Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 16 de março de 2012

Artista Plástico Cratense representará o Ceará no SARAU CHATÔ 2012, em Brasília


Um dos mais importantes eventos artísticos de Brasília


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O artista plástico cratense George Macário seguirá para Brasília nos próximos dias, onde representará o Ceará num dos mais cobiçados eventos artísticos, o SARAU CHATÔ, ponto de referência cultural na capital da república, destinado a eventos culturais.

Inaugurado em abril de 2008, o Espaço Chatô é um canal de comunicação para manter acesa a chama de Assis Chateaubriand, no que se refere ao seu ideal de elevação do nível cívico e cultural do povo brasileiro, motivando sempre o debate das grandes questões nacionais e o incentivo ao desenvolvimento da educação.

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Na foto acima: Galeria George Macário, em Crato

O artista plástico cratense George Macário já realizou exposições em diversas cidades brasileiras, e suas obras são elogiadas pela crítica especializada. Um dos seus maiores entusiastas é o internacionalmente conhecido artista Bruno Pedrosa, que reside na França, e cujas exposições transitam nas maiores galerias do mundo; De Nova York a Paris, de Londres a Tokyo.

George Macário estará no Sarau Chatô no dia 22 deste mês de março e deverá levar algumas das suas mais recentes obras para uma exposição. O Sarau Chatô possui uma intensa programação de exposições, lançamentos de livros e apresentações musicais, e é parte integrante da estrutura da Fundação Assis Chateaubriand, localizada no Setor de Indústrias Gráficas, Quadra 2, Lote 340, no edifício-sede do Correio Braziliense, em Brasília (DF). O local dispõe de um salão de 80,35 m², margeado por agradável varanda de 745 m².


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George Macário mescla diferentes estilos: Pós moderno e Impressionismo:

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Após décadas nos estilos tradicionais, nos últimos anos, amadureceu a idéia de que unir a pintura com a escultura. Seus mais recentes trabalhos mostram relêvo, e cada vez mais o uso de projeções tridimensionais, formas abstratas que saltam da tela para o mundo real:

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Recentemente o artista desenvolveu uma série de esculturas derivadas da sua própria forma de concepção visual

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Dihelson Mendonça com informações do Sarau Chatô.

O ghostoso da simplicidade - Emerson Monteiro

Acharam, pois, de artificializar tanto, e de tal forma, as categorias gramaticais que de regra obesa ninguém vive mais o prazer das primeiras vezes, nessas murrinhas rodeadas na moldura dos cabelos amarfanhados, parafinados, que só aprisionam a boneca da velha civilização. Onde eles esconderam o desgosto do amor aberto das praças e a paixão dos filmes ardentes, as flores miudinhas abandonadas ao vento, o inesperado das cenas, os sambas clarividentes de Chico Buarque?

A emoção definitiva dos jornais de antigamente que chuva levou para sempre, então? E as máquinas sabidas de dar corda, os brincos de argola pendurados perto dos lábios de mel, olhos acesos de desejo às menores carícias, os brejos dos canaviais ondulantes, as cores vivas dos tetos de telha das choupanas e suas chaminés esvoaçantes tingindo de cinza o verde da matas em festa animada? Os pirilampos, as cabrochas, os sugares das concertinas, estalidos de comboeiros conduzindo cargas de rapadura em travessias de sertão? Que é disso, daquilo e doutros tamanhos blocos de granito que jamais imaginou sumirem?

E o ghostoso das mínimas atenções que escorregou dos dedos a preço de inutilidades, a troco de nada, sem botão de respostas saracoteando nas histórias estrangeiras das conversas pra boi dormir dos vídeos games e tudo?! Argumentos falsos desconfiados dessa gente que repete as produções, no lucro incessante em jeito sabido, incutindo colesterol nas barrigas esfomeadas dos subdesenvolvidos e carrões platinados!?...

Começaram tocando nas rádios assuntos desconhecidos em músicas de línguas desconhecidas, e venderam fácil aos índios geniais camaradas, samurais enferrujados. Passaram que passaram turnos de mercadorias ilustradas, sarapintadas no sabor de artificial, e encheram maneiro o canteiro da moçada efusiva.

Depois era ver e crer o quanto sucata emprenha o teto dos armazéns, casas e dormitórios. Nisso, o barco segue tingindo o mar dos puxadores da guerra, nos exteriores das fazendas de gado, na superpopulação do tecido social. Cultura mesmo adormeceu preguiça no território de um globo inteiro, que esmoreceu nas calças. Bossa abusada que fuça, fuça, a estrutura caduca na farra de ração que atocha de hormônio o tanque da macacada sideral.

Há tempo, sim, nas folhas dos calendários... No treme-treme dos relógios. Ia esquecendo falar a saudação de fechar a carta.