Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

DEUS NOS PROTEJA SEMPRE -Rosa Guerrera


Notícias de Copenhague - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Se não fosse a ida do Governador José Serra a Copenhague a humanidade estaria afogada em caldos quentes de temperatura. O governador salvou a Conferência trazendo evidências marcantes do efeito estufa sobre as margens e marginais do Tietê.

Outro grande nome foi o Arnold Suástinague e seu extermínio de futuro. A nossa gratidão de1 brasileiro é que pelo seu prestígio cinematográfico deu margem para que o grande líder José Serra pudesse mostrar ao que viera.

A nota triste é a Dona Dilma voltando aos anos setenta, aquela década que definitivamente enterrou Freud e sua psicanálise individual. Onde já se viu coisa mais antiga do que “ato falho”? Quando o espírito jovial do Jornal Nacional nos chamou a atenção, abri a janela para ver se o psicanalista da minha rua estacionara seu velho Mercedes e descia com seu cachimbo e cachecol em pleno verão carioca. O vinho não, custa caro todo dia.

E nossa Madre Marina de Onde é que está? Dá um tostão para o bilionário que assim ele fica humilhado e solta algum mihão. Pois é de milhão em milhão as ONGs ambientais se tornam multinacionais.

E os americanos pousando de dedo duro: o culpado são os emergentes. Eles que não cresçam. E vocês americanos? Qual é a contribuição? É deste criminoso do Irã que só pensa em Bomba Atômica. E o Chávez? Este eu não falo pelo petróleo que me vende. Deixo que revistas e jornais digam.

E Mrs. Clinton que errou na missão do pirulito? Veio uma estagiária e a reduziu a apenas um projeto do marido. Pronto, suporte a humilhação ou desista da sua importância. Na semana do clima saiu pela mídia dando trovoadas, ameaçando quem convidasse o governo do Irã para o jantar. Depois foi lá em Copenhague e atendeu ao governador José Serra e à Marina: eu dou, mas só se os emergentes derem.

Na sexta feira de azar a conferência promete outra conferência para decidir sobre a conferência. Também mandaram o Lula e o Minc para lá com as velhas práticas do PT.

Mas e o bilhão do Serra para o clima? O Aécio Neves desistiu da sua candidatura a presidência da república pelo PSDB.

O pior de tudo são as estrelas que fulguram nos céus das lideranças mundiais. O melhor exemplo é o Obama, ganha o prêmio da paz com a guerra justa; é a favor do combate ao aquecimento global mandando os outros esfriarem seus fogões econômicos e ainda vai ditar regras sobre s importância de sua nação.

Eu já telefonei para o meu amigo João de Barros que mora no sítio Batateira: João vamos roer caroço de piqui até os espinhos espetarem nossa língua. Língua só presta para conferência.

"Então é Natal ... Jingle Bells" - Corujinha Baiana

Então é Natal ...

Jingle Bells !
Jingle Bells !
***
Quisera para todos:
Mesa farta
Árvore iluminada
De bolinhas enfeitada
Eu quisera ...
***
Jingle Bells !
Jingle Bells !
***
Quisera Papai Noel trouxesse presentes pra todas as criancinhas .
***
Jingle Bells !
Jingle bells !
***
Quisera todos tivessem o que comer
Não houvesse filas nos hospitais
E ninguém morasse nas ruas
Eu quisera...
***
Jingle Bells !
Jingle Bells !
***
Quisera que os governantes
não lembrassem do seu povo
apenas em época de eleições.
Eu quisera...
***
Jingle Bells !
Jingle Bells !
***
Quisera não houvesse
Crianças violentadas
Jovens viciados
Sequestros
Tráfico
Assaltos
Balas perdidas
Eu quisera ...
***
Mas se os Shoppings tocam " Jingle Bells "...
***
Então é Natal ...
***
Façamos de conta que Papai Noel existe
e
Alimentemos a Esperança
de
Um Mundo Melhor !



( Corujinha Baiana -18 de dezembro de 2009)

Empadão de Bacalhau de Natal - compondo a sua ceia


Ingredientes


bacalhau demolhado 3 postas
batatas 6 und.
couves portuguesas 2 und.
cebolas 3 und.
alho 6 und.
ovos 3 und.
azeite 2.50 dl
vinagre 1 col. sopa
mostarda 1 col. sobremesa
sal e pimenta q.b.



Como fazer Empadão de bacalhau de Natal



1 Descasque as cebolas e os alhos e corte-os às rodelas muito finas. Separe as folhas das couves, lave-as e retire-lhes os talos mais duros. Numa panela ponha água temperada com sal e quando ferver junte as couves deixe cozer deixando-as um pouco rijas.
2 Lave muito bem as batatas e coza-as inteiras e com casca juntamente com 2 ovos. Coza o bacalhau durante 10 minutos. Escorra-o, limpe-o de peles e espinhas e parta-o às lascas grandes. Enquanto isso, descasque e pique as cebolas e os alhos e leve a cozer em 0.5 dl de azeite só até começar a alourar.
3 Quando tudo estiver cozido proceda da seguinte maneira: pele as batatas, descasque os ovos e corte tudo às rodelas. Escorra muito bem as couves. Prepare a maionese: deite o restante ovo no copo misturador ou numa tigela, junte a mostarda e tempere com sal e pimenta. Adicione o azeite devagarinho e bata com as varas até engrossar e junte depois o vinagre.
4 Num pirex coloque em camadas alternadas, a cebolada, o bacalhau, as couves, as batatas e os ovos. Repita as camadas até acabarem os ingredientes. Espalhe sobre a última camada que deve ser de batata, a maionese e leve a forno aquecido a 200ºC até alourar. Sirva quente.
1001receitas.com

A PARANORMALIDADE E A OUTRA VIDA ALÉM DESSA VIDA: FATOS INCOMPREENSÍVEIS DA MINHA VIDA

Desde garoto fui instigado, por experiência própria, em saber mais sobre o que estava além dessa vida. Então, com meus doze ou treze anos de idade tive a minha primeira experiência que me abalou profundamente sobre se existia ou não seres vivendo em outros mundos invisíveis. Assim, aconteceu na minha presença onde minha madrasta foi repreendida por uma entidade espiritual, incorporada numa menina de 13 anos de idade, caso continuasse com as agressões físicas e morais sobre minha natureza humana. E o que afirmou a entidade sobre o que iria acontecer com ela caso continuasse com as agressões – o que de fato aconteceu um pouco tempo depois! Por volta de 15 anos de idade novamente um fato aconteceu que me deixou perplexo e envergonhado por ter que admitir algo que nenhum olho humano poderia ver. Uma entidade espiritual viu a minha alma chorando e me denunciou na frente de várias crianças num dia de São Cosme e São Damião. E aos 18 anos, mais ou menos, um fenômeno espiritual me deixou assustado e depois curioso em querer saber mais sobre um ser que se manifestou, quando eu estava tentando acordar por volta das 6 horas da manhã, na minha frente com as características de um fantasma (sem um rosto definido e todo branco – muito branco!).

E aos 27 anos, mais ou menos, “vi” e fui orientado espiritualmente por um ser que se incorporou na minha (segunda) madrasta na frente da minha família reunida na sala da nossa casa (caso raro e incomum de acontecer). Essa entidade afirmou algo que eu estava pensando há meses e que ninguém mais sabia: por que Deus era tão passivo diante das guerras, tragédias, desastres, injustiças e doenças no mundo humano? O ser espiritual, então, disse para mim: “Não coloque Deus como responsável de tudo isso que você vem apontando. Tudo o que acontece de mal na Terra é consequência das ações humanas. Deus não tem nada a ver com isso. Foram vocês que criaram esse mundo assim. Por favor, pare de pensar dessa forma”.

E aos 36 anos de idade depois de tantos sinais paranormais ou espirituais finalmente tive a experiência mística do Eu Cósmico se manifestando nas profundezas da minha consciência. E como conseqüência dessa vivência deslumbrante tive, a experiência rara do Amor Divino explodindo no centro do meu peito. E tudo aconteceu quando orei e implorei de joelhos para saber a Verdade Dele, e depois comecei a investigar a diferença entre ser e não-ser, razão e intuição, razão e fé, ser superior e ser inferior, energia negativa e energia positiva em mim mesmo de forma implacável. Vivenciei tanta coisa bonita que quase me desliguei do mundo social para querer viver isolado numa floresta ou caverna. Fiquei sem chão!

Eu não sabia mais afirmar com convicção o que era a vida humana. Até hoje vivo uma polaridade existencial (Eu social e Eu Universal). Em minha consciência duas vidas e duas vozes preenchem a minha condição humana. Um lado meu, humano, sofre e se angustia por sentir que o livro da minha vida humana já está nas últimas páginas da leitura. E por outro lado, não-humano, diz: “Não turbe seu coração...tudo passará...confie em mim...Sou Deus em você mesmo”.

Assim, o rio da vida corre no seu rumo com as ondas sendo guiadas por duas margens: a dor e o Amor. É preciso ter muita fé e suportar o destino onde as águas do rio cósmico nos leva para um outro lugar ou dimensão. É preciso aprender que a vida não se resume apenas viver num lado da margem do rio, mas que precisa fluir e oscilar docemente ao sabor dos ventos físicos e metafísicos sutis.

Então, o que é a vida para mim? É aceitar que nada tem início e fim. Só existe o caminho do meio no fluir dos acontecimentos,transformações, sabores, dissabores e descobertas que fazemos a cada dia. O discernimento de QUEM SOMOS NÓS é o mais elevado grau de sabedoria. Pois, no final de tudo descobriremos que sempre fomos deuses em estágios diferentes de aprendizagem. E nesse percurso os erros e acertos contarão pontos e méritos na escalada da consciência cósmica de Deus.

A Verdade é o Amor indizível, mas que pode ser vivenciada por cada um num encontro (casamento)cósmico metafísico e interior (da alma desejosa em querer se descobrir e amar incondicionalmente).

Bernardo Melgaço da Silva

EU ENGANEI ( ? ) PAPAI NOEL por ROSA GUERRERA


Astuciosa , fui ! Moleca até demais.Não porque fosse filha única, mas talvez por uma precocidade que segundo minha mãe dizia , deu muito trabalho a ela. Fui também campeã de muitos castigos e boas sovas principalmente quando trazia para casa minha caderneta com as notas mensais da escola. Em aproveitamento sempre tirava 10 ,mas em comportamento a maior nota que recebia era um pálido 7.E lá vinha aquele mundão de castigos por parte de meus pais.Por gostar muito de animais e acreditar que todos também gostavam de mim,eu não ouvia os conselhos que me davam de que um animal desconhecido pode perfeitamente agredir uma pessoa que não seja o seu dono e por essa desobediência fui conduzida 9 vezes ao Pronto Socorro, mordida por gatos, cachorros , coelhos, hamster e algumas bicadas de gansos.Acredito no entanto que a minha maior astúcia foi ter enganado papai noel , ou seja , meus pais , até os 10 anos de idade .Por ter nascido dia de Natal , claro que eu ganhava presentes , e como costumeiramente se oferece outros presentes no final do ano, eu também os recebia ,mas queria mais e mais, e assim fingi até os 10 anos de idade que ainda acreditava em papai noel e cinicamente escrevia cartinhas ao velho barbudo fazendo novas “encomendas” .( Mesmo sabendo desde os 7 anos que ele não existia) .Mas como toda mentira mostra a verdade no final , fui traída por uma coleguinha que contou a trapaça a minha mãe , depois de uma briguinha que tivemos na escola. Ai que triste Natal foi aquele para mim ! Nem o presente de aniversário eu recebi, mas ouvi da minha mãe uma lição de moral sobre os efeitos que a mentira pode ocasionar ao homem. Hoje lembrando essa minha peraltice,sei que aprendi uma grande lição .Posso ter enganado o papai noel ..( ? ).mas alicercei desde então os meus passos , procurando sempre pisar em terreno firme, calando no momento exato , e falando na hora necessária, aceitando de bom grado os bons e os maus “presentes” que vida queira me oferecer, mas consciente de que todos chegam as minhas mãos provenientes do meu esforço e da minha verdade.

A poesia de Geraldo Urano !




lambo as minhas dores
sou um boi
grande e lindo
uma vaca religiosa
que carrega
os pecados do mundo
sou um continente
gelado
com inúmeras
ilhas verdes
nova york adolescente
paris iluminada
pelo sol poente
sou uma pintura
na parede
com muito vermelho
e azul
------------------

vou parar de
escrever
pois o que estou
escrevendo
não está com nada
igualzinho
a certas mulheres
que só são vistosas
e nada mais
gosto dos loucos
e de quem sofre
me sinto bem
olhando
você de longe
vai a tarde embora
e a noite vai chegando
como uma espécie
de petróleo
saído das mãos de deus
voa besourinho
teu último voo
depois vai alimentar
os sapos


-----------------------
a manhã
é uma enchente de
luz
a tarde
um mar de água
quente
e a noite
um grande perfume
minha primeira
dose de rum
meu primeiro
cigarro
meu primeiro beijo


---------------------
todas as
mulheres são irmãs
diferente
como os dedos
da minha mão
geladas como cerveja
quentes como vulcão
precisavam
ser mais feleizes
eu precisava
ser mais mulher
eu quero pintar as
unhas
eu quero botar batom
é meio dia
dou um gole de coca cola
ao sol
--------------------------

arte é arte
talento não se discute
nem o da prostituta
da avenida augusta
algo me diz
que sou assim
moleque superman
girassol alecrim
de tudo tem
de tudo há
eu gosto amo mesmo
a moça da novela
com seu ar
de espantalho


geraldo urano

Mui Amigas... Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

Estamos quase chegando à semana da festa do Natal. O momento é propício para refletirmos sobre o amor, a amizade, a solidariedade e o perdão. Podemos então nos questionar se estamos sendo bons pais, filhos, amigos e cônjuges. Estamos sendo fiéis aos nossos amigos?

Esse é também um momento de entrarmos em sintonia com Deus e pedirmos para sermos melhores. Deixar morrer o nosso coração de pedra e nascer um coração novo, de carne. E que esse coração novo seja capaz de receber todas as graças de Deus e se abrir para o perdão. A chegada do menino Jesus nos faz entrar na magia de um novo renascer. Renascer para uma nova vida de pratica do bem, de ser capaz de entender e perdoar pessoas que achamos não merecer nosso perdão. É difícil perdoar quem nos tratou mal. E se nós imitássemos o coração manso e humilde de Jesus? Talvez fosse possível.

Foi nesse clima de Natal que me lembrei das falsas amizades. Na Bíblia, em Eclesiástico 6,14-15, encontramos: “Um amigo fiel é um refúgio poderoso, e quem o encontra, achou um tesouro.” “Amigo Leal não tem preço e nada se iguala ao seu valor.” A amizade verdadeira é um sentimento muito gratificante para todo ser humano. Todos gostam de ter amigos. Tem também um ditado que diz “É melhor um amigo na praça do que dinheiro na caixa”. Tudo isso pela importância de se ter um amigo.

Muitos já foram traídos, mas mesmo assim não perderam a fé nos amigos, pois alguns são merecedores de toda nossa confiança. Também sabemos que o ser humano não é uma ilha, gosta de conviver com outras pessoas e usufruir de uma boa amizade.

A história que vou narrar ocorreu comigo, quando eu estava me preparando para o vestibular do curso de História da Faculdade de Filosofia do Crato. Devido a minha juventude, eu confiava cegamente nas pessoas e achava que todos que se aproximavam de mim e agiam como amigos seriam incapazes de me causar qualquer decepção.

Duas vezes por semana, eu freqüentava um curso de inglês. Foi nessas aulas, que conheci duas colegas que eu pensava serem minhas amigas. Através da convivência, a amizade foi se solidificando, pensava eu. Mas não foi isso que se passou com essas duas colegas. Elas, assim como eu, iam fazer vestibular, não para o curso de história, mas para outros cursos.

Saí de casa numa sexta feira à tarde, em direção ao centro da cidade, com o objetivo de comprar um livro. Já estava chegando à Rua João Pessoa, quando encontrei com essas duas amigas. Uma delas me convidou para passar uma semana numa fazenda de uma tia. Informou-me que iríamos nós três e que lá era um lugar bastante sossegado, ideal para estudar. Respondi que iria combinar com meus pais. Conversamos mais um pouco, depois nos separamos, e eu fui à livraria comprar o livro.

Ao Chegar à minha casa, falei com meus pais que me autorizaram a ir. Então eu telefonei para elas e ficou tudo combinado. A viagem foi marcada para a próxima segunda feira às três horas da tarde. Seria apenas duas horas de viagem.

No dia marcado arrumei a mala e fiquei esperando. Esperei tanto que o dia já estava anoitecendo, quando outra colega, uma verdadeira amiga me ligou e perguntou por que eu não tinha viajado. Acho que ela já sabia da traição. Expliquei que até àquela hora elas não tinham me dado notícia nenhuma. Então ela me disse que elas viajaram no horário marcado. Fiquei chocada com tal atitude. Foi uma grande falta de educação e deslealdade. Pelo menos elas deveriam ter dado qualquer desculpa, mas me deixarem esperando...

Essa minha amiga, que me telefonou e, que ainda hoje eu a considero como grande amiga me convidou para um sítio dos pais delas no Lameiro, onde fui muito bem acolhida. Estudamos com muita vontade e passamos no vestibular. Ainda hoje não entendo a atitude daquelas duas ex-amigas, pois tenho certeza que eu não merecia. Mas consegui perdoá-las, o que é mais importante.

Tudo que acontece na vida serve para o nosso amadurecimento. O desencanto com essas duas pessoas, não me desanimou, pois a atitude da amiga certa, me fez acreditar que ainda existem pessoas boas e amigas.

Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

"Noite Feliz" - A História de Uma Canção


Cada povo tem suas canções, seus próprios cânticos de Natal. Entretanto existe uma canção interpretada praticamente no mundo inteiro, em todas as línguas : Noite Feliz.
***
Poderíamos dizer que a história da canção de Natal "Noite Feliz" é como um conto de fadas, mas a realidade é bem diferente: ela evoca miséria, marginalização e enfermidades, mesmo se algumas vezes a vida de seus autores contém surpresas e quase verdadeiros milagres.
***
Há mais de 200 anos,no dia 11 de dezembro de 1792, um ano depois da morte de Mozart, um menino pobre nasceu na mesma cidade de célebre compositor, em Salzburg, Áustria.Era o terceiro filho de Ana Scholber, uma costureira que remendava e fabricava meias. O pai dele chamava-se, Joseph Mohr, um soldado que legou o nome ao filho antes de desertar e desaparecer, deixando a família na miséria. As autoridades de Salzburg acharam que três filhos naturais eram demais. Ana Scholber foi condenada a pagar uma multa de 9 florins. Devemos saber que um boi custava, na época 12 florins. Daí dá para compreender que a pobre costureira nunca iria possuir tanto dinheiro.Tinha que pagar com a cadeia.
***
Naquele momento, surgiu a salvação na pessoa de Joseph Wohlmuth, um homem que afirmou querer pagar a multa de Ana Scholber se pudesse ser o padrinho do pequeno Joseph.Visto que,
Wolhmuth era o carrasco oficial de Salzburg, ele não podia entrar na igreja para o batismo da criança, e mandou suacozinheira substituí-lo na cerimônia. Foi assim que começou a vida do menino Joseph Mohr: sem pai,, vivendo na miséria, com a mãe e dois irmãos, tendo un padrinho que era o carrasco da cidade. A pequena família morava perto do Monte dos Capuchinhos, num apartamento invadido pela humidade: tal situação foi a origem da tuberculose de Joseph. Em condições tão precárias como essas, na Salzburg do início do século XVIII, era impossível prever um futuro para um menino que não tinha sequer a oportunidade de aprender um ofício qualquer.
***
Muitas vezes, sentado na escada da casa, Joseph pensava cantando em voz alta. Um dirigente do coro da Catedral de Salzburg descobriu essa voz e convenceu a mãe que deixasse o filho cantar na igreja. Abriram-se assim para Joseph as portas de uma vida melhor.Uma certa amargura surgiu, depois daquela felicidade.Nos registros da escola ,Joseph Mohr teve de ser declarado órfão.Essa desumana medida foi tomada para proteger o menino, visto que na época, filhos de mães solteiras não eram admitidos em nenhum lugar. Assim, Joseph era até obrigado a evitar a mãe quando a encontrava na rua.
***
Apesar de tudo, aos sete anos de idade, Joseph foi para a escola primária, e alguns anos mais tarde, terminou o curso secundário. Já tocava violino e cantava no coro da Igreja de São Pedro de Salzburg. Em 1810, encontramos Joseph Mohr estudando filosofia e preparando-se para o sacerdócio. Um ano mais tarde, entrou no seminário. No dia 15 de de julho de 1815, foi ordenado numa cerimônia solene na Catedral de Salzburg. A partir de um berço cercado de tantas privações, tornou-se um sacerdote letrado aceito pela Igreja.
***
Pouco tempo depois de sua ordenação, o novo sacerdote teve que se apresentar como vicário em Mariapfarr, um povoado longe de Salzburg. Foi em Mariapfarr que seu pai tinha nascido. Joseph tinha o pressentimento que ali ele iria encontrar alguns parentes, e, que teria de abandonar o anonimato de seu estado civil de órfão. Esse povoado se encontra a mais de 1000 metros de altitude e só era acessível no verão, em razão da neve invernal. O pároco de Mariapfarr contou ao novo vicário que muitas casas da região haviam sido construídas com pedras de lugares sagrados dos romanos e dos celtas, e que ainda existiam muitas tradições em matéria de medicina e nos costumes dos habitantes, em geral.
***
Joseph Mohr visitou essas construções perdidas nas montanhas. Os passeios nos bosques, o ar puro e a vida sadia fizeram desaparecer quase que completamente os seus problemas pulmonares. Em Mariapfarr, Joseph Mohr encontrou o seu avô. Era um homem sábio, conhecedor de todas as tradições e da vida dos camponeses da região. Ninguém perguntou nada a Joseph sobre sua origem: todo mundo aceitou-o como padre e como neto do velho Mohr. Na sua paróquia, Joseph viveu um Natal extraordinário.Quando estudante assistira a festas solenes e frias que não haviam tocado o seu coração. Em Mariapfarr, Joseph viu que com canções populares, podem existir festas alegres e profundas que despertam calor humano e sentimentos de caridade nos corações.
***
É possível que naquela atmosfera, tão diferente da Catedral de Salzburg, tenha surgido a primeira semente da poesia e canção " Noite Feliz ". Quando todos os fiéis saíram da igreja os coroinhas acenderam as velas das lanternas para iluminar o caminho das casas.
***
" Noite silenciosa, noite santa.
Todos dormem.
Só o santíssimo casal vela com carinho.
Gracioso menino de cabelo anelado.
Durma na paz celeste."
***
Assim começa a primeira estrofe da poesia que escreveu Joseph Mohr.
***
Recentemente, encontramos em Salzburg, um fac-símile do ano de 1816, da canção "Noite Feliz" para duas vozes e um violão, com letra de Joseph Mohr, música de Franz Xaver Gruber. 1816 foi o ano da morte do avô de Joseph, em Mariapfarr. O texto foi escrito quando a guerra havia terminado na Áustria.
***
A tuberculose recidivou mais uma vez. Depois de um período de convalescença em Salzburg, Joseph viu que não podia viver na montanha.Como vicário encontrou outra paróquia a 20 km ao norte de Salzburg, no povoado de Oberndorf, à margem do rio Salzach. Foi ali que ele conheceu o maestro Franz Xaver Gruber,organista, músico.
***
Os dois amigos começaram a tocar juntos na igreja e em casa. Joseph Mohr ficou muito feliz em reencontrar o rio e os bosques de sua juventude.Foi bem aceito pelos fiéis,porque um padre que podia ficar em posição reta e de pé numa embarcação, era uma pessoa merecedora de respeito.Mas o padre do povoado ficou com ciúmes da ascendência espiritual entre os fiéis do jovem vicário. Ele descobriu que Joseph era filho natural e começou a amargar a sua vida. Estamos perto do Natal de 1818.O maestro e amigo Franz Xaver Gruber tentou uma reconciliação organizando uma vigília de Natal.
***
Joseph procurou a poesia de Natal que havia escrito em Mariapfarr, e os dois amigos trabalharam na composição. Assim, em 25 de dezembro de 1818, nasceu a canção de Natal, que até hoje é interpretada no mundo inteiro, em todas as línguas: " Noite Feliz ".
***
Autor: Peter Schuler
Tradução: Magda Bonetti
Versão brasileira Torquato Leitão
Fonte:

Cores do entardecer - Por Emerson Monteiro

Olhe aqui, meu senhor !

Acredito que nada existe tão sincero e objetivo quanto aquele bilhete de despedida dos suicidas. Nele se colocam as verdades cruas e sem dissimulações, mesmo porque este tipo extremo de literatura não permite revisão e copidescagem. O estilo , normalmente , tende a ser mais substantivo e menos adjetivo. Quem mergulha nos mistérios da escrita busca a transparência dos suicidas. Percebe-se bem que os grandes textos são escritos com aquela certeza do testamento derradeiro, como se o autor estivesse subjetivamente deixando a vida para entrar na história. E num mundo tão pouco poético como o que vivemos, onde esmaeceram definitivamente as amarras do sonho, do mito, da transcendência; quem já não pensou, seriamente, em deixar este mundo pela porta dos fundos ? Muitos talvez tenham desistido com a certeza que a vida é insignificante demais para merecer um ato tão heróico. Este assunto veio à baila, quando me lembrei, esta semana da carta de um primo que , anos atrás, buscou a solução definitiva, na tentativa de afastar-se dos fantasmas que o perseguiam sem nenhuma trégua. Entre as mensagens que legava para a família, sem maiores ressentimentos, terminava com uma declaração de amor a uma de suas paixões : “E sempre fui Vascão!”
Não sei bem como, esta frase tocou-me a mente, já passados quase trinta anos do trágico acontecido, no momento em que, por ironia, o Flamengo chegava ao Hexa-Campeonato. Como rubro-negro, misturei minha alegria à satisfação de uma imensa torcida se que espraiou por todos os cantos do país. No fundo, imaginei que lá chegaríamos, pois, este ano, tínhamos enviado para junto dos anjos dois flamenguistas do mais fino jaez : Seu Almir Carvalho e o grande Orney Moura. Certamente eles lá estavam, cutucando nossos santos protetores, mexendo os pausinhos e secando, , dissimuladamente, concorrentes como o São Paulo e o Internacional.
Observando aquela explosão coletiva de euforia por parte da seita rubro-negra e , por outro lado, os atos de vandalismo da torcida do Curitiba, pelo rebaixamento à segunda divisão, pus-me a refletir sobre a fonte de tamanha exaltação que , às vezes , chega a beirar o fanatismo. A televisão só se apoderou das casas e consciências , aqui no Cariri, aí pelos anos 70. Antes disso assistíamos às partidas de futebol apenas pelo Rádio. Até os jornais, entre nós, não chegavam com regularidade. Que magia fazia com que as crianças escolhessem um time para torcer ? Muitos delas nunca tiveram o prazer de ver seus times jogar e, tantas vezes, sequer jamais conheceram fotografias dos seus ídolos. E mais, time de coração é para toda a vida, independentemente de desempenho, de vitórias, de campeonatos. Talvez a paixão do torcedor seja aquela única eterna, definitiva: até que a morte os separe; ou talvez mesmo sobreviva à foice da velha, como , agora, Seu Almir e Orney parecem provar. De que fonte flui tamanho potencial de energia ? Que força misteriosa faz com que o menino ainda pequeno já comece a balbuciar o nome do seu time predileto?
As guerras tão freqüentes na história da humanidade foram, paulatinamente, sendo substituídas pela diplomacia. Nossa sanha quase selvagem de ver escorrer o sangue dos inimigos se foi transferindo, pouco a pouco, para os coliseus. As batalhas hoje se travam, na sua maior parte, nos estádios. No fundo, no inconsciente coletivo, se assiste ao embate não de duas equipes esportivas, mas de dois exércitos. Por isso mesmo é que muito facilmente os estádios se transformam em campo de guerra e o que aparentemente parecia uma simples competição esportiva termina por reeditar as antigas batalhas com muitas baixas e feridos. Os jogadores vencedores são heróis imediatos e louvados como guerreiros míticos. Quando a Seleção Brasileira ganha da Argentina é como se tivéssemos, novamente, vencido a Batalha de Monte Castelo.
Quando diplomata em Los Angeles , Vinicius de Morais conheceu um milionário que não compreendia a razão do poeta querer voltar desesperadamente para o Brasil. Como, se estava residindo no paraíso terrestre, arrodeado das maiores beldades de Hollywood, circulando nas mais sofisticadas rodas da capital mundial do cinema? Em um poema chamado : “Olha aqui, Mister Buster”, Vinicius definiu claramente como é construída a escala de valores de cada um de nós:


“Me diga sinceramente uma coisa, Mr. Buster:
O Sr. sabe lá o que é um choro de Pixinguinha?
O Sr. sabe lá o que é ter uma jabuticabeira no quintal?
O Sr. sabe lá o que é torcer pelo Botafogo?”

Além, muito além do paraíso artificial ofertado pela mídia, pelo consumo, existe, dentro de cada um de nós o sabor inefável dos pequenos prazeres, dos mais simples e inexplicáveis quereres. Ferrari novinha, Bolsa Louis Vuitron, Iate, Hotel 5 Estrelas ? Tudo bem, legal, legal... Mas sabe lá você o que é filhós, o que é um doce de leite da Isabel Virgínia, o que é um baião de dois com pequi, o que é um sanduíche do Enoque, meu Senhor ? O que é torcer pelo Mengão, Mister Buster ?


J. Flávio Vieira

No silêncio da noite ... - por Edilma Rocha



No silencio da noite
vultos invadem o quarto
aproveitando a escuridão

tomam para si
os sonhos e pesadelos
adormecidos

O amor acontece
entre corpos largados
em extase perdidos

O sono profundo
se confunde com cheiros
de rosas e jasmins

A porta entreaberta
deixa entrar brisa fria
no amanhecer de mais
um dia

edilma rocha

OFICINA da PALAVRA



Oficina da Palavra - por Stela Siebra Brito

“Os leitores são viajantes, circulam nas terras de outras pessoas, nômades que caçam furtivamente nos campos que não escreveram”.
(Michel de Certeau)

Objetivando estimular o prazer e o interesse pelo exercício da leitura de poesia e da contação de histórias, a Oficina da Palavra oportuniza a descoberta de valores individuais e propicia o exercício da autoria através do diálogo entre as linguagens (poesia, histórias, música, dança em roda).


DESENVOLVIMENTO DA OFICINA

A ação terá como prioridade atingir um público formado por pessoas que amam a poesia e/ou a contação de histórias. A oficina acontecerá, na cidade do Crato, nos dias 29 e 30 de dezembro/09 e nos dias 6, 7 e 8 de janeiro/10.
O encerramento da Oficina da Palavra será no sábado, dia 9, com um Recital de Poesias e Contação de Histórias, feitos pelos participantes.
Todas as dinâmicas serão realizadas em círculos, já que no círculo se trabalha o equilíbrio entre o indivíduo e o coletivo. Na roda, somos convidados a estarmos presentes, a participarmos de maneira plena dos processos de transformação social.
Cada encontro será iniciado com uma atividade de expressão corporal - para aquecimento e relaxamento das tensões musculares - e com uma dinâmica de aquecimento vocal - para relaxar e ativar, especialmente, os órgãos da fala.
Entendemos que estas duas atividades conduzem a um relaxamento não só do corpo, mas também da mente, favorecem o equilíbrio físico e emocional, possibilitando uma respiração mais livre e consciente, o que, inevitavelmente, conduz a uma maior concentração e encontro pessoal com sua essência.
Os exercícios de voz facilitam o desempenho da leitura, com a boa articulação das palavras, sonorização, entonação e pontuação adequadas, além de permitirem uma maior soltura das pessoas, que passam a ler e a narrar de forma mais espontânea e confiante. Para complementar os exercícios de voz, brincaremos com parlendas e trava-língua. A música e a dança estarão presentes através de dinâmicas diárias de danças circulares e de atividades com poemas musicados.

Colocados em círculo, percebemos a nossa identificação com o outro. O círculo é essencialmente inclusivo. Ignorar um componente ou a manifestação de um componente da roda seria, num certo sentido, ir contra a tendência natural do círculo.
A produção escrita será estimulada através da brincadeira da remessa de cartões postais no final da oficina, o que será uma oportunidade para os participantes exercitarem a imaginação e a criatividade, registrando, por escrito, a memória desta experiência e de outras memórias guardadas com eles. Neste caso, o lembrar não será apenas reviver, mas, sobretudo, recriar.

Stela Siebra Brito

Cariricaturas , informa :

As inscrições estão abertas . Formalizem-nas até o dia 27.12.2009, através do email : sauska_8@hotmail.com

Vr. do Investimento : 50,00

Local : SCAC
Vagas limitadas : 25 , no máximo. ( até o momento , registramos mais de 10 participantes)

cronograma : 29 e 30.12; 06 a 08.01.2010.

09.01.2010- Recital de encerramento ( Teatro Raquel de Queirós)

Horário : das 19 às 21 h.

Maiores informações , falem conosco !

tel : 088- 35232867

Mestra : Stela Siebra Brito
Coordenação : Socoro Moreira
Apoio logístico : Divani Cabral

DENTRO DA NOITE por ROSA GUERRERA


Escancarei a janela do mundo
quando a noite desceu...

Percorrí em pensamento
todas as vidraças fechadas
dos edifícios ao meu redor

E imaginei cenas,
tracei lirismo,
assisti orgasmos...
Conversei até com pessoas
que possivelmente
nem existem.

Apaguei depois as velas
dos meus sonhos
e resolvi enfim adormecer .

Não conciliei no entanto
o sono esperado.
Esqueci de fechar a minha janela
e apagar o seu perfil
que se debatia
num verso inacabado.

Centro Cultural BNB Cariri – Programação Diária


Dia 18/12, sexta-feira

- 14h PROGRAMA DE RÁDIO: Cariri Encantado, com Luiz Carlos Salatiel e Carlos Rafael Dias.

Programa de Rádio semanal que destaca a cultural emblemática da região do Cariri Cearense. No programa de hoje, além da produção musical e literária da região, a presença do gerente do CC BNB Cariri, Lenin Falcão, que falará sobre o seu trabalho à frente deste importante equipamento cultural para o Cariri.

Rádio Educadora do Cariri AM 1020. 60min.

- ESPECIAIS - CURSO - ARTE RETIRANTE

15h A Bossa Nova, A Bossa Nossa. 240min.

Local: Campos Sales

- CINEMA - CURSO DE APRECIAÇÃO DE ARTE

15h História e Estética do Videoclipe. 80min.

- ATO COMPACTO

18h O Auto do Divino Nascimento, com a Cia. de Teatro Livre Mente (Juazeiro do Norte -CE)

O Auto do Divino Nascimento de José Mapurunga retrata o nascimento do menino Deus em um universo moderno e humanístico. Com os personagens vivendo engraçadas situações políticas a trama se desenvolve de forma cômica sem perder a seriedade o encantamento sutil inerente a todas as representações natalinas. A divertida montagem da Cia. Livre Mente,com direção de Jean Nogueira e música de Francisco de Freitas, faz um passeio pelas tradicionais lapinhas do Cariri. Classificação indicativa: Livre. 60min.

Local: Praça Padre Cícero


Fonte: Centro Cultural BNB Cariri (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte)

Amanhecer - por Domingos Barroso

Acordei com o braço marcado
por um batom vermelho
de muriçoca.

Seus lábios circulares
deixam a impressão do afeto
e da loucura por meu sangue.

Deve ter sido uma grande festa.
Além da marca vejo também
um leve inchaço.

Só não ouvi seu violino
de cordas rompidas.


domingos barroso

A todos que fazem o Cariricaturas...

Que nossa vida seja sempre um advento,
na espera e na busca da Salvação.
Que as mulheres possam ser como Maria -
cheias de Graças e de Luz.
Que os homens possam ser como José -
justos e obedientes à vontade de Deus.
Que as crianças possam ser crianças e crescer
como o menino Jesus, em estatura,
graça e sabedoria num mundo melhor.
Que sejamos humildes e generosos
como os reis que visitaram o menino Deus.
Que nossos corações sejam semelhantes
ao Presépio - revestidos de simplicidade, paz e amor,
e acolhendo a maior riqueza da humanidade:
Jesus Cristo.

Tenham todos um Santo, Feliz e Abençoado Natal!

O Natal de Todos Nós. Por Liduina Vilar.


O Natal não é uma obra de ficção científica, não é
simplesmente um site na internet e nem é compli-
cado como muitos, às vezes pensam. Não represen-
ta também só festas, ou presentes. Mas um momen-
to emocional por excelência-É um grande encontro de
AMOR. Uma pausa para uma grande Meditação dos se-
res na terra. É o recordar contínuo do nascimento de uma
pessoa que veio para salvar; e o faz todos os dias, isto é:des-
de que aceitemos Ele impresso em nossos corações e permi-
tamos que seja nossa Estrela Dalva nas noites escuras e dias enso-
larados ou não. O seu convite a nascer é silencioso, paciente, to-
lerante e sábio: não exigente mas firme. A sua sondagem em re-
lação a cada um de nós acontece continuamente e sempre pela vida,
e de uma maneira que transcende a nossa lógica formal. Ele nos dá
cólo, carinho, coragem, sapiência, amparo, discernimento e entusiasmo
Para: sobreviver, viver, e continuar a misteriosa e maravilhosa mar-
cha do existir. Ele é ainda o nosso Senhor, o Pai, o amigo, o Deus dos
mares, e das nossas almas, de todos os sentimentos e emoções, e em
última análise, o nosso mais queridoTerapêuta. Fica agora a sugestão
de que neste Natal de 2009, pratiquemos o exercício:

Do Amar,
do sorrir,
de perdoar,
do doar,
e de nascer!!!!

Feliz Natal todos os dias.!!!

Incomunicável - por Ana Cecília S.Bastos


O ano termina, melancólico.

Burburinho e solidão.

Os dias se marcam por si mesmos.

Atordoada e presa da louca estética desse tempo,

não posso ser alegre nem triste

e nem poeta.


Tudo é silêncio e absoluta incomunicabilidade.


Ana Cecília

Carta para Papai Noel - por Socorro Moreira


( inspirada num texto de Emerson Monteiro)

Antigamente eu começava o mês de dezembro preparando o enxoval do menino Jesus. Minha mãe dizia: cada oração que você fizer é uma peça. E eu começava a rezar uma ave-maria por uma camisinha, bordando com jaculatórias; tricotava sapatinhos, toucas e luvas com um pai-nosso; coeiros com salve-rainha; fraldas com o Credo... Lembro que eu queria tudo bordado e dourado como as roupas dos anjinhos. E perguntava pra minha mãe: tem certeza que está aparecendo essas peças, no baú de Nossa Senhora? Ela olhava para mim, confirmava, eu ia acreditando, e na compulsão de fazer um rico e lindo enxoval , eu passava o mês de dezembro, rezando. Não tínhamos Papai Noel como um provedor de sonhos. Sabíamos que ele era um mito, e não vivíamos a sua fantasia.
Esse ano resolvi fazer as pazes com Papai Noel , e escrever-lhe a minha primeira cartinha :

Papai Noel,

Nunca te aperreei , em todos esses anos... Mais de meio século, sem ser exata. Pois agora chegou a minha vez de abrir o verbo pedir.

Não quero chocolates, nem bonecas , nem joias ...
Chocolate eu ganho dos meus amigos; tenho duas bonecas incríveis que se chamam Bianca e Sofia; tenho uma boneca velhinha, mas perfumada e amantíssima; tenho uns moleques que cresceram, e já não me pedem sorvete... Tenho os meus amigos, jóias especiais, que eu ganhei, e não perdi.
Quero que essa carta se transforme na luz de um desejo imenso, que percorra o firmamento e altere a alma humana tornando-a simples e pura, como era pura a feitura do enxoval do Menino Deus, nos meus tempos de criança.
Torne doce o nosso coração , como as balas e os chocolates, que você distribui no trenó da esperança.
E a Maria, querida mãe? Prometo um reforço, em oração, pra vestir a nossa alma de todas as calmas!
Por favor , não engavete a minha carta !
Espero a graça, no espalhar das graças , nesse Natal de 2009 .
Faça o depósito , na conta da família Cariricaturas , e no seio de todas as famílias terrenas.

Um abraço tímido,
Socorro Moreira

Entrada para o Natal - compondo a sua ceia





Ingredientes:


500g de cenoura cozida
2 dentes de alho frito
2 colheres (sopa) de mostarda
1 xícara (chá) de maionese
1/2 pacote de gelatina em pó sem sabor
Temperos que goste.

Preparo:


No liquidificador colocar as cenouras com o alho frito, junte mostarda.
Depois misture maionese e os temperos, coloque em uma forma trabalhada, untada com óleo vegetal levemnete molhada e leve a geladeira por mais ou menos 2 horas.
Sirva com pão italiano ou torradinhas


Marisa Plácido
Nossas boas vindas à ilustre figura de Zilberto Cardoso !
Desejamos a sua presença não apenas como um seguidor, mas como um colaborador !

Abraços do Cariricatuas,
nobre escritor e amigo !