Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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sábado, 5 de março de 2011

Virge(ns) Maria... Carnaval do Crato, Por Pachelly Jamacaru

Figuras animadíssimas do Bloco das Virgens do Cratinho de açucar!






LÁ EM NÓS - (Em Rajalegre) - Por Claude Bloc



Um casa, um lar onde a harmonia é o lema.
Um caminho, um roteiro, um destino...


O verde, a alegria de ver a vida vibrando em cor


A paz, o portal de uma saudade antecipada.


Rajalgre imponente parece dormir enquanto o Carnaval ferve nas veias dos Varzealegrenses


Um pé de juá lotado de esperança...



Isso tudo em Rajalegre!!!

Claude Bloc

MUSAS NO CARNAVAL











CARNAVAL - Por Edilma Rocha


Através de algumas pesquisas descobri que o "Carnaval" se originou na Grécia entre os anos de 600 à 520 a.C. A festa era realizada em forma de cultos aos Deuses para agradecer pela fertilidade do solo e  alimentos. Ao longo do tempo foram inseridas as bebidas e práticas sexuais, além da dança, sendo condenado pela igreja em torno de 590 d. C. Quando a Igreja adotou o Carnaval através de cultos oficiais e passou a condenar todos os atos pecaminosos, foi um espanto para o povo pois fugia das reais origens como  uma festa de alegria pelas conquistas. Com o Concílio de Trento em 1545, o Carnaval voltou a ser uma festa popular  com todas as suas bebedeiras e depravações. O período do Carnaval era marcado pelo "Carne Vale" dando origem ao termo "Carnaval".
Com a implantação da "Semana Santa" pela igreja Católica no século XI, o Carnaval antecedia a "Quaresma", por 40 dias de jejum. Este longo período incentivou o recluo festivo que antecedia a quarta-feira de cinzas, no 1º dia da Quaresma.
O Carnaval na antiguidade era marcado por grandes festas, que comiam, bebiam e faziam a busca incessante por prazeres e se prolongava por 7 dias na antiga Roma, de 17 à 23 de Dezembro. As casas comerciais eram fechadas, escravos ganhavam a liberdade e eram relaxados os pudores morais. Pessoas trocavam presentes e era eleito um rei por brincadeira que conduzia o desfile nas ruas. No período Renascentista foram introduzidas as máscaras, fantasias e carros alegóricos.
Chegou no Brasil aproximadamente em 1723, sob a influência dos europeus com desfiles de pessoas fantasiadas e mascaradas pelas ruas. No século XIX surgiram os blocos carnavalescos com carros decorados semelhante a hoje, sendo adotado pela população brasileira que tornou o Carnaval como a maior comemoração do País. Surgiram as marchinhas e foram acrescentadas alegorias e fantasias belíssimas, crescendo em quantidade de participantes e cidades brasileiras.
O Carnaval moderno feito com desfiles e fantasias foi iniciado na França como modelo em "Nice",  Paris, depois adotaram, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro exportou o estilo com as Escolas de Samba para outras cidades do mundo, como, São Paulo, Tóquio e Helsinque, capital da Finlândia. Grandes artistas plásticos e figurinistas são mobilizados para a realização do esplendor do visual das fantasias e carros alegóricos. Mas o Carnaval do Rio é considerado o maior do mundo, inclusive com a retirada das roupas chegando ao nudismo. Hoje o desfile das Escolas de samba através do Carnaval é um verdadeiro comércio na confecção das fantasias e carros alegóricos e também com  a venda de camarotes e ingressos a turistas do mundo inteiro. Convidados especiais disputam um lugar de destaque no desfile e sambas enredos fazem homenagens a fatos históricos e personalidades mundiais.  As tecnologias nas apresentações  vão desde fogos de artifícios até efeitos especiais por computação e a quantidade de figurantes chegam a milhares por cada desfile na avenida. Os grandes canais de televisão fazem a cobertura ao vivo para todo o mundo e a disputa pela premiação chega a verdadeira guerra entre as escolas, com direito a outro grande Carnaval da vitória.

Edilma Rocha

Rápido como o supermosquito

Para o primo Chagas, eterno Cival

Vou sangrar até a última gota deste cálice que transborda o peito
Tingir de tinto o vinho branco que bebo
Ouvir a melodia extraída das bordas da taça pelo ágil dedo
E depois quebrar vidraças e louças
Pois sou apenas um plebeu convidado

Minha mulher sabe valorizar os dotes que tenho
E eu adoro, sobretudo, os seus sagrados seios

Ofereço em holocausto o meu humor cáustico
Quem sabe, um dia, alcançarei o paraíso?
Ou a temporada no inferno esteja apenas começando?

Enxergo no meio-fio da estrada a lâmina fria da espada
Deito no leito de pedras tão macio quanto travesseiro
De cima, o plenilúnio observa com suas potentes lunetas
Fazendo brilhar o contorno sinuoso do vale em noites cheias

Tenho uma carta na manga que até mesmo desconheço
Sei que a tenho e isso é o que importa
Mas preferiria uma carta daquela que se posta nos Correios
Remetida lá de casa com as boas novas

Aproxima-se agora a hora perigosa
Onde as coisas acontecem ou simplesmente cessam
Ainda bem que carrego no bolso um canivete suíço
A garrafa da minha cerveja não tem tampa de rosca

Como o tempo passa rápido quando se estar tranquilo!
Tão rápido quanto um gatilho nervoso
Até mais rápido do que o supermosquito

Carlos Rafael Dias
Crato, 19 de fevereiro de 2011

E já é carnaval! - Por José de Arimatéa dos Santos

Pelo Brasil a fora a grande folia do carnaval já começou. Na verdade o carnaval começou já na passagem de ano e não parou. Agora é oficial e Salvador, Recife/Olinda e o Rio de Janeiro a festa já está quente. Agora tudo é alegria nos quatro cantos desse imenso país e no mundo inteiro, pois o carnaval é uma festa universal e povos do mundo inteiro comemoram à sua maneira. Mas aqui no nosso país verde amarelo é que a folia se reveste mais de alegria e colorido, sem falar na grande miscelânea que é essa festa tão brasileira. E mesmo quem não participa tão efusivamente do carnaval sente o clima mais alegre e festivo. Dessa forma os dias de carnaval deixam as cidades do Brasil inteiro no ritmo de samba, axé e frevo, sem falar nas cidades que o carnaval é também forró, rock e música instrumental. Tem também o maracatu e folias que remontam ao período colonial. Todas as manifestações acabam se juntando e deixando toda uma nação em êxtase em que tudo para e o povo possa se deliciar com a dança, desfile das escolas de samba, blocos e cordões. Sem sombra de dúvidas é a festa mais democrática que existe na face desse planeta. Podemos acompanhar o carnaval pelo rádio e sua músicas carnavalescas e marchinhas sempre tão modernas e inovadoras. Pela televisão vemos o brilho das grandes escolas de samba de São Paulo e principalmente do Rio de Janeiro com seus passistas que são um brilho à parte e o luxo de todo o desfile. Mais luxo ainda, acredito, é para quem tem o privilégio de assistir tudo isso ao vivo e presente lá na avenida, no sambódromo. Tem também o carnaval de Salvador e seus trios elétricos que puxam multidões pelas ruas da capital baiana.
Por ser caririense e o cariri cearense tem uma queda bem especial pela capital pernambucana, dedico um parágrafo especial ao carnaval pernambucano. Ou ainda por preservar de certa maneira aquele carnaval bem brasileiro do povo na rua e praticamente ser uma festa do povo. E nesse quesito, palavra bem usada por essa época, Olinda e Recife e seus grandes bonecos, além do maracatu e demais folias fazem do carnaval de Pernambuco na minha opinião o melhor do país. Acredito que seja devido a brasilidade tão característica e presente nos festejos mominos. E Recife e Olinda se transformam em cidades em que os festejos carnavalescos sejam tão especiais.
E como já estamos verdadeiramente no carnaval é lei a alegria e o divertimento. Mas com muita responsabilidade nos quesitos saúde, trânsito e respeito para com o nosso semelhante. Porque uma coisa é certa e no calendário de todo ano aparece lá no mês de fevereiro e às vezes março que tem carnaval. Então, é muito importante se divertir e se cuidar. Que a paz seja a tônica no carnaval e demais dias do ano. Assim, a brasilidade do carnaval deixa sempre o saldo positivo de alegria e respeito para o restante do ano.

O DESPREZO DO SÍTIO SÃO JOSÉ

Pedro Esmeraldo

Não podemos esquecer da falta de apoio moral que os políticos dão ao Sítio São José, Consideramos isso como um completo desrespeito à soberania do povo. Este sítio está localizado a seis quilómetros do centro da cidade e é completamente menosprezado e esquecido pela nossa política ofensiva que domina a cidade, há anos.
Levamos em conta que essa medida é uma injúria lançada no rosto de seus moradores, visto que vivem na esperança de continuar com uma vida confortável e esperançosa e com a permanência de equilíbrio e bem estar social.
Por essa razão, aguardamos ter um tratamento com qualidade e que possamos receber bónus semelhante aos dignos prémios recebidos durante a tempestade proveniente das montanhas tenebrosas.
Não compreendemos por que razão há esse descaso como mediador absorvidos por alguns políticos incompatíveis com a realidade dos fatos cotidianos. Como ó d© costume observar as falhas desses políticos, queremos acordar a comunidade para que esteja atenta esses homens que, na sua maioria não têm vocação para exercer a carreira política.
Não queremos desmerecer ninguém, mas queremos apenas alertar para que todos tomem cuidado ao escolher com dignidade seus representantes, para que depois não venham suportar os dissabores de alguns pseudopolítícos.
Relembrando o abandono do Sítio São José, concordamos que lá existe bom relacionamento político e, ao mesmo tempo, consideramos que essas autoridades, quer sejam da esfera Federal, Estadual ou Municipal, não têm disposição de olhar para lá com bons olhos, pois consideramos que aquela gleba é Brasil e também tem o direito de receber melhoramentos iguais aos demais municípios constituído deste país.
Notamos que esta área municipal pertencente ao Crato é tratada com escárnio e seus habitantes não esboçam nenhuma reação de desagravo.
Observamos também que, nos últimos dias, apresentam-se com a convivência entre as pessoas desdenhosas e verifica, porém, que há uma parte da família com desequilíbrio moral da comunidade. Outros que recebem apoio constante da prefeitura e que esquecem de lembrar daqueles que poderiam aceitar o mesmo lugar de destaque em toda extensão municipal.
Por causa da disparidade existente, há uma certa inconformação devido à preferência que dão aos outros distritos que não coaduna com o pensamento cratense.

Crato/CE, 25 de fevereiro de 2011

Crato - Unidade sem liderança

Pedro Esmeraldo

Hoje, toda a população cratense sente-se amargurada diante da notícia sombria do fechamento do escritório do SEBRAE em Crato.
Todo nós, os cratenses, não aceitaremos esse tamanho desrespeito, visto que Crato tem carregado nas costas o peso pesado, devido a falta de apoio das autoridades desta cidade que não se interessam em lutar pelo desenvolvimento desta terra. Convém notar que as autoridades de Fortaleza não se interessam pelo Crato e despejam faísca elétrica negativa em direção de nossa terra. Tudo isso é para beneficiar a outra cidade que possui o comportamento invejoso e vem nos levar todos os nossos patrimónios adquiridos há anos.
Consideramos isto uma infâmia indecorosa, pois notamos que esse pessoal não interessa tomar decisões elevadas e querem, de qualquer maneira, açambarcar com o suor alheio, visto que se toma um crime de lesa pátria contra o património de outro município em querer possuir e usar comportamento injusto com a nossa cidade. Agora queremos afirmar que todos devem lutar com coragem, a fím de enfrentar com altivez e suor do seu rosto, enfrentando calor das montanhas tenebrosas que desabam em direção ao povo que vive do suor alheio, seguindo os caminhos tépidos sem prejudicar os outros municípios.
Por isso, admiramos o Crato: é lutador, vive sem esnobismo, é manso e inofensivo, pratica sempre o bem, e permanece na luta contra a desigualdade territorial e social.
O que nos revolta é a falta de luta e coragem dos políticos cratenses que vem com desculpas esfarrapadas, dizendo que não lutam por que essa ação é puramente particular e, consequentemente, não podem penetrar em outras áreas, a não ser pública.
Ficamos tristes pelo pensamento desses homens que vivem entregues aos moles cimentes e não lutam em favor do Crato, vivem com seu gabinete abarrotado com pessoas bajulatórias encarapitados com as autoridades, batendo palmas, dizendo amém, mas para que? Perguntamo-nos! Para vivermos totalmente no comodismo e esquecer que foram eleitos para defender o Crato das garras dos leões coroados que nos dão mordidas, abocanham o naco do melhor que tem o Crato. Não venham com desculpas dilaceradas dizendo que o Crato é fim de linha por isso nada vem para nós.
Não senhor, nós, cratense, temos direito de gritar e cobrar, portanto, vamos à luta e não vamos calar ante a fragilidade de nossos políticos.

Crato/CE 04 de março de 2011