Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Raul Seixas



Raul Santos Seixas (Salvador, 28 de junho de 1945 — São Paulo, 21 de agosto de 1989) foi um cantor, compositor, produtor e músico brasileiro.

Filho do engenheiro Raul Varella Seixas e da dona de casa Maria Eugênia Santos Seixas, Raul nasceu e cresceu na cidade de Salvador. Tinha um irmão, quatro anos mais novo, Plínio Seixas. Em casa, mergulhava nos livros que tinha à disposição, na biblioteca do pai.

wikipédia

Verdade Sobre a Nostalgia
Raul Seixas
Composição: Paulo Coelho / Raul Seixas

Tudo quanto é velho eles botam pr'eu ouvir
E tanta coisa nova jogam fora sem curtir
Eu não nego que a poesia dos 50 é bonita
Mas todo o sentimento dos 70 onde é que fica?


Eu vou fazer o que eu gosto...
Eu vou
Dos 50 bonita-ta
Mas os 70 onde é que ele está?
Por isso a nostalgia eu tô curtindo sem querer
Porque está faltando alguma coisa acontecer
Mamãe já ouve Beatles
Papai já deslumbrou
Com meu cabelo grande
Eu fiquei contra o que eu já sou


Eu vou fazer o que eu gosto
É mãe com os Beatles e o pai falô
Logo então eu fiquei contra o que eu já sou
O rock hoje em dia já mudou, virou outra coisa
É por isso que eu corto o cabelo


Na curva do futuro muito carro capotou
Talvez por causa disso é que a estrada ali parou
Porém, atrás da curva
Perigosa eu sei que existe
Alguma coisa nova
Mais vibrante e menos triste


Eu vou fazer o que eu gosto
Atrás da curva do perigo existe
Alguma coisa bem mais nova e menos triste



Espatódia : uma herança ibérica‏- por Heládio Teles Duarte

A Primeira Pedra



Sakineh Mohammadi Ashtiani é uma iraniana de 43 anos e que nestes dias se tornou notícia na imprensa mundial . O motivo, como sempre, nestes casos em que envolve países do terceiro mundo, vem à tona com as piores causas.Mais ainda quando o Irã vê-se metido numa controvérsia mundial sobre a produção de armas nucleares. Nada de fatos heróicos, de recordes , de fabulosas obras de arte . Sakineh foi condenada à morte , por um motivo banalíssimo. Viúva, mesmo assim, foi acusada de adultério e recebeu a penalidade absurda e, não bastasse isso, mais terrível ainda na sua forma. Deverá ser enterrada a meio corpo e morta por apedrejamento. A sentença parece até ter sido arrancada de tempos bíblicos. E, por mais incrível que possa parecer, o foi. Boa parte dos países islâmicos não têm qualquer separação entre Igreja e Estado e a Constituição do país, os Códigos Civil e Penal terminam por se resumir nas páginas do Alcorão. O livro sagrado dos mulçumanos tem mais de mil anos e, como tal, não sofreu qualquer upgrade em todos esses anos. A maior parte das religiões do planeta padece deste dissonância entre as inflexíveis regras de moralidade ditadas por seus livros ditos sagrados e a dinâmica natural do universo e dos costumes. Como conciliar a estática daquilo que foi ditado há séculos, com o dinamismo da vida e as transformações avassaladoras do mundo que a cada instante modifica-se da água para o vinho, como um caleidoscópio? Quando Estado e Igreja formam um só corpo, então, as fissuras se tornam presentes, enormes, irreconciliáveis. Imaginem se no Brasil os casos de adultério fossem todos tratados da mesma forma? Ia faltar pedra no mercado para atirar em tanto condenado. Houve uma forte pressão da comunidade mundial e, ao que parece, o apedrejamento foi cancelado e a pena comutada para enforcamento. Grande vitória da diplomacia mundial!
A questão referente a Sakineh traz consigo um sério impasse ético. Na nossa visão ocidental, existe uma perversidade impensável na sentença imposta à iraniana. Que direito tem o estado de se imiscuir numa pendência de caráter francamente afeito à individualidade da pessoa humana? E mesmo que se tipifique o adultério como crime, a pena de morte nos salta aos olhos como uma loucura ímpar. Mas surge, no horizonte, a encruzilhada ética: temos o direito, com nossa cultura ocidental, de julgar os atos, as leis, os costumes de uma outra cultura? Qual o balizamento para se depreender que nós estamos certos e eles errados? Eles, do seu lado, têm o mesmo sagrado direito de nos julgar segundo suas regras e tradições. Para que lado a verdade puxará o fiel da balança?
Por outro lado, quase ao mesmo tempo, os jornais estamparam o caso da Eliza Samúdio suspeita de ter sido trucidada cruelmente pelo goleiro Bruno em Belo Horizonte. Sem falar no assassinato da advogada Mércia Nakashima, de São Paulo, cujas evidências levam a suspeita da autoria ao namorado Mizael. Mera coincidência? Infelizmente, não! No Brasil, por incrível que possa parecer, a pena de morte contra a mulher é uma instituição organizada e azeitada. Na última década mais de 41.000 mulheres foram mortas, uma média de 10 a cada dia. Destes casos, mais da metade foi causada por motivo fútil, como meras discussões domésticas. 10% envolviam ciúmes e, um outro tanto, o uso de drogas. No Ceará mais de mil boletins de ocorrência são feitos a cada mês por violência contra a mulher.E aqui, entre nós, só no ano passado, foram assassinadas 147 e --pasmem, amigos ! -- 23 só aqui no Cariri.
No mundo todo, a situação do sexo feminino não é menos vulnerável. Estima-se que na América Latina e Caribe entre 25% a 50% das mulheres sofrem violência doméstica. Segundo o Banco Mundial entre 5 a 16% dos anos saudáveis de uma mulher são perdidos por conta da violência, que só nos Estados Unidos custa entre 5 a 10 bilhões de dólares todo ano.
Como vemos, a absurda penalidade imposta a Sakineh, não lhe é exclusiva. Até mesmo a crueldade da execução é quase uma regra: apedrejada , esquartejada, oferecida à ração de cães, afogada, queimada. O que varia ? No Irã, o estado submete o réu ao menos a um a julgamento, faccioso , parcial, certamente. Entre nós, no entanto, o júri , o juiz e o carrasco são os próprios companheiros destas jovens que as executam sumariamente sem nenhum direito a defesa.
Para combater essas as formas de opressão é preciso ter coragem de mergulhar no pântano e buscar a raiz da árvore carnívora.. É preciso, no entanto, lembrar que a absurda pena imputada a Sakineth é mais visível e mais fácil de se lutar contra ela. A violência doméstica, no entanto, é mais insidiosa, mais virulenta, mais oculta, mais multifacetada. Ela está na raiz de quase todas as formas de violência do mundo e, como um cupim, destrói lentamente toda a tessitura das relações humanas. Uma estranha ponte une Sakineth a Eliza Samúdio. Desarmemos os corações e as mentes! Antes de tudo tem-se que entender que somos todos animais que há pouco descemos das árvores e ainda não conseguimos de todo escapar da Lei da Selva, da prevalência do instinto sobre a razão. Quem nunca compactou com alguma forma de violência que atire a primeira pedra!

J. Flávio Vieira


DIA DO ATOR, por Pachelly Jamacaru

Parabéns atores e atrizes!


Por Artur Gomes

Fulinaimagem


por enquanto
vou te amar assim em segredo
como se o sagrado fosse
o maior dos pecados originais
e a minha língua fosse
só furor dos canibais

e essa lua mansa fosse faca
a afiar os versos que inda não fiz
e as brigas dde amor que nunca quis
mesmo quando o projeto
aponta outra direção embaixo do nariz
e é mais concreto que a argamassa do abstrato

por enquanto
vou te amar assim adirando o teu retrato
pensando a minha idade
e o que trago da cidade
embaixo as solas dos sapatos

arturgomes
http://musadaminhacannon.blogspot.com

O dia mundial da Fotografia - por Nívia Uchôa

A agulha que salva - Colaboração de Edmar Cordeiro Lima

Uma agulha pode salvar a vida de alguém com começo de AVC.
Vale a pena 2 min de leitura.
Uma agulha pode salvar a vida de um paciente com princípios de derrame...
Dito por uma professora chinesa.
Guarde uma seringa ou uma agulha para fazer isto - é um método inconvencional para recuperar alguém de um derrame.
Quando um derrame estiver a ocorrer fique calmo.

Independentemente de onde a vitima estiver, não a mova do lugar.
Quando o derrame acontece, as veias capilares no cérebro vão-se gradualmente rompendo.
Se a pessoa for movida os capilares vão se romper.
Se tiver na sua casa uma seringa melhor.
Se não tiver, pode usar uma agulha de costura ou um alfinete.

1. Aqueça a agulha/ alfinete para esterilizar e depois dê uma alfinetada em todos os dedos das mãos do paciente.
2. Não há pontos específicos nos dedos para a acupuntura, mas pode picar 1 milímetro perto da unha.
3. Pique até o sangue começar sair.
4. Se o sangue não começar a sair, então aperte com os dedos.
5. Quando todos os dedos começarem a sangrar, espere alguns minutos e depois puxe as orelhas do paciente até ficarem vermelhas.
6. Pique cada um dos lóbulos das orelhas até começar a sair uma gota de sangue de cada lóbulo. Depois de alguns minutos a pessoa começará a recuperar os sentidos.
Espere até que recupere o estado normal e leve-o para o hospital.
Se for levado às pressas para o hospital, a viagem turbulenta vai fazer com que os vasos capilares no cérebro se rompam.
'Eu aprendi a tirar gotas de sangue para salvar vidas através de um médico de medicina tradicional chinesa.
Ele chama-se Ha Bu Ting.
Mais tarde tive experiência prática sobre o assunto e posso dizer que este método é 100% eficaz.
Em 1979, eu era professora no colégio de Fung Gaap em Tai Chung.
Uma tarde, um outro professor veio correndo para a minha sala e disse 'Sra. Liu, venha rápido, o nosso supervisor teve um derrame!'
Eu fui imediatamente para o 3º andar.
O Sr. Chen Fu Tien estava pálido, o seu discurso era feito através de sussurros, a boca torta - sintomas de um derrame.
Imediatamente pedi a um dos estudantes para ir a uma farmácia comprar uma seringa, que usei para picar o Sr. Chen em todos os dedos.
Quando todos os dedos estavam a sangrar (cada um dos dedos com uma gota de sangue do tamanho de uma ervilha), o Sr. Chen começou a recuperar a sua cor.
Mas a boca continuava torta.
Então, eu puxei as orelhas dele para enchê-las de sangue.
Quando as orelhas dele começaram a ficar vermelhas, eu piquei o lóbulo da orelha direita por 2 vezes para saírem duas gotas de sangue E depois o lóbulo da orelha esquerda.
Dentro de 3 a 5 minutos o formato da boca voltou ao normal e a sua maneira de falar tornou-se clara.
Nós o deixamos descansar algum tempo e o levamos para o hospital.
Ele ficou lá em repouso por uma noite e no dia seguinte deram alta para dar aula.
Tudo correu normalmente.
Não apareceu nenhuma doença derivada do primeiro Socorro que lhe foi aplicado.
Por outro lado, normalmente as vitimas de derrame sofrem danos irreparáveis nos capilares do cérebro durante o percurso para o Hospital.
Como resultado, essas vítimas nunca se recuperam.
Por isso, o derrame é a segunda maior causa de morte..

Raimundo Silvestre, meu Padrinho - por Edmar Lima Cordeiro



Tandor, o encantador de cobras, cinturão largo, cheio de apliques de metal, facão de folha larga e sempre afiado para corte de capim e bredo que me parece ser a tarefa daquele homem que me assustava e ao mesmo tempo o admirava pelo jeito manso e sorriso fácil que era dotado. Diziam que ele comia fígado de criança por isso o medo. Tandor ficou como mito e meu padrinho Raimundo Silvestre exerceu com mestria esse sentido mitológico que o encantador de serpentes povoava a mente da garotada da época, contando estórias desse homem misterioso que convivia no espaço de nossa infância. Raimundo Silvestre era especialmente nesse modo de passar às pessoas em particular à ameninada suas estórias e “causo” da vida sertaneja.

A Vazante era um sítio próximo a cidade no qual vivia a família do meu padrinho, casado com Zaré, sobrinha da mamãe e pai de meus primos Eldon, Armando, Edson e a flor sertaneja Aldenir (Deninha), um sítio que economicamente me parece tinha peso na manutenção da família, uma clara economia de agricultura familiar; tudo tinha, tudo brotava naquele canto maravilhoso de minha infância. Foi ali que tive meu primeiro e único contato com a natureza agrícola porque depois fui viver no Sul do País em Paranavaí, Paraná, tive então nova experiência agrícola como Secretário Municipal da Agricultura, e quanta admiração por esta atividade econômica, atuei no setor de revenda de máquinas agrícolas.

Mas os Silvestres estes todos, meus primos inclusive, fora da lida agrícola, formação básica da agricultura familiar.

O cenário da Vazante foi marcante para mim, lembro-me desde da cancela da entrada, das árvores (pés de paus), do jenipapeiro, dos pés de umbu, de seriguela, cajazeiros, da cerca de avelós, da qual me mantinha afastado com medo de cegar por causa do seu líquido leitoso, da cacimba, da olaria, da casa gostosa dentro daquela mata que me parecia frondosa.Um mundo especial que me foi emprestado por meu padrinho naquele recanto verde e solidário no qual também passeava meus irmãos ganhando vida e experiências no recanto da família Silvestre e Lima.

Raimundo Silvestre era esguio, sem barriga, um homem saudável, usava camisa solta, sério, sisudo, acho que tímido, leitor assíduo lembro das revistas Seleções e do seu encanto pela botânica não sei se só dele ou da Zaré, eles eram craques neste assunto e herdado pela Deninha me atrevo a dizer!

Merendava em casa e Zaré cuidava dele com especial delicadeza não lhe faltava mastruz com leite, suco de tomate era um cuidado especial fora os deliciosos bolos, doces, cocadas de gergelim, e iguarias que só ela sabe fazer.

Com a família morava a Félix que gostava de jogo de bicho, certa vez sonhou com um alicate e pediu para fazer uma aposta no macaco, suas interpretações era uma comédia e ganhava, padrinho Raimundo ria dessa natureza profética e analítica da inesquecível Félix.

Trabalhei com Eunício Dantas, um armarinho varejista e atacadista, onde aprendi atender pessoas, a vender renda para roupas femininas, botões, aviamentos, perfumes, aprendi também as medidas métricas, o que é dúzia, groza, unidade e a conhecer produtos desse negócio, um que me chamava atenção era o riri, ou seja, o zíper que achava uma invenção fantástica, certa vez atendi uma cliente , emiti a nota fiscal do balcão e escrevi “1 riri”, qual não foi a bronca que recebi do patrão sobrou-me uma ponta de chateação, ele corrigiu ensinando-me que a mercadoria chamava-se “zíper”, bem aqui eu tinha 12, 13 anos e ganhava meus trocos e, isso me credenciava a comprar na bodega do meu padrinho, tinha lá uma conta-corrente para anotar meus fiados, adorava comprar doce de leite em tijolo, uma loucura de gostoso, ele me vendia e anotava na minha conta ora acho que pagava, ora acho que mamãe acertava com ele. Essa relação comercial tive na aurora da minha vida com o patrocínio do Raimundo Silvestre.

Aprofundar essas experiências seria uma bela aventura da memória, a Aldenir pela Internet me pediu para escrever reminiscência minhas com meu padrinho. Ele foi um dos que me moldou para o mundo com seu exemplo de seriedade e de honra, foi um protetor de muitas necessidades de minha família e acho que o vínculo de amizade, amor, respeito que mantemos até hoje com essas pessoas são na verdade obra da convivência excepcional que tem minha família com esses amigos tão fraternais eternamente.

Minha saudação a Zaré, Edson , Armando, Eldon (em memória), Deninha pela aventura que tivemos na nossa infância moldada com a presença de mamãe Rosália, meu pai Vicente, meus queridos irmãos Ribamar, Flávio, Humberto, Ronaldo e destacadamente minha encantadora irmã Almery que amo de montão e, numa referência especial a uma pessoa que amalgamava todos nós em seu entorno Bazinha, a tia Amália.

Raimundo Silvestre é um totem, uma pessoa que pouco conheci sua natureza mas que teve até agora uma extraordinária vitalidade na vida desse afilhado, orgulho-me disso e com certeza todos os parentes reconhecem a personalidade dele que marcou a aurora de minha vida.

Parabéns por reconhecerem os atributos dele e pela homenagem dos 100 anos de seu nascimento.


Edmar Lima Cordeiro

Os Signos Atravessando a Rua - Colaboração de Telma Medeiros

Por que o Ariano atravessou a rua?
Certamente para bater boca com alguém que estava do
outro lado.

Por que o Taurino atravessou a rua?
Porque encasquetou com a idéia.

Por que o Geminiano atravessou a rua?
Se nem ele sabe, como é que eu vou saber?

Por que o Canceriano atravessou a rua?
Porque estava se sentindo só e abandonado deste lado
de cá.

Por que o Leonino atravessou a rua?
Para chamar a atenção, sair nos jornais, revistas,
etc.

Por que o Virginiano atravessou a rua?
Ele ainda não atravessou porque está medindo a
largura da rua, a velocidade dos carros, se essa
experiência é válida, qual seria a melhor hora de
atravessar essa rua, etc.

Por que o Libriano atravessou a rua?
Ele nem precisou atravessar. Alguém acabou
oferecendo carona para ele.

Por que o Escorpiano atravessou a rua?
Porque era proibido.

Por que o Sagitariano atravessou a rua?
Porque a idéia pareceu maneira e deu vontade.

Por que o Capricorniano atravessou a rua?
Porque foi pechinchar nas lojas do outro lado.

Por que o Aquariano atravessou a rua?
Porque isso faz parte de uma experiência que trará
incontáveis avanços tecnológicos no futuro.

Por que o Pisciano atravessou a rua?
Que rua? Ih, é ...



www.florselvagem.com.br

Dia Mundial da Fotografia

http://niviaporj.blogspot.com/ - link para ver matéria sobre o dia Mundia da Fotografia

Vejam o blog www.aartedejosenormando.blogspot.com/
Postagens de seus trabalhos artísticos.
Todos são benvindos!!

A poesia de Cora Coralina

“Humildade

Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.

Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.

Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.

Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.”
Cora Coralina




Assim eu vejo a vida

A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.
Cora Coralina

Pedrinho Mattar






Pedro Mattar, conhecido como Pedrinho Mattar, (São Paulo, 20 de agosto de 1936 — Santos, 7 de fevereiro de 2007) foi um pianista brasileiro.

Sua família o chamava de Pedrinho por ser o caçula de dez irmãos. Filho de libaneses, começou com o estudo de piano muito cedo, na escola de Magdalena Tagliaferro. Frequentava com seu pai o Restaurante Trianon, casa de chá da avenida Paulista, onde se tocava piano ao vivo. Começou os seus estudos em piano clássico somente em 1962. Tocava em inferninhos (escondido do pai) com o conjunto Os anjos do Inferno, tendo como componente João Gilberto.

Em 1953 já acompanhava os festivais de música realizados na União Cultural Brasil-Estados Unidos, onde estudava. Em 1959 viajou a Las Vegas, acompanhando a cantora Leny Eversong, que, apesar de brasileira, só cantava em inglês. Em 1960 acompanhou o cantor Agostinho dos Santos em turnês pela Argentina e Uruguai.

Presença marcante na música brasileira, frequentava junto com outros músicos o João Sebastião Bar do jornalista Paulo Cotrin, no bairro da Consolação, uma usina de nomes que eram ou seriam destaque no mundo da música, como: Chico Buarque, Elis Regina, Maysa, Claudette Soares, César Camargo Mariano, Taiguara, Marisa Gata Mansa etc.

Viajou por diversas vezes com a cantora Claudette Soares, no eixo Rio-São Paulo. Em 1962 tocou para a cantora Maysa em Portugal e na Espanha. Foi responsável pela produção musical do Programa Bibi Ferreira na televisão. Excursionou pelo Brasil, acompanhado de Luís Carlos Miele e Sandra Bréa - 1976 - Caso Water-Closed e Dzi Croquettes.

Na superboate paulistana Gallery (1982), que reunia boêmios e fãs da boa música, de quem se dizia que poderiam gastar mais de dois salários mínimos numa noite, a imagem do Pedrinho Mattar era a do pianista de smoking, impecável na execução de um repertório internacional.

Era apresentador e solista do programa de televisão Pianíssimo - da Rede Vida, desde 1990.

Uma das canções que mais gostava de tocar era "As Time Goes By do filme Casablanca, música tema da abertura do seu programa Pianíssimo.

Uma de suas irmãs - Mercedes Mattar - pianista é responsável pela organização do Concurso Internacional de Piano, em São Paulo.

Um de seus irmãos, João Augusto Mattar Filho, foi um médico de destaque na área de Terapia Intensiva no Brasil, fundando a AMIB - Associação de Medicina Intensiva Brasileira e a SOPATI - Sociedade Paulista de Terapia Intensiva, do qual foi o primeiro presidente.

O flautista e saxofonista Derico e o pianista Sérgio Sciotti (que com Derico forma o Duo Sciotti) são seus sobrinhos.

O pianista Paulo Mattar é também seu sobrinho.

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José Wilker


José Wilker de Almeida (Juazeiro do Norte, 20 de agosto de 1944) é um ator e diretor brasileiro.

José Wilker começou a carreira como locutor de rádio no Ceará, onde nasceu, e se mudou para o Rio de Janeiro aos dezenove anos.

Seu primeiro filme foi em 1965, A falecida. Em 1979 esteve no elenco do filme Bye Bye Brasil e em 1985, no elenco de O Homem da Capa Preta.

Estreou nas telenovelas em 1973, em Bandeira 2, de Dias Gomes, na TV Globo. Fez muito sucesso com a novela Roque Santeiro na qual deu vida o protagonista Roque Santeiro junto com Regina Duarte. Entre 1997 e 2002, dirigiu boa parte dos episódios do Sai de Baixo, além de ter participado de um dos episódios do programa, em 1997.

Entre seus papéis mais marcantes no cinema estão Tiradentes, no filme Os Inconfidentes, de 1972; Vadinho, do recorde de bilheteria nos cinemas Dona Flor e Seus Dois Maridos, de 1976; o político Tenório Cavalcanti de O Homem da Capa Preta, de 1986 e Antônio Conselheiro, de Guerra de Canudos, de 1997. Na minissérie JK, interpretou Juscelino Kubitschek mais velho, quando presidente da república.

Amante de cinema, tem aproximadamente quatro mil fitas em casa. Mostrou ao público essa faceta assinando uma coluna semanal sobre o assunto no Jornal do Brasil e fazendo comentários de filmes nos canais de televisão por assinatura Telecine da Globosat. É também comentarista oficial da transmissão da premiação do Oscar da Rede Globo.

Wilker é descendente de neerlandeses ("holandeses").[1] O primeiro casamento de José Wilker foi com a psicológa Elza Maria Barros da Rocha Pinto, professora do Instituto de Psicologia da UFRJ. De todas as relações que manteve com as mulheres de sua vida, esta foi a mais duradoura, pois permaneceu nela por doze anos. Depois deste casamento, José Wilker teve duas filhas: Mariana, com a atriz Renée de Vielmond, e Isabel, com a atriz Mônica Torres.

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Cora Coralina


Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Cora Coralina, uma das principais escritoras brasileiras, publicou seu primeiro livro aos 76 anos de idade.

Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.

É avó das jornalistas Ana Maria Tahan e Célia Bretas Tahan

Filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, Ana nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho, em casa comprada por sua família no século XIX, quando seu avô ainda era uma criança. Estima-se que essa casa foi construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa de Goiás. Começou a escrever os seus primeiros textos aos quatorze anos de idade, publicando-os nos jornais locais apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com Mestra Silvina. Publicou nessa fase o seu primeiro conto, Tragédia na Roça. Casou-se em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte, para o interior de São Paulo. Viveria no estado de São Paulo por quarenta e cinco anos, inicialmente nos municípios de Avaré e Jaboticabal, e depois em São Paulo, para onde se mudaria em 1924. Ao chegar à capital, teve que permanecer algumas semanas trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de 1924 haviam parado a cidade. Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a praça do Patriarca. Um de seus filhos participou da Revolução Constitucionalista de 1932. Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco. Mudou-se em seguida para Andradina, até que, em 1956, retornou para Goiás. Ao completar cinquenta anos de idade, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". Nesta fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás. Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada. Ela chegou ainda a gravar um LP declamando algumas de suas poesias. Lançado pela gravadora Paulinas Comep, o disco ainda pode ser encontrado hoje em formato CD. Cora Coralina morreu em Goiânia. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.
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Amigos

Mais uma carreta de livros está tomando rumo para a montagem de 20 Padarias Espirituais, pequenas bibliotecas comunitárias, em comunidades carentes, dessa vez em Juazeiro do Norte - Ceará..
Com esse projeto, a Fundação Enoch Rodrigues vai ajudando a semear cidadania através da leitura, dando oportunidade de acesso a bens culturais em comunidades não atingidas pelas redes de bibliotecas públicas.
Essa luta é de todos, e cada um pode fazer a sua parte, divulgando e doando acervos, criando uma nova maneira de inclusão social.

elmano rodrigues pinheiro

Mais um ano sem Francisco Carlos- por Norma Hauer


Foi a 19 de agosto de 2003 que faleceu aqui no Rio de Janeiro “El Broto”: Francisco Rodrigues Filho, conhecido como FRANCISCO CARLOS, cantor, galã e pintor.

No princípio destacou-se na Rádio Mayrink Veiga, no então famoso `Programa Casé .
Ficou conhecido em todo o Brasil, quando gravou “Meu Brotinho” (de Humberto Teixeira) passando a ser chamado de “El Broto”. Tinha apenas 22 anos.

No ano seguinte, já estreou no cinema, com o filme “Carnaval Atlântida”, de José Carlos Burle, trabalhando em seguida nas películas “Colégio de Brotos (56); “Garotas e Samba” (57) e “Esse Milhão é Meu” (58), todos sob a direção de Carlos Manga.
Fez grande sucesso com uma bonita valsa de Lamartine Babo e Alcyr Pires Vermelho “Alma dos Violinos”.

Em 1958 foi eleito “Rei do Rádio” e em 1962, fez parte de uma das caravanas que se apresentou na Europa, cumprindo a Lei Humberto Teixeira.

Em 1970 abandonou a carreira de cantor, dedicando-se somente à pintura.

Norma

Francisco Alves - por Norma Hauer

FRANCISCO ALVES - O REI DA VOZ

Foi aqui no Rio, no Largo da Prainha, ali entre a Praça Mauá e o bairro da Saúde, que FRANCISCO ALVES nasceu em 19 de agosto de 1898.
Francisco Alves foi um dos primeiros cantores a conhecer sucessos, antes mesmo da criação do rádio no Brasil.

Começou cantando em circos e teatros de revista, em 1918. Já em 1920 , em uma gravadora nova, artesanal, de nome POPULAR, de João Gonzaga (filho de de Chiquinha) fez sua primeira gravação com "Pé de Anjo", uma sátira de J.B.da Silva (Sinhô) ao grupo "Oito Batutas", de Pixinguinha.
"O Pé de Anjo" foi uma revista musical que estreou no Teatro São José e só depois a música-título recebeu uma gravação sendo o lançamento de Francisco Alves em disco.
Na outra face desse primeiro disco foi gravada "Fala, Meu Louro", também de Sinhô.

Nessa gravadora só lançou dois discos, passando depois para a Odeon, onde ainda se gravava mecanicamente e só quem possuía grande voz tinha condições de fazê-lo, como Chico Alves e Vicente Celestino.
A Odeon tinha um subsidiária de nome "Odeonete", onde Chico Alves gravou , ainda na fase mecânica.
Foi em 1927, novamente na Odeon, que Chico Alves gravou o primeiro disco, em gravação elétrica no Brasil . As músicas foram "Albertina" e "Passarinho do Má".
Francisco Alves ( e outros que estavam começando) no final dos anos 20, ainda não acreditavam no rádio (inaugurado em 1923) que de acordo com a lei de então só podiam executar músicas clássicas, seguindo o "slogan" de Roquette Pinto "pela cultura dos que vivem em nossa terra, pelo progresso do Brasil" . Achavam que música popular não era cultura.
Somente em 1929 Chico Alves começou sua carreira no rádio, mas foi um dos primeiros contratados da Rádio Mayrink Veiga, isso em 1933, quando passou a ser o "Rei da Voz", cognome dado por Cesar Ladeira.
Nessa época, já gravara mais de 100 discos e, embora falecido em 1952, foi o cantor que mais gravou em 78 rotações (500 discos) perto de 1000 músicas.

Francisco Alves inaugurou, em 25 de setembro de 1935, a Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, onde não ficou muito tempo.

Pouco após a inauguração da Rádio Nacional, em setembro de 1936, Francsico Alves transferiu-se para lá, fazendo parte de seu elenco até seu falecimento, em 27 de setembro de 1952, em um acidente automobilístico na Rodovia Presidente Dutra, quando regressava de um programa em São Paulo.
Seus programas na Nacional eram ao meio-dia de domingos, quando quase todos os receptores de rádio estavam sintonizados nos então 980 khz do prefixo PRE-8 Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
A locutora Lúcia Helena abria seus programas com a frase "ao juntarem-se os ponteiros na metade do dia, ao soar o relógio dando as doze badaladas, os ouvintes da Rádio Nacional também se encontram com Francisco Alves-o Rei da Voz".

Daí ele abria com: "na carícia de um beijo, que ficou no desejo, boa noite, meu grande amor", início da valsa de José Maria de Abreu e Francisco Matoso, "Boa-Noite amor".

Haveria muito a falar de Francisco Alves, afinal ele foi a mola-mestre que deu origem a tudo que veio depois dele no rádio, na música, no carnaval (grandes sucessos)...
"Com pandeiro ou sem pandeiro, ê,ê,ê, eu brinco;
Com dinheiro ou sem dinheiro,ê,ê,ê eu brinco..."

Alguns cantores também foram "descobertos" por ele, como Orlando Silva, João Dias... deu grande força a Carmen Miranda, no início de sua carreira, a Mário Reis, com quem gravou uma série de músicas.
O próprio Orestes Barbosa, jornalista e poeta, apareceu no meio musical quando Francisco Alves musicou-lhes seus poemas, sendo que o primeiro foi"A Mulher que Ficou na Taça"... Carlos Galhardo quando resolveu tentar o rádio, foi de Francisco Alves que se aproximou
Tendo falecido em 1952, quando a televisão ainda "engatinhava", não teve chance de fazer parte de sua programação.Nem chwegou a gravar LPs.
Em 1976 a TV Globo tinha um programa de nome "Sexta-Feira Súper" e ali foi feita uma homenagem especial a Francisco Alves.

Quatro cantores de seu tempo, fizeram depoimentos sobre ele e, em quarteto, cantaram "A Voz do Violão", algo inédito e único. Gravei essa apresentação ( em áudio, apenas) e tenho as vozes de Orlando Silva, Gilberto Alves,
Sílvio Caldas e CARLOS GALHARDO interpretando "A Voz do Violão".

"Eu tenho um companheiro inseparável
Na voz do meu plangente violão."

Manhã de 2ª feira, 29 de setembro de 1952...Um grande féretro, o primeiro em que se usou um carro do Corpo de Bombeiros, atravessa as ruas do Rio de Janeiro, da Cinelândia (Câmara Municipal) onde o que restou de seu corpo foi velado (havia morrido queimado) até o Cemitério São João Batista acompanhado de uma multidão a pé cantando...

"Adeus, adeus, adeus...
Cinco letras que choram
Num prelúdio de dor.
Adeus, adeus, adeus,
É como o fim de uma estrada
Cortando a encruzilhada.
Ponto final de um romance de amor.

Quem parte, tem os olhos rasos dágua
Ao sentir a grande mágoa
Por se despedir de alguém.
Quem fica, também fica chorando
Com o coração penando
Querendo partir também

Foi no enterro de Francisco Alves que, pela primeira vez, a Câmara Municipal abriu seu salão para o velório de um cantor e foi também, o primeiro féretro realizado em um carro do Corpo dos Bombeiros, seguido com o povo a pé, até o Cemitério de São João Batista.

Norma

Aracy de Almeida - por Norma Hauer

Aracy de Almeida - O samba em pessoa !

Um grande vulto de nossa música popular nasceu a 19 de agosto do ano de 1914: ARACY DE ALMEIDA, conhecida como a maior intérprete de Noel Rosa,com quem conviveu muito, freqüentando as tabernas da Glória e da Lapa.
Foi na antiga Rádio Educadora do Brasil, onde Aracy deu seus primeiros passos como cantora popular, depois de cantar em igrejas evangélicas, que ela conheceu Noel, travando com ele uma forte amizade até que ele partisse aos 26 anos, em maio de 1937.
Sua primeira gravação foi na Colúmbia, com o samba "Em Plena Folia", mas foi quando gravou, de Noel e Hervê Cordovil, o samba "Triste Cuíca" que seu nome apareceu entre as cantoras de sua época. Ainda em vida de Noel,gravou "Cansei de Pedir";"Amor de Parceria";"Palpite Infeliz";"O X do Problema"; Eu Sei Sofrer": e "Último Desejo". Já em 1938, depois de Noel morto, gravou "Século do Progresso"; "Feitiço da Vila";"João Ninguém" e "Filosofia".
Mais tarde, no fim dos anos 40, lançou 2 álbuns com 10 discos de 78 rotações somente com músicas de Noel.
Depois de Noel, foi Haroldo Lobo, em dupla com Milton de Oliveira quem mais deu músicas para Aracy, como "O Passarinho do Relógio";"Passo do Canguru", "Miau Miau"...
Aracy, quando ingressou na Rádio Mayrink Veiga, já com César Ladeira na direção artística da emissora, foi denominada por ele como "O Samba em Pessoa". De fato, foi a maior intérprtete de sambas no tempo áureo do rádio. Apesar disso, gravou uma canção "Mamãe Baiana" e um samba-canção bem triste "Pedro Viola".

Em sua comunidade já tive ocasião de citar um fato reverente que aconteceu com ela e o compositor Pedro Caetano (que conta este caso em seu livro "50 Anos de Música Popular".
Aracy,como muitos sabem e gostam de comentar tinha uns ares meio masculinos por ter sido a única filha mulher entre cinco irmãos homens. Embora nunca tivesse se casado teve um caso amoroso (e rumoroso) com um goleiro do Vasco da Gama, conhecido como Rei. Tivera uma forte briga com ele, caso que repercutiu nos jornais da época .

Pedro Caetano e Claudionor Cruz compuseram um samba de nome Engomadinho"
e levaram para Aracy gravar. Compareceram à gravadora e ela ainda não conhecia o samba, mas acreditava nos autores. No momento da gravação, lendo a letra do samba, disse "isso não gravo", exatamente na parte em que dizia "Rei do meu amor". Todos espantados perguntaram "por que?" Resposta: "Não quero dar cartaz àquele pilantra. Ou muda agora, ou..até amanhã. E ameaçou sair da gravadora.
-"Mas Aracy, disseram, não tem nada uma coisa com outra. Rei dos seresteiros nunca foi rei de futebol."
Aracy; não adianta, não vou dizer "rei do meu amor de modo nenhum"!

Foi difícil, mas Pedro Caetano mudou o último verso da última estrofe,que dizia:

"Rei dos seresteiros, rei do meu amor", para
"deste seresteiro, que é o meu amor."
Aí ela gravou.

Aracy tinha uma forte personalidade, os compositores cederam e o samba tornou-se um grande sucesso.

Em 1950, Aracy foi "de armas e bagagens" para São Paulo; ali apresentou-se em alguns programas de TV, como "Programa do Bolinha";"Buzina do Chacrinha"; "Almoçando com as Estrelas", de Aerton Perlingeiro" e alguns outros, mas ficou famosa como a jurada "rabugenta" dos calouros de Sílvio Santos. Dava sempre notas baixas aos "coitados" dos calouros. Mas essa era sua personalidade.

Aracy regressou ao Rio de Janeiro, já doente, ficando dois meses em coma, falecendo em 26 de junho de 1974 (sem completar 60 anos) em uma casa de saúde na Tijuca, sendo sepultada no Cemitério Jardim da Saudade

Norma

Fotos enviadas por Ismênia Maia

Ismênia, Socorro e Stela
Stela, Socorro, Vera Lúcia e Ismênia
Período de julho, no Crato

Jornal de Brasília - 19 ago. 2010

Gilberto Amaral

O prestígio do presidente Lula inegavelmente ultrapassa barreiras. Hoje ele será um dos entrevistados da mais famosa rede de TV americana CBS, no programa 60 minutos. Vai mostrar para os americanos e para o mundo as realizações de seu governo.

Edenia Bastos Marrul

Vida itinerante de uma bancária (XV) - por Socorro Moreira


Agosto de 1994

Aluguei um apartamento, no Bairro do Catolé,(Campina Grande) , antes da chegada do caminhão de mudanças. Rede armada, filhos em casa (com exceção do Caio, já casado), e garrafinhas de água mineral por todos os cantos. Sinto-me em paz. Sensação de leveza e liberdade, como se eu pudesse até morrer, naquele instante.
Estou trabalhando na plataforma de atendimento às pessoas jurídicas. Vendendo seguros, e aprendendo, inclusive, como se faz uma vistoria num carro. Sou boa vendedora, acho! Estou sendo designada para fazer cursos, em João Pessoa, e multiplicar as informações, em nível de Agência. Tenho contribuído, no atingimento de metas. Minha avaliação funcional é indicativa de cargos, na alta administração, e tenho a autonomia de quem sabe mandar, e sabe ser mandado. Minha aprendizagem como bancária, fechou o circulo!
O terrorismo é evidente. A política funcional cogita claramente, a supressão do seu quadro, na ativa. E chega o programa de demissões voluntárias. Posso me aposentar dentro de dois anos, e posso esperar esse dia, fora do Banco. Provavelmente fui impulsiva, quando fiz a minha adesão. Mas, senti necessidade de sair do contexto, que me parecia torturante. Não por mim, mas por muitos dos meus colegas. Campina Grande foi um pouso... Apenas isso!
Victor concluiria seu curso de Medicina em Fortaleza, e eu o acompanharia. André cursava Administração de Empresas, e poderia também ser transferido. Encaramos os três, a nova estrada do destino. Deixamos para lá a cidade de clima feliz, dos doces abacaxis, do forró diário, das vaquejadas, e dos repentes e seus violeiros.
Flávio José cantava algo, quando nos despedíamos de lá, sem saudades! O coração estava habituado a partir, e a deixar partir!
Fiquei por 5 anos em Fortaleza, quando em 2000, resolvi fixar residência, no meu torrão natal: Crato !
Foi a volta definitiva.

PARABÉNS FOTÓGRAFOS DO MUNDO e EM ESPECIAL, OS DO UNIVERSO CARIRI, POR DATA COMEMORATIVA!

Dia Mundial da Fotografia !

Por não ter olhar fotográfico, valorizo tanto ,quem tem  em si, a arte da Fotografia !
O Cariri  está repleto de grandes talentos , nesta área.
Parabéns aos registradores de fatos importantes , de belas imagens, de momentos  que se perpetuam !
Pachelly, Emerson, Telma, Edilma, Edilson, Samuel,Claude,  Júlio Saraiva, Diomedes, Nívia Uchôa,Heládio, Pedro Maia, entre muitos tantos outros !

Minha admiração sincera !

Sofia !

Sofia, num esforçado alongamento,
para ganhar a porta do mundo.
Com menos de dois anos, ela já sabe que:
a casa é seu útero;
a mãe, seu refúgio;
a irmã, sua boneca maior;
o pai, seu porto seguro , 
e as avós , o sinal verde para fazer travessuras !

Parabéns, Catarina Moreira e João Alfredo !

Mãe e filho, hoje aniversariam.
Aposto que tem bolo confeitado, na casa de Dona Valda.
Aposto que Catarina está brincando com Maria Clara
Aposto  que eles trerão muitos  aniversários em comum...
A vida é para ser celebrada,destarte as tristezas do mundo.
Vai pra vocês flores do meu afeto,
e um grande abraço !

Madrugada com Nara Leão

Um sonho de verão - com Nara Leão

***

Por causa de você - Nara Leão e Roberto Menescal

Você e eu - com Nara Leão


Só neste momento
- Claude Bloc -

De repente desaba o silêncio.
O silêncio sem ti,
o silêncio sem mim,
silêncio sonolento
sem luas.

Só agora desperta o sonho
e só neste momento,
nas minhas mãos,
ouço a música das tuas.



Claude Bloc