Sou um sujeito trôpego
inconstante, dentes amarelos
nem mais formiguinhas
e pequenas lagartixas
acompanham-me a solidão rasteira
caem lâminas afiadas
pedras pontiagudas
brasas vulcânicas
tédios, marasmos
mas germina-se em minha mente
uma plantinha cheirando a nova vida
e presentes.
Talvez por avistar entre loucuras
uma garrafa vazia.
Quase quarenta e quatro anos -
os mesmos arrebatamentos,
a mesma garrafa vazia.
2 comentários:
Se ainda germina uma plantinha , já vejo a poesia prenha ...Sempre, em cada instante da tua vida !
A garrafa seca, e a fonte líquida da inspiração é inesgotável !
Minha garrafa vazia encheu-se de sementinhas a serem lançadas no mar em busca de terras férteis...
Bom te ler, menino.
Abraço,
Claude
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