Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

domingo, 4 de julho de 2010

E por falar em saudade, onde andam vocês???

Doce Camila Arrais

Carlos Eduardo


Magali

José Milton e Gláucia
(Chez Camila)

Mendicância

Só tenho versos
para te oferecer.

O diamante o peixe engoliu.
O casaco de pele choveu.

Juro que nadei a longas braçadas
até alto mar. Pescadores disseram-me que o peixe
era de água doce. Tive medo de contrariar Oxum.

Quanto ao casaco de pele
quando chove a floresta entristece.

Os esquilos e as raposas
molham-se todas.

Restaram meus versos
que às vezes diante de cegos brilham
e mesmo quando molhados são lágrimas puras.

Dizes que não desejas diamantes
e que casaco de pele é um crime.

Por que diabos então te afastas
e não escutas meus versos?

É o que tenho no bolso
na gaveta e dentro de mim.

O que é isto?

O que é mesmo?


Recebi por e-mail, e gostei !



Velhinhos e velhinhas

Um policial avista um carro em baixíssima velocidade e manda parar.
É uma velhinha, acompanhada de três amigas.
O guarda adverte:
- Senhora, andar devagar demais pode provocar acidente!
- Mas, seu guarda, estou obedecendo à sinalização, diz a mulher, apontando a placa: BR-30.
- Senhora! Essa placa não indica limite de velocidade, e sim o número da estrada. Trate de prestar mais atenção, certo? Só mais uma coisad. Suas amigas estão bem? Parecem assustadas.
- Elas já vão melhorar. É que acabamos de sair da BR-201.

==============================

Três velhinhas reunidas para um chá da tarde:
'Puxa, acho que estou ficando esclerosada' comenta uma delas.
'Ontem me peguei com a vassoura na mão e não me lembrava se já tinha varrido a casa ou não'.
'Isso não é nada' diz a outra. 'Outro dia eu me vi de pé, ao lado da cama, de camisola, e não sabia se tinha acabado de acordar ou estava me preparando para dormir'.
'Cruz credo' fez a terceira. 'Deus me livre ficar assim! Isola!' e deu três batidinhas na mesa: toc-toc-toc.
Olhou para a cara das outras e calmamente emendou:
'Esperem um pouco que eu já volto! Tem gente batendo na porta!'
-------------------------------------------------------------------------------------

A VELHINHA MOTOQUEIRA
Era uma vez uma velhinha que sabia andar de moto.
Todo dia ela passava pela fronteira montada na motocicleta, com um bruta saco atrás.
O pessoal da alfândega (tudo malandro velho...) começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na moto com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou-a parar.
A velhinha parou e então o fiscal perguntou:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa todo dia por aqui, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal.
Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da moto para examinar o saco.
A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia.
Muito encabulado, ordenou a velhinha que fosse em frente.
Ela montou na moto e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou mais desconfiado ainda.
Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco.
No dia seguinte, quando ela passou na moto com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez.
Perguntou o que ela levava no saco e ela respondeu que era 'areia, uai!'.
O fiscal examinou e era areia mesmo.
Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal da alfândega há mais de 40 anos. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! - Insistiu a velhinha e já ia tocar a moto, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar.
Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer qual o contrabando que a senhora está passando aqui todos os dias?
- O senhor promete que não 'espáia'? Quis saber a velhinha.
- Juro!!! Respondeu o fiscal.
- É moto, meu "fio" ...
==============================================

Um casal de velhinhos entra no McDonalds e pede um hamburger,
uma porção de batata frita, uma coca cola e um copo extra.
Sentam-se e o velhinho divide o hamburger exatamente ao meio,
divide as batatas uma a uma e, depois, divide a coca cola entre os dois copos.
O velhinho começa a comer sua metade do lanche, enquanto a velhinha fica olhando.
Um funcionário, que assistia a cena, se comove e oferece ao casal um
lanche a mais, pago do seu bolso, para que eles não tenham que repartir
um lanchinho tão pequeno.
O velhinho agradece e responde com voz trêmula:
- Estamos casados há mais de 50 anos e sempre dividimos tudo.
Obrigado pela sua gentileza, de qualquer forma.
O funcionário, então, pergunta para a velhinha se ela não vai comer a sua
metade e ela responde:
- Daqui a pouco, meu filho...
Tô esperando a dentadura!

Brincando como Zé - por Socorro Moreira

Gosto muito quando o escritor Zé do Vale brinca com as letras das músicas. Irresistivelmente, eu canto junto !

E, se ele me permite, vou tentar brincar com algumas... Essa uma... de Chico !


Já Passou
Chico Buarque

Já passou, já passou
Se você quer saber
Eu já sarei, já curou
Me pegou de mal jeito
Mas não foi nada, estancou

Sempre acho um tanto exagerada ou mentirosa a afirmativa de um coração amoroso : "já passou". Passou , ficando ... num canto , no canteiro de um jardim.Digo isso porque , quando o vento passa, traz o perfume do amor !

Já passou, já passou
Se isso lhe dá prazer
Me machuquei, sim, supurou
Mas afaguei meu peito
E aliviou
Já falei, já passou

O outro? Tadinho, coitado... Sou capaz de jurar que também chorou. Não acredito no amor unilateral. Acredito no desejo insistente , que não sabe perder a prova do amor !

Faz-me rir
Ha ha ha
Você saracoteando
Daqui prá acolá
Na Barra, na farra
No forró forrado
Na Praça Mauá, sei lá
No Jardim de Alah
Ou num clube de samba

Faz-me rir, faz-me engasgar
Me deixa catatônico
Com a perna bamba

Quando o amor se desliga de uma construção, quando os alicerces ficaram sem portas, sem paredes, sem teto... Pra que comprar a tinta , os lustres, a pia da cozinha, e do banheiro ? O dinheiro está na farra, na busca de outro amor. Melhor do que chorar a perda... Saracotear com outra, pensando que da próxima, vida ou hora, o relógio vai parar, no instante de felicidade que não foge !

Mas já passou, já passou
Recolha o seu sorriso
Meu amor, sua flor
Nem gaste o seu perfume
Por favor
Que esse filme
Já passou

Esse filme já passou... Mas eu rebobino a fita , a meu bel prazer... Faz gosto ver teu olhar melado, acreditando que o amor pula para o futuro, e de lá não sai !

Roda-viva... (Claude Bloc)


De manhã no Crato,
de tarde em Juazeiro,
de noite em Fortaleza,
amanhã em Sobral...


Sou lançadeira tecendo a vida.
Locomotiva vencendo espaço.
Frágil cristal
ou sou de aço?
Claude Bloc

O Sax

Pareço um homem decente
de barba feita
e olhar sereno.

Não se engane, espelho:
sou um Bardo errante.

Vinho à noite.
Corpo erguido
na segunda-feira.

Se faço a barba
e olho tranquilo
as paredes do quarto

porque nada plantei de insano
que me traga flagelos e suicídio.

Acaricio meu rosto.
O queixo.

É bom fazer a barba
e deitar-se

olhando o teto branco
cair de sono.

O Que Brilha

Com estas mãos
que desejo tua alma.

Distante do meu corpo
teu perfume.

Some do meu arrebatamento
tua melancolia contida.

Sou duro, um tronco,
uma noite sem dormir.

Não me procures nos sonhos.
Não tentes me ver na pracinha.

Perdi aquela vida antiga
feita de licores e azedumes.

Logo vem o crepúsculo
e já engomo o terno escuro.

Não me entendas em outra cidade.

Terás de abraçar minha alma
sentindo meu choro e o aperto do peito.

Mas te aviso (e te aviso constantemente)
sou duro, um tronco, uma colher de sopa.

A POESIA DE ARTUR GOMES



Artur Gomes


palavras as vezes não são coisas palpáveis como corpo são etéreas como éter ou invisíveis como espírito e brincam de se esconder da nossa boca



alguma poesia

I

não. não bastaria a poesia
deste bonde
que despenca lua
nos meus cílios.
num trapézio de pingentes
onde a lapa
carregada de pivetes nos seus arcos
ferindo a fria noite como um tapa
vai fazendo amor por entre os trilhos.

II

não. não bastaria a poesia cristalina
se rasgando o corpo
estão muitas meninas
tentando a sorte
em cada porta de metrô.
e nós poetas desvendando palavrinhas
vamos dançando uma vertigem
no tal circo voador.

III

não. não bastaria todo riso pelas praças
nem o amor que os pombos tecem pelos milhos
com os pardais despedaçando nas vidraças
e as mulheres cuidando dos seus filhos.

IV

não bastaria delirar Copacabana
e esta coisa de sal que não me engana
a lua na carne navalhando
um charme gay
e um cheiro de fêmea
no ar devorador
aparentando realismo hiper-moderno,
num corpo de anjo
que não foi meu deus quem fez
esse gosto de coisa do inferno
como provar do amor
no posto seis.
numa cósmica e profana poesia
entre as pedras e o mar do Arpoador
uma mistura de feitiço e fantasia
em altas ondas
de mistérios que são vossos.

V

não. não bastaria toda poesia
que eu trago em minha alma
um tanto porca,
este postal com uma imagem
meio Lorca:
um bondinho aterrizando lá na Urca
e esta cidade deitando água
em meus destroços

pois se o cristo redentor
deixasse a pedra
na certa nunca mais
rezaria padre-nossos
e na certa só faria
poesia com os meus ossos.





afiando a carNAvalha
para Eliakin Rufino

cocada agora
só se for de coco
paçoca de amendoin

cigarro só se for de palha
cacique só se for da mata
linguagem só tupiniquim


bala só se for de prata
água só se aguardente
tônica só se for com gin

estado só se for de surto
eleição só se for sem furto
brilho só no camarim

golaço só se for de letra
ronaldo só se for gaúcho
malando só se mandarim

política só se for decente
partido só sem presidente
governo eu que mando em mim

batismo só se for de pia
congresso só de poesia
reinaldo só se for jardim


www.almadepoeta.com

UMA PÉROLA DA MPB

Minha
Cartola


Minha
Quem disse que ela foi minha
Se fosse seria a rainha
Que sempre vinha
Aos sonhos meus

Minha
Ela não foi um só instante
como mentiam as cartomantes
como eram falsas as bolas de cristal

Minha
Repete agora esta cigana
Lembrando fatos envelhecidos
que já não ferem mais os meus ouvidos

Por Hilda Hilst

Poemas aos Homens do nosso tempo


Amada vida, minha morte demora.
Dizer que coisa ao homem,
Propor que viagem? Reis, ministros
E todos vós, políticos,
Que palavra além de ouro e treva
Fica em vossos ouvidos?
Além de vossa RAPACIDADE
O que sabeis
Da alma dos homens?
Ouro, conquista, lucro, logro
E os nossos ossos
E o sangue das gentes
E a vida dos homens
Entre os vossos dentes.


***********

Ao teu encontro, Homem do meu tempo,
E à espera de que tu prevaleças
À rosácea de fogo, ao ódio, às guerras,
Te cantarei infinitamente à espera de que um dia te conheças
E convides o poeta e a todos esses amantes da palavra, e os outros,
Alquimistas, a se sentarem contigo à tua mesa.
As coisas serão simples e redondas, justas. Te cantarei
Minha própria rudeza e o difícil de antes,
Aparências, o amor dilacerado dos homens
Meu próprio amor que é o teu
O mistério dos rios, da terra, da semente.
Te cantarei Aquele que me fez poeta e que me prometeu

Compaixão e ternura e paz na Terra
Se ainda encontrasse em ti, o que te deu.



(Júbilo Memória Noviciado da Paixão(1974) - Poemas aos Homens do nosso Tempo - IX)
[in Poesia: 1959-1979/ Hilda hilst. - São Paulo: Quíron; (Brasília): INL, 1980.]






William Bouguereau (French, 1825-1905), Admiration Maternelle


Início desta página


José Alcides Pinto
Poema de Maiakovsky
"Na primeira noite
Eles aproximam-se
E colhem uma Flor
Do nosso jardim
E não dizemos nada.

Na segunda noite,
Já não se escondem:
Pisam as flores
Matam o nosso cão,
E não dizemos nada.

Até que um dia
O mais frágil deles
Entra sozinho em nossa casa,
Rouba-nos a lua e,
Conhecendo nosso medo,
Arranca-nos a voz da garganta
E porque não dissemos nada,
Já não podemos dizer nada."

Janet Leigh


Janet Leigh, nome artístico de Jeanette Helen Morrison (Merced, 6 de Julho de 1927 - Beverly Hills, 3 de Outubro de 2004) foi uma atriz norte-americana, imortalizada pelo filme "Psycho" (br: "Psicose";pt:"Psyco"), de 1960.

Por Frida Khalo

Frida Khalo



Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, mais conhecida como Frida Kahlo (Coyoacán, México, em 6 de julho de 1907 - Coyoacán, 13 de julho de 1954), foi uma pintora mexicana.

Pintou com cores vibrantes em um estilo que foi influenciado pela cultura indígena do México e as influências europeias, incluindo realismo, simbolismo e surrealismo. Muitos de seus trabalhos são auto-retratos que simbolicamente articulam suas próprias dores. Kahlo foi casada com o muralista mexicano Diego Rivera.

Alberto Nepomuceno


Alberto Nepomuceno (Fortaleza, 6 de julho de 1864 — Rio de Janeiro, 16 de outubro de 1920) foi um compositor brasileiro.

Considerado o "pai" do nacionalismo na música erudita brasileira, deixou inacabada a ópera O Garatuja (Ver lista de obras no fim do artigo), baseada na obra de mesmo nome de José de Alencar. Escreveu duas óperas completas, Artemis e Abul, ambas sem temática nacionalista. Pesquisas recentes mostram que Nepomuceno compôs obras de caráter modernista, chegando a experimentar com a politonalidade nas Variações para piano, opus 29.

para quem curte o extraordinário !

4 de Julho : Norma X Ernesto

Norma :
Ernesto, o que você vai falar sobre o dia  4 de Julho ?
Estou curiosa.

Ernesto :
Norma,
Acho que prefiro não comentar o 4 de julho. Talvez fosse melhor lembrar outros fatos com a mesma data, como o nascimento de Giuseppe Garibaldi (o grande lutador italiano que unificou o seu país e ainda contribuiu em várias lutas na América Latina) ou então o falecimento do grande Monteiro Lobato! Ou então lembrar que foi no dia 4 de julho de 1933 que Mahatma Gandhi foi preso por incitar a desobediência civil na Índia.

Com relação ao 4 de julho nos EUA, gostaria de fazer apenas uma reflexão. No dia 4 de julho de 1776 o Congresso da Filadélfia aprovou a chamada “declaração de independência das 13 colônias”. Uma vez, quando eu ainda era estudante, tomei uma boa dose de calmante e li a tal “declaração”. Até hoje, lembro de alguns destaques assinalados por mim e as comparações que fiz, na época, mas que não mudam ainda hoje.

Vejamos. Diz a “declaração” que as 13 colônias se declaravam independentes porque:

1) o governo inglês “tornava os juízes dependentes apenas da vontade dele para gozo do cargo e valor e pagamento dos respectivos salários”. E eu me pergunto: o que os EUA fazem pelo mundo, comprando juízes e políticos?

2) o governo inglês “criou uma multidão de novos cargos e para eles enviou enxames de funcionários para perseguir o povo e devorar-nos a substância”. E eu pergunto: o que os EUA fizeram depois, invadindo países, tomando terras e nomeando governos ao seu prazer?

3) o governo inglês “manteve entre nós, em tempo de paz, exércitos permanentes sem o consentimento dos nossos corpos legislativos”. E eu me pergunto: quantos exércitos os EUA estão mantendo pelo mundo neste exato momento, sem autorização dos povos invadidos?

4) o governo inglês “tentou tornar o militar independente do poder civil e a ele superior”. E eu me pergunto: o que os EUA fizeram na América Latina sustentando governos militares ditatoriais?

5) o governo inglês “saqueou os nossos mares, devastou as nossas costas, incendiou as nossas cidades e destruiu a vida do nosso povo”. E eu me pergunto: eles não repetem isto até hoje, fazendo a mesma coisa em centenas de países?

6) o governo inglês “está transportando grandes exércitos de mercenários estrangeiros para completar a obra de morte, desolação e tirania, já iniciada em circunstâncias de crueldade e perfídia raramente igualadas nas idades mais bárbaras e totalmente indignas do chefe de uma nação civilizada”. E eu me pergunto: quantos mercenários os EUA já usaram pelo mundo e seguem usando?

7) o governo inglês “provocou insurreições internas...”. E eu me pergunto: quantas insurreições e golpes os EUA já promoveram no mundo?

É, minha amiga Norma, não tenho nada para falar sobre o 4 de julho. Prefiro calar, para não me tornar ácido.

Uma nota final: um dos principais líderes militares do processo de “independência” das 13 colônias era um general francês (La Fayette). Depois ele voltou para a França e dirigiu as forças militares que massacraram os trabalhadores de Paris em 17 de Julho de 1791, no Campo de Marte (Champ de Mars). Alguns historiadores dizem que La Fayette teria matado cerca de 500 trabalhadores, incluindo mulheres e crianças. Atualmente, novos documentos dizem que foram mais de 1.000 assassinados pelo “herói”.

Norma:

Gosto das informações do Ernesto (leio todas) porque são sinceras e representam alguém que entende bem do assunto.

Essa sua comparação entre o "governo inglês" do século 18 e o governo "descendente de inglês" dos séculos 20 e 21 é espetacular.

É isso mesmo que vem ococorrendo desde o fim da 1ª Guerra e, com muito mais força, desde 1945 quando terminou a 2ª Guerra. A partir daí são os "donos do mundo" e não aceitam quando uma Coréia do Norte ou um Irã não lhes prestam obediência.
São quase os únicos (e mais Cuba e China) que ainda os resistem.
Mas, até quando???

A possante UNIÃO SOVIÉTICA, então o maior país do mundo sucumbiu.
Lenin, Stalin, Béria, Malenkov...devem estar dando grandes voltas (sem retorno) em suas sepulturas.

Estive em Moscou (ainda União Soviética, mas no fim, em 1990) e estava sendo exibido, pela primeira vez, no cinema da mais importante avenida de Moscou, o filme "...E O Vento Levou", com grande cartaz na fachada.

Algumas pessoas do meu grupo de turistas brasileiros "desfilavam" de calça "jeans" e os rapazes moscovitas pediam para comprar essas calças.
Perguntei ao guia, em meu parco "portunhol": jovem russo não tem calças? Ele respondeu:"tem, mas são muito feias".
Até parece que as calças "jeans" são bonitas...
Por aí, você vê a mentalidade do russo dos anos 90: já desejavam a moda da "calça de vaqueiro".
Ali a estratégia americana não é se impor pela força, mas sorrateiramente...
Antes foram a Coca Cola e o M'c Donalds, nos anos 80/90 as calças "jeans" e hoje, como será???

Gosto de futebol e sou Brasil - Por José de Arimatéa dos Santos

Nesta Copa do Mundo de Futebol observei que muito brasileiro dizia torcer pela Argentina e com esse fato fiquei com uma pulga atrás da orelha. O argumento desses neo-argentinos era que a seleção brasileira era formada por milionários do futebol e não deram o suor pela vitória da seleção nesse torneio de futebol. E a Argentina é formada por jogadores que só atuam nesse país? O fracasso do Brasil e da Argentina têm raízes bem profundas e muito sérias. Fiquemos somente no nosso Brasil.
Pode parecer arrogância, mas o Brasil é onde se pratica o melhor futebol do mundo. Os números por si só explicam. Cinco vezes campeão do mundo na modalidade, maior celeiro de talentos para o esporte, apresenta o maior número de jogadores que atuam na europa e outros continentes. Tem talvez o campeonato mais democrático do mundo que é a Copa do Brasil, onde times campeões de Rondônia, Acre ou Espírito Santo participam junto com Corínthians, Flamengo ou Ceará.
O que falta é voltar a seleção jogar o futebol brasileiro. Futebol de toque de bola, drible e ginga do jogador brasileiro. Que alie o futebol de resultados com o espetáculo. Isso é possível! Vejam o exemplo da seleção alemã que ousou e deu chance a jovens talentos que mostram um futebol parecido com aquele futebol brasileiro. Eu tenho uma teoria que a seleção do Brasil deve ser formada por jogadores que atuam no futebol brasileiro mesclada com jogadores que jogam fora do país. Técnicos ousados e experientes nós temos. E que dê a devida e necessária autonomia para convocar quem está melhor no momento. Seleção é momento!
Por fim, gosto de futebol e todo dia vejo as resenhas esportivas da tv. Procuro acompanhar o campeonato italiano, brasileiro e o campeonato da segunda divisão cearense, paulista ou o campeonato amador da cidade. Em qualquer momento o Brasil em primeiro lugar e que a Argentina e seus jogadores e técnico arrogantes levem chocolate. E que chocolate!

Doce Vida

Ivo Pitanguy


Ivo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy (Belo Horizonte, 5 de julho de 1926) é um cirurgião plástico brasileiro. É considerado o mais renomado cirurgião plástico do Brasil, e um dos melhores mundo.
Filho de um cirurgião-geral, Ivo Pitanguy começou a cursar Medicina na Universidade Federal de Minas Gerais, mas se formou pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1946. No final da década de 1940, a cirurgia plástica ainda não era reconhecida como uma especialidade médica. Com uma bolsa de estudos, Pitanguy partiu para os Estados Unidos da América, para atuar como cirurgião-residente no Hospital Bethesda, em Cincinnati, Ohio, entre 1948 e 1949. Na mesma época, frequentou a Clínica Mayo, em Minnesota, e o serviço de cirurgia plástica do Dr. John Marquis Converse, em Nova Iorque.
De volta ao Brasil, em 1949, Pitanguy criou o Serviço de Cirurgia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, o primeiro de cirurgia de mão da América do Sul, onde atendeu a pacientes carentes e vítimas de deformidades. Entre 1950 e 1951, em Paris, França, ele foi visiting fellow de Marc Iselin, um dos criadores da cirurgia de mão e referência no atendimento aos mutilados da Segunda Guerra Mundial. Na mesma ocasião frequentou também outros serviços de cirurgia plástica na França e na Inglaterra.

Novamente no Brasil, Pitanguy atuou no Serviço de Queimaduras e de Cirurgia Reparadora do Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, entre 1952 e 1955. Em 1954, passou a chefiar o Serviço de Cirurgia Plástica e Reparadora da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.

Em 1960, criou o curso de pós-graduação em cirurgia plástica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, integrado à enfermaria da Santa Casa. O curso já formou 45 turmas, cerca de 500 alunos de mais de 40 países.

Em dezembro de 1961 ocorreu o incêndio do Gran Circo Norte-Americano, em Niterói, o maior incêndio em recinto fechado já registrado no mundo, resultando em 2.500 feridos e 500 mortos - a maioria crianças. Pitanguy e uma equipe de voluntários do Brasil e do exterior dedicaram-se, durante meses, ao tratamento das vítimas, através da cirurgia reparadora mas também da cirurgia estética, na época ainda desprezada. Nessa ocasião, Pitanguy organizou o Serviço de Queimados do Hospital Antônio Pedro, no Rio de Janeiro.

Em 1963 fundou a Clínica Ivo Pitanguy, que se tornou um centro de excelência em cirurgia plástica estética e reconstrutora. Ali o professor Pitanguy supervisiona uma equipe de cirurgiões plásticos afinados com suas técnicas e sua filosofia.

Semanalmente, às quartas-feiras, o professor vai à 38ª enfermaria da Santa Casa, onde orienta cirurgias, discute os casos mais complexos com seus assistentes e compartilha sua experiência com os residentes. Uma equipe de 40 médicos, entre instrutores e auxiliares, realiza aproximadamente mil cirurgias anualmente, a maior parte em pacientes com deformidades congênitas ou seqüelas de trauma, queimaduras e tumores. Cirurgias estéticas também são feitas, pois o professor Pitanguy acredita que qualquer desconforto com a própria imagem deva ser considerado.
wikipédia

São Francisco de Assis

Origem: Wikipédia


Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis, 5 de julho 1182  — 3 de outubro de 1226), foi um frade católico da Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu tempo. Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo estavam mais ligados aos mosteiros rurais, e com sua crença de que o Evangelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo. Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos. Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.

Dante Alighieri disse que ele foi uma "luz que brilhou sobre o mundo", e para muitos ele foi a maior figura do Cristianismo desde Jesus, mas a despeito do enorme prestígio de que ele desfruta até os dias de hoje nos círculos cristãos, que fez sua vida e mensagem serem envoltas em copioso folclore e darem origem a inumeráveis representações na arte, a pesquisa acadêmica moderna sugere que ainda há muito por elucidar quanto aos aspectos políticos de sua atuação, e que devem ser mais exploradas as conexões desses aspectos com o seu misticismo pessoal. Sua vida é reconstruída a partir de biografias escritas pouco após sua morte, mas essas fontes primitivas ainda estão à espera de edições críticas mais profundas e completas, pois apresentam diversas contradições factuais e quase sempre são tendenciosamente inclinadas a fazerem uma apologia de seu caráter e obras, e assim, devem ser analisadas sob uma óptica mais científica e mais isenta de apreciações emocionais do que tem ocorrido até agora, a fim de que sua verdadeira estatura como figura histórica e social, e não apenas religiosa, se esclareça. De qualquer forma, sua posição como um dos grandes santos da Cristandade se firmou quando ele ainda era vivo, e permanece inabalada. Foi canonizado pela Igreja Católica menos de dois anos após falecer, em 1228, e por seu apreço à natureza é mundialmente conhecido como o santo patrono dos animais e do meio ambiente.

Sou mais Maradona - por Everardo Norões



Não entendo de futebol, mas gosto dos comentários de Ralf Carvalho. Digo-me que se os críticos escrevessem sobre literatura como ele fala de futebol nossa vida literária teria outro encanto. Não entendo de futebol, mas não gosto de Pelé: prefiro Maradona. Ao lado dele, Dunga parece um gerente de banco; do mesmo jeito que Pelé sugere um executivo a fazer o marketing de si mesmo. Se futebol é paixão, nada melhor do que o tango para traduzi-la em passes de beleza e desespero. Que importa se Maradona transmite a desgraça e rói as unhas nos cantos do gramado? É assim que ele vai se tornando personagem de tragédia, como o foi Garrincha, certamente o mais brasileiro de todos os jogadores. Não entendo de futebol, mas prefiro o futebol arte àquele pensado pelos Franz Beckenbauer, jogado como partidas virtuais, arquiteturas de gráficos e cronômetros. Quando vi Maradona no seu desespero, veio-me a imagem fugaz de um touro se arremessando contra as traves, um bólido azul-celeste dominando a geométrica verdura, onde só ele parecia ter o domínio e a maestria. Maradona é a tragédia do Che gravada no braço; Pelé, o Brasil do “ame-o ou deixe-o” dos anos 70. Mesmo torcendo pelo Brasil, sou mais Maradona...

 por Everardo Norões
Arabescos
- Claude Bloc -
.

Uma simples semente,
na terra escura
uma simples manhã,
meados de julho
e vou me escondendo
pouco a pouco,
de lua em lua,
de folha em folha,
enquanto o tempo
esboça arabescos
no meu rosto.

Escrevo liras
na minha pauta
tocatas, sonatas
e o ensaio prossegue:
rabiscando
uma verdade inteira
com tudo o que penso,
e digo
com todas as letras,
com os pingos nos is.
O resto eu guardo
no meu cofre de silêncios.

Claude Bloc


Caixa Mágica
.
- Claude Bloc -
.
Ganhei uma caixa mágica
para guardar o que não cabe
pra guardar a minha sombra
em dias de muito sol
Pra guardar o arco-íris
e o amarelo que falta
e o amarelo que sobra
no olho do girassol...
Pra guardar algum suspiro
suspiro de beija-flor,
e as lágrimas invisíveis
de alegria e saudade.

Ganhei uma caixa mágica,
pra guardar tuas palavras,
e todo meu sentimento
em sonhos enovelado.

Só depois quero guardar
a caixa da minha vida
com tudo o que leva dentro
para poder te encontrar
a cada gota de tempo.


Claude Bloc