Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

terça-feira, 16 de março de 2010

Instrumental & Qual - O Som da Terra nº 5


Programa radiofônico de música instrumental que será veiculado nesta quarta, dia 17/03, das 14 às 15 horas, pela Rádio Educadora do Cariri AM 1.020 e Internet (cratinho.blogspot.com) .

Roteiro musical (composições e intérpretes)
1. Bourée (Jethro Tull)
2. Woodward Avenue (Yusef Lattef)
3. Maracangalha (A Cor do Som)
4. Mountain (Chick Corea e Béla Fleck)
5. Um bilhete pra Didi (Novos Baianos)
6. Verano Porteño (Astor Piazzolla)
7. 1x0 (Pixinguinha)
8. I Wish (Najee Rasheed)
9. Serenata no Joá (Leo Gandelman)
10. Peter Gunn (Henry Mancini)
11. Trenzinho do Caipira (Egberto Gismonti)

Ficha Técnica
O programa Instrumental & Qual – O Som da Terra é uma produção das Officinas de Cultura e Artes & Produtos Derivados (OCA) e revista virtual Cariricult, com apoio do Centro Cultural Banco do Nordeste em parceria com a Rádio Educadora do Cariri AM 1.020.
Redação e programação musical: Luiz Carlos Salatiel, Dihelson Mendonça e Carlos Rafael Dias.
Apoio logístico: Guilherme Farade e Amilton Som - CDs, DVs e Acessórios.
Apresentação: Carlos Rafael Dias.
Operador de Áudio: Iderval Silva.
Operador de transmissão: Iran Barreto.
Gerente do Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri: Lenin Falcão.
Direto da Rádio Educadora do Cariri: Geraldo Correia Braga.

Fique ligado!

Por Heládio Teles Duarte

Tempestade no final da tarde.
Cheiro de terra molhada, cheiro de chuva no chão !

*As imagens captadas pelo olhar fotográfico de Heládio , açucam nossa nostalgia, e aguçam também a nossa alegria de morar ou pertencer a esse pedaço do Planeta, que se chama Crato (Cariri) .

Haja Fôlego - Luís Fernando Veríssimo



Exigências da vida moderna (quem agüenta tudo isso???)

Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.
E uma banana pelo potássio.
E também uma laranja pela vitamina C.

Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água.
E depois uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).

Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também.
Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.........

Todos os dias deve-se comer fibra.
Muita, muitíssima fibra.
Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente.
E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada.
Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia. UFA !!!

E não esqueça de escovar os dentes depois de comer.
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax.
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia. CAGANDO NÉ !!!

Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma.
Sobram três, desde que você não pegue trânsito. TÁ DIFICILLLLL

As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia.
Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).

E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar das minhas amizades quando eu estiver viajando.

Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.

Ah! E o sexo!!!!
Todos os dias, um dia sim, o outro também, tomando o cuidado de não se cair na rotina.

Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução.

Dizer EU TE AMO,

toda hora, ''ainda pego quem inventou essa neura...que saco!!!''

isso leva tempo e nem estou falando de sexo tântrico.

Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação. se tiver tem que brincar com ele, pelo menos meia hora todo dia, para ele não ficar deprimido....

Na minha conta são 29 horas por dia.

A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!!!

Tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes ao mesmo tempo.

Chame os amigos e seus pais, seu amor, o sogro, a sogra, os cunhados...
Beba o vinho, coma a maçã e dê a banana na boca da sua mulher. Não esqueça do EU TE AMO, (Vou achar logo quem inventou isso, me aguarde).

Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.

Agora voce tá ferrado mesmo é se tiver criança pequena, ai lascou de vez, porque o tempo que ia sobrar para voce, meu... já era. Criança ocupa um tempo danado.

Agora tenho que ir.

É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro e correndo.

E já que vou, levo um jornal...

Tchau....

Se sobrar um tempinho, me manda um e-mail.

Luís Fernando Veríssimo

Poema em homenagem aos mortos da Rússia, China e Cuba.

Quando eu estiver ferido Maria,
Correres sem parar, não olhas para trás
Que as medusas e os falsos profetas
Ameaçam, mas não ferem,
Amedrontam mas não vencem.
Quando meu sangue correr,
E verter sobre o prado a grossa
Essência do meu ser, corre, voa lépida
Sem pavor, pois não há o que temer
Pois o sangue florescerá na próxima rosa
E nesta rosa estará meu ser.

Nat King Cole


Nat King Cole, nome artístico de Nathaniel Adams Coles, (Montegomery, 17 de março de 1919 — Santa Mônica, 15 de fevereiro de 1965) foi um cantor e músico de jazz norte-americano, pai da cantora Natalie Cole.

Sua voz marcante imortalizou várias canções, como: Mona Lisa, Stardust, Unforgettable, Nature Boy, Christmas Song, "Quizás, Quizás, Quizás", entre outras, algumas das quais nas línguas espanhola e portuguesa.

Suas músicas românticas tinham um toque especial junto a sua voz associada ao piano, tornando-o assim um artista de grande sucesso.

Nat King Cole aprendeu a tocar piano na igreja onde seu pai era pastor. Desde criança ele esteve ligado à música, tocando junto ao coral da mesma igreja. Desde cedo sofreu por causa do preconceito aos negros, chegando a se apresentar para platéias brancas e negras separadamente.[carece de fontes?] Apresentou um programa na TV norte-americana, com grande audiência, mas que acabou sendo extinto pois os patrocinadores não queriam seus produtos associados a um homem negro.

Por ter um hábito de fumar diariamente três maços de cigarro, o cantor morreu vítima de câncer. Um de seus últimos trabalhos foi no filme Cat Ballou, onde canta a balada da personagem título, interpretada por Jane Fonda.

Seu pai, Don Edward Coles, era açougueiro e diácono da Igreja Batista. Sua família mudou-se para Chicago quando Nat ainda era criança. Lá, o pai tornou-se pastor e a mãe, Perlina Adams, ficou encarregada de tocar o órgão da igreja. Foi a única professora de piano que Nat teve em toda sua vida. Aprendeu tanto jazz como música gospel, sem esquecer a música clássica.

Wikimedia

Existência e Pecado

Minha existência, minha face,
Minha pele trigueira e meus pecados venosos
Perdidos na sintaxe da alma
Dormem em sono profundo,
Com as membranas pesadas pelo lirismo
Que me força em delírios, de lírios em lírios
Poéticos, nos umbrais ou paraísos
Do onírico.

Vem olhar, meus sonhos
Com as lentes polidas e atentas,
Vem olhá-los, com os faros do pecado,
Com ânsias de sabores de sangue,
Com tato eriçado, e achará o fardo
Da poesia sincera e os mais altos brados
Que o meu mais feio pecado foi amar.

Foto: Paulo Augusto Patoleia

Elis Regina




Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945 – São Paulo, 19 de janeiro de 1982) foi uma cantora brasileira. De morte trágica e prematura, deixou vasta e brilhante obra na música popular brasileira. Foi apelidada por Vinícius de Moraes de Pimentinha.

É considerada por boa parcela de músicos e público como uma das maiores cantoras de todos os tempos da MPB.


Elis Regina nasceu na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, onde começou a carreira como cantora aos onze anos de idade em um programa de rádio para crianças chamado O Clube do Guri, na Rádio Farroupilha, apresentado por Ari Rego. Revelando enorme precocidade, aos 16 anos lançou o primeiro LP da carreira. Sobre o começo da carreira de Elis e a disputa entre quem de fato a lançou, o produtor Walter Silva disse à Folha de S. Paulo:

Poucas pessoas sabem quem realmente descobriu Elis. Foi um vendedor da gravadora Continental chamado Wilson Rodrigues Poso, que a ouviu cantando menina, aos quinze anos, em Porto Alegre. Ele sugeriu à Continental que a contratasse, e em 1962 saiu o disco dela. Levei Elis ao meu programa, fui o primeiro a tocar seu disco no rádio. Naquele dia eu disse: Menina, você vai ser a maior cantora do Brasil. Está gravado.

Em 1960 foi contratada pela Rádio Gaúcha, e em 1961 viajou ao Rio de Janeiro, onde gravou o primeiro disco, Viva a Brotolândia. Lançou ainda mais três discos, enquanto morava no Rio Grande do Sul.

Em 1964, um ano com a agenda lotada de espetáculos no eixo Rio-São Paulo, assinou um contrato com a TV Rio para participar do programa Noites de Gala; é levada por Dom Um Romão para o Beco das Garrafas sob a direção da dupla Luís Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli, com os quais ainda realizaria diversas parcerias, e um casamento com Bôscoli em 1967. Acompanhada agora pelo grupo Copa trio, de Dom Um, canta no Beco das Garrafas, o reduto onde nasceu a bossa nova, e conhece o coreógrafo americano Lennie Dale, que a ensinou a mexer o corpo para cantar, tirando aquele nado que ela tinha com os braços.

Participa do espetáculo Fino da Bossa organizado pelo Centro Acadêmico da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, que ficou conhecido também como Primeiro Demti-Samba, dirigido por Walter Silva, no Teatro Paramount, atual Teatro Abril (São Paulo). Ao final do mesmo ano (1964) conhece o produtor Solano Ribeiro, idealizador e executor dos festivais de MPB da TV Record. Um ano glorioso, que ainda traria a proposta de apresentar o programa O Fino da Bossa, ao lado de Jair Rodrigues. O programa, gravado a partir dos espetáculos e dirigido por Walter Silva, ficou no ar até 1967 (TV Record, Canal 7, SP) e originou três discos de grande sucesso: um deles, Dois na Bossa, foi o primeiro disco brasileiro a vender um milhão de cópias. Seria dela agora o maior cachê do show business.

O estilo musical interpretado ao longo da carreira percorria assim o "fino da bossa nova", firmando-se como uma das maiores referências vocais deste gênero. Aos poucos, o estilo MPB, pautado por um hibridismo ainda mais urbano e 'popularesco' que a bossa nova, distanciando-se das raízes do jazz americano, seria mais um estilo explorado. Já no samba consagrou Tiro ao Álvaro e Iracema (Adoniran Barbosa), entre outros. Notabilizou-se pela uniformidade vocal, primazia técnica e uma afinação a toda prova. O registro vocal pode ser definido como de uma mezzo-soprano característico com um fundo levemente metálico e vagamente rouco.

Desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), até o final da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos; apresentando os novos talentos, registravam índices recordes de audiência. No Festival conheceu Chico Buarque, mas acabou desistindo de gravá-lo devido à impaciência com a timidez do compositor. Elis participou do especial Mulher 80 (Rede Globo), um desses momentos marcantes da televisão; o programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então, abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas, com Maria Bethânia, Fafá de Belém, Zezé Motta, Marina Lima, Simone, Rita Lee, Joanna, Elis Regina, Gal Costa e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher.

A antológica interpretação de Arrastão (Edu Lobo e Vinícius de Moraes), no Festival, escreveu um novo capítulo na história da música brasileira, inaugurando a MPB e apresentando uma Elis ousada. Uma interpretação inesquecível, encenada pouco depois de completar apenas 20 anos de idade e coroada com o reconhecimento do Prêmio Berimbau de Ouro. O Troféu Roquette Pinto veio na sequência, elegendo-a a Melhor cantora do ano.

Fã incondicional de Angela Maria, a quem prestou várias homenagens, Elis impulsionava uma carreira não menos gloriosa, possibilitando o lançamento do primeiro LP individual, Samba eu canto assim (CBD, selo Philips). Pioneira, em 1966 lançou o selo Artistas, registrando o primeiro disco independente produzido no Brasil, intitulado Viva o Festival da Música Popular Brasileira, gravado durante o festival. Mais uma vitoriosa participação no III Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), a canção O cantador (Dori Caymmi e Nelson Motta), classificando-se para a finalíssima e reconhecida com o prêmio de Melhor Intérprete.

Em 1968, uma viagem à Europa a lança no eixo musical internacional, conquistando grande sucesso, principalmente no Olympia de Paris, onde se tornou a primeira artista a se apresentar duas vezes num mesmo ano, naquela que é a mais antiga sala de espetáculos musicais de Paris.

Foi Elis quem também lançou boa parte dos compositores até então desconhecidos, como Milton Nascimento, Renato Teixeira, Tim Maia, Gilberto Gil, João Bosco e Aldir Blanc, Sueli Costa, entre outros. Um dos grandes admiradores, Milton Nascimento, a elegeu musa inspiradora e a ela dedicou inúmeras composições.

Durante os anos 70, aprimorou constantemente a técnica e domínio vocal, registrando em discos de grande qualidade técnica parte do melhor da sua geração de músicos.

Patrocinado pela Philips na mostra Phono 73, com vários outros artistas, deparou-se com uma plateia fria e indiferente, distância quebrada com a calorosa apresentação de Caetano Veloso: Respeitem a maior cantora desta terra. Em julho lançou Elis.

Em 1975, com o espetáculo Falso Brilhante, que mais tarde originou um disco homônimo, atinge enorme sucesso, ficando mais de um ano em cartaz e realizando quase 300 apresentações. Lendário, tornou-se um dos mais bem sucedidos espetáculos da história da música nacional e um marco definitivo da carreira. Ainda teve grande êxito com o espetáculo Transversal do Tempo, em 1978, de um clima extremamente político e tenso; o Essa Mulher em 1979, direção de Oswaldo Mendes, que estreou no Anhembi em São Paulo e excursionou pelo Brasil no lançamento do disco homônimo; o Saudades do Brasil, em 1980, sucesso de crítica e público pela originalidade, tanto nas canções quanto nos números com dançarinos amadores, direção de Ademar Guerra e coreografia de Márika Gidali (Ballet Stagium); e finalmente o último espetáculo, Trem Azul, em 1981, direção de Fernando Faro. Data desta época a frase:

Neste país só duas cantam: Gal e eu.

Dentre os inúmeros sucessos consagrados, estão: Arrastão, Canção do sal, Redescobrir, Aprendendo a jogar, Casa no campo, Fascinação, Maria Maria, Romaria, Cartomante, Corcovado, Upa, neguinho!, O Bêbado e a Equilibrista, Aquarela do Brasil, Águas de março, Retrato em preto e branco, Alô, Alô Marciano, Dinorah Dinorah, Canção da América, Travessia, Saudosa maloca, Me Deixas Louca, Aviso aos Navegantes, Folhas Secas, O mestre-sala dos mares, Bala com Bala, Tiro ao Álvaro, Iracema, Aquele Abraço, Como Nossos Pais, Doente Morena, Ensaio Geral, Fechado para Balanço, Ladeira da Preguiça, Louvação, No Dia em que Eu Vim Embora, Meio de Campo, O Compositor Me Disse, Gracias a la vida, Oriente, Rebento, Roda, Se Eu Quiser Falar com Deus, Viramundo, dentre muitos outros.

Elis Regina criticou muitas vezes a ditadura brasileira, nos difíceis Anos de chumbo, quando muitos músicos foram perseguidos e exilados. A crítica tornava-se pública em meio às declarações ou nas canções que interpretava. Em entrevista, no ano de 1969, teria afirmado que o Brasil era governado por gorilas[4] (há ainda controvérsias em relação a essa declaração. Existem arquivos dos próprios militares onde ela se justifica dizendo que isso foi criado por jornalistas sensacionalistas). A popularidade a manteve fora da prisão, mas foi obrigada pelas autoridades a cantar o Hino Nacional durante um espetáculo em um estádio, fato que despertou a ira da esquerda brasileira.

Sempre engajada politicamente, Elis participou de uma série de movimentos de renovação política e cultural brasileira, com voz ativa da campanha pela Anistia de exilados brasileiros. O despertar de uma postura artística engajada e com excelente repercussão acompanharia toda a carreira, sendo enfatizada por interpretações consagradas de O bêbado e a equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc), a qual vibrava como o hino da anistia. A canção coroou a volta de personalidades brasileiras do exílio, a partir de 1979. Um deles, citado na canção, era o irmão do Henfil, o Betinho, importante sociólogo brasileiro.

Outra questão importante se refere ao direito dos músicos brasileiros, polêmica que Elis encabeçou, participando de muitas reuniões em Brasília. Além disso, foi presidente da Assim, Associação de Intérpretes e de Músicos.
Causando grande comoção nacional, faleceu aos 36 anos de idade em 19 de janeiro de 1982, devido a complicações decorrentes de uma overdose de cocaína, tranquilizantes e bebida alcoólica. Foi sepultada no Cemitério do Morumbi.

Choram Marias e Clarices… Chora a nossa pátria mãe gentil. Em busca de um sol maior, Elis Regina embarcou num brilhante trem azul, deixando conosco a eternidade de seu canto pelas coisas e pela gente de nossa terra. E uma imensa saudade.
— Agência de Publicidade

Elis é mãe de João Marcelo Bôscoli, filho do casamento com o músico Ronaldo Bôscoli, e de Pedro Camargo Mariano e Maria Rita, filhos do pianista César Camargo Mariano. Os três enveredaram pelo ramo da música.


wikipédia

Monsueto




Monsueto Campos de Menezes (Rio de Janeiro, 4 de novembro de 1924 — Rio de Janeiro, 17 de março de 1973) foi um sambista, cantor, compositor, instrumentista, pintor e ator Brasil

Sambista que transitava por todas as escolas de samba sem ser diretamente vinculado a nenhuma, é o autor de sambas clássicos como "Mora na Filosofia" e "Me Deixa em Paz". Nascido no morro do Pinto, tocou como baterista em alguns conjuntos, inclusive no Copacabana Palace. Seu primeiro grande sucesso foi "Me Deixa em Paz" (com Airton Amorim), gravado em 1952 por Marília Batista. Em seguida outros intérpretes gravaram outras composições de sua autoria. Atuou também em cinema e na televisão, onde interpretava o popular personagem Comandante, na TV Rio. No fim da década de 1960 passou a dedicar-se mais à pintura primitivista, participando de exposições e recebendo prêmios. Em 1970 participou da gravação de "Tonga da Mironga do Kabuletê", que marcou o início do êxito da dupla Toquinho/ Vinicius de Moraes. Depois de sua morte outros cantores e compositores regravaram suas músicas, dando a Monsueto o merecido destaque. Alaíde Costa gravou "Me Deixa em Paz" no disco "Clube da Esquina", de Milton Nascimento, Caetano Veloso gravou "Mora na Filosofia" no disco "Transa", e muitos outros.

Luchino Visconti




Don Luchino Visconti di Modrone, conde de Lonate Pozzolo, (Milão, 2 de novembro de 1906 — Roma, 17 de março de 1976), descendente da nobre família milanesa dos Visconti, foi um dos mais importantes directores de cinema italianos.


Filho de Giuseppe Visconti, o duque de Grazzano, e de Carla Erba (proprietária e herdeira de uma célebre empresa farmacêutica), Luchino tinha mais seis irmãos. Prestou o serviço militar como sub-oficial de cavalaria em 1926, no Piemonte e viveu os anos de sua juventude cuidando dos cavalos de sua propriedade. Além disso, frequentou activamente o mundo da lírica e do melodrama, que tanto o influenciou.

Foi para a França onde se tornou amigo de Coco Chanel e através dela, em 1936, foi apresentado ao cineasta Jean Renoir com quem trabalhou no filme Une partie de campagne. Em 1937 passou por Hollywood antes de retornar a Roma. Na capital italiana ele trabalhou com Renoir na direcção de La Tosca.

A partir de 1940 ligou-se aos intelectuais que faziam o jornal Cinema e vendeu jóias da família para realizar seu primeiro filme, Obsessão, em 1943, com Clara Calamai e Massimo Girotti. No fim da Segunda Guerra Mundial realizou o segundo filme, o documentário Giorni di Gloria. Contratado pelo Partido Comunista Italiano para realizar três filmes sobre pescadores, mineiros e camponeses da Sicília, acabou por fazer apenas um, A Terra Treme.

Em 1951 filma Belíssima com a grande actriz italiana Anna Magnani, Walter Chiari e Alessandro Blasetti. O primeiro filme colorido foi em 1954, Sedução da Carne com Alida Valli e Farley Granger. O primeiro grande prémio da crítica chega em 1957, quando ele recebe o Leão de Ouro do Festival de Cinema de Veneza pela fita Le notti bianche, uma transposição delicada e poética de uma história de Dostoievski com Marcello Mastroianni, Maria Schell e Jean Marais.

O primeiro êxito de bilheteira viria em 1960 com Rocco e seus Irmãos, a saga de uma humilde família de calabreses que emigrava para Milão. Foi o filme que consagrou o actor francês Alain Delon ao lado de Annie Girardot e Renato Salvatori. No ano seguinte junta se a Vittorio De Sica, Federico Fellini e Mario Monicelli na fita de episódios Boccaccio '70. O episódio de Visconti é protagonizado por Tomas Milian, Romy Schneider, Romolo Valli e Paolo Stoppa.

Em 1963 dirige o seu maior sucesso comercial e um dos filmes mais elogiados pela crítica, o grandioso O Leopardo, filme com três horas de duração e extraído do romance homónimo de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, que conta a história da transição da nobreza para o populismo, na Sicília nos tempos da unificação italiana. O filme tem um elenco estelar onde destacam Burt Lancaster, Claudia Cardinale e Alain Delon.

Vagas Estrelas da Ursa, um mergulho inquieto e melancólico na capacidade dos seres sensíveis para se destruirem amorosamente, com Claudia Cardinale e Jean Sorel, realizado em 1965 foi a obra seguinte. Em 1970 ele conhece o fracasso de uma obra sua, com O Estrangeiro, extraído do livro homônimo de Albert Camus e realiza também Os Deuses Malditos que lançou o actor Helmut Berger.

Com o sensível e refinado Morte em Veneza (1971), protagonizado por Dirk Bogarde e baseado na obra de Thomas Mann, ele volta a se encontrar com o sucesso de público e de crítica. O filme conta a história de Gustav Aschenbach, um compositor que vai passar férias em Veneza, e acaba por viver uma grande e inesperada paixão, que iniciaria a sua completa destruição. O filme faz uma abordagem do conceito filosófico de beleza, assim como a passagem do tempo a importância da juventude nas nossas vidas. O filme seguinte foi o grandioso, mas decepcionante, Ludwig com Helmut Berger e Romy Schneider. Durante as filmagens de Ludwig ele sofre um ataque cardíaco que o prendeu a uma cadeira de rodas até a sua morte, em 1976.

Mesmo com muita dificuldade, Luchino Visconti ainda faz dois filmes, Violência e Paixão e L'innocente, sua derradeira obra, versão do romance de Gabriele d'Annunzio que registra brilhantes interpretações de Giancarlo Giannini e Laura Antonelli. Morre na primavera de 1976 na sua residência na cidade de Roma.

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Capucine




Capucine (Toulon, na França em 6 de janeiro de 1928 - Lausanne, na Suíça, em 17 de março de 1990), foi uma atriz e modelo francesa.

Nascida Germaine Lefebvre, ela cursou a Escola de Belas Artes em Paris. Um fotógrafo de moda se impressionou com a sua beleza e a transformou em uma modelo muito requisitada nas décadas de 50 e 60 na França.

Ela estreou no cinema na década de 50 no filme Eterna Ilusão. Na década de 60 foi para Hollywood contratada pela Columbia Pictures e trabalhou com diretores importantes como King Vidor, George Cukor e Henry Hathaway.

O sucesso mundial chegou em 1963 ao participar do primeiro filme da trilogia A Pantera Cor-de-Rosa de Blake Edwards ao lado de Peter Sellers, David Niven e Claudia Cardinale.

Outro filme de sucesso da atriz e modelo foi Satyricon de Fellini, em 1971.

Ela se suicidou pulando do 8º andar do edifício em que vivia há mais de vinte anos, cercada de muitos gatos, após uma crise de depressão.
wikipédia
"Até hoje nunca me escandalizei com nada.
As inovações da vida e a barulheira dessa juventude
soam para mim como um novo rítmo que preciso
aprender a dançar ".

(Odete Pimentel Guerrera)

O Livro do Cariricatuas

Um livro escrito por muitas mãos: uma coletânea com nossos escritores

Detalhes :

. Release com fotografia de cada escritor ( 01 página)
• 4 textos por escritor (máximo de 7 páginas - fonte : garamond - altura : 12) - Temática livre ( crônicas, contos e poemas).
• Os textos serão escolhidos pelos próprios escritores;
• um contingente de 200,00 por escritor
• O pagamento poderá ser feito em 4 x 50,00 ( fev-mar-abr-maio)
. O livro será dedicado aos mestres de todos os tempos, representados por Dr. José Newton Alves de Sousa.
- A capa será a foto de Pachelly- essa que já caracteriza o Cariricaturas.
- O título é: "Cariricaturas em prosa e verso"
- Edição: Emerson Monteiro ( Editora de Sonhos - Crato-Ce)
- Dedicatória ( Assis Lima )
- Prefácio/ Apresentação ( José do Vale e Zé Flávio)

-Já estão confirmadas as seguintes adesões:

01. Claude Bloc *
02. Magali Figueirêdo *
03. Carlos Esmeraldo *
04. Maria Amélia de Castro *
05. Ana Cecília Bastos *
06. Assis Lima *
07. Corujinha Baiana *
08. Stela Siebra de Brito *
09. Wilton Dedê *
10. João Marni *
11. Rejane Gonçalves *
12. Rosa Guerrera *
13.Everardo NORÕES
14. Edilma Rocha *
15. Emerson Monteiro *
16. José Flávio Vieira *
17. João Nicodemos *
18. José do Vale Feitosa *
19. Liduina Vilar *
20. Carlos Rafael *
21. Armando Rafael *
22. Bernardo Melgaço *
2 3. Domingos Barroso *
24.. Roberto Jamacaru *
25.Dimas de Castro *
26.Joaquim Pinheiro *
27.Edmar Lima Cordeiro*
28.Olival Honor *
29.José Nilton Mariano*
30.Marcos Barreto *
31.Isabela Pinheiro *
32.José Newton Alves de Sousa *
33.Vera Barbosa . *
34. Rogério Silva *
35.Heládio Teles
36.Roberto CARVALHO



Email : sauska_8@hotmail.com ou cbbloc@uol.com.br
Outras informações :
Tiragem : 1.000 exemplares
Distribuição entre autores : 20 para cada = 700 unidades
Saldo : será transformados em ingressos para cobrir as despesas da festa de lançamento : coquetel, convites, divulgação, banda,decoração, etc
300 x 20,00 = 6.000,00
Preço do livro por unidade : 20,00
A edição foi orçada em 6.500,00 ( já considerados todos os descontos possíveis).
Número de páginas : 250 ( aproximadamente).
O valor da contribuição por escritor ( 200,00) será depositado numa cta do Editor (Emerson Monteiro) a ser informada por e-mail. Em contrapartida será enviado respectivo recibo.
Atentar para as datas limite de pagamento : 05.05.2010

OBS: A maioria dos autores já fizeram depósitos de contribuição. Aguardem recibos !

URGENTE
Informem por email os pagamentos já efetuados , na cta de Emerson, e recebam seus recibos de quitação .
emersomonteiro@gmail.com

Outrossim, quem deixou de enviar um dos textos, foto ou release, favor fazê-lo com urgência!
Até 21 de março, o material deverá ser revisado e entregue , nas mãos de Emerson para diagramação e edição.
.
Claude e Socorro Moreira

Não sei - Cora Coralina




"Não sei ... se a vida é curta
ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita.

Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja curta,nem longa demais
Mas que seja intensa
Verdadeira, pura ...
Enquanto durar"
Cora Coralina

Saber Viver -Cora Coralina



Saber Viver



Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar
Cora Coralina

para nossa querida Norma Hauer

É de dar água na boca ...!

Aposto que aí tem as mãos de "Socorrinha" ( nora de Carlos e Magali).
Mas a foto traduz a união de uma família que eu gosto , e conheço desde a nossa infância : Fátima e esposo, Magali, Tatiana, Emília e filha, e Carlinhos.


Um grande abraço a todos vocês !

A poesia de Lupeu Lacerda



Os homens se soltam.
Tristes em seus discursos de fim
de noite.
Só mais uma.
Os homens se amarram, se prendem,
tristes, as suas camisas suadas de um
time de futebol que decepcionou
no domingo.
Os homens se largam, tristes,
em cadeiras torturantes de dentista.
Os homens tristes,
brigam com outros homens tristes,
pela consumação da última piada.
Depois, os que sobram,
tristes,
pedem uma pizza,
envelhecem,
desmoronam.



por lupeu lacerda

Robero Martins- 18 anos de saudades - por NORMA HAUER

Ele partiu há 18 anos, no dia 14 de março de 1992; partiu, mas continua vivo em nossas lembranças e em nossa SAUDADE.

Dos compositores que engrandeceram nossa música popular, Roberto Martins foi dos mais expressivos.

Compôs,´preferencialmente, sambas e marchas, mas também engendrou por outros ritmos.

Um de seus grandes sucessos correu mundo, levado por Carmen Miranda para os Estados Unidos: a batucada “Cai,Cai”, inicialmente gravada aqui pela dupla Joel e Gaúcho, para o carnaval de 1940.

Ao conhecer o poeta e letrista Jorge Faraj, compôs sua primeira valsa: “Apenas Tu”, gravada por Carlos Galhardo em 1936, seguida por “Aliança Partida”, gravação de Orlando Silva no ano seguinte.

Os cantores que mais gravaram Roberto Martins foram Carlos Galhardo, Gilberto Alves e Nelson Gonçalves, cujo primeiro sucesso foi o fox “Renúncia”, feito em parceria com Mário Rossi, seu mais constante parceiro.

Enumerar tudo que Roberto fez é impossível. Sucessos constantes são “Beija-me”, gravação original de Ciro Monteiro em 1943, recentemente regravado por Zeca Pagodinho.

“Bodas de Prata”, “Apenas Tu”; “Cadê Zazá?”, “23 de Abril; “Dentro da Lua”; “De Quem é Essa Boquinha? algumas das gravações originais de Carlos Galhardo...

“Meu Consolo é você”; ”Dá-me Tuas Mãos” (co-autoria de Mário Lago) gravações originais de Orlando Silva..

.Renúncia;”Dorme, que eu Velo por Ti”; “A Saudade é um Compasso Demais” , gravações originais de Nelson Gonçalves,,,

Cecília”; “Um Sonho Para Dois”; “Pertinho do Céu”; gravações de Gilberto Alves
“Quem mora em Santa Teresa,
Está pertinho do céu...”

Todos os cantores que passaram por nossa música até o fim dos anos 50 do século passado gravaram Roberto Martins,

Isso é uma pequena amostra dentre as mais de 500 músicas que Roberto Martins compôs ao longo de 4 décadas.

Nem todas foram gravadas; algumas ficaram inéditas e muitas devem ter ficado em seu cérebro criador.

Bnedito Lacerda por Norma Hauer


Foi a 14 de março que nasceu, no ano de 1903, BENEDITO LACERDA,, flautista, compositor, arranjador, responsável pelos conjuntos "Boêmios da Cidade" e "Benedito Lacerda e seu Regional".
Com esses conjuntos acompanhou quase todos os cantores de sua época, como Francisco Alves, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Odete Amaral...
Foi o arranjador e acompanhou Ciro Monteiro na gravação do famoso samba de Geraldo Pereira "Falsa Baiana".

Um dos maiores sucessos do carnaval de 1939, ainda hoje sempre relembrado, foi "Jardineira", feita em parceria com Humberto Porto, inspirado e uma musica do folclore baiano.

Dois sucessos, baseados no mesmo tema, marcaram os carnavais de 1935 e 1936:"Eva Querida", gravada por Mário Reis e "Querido Adão", gravação de Carmen Miranda.

Benedito Lacerda compôs centenas de músicas; muitas não marcaram muito, mas outras estão sempre por aí, nas vozes dos seresteiros atuais, como "Boneca" (parceria com Aldo Cabral), "Número Um", composta com Mário Lago "Carnaval de Minha Vida", também tendo Aldo Cabral como co-autor.

Dentre as centenas de composições de Benedito Lacerda, gostaria de destacar: "A Lapa"(sucesso absoluto no carnaval de 1948); "Espelho do Destino";"Um caboclo Apaixonado;"Lela";"Alô Cabrocha"...são tantas que ficaria exaustivo citar e acompanhar essa citação.

Mas uma eu gostaria de destacar:"Isis", feita em parceria com Aldo Cabral, também co-autor de "Boneca".
ISIS era o nome de uma de minhas irmãs, a quem sempre dizia que havia uma música com seu nome gravada por Silvio Caldas em78 rotações. Nunca saiu em LP. Entretanto, em 2003, um ano após o falecimento de minha irmã, a gravação foi relançada em CD (cópía do original de 78 rotações). E minha irmã não a conheceu.

Depois de fazer várias gravações de chorinhos famosos com Pixinguinha, a flauta de Benedito Lacerda emudeceu e ele veio a falecer em 16 de fevereiro de 1958, em pleno domingo de carnaval.

Custódio Mesquita por Norma Hauer

Foi num dia como o de hoje (13de março) em 1945, que um nome conhecido em nosso meio artístico partiu para a viagem sem volta. Seu nome CUSTÓDIO MESQUITA.
Custódio Mesquita foi um seresteiro diferente: ele levava o piano para fazer serestas em plenas ruas de Laranjeiras, bairro onde nasceu em 25 de abril de 1910. Faleceu sem completar 35 anos.

Custódio foi compositor, escreveu peças para teatros, atuou no cinema; era um galã diferente. Na época em que os homens cortavam o cabelo a la Príncipe Danilo, Custódio ostentava uma cabeleira bem tratada, bonita, que lhe dava os ares de galã hollywoodiano.
Criando trabalho para teatro, conheceu o também autor e compositor Mário Lago, fazendo logo dupla com ele. Foi quando ambos compuserem um dos grandes sucessos de Orlando Silva :"Nada Além". Na outra face do disco de 78 rotações foi gravada outra composição da dupla:"Enquanto Houver Saudades".

Vou deixar para falar mais de Custódio na data de seu nascimento (25 de abril) mas hoje quero recordar o que foi o dia de sua morte. Já se sabia que ele tinha cirrose hepática, mas não se esperava que morresse tão cedo. Mesmo assim, sua morte apanhou seus amigos de surpresa.
Lembro-me dessa data e, na ocasião mandei um comentário para a revista "A Cena
Muda", lembrando quem foi Custódio Mesquiota e terminando com os versos:

"A caixinha já não existe mais,
Só ficou a saudade de seu tra-lá-lá..."

de sua composição "Caixinha de Música", uma das poucas que ele compôs sem parceiro.

Pensamento para o Dia 16/03/2010



“O verdadeiro Ugadi é o dia em que o ser humano abandona as más qualidades, preenche seu coração com amor e toma o caminho do sacrifício. Não limite a celebração do Ugadi apenas ao uso de roupas novas e o oferecimento de alimentos deliciosos. Você pode usar uma camisa nova hoje, mas por quanto tempo ela estará nova? Amanhã ela se tornará velha. O jornal de hoje torna-se papel inútil amanhã. Nossa vida é como um jornal. Depois de ter lido um jornal, você não gosta de lê-lo de novo e de novo. Você recebeu esse nascimento, que é como um jornal, e passou por experiências variadas de prazer e dor. Basta! Você deve orar: ‘Oh, Deus! O Senhor me deu esse ‘jornal’ e eu passei pelas experiências dessa vida’. Eu não quero ter outro nascimento".”
Sathya Sai Baba

Capa de herói- por Rejane Gonçalves


A moça, minha filha, a que se chama Júlia, entra na sala de jantar banhada na luz de todos os encantamentos, ri o riso dos confiantes, beija a ponta dos dedos da mão esquerda, sopra-me o beijo, certifica-se se eu percebi que ele veio do mesmo lado do coração e, num gesto de meio rodopio, joga de leve a juventude sobre os ombros.
Eu observara o deslizamento macio daquela capa de herói a protegê-la do olho gordo do tempo, ouvira o trinado de pássaro ferreiro do portão quando se abrira à sua passagem.
Levantei-me da cadeira às pressas para comprovar se todas as portas estavam bem fechadas; e bati os quatro cantos da casa à procura de um remédio, qualquer ungüento que derramado sobre o meu corpo me caísse até os pés. Um manto de lã de ovelha a me camuflar a velhice. Cobrir-me. E só por aquela noite não sentir frio.


Rejane Gonçalves

Bolo de castanhas do Pará e Tâmaras

Ingredientes:
5 ovos
2 xícaras de farinha de trigo cheias.
2 xícaras de açúcar
150 gramas de margarina (diet não serve)
1 xícara de leite temperatura ambiente
1 colher rasa de canela em pó ( de sopa)
1 colher rasa de cravo em pó (de sopa)
1 xícara de castanhas do Pará picadas
1 xícara de tâmaras - picadas e sem caroços
1 colher de sopa de fermento em pó


Modo de fazer:
Bater as gemas, acúcar e margarina. Acrescentar a canela, cravo.
Depois juntar a farinha de trigo, o leite. Bater.
Junte as castanhas e as tâmaras.
Bata separadamente as claras em neve, e adicione o pó royal. misture delicadamente.

Tristão - por Everardo Norões

Em pé, ao sol e ao vento do sertão,
ele não se decompôs.
Pedro Nava (Baú de Ossos)

As palavras no alforje. E o rosário,
a escorrer das penas e dos dias.
O azul da barba lembra uma paisagem
onde campeiam cabras. E ramagens
desatam-se em sombras nas janelas.
A morrinha dos bichos. O mormaço,
trazendo o desespero, em vez de março:
um luto atravancando as taramelas.
A sela desapeada. E na garupa
do cavalo, a sentença das esporas.
Pendentes dos estribos, estão as horas,
relampejos de facas. E o sono da jurema.
O braço descarnado, o giz dos dentes,
e o olho além do corpo do poema.
No chão do meu degredo, sempre chão,
sete frases do ofício e um bordão.

Escuta - Jonh Alf

Carne de panela com batatas

CARNE DE PANELA COM MANJERICÃO E BATATAS
Knorr




Ingredientes

3 Xícara(s) Água
2 Cubo(s) Caldo de picanha Knorr
1/2 Quilo(s) Acém cortado em cubos médios
3 Unidade(s) Batatas médias cortadas em cubos médios
6 Unidade(s) Folhas de manjericão

Modo de preparo
1.

Em uma panela de pressão, ferva 2 xícaras (chá) da água, dissolva os cubos de caldo de picanha Knorr e junte o acém. Tampe a panela e cozinhe por 40 minutos, contados a partir do início da pressão. Retire do fogo, espere sair todo o vapor e abra a panela. Retire a carne e reserve em uma travessa.

2.

Coloque na panela o restante da água, as batatas e algumas folhas de manjericão.

3.

Cozinhe em fogo médio, com a panela destampada, por 10 minutos ou até as batatas ficarem macias.

4.

Despeje o molho sobre a carne reservada e decore com folhas de manjericão. Sirva em seguida.

5.

Dica: Para incluir esta receita em uma refeição nutricionalmente balanceada, acompanhe este prato com feijão, ervilha, lentinha ou soja e uma salada de verduras.

A moça do sonho - Chico Buarque

Súbito me encantou
A moça em contraluz
Arrisquei perguntar: quem és?
Mas fraquejou a voz
Sem jeito eu lhe pegava as mãos
Como quem desatasse um nó
Soprei seu rosto sem pensar
E o rosto se desfez em pó

Por encanto voltou
Cantando a meia voz
Súbito perguntei: quem és?
Mas oscilou a luz
Fugia devagar de mim
E quando a segurei, gemeu
O seu vestido se partiu
E o rosto já não era o seu

Há de haver algum lugar
Um confuso casarão
Onde os sonhos serão reais
E a vida não
Por ali reinaria meu bem
Com seus risos, seus ais, sua tez
E uma cama onde à noite
Sonhasse comigo
Talvez

Um lugar deve existir
Uma espécie de bazar
Onde os sonhos extraviados
Vão parar
Entre escadas que fogem dos pés
E relógios que rodam pra trás
Se eu pudesse encontrar meu amor
Não voltava
Jamais

Sonho na madrugada- Socorro Moreira

A madrugada me acorda
Quer chova,
quer faça calor.
Acendo as luzes do computador
Acendo as luzes da casa
E a madrugada silenciosa
me acorda !
Tento lembrar meu sonho...
Aconteceu numa cidade distante
Cidade passeio
Cidade do encontro
Despedida na pauta ...
E as luzes da cidade
na pista , no alto
Acesas !
Os sonhos delatam a realidade
Os sonhos fazem acontecer
desejos reais ...
Momentos de amor:
Eu e você !