Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Padre Cícero, um Bezerra de Menezes -- por Daniel Walker e Renato Casimiro

Alguns ancestrais do Pe. Cícero pertenciam à Família Bezerra de Menezes. Quem lê estudos mais aprofundados sobre a biografia de Cícero Romão Baptista, o padre secular que revolucionou a Povoação do Joazeiro, entre 11 de abril de 1872 - quando chega na povoação para residir, na companhia de sua família (a mãe Joaquina Vicência – chamada Dona Quinô, duas irmãs – Mariquinha e Angélica, e uma escrava, Terezinha) e 20 de julho de 1934, quando falece - deve ter encontrado alguns destes registros.

 As suas tetravó e trisavó paternas, respectivamente, Petronila Bezerra de Menezes e Ana Maria Bezerra de Menezes, filha de Petronila, eram relacionadas por genealogistas como oriundas da contribuição étnica da família, dos troncos existentes entre velhos povoadores da Bahia, de Pernambuco e de Sergipe, especialmente.

 Contudo, as ressalvas eram feitas, admitindo-se que eventualmente fossem estes ancestrais consanguíneos. Levantamentos mais recentes mostram de forma inequívoca, as relações familiares destes avoengos com as mesmas heranças espanholas e portuguesas já referidas para a ancestralidade do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro. O nono filho do casal Bento Rodrigues Bezerra e Petronilla Velho de Menezes, se não teve uma grande importância no povoamento do Cariri, menor não é o significado de sua descendência, especialmente, para Juazeiro do Norte, pois representou o berço do patriarca da extensa Nação Romeira, o reverendíssimo padre Cícero Romão Baptista .

Assim:
1. João Bezerra de Menezes matrimoniou-se com Maria Gomes, e foram os pais de:
2. Petronila Bezerra de Menezes que casou com o Cap. João Carneiro de Morais, e geraram:
3. Ana Maria Bezerra de Menezes, que desposou o Cap. Francisco Gomes de Melo, pais de:
4. José Gomes de Melo, capitão, de cujo enlace com Ana de Farias, tornaram-se pais de:
5. Vicência Gomes de Melo, que uma vez casada com José Ferreira Castão, foram os pais de:
6. Joaquina Vicência Romana (ou Joaquina Ferreira Castão – Dona Quinô), de cujo casamento com Joaquim Romão Baptista Mirabeau, foram os pais de:
7. Padre Cícero Romão Baptista.

Por conseguinte, o Pe. Cícero Romão Baptista é um Bezerra de Menezes. Neste caso, sem nenhuma dúvida, este parentesco com os povoadores do Sítio Joazeiro se verifica bilateralmente, pelos lados materno e paterno.
(Transcrito do Blog Juaonline)

De novo ??? Outra vez ??? Novamente ???

Fome é a maior arma de destruição em massa, diz Lula nos EUA
Lula recebe World Food Prize, em Des Moines (Iowa, EUA)
Após receber, na noite desta quinta-feira (13), o World Food Prize nos Estados Unidos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a fome é "a maior arma de destruição em massa que a humanidade já inventou" e que os governantes, em vez de guerras, devem "lutar pela vida, não pela morte".
"Ela [a fome] não mata inimigos, ela não mata terroristas. Ela mata crianças, e às vezes, no útero da própria mãe, que não teve direito de comer as calorias necessárias ao nascimento de uma criança".
O ex-presidente foi um dos agraciados neste ano pelo prêmio, criado em 1970 para prestigiar personalidades que contribuíram para a diminuição da fome no mundo.
Durante o discurso de agradecimento, que durou cerca de 12 minutos, Lula disse que democracia não é apenas poder "dizer que está com fome... é a gente poder comer, de manhã, de tarde e de noite". Ele mencionou o Bolsa Família e destacou a obrigação de o dinheiro ser entregue à mulher, "mais responsável por levar comida para dentro de casa".
Ele pregou que não basta aos governantes um diploma de universidade para conduzir um país. "É preciso que ele governe com sentimento, como uma mãe", disse. Depois arrancou risos e aplausos ao dizer que "os pobres gostam de comer bem. Pobre não gosta de miséria".
Em seu site, a organização do prêmio disse que Lula, antes mesmo de chegar à Presidência, deixou claro que o combate à fome e à pobreza seria a maior prioridade de seu governo. O texto lembra frase do ex-presidente de que trabalharia para possibilitar que todo brasileiro tivesse três refeições por dia.
Há elogios ao programa Fome Zero e seu desdobramento no Bolsa Família, no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que compra alimentos de pequenos produtores, e do Programa Nacional de Alimentação Escolar.
Na viagem a Des Moines, Lula foi acompanhado do ex-ministro José Graziano, que entre 2003 e 2004, coordenou o Fome Zero. Em junho deste ano, Graziano foi eleito diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). Na fala, Lula disse que dividia o prêmio com o ex-ministro.
Prêmio
O World Food Prize foi criado pelo cientista e prêmio Nobel da Paz de 1970 Norman E. Borlaug, um dos principais responsáveis pela “revolução verde”, com tecnologias e técnicas agrícolas que aumentaram a produção de alimentos no mundo.
Neste ano, Lula dividiu o prêmio com o ex-presidente de Gana, John Agyekum Kufuor. Sob seu governo (2001-2009), a população pobre reduziu de 51,7% para 26,5% do total de habitantes. A fome caiu de 34% para 9%.
Antes de Lula, dois brasileiros já haviam recebido o prêmio. Em 2005, a entidade laureou o agrônomo Edson Lobato e o ex-ministro da Agricultura Alysson Paulinelli, por pesquisas e políticas de desenvolvimento do cultivo no Cerrado.

O ideal e a moral, fontes de juventude -- por Salomão A. Cheib

               Temos falado sobre as causas materiais que alteram o organismo desgastando-o e levando-o ao envelhecimento precoce. Mas esta é apenas uma parte do problema. Sendo a alma quem dá vida ao corpo, sua influência é tão ou mais importante que os fatores físicos. Não se é jovem pela idade, a juventude adquire-se mediante a elevação espiritual que liga o homem a um ideal superior a si mesmo e o diferencia dos animais.
             
O segredo da eterna juventude está na dedicação a um ideal, que obriga o homem a superar-se a si mesmo e a encarar o futuro. Mas apenas os ideais nobres têm esse poder.
             
O ideal do cientista é a busca da verdade, o do artista é a beleza, e o da moral e da religião é o bem. Por serem dignos e ter o poder de elevar o homem do seu nível primitivo às alturas da perfeição, elas não podem estar nunca em oposição entre si. Não há verdade que seja amoral ou feia, nem beleza maléfica nem o bem tem raízes no erro e na desarmonia. Mesmo que pareça errado e os anseios absurdos o ideal é sempre respeitável até que a experiência dê o seu veredicto. O mal é não ter ideal e viver apenas para o atendimento das necessidades imediatas, sem perspectiva, sem ambições e sem planos.
            
 Esta falta de entusiasmo leva a atrofia da inteligência e das funções cerebrais, reduzindo seu estímulo indispensável para o bom desempenho dos órgãos vitais. É de observação corrente que em casais onde há muita diferença de idade, um dos parceiros atua ativamente sobre o outro, rejuvenecendo-o ou envelhecendo-o. Homens idosos estimulados pela exuberância de vida de suas jovens esposas, partilhando de suas emoções, invariavelmente acabam remoçando. Por outro lado, um velho rabugento, egoísta e acomodado leva ao envelhecimento precoce sua jovem esposa. O mesmo ocorre em sentido inverso.
           
Uma pessoa torna-se velha quando foge a luta e a confrontação, acomoda-se com o dia a dia passivo e não tem planos futuros, justificando-se com expressões imobilizadoras como: Para quê? "Agora é tarde, não dá para começar nada", "Não vale a pena". "Eu quero é sossego!"
           
Muitas vezes, confunde-se o ideal com uma ambição egoísta, como a ganância pelo dinheiro, que é feita quase sempre a custa do sacrifício de muitos, ou o ideal do poder político, que pode ser nobre quando motivado pelo desejo de combater os males sociais e  melhorar as condições de vida do povo, mas que facilmente resvala para interesses pessoais, falta de escrúpulos e uso de métodos desonestos, como se o fim justificasse os meios.
           
Ao contrário dos ideais nobres que são qualitativos, esses raramente trazem a beleza e o ardor da juventude. Ele são quantitativos, podem apreciar o mais e o menos, mas nunca sabem distinguir o melhor do pior, a bondade da maldade, a moral do vício.
           
Em suas almas, as crostas se endurecem, tornam-se empedernidos, insensíveis, voltados para dentro de si próprios, único deus que veneram. De sua mente, sob o signo da ganância, sujeita ao stress pela falta de paz e equilíbrio emocional, o organismo só recebe estímulos negativos, que perturbam e interferem no bom funcionamento dos órgãos, levando-os à exaustão e à doença.
           
Jamais terá boa saúde quem pratica o mal, lesa, engana e prejudica os outros, pois muitas doenças inexplicáveis que abatem prematuramente um homem forte podem ter sua origem numa consciência pesada.         

O novo nordeste e a reação a ele - José do Vale Pinheiro Feitosa

Fora o turismo religioso, alguém vê, ouve ou sente algo diferente no Cariri do Ceará? Claro que sempre haverá alguém que sabe disso, é fonte para que escreva. Qual o fato?

A transformação econômica do nordeste brasileiro. Por isso o eixo Crato/Juazeiro/Barbalha aparecem na relevância do fato. Este eixo teve um aumento no PIB local de 28% entre 2003 e 2008. E vários pólos nordestinos cresceram acima da média nacional: Vitória da Conquista na Bahia, Picos, regiões metropolitanas, áreas especializadas em certos tipos de produção como o pólo de roupas em Santa Cruz do Capibaribe.

E qual o fato econômico? O mais óbvio do crescimento capitalista: as empresas crescem por que empregam e os empregados com renda consomem. E aí vem o que os liberais não suportam saber: os impostos arrecadados pelo poder público estão alavancando o capitalismo brasileiro.

Outro dia em viagem sentimental fui aos Inhamuns. Especificamente fiquei na Aiuaba que foi a terra que fez meu pai crescer. A última vez na região fora na primeira metade dos anos 80. Tudo mudou: não se vêm animais circulando pelas ruas, são motos circulando, automóveis, ônibus escolares, antenas, eletricidade e águas fartas. Médicos, dentistas, enfermeiros, engenheiros e inúmeros técnicos que não aconteciam na região. A cidade é outra da que conhecera.

Além do empreendedorismo local, como o exemplo de Santa Cruz e muitos mais em nossa região do Cariri, a região passou por mudanças agrícolas essenciais como plantio de frutas e outros produtos de alto valor agregado. As instituições se descentralizaram e se multiplicaram na região. Claro que certa industrialização fruto do esforço de instituições como governos, bancos estatais e a Sudene fez nascer na região um conjunto de parques produtivos.

Agora uma coisa que deixa atônito certo conservadorismo raivoso localizado na velha classe média da região. O que mais fez o nordeste crescer foi a geração de renda oriunda de aumento do salário mínimo em relação a patamares anteriores, a previdência social e os programas de transferência de renda como o bolsa família.

Aliás, o que os Afifs Domingues júniors da nossa região não gostarão é outro fato pior em interpretação. Os impostos são um saco sem fundo para os políticos corruptos roubarem. Eles deixam a sensação que nada fica tudo é apenas despesa para dar votos aos mesmos políticos corruptos.

De um bilhão em políticas sociais para o nordeste, 350 milhões (35%) vão para o sul e sudeste sobre a forma de impostos. Ou seja, o crescimento do nordeste é bom para todo mundo. E aí os ideólogos do nosso liberalismo seletivo, não vêm nisso uma virtude do capitalismo.

Baseando-me no que leio vindo de alguns nordestinos existem dois tipos novos de radicais surgindo: o coronelato liberal, que gosta do dinheiro só para seu bolso e o furibundo infanto-juvenil que embarca em qualquer canoa do vozeirão dos coronéis.

Dia da Caça


Aí pelos anos 40-50, um dos principais lazeres da cidade era a caça. Época do boom do cinema hollywoodiano, nossos antepassados --- à moda James Dean --- montavam em suas selvagens motocicletas e subiam a Chapada, nos fins de semana. Eram grupos e mais grupos de amigos, acampados na serra, à procura de veados, jacus, tatus e cutias. Imaginavam todos os recursos da natureza como infinitos e, antes dos olhos atentos do IBAMA, o impacto biológico terminou por se fazer inevitável. Profundamente machista, o costume dava um salvo-conduto aos homens por todo o fim de semana, longe dos olhos fiscalizadores das patroas. O esporte praticava-se por mero hobby , muitas vezes matavam-se mais as garrafas de aguardente levadas a tiracolo do que os animais que pretensamente se pretendia caçar.Sem falar que muitas vezes perseguiam-se, às escondidas, outros animais muito mais jeitosos, que estranhamente vestiam saias e usavam perfumes franceses.

Entre tantos caçadores, tínhamos uma das figuras mais emblemáticas do Crato, hoje injustamente esquecido: o Padre Irineu Limaverde. Filho de uma das mais tradicionais famílias caririenses, nosso pároco era uma figura interessantíssima. Bondoso, educado, virtuoso,delicadíssimo com todo seu rebanho, era , por outro lado, uma figura excêntrica. Criava cobras das mais diferentes espécies, fornecendo inclusive muitas para o Instituto Butantã em São Paulo. Além de tudo, mostrava-se onívoro e gostava de provar da carne de muitos bichos , usualmente descartados nas cozinhas : serpentes, morcegos, raposas. Não muito diferente dos chineses. Criado no campo, ali no Sítio Fábrica, próximo à Santa Fé, desde menino aprendeu os mistérios da caça e este esporte o acompanhou até que a indesejada das gentes o tolheu, nonagenário, contemplando a mesma paisagem que viu ao nascer. Há duas histórias do nosso Padre Irineu que gostaria aqui de relembrar, até para trazer de volta à memória do Crato, uma pessoa tão especial.

Num fim de semana, saiu ele e um morador para uma caçada. Subiam da Santa Fé ao topo da serra a pé. Acompanhava-os um jegue levando os apetrechos necessários e os víveres para a jornada de três dias. O sacerdote levava na mão o inseparável Rádio Transglobe que usava para ter informações do mundo, no período em que ficava recluso. O Rádio ia sintonizado em uma estação e executava algumas músicas que ajudavam na estafante subida. Lá para as tantas, já cansados do alpinismo, o morador teve uma idéia que parecia genial. Por que não colocar o rádio no meio da carga do jumento ? Assim iam ouvindo a música e se viam livre do peso. O padre achou a proposta plausível: já ia de língua de fora. Pôs cuidadosamente o rádio na cangalha, entre uma e outra mala e continuaram a subir a ladeira. O problema é que o jumento estranhou aquele barulho, torceu uma orelha para um lado a outra para o lado da cangalha e, de repente, fez parafuso no rabo e saiu em desabalada carreira serra a dentro. O padre e seu acólito ainda tentaram acompanhá-lo, mas foi impossível. Nunca mais viram o jumento, as malas e o rádio. Este caso fez com que o Padre Vieira, no seu fabuloso livro : “O jumento , nosso irmão” , tenha concluído , definitivamente, que o jegue não possuí muitas aptidões musicais.

De outra feita, nosso querido pároco subiu a serra sozinho e escolheu ,cuidadosamente, a árvore para a espera. Colocou a seva abaixo e trepou-se com cuidado. Era tardizinha, próximo ao crepúsculo. Irineu gostava de usar uma capa grande e espessa para protegê-lo do frio e um chapéu xadrez tipo Sherlock Holmes. Ficou lá em cima, acomodado num galho, com o Rádio de um lado e a espingarda do outro. De repente ouviu algum barulho, mato abrindo e fechando. Observou bem e viu que , coincidentemente, se tratava de mais dois caçadores . Chegaram, observando o ambiente e as condições de espera. Um deles achou que ali parecia o lugar ideal, pois até seva já tinha. Combinou com o companheiro que resolveu subir na árvore vizinha. Quando o promotor da caçada fez finca-pé para subir , já anoitecendo, ao levantar a cabeça, observou aquela moqueca lá em cima. Tomou um susto e assoviou para o outro que já ascendia nos galhos de um pequizeiro vizinho. Assustado o promotor pedia uma ajudazinha de coragem ao camarada. Quando o de lá atendeu ao assovio, o de cá mostrou com o dedo a aparição no topo da árvore. Quando o cabra viu aquela arrumação, ao invés de ajudar ao amigo, saiu em desabalada carreira, mato a fora, sendo acompanhado, incontinenti, pelo pedidor de socorro. Ouviam-se apenas os gritos, a mata abrindo e fechando, e as quedas de um e de outro nas ribanceiras. Lá para tantas, Irineu entoou um grito longo e grave :

---- UUUUUUUUUUUUUUU!!!!!!!!!!!!!!!

Só ouviu quando um dos cabras gritou arfante, em plena carreira, para o colega :

---- Meu Deus ! E o bicho fala !!!

J. Flávio Vieira

"Cosa nostra" - José Nilton Mariano Saraiva

Em 29 de agosto de 2008 foi publicada a súmula vinculante nº 13, tratando do nepotismo, com o seguinte teor: “A nomeação de cônjuge, companheiro OU PARENTE EM LINHA RETA, colateral ou por afinidade (grifo nosso), até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou ASSESSORAMENTO (grifo nosso) para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública DIRETA E INDIRETA (grifo nosso) em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.”
Portanto, didaticamente e para que não pairem dúvidas: nepotismo é o favorecimento para com parentes ou amigos próximos, especialmente na seara do poder público (até e mesmo que indiretamente).
O que não é divulgado é que, originalmente, o nepotismo tem tudo a ver com a secular Igreja Católica (olha ela aí de novo). Nepos, em latim, significa neto ou descendente. Chamava-se “nepote” o sobrinho do papa. Como os papas não tinham filhos (é bem verdade que alguns tiveram, mas aí é outra história), mas tinham sobrinhos, nomeavam a “sobrinhada” toda para cargos na burocracia da Igreja Católica. Eram bispos, cardeais, membros da Cúria Romana, o escambau. As monarquias católicas praticavam o nepotismo deslavado, porque não havia uma separação nítida entre o público e o privado. O reino pertencia ao rei. E ponto final. Se-fi-ni.
Assim, uma das críticas dos líderes protestantes à Igreja Católica era justamente a prática de os papas considerarem a Igreja “cosa nostra”. Por isso, os países protestantes passaram a combater o nepotismo e a adotar regras de impessoalidade e meritocracia na administração pública.
Na política, o exemplo maior de tão nefasta praga nos foi dado por Napoleão Bonaparte, que se tornou imperador conquistando a coroa na ponta da espada e, em seguida, levou o nepotismo ao paroxismo. Entregou reinos inteiros para os irmãos e generais amigos: José foi coroado rei da Espanha; Luís, rei de Nápoles; o general Bernadotte virou rei da Suécia.
A reflexão acima tem a ver com o ocorrido recentemente aqui na terrinha, quando o Governador Cid Gomes (e a cúpula do PSB), nomeou o irmão (desempregado), Ciro Gomes, assessor da agremiação, percebendo um suculento salário de cerca de R$ 22.000,00. Nepotismo ??? Ética ??? Que vão pro beleléu...
Aliás, não custa lembrar que da outra vez em que esteve desempregado o senhor Ciro Gomes foi convidado pelo senhor Arialdo Pinho, à época um dos donos do Beach Park, para “vender beleza” nos finais de semana, naquele aprazível recanto, em troca de uma mesada mensal. Não se fez de rogado...
Coincidentemente, quando eleito Governador do Estado o primeiro ato do senhor Cid Gomes foi nomear o senhor Arialdo Pinho (indicado pelo irmão ???) para a principal e poderosa Secretaria de Governo (espécie de Casa Civil) do Estado, onde tem se destacado por desacatar a prefeita de Fortaleza (da qual Ciro Gomes é um costumaz crítico).
Temos, aqui, uma mão lavando a outra ???

A oposição de má fé - José do Vale Pinheiro Feitosa

A má fé campeia na internet. Hoje a mídia deu destaque para manifestações contra a corrupção no Brasil. Ainda se entenda: uma manifestação seletiva contra os políticos, mas não contra os corruptores inclusive da mídia. Este clima na mídia que passa pela internet tem alguns motes: a impunidade, o corrupto é sempre o adversário e a corrupção é com o dinheiro dos impostos, portanto não pague impostos.

Não estou aqui contra quem denuncia e tem a coragem moral e verdadeira de brigar contra os corruptos seja onde estejam. Especialmente no seu condomínio, no seu bairro e no seu município. Estou falando deste jogo safado de quem perdeu a vez de apresentar politicamente algo melhor e fica com o olho para o outro lado da cerca, enquanto a safadeza corre solta em sua volta.

Então vou apresentar um emblema deste jogo sujo e com o maior empenho de fazer os outros de otário. Isso ninguém gosta. Quando descobre passa a desconfiar até dos amigos. Mas vindo de amigos, que serve de repassador para que a safadeza funcione neste jogo.

Normalmente o e-mail vem de alguém conhecido, amigo nosso, que está pê da vida com alguma sacanagem feita por um político. Pois foi de um amigo, rapaz sério e cuidadoso que recebi o seguinte e-mail: CENA COVARDE... Isto faz pensar sobre a verdadeira intenção do propalado "controle social da mídia"... Vereador Jose Rainha do PT

Bateu na repórter e a cena não saiu em nenhum jornal, rádio ou canal de TV. Divulguem, por um Brasil melhor. Observem, esta é a democracia e a liberdade de Imprensa que o PT conhece e defende. Vamos divulgar pelo Brasil esta cena COVARDE Veja o vídeo. Anexo

Todo mundo foi feito de otário por este FPD que construiu uma mentira com um vídeo verdadeiro. O vídeo mostra uma repórter noticiando que o vereador fulano de tal, conhecido como (um nome estranho, mas que pode, uma vez sendo induzido, a se confundir com Zé Rainha) está sendo ouvido pela justiça. Quando o vereador sai e a repórter se dirige a ele, recebe uma bofetada do covarde. Ela protesta e o vídeo vai para o Youtube.

Um FDP botou o vídeo como sendo do Zé Rainha (militante petista que atua em São Paulo) e depois passou o e-mail para confundir as pessoas. Aliás, fica clara a posição ideológica do camarada e que ele tem interesses contrariados com o chamado controle social da mídia. Então é a mesma campanha.

Agora a verdade sobre o vídeo. Como bem disse a repórter o nome do vereador é Lourivaldo Rodrigues de Moraes. Não é o nome José Rainha Jr, o apelido do covardão é Kirrarinha e foi esta palavra que o dono do e-mail usou para confundir as pessoas. O pior de tudo, o vereador é do partido com o qual o dono do e-mail parece ter afinidade: é do DEM

E tem outra pesada: ele quis deixar subentendido a impunidade. Pois o vereador foi cassado exatamente por esta agressão pela câmara de vereadores de Ponte Lacerda em Mato Grosso. É a mesma manipulação daquelas notícias lá de cima, não nos enganemos.