Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Xavier Cugat


Francesc d'Asís Xavier Cugat Mingall de Bru i Deulofe (Gerunda, 1 de janeiro de 1900 — Barcelona, 27 de outubro de 1990) foi um maestro catalão-cubano, um dos pioneiros na popularização da música latina nos Estados Unidos.

Cugat nasceu na Catalunha e quando tinha três anos, sua família se mudou para Havana, Cuba. Sempre propenso à música, foi morar em Los Angeles, Estados Unidos, onde ele trabalhou como cartunista no jornal Los Angeles Times durante o dia e como maestro de noite. Depois de alguns anos se apresentando em pequenos clubes na área de Los Angeles, Cugat finalmente teve sua oportunidade quando ele e sua orquestra um emprego na prestigiosa boate Coconut Grove em 1928.

Seu estilo musical popularizou-se e Cugat contribuiu para trazer a música latina para a atenção do público norte-americano. Nos anos 30 e 40, ele foi apelidado de O Rei da Rumba devido à popularização dessa dança. Em suas aparições em filmes, Cugat interpretava a si próprio, mesmo se o personagem tivesse outro nome que não o dele, e, junto de sua orquestra, apareceu em vários musicais memoráveis da MGM nos anos 40.
Após sofrer um derrame em 1971, Xavier aposentou-se e morreu Barcelona.

 Wikipédia

Minha geração amava a música latina . Aprendíamos a dançar pra colar feições e corações. Os pés pulavam fora do chão. Leveza era palavra de ordem.... Mas o tempo foi nos deixando pesados. Podia ser diferente...
A dança realmente estava no nosso  sangue . Ah, os bailes ... Disparos no coração, tremilicados nas pernas , e a vontade de que a música nunca  findasse, e que o poarceiro fosse sempre aquele : o mesmo !
Dançamos ao som do Xavier Cugat !  

Um pedaço do Rio. Um pedaço feliz ! - Presente de José do Vale Feitosa.





"O bom humor carioca ainda vigora. Apesar dos pesares deste mundo que tanto cresceu e da vida que tanto andou. Este  vídeo é dos sambistas aqui do Rio e foi muito cantado na orla ,no último domingo. Veja que turma, entre eles o Monarco."

José do Vale
Estou entusiasmada  pelo trabalho solidário e solitário  da Edilma Saraiva , em prol da  cultura do Cariri, sem deixar de considerar  os inúmeros apoios recebidos.
Reconheço como grandioso, o evento do próximo  dia 30 de Outubro.
Desejo-lhe , Edilma, o sucesso e o reconhecimento merecidos.
Vamos prestigiar o Salão de Outubro !
ela e eu
eu e ela
sonhando a semente da Arte
semeando sonhos de Beleza e Verdade...
Pintando e recriando a vida,
repisando passos passados
que o tempo desbotou...
Restaurando, reconstruindo
os castelos, os cabelos, os critérios...
Seguir, sempre seguindo e semeando
perguntas e destinos...
destemidos, ciganos,
sigamos!
avante!

Theotonio dos Santos resgata a alma de Fernando Henrique Cardoso - José do Vale Pinheiro Feitosa

A publicação de uma carta resposta de Theotonio dos Santos a Fernando Henrique Cardoso em razão da enviada por ele ao Presidente Lula, publicada no dia de ontem, deve bater no coração de alguns como mera diatribe eleitoral. Mas não é. Esta carta reflete a discussão central na América Latina desde os anos 60 e explica bem os motivos pelos quais a região desde esta época esteve sempre em pólos de tomada de rumos diferentes.

Quando Fernando Henrique, em má hora, mandou que esquecessem o que escrevera, mais do que um desvio pela direita, ela dava um vigoroso abraço no vazio de sua alma. Theotonio dos Santos veio salvar a alma de FHC muitos anos depois e muitos acharão que apenas esfarrapou a toga do sábio. Theotonio, num ato de bondade, contra todas as evidências, recolocou FHC no patamar intelectual que é o único patrimônio dele. O patrimônio da Teoria da Dependência do qual FHC era a ala direita e Theotonio, com Ruy Mauro Marini e Vânia Bambirra eram a esquerda.

Aliás, é bom que estudiosos do nosso Ceará visitem a obra de Ruy Mauro Marini, fácil de encontrar inclusive na internet, a maioria das quais publicadas no estrangeiro. Ruy era mineiro de Barbacena e passou a maior parte de sua vida no exterior, retornou ao Brasil após a anistia, pois fora exilado após tortura feroz no CENIMAR. É dele o cabedal da Teoria e junto com Theotonio e Vânia, as bases metodológicas para sua construção.

A teoria foi a primeira visão do subdesenvolvimento da América Latina feita por intelectuais do continente. A maioria tentava explicá-lo nos moldes que nos acostumamos e foi tão bem traduzido como complexo de vira-lata. Eles não ficaram olhando para a quantidade de melanina na pele das pessoas para explicar a miséria, culpando os portugueses e espanhóis por nos formarem ao invés de Ingleses e Holandeses. Aliás, um pensamento tão desprovido de sentido que apenas explicava o próprio subdesenvolvimento dele.

Para Ruy, Theotonio e Vânia havia uma divisão internacional do trabalho, uma relação do capitalismo mundial que criara uma dependência entre países centrais (América do Norte, Europa Ocidental e Japão) e países periféricos (América Latina, África e Ásia). Ao invés de se explicar pela condição agrário-exportadora era a dependência desta divisão que explicaria por que a burguesia nacional dos países periféricos mesmo dona de uma indústria poderosa, era sócia minoritária do capital multinacional, transferindo a mais-valia que tirava do trabalho aqui para o exterior.

Resultado, eles tinham que extrair mais valia do trabalho (superexploração do trabalho) do que fazia o capitalismo central. Agora com os EUA se vê que inclusive a riqueza na mão do trabalho explica a pujança das economias centrais. Os trabalhadores ao se tornarem consumidores no mercado, remuneram o capital. Aqui nos tristes trópicos nem isso era possível. Então a dependência era a causa do subdesenvolvimento e não os nossos pecados originais.

A teoria da dependência é discutida na CEPAL e entre os exilados latino-americanos no Chile. Neste momento cria-se um subgrupo discordante da teoria da dependência com Fernando Henrique Cardoso, Enzo Faletto e mais pontualmente José Serra. Para estes autores a crise de industrialização da região era do projeto do capitalismo nacional pautado na substituição de importações e sob a coordenação do Estado Nacional. O modo de resolver isso era aceitar a penetração do capital estrangeiro trazendo poupança, moeda mundial para superar a escassez nacional de divisas e tecnologia. Haveria crescimento econômico, melhoria da renda, dos padrões da população em seu conjunto e as desigualdades se reduziriam com políticas sociais impulsionadas por regimes democráticos. Reconhecem o governo FHC I e II? Isso estava pensado antes.

A diferença básica entre o grupo de FHC e o do Mauro é a mesma em debate nestas eleições. É a prova que os escritos de FHC não podem ser esquecidos. O grupo de Mauro não tem fé nesta racionalidade, ele observa a realidade e constata que o capital que aqui chega não representa uma poupança externa que se integra á economia local, ele tem a vocação dos drenos que carreiam todos líquidos por gravidade. Apenas vêm aqui para buscar lucros e excedentes a os carrear para seus centros de acumulação, fora da região.

Isso resulta numa sangria que não permite progresso às sociedades locais. Agora mesmo nesta crise cambial isso fica muito evidente. O déficit deste ano se deve especialmente à remuneração das multinacionais aos seus centros de direção. Quando lemos alguém falando em excesso de gastos, em flexibilização do trabalho, em “custo Brasil”, estamos escutando a voz da teoria da dependência segundo FHC e que traduz por dinâmicas muito claras em Ruy: redução salarial, aumento da jornada ou da intensidade de trabalho, sem a elevação salarial correspondente ao maior desgaste da força de trabalho.

A disputa eleitoral é esta mesma e o ideólogo de um dos lados é FHC que atacou fortemente as teses da Dialética da Dependência no CEBRAP. Marini responde com o livro As Razões do Neodesenvolvimentismo em 1978 denunciando os rumos conservadores de FHC quase vinte anos antes dele ser presidente da República no calor de um programa Neoliberal e com o objetivo de acabar a Era Vargas. Enquanto FHC ossificou seu pensamento Ruy Mauro Marini evoluiu e analisou muito bem a nova divisão do trabalho construída nos anos 70/80.

Em Processo e Tendências da Globalização Capitalista, começa a observar que o modelo do pós-guerra esgotou-se e que o capitalismo central começara a superexploração do trabalho também em seus territórios. O mecanismo acontecia por intermédio das multinacionais do seguinte modo: elevação da tecnologia de suas unidades produtivas nos países dependentes subordinadas às inovações geradas nas matrizes. Isso resulta numa estratégia global combinando tecnologia de ponta, superexploração do trabalho na periferia e semiperiferia para quebrar as burguesias estritamente nacionais dos países centrais levando ao rebaixamento do preço da força de trabalho, também nos países centrais.

Vejam como este modelo explica muito bem o papel que tem a China e muitos países asiáticos nisso tudo. Além, é claro da América Latina e África. Por isso é que os trabalhadores franceses estão em levante, é reflexo desta estratégia. Outro dia escrevi aqui nestes blogs um texto chamado “Olhem eles aí de novo” em que resumia isso aqui, nos EUA e na França.

FHC, que estará á frente de uma passeata do final da campanha de Serra, além de representar um pensamento conservador, também represente uma leitura equivocada do Brasil e isso o Theotonio do Santos demonstra. Mas ao fazer isso, volta a dar conteúdo àquele que nos pedira para esquecer a coisa que torna humano um individuo: seu pensamento.

POLITICA E LIBERDADE?




"A liberdade de expressão e informação, consagrada em textos constitucionais, sem nenhuma forma de censura prévia, constitui uma característica das atuais sociedades democráticas. Essa liberdade é, inclusive, considerada como termômetro do regime democrático.

A liberdade de expressão e informação encontra-se, outrossim, expressa em vários documentos internacionais: a Declaração dos Direitos Humanos de 1948, aprovada pela ONU (art. 19); o Convênio Europeu para a proteção dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais, aprovado em Roma no ano de 1950 (1 e 2); mais recentemente, a Convenção Americana de Direitos Humanos -Pacto San de José da Costa Rica.

A liberdade de expressão e informação compreende a faculdade de expressar livremente idéias, pensamentos e opiniões, bem como o direito decomunicar e receber informações verdadeiras sobre fatos, sem impedimentos nem discriminações (7).

Com base no mencionado conceito, a doutrina e a jurisprudência . têm assentado a relevante distinção entre liberdade de expressão e direito ainformação.

O objeto da liberdade de expressão compreende os pensamentos, idéias e as opiniões, enquanto que o direito à informação abrange a faculdade de comunicar e receber livremente informações sobre fatos, ou seja, sobre fatos que podem ser "considerados noticiáveis". (8)

A referida distinção entre liberdade de expressão e direito à informação revela-se de grande importância para a densificação do âmbito deproteção,(9) bem como para a demarcação dos limites e responsabilidades decorrentes do exercício desses direitos fundamentais. Por exemplo, enquanto os fatos são susceptíveis de prova da verdade, as opiniões ou juízos de valor, devido à sua própria natureza abstrata, não podem ser submetidos à comprovação. Resulta que a liberdade de expressão tem o âmbito de proteção mais amplo do que o direito à informação, vez que aquela não está sujeita, no seu exercício, ao limite interno da veracidade, aplicável a este último.

O limite interno da veracidade, aplicado ao direito à informação, refere-se à verdade subjetiva, e não à verdade objetiva. Vale dizer, no Estado Democrático de Direito o que se exige do sujeito é um dever de diligência ou apreço pela verdade, no sentido de que seja contactada a fonte dos fatos noticiáveis e verificada a seriedade da notícia antes de qualquer divulgação. Em resumo, a veracidade que o direito à informação implica constitui um problema de deontologia profissional.

No âmbito da proteção constitucional ao direito fundamental à informação estão compreendidos tanto os atos de comunicar quanto os dereceber livremente informações pluralistas e corretas. Com isso, visa-se a proteger não só o emissor mas também o receptor do processo da comunicação.

No aspecto passivo dessa relação da comunicação, destaca-se o direito do público de ser adequadamente informado, tema sobre o qual RUI BARBOSA já chamava a atenção em sua célebre conferência "A imprensa e o dever de verdade" (10) e que, atualmente, invocando-se a defesa dos interesses sociais e indisponíveis, desemboca na tese de que o direito positivo brasileiro tutela o "direito difuso à notícia verdadeira". (11)

Se a liberdade de expressão e informação, nos seus primórdios, estava ligada à dimensão individualista da manifestação do pensamento e da opinião, viabilizando a crítica política contra o ancien régime, a evolução daquela liberdade, operada pelo direito/dever à informação, especialmente com o reconhecimento do direito ao público de estar suficiente e corretamente informado; àquela dimensão individualista-liberal foi acrescida uma outra dimensão de natureza coletiva: a de que a liberdade de expressão e informação contribui para a formação da opinião pública pluralista - esta cada vez mais essencial para o funcionamento dos regimes democráticos, a despeito dos anátemas eventualmente dirigidos contra a manipulação da opinião pública. Assim, a liberdade de expressão e informação, acrescida dessa perspectiva de instituição que participa de forma decisiva na orientação da opinião pública na sociedade democrática, passa a ser estimada como um elemento condicionador da democracia pluralista e como premissa para o exercício de outros direitos fundamentais. Em conseqüência, no caso de pugna com outros direitos fundamentais ou bens deestatura constitucional, os tribunais constitucionais têm decidido que, prima facie, a liberdade de expressão e informação goza de preferred position".

Detive-me atentamente a ler os comentários e as sucessivas réplicas em razão de um texto postado pelo meu estimado amigo Elmano Rodrigues Pinheiro envolvendo uma questão de falta de apoio a um artista expressivo no âmbito cultural da nossa terra amada. O que me deixa sempre alarmado é a maneira quase hostil e até com certo ranço totalitário que venho denunciando nas práticas políticas do PT, por exemplo, mas não privilégio somente desse partido. O extrato do texto acima do Prof. Luis Demo (Direito Constitucional – UFRN), serve-me de ponto de apoio para reafirmar a LIBERDADE de EXPRESSÃO e a de IMPRENSA, bem inalienável em defesa do povo e da Democracia. Lembro que, ao decidir entrar na vida pública seja qual for o cargo ou escalão, o cidadão está inexoravelmente no foco das atenções e abaixo da lei. E deve ter ciência de que suas ações, sua vida política e os atos que dizem respeito a POLIS e aos CIDADÃOS serão alvo de CRÍTICAS, positivas ou não, ANÁLISES e cobranças. Cabe ao mesmo ou à sua equipe fazer a réplica dentro dos preceitos democráticos com firmeza até. Demonstrar suas teses, mas jamais com o ressentimento, o ódio ou qualquer sentimento menos nobre. Deve expor e demonstrar com argumentos e fatos e, se possível, documentando a sua “defesa”. Ora, convenhamos, ainda não somos o ESTADO BOLIVARIANO, não estamos em um estado ditatorial, de exceção, Autocrático e incentivando o culto a personalidade sim! Admiro a maneira conciliadora e ética quando o Dihelson Mendonçaa e outros amigos mais fazem suas colocações, mesmo pertencendo de alguma forma à Administração atual e confessando sua admiração por determinadas pessoas em cargo público ou ligados a este. Ele rebate sem ferir a dignidade de ninguém e reconhecendo que embora tenha havido avanços há MUITO ainda a FAZER na área da Cultura. Concordo plenamente com Elmano Pinheiro. Existem manifestações culturais esquecidas que não recebem o apoio devido e merecido. Existem entidades culturais no Crato recebendo parcos e irrisórios recursos em contraponto com o muito que realizam. Peço-te meu caro Dihelson que não diga: que embora da terra, vivemos afastados dela e não estamos a par. Eu por exemplo, nunca “saí do Crato” embora esteja fora. Procuro diariamente me por a par de tudo o que acontece no meu pé de serra com relação à administração da cidade, os movimentos políticos, às pessoas e tendências, a vida cultural, artística e religiosa e sempre que posso me faço presente. E se querem saber estou pensando seriamente em VOLTAR pra minha terra e dar minha contribuição ao soerguimento do que foi a Princesa do Cariri.

E adianto mais, pretendo juntar-me a todos os companheiros, forças políticas e amigos em busca desse ideal. Serei um crítico ácido, mordaz dentro do jogo democrático. Vou aplaudir quando merecido e criticar veementemente em todos os veículos a que tiver acesso quando notar que a COISA PÚBLICA esteja sendo esmagada, esquecida, vilipendiada. Com elegância, cortesia, sem agressividade, elegância no trato, Não sei de onde veio essa idéia na qual as pessoas não conseguem separar, opinião, linha de ação política, ética, moral, com A PESSOA QUE FALA. Amigos deixam de serem amigos porque defende tal partido, alguma idéia, ou não concordam com fulano. Mas quem disse que teremos unanimidade em alguma coisa? Podemos ter a maioria, o que nem sempre quer dizer que estaremos totalmente certos. Respeito, cordialidade, e educação para ouvir os contrários. Responder sem ferir a dignidade de ninguém. Essa é a linha a seguir. Acordem as forças políticas! As lideranças das grandes famílias da minha terra! Os políticos, aqueles que só vêm ao Crato pedir voto em época de eleições, e alguns nem são da terra vocês serão cobrados do compromisso assumido. Muitos estão com sua inércia e falta de tino administrativo contribuindo para a degradação territorial, urbanística, cultural, financeira e econômica da nossa URBIS. Nossa gloriosa e orgulhosa terra de Bárbara de Alencar. Crato não é o quintal de Juazeiro. Nós somos o coração do Cariri! Nós somos o berço da cultura e de tudo o que existe hoje nessa microrregião. Tudo nasceu dessa terra e vocês ficam se digladiando por assuntos banais enquanto eles riem lá do outro lado e vão levando tudo para além do São José. Não estou pregando uma cruzada separatista, isso é história pra boi dormir. Se pretendermos ser uma região de desenvolvimento integrado e sustentável sente-se à mesa e discutam conosco um tratamento isonômico, igualitário, respeitando as diferenças e estruturas municipais. Mas não venham passar a mão sobre a cabeça de um “piquizeiro” e oferecer “alfinim”. Porque agora senhores, nós vamos lutar pela nossa terra e a dignidade de nossa gente!


Nilo Sérgio Duarte Monteiro

Chuva Cedinho. Liduina Belchior.

Hoje amanheceu chovendo e eu peguei minha sombrinha licenciada desde junho aproximadamente e fui em direção a condução do Colégio que trabalho recentemente.Lá encontro crianças e adolescentes querendo ainda estar na cama, com carinhas de sono achando essa "odisséia"de acordar,se arrumar, e ir para a escola sério problema infanto/juvenil; próprio da turma "teen".

Ouvi algumas reclamações do tipo: " Essa chuva poderia ser no sábado ou no domingo,"cara"! "Porque nessa hora estávamos cobertor abaixo, sem hora para acordar"...

Eles estão no palco da vida, ensaiando para a próxima fase adulta de suas existências. Cada um encontra-se em busca de sua identidade de cidadãos do mundo.
Cidadão familiar,
cidadão social,
cidadão político,
cidadão profissional e
cidadão provedor de sua futura prole.

Durante o percurso (Crato/ Juazeiro), olho para alguns rostos e vejo que eles possuem: alma, sensibilidade, expectativas mil e uma vida em curso. Todos construindo sua particular história.

Sigam em frente meninos, meninas e adolescentes. O planeta os espera. Mostrem garra, coragem e zelo para com o mesmo. um futuro não muito distante, espera vocês na próxima esquina.

Sejam felizes!


O pau de aroeira no lombo de quem mandou dar - José do Vale Pinheiro Feitosa

A Folha divulga uma falcatrua na licitação da linha 5 do metrô de São Paulo. O governador Alberto Goldman suspendeu os resultados, após ter assinado o contrato, em razão da matéria do jornal. A reportagem soubera do resultado viciado da licitação, registrou em vídeo e em documentos em um cartório, antecipando os vencedores dos lotes 3, 4, 5, 6, 7 e 8. Também acabou por acertar o nome do vencedor do lote 2, o consórcio Galvão/ Serveng, Tão logo o processo se concluiu com a contração das obras, liberou a matéria.

A licitação foi aberta em outubro de 2008 e realizada no mandato de José Serra, antes deste sair para concorrer à Presidência da República. Os setes lotes consumiriam o montante de R$ 4,4 bilhões. Portanto o dano aos cofres da sociedade é imenso.

A principal evidência é que grandes empreiteiras (as quatro grandes como chama o jornal: Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez e Metropolitano (Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão) tenham formado um cartel e combinado os vencedores. O dinheiro é público e as empreiteiras é que determinam quando e onde gastar, usurpando o poder constituído.

O didático deste caso é que a imprensa tem de ultrapassar este círculo de giz de apenas acusar os políticos e os agentes públicos, tem de envolver os agentes corruptores. Este até como causa e desencadeadores do processo precisam ser severamente punidos. Não basta punir as empresas, como envolver os sócios e os executivos na punição. E punição é da sociedade e em nome dela o Poder Judiciário.

O que podemos fazer no campo da política é denunciar que não basta ficar se digladiando na televisão para saber qual lado em disputa é mais corrupto. Ontem no debate dos dois candidatos à presidência foi o mote principal. O fato de agora o pau de aroeira cair nas costas de quem mandou dar é bem significado. Ficar trocando escândalos como se troca figurinha de coleção é a senha para deixar o jogo sujo dos corruptores a solta.

O “udenismo” na política tende a ser estéril. Não evolui, serve apenas para derrubar os adversários. O PT praticou isso com efusão no passado a ponto de Darcy Ribeiro ter alcunhado que eram a “UDN de Macacão”. O PSDB que já fora alvo de tremendas ilações de corrupção quando comandou a república por oito anos, nos oito seguinte se tornou a “UDN de paletó e gravata”.

Não é possível que a política nacional continue esta animação de circo trocando Erenices por Paulos Pretos. E a crise mundial do capitalismo? E o problema do câmbio? E progresso das pessoas? A educação, a saúde, a segurança pública, a infra-estrutura deficitária do país. Ou então, por que não se abordam medidas democráticas para fazer valer a punição da esperteza das empreiteiras?

Ontem , 25 de Outubro- Dia do Dentista - por Norma Hauer


Hoje, 25 de outubro é comemorado o Dia do Dentista. E por que essa data?
Porque foi em 25 de outubro de 1884 que, através de um decreto (n° 9311), foram criados cursos de Odontologia aqui no Rio de Janeiro e na Bahia.
Anos depois, o Conselho Federal de Odontologia tornou a data oficialmente como “Dia do Dentista” para que comemoremos nossa data (sou dentista, mesmo estando aposentada). Apesar da importância da profissão, os clientes não gostam de se aproximar (e muito menos sentar) em uma cadeira de Dentista. Mas que fazer?
E aquele “motorzinho”? E os boticões? E a agulha da anestesia? E aqueles instrumentos todos?...É, de fato, não é fácil suportá-los...
Trabalhei com crianças. Já pensou, aquele serzinho sentar tão novinho naquela “cadeira elétrica” ? Era preciso, paciência de um lado e “coragem”do outro. Mas dava para se harmonizar.

Há uma música, de cujos autores e intérprete não me lembro , aliás, penso que nunca soube quem eram, mas a letra é assim:

“Eu nasci “pelado” e só...
Como todo mundo.
Hoje eu uso um paletó,
Como todo mundo...
Também tenho dor de dente,
Como todo mundo...
E tenho horror de dentista também
Como todo mundo tem.”

Recebido por e-mail

Carta aberta a Fernando Henrique Cardoso

O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999. Outro mito é que seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Um governo que elevou a dívida pública do Brasil de 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? O artigo é de Theotonio dos Santos.
Theotonio dos Santos

Meu caro Fernando,

Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960. A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete contudo este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender por que você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependencia: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).

Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.

O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartilhar com você… Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.

No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?

Conclusões: O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.

Segundo mito; Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.

E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos para, em seguida, depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a juros nominais de 3 a 4%, não pode fugir do fato de que criou uma dívida colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir o déficit que gerava.

Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou dráticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. Vergonha, Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identificar com o seu governo…te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.

Terceiro mito – Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição ns 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.

Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em conseqüência deste fracasso colossal de sua política macro-econômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa.

Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar… Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este país.

Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.

Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.

Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a freqüentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.

Com a melhor disposição possível mas com amor à verdade, me despeço

thdossantos@terra.com.br
http://theotoniodossantos.blogspot.com/

(*) Theotonio Dos Santos é Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Cátedra da UNESCO e da Universidade das Nações Unidas sobre economia global e desenvolvimentos sustentável. Professor visitante nacional sênior da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Abismos - Por Ana Cecília S.Bastos


Algo descama e desce, inevitável e incontrolável como uma menstruação.

Tenho imagens e palavras, poemas que se insinuam, enquanto o tempo escasseia.

Quero escrever, mas estou sem sentidos.

Minha emoção em desterro me abisma na ausência da cidade da Bahia.

Ladeiras, abismos, sinuosidades:
água terra, isso me alaga e me define, a Bahia,
em todos os seus tempos de ser e de não ser.

A dor se extingue, lenta, inexoravelmente, deixando-me tão deserta quanto antes.


Ana Cecília

Saudades de Ana Cecília !




Ana Cecília de Sousa Bittencourt Bastos

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (1976), mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Bahia (1986) e doutorado em Psicologia pela Universidade de Brasília (1994). Em 2005, realizou um estágio pós doutoral com os professores doutores Jaan Valsiner (Clark University), Ana Maria Almeida Carvalho (USP/UCSAL) e Ângela Branco (UnB). Atualmente é Professora Associada II da Universidade Federal da Bahia, recentemente aposentada, e participa, nessa condição, dos programas de pós-graduação em Psicologia e em Saúde Coletiva, na mesma Universidade. Sua experiência de pesquisa situa-se na interface entre a Psicologia Cultural do Desenvolvimento e a Saúde Coletiva. Ao longo de sua trajetória, sempre interessada no estudo do desenvolvimento em contexto cultural, e apoiada sobretudo em metodologias de cunho etnográfico, trabalhou em duas vertentes principais: (a) a análise de fatores e mecanismos de risco-proteção presentes em trajetórias de desenvolvimento, considerando especialmente a realidade da infância e da adolescência em diversos contextos (família, escola, relacionamento com serviços de saúde e projetos sociais) e (b) a análise de transições desenvolvimentais, considerando a família enquanto contexto cultural de desenvolvimento, focalizando a interligação entre idéias parentais e práticas ligadas à criação de filhos, e propondo a categoria "modos de partilhar" para descrever processos pelos quais a criança torna-se membro da família. Mais recentemente, volta-se para analisar transições desenvolvimentais com uma diferente ênfase, numa perspectiva intercultural e tomando como eixo principal o estudo da memória autobiográfica, com base na narrativa de mulheres de diferentes origens e circunstâncias sobre gravidez e parto. A análise desse material orienta-se para a identificação dos processos semióticos presentes na construção cultural da parentalidade. Esta investigação nasce de uma significativa e continuada parceria com os professores doutores Jaan Valsiner e Roger Bibace (Clark University) e Elaine Rabinovich (UCSAL).


http://lattes.cnpq.br/7406825750662792

Felicidade x Alegria x Risos X Riscos- por Socorro Moreira



Depois de uma noite bem dormida , ao som da canção da chuva, acordei com vontade de fazer... Fazer comidinhas pra quem não tem amor , pelo menos nas proximidades.
E começaram a sair os pratos, nunca planejados: Bobó de camarão ( inhame no lugar do aipim), macarrão caseiro, arroz integral,gelatina de todas as cores, e bolo de laranja com cobertura de chocolate.Certamente receberei convivas inesperados. Que cheguem os carentes amorosos , e se deliciem com os meus doces. Forma singela de arrancar um suspiro satisfeito  de um amigo.
O Vic está numa fase de sorrir à toa. Disse brincando ou falando sério: "os loucos riem sozinhos porque só eles entendem a piada". Serão alegres nesses intervalos ? 
Outro amigo já dizia-me : só dói quando eu rio..""
Eu vejo a felicidade como uma criança , que já nasceu grande, e nunca vai crescer. Tem a inocência  de tudo que seja arriscoso; cantarola, brinca de faz de conta, mama, e dorme !
Eu vejo a felicidade brilhando nos olhos apaixonados. Parece que o tempo não existe, e aquele sentimento nunca vai passar...
Eu vejo a felicidade nos olhos serenos de numa mulher depois dos oitenta. A paz do dever cumprido. A quitação completa dos saques efetuados pela vida,  e o presente  dos créditos arrebanhados.
O presente maior é qualidade de vida. Ver a prole realizada e feliz. Só chorar de alegria.
Ai, meu Deus do Céu... Felicidade é utopia !

O riso que mascara o problema. 
O semblante suave da superação
O cansaço bendito da realização.

Assim encontrei Edilma, na noite de ontem.

Assim escutei Abidoral  e o seu violão, abrindo exceção para umas bossas, e umas músicas de Cartola.
Somos todos felizes?
Vamos engrossar o caldo das nossas alegrias. vamos  plasmar a felicidade por horas, por dias, até o fim das nossas vidas, no mínimo do País !.

Texto  também dedicado a uma pessoa que sabe passar alegria : Fátima Figueirêdo !


Correligionários começam a jogar pedras no candidato da oposição - José do Vale Pinheiro Feitosa

Na verdade a decisão das eleições acontecerá apenas no domingo. Os candidatos, a militância e toda máquina montada da campanha continuarão ativos até o domingo à noite. Depois a militância de um dos lados comemora, a outra lamenta, mas vida que segue. Apenas quero dizer que nada ainda decidiu-se. Isso o eleitor é quem dirá e não a opinião de quem quer que seja.

De qualquer modo não deixa de ser estranho que um articulista da Folha de São Paulo, que tanto agrediu a situação nesta disputa, publique o que publica. Além de quase afirmar o que ocorrerá no próximo domingo, ele começa a pôr a culpa em José Serra. Que por ser o candidato se torna o alvo, mas não é apenas ele: é o PSDB e os partidos coligados. Além dele são os mecanismos criados pela internet, são instituições ou partes delas escolhendo temas e veiculando, são as pessoas que acreditam na prática, enfim, é uma imensidão que caberia em tal qualifação do Fernando de Barros, que pega mal este tipo de jogar pedra no Serra.

Aliás isso já será a antecipação do que os correligionários dirão do candidato caso ele não vença. Leiam o artigo da Folha:

Da Folha

FERNANDO DE BARROS E SILVA

Jogo estranho

SÃO PAULO - Este foi um segundo turno estranho. Digo "foi" porque há a sensação de que, além de estranho, já acabou. Por exaustão. Por carência de ideias. Por excesso de chatice. Pelas falsas polêmicas...

Acabou, antes de mais nada, porque Dilma Rousseff deve ser eleita no domingo, a não ser que José Serra produza em cinco dias o milagre que não foi capaz de fazer desde que se lançou, em abril.

Tem-se, hoje, a impressão de que o tucano não encontrou o tom da campanha e esgotou suas armas. Quais foram elas? Um capacete na cabeça e um crucifixo na mão.

Insistência no tema do aborto, com o trololó religioso que durou semanas, e a valorização estridente da agressão de que foi vítima no Rio são sintomas de um candidato sem foco, desesperadamente em busca de algo em que se agarrar.

Só isso explica, também, o acesso populista do tucano austero, que promete elevar o salário mínimo a R$ 600, aumentar em 10% o valor da aposentadoria e pagar 13º para os beneficiários do Bolsa Família. Serra quis parecer o Lula do Lula.

Mobilizando a agenda conservadora ou mimetizando a pauta petista, o tucano apostou sempre e tão somente em si mesmo, na sua capacidade de fazer, mandar, decidir.

Pode soar estranho, porque se trata de um personagem doente de tão racional, mas Serra é um candidato com forte traço messiânico.

Mas o que ou quem ele quer salvar? Os pobres? A democracia? Os valores da família? A nossa fé? Apesar de ser mais aparelhado do que sua adversária, o tucano se desvirtuou no processo eleitoral, sem, no entanto, conseguir romper o encanto do lulismo nem propor uma discussão séria do país, que fosse além da sua obsessão pessoal.

Parece mais fácil (é essa a inclinação da maioria) atribuir a provável derrota tucana aos "erros" do candidato, e não às dificuldades objetivas de enfrentar a escolhida de Lula na conjuntura atual. Serra colaborou para que as pessoas cometessem essa injustiça com ele.

Esses "inquebrantáveis" laços afetivos - José Nilton Mariano Saraiva

Ainda sobre o tal Paulo Preto, um dos principais arrecadadores da campanha do José Serra (que o PSDB agora tenta “esconder/blindar” de qualquer maneira) e que, distraida e inadvertidamente, teria surrupiado/desviado “irrelevantes” R$ 4 milhões da campanha tucana: o genro querido, Fernando Cremonini, é dono – em São Paulo - de uma empresa de aluguel de mega-guindastes de 30 toneladas, que aluga 24 horas por dia. Para quem ? Para as empreiteiras da Rodoanel, portentosa obra que até poucos dias atrás era comandada pelo sogrão. Basta conferir. A empreiteira chama-se PESO POSITIVO e tem entre seus clientes apenas as empreiteiras que trabalham na Rodoanel, além da marginal do Tiete e a obra conhecida por Jacu Pêssego (todas supervisionadas pelo sogro). Vejam a data de fundação da empresa na Junta Comercial e a assunção do cargo na Dersa pelo Paulo Preto. Arquivos da Junta Comercial de São Paulo mostram que a empresa foi constituída em 30 de julho de 2003, com capital social de R$ 100 mil. Os dois únicos sócios da Peso Positivo são o empresário Fernando Cremonini (o dileto genro do homem), dono de 99% do capital - e a excelentíssima senhora Maria Osminda Vieira de Souza, mãe de Paulo Preto (ô filhão magnânimo), que detém o restante 1% das ações da empresa. Isso, SIM, é que é uma família que reza (e age) unida.
Nunca é demais lembrar (só pra refrescar a memória dos que sofrem lapsos de amnésia), que Paulo Preto recentemente foi preso e chegou a dormir na cadeia em razão da receptação de uma jóia roubada (um "braceletesinho", cravejado de brilhantes, pelo qual pagou “módicos” - para ele - R$ 20 mil reais), e que seria presenteado à espôsa no dia dos namorados.
Conclusão ??? São esses inquebrantáveis "laços afetivos" que às vezes atrapalham.
Né, não ???

Belo Xote

Afinal
- Claude Bloc -


entre o começo e o final de tudo
que há em mim
essa espiral vai
consumindo
o sonho
até
o
fim
.

Claude Bloc

Belchior

Uma canção que se eternizou !



Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes (Sobral, 26 de outubro de 1946) é um cantor e compositor brasileiro. Foi um dos primeiros cantores de MPB do nordeste brasileiro a fazer sucesso nacional, em meados da década de 1970.
Faz tempo ele desapareceu  das nossas preferências musicais .....

26 de Outubro - Aniversário do Milton Nascimento!





Quem sabe isso quer dizer amor
Milton Nascimento
Composição: Márcio Borges e Lô Borges

Cheguei a tempo de te ver acordar
Eu vim correndo à frente do sol
Abri a porta e antes de entrar
Revi a vida inteira

Pensei em tudo que é possível falar
Que sirva apenas para nós dois
Sinais de bem, desejos vitais
Pequenos fragmentos de luz

Falar da cor dos temporais
Do céu azul, das flores de abril
Pensar além do bem e do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu
O mundo lá sempre a rodar
E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
Estrada de fazer o sonho acontecer

Pensei no tempo e era tempo demais
Você olhou sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça

Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar

Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá sempre a rodar,
E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
Estrada de fazer o sonho acontecer

Caririando - Por Tânia Peixoto




Deslumbrei-me ao ver o céu do meu Cariri ontem, com o anúncio do crepúsculo. Cores intensas nos céus das nuvens e do sol.