Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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domingo, 31 de julho de 2011

A SETA DA ESTRADA - Marcos Barreto de Melo

Inerte na encruzilhada
Apontando o caminho
Mas, sem mostrar o espinho
Que trazia em sua ponta
De plantão por todo o dia
Exposta ao sol e ao calor
Roubando a nossa alegria
Sem com nada se importar
Sempre pronta a indicar
Uma morada, uma dor


Aqueles que não lhe viram
Pelas estradas se perderam
Mas, quem viu a seta e seguiu
Comigo também chorou
Por certo que ainda viu
Resquícios de um tempo alegre
Que tão cedo se perdera
Sentiu a falta do abraço
De quem teimou em viver
Apenas com o que restou


MARCOS BARRETO DE MELO

"Perdidos no espaço" - José Nilton Mariano Saraiva

Tanto quanto a inquestionabilidade que o avião é o meio de transporte mais rápido e seguro do mundo, existe agora a apavorante comprovação (vide diálogo abaixo) de que na operacionalização dos seus comandos (mesmo nos portentosos e luxuosos vôos transcontinentais) às vezes se encontram pessoas flagrantemente despreparadas para lidar com situações de emergência, não convencionais, ou que ultrapassam os ditames manualísticos.
È o que lamentavelmente constatamos ao tomar conhecimento do relatório dado a conhecer nessa sexta-feira (29) pelo BEA, órgão do governo francês que investiga o acidente com o vôo 447, da Air France, contendo a transcrição das caixas-pretas, onde nos é revelada a tensão na cabine do avião nos minutos finais que antecederam a tragédia.
Tal qual cego em tiroteio, na conversa os dois co-pilotos (Bonin e Robert) e o comandante (Dubois) DISCUTEM POR NÃO SABEREM COM PRECISÃO SE O AVIÃO SUBIA OU DESCIA ( INCRÍVEL, NÃO ??? ). Veja, abaixo, a íntegra da conversa na cabine:
23h 10min 51 - Alarme de estol (ou perda de sustentação) - 54 seg;
23h 10min 56 - Bonin: TO/GA (aceleração máxima);
23h 11min 00 – Robert: Tente tocar o menos possível nos comandos laterais;
23h 11min 03 – Bonin: Eu estou em TO/GA (aceleração máxima);
23h 11min 06 – Robert: Ele vem ou não ?
23h 11min 21 – Robert: A gente tem ou não os motores, o que está acontecendo ?
23h 11min 32 – Bonin: Eu não tenho o controle do avião. Eu não tenho o controle;
23h 11min 38 – Robert: Vire à esquerda;
23h 11min 41 – Bonin: Tenho impressão que a gente conseguiu velocidade;
23h 11min 43 – (Barulho na porta da cabine);
23h 11min 43 – Dubois: O que é que vocês estão fazendo ?
23h 11min 45- Robert:O que está acontecendo? Eu não sei o que está acontecendo;
23h 11min 52 – Dubois: Então pega isso logo;
23h 11min 53 – Alarme de estol (ou perda de sustentação);
23h 11min 55 – Alarme de estol (ou perda de sustentação);
23h 11min 58 – Bonin: Tenho um problema; o variômetro não tá funcionando;
23h 11min 58 – Dubois: Ta certo;
23h 11min 59 – Bonin: Eu não tenho mais nenhum dado;
23h 12min 04 – Bonin: Tenho a impressão que estamos com uma velocidade louca, o que você acha ?
23h 12min 07 – Robert: Não sei, mas não solte;
23h 12min 08 – Alarme de estol (ou perda de sustentação);
23h 12min 10 – Alarme de estol (idem);
23h 12min 13 – Robert: O que você acha? O que você acha que devemos fazer?
23h 12min 15 – Dubois: Então não sei, está caindo;
23h 12min 19 – Bonin: Agora está bom, conseguimos estabilizar as asas;
23h 12min 19 – Dubois: As asas estão estabilizadas:
23h 12min 20 – Robert: Horizonte seguro;
23h 12min 26 – Robert: A velocidade ?
23h 12min 27 – Robert: Você está subindo;
23h 12min 27 – (Alarme de estol);
23h 12min 27 – Robert: Você está caindo, caindo, caindo:
23h 12min 30 – Bonin (co-piloto): MAS EU ESTOU CAINDO ?
23h 12min 30 – Robert (co-piloto): CAINDO;
23h 12min 32 – Dubois (comandante): VOCÊ ESTÃO SUBINDO;
23h 12min 33 – Bonin: Estou subindo ? Ok, vou descer;
23h 12min 34 – (Alarme de estol);
23h 12min 39 – Bonin: Ok, estamos em TO/GA (aceleração máxima);
23h 12min 40 – (Alarme de estol – 6 seg);
23h 12min 42 – Bonin: A GENTE SUBIU OU O QUÊ ?
23h 12min 44 – Dubois: Não é possível;
23h 12min 45 – Bonin: A GENTE SUBIU OU O QUÊ ?
23h 12min 45 – Robert: Qual é nossa altitude ?
23h 12min 46 – Bonin: UÉ, EU ESTOU CAINDO OU NÃO ?
23h 12min 46 – Robert: Agora você está caindo;
23h 12min 46 – Dubois: Anh, coloque as asas na horizontal;
23h 12min 46 – Robert: Coloque as asas na horizontal;
23h 12min 47 – Bonin: É o que estou tentando fazer;
23h 12min 47 – Dubois: Coloque as asas na horizontal;
23h 12min 49 – (Alarme de estol – 8 seg);
23h 12min 59 – Bonin: Eu estou tentando virar o máximo à esquerda;
23h 12min 59 – Dubois: O pedal;
23h 13min25 - Bonin: O que será que está acontecendo que o avião continua caindo?
23h 13min 28 – Robert: Tente ver o que você consegue fazer com seus comandos lá em cima, os básicos, etc;
23h 13min 32 – Bonin: No nível 100;
23h 13 min 36 – Bonin: 9.000 pés;
23h 13min 32 – Dubois: Acelere devagar;
23h 13min 39 – Robert: Sobe, sobe, sobe, sobe;
23h 13min 40 – Bonin: Mas estou subindo muito há algum tempo:
23h 13min 40 – Dubois: Não, não, não, não sobe;
23h 13min 40 – Robert: Agora caindo;
23h 13min 45 – Robert: Então me dê os comandos, me dê os comandos;
23h 13min 45 – Bonin: Vai lá, você tem os comandos. Ainda estamos em TO/GA;
23h 13min 55 – (Alarme de estol – 8 seg);
23h 14min 05 – Dubois: Atenção, você está subindo;
23h 14min 06 – Robert: Estou subindo ?
23h 14min 06 – Bonin: Bem, é isso que precisamos, acho que estamos a 4.000 pés;
23h 14min 17 – Alarme “pull up” (três vezes);
23h 14min 18 – Dubois: Vamos lá, vai;
23h 14min 21 – Bonin: Vamos lá, vai, vai, vai, vai;
23h 14min 21 – Alarme “pull up” (quatro vezes);
23h 14min 26 – Dubois: Dez graus de subida;
23h 14min 28 – Fim dos registros.

Palestra sobre a política externa contemporânea dos EUA


Pelo Prof. Virgílio Arraes
(Catedrático de História da Universidade de Brasília - UNB)

Dia 1 de agosto de 2011 (próxima segunda-feira), as 19 horas
No Salão de Atos da URCA (Campus do Pimenta, Crato)

Promoção: Departamento de História da Universidade Regional do Cariri – URCA

Breve currículo do palestrante - O professor Virgílio Caixeta Arraes é graduado em história pela UNB, com mestrado e doutorado na mesma universidade. Tem título de doutor, obtido em 2005, com a tese "Relações internacionais da Santa Sé: da fragilidade à busca de autonomia". É especialista em Relações Internacionais contemporâneas e política externa do Brasil. Foi consultor do Exército Brasileiro no estudo prospectivo "Construção de cenários para o ano 2.030” e assessor de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, em 2006 e 2007. É consultor do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Possui 103 trabalhos publicados em revistas especializadas, 155 matérias veiculadas em jornais e periódicos e cinco livros publicados. Foi orientador de várias teses de mestrado e cinco de doutorado na UNB.




Fim do dia - Por José de Arimatéa dos Santos

Foto: José de Arimatéa dos Santos
O sol vai descansar
E a noite começa a cair na cidade
Lá no horizonte ainda poucas luzes
De mais um dia tão produtivo
Teimam em colorir o céu
Assim também é nossa vida
A alegria está presente em tudo
Basta cada ser humano saber encontrá-la
Não tem coisa melhor da nossa existência
Se não viver e conviver em alegria...
E felicidade!

sábado, 30 de julho de 2011

Depois do PR–Partido da República, agora é a vez do PP–Partido Progressista




Excertos de matéria da revista Istoé, que circula hoje.

(Postado por Armando Rafael)
PP tem esquema de corrupção no Ministério das Cidades, diz revista
Segundo reportagem da 'IstoÉ', políticos favoreciam empreiteiras que contribuíram com campanhas eleitorais do partido no ano passado
O tesoureiro do Partido Progressista (PP), Leodegar Tiscoski, e outros executivos ligados ao partido liberavam recursos para obras consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU), algumas delas com recomendação de "retenção dos pagamentos", segundo reportagem da edição desta semana da revista IstoÉ.
A reportagem afirma que, dos gabinetes do Ministério das Cidades, comandado pelo PP, os políticos favoreciam empreiteiras que contribuíram financeiramente com campanhas eleitorais do partido no ano passado.
Segundo a revista, Tiscoski é secretário de saneamento do ministério desde 2007 e no ano passado atuou também na função de tesoureiro nacional do PP. Documentos do Tribunal Superior Eleitoral mostram que, em dezembro de 2010, Tiscoski assinou a prestação de contas do partido. Ele afirmou à revista que não assina mais cheques ou ordens bancárias como tesoureiro, mas admitiu que "encaminhou" a prestação de contas ao Tribunal. O PP informou que as finanças do partido estão a cargo do primeiro tesoureiro, o ex-deputado Feu Rosa, que, segundo a revista, é assessor especial da pasta, cuidando do relacionamento do ministério com o Congresso.
A reportagem diz que as empreiteiras contribuíram oficialmente com R$ 15 milhões nas campanhas do PP em 2010, sendo a maior parte (R$ 8,7 milhões) na forma de doações ocultas. "Isso significa que o dinheiro foi para a conta do partido, durante a campanha eleitoral, e imediatamente distribuído entre seus candidatos", diz a publicação. A revista afirma que três grandes construtoras, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, repassaram legalmente um total de R$ 7,5 milhões para as campanhas do PP.
Entre as obras com suspeitas apontadas pela reportagem e questionadas pelo TCU estão às relacionadas aos trens urbanos de Salvador (BA), a cargo da Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez; aos trens urbanos de Fortaleza (CE), sob responsabilidade da Camargo Corrêa e Queiróz Galvão; à implementação da linha 3 do metrô do Rio de Janeiro, tocada pela Queiroz Galvão e Carioca Christiani-Nielsen; e o complexo viário Baquirivu-Guarulhos, em São Paulo, a cargo da construtora OAS.
Segundo a IstoÉ, apesar das investigações e dos alertas de irregularidades emitidos pelo TCU, os responsáveis pelo Ministério das Cidades liberaram recursos para essas obras no crédito suplementar que reforçou as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em julho do ano passado.
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Sem tempo...
Claude Bloc




Andei com o tempo sem tempo
Andei com o tempo vazio
À tarde não tinha tempo
À noite sentia frio
De vocês senti saudade
Saudade é meu desafio...
Claude Bloc

Pérola dos Bastidores - Aloísio X Claude Bloc

A- Um sorriso
C- Um gesto
A- Um querer
C- Um manifesto

A- É preciso
C- É precioso
A- Pra viver
C- Pra sobrevi
ver!

A- Aloísio
C- Claude Bloc

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Transição‏ - Paulo Viana

Renata Menezes e Ananda em Taubaté São Paulo
Fim de tarde... O silêncio é fluido
Meu desejo é uma tatuagem no tempo
Por isso tem asas
O pensamento delira sobre laços e liberdade
Projeções de nuances infantis e artísticas
Refletida em olhares e dizeres
Os olhos e a poesia
O estar e não estar presente
Não tenho certeza onde estou navegando
Talvez a fantasia tenha me expulsado
A realidade, essa lâmina afiada, espuma que alegra
Estou pronto... Pode vir.

POR FALAR EM SAUDADE


Há dor que mata a pessoa
Sem dó nem piedade.
Porém não há dor que doa
Como a dor de uma saudade.

Patativa do Assaré


Não se admire se um dia,
um beija flor invadir
A porta da tua casa,
te der um beijo e partir
Foi eu que mandei o beijo
que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo,
ai que saudade d'ocê


Se um dia ocê se lembrar,
escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio,
com frases dizendo assim
Faz tempo que eu não te vejo,
quero matar meu desejo
Lhe mando um monte de beijo
ai que saudade sem fim


E se quiser recordar
aquele nosso namoro,
quando eu ia viajar
Você caía no choro,
eu chorando pela estrada,
mas o que eu posso fazer
trabalha é minha sina
eu gosto mesmo é d'ocê

VITAL FARIAS

Curtas XXIII - Aloísio

Um sorriso
Um querer
É preciso
Pra viver!

Aloísio

Reedições de livros caririenses - Emerson Monteiro


Neste primeiro semestre de 2011, foram reeditadas pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, em parceria com as Universidades Federal do Ceará e Regional do Cariri, algumas das obras do escritor cearense J. de Figueiredo Filho, emérito historiador que viveu em Crato e desenvolveu atividades intelectuais de larga repercussão pelo País inteiro, sendo um dos fundadores do Instituto Cultural do Cariri ao qual pertenço.

Avô de dois dos meus amigos, Tiago e Flamínio Araripe, conheci o Prof. Figueiredo Filho quando ele proferira notável discurso por ocasião da vinda a Crato, em 21 de junho de 1964, do Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, no Dia do Município cratense. Ao pleno sol quente das 11h no céu aberto da Praça da Sé, Figueiredo falou a imensa plateia e palanque lotado de autoridades, durante meia hora, repassando os detalhes da epopeia do Cariri. Senhor do assunto e respeitável pesquisador das nossas origens libertárias cumpriu a valer seu ofício. Isto numa fase em que o Brasil afundava nos porões da ditadura que permaneceria no poder mais de duas décadas, com sérios danos às liberdades civis e aos direitos humanos, preço pago das modernizações econômicas que varia o mundo naquele tempo para instalar a globalização dos dias atuais.

Depois, já pelos idos da década de 70, frequentei a sede do ICC, na Rua Miguel Limaverde, instalada na sala principal da residência do historiador, com quem conversava boas horas e de quem adquiri o gosto pelos estudos caririenses bem a seu modo e dedicação.

Agora recebemos sete dos seus livros, reeditados em momento oportuno, para as novas gerações, através das Edições UFC, série Memória, da Coleção Nossa Cultura. Engenhos de Rapadura do Cariri, Folguedos Infantis do Cariri, os quatro volumes de História do Cariri e Cidade do Crato (este com Irineu Pinheiro) ganharam outra publicação como parte de dez títulos que enfocam a história e os costumes do Cariri.

Além desses, também mereceram novas edições Efemérides do Cariri e O Cariri, seu descobrimento, povoamento, costumes, de Irineu Pinheiro, e Juazeiro do Padre Cícero, de Floro Bartolomeu da Costa.

São trabalhos emblemáticos da civilização caririense, motivos autênticos da preservação de nossas tradições e valores, os quais, ao lado de outros ainda adormecidos, demonstram a profundidade que caracteriza a alma desta gente que iniciaria com sucesso a colonização cearense, primeiro aqui estabelecida e só então desenvolvida junto do litoral.

A Urca será federalizada? - Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Há poucos dias, o competente escritor e historiador Armando Rafael escreveu em sua coluna semanal: "Dilma Rousseff cria a Universidade Federal do Cariri. Juazeiro do Norte, justificadamente, fica com a sede por dois motivos: é a cidade onde está localizado o maior campus da UFC (na 3ª fase de expansão, enquanto o de Ciências Agrárias, em Crato, sequer foi concluído) e o campus que detém o maior número de cursos em funcionamento. Meses depois, a Urca é encampada pela Universidade Federal do Cariri. Crato fica com o Campus do Pimenta como prêmio de consolação..."

Mas está claro que a federalização da URCA é a vontade do Sr. Governador. Há a desculpa esfarrapada de que um Estado pobre como o Ceará não possui condições de manter três universidades.

Seria bom que se verifique a veracidade de alguns comentários que circularam pela cidade quando da criação da URCA, há quase vinte e cinco anos. Como todos sabem, a URCA somente foi viável pela cessão feita pela Diocese do Crato do acervo, cursos, prédios, bibliotecas, e outros bens que pertenciam à nossa diocese. A condição estabelecida naquela oportunidade pelo então Bispo Dom Vicente Matos era de que a doação do acervo estaria condicionada à sede da URCA (Reitoria) e muitos dos seus cursos ficarem no Crato.

Gostaria que o amigo Armando verificasse esse detalhe, consultando nos registros da Diocese, se o contrato de encampação realmente possui essa cláusula. Acredito que o padre Gonçalo poderá esclarecer sua existência. Se assim for, eis aí um ponto de apoio para os cratenses lutarem para que nossa terra não venha mais uma vez ser derrotada em suas pretensões. É importante que todos os cratense vistam a camisa do Crato e entrem logo em campo para que tal objetivo seja alcançado.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Nós, os "alzheimenianos" - José Nilton Mariano Saraiva

Como todos sabem, o “mal de Alzheimer” é uma doença degenerativa cujo sintoma mais comum é a perda da memória, com tendência a evoluir mais adiante pra confusão mental e, em seu ápice, ao desligamento da realidade.
A introdução acima torna-se necessária para questionar o abaixo: será mesmo que os nossos ilustres e íntegros políticos nos consideram (a todos), uns “alzheimenianos” de carteirinha (portadores de tão terrível mal) ???
Ou você, aí do outro lado da telinha, já esqueceu do protagonizado recentemente pelo então ilustre Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, “Sua Excelência” o doutor Teodorico Menezes Neto (vinculado ao PSDB) ??? É, aquele mesmo, que montou um verdadeiro exército de eficientes “operadores financeiros” (esposa, cerimonialistas, filhos, chefe de gabinete, motorista terceirizado, assessores e conhecidos outros), para, através da assunção de postos de confiança no próprio Tribunal de Contas do Estado (por ele presidido), bem como em associações comunitárias fajutas em diversos e miseráveis municípios (Pindoretama, Pacajus, Chorozinho, Horizonte e Cascavel, dentre outros), se habilitarem ao recebimento de uma penca de dinheiro público, objetivando construir... banheiros ??? (lembremo-nos que foram mais de R$ 2.000.000,00 desembolsados e... banheiro que é bom, ”neca”). Afinal, onde foi parar toda essa grana ???
Pois bem, o Ministério Público Federal descobriu mais uma peripécia (ou seria traquinagem ???) de “Sua Excelência”: é que, além do “irrisório” salário de cerca de R$ 24.000,00 que mensalmente recebe daquela Corte (religiosamente), o distinto houvera se aposentado (desde 1991), proporcionalmente - AOS 43 ANOS DE IDADE E APÓS 31 ANOS DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO - no serviço público federal (Incra-Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), percebendo remuneração parecida.
Além da ilegalidade flagrante da acumulação de vencimentos, vetada pela Constituição Federal (primeiro como “aposentado-Deputado” e, a partir de 1999 como “aposentado-Conselheiro do Tribunal”) o detalhe, para quem não percebeu nas entrelinhas do “grifo”, é que, para se aposentar com a idade e tempo de serviço que declarou (43 anos e 31 anos, respectivamente), o ilustre teria que ter prestado concurso e ingressado no serviço público federal aos – pasmem – 12 (doze) anos de idade (não, você não está “lelé da cuca”, “abirobado” ou “doido-varrido”); a trajetória de “Sua Excelência”, segundo divulgado pela mídia cearense, é essa aí).
Perguntas que não querem calar: Será que quando menino (12 anos de idade) “sua Excelência” não teve tempo pra freqüentar a escola (já que JÁ ERA empregado federal) ??? Mas... lugar de criança não é (e sempre foi) na escola ??? Será que àquela época, não havia um “limite-mínimo” de idade pra se ingressar no serviço público ??? Se não teve tempo de estudar (já que trabalhava), como “Sua Excelência” depois se graduou numa instituição superior, a fim de se habilitar a presidir aquela Corte ???

O parque de exposições de Crato - Emerson Monteiro

Por mais que a gente não queira, se envolve nesses assuntos de governo, quando a população, nas urnas, permitiu aos administradores públicos cuidarem da sorte do povo do jeito que lhes aprouver. Ainda assim, coça por dentro uma vontade de falar qualquer palavra de cidadão no quadro que se estabeleceu.

É que se formou uma espécie de cabo de guerra entre os gestores do Município cratense e o Executivo estadual quanto ao jeito certo de resolver, daqui para adiante, onde funcionará o Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcanti.

O tema esquentou mais durante o evento deste ano de 2011, pois cada vez o local fica menor para tanto movimento. A cidade passa por crise de, no mínimo, dez dias diferentes, com carros de todo canto do Brasil a encherem as vias do centro e dos bairros, sem lugar de circular, de estacionar, etc. A selvageria das alturas do som na área dos shows, que ninguém consegue diminuir, nem tem a quem reclamar, judiando, prejudicando a paz, ensurdecendo gerações e gerações, além de incomodar sobremaneira os bichos expostos lá em cima, transtornando as imediações e intranqüilizados as famílias que moram perto.

Bom, segundo aqueles com quem converso, pode haver mais disciplina, inclusive no que diz respeito aos estandes trazidos, aos segmentos e à seleção, talvez controle impossível nesses tempos de mercantilização e dinheiro, a interessar os organizadores da festa tradicional de 60 anos.

Outros pretendem que modernizar o parque no ponto ora existente resolve, que possui área de expansão no sentido Canfundó. Enquanto que o Governo oferece o projeto pronto de deslocar as atividades para o Sítio Palmeiral, nas bandas dos brejos, entorno da Avenida do Contorno.

Em resumo, a querela estabelecida virou domínio público. Impasses, impasses, e nenhum entendimento que pacifique e inicie as construções futuras. Até falam em possível consulta popular através de um plebiscito.

No entanto, prezadas autoridades, há de existir dose suficiente de sensatez nos juízos dos gestores para equilibrar a balança, porquanto é hora de providenciar soluções urgentes, invés de esperar outro ano de contradições para avançar alternativas sem que nada aconteça até a nova edição do apreciado acontecimento, afinal em suas mãos depositamos a nossa confiança.

CONVITE

A família de José Ricardo de Figueiredo convida parentes e amigos para celebração da missa da esperança, ao sétimo dia de seu encontro definitivo com Deus, a se realizar hoje, quinta-feira, 28 de julho de 2011, às 16h na Catedral de Nossa Senhora da Penha em Crato e em Fortaleza, às 19h na Igreja das Irmãs Missionárias, localizada na Av. Rui Barbosa, 1246A (esquina com Rua Eduardo Salgado, primeira quadra após a Av. Santos Dumont, sentido norte/sul). Antecipadamente agradece a solidariedade de todos.

NOTÍCIAS DA URCA

Professor catedrático da UNB realizará palestra na URCA

O Departamento de História da Universidade Regional do Cariri – URCA promoverá palestra com o professor Virgílio Caixeta Arraes, Catedrático de História da Universidade de Brasília – UNB sobre o tema “A política externa contemporânea dos Estados Unidos da América”. O evento se realizará na próxima segunda-feira, dia 1 de agosto, as 19 horas, no Salão de Atos da URCA, situado no campus do Pimenta, em Crato.

O professor Virgílio Caixeta Arraes é graduado em história pela UNB, com mestrado e doutorado na mesma universidade. Tem título de doutor, obtido em 2005, com a tese "Relações internacionais da Santa Sé: da fragilidade à busca de autonomia". É especialista em Relações Internacionais contemporâneas e política externa do Brasil. Foi consultor do Exército Brasileiro no estudo prospectivo "Construção de cenários para o ano 2.030” e assessor de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, em 2006 e 2007. É consultor do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Possui 103 trabalhos publicados em revistas especializadas, 155 matérias veiculadas em jornais e periódicos e cinco livros publicados. Foi orientador de várias teses de mestrado e cinco de doutorado na UNB.


Ex-reitor da URCA nomeado Coordenador Geral do Museu de Paleontologia, em Santana do Cariri

O ex-Reitor da Universidade Regional do Cariri (URCA), Professor Plácido Cidade Nuvens, foi nomeado pela Reitora da URCA, Otonite Cortez, o novo coordenador Geral do Museu de Paleontologia de Santana do Cariri. Como diretor geral está o Professor Titus Riedl e, diretor adjunto, Idalécio Freitas.

Plácido Cidade Nuvens comandou, durante a sua gestão como Reitor da URCA, o processo de ampliação, reforma e modernização do Museu de Santana, sendo também o criador do equipamento, período em que foi prefeito da cidade de Santana do Cariri, repassando aos cuidados da Universidade, em seguida.

Hoje, o Museu é uma dos referenciais do turismo científico no Estado do Ceará e recebe milhares de turistas de várias partes do País e do exterior, além de possuir um rico acervo paleontológico. São cerca de 10 mil peças expostas. Agora, ofertando também melhores condições para os pesquisadores, com meios de hospedagem e lanchonete para os estudiosos e visitantes.

Fonte: Assessoria de Imprensa da URCA

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Descaso preocupante - José Nilton Mariano Saraiva

Definitivamente, após o hercúleo esforço para se habilitarem à academia, os alunos da Universidade Estadual do Ceará (UECE) estão com o futuro profissional seriamente comprometido, em razão da falta de empenho do Governo do Estado para com um setor fundamental no desenvolvimento de qualquer nação, como o é o educacional (e isso causa constrangimento e aflição não só aos alunos, mas, também, aos pais e familiares).
Pelo menos é o que se pode depreender das atuais responsáveis manifestações de professores e alunos daquela Universidade (veiculadas na televisão), quando denunciam a falta de nada menos que 312 mestres naquela instituição de nível superior (posição do ano passado), abrangendo quase todos os cursos.
E o mais impressionante: se de um lado temos o contundente depoimento de um dos pro-reitores da UECE asseverando que já há bastante tempo “estudo-denúncia” nesse sentido foi entregue no próprio gabinete do Governador, de outro, os líderes estudantis atestam que esse mesmo governo afirma desconhecer o problema e se nega a tomar uma posição sobre tão sério e grave entrave. Assim, graduações vão sendo postergadas, cursos que durariam quatro ou cinco anos são “esticados” ninguém sabe até quando, e, perigosamente, o desestímulo e desesperança tomam de conta dos “quase-futuro-doutores”.
Enquanto isso, numa absurda inversão de valores, o tesouro do Estado do Ceará já reservou e se prepara pra despejar uma montanha de dinheiro na construção de um tal “aquário” (“brinquedinho” pra turista ver, de utilidade pra lá de duvidosa e manutenção exorbitante), enquanto o chefe do Executivo e enorme comitiva vive cruzando o mundo em viagens transcontinentais, certamente que onerosas e sem resultados práticos (pelo menos que se saiba), em termos de alocação de recursos para aplicação em coisas mais sérias.
Pelo andar da carruagem - e a duração da crise da UECE está aí pra comprovar – da parte do “manda-chuva” do Estado a Educação parece ser um item de somenos importância e, como tal, descartável, desprezível ou desnecessário (tanto que não existe nenhuma perspectiva de concurso para recomposição do quadro de docentes da instituição, conforme asseverou um dos principais assessores de Sua Excelência).
A pergunta é: a quem apelar, se aquele que deveria não só cuidar, mas priorizar a “academia”, há se revelado um insensível para com a Educação” ???

A ÁGUA NEGRA










 
 
A ÁGUA NEGRA

A caixa d’água no escuro do sótão não dorme.
Um demônio vigia e ronca no cotovelo da escada.
Os mortos nunca estão suficientemente lavados.
Ouço no fundo do inferno o canto de Orfeu.

As idéias se afogaram no bronze salgado do mar.
Os ratos insones passeiam no cemitério dos navios.
Onde o ouro obscuro que tanto me atrai e mata?
O vento se envergonha do corpo nu de Eurídice.

Pendurei Eurídice pelos cabelos no mais alto mastro.
Os marinheiros com a garganta seca gritam de sede.
Os tambores rubros retumbam, os canhões explodem.

A guerra não tem fim, os campanários desabam no caos.
A água negra inunda a casa do sótão até o porão.
O meu anjo da guarda perde as penas das asas negras.



terça-feira, 26 de julho de 2011

PROGRAMA CARIRI ENCANTADO SONORIDADES – 27/07/2011

Os velhos e bons Novos Baianos


Os Novos Baianos, um dos mais emblemáticos e criativos grupos musicais brasileiros de todos os tempos, surgiram na Bahia em 1969 e vigoraram vigorosamente na cena cultural tupiniquim até 1979. Eles marcaram definitivamente a música popular brasileira dos anos 1970 como um verdadeiro caldeirão sonoro, cujos ingredientes foram os mais diversificados, como a bossa nova, o frevo, o baião, o choro, o afoxé e o rock’n'roll, sempre influenciados pela contracultura e pelo emergente Tropicalismo.

Dentre os seus constantes membros, o grupo contava com Moraes Moreira (compositor, vocal e violão), Baby Consuelo (vocal), Paulinho Boca de Cantor (vocal), Pepeu Gomes (guitarra), Dadi (baixo), Jorginho Gomes (bateria) e Luiz Galvão (letras).

Os Novos Baianos foram apadrinhados pelo papa da bossa nova, João Gilberto, e contratados pela então poderosa gravadora Som Livre, onde lançaram o antológico e festejado disco Acabou chorare, em 1972, mesclando guitarra elétrica, baixo e bateria com cavaquinho, chocalho, pandeiro e agogô. Em outubro de 2007, Acabou chorare foi eleito pela revista Rolling Stone como o melhor disco da história da música brasileira.

Nesta quarta-feira, 27 de julho de 2011, o programa Cariri Encantado Sonoridades enfoca alguns dos melhores momentos desta banda que ainda hoje é lembrada como um verdadeiro laboratório de manipulação bem sucedida de vários ritmos, tendências e gêneros musicais.

Onde ouvir
Rádio Educadora do Cariri AM 1020 e Internet através do site www.radioeducadoradocariri.com.

Crato:Uma Feira Livre Secular e de Tradições Culturais na Formação do Kariri-Wilson Bernardo

O Kariri não seria metade do que é se não fosse a comarca e a vila Imperial do Crato,temos na formação politica e não genética,os conceitos sociais onde uma formação humana é ímpar.Onde o  poder de agregar a diversidade ,mesmo quando o regime era autocrático.A cidade do Crato preserva uma feira de rua secular, e importante em todas as formações e feiras livres do caririri e do nordeste,só lembrando que Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré visitava e  faziam questão de frequentar,nas segunda feiras a feira da farinha,onde hoje é as lojas GIGI e Esplanada,feira essa secular e culturalmente reconhecida pelos seus repentes do saudoso cego Aderaldo.
Eu dentro da feira e espelhos reais da vida como ela é...Combinação de fatos...
Reflexo...Natural de quem ver a feira sustentável
A Idade será sempre moedeira das razões
Mestre Raimundo Aniceto,irmãos dos catedráticos banda cabaçal Irmãos Anicetos
A feira e quem não se conhecer
Duas medidas e o único peso
Na cabeça a sabedoria de poder matar a sede

Wilson Bernardo( Texto & Fotografia)

Cineasta cratense Jackson Bantim é homenageado no Festival de Jericoacoara



Fonte: Gazeta de Notícias

26 de Julho dia da Vovó - Por Magnólia

Essa vovó da foto é Didi Morais do Sítio Sanharol com seus netos , Gabriel e Junim, em Taubaté - SP - Junho de 2011
O Dia da Vovó ou dos Avós é uma daquelas datas que geram polêmica por conta das críticas dos que só vêem o lado comercial da comemoração. Mas ela é muito mais que isso. Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a experiência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas e com a própria natureza.

O papel simbólico desempenhado pelos avós é muito importante para a criança. Mesmo depois de mortos, costumam fazer parte das nossas, geralmente boas, lembranças da infância. Nem a morte os separa dos netos, pois eles continuam identificados à sua primeira infância. Ao contrário do que se pode pensar, os avós fazem muito mais do que mimar os netos. Muitas vezes eles são o suporte afetivo e financeiro de pais e filhos. Por isso, se diz que os avós são pais duas vezes.

Origem do dia - Comemora-se o Dia da Vovó em 26 de julho porque esse é o dia de Santa Ana, mãe de Maria e avó de Jesus Cristo. Conta a história que Ana e o marido, Joaquim, não tinham filhos, mas sempre rezavam pedindo que o Senhor lhes enviasse uma criança. Ela teve uma menina quando já tinha idade avançada e a batizou de Maria.

Santa Ana morreu quando a menina tinha apenas três anos. Ela é a padroeira das mulheres grávidas e dizem que concede gravidez às mulheres estéreis.

(Fonte: Portal São Francisco)

Lá, tal qual cá - José Nilton Mariano Saraiva

Lá, tal qual cá - José Nilton Mariano Saraiva “Administrar é delegar poderes”.
Partindo de tal pressuposto (teoricamente incontestável), é difícil acreditar (e, no entanto, é vero) que no globalizado mundo atual ainda exista um determinado contingente de pessoas que por simples pirraça, má vontade ou diletantismo exacerbado, faça questão de não enxergar o óbvio mais que ululante: o quanto é difícil e problemático dirigir uma nação tão heterogênea, repleta de mazelas, contradições e de dimensões continentais, como o é o nosso Brasil.
E a dinâmica da “coisa” começa cedo, lá atrás, a partir da artesanal e penosa “costura” de uma aliança que, mesmo tendendo à multifaçatez e disformidade, revela-se necessária na tarefa maior de levar adiante a viabilização de um determinado projeto macro-socializante (ou de viés coletivista); assim, depois de referendado nas urnas pela maioria da população, o ungido ao trono há que exercitar a tal “delegação de poder”, que se materializará na forma de “repartição” (ou divisão) das responsabilidades (com seus ônus e bônus), através da alocação de “quadros aliados” em postos estratégicos do organograma oficial.
E aí é que mora o perigo (inevitável), porquanto, mesmo se tratando de uma cultura estabelecida, de um procedimento já estratificado ao longo dos anos, nunca deixará de representar um autentico “salto no escuro” ou “jogada de alto risco”, já que, sem conhecer na intimidade os indicados (pelos partidos aliados), só resta a quem nomeia torcer para que os “coroados” tenham a sensatez, o compromisso e a responsabilidade com um projeto maior, um projeto de nação.
A reflexão acima tem a ver com duas situações emblemáticas, dos dias atuais; aqui, na terrinha, a presidenta Dilma Roussef (assim como outros que a antecederam no cargo), para manter a tal “governabilidade” necessita, evidentemente, que os projetos encaminhados pelo Executivo (Governo) ao Legislativo (Câmara e Senado) obtenham maioria de votos; e aí se escancaram portas, frestas e janelas para os maus intencionados tentarem se apossar (ou “privatizar”) o espaço lhes disponibilizado, pondo por terra todo um trabalho que contemplaria o “coletivo”. A solução ??? Cortar na própria carne e extirpar o mal pela raiz, como o fez a presidenta brasileira ao intervir diretamente no Ministério dos Transportes, entregue à responsabilidade de um tal Partido da República (PR), que tem peso, sim, já que com 07 (sete) senadores e 40 (quarenta) deputados federais.
Pois bem, mostrando a seriedade e responsabilidade que a caracteriza e sem se importar com o possível abalo-desfalque em sua “base de sustentação”, a presidenta Dilma Rousseff já premiou nada menos que 17 (dezessete) integrantes do Partido da Republica com o famoso “bilhete azul” (demissão sumária), a começar pelo próprio Ministro de Estado; e a assepsia continua, até não mais restar pedra sobre pedra. Alguém tem dúvida ???
Enquanto isso, nos Estados Unidos o presidente Barack Obama também é “peitado” e se vê candidato a “refém” dos integrantes do Congresso Nacional, que se recusam a autorizar o aumento da capacidade de endividamento do Governo (a fim de que este possa honrar os compromissos assumidos, livrando a ex-toda poderosa nação mais rica do mundo da alcunha de “caloteira”), a não ser que este desista de implementar determinadas medidas de cunho sócio-moralizantes (tributar os mais ricos, por exemplo).
Como se vê - lá, tal qual cá - também existe os ”mafioso-pirracentos”.
Efeito da tal globalização ??? Será ???

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Meu amigo Zé Ricardo - Claude Bloc

Conheci Zé Ricardo ainda era pequenininha. Como irmão de Magali, sempre o via circulando pela casa ou indo brincar pelas redondezas. Apesar da inquietude interior, sempre transpareceu uma placidez grande na hora de conversar e de encarar a vida. 

Mais adiante, enveredou pela medicina, casou-se, teve uma filha linda - Elka - e três netinhas que sempre acompanho pelas fotos. 

A vida nem sempre lhe devolveu a doçura que carregava nas palavras e nos gestos, mas fez dele, esse homem sempre tímido, que soube cativar os amigos e cultivar uma sincera empatia com aqueles a quem queria bem.

De uns tempos para cá, sua vida foi uma constante luta contra a doença que o consumia. Refugiava-se entre os entes queridos para suportar aquele estado doloroso que tinha que debelar, mas sempre seguiu em frente até que Deus compadeceu-se e o chamou para junto de Si.

Ao meu amigo Zé Ricardo, meu último abraço. À familia a quem tanto quero bem, meus sinceros sentimentos de solidária dor.

Abraços sentidos,

Claude Bloc

domingo, 24 de julho de 2011

Para entender a estratégia Lula-Dilma

Apesar de surpreender a gregos e troianos, a estratégia política de Lula-Dilma Rousseff é relativamente fácil de desvendar. A primeira peça do jogo é não imaginar Dilma dissociada de Lula. Não existe hipótese para ciumeiras, rompimentos. A diferença de estilo entre ambos não é semente para futuras disputas, mas peça essencial na sua estratégia. Primeiro, vamos às afinidades políticas e à continuidade de ambos os governos: 1) AMBOS SÃO SOCIAIS-DEMOCRATAS. Não se exija perfil revolucionário, nem mesmo estatizante, embora estejam longe de se constituir em neoliberais; 2) SÃO POLÍTICOS FOCADOS EM RESULTADOS SOCIAIS, COMO PEÇA CENTRAL DE LEGITIMAÇÃO POLÍTICA, Dilma dando mais atenção à gestão, Lula à política (mesmo porque tinha Dilma para cuidar da gerência); 3) na política econômica, a prioridade absoluta é o controle da inflação. Câmbio, desindustrialização, juros, é resto. E o resto é resto. Embora Dilma tenha formação desenvolvimentista, a realpolitik se sobrepôs às demais prioridades. Se a crise internacional piorar, pode criar vulnerabilidades nessa parte da estratégia. 4) no plano político, a lógica não é do confronto, mas da soma. Dilma aprendeu com Lula a dividir os contrários em dois grupos: os adversários e os inimigos. O primeiro grupo é para ser cativado ou cooptado.
Diferenças periféricas: as diferenças de estilo entre Lula e o Dilma são periféricas, embora importantes na montagem da estratégia política. NO PLANO ECONÔMICO E IDEOLÓGICO, SÃO GOVERNOS DE CONTINUIDADE. Muitos analistas – à direita e à esquerda – tomam a nuvem por Juno, as diferenças periféricas pelas essenciais. E acabam se confundindo na análise do governo Dilma e de sua estratégia política. Os fatores utilizados pela velha mídia para desgastar Lula (fazendo muito barulho, embora influenciando apenas 5% do eleitorado) são desimportantes e nada tem a ver com as peças centrais de sua política.
No plano político, nos últimos anos desenterrou fantasmas da guerra fria que se supunham extintos desde os anos 60. Na diplomacia, a questão iraniana. Na política interna, o pesado véu de preconceito contra Lula e o enfrentamento nos últimos anos. AS CRÍTICAS CONTRA AS POLÍTICAS SOCIAIS FORAM DEVIDAMENTE ENTERRADAS PELOS FATOS. Ao assumir, sem comprometer os pontos centrais de sua política, Dilma definiu um estilo diferente de Lula na forma, embora muito similar no conteúdo – inclusive surpreendendo os que supunham que partiria para um confronto direto com adversários. Colocou a questão dos direitos humanos como foco da diplomacia, deu atenção a FHC, compareceu ao aniversário da Folha, nos últimos dias convidou jornalistas brasilienses para conversas no Palácio, respondeu rapidamente às denúncias consistentes. Completa-se assim a estratégia: Dilma se incumbe do establishment, que rejeita Lula. No plano midiático, blogosfera para ela é como a Telebrás – serve apenas para ajudar a regular a mídia. O mesmo ocorre com movimentos sociais e sindicatos. Já Lula garante os movimentos populares, o sindicalismo, a blogosfera e a ala esquerda. E estende sua sombra sobre os adversários. Se endurecerem muito com Dilma, entra na briga. Se Dilma não se sair bem no governo, ele volta. Perto dessa estratégia, a oposição só tem perna de pau: um guru que ensarilhou as armas – FHC -, um político esperto, mas sem idéias – Aécio Neves – e um desatinado – José Serra. Cumprir-se-á o vaticínio do sábio José Sarney, de que a nova oposição sairá das entranhas do governo.
Linhas programáticas: Em relação à continuidade, é importante não confundir algumas linhas de ação que permanecem as mesmas desde o governo Lula – mas que têm dado margem a confusões. A primeira, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Criou-se a idéia de que, com Lula, a Telebrás assumiria todo o trabalho de levar a banda larga até a última milha (a casa do cidadão). Nunca foi essa a idéia. A Telebrás foi ressuscitada com o objetivo de levar linhas de transmissão ligando cidades, atendendo provedores independentes, fortalecendo as linhas de transmissão, mas sem a pretensão de atuar no varejo. A possibilidade de atuar no varejo foi acenada apenas para demover as resistências das operadoras em aderir ao plano. Não significa que seja um bom plano. 300 mb de tráfego por mês a 35 reais é brincadeira. Tem que se aprimorar a negociação. Mas a estratégia de amarrar as teles a compromissos de universalização é correta. O segundo ponto é a chamada "lei dos meios". Criou-se a idéia de que o projeto de Franklin Martins imporia limites aos abusos da mídia. A radicalização de Franklin foi muito mais no discurso do que propriamente nas propostas. A não ser a questão limitada da propriedade cruzada, o projeto era muito mais uma defesa dos grupos nacionais contra as grandes corporações internacionais e as teles. A CEGUEIRA DA VELHA MÍDIA A IMPEDIU DE ENTENDER A LÓGICA DO PLANO. Autor: Luis Nassif

Nota de Falecimento

Comunicamos o falecimento do médico cratense José Ricardo de Figueiredo ocorrido em Fortaleza, onde ele residia, na noite da última sexta-feira, dia 22 de julho de 2011. José Ricardo era o primeiro dos oito filhos do casal Aníbal Viana de Figueiredo e Maria Eneida de Figueiredo.

Nosso Pé-de-Serra - Por Heládio Teles Duarte

Foto: Heládio Teles Duarte

sábado, 23 de julho de 2011

De "João Cotoco" ao Obelisco do Centenário, a trágica história dos monumentos de Crato -- por Armando Lopes Rafael



Hoje passei em frente aos tapumes que escondem as obras de reforma da Praça Juarez Távora, mais conhecida como Praça São Vicente. É nisso que dá os vereadores ficarem mudando denominações de logradouros já batizados pelo povo. Os nomes oficiais não caem no gosto da população e sempre prevalecem as denominações populares. Outra praça de Crato – a de Cristo Rei, também conhecida como Praça dos Pombos -- é outro exemplo. Ninguém a conhece pela denominação oficial, que é Praça Francisco Sá.

Mas, voltemos à reforma da Praça São Vicente, ou Juarez Távora como foi denominada pelos vereadores cratenses há mais de sessenta anos. Quem passa por lá, apesar dos tapumes, já vê, novamente, o Obelisco do Centenário -- um dos poucos monumentos desta bicentenária cidade – tão pobre em monumentos públicos. O obelisco, lá existente, estava -- há longos anos -- escondido pelos galhos de duas mal localizadas mangueiras. Quando a reforma for concluída o teremos de novo visível, alvacento e altaneiro, como lá foi erguido no já distante 1953...

É comum ouvirmos esta reclamação: Crato, com 247 anos de existência, possui poucos monumentos públicos. Parece até uma maldição! Criada como vila em 1764, somente em 1903, 14o anos depois, foi erguido, na Cidade de Frei Carlos, o primeiro monumento público. Tudo aconteceu assim: em 1903 o governador do Ceará, Pedro Borges, enviou a todos os prefeitos cearenses um pedido para que a tentativa de colonização do Ceará – ocorrida em 1603, epopéia feita por Pero Coelho – fosse solenemente comemorada.

O então prefeito de Crato, Coronel José Belém de Figueiredo, mandou construir um busto do colonizador do Ceará – Pero Coelho – e o colocou na Praça da Sé. Como artista contratou, para tal empreitada, o Mestre Santos, artesão bastante conhecido nesta cidade, àquela época.

Deixemos com a palavra o escritor e poeta José Alves de Figueiredo, que publicou crônica a este respeito, inserida no livro “Ana Mulata”, de sua autoria:

“A obra de Mestre Santos, executada talvez, sob mau signo, veio coberta de azar, traduzindo perfeitamente a fatalidade que pesou sobre a cabeça de Pero Coelho, em vida, e que vem influindo sinistramente, no destino do povo cearense. Exposta aos olhos do público, um moleque batizou-a com o nome pouco reverente de João Cotoco, e a maledicência da rua adotou-a com satisfação.

Com este pouco auspicioso começo, rápido e funesto foi o seu fim. Logo nos primeiros meses de inverno, o choque de duas eletricidades contrárias produziu um raio que, desprezando os dois prédios próximos, muito mais altos, e a elevada torre da Matriz, caiu sobre João Cotoco, deixando-o, com o seu pedestal, em fragmentos”.

Eis aí a história do primeiro monumento público de Crato!

O verbo roubar – por Nei Silveira de Almeida



(Transcrito da seção Cartas do jornal “Estado de S.Paulo”)

No Brasil conjuga-se o verbo roubar em todos os tempos e em todas as pessoas", já disse – em um dos seus sermões, no século 17 – o famoso Padre Antônio Vieira. Ele nasceu em 1608 em Portugal, mas veio para o Brasil aos sete anos de idade. E aqui morreu em 1697. O sermão do Padre Antônio Vieira, no entanto, mantem-se irretocável até os dias de hoje.


Corrupção, no Brasil, não é apenas privilégio de políticos e de algumas autoridades. Há muitas outras corrupções no dia-a-dia da brava gente brasileira. Omitir-se ante a roubalheira que rolou e deitou no governo Lula é uma delas. A maioria dos petistas só sabe criticar o governo do PSDB. Mas, levar para casa material da empresa em que trabalha é roubo também. Assim como comprar carteira de motorista, pagar propinas nas repartições e instituições para ser atendido primeiro do que os outros. Adulterar pesos de produtos a serem comercializados; vender produtos com data de validade vencida; operar em caixa 2; comprar recibos para sonegar o imposto de renda; comprar atestado médico para justificar faltas ao trabalho; etc. e etc.

Esses últimos tipos de corrupção são chamada por alguns como “parte integrante da cultura brasileira”. Por outros como “marca registrada” e, por ainda outros, de “mania nacional”. Tais práticas de corrupção, aos meus olhos, tem outro nome: é roubo mesmo! Inicia-se na escola primária com a criança roubando a borracha do coleguinha. Passa pelo ensino médio com o adolescente “colando” nas provas. Estende-se ao jovem que compra gabarito dos exames vestibulares.

Culmina com o adulto comprando diplomas universitários. Após essas brilhantes incursões, cabe ao indivíduo acessar ao mercado da falcatrua privada, ou candidatar-se a um cargo público para o cumprimento do exercício do superfaturamento e dos variados processos de corrupção. O que me leva a crer que ser ladrão, no Brasil, é profissão de carreira.
Nei Silveira de Almeida
Belo Horizonte

Esqueceram de mim 1



(Publicado originalmente no “Blog do Juaonline”)


Este painel, em homenagem ao Monsenhor Murilo de Sá Barreto, foi afixado no dia da inauguração da ponte sobre o rio Salgadinho pelo governador Lúcio Alcântara. Pouco tempo depois ele foi pichado por vândalos e assim está até agora. É uma pena que no momento em que Juazeiro completa cem anos de emancipação política o Poder Público não tenha se lembrado de restaurar o painel (por onde passa tanta gente) do vigário que dos cem anos de Juazeiro protagonizou cerca de cinquenta, aqui deixando uma extensa folha de bons serviços prestados.
Como dizia Padre Cícero: "A gratidão, com certeza, é uma virtude do Céu".
Agora, quanto à ingratidão... Nem mesmo Jesus Cristo tolerou!
(Texto e foto: Daniel Walker)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Desafio do Blog do Sanharol - (082 - 2011)

Postagem do dia 19 de Julho do Blog do Sanharol copiada para o 
Cariricaturas - Por Magnolia Menezes
Quem é a princesinha?
Com um ano de idade.
Vamos la pessoal é muito fácil!

Blog do Sanharol disse...
Não é facil. Pelo menos pra mim. Não tenho ideia.
Vicente Almeida disse...
É... Meu Deus que coisa linda. Parece gente nascida em berço de ouro. Magnólia: Por que você sempre dificulta as coisas. Ela tinha um aninho a quantos anos atrás? Facilita, vai! Noto que ela não parece ser de Várzea Alegre. Pelo menos baseado nas fotos que já vi! Vou aguardar um pouco. Vicente Almeida
Artemisia disse...
Por que, seu Vicente Almeida, em Várzea Alegre não nasce criança bonita? Ora covenhamos! Para você falar isso, você deve saber de quem se trata. Abra logo o jogo e deixe de enrolar, dizendo que é a Magnólia quem dificulta.
Magnólia Menezes disse...
Sim gente!! Esqueci um detalhe importantíssimo, ela é "MAIOR DOIS METROS DO QUE O MUNDIM DO VALE" Facilitou né?
Vicente Almeida disse...
É... Tá vendo ai Artemisia como são as facilidades de Magnólia? Onde vamos arrajar uma mulher hoje com mais de 2,5 mts? E olhe, não esquenta, criança bonita nasce em todo canto, mas, uma foto programada é bem diferente de uma foto acidental, tipo assim: Cláudio, vai ali e tira uma foto daquele grupo! Cládio vai e pega todo mundo de surpresa! Entendeu o que eu quiz dizer? A criança desta foto, me parece ter sido preparada para o momento. Você não acha? Gosto muito de analisar detalhes que a maioria deixa passar. Vicente Almeida
Didi Morais disse...
Que coisinha mais fofucha, como eu já sei quem é, e foi soprado da prima Mazinha, então vou deixar para os demais.
CLÁUDIO SOUSA disse...
MEU AMIGO VICENTE; CABA REI ARRUME OUTO PRA TIRAR ESSAS FOTOS QUE PENSE NUM FOTOGRAFO RUIM SOU EU. KKKKK ( EU SEI PODE SER OUTRO CLÁUDIO). MAS SE FOR QUEM EU ESTOU PENSANDO SOUSA SOBRINHO E NONATO SOUSA FALARAM PRA MUNDIM QUE NÃO TINHAM MEDO DELA NÃO SE ELE QUISESSE ACANALHAR ELES COLOCARIAM ELE PRAO MUNDIM PRA FORA
Artemisia disse...
Vicente, eu só quis perturbar você. Sei que você é de paz. Mas veja, o Mundim deve se orgulhar muito do que e de quem ele é. Já viu como perturbam o nosso amigo. Aprendi que só se perturba quem a gente gosta. A criança é linda. Hoje existem os recursos multimídia, os "fotoshops"
Blog do Sanharol disse...
Já sei identificar. Depois de reconhecer é que vemos o quanto parece. É colaboradora do Blog. Agora ficou facil demais.
Paula disse...
Deve mesmo ser alguém bem maior do que o mundim. Visto que com um ano de idade já era tão graúda!Vou apostar na poetisa Claude, e aposto ainda que não foi Salim quem tirou a foto.
Magnólia Menezes disse...
Pois eu já fiquei sabendo que o Sousa Sobrinho e Nonato Sousa estavam morrendo de medo da amiga do Mundim, e o Mundim foi muito do esperto, ficou o tempo todo do lado dela. Pense no tamanho da protenção! Ela é grande mesmo e bonita.
isabel.morais1 disse...
eh! Vicente vc tem razao. bonito assim em V.Alegre so Morais. bjs
Valdenia Almeida disse...
Ei Gente Mais essa é Claude Block! Ou não? Se Tenho certeza? Acho que tenho! É Que já faz tanto tempo! Valdênia Almeida
raimundinho disse...
Nessa idade aí,a Flor da Serra Verde já tinha condições de me prestar segurança. Estava uma gracinha, os olhos já diziam para o mundo: - Cheguei e vim pra ficar.
Artemisia disse...
Vicente, você tinha razão, não é de Várzea Alegre. Foto de qualidade já naquele tempo KKKK de criança, só na França!
VARZEALEGRESESFORADATERRINHA disse...
euEu não sei quem é: mas que essa bonequinha é linda isso é.
Magnólia Menezes disse...
É gente a dona da foto nem veio aqui dizer nada, acho que se zangou... Quem respondeu que é a Claude Bloc, acertou.