Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Figuras que marcaram a cidade de Crato

Madre Esmeraldo – por Huberto Cabral


Faleceu nas primeiras horas de 20 de novembro de 2007, em Crato, Madre Esmeraldo. Segunda filha do casal José Pinheiro Gonçalves e Maria Santana Esmeraldo Pinheiro, Madre Esmeraldo nasceu aos 10 de março de 1927, em Crato, Ceará. Recebeu o batismo aos 12 de março de 1927, na capela de Santa Teresa, oficiado por seu tio, Monsenhor Pedro Esmeraldo que, juntamente com a sua avó, Amélia Pinheiro Teles, foi seu padrinho. Sob a presidência de Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, 1º bispo de Crato, Madre Esmeraldo recebeu o sacramento do Crisma, na catedral de Nossa Senhora da Penha, aos 09 de janeiro de 1928, sendo amadrinhada pela sua tia, Pia Esmeraldo Cabral.

Ingressou na Congregação das Filhas de Santa Teresa de Jesus, aos 30 de janeiro de 1949. Em 02 de outubro do mesmo ano foi admitida ao noviciado e em 03 de outubro de 1950, emitiu os seus primeiros votos. Em 03 de outubro de 1955, Madre Esmeraldo pronunciou perpetuamente os seus votos de pobreza, obediência e castidade. Segundo o livro de registro da Congregação, Madre Esmeraldo foi o n.º 93 e pertenceu a vigésima quarta turma. Madre Esmeraldo viveu com fidelidade a sua Consagração nas seguintes comunidades e nos diversos trabalhos:

Colégio Santa Teresa de Jesus, em Crato, onde exerceu o magistério no ano de 1950.
De 1951 a 1953 esteve em Fortaleza cursando a Faculdade de Filosofia no curso de Letras Neolatinas, oportunidade em que permaneceu no Pensionato Nossa Senhora do Carmo, naquela capital. De 1954 a 1962 esteve novamente no Colégio Santa Teresa de Jesus, quando exerceu o magistério, foi Mestra de Disciplina, assistente da Juventude Estudantil Católica, JEC e Diretora do Colégio. Exerceu a função de ecônomo geral da congregação durante 06 anos.

A partir de 1964 passou a residir na Casa de Caridade do Crato quando assumiu a Caritas diocesana e os trabalhos no bairro Seminário, e no próprio Seminário. Fundou o grupo dos idosos, de casais, adolescentes e pastoral da criança. Foi membro do conselho paroquial das paróquias de São José e do Sagrado Coração de Jesus.

O público alvo de sua missão eram as crianças e os idosos. A disposição para tanto, encontrava no encantamento de sua vocação específica: amar e servir ao mais pobre.
Desde sua infância dedicou-se aos sacerdotes e aos seminaristas, época em que seu pai os acolhia no sítio Belmonte para repouso e recuperação de saúde. Nunca mais deixou de olhar com carinho para estes servos e ou futuros servos do Senhor. Exerceu função de pioneirismo quando o reitor do seminário abriu a Obra das Vocações Sacerdotais em Crato. Seu trabalho profícuo e vitorioso evidenciou-se naquela década de 1950.

Durante a enfermidade, Madre Esmeraldo, demonstrou ter clareza do significado do sofrimento cristão: "participação no sofrimento de Cristo". Compreendeu as palavras de Jesus: "é permanecendo firme que ireis ganhar a vida".
                                                                                                                                              

Os "ateus" da Universidade -- por Armando Lopes Rafael


Ou a vida na Terra teve uma origem integral como a deusa Atena que saiu inteira da cabeça de Zeus ou ela teve origem em algum outro lugar” – David McKay, da Nasa.
A partir de  2005, depois da minha aposentadoria no Banco do Nordeste do Brasil, exerci por dois anos e meio o cargo de Assessor de Comunicação da Universidade Regional do Cariri. Foi uma experiência nova e gratificante para mim, uma pessoa proveniente da atividade financeira. E foi uma experiência que me trouxe muitas surpresas.
  
   Uma dessas surpresas foi descobrir que nas universidades públicas brasileiras – compostas por pessoas talentosas e inteligentes – sobreviviam segmentos ideológicos – segmentos esses possantes e ruidosos –, que ainda acreditavam e pregavam velhos e superados métodos de planejamento e gestão estatais para a condução da economia.  E isso,  mais de vinte anos depois da  queda do Muro de Berlim, que simbolizou a falência do socialismo real.

   Também me surpreendeu o fato de que muitos do meio acadêmico proclamavam – e o faziam  até com certa ufania – sua condição de ateus ou agnósticos. Essas pessoas recorriam a velhas ideias e  velhos livros para defender suas opiniões.

    E eu ficava me perguntando por que essas pessoas – talentosas e inteligentes – pareciam desconhecer as recentes descobertas astronômicas, as quais  provaram que o universo não é só esta nossa galáxia – o nosso velho, imenso e conhecido “universo” que tem 80 a 100 mil anos luz de diâmetro.

     Cientistas já haviam descoberto que há bilhões (repito, bilhões) de galáxias no universo e que sua velocidade varia de 300 a  1 milhão e 800 mil quilômetros por segundo. Descobriu-se também que elas se distribuem em grupos de galáxias, e que esses grupos se afastam uns dos outros a essas velocidades fantásticas.

   Aliás, vale o registro, dessas descobertas nasceu a teoria da exploração primeva, também chamada de explosão primordial (como a denomina cientistas franceses), mas chamada pelos norte-americanos de teoria do Big-Bang, nome que prevalece hoje em dia. A partir dessas descobertas, nossa concepção de universo mudou muito. Desconhece-se hoje os limites do universo, sabe-se apenas que ele continua  em plena expansão, embora dê a impressão de que está parado.

   Daí concluirmos que o ser que fez tudo  isso tem um poder infinito. Deus é infinito. E fez o universo assim, tão imensamente grande, para que o homem formasse uma ideia de seu poder infinito. Diante dele o homem não passa de um minúsculo ser.

(Texto e postagem: Armando Lopes Rafael)