na família, Manuel Francisco dos Santos era natural de Pau Grande, distrito de Magé (Rio de Janeiro). Sua irmã o teria apelidado de Garrincha, fazendo uma associação com um passarinho muito comum na região serrana de Petrópolis, conhecido por este nome.
Bandeira da torcida do Botafogo em homenagem a Garrincha no Engenhão.Uma das características marcantes que envolvem a figura de Garrincha relaciona-se a uma distrofia física: as pernas tortas. Numa perspectiva frontal, por exemplo, sua perna esquerda, seis centimetros mais curta que a direita, era flexionada para o lado direito, e a perna direita, apresentava o mesmo desenho. Afirma Ruy Castro em seu livro que já teria nascido assim, mas há vários depoimentos no sentido que tenha sido seqüelas de uma poliomielite.

Com catorze anos de idade começou a jogar no Sport Club Pau Grande e seu talento, já manifestado, despertou a atenção de Arati: um ex-jogador do Botafogo. Teve uma breve passagem pelo Serrano Foot Ball Club, time de Petrópolis, região serrana do Rio. Foi este o primeiro clube a pagar quantias em dinheiro para que Garrincha jogasse futebol. Após esta passagem pelo Serrano, foi treinar no time do Botafogo de Futebol e Regatas. Não se sabe com certeza quem o levou a fazer um teste no Botafogo, mas nos minutos iniciais do primeiro treino, ele teria dado vários dribles em Nílton Santos, o qual já era um renomado jogador.

Garrincha casou-se com Nair, namorada de infância, com quem teve oito filhas. No entanto foi casado Elza Soares por 15 anos Os dois tiveram um filho, Manuel Garrincha dos Santos Junior (9 de julho de 1976 — 11 de janeiro de 1986 (morto aos 9 anos de idade num acidente automobilístico). Nenem, o filho dele com Iraci, também morreu num acidente em Portugal em 20 de janeiro de 1992 aos 28 anos.

Garrincha na Copa do Mundo 1962.Na maior parte de sua carreira Garrincha defendeu o Botafogo (no período de 1953-1965) e a Seleção Brasileira (de 1957-1966). Jogou alguns meses no Sport Club Corinthians Paulista (1966) e no Clube de Regatas do Flamengo (1969), em sua quase acabada carreira. Jogou por pouco tempo no Olaria (1972). Teve uma partida disputada pelo Vasco, em um amistoso contra a seleção da cidade de Cordeiro (RJ), marcando um gol nesta partida. Sua contratação não foi fechada pela equipe cruzmaltina devido a sua má condição física e foi devolvido ao Sport Club Corinthians Paulista após o supracitado amistoso.

Jogou sessenta partidas pelo Brasil entre 1955 e 1966. Em todos os seus jogos, participou de apenas uma derrota (de 3 a 1 para a Hungria na Copa de 66). Com Garrincha e Pelé jogando ao mesmo tempo, o Brasil nunca perdeu.

Mesmo na Seleção Brasileira, Garrincha nunca abandonou sua forma irreverente de jogar. Voltava a driblar o jogador oponente, no mesmo lance, ainda que desnecessariamente, só pela brincadeira em si.

Nos clubes, jogou 614 vezes, marcando 245 gols pelo Botafogo. Também atuou pelo Corinthians, Flamengo e o Olaria no Brasil, e pelo Atlético Junior da Colômbia. Sua carreira profissional se prolongou de 1953 a 1972.

Na clínica do dr. Eiras, seus amigos nunca o deixaram. E justamente na noite em que o deixaram, numa madrugada de Domingo para segunda-feira Garrincha foi derrotado pelo alcoolismo, faleceu em 20 de janeiro de 1983.


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A vida dos outros - por Guilherme Montana

Ler biografias é um hábito recente (meu). Via biografias sempre ou como discursos idólatras redigidos por um fã do biografado ou como extensas diatribes de rivais, invejosos, afins. Era uma visão muito simplista da coisa, confesso a você. Um perfil, um resumo biográfico ou mesmo uma cronologia da vida de um autor, por exemplo, eram o máximo a que prestava atenção. Ultrapassasse três páginas, já não me interessava mais. Só a obra me interessava. Mas a coisa mudou um bocado.

A primeira biografia que li foi O anjo pornográfico ― A vida de Nelson Rodrigues, escrita pelo Ruy Castro. Isso foi há pouco mais de dois anos. Hoje, vejo que comecei bem nessa área e me pergunto por que não havia me interessado por biografias antes. Agora, o meu critério maluco em escolher uma biografia pra ler não é com base na personalidade biografada, mas no biógrafo. (É um critério que recomendo veementemente a você.) Quanto mais historiador ele for, melhor. É uma maneira de combater uma rusga antiga, antiquíssima, que tenho com livros de história: é tudo muito abstrato.

Digo, em livros de história é muito comum ter frases do tipo "assim a classe artística sentiu o perigo que...", "era proibido à sociedade da época pensar que...", "o clero viu ali uma oportunidade de ouro para..." ― classe, sociedade, clero, esse coletivos usados deliberadamente me deixam transtornado. Livros como Rumo à Estação Finlândia fazem muito mais sentido em estudos históricos. A História é feita de gente, e eu quero ver gente, seres humanos em livros de História, não conceitos. Sempre que leio qualquer coisa relativa à I Guerra Mundial fico meio aborrecido porque os autores parecem não se interessar pelo ser humano, pelo indivíduo Gavrilo Princip, o assassino do Arquiduque Franz Ferdinand da Áustria, que, sozinho, foi lá e matou o arquiduque e sua esposa. Assim começou a I Guerra.

Essa minha visão individualista de ver a História tem lá seus furos, digamos, metodológicos. Quando os historiadores usam coletivos e/ou conceitos, muita coisa é resumida numa frase, muito tempo é comprimido e, conceitualmente, a coisa pode até ficar mais lógica dada a codificação linguística, a valoração intelectual e outras falácias. O problema é que eu gosto de histórias, sobretudo de histórias da História, então biografias são um ótimo remédio. Sobretudo aquelas cujos biógrafos vão além das diatribes e das bajulações.

É o caso do já citado Ruy Castro, o óbvio que dispensa comentários, idem Fernando Morais. No caso de Castro, as biografias que escreveu de Nelson Rodrigues e Garrincha (ainda não li a da Carmen Miranda) não se resumem aos personagens título. São, também, a História do teatro brasileiro e da era romântica do nosso futebol. Sem contar com o estilo magnífico do Ruy.

Depois da minha primeira experiência com Ruy, prossegui lendo biografias sempre interessado mais no biógrafo. Daí acabei lendo vidas que nunca imaginei ler. Pior, acabei sentindo até admiração por algumas às quais dedicava pensamentos negativos. Exemplo: Che Guevara. Não gostava dele e, quando via alguém vestido com aquela foto que o Korda tirou dele, eu tentava fingir que minha pena era compaixão. Mas li a biografia escrita pelo Jon Lee Anderson (muito melhor que a escrita pelo Jorge Castañeda). Além de biografia, é um livro que fala de toda a América Latina sob a influência norte-americana, da ascensão do comunismo e suas divergências intrapolíticas (comunismo russo e comunismo chinês), da economia polarizada em blocos etc. etc. Até comprei uma camisa com o Che estampado nela, veja você.

Desde então, entre uma literatura e outra, devoro uma biografia. Algumas me surpreenderam muito. A do Ulysses Guimarães escrita pelo Luiz Gutemberg, por exemplo. Estilo claro, corrido, uma história de verdade, cheia de intriga, mistério, suspense etc. e tal ― mas pouco sexo. Mesmo assim é um ótimo livro.

De repente, me peguei lendo Maysa ― Só numa multidão de amores, do Lira Neto. Achei fantástica essa biografia. Fiz uma breve pesquisa antes, sobre qual biografia dela comprar e, pelo menos dessa vez, todas as críticas que li estavam certas em dizer que esta é a melhor já escrita sobre a cantora. O autor, Lira Neto, já é um dos meus prediletos. Ele pode escrever a biografia de quem for ― eu a lerei, e recomendo o mesmo a você. Dele também é Inimigo do Rei, a bio do José de Alencar. Um espetáculo de livro. (Já estou ansioso pra ler a próxima dele, do Padre Cícero.) Além do mais, a Maysa era fascinante. Na minha opinião, ela foi um modelo de ética artística. Até então só a ouvira cantando a batida "Ne me quitte pas"; hoje reconheço a importância dela na nossa música, tenho uns CDs dela e a acho uma ótima cantora. Infelizmente, a série de tevê não me atraiu. Não foi feita para os telespectadores da nossa geração (tenho 28), mas pra quem a viu, quem foi contemporâneo dela. Daí o jeitão novelesco e adramalhado à mexicana de fazer a coisa, acredito eu.

Minhas mais recentes apaixonites biográficas são Johann Sebastian Bach (3 vols.), de Philipp Spitta (por "indicação" de Otto Maria Carpeaux); The Life of Samuel Johnson, de James Boswell; e James Boswell: The Earlier Years 1740-1769, de Frederick A. Pottle. São jóias culturais.

Nota do Editor
Guilherme Montana mantém o Guilherme Montana, blog.

Guilherme Montana
Brasília, 18/2/2009


Casimiro de Abreu e a Intertextualidade

Casimiro José Marques de Abreu nasceu e morreu em Barra de São João, no Estado do Rio de Janeiro. Filho de um imigrante português enriquecido às custas do comércio, Casimiro estudou em Nova Friburgo e depois foi para Lisboa, contra a própria vontade, estudar comércio. Em Lisboa entrou em contato com o meio intelectual, mas logo adoeceu e retornou ao Brasil, onde iniciou sua produção literária.

Escreveu para alguns jornais e graças a essa tarefa conheceu Machado de Assis. Em 18 de outubro de 1860, quando tinha apenas 21 anos, faleceu vítima de tuberculose. A poesia de Casimiro de Abreu é marcada por dois traços fundamentais: o pessimismo decorrente do mal-do-século e o saudosismo nacionalista, que se revela na melancolia produzida pela saudade da terra natal e da infância.

Graças a um lirismo já gasto, às rimas repetitivas e a uma linguagem simples, Casimiro de Abreu transformou-se em um dos poetas mais populares do Romantismo brasileiro. De toda a sua produção poética, que está reunida na obra "As Primaveras" (1859), destaca-se o poema "Meus oito anos".

Trechos de Poemas de Casimiro de Abreu

A Valsa

Na valsa tão falsa, corrias, fugias,
Ardente, contente, tranqüila, serena,
Sem pena de mim!

(...)

Que é Simpatia

São vozes de dois amantes,
Duas liras semelhantes,
Ou dois poemas iguais.

(...)
Amor e Medo


Meu amor é chama
Que se alimenta no voraz segredo,
E se te fujo é que te adoro louco…
És bela – eu moço; tens amor, eu – medo…

(...)
Saudade

Então – Proscrito e sozinho -
Eu solto aos ecos da serra
Suspiros dessa saudade

(...)

Clara

O teu sorriso é delírio…
És alva da cor do lírio,
és clara da cor da neve!

(...)

Deus

Que pode haver de maior do que o oceano
Ou que seja mais forte do que o vento?

(...)

Canto de Amor

Mas se o canto da lira achares pouco,
Pede-me a vida, porque tudo é teu.

(...)

Intertextualidade

Casimiro de Abreu - assim como outros poetas - usou de um recurso chamado INTERTEXTUALIDADE em que um texto/poema "conversa" com outro (de outro autor) adotando a mesma temática .

Veja:

Intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade.

Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação. Num texto científico, por exemplo, o autor do texto citado é indicado, já na forma implícita, a indicação é oculta. Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas idéias da obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase e a Paródia.

Paráfrase

Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a idéia do texto é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito.

Texto Original

Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.


(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).

Canção do exílio

(Casimiro de Abreu )

Se eu tenho de morrer na flor dos anos
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!

Meu Deus, eu sinto e tu bem vês que eu morro
Respirando este ar;
Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novo
Os gozos do meu lar!

O país estrangeiro mais belezas
Do que a pátria não tem;
E este mundo não vale um só dos beijos
Tão doces duma mãe!

Dá-me os sítios gentis onde eu brincava
Lá na quadra infantil;
Dá que eu veja uma vez o céu da pátria,
O céu do meu Brasil!

Se eu tenho de morrer na flor dos anos
Meu Deus! não seja já!
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!

Quero ver esse céu da minha terra
Tão lindo e tão azul!
E a nuvem cor-de-rosa que passava
Correndo lá do sul!

Quero dormir à sombra dos coqueiros,
As folhas por dossel;
E ver se apanho a borboleta branca,
Que voa no vergel!

Quero sentar-me à beira do riacho
Das tardes ao cair,
E sozinho cismando no crepúsculo
Os sonhos do porvir!

Se eu tenho de morrer na flor dos anos,
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
A voz do sabiá!

Quero morrer cercado dos perfumes
Dum clima tropical,
E sentir, expirando, as harmonias
Do meu berço natal!

Minha campa será entre as mangueiras,
Banhada do luar,
E eu contente dormirei tranqüilo
À sombra do meu lar!

As cachoeiras chorarão sentidas
Porque cedo morri,
E eu sonho no sepulcro os meus amores
Na terra onde nasci!

Se eu tenho de morrer na flor dos anos,
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!

Grande Otelo


Com mais de 100 filmes no currículo, Grande Otelo (1915-1993) é um dos atores mais queridos do Brasil. Ele se dedicou ao teatro, ao circo e à música popular. Em novembro de 2008 completam-se 15 anos da morte do artista.
Grande Otelo ganhou seus primeiros papéis importantes na produtora Atlântida.
Sebastião foi primeiro nome do ator, antes de virar Pequeno Otelo e, depois, Grande Otelo.
Grande Otelo começou a atuar como artista de circo na infância, quando fugiu de casa.
“ Ai, que preguiça... “ foi a primeira frase do personagem de Grande Otelo no filme 'Macunaíma', de Joaquim Pedro de Andrade.
Negrinho do Pastoreio e Macunaíma são filmes em que Grande Otelo interpreta o papel-título.
Oscarito foi o comediante parceiro de Grande Otelo em 'Aviso aos Navegantes' e 'Carnaval no Fogo'. Neste filme, ambos fazem uma paródia antológica de Romeu e Julieta.
Grande Otelo nasceu em Uberlândia – Mg e morreu em Paris.


Fonte: UOL Educação

Henri Bergson - " O Dialético"

Filósofo francês, Henri Bergson nasceu em Paris, a 18 de outubro de 1859 e morreu na mesma cidade a 4 de janeiro de 1941. Filho de pais judeus de origem polonesa, apesar de sua excepcional aptidão para as ciências, optou pela filosofia. Ensinou em Angers e, depois, em Clermont, até 1888. Retornando a Paris em 1889, ensinou no Liceu Henri 4º, na École Normale Supérieure e no Collège de France.

Bergson é um marco na filosofia moderna: substituindo pela visão biológica a visão materializante da ciência e da metafísica, ele representa o fim da era cartesiana. Exprime, em nível filosófico, um novo paradigma baseado na consciência, adquirido pela cultura de seu tempo, das conexões entre a vida orgânica e a vida social e psíquica. Chamando a sua metafísica de "positiva", ele dá a essa palavra um significado tão original quanto o que atribui ao "dado imediato".

Sua originalidade reside, fundamentalmente, no tipo de ruptura que ele introduz no racionalismo do século 17. Enquanto outros oporiam ao racionalismo a subjetividade ou a história, Bergson tem uma visão nova (que também o distancia de Hegel) da dialética e da existência.

Quatro idéias fundamentais
Bergson constrói a sua filosofia sobre quatro idéias fundamentais: a "intuição", a "durée", a "memória" e o "élan vital". Para ele, a filosofia não só se distingue da ciência, como mantém com as coisas uma relação que é o oposto da relação científica. Uma é o conhecimento do absoluto, e outra, do relativo. Um absoluto não poderia ser dado senão numa intuição, ao passo que todo o resto depende da análise.

Bergson chama de "intuição" essa espécie de simpatia intelectual pela qual nos transportamos ao interior de um objeto para coincidir com aquilo que ele tem de único e, por conseguinte, de inexprimível. Ao contrário, a análise é a operação que liga o objeto a elementos já conhecidos, isto é, comuns a esses objetos e a outros. Portanto, analisar consiste em exprimir uma coisa em função daquilo que não é ela.

Essa forma de conhecimento interior e absoluto contraria a tendência espontânea de nosso espírito. A inteligência, a ciência, a técnica, a vida social, etc., nos afastam das coisas e de sua interioridade, porque esta representa o ser contraído (tensão), enquanto aquelas atividades não podem organizar-se senão sobre o ser em repouso (distensão).

Para Bergson, a inteligência conceitual desloca a realidade do tempo para o espaço, suprimindo o fluxo que a constitui e fixando-lhe contornos precisos e permanentes, através dos quais ela se torna suscetível de ser "definida" e "utilizada". Nesse caso, a "durée" é materializada.

A matéria, na opinião de Bergson, é uma das metades da natureza, pela qual esta se distende e se faz conhecer fora de si mesma. A oposição entre matéria e espírito, entre tensão e distensão, não é concebida, aqui, em termos dualistas, mas como impulsos constitutivos da mesma "durée". Para ir de um a outro, a "durée" percorre uma série de alterações qualitativas.

Só podemos conhecer a "durée" instituindo-a no momento global e unido que compreende a sua trajetória. O seu fracionamento em instantes separados - em "paradas" ou imobilidades sucessivas - representa a espacialização do que é temporal. O tempo é "durée" na medida em que ele próprio constitui a substância, isto é, na medida em que "substância" é "alteração".

Depois de estudar a alteração, através da qual a "durée" se diversifica, Bergson procura identificar o processo oposto: o da unificação, o "reencontro do simples como uma convergência de probabilidade". O "élan vital" é a virtualidade da "durée". Como uma "gerbe" (um feixe), cria direções diferentes pelo simples fato de crescer. A "memória" integra os diferentes momentos da "durée", absolutamente diferentes entre si, mas unificados numa totalidade movente.

Henri Bergson recebeu o Prêmio Nobel de literatura em 1927.


Enciclopédia Mirador Internacional

Melina Mercouri - atriz e política grega



18-10-1925, Atenas
6-3-1994, Nova York

Seu verdadeiro nome era Maria Amalia Mersuris. Melina obteve o primeiro sucesso internacional no filme Nunca ao Domingo, realizado em 1959 por seu futuro marido, Jules Dassin. Seguiram-se outros filmes, considerados clássicos hoje, como Fedra (1961) e Topkapi (1963), e também alguns sucessos como cantora. Foi expulsa de seu país e perdeu a nacionalidade grega por se opor à ditadura militar "dos coronéis" (1967-1974). No exílio, aderiu ao Movimento Socialista Pan-HELÉNICO (PASOK) de Andreas Papandreu. Regressou triunfalmente um seu país em 1974, foi eleita deputada ao Parlamento (1974-1981) e Assumiu uma pasta da Cultura e Ciência no período compreendido entre os anos de 1981 e 1989, durante o governo de Papandreu em (reeleito de 1993).

Pensamento Para Hoje, 18/10/09.

"Todos nós possuimos as sementes do
amor.Podemos desenvolver essa mara-
vilhosa fonte de energia, nutrindo o
amor incondicional que nada espera de
volta. Quando compreendemos uma
pessoa no fundo do coração, inclusive
alguém que nos feriu, não conseguimos
deixar de amá-la."

Thich Nhat Hanb.

Melina Mercouri

Pensamento para o Dia 18/10/2009


“Deepavali é um festival criado para celebrar a eliminação do Ego pelo Ser Superior. O homem está mergulhado na escuridão da ignorância e perdeu o poder do discernimento entre o permanente e o evanescente. Quando a escuridão da ignorância causada pelo ego (Ahamkara) é afastada pela luz do conhecimento Divino, o brilho do Divino é experimentado.”
Sathya Sai Baba

Diagnóstico da Obesidade - Veja a diferença entre sobrepeso e obesidade

(http://yahoo.minhavida.com.br/conteudo/1556-Diagnostico-da-Obesidade.htm)
Por Minha Vida

Diagnóstico

O diagnóstico da obesidade se dá pelo cálculo do IMC (calcule o seu gratuitamente) e pelo índice abdômen/quadril. Os valores estão passando por uma revisão e variam conforme a etnia, mas nas mulheres esse número não deve passar de 88 centímetros e, nos homens, de 102. Acima disso indicam a presença de obesidade central -- também chamada de abdominal ou visceral. Este depósito de gordura é particularmente nocivo para o coração pois essas células gordurosas são justamente as primeiras aserem quebradas para manter o metabolismo corporal. E dessa reação sobram moléculas que desencadeiam um aumento das gorduras na corrente sangüínea.


Causas
A obesidade é uma doença complexa. Não existe uma única causa ou cura. Você ganha peso quando você ingere mais calorias do que queima. Mas a obesidade é influenciada por muitos outros fatores como: histórico familiar, o tipo de trabalho que faz, a raça e o ambiente.

Comer demais é muito fácil nos dias de hoje. As porções de fast-food e restaurantes são muito grandes, ao ponto que uma refeição é capaz de lhe dar calorias suficientes para o dia inteiro. A comida

também é um foco de atividades sociais. Unir familiares e amigos sempre está relacionado a comidas. E comer também pode ser acolhedor quando você está estressado ou deprimido.

Além disso, as pessoas estão menos ativas. Algumas pessoas odeiam fazer exercícios e outras simplesmente não têm tempo. Muitos aparelhos que usamos também reduzem a atividade diária: elevador, controle remoto, carro, etc. Mesmo pequenas mudanças, como passear com o cachorro, podem fazer diferença. Andar com o cachorro por meia hora queima 125 calorias. Lavar o carro, 300 calorias. Outras coisas que podem afetar seu peso são o histórico familiar e a genética. Se um dos seus pais é obeso, você tem três vezes mais tendência a se tornar obeso do que pessoas com pais no peso certo. Os hábitos alimentares de sua família e de seus amigos também podem influenciar no seu peso. Outras coisas também podem ajudar no ganho de peso:

Baixa auto-estima: estar acima do peso pode baixar sua auto-estima e levar você a comer como um jeito de se sentir mais confortável. Falhar várias vezes com as dietas também pode trazer problemas, tornando mais difícil perder peso
Preocupações emocionais: estresse, ansiedade ou doenças como a depressão ou a síndrome do pânico levam as pessoas a comer mais. Alguns comem para se acalmar, para evitar lidar com o problema ou para amortecer emoções negativas
Trauma: eventos traumáticos, como abuso sexual, físico ou emocional; a perda de um ente da família ou problemas no casamento podem contribuir para você comer mais
Álcool: bebidas alcoólicas possuem uma quantidade muito grande de calorias. Além disso, podem fazer você ganhar mais peso ao redor do estômago
Remédios: alguns medicamentos e até doenças podem levar ao ganho de peso. São exemplos a Síndrome de Cushing e o hipotireoidismo. Ou tomar antidepressivos e corticóides.

Riscos da obesidade
A forma como a obesidade pode afetar sua saúde depende de várias fatores, como sua idade, sexo, a quantidade de gordura do corpo e o quão ativo você é. Por exemplo, se você já tem uma idade avançada, mas pratica exercícios físicos regularmente, tem um risco menor de desenvolver doenças relacionadas ao peso do que jovens sedentários.

Risco de doenças
Se você está obeso, tem mais chances de desenvolver diabetes do tipo 2, pressão alta, colesterol e triglicérides altos, doenças coronarianas, derrame e apnéia, entre outras coisas. Com a perda de peso, o risco cai. O local onde seu corpo acumula gordura também é importante. Se a gordura se concentra ao redor do estômago, você tem maior propensão a desenvolver diabetes do tipo 2, pressão alta, colesterol alto e doenças coronarianas do que pessoas magras ou com gordura localizada no quadril (o chamado formato de pêra).

Fazendo mudanças
Para fazer grandes mudanças em sua vida, você precisa estar bastante determinado. Pergunte a si mesmo se esta é a hora certa. Você está pronto para se comprometer com um plano e segui-lo? Tem o apoio dos amigos e da família? Conversou com o seu médico sobre quais devem ser seus primeiros passos? Peça ajuda a seu médico para:

Identificar os fatores que fazem você ganhar peso
Encontrar remédios que você esteja tomando e que possam estar atrapalhando na perda de peso Fazer mudanças no estilo de vida e não dietas

Seu médico pode lhe recomendar a ajuda de alguns profissionais:
Um nutricionista pode dizer quantas calorias por dia você precisa e qual a melhor forma de obtê-las
Um professor de educação física pode lhe dar um programa de exercícios que seja seguro e eficiente
Um terapeuta ou psiquiatra podem ajudar a resolver problemas emocionais, como depressão e ansiedade. Também podem ser úteis para casos de abuso sexual, problemas familiares ou vícios
Um cirurgião pode ser necessário se o seu médico julgar importante uma cirurgia de estômago

Quando você estiver pronto para iniciar as mudanças, não tarde em começá-las. Qualquer coisa que você possa fazer que seja mais saudável do que o que vinha fazendo é um passo na direção certa. Estabeleça pequenos objetivos. Mas suas metas precisam ser específicas, com um ponto de chegada e com uma certa flexibilidade para que você fuja delas de vez em quando.

Um objetivo de comer melhor e fazer mais exercícios é muito geral. Em vez disso, fale que fará exercícios de 3 a 4 vezes por semana. Talvez seja bom começar com uma caminhada de 15 minutos três vezes por semana e aí aumentar para quatro vezes. Quando atingir essa meta, imponha-se outra. Perceba, porém, que haverá contratempos. O importante é que eles não o tirem do seu objetivo. Pense em algum momento em que você conseguiu cumprir alguma meta e lembre-se do que o motivou.

Tente colocar uma motivação semelhante agora e coloque objetivos pequenos e reais. Alcançar o sucesso, mesmo em pequenas coisas, é importante. Assim que você conseguir cumprir algo, coloque outras meta. Se você acha que não está pronto para as mudanças, tente escolher uma data futura. Marque uma consulta com o médico e discuta isso com ele. Nesse meio tempo, você pode avaliar quais mudanças pretende fazer em sua vida.

Exames
Além do check-up tradicional, você pode fazer outros exames para monitorar sua saúde. Seu médico pode querer exames de sangue para verificar o diabetes tipo 2, a tireóide, problemas no fígado e os níveis de colesterol e triglicérides. O médico também irá checar a pressão, perguntar sobre os remédios que você está tomando, discutir o histórico familiar, o quão ativo você é, o quanto ingere de bebidas alcoólicas, o histórico de ganho de peso e quantas vezes você já tentou perder peso. Sabendo o tamanho de sua cintura com o Índice de Massa Corpórea (IMC) o médico poderá determinar seu risco de desenvolver outras doenças.