Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Para Joaquim Pinheiro- Do seu amigo oculto



PARA O MEU AMIGO OCULTO - JOAQUIM PINHEIRO

Baú de Natal

Época de Natal. Noite feliz, noite feliz.

Hoje a noite é bela...e, assim, dias e noites, todos aguardavam a grande festa.

Em um quarto da casa, um grande baú passava a ter outra serventia.

Pouco a pouco, mantido em sigilo, os presentes iam ocupando aquele vazio.

Nada de filme de ficção. Papai Noel não era figura de destaque.

Seguindo o exemplo dos reis magos, a certeza de que, naquela noite, presentes seriam distribuídos. Sob segredo, entre as frechas da janela daquele quarto, a curiosidade se fazia presente, na tentativa de adivinhar o conteúdo daquelas embalagens.

Chegado o momento mais esperado. Surpresas, alegrias e risos estampados nos rostos singelos da criançada. Um ritual, onde o momento oracional, acompanhado do canto mais tradicional da festa – “Noite Feliz”, dava início àquela confraternização. Os presentes, naquele momento, entre palpitações e ansiedades, fortaleciam a expectativa pelo tão esperado momento. Tudo era muito grandioso e gratificante. Ao redor da mesa, a tradicional ceia de Natal.

Hoje, o baú está vazio. Nem mais pertence àquela casa. Com ele, muitos sonhos foram interrompidos.

Porém, os seus protagonistas deixaram um outro baú. O baú da vida, o baú da esperança.


Para o meu amigo oculto – JOAQUIM PINHEIRO

Sem dispor do baú de Natal

disponho de minha amizade.

O presente de Natal você já tem – sua família.

Boas festas e um 2011 de muita luz, paz e de esperança por um mundo mais justo.

Abraços

Sua amiga oculta

The Rolling Stones Satisfaction (rare)

Inscrito- Por Socorro Moreira


Curso natural
Certezas não esperam
A dúvida não é incógnita
Claros navegam em águas turvas
Espelhos...Vejo-nos
O tempo é quem dita
A gente copia, e às vezes cria
O acaso alberga insights
Eles chegam em hieróglifos
Viver é decifrar-nos.


Nossas retrospectivas - Por José de Arimatéa dos Santos


Fim de ano é uma época em que podemos fazer nossas retrospectivas. Não estou falando das retrospectivas da televisão ou do rádio em que as tragédias do mundo e do Brasil voltam a tona. Parece até que a mídia é masoquista. A notícia boa é difícil de se ver ou ouvir. Quem sabe algum dia teremos mais notícias boas que ruins! Vocês são sabedores o quanto sou um sonhador. Paz pra mim não é só uma palavrinha de três letras. Palavra que deve se agigantar no coração de cada um de nós. Se cada ser humano colocar no seu coração a paz já será certamente meio caminho andado para uma convivência de mais solidariedade e amor.
Mas eu estava falando de retrospectivas nossas individualmente. Ir lá no nosso interior e procurar perdoar quem nos fez alguma coisa de ruim e avaliar nossos atos para com os outros. Acredito que para ser perdoado devemos perdoar também. Lembrar da oração de São Francisco que diz: "É perdoando que se é perdoado". Assim, nas nossas retrospectivas os fatos acontecidos conosco vão passando e dessa forma é possível procurar não errar mais e fazer as devidas correções. Na escola a professora corrige as tarefas do aluno e o orienta da melhor maneira no caminho que o pupilo deve seguir. Na nossa existência a professora é a vida. Ela nos coloca em cada situação! Parece até que fazemos prova a todo instante. Como se saímos nessas terefas e é aí que podemos avaliar cada ato nosso e o melhor é que podemos mudar o destino das coisas na maioria das vezes. Nisso entra a retrospectiva do ano, mas podemos fazer essa retrospectiva diariamente quando deitamos ao final do dia. Pensar no dia que passamos e no que se pode fazer de diferente no dia de amanhã.
Insisto que é possível a convivência entre os seres humanos e a natureza da melhor maneira possível. Mesmo com as diferenças ideológicas, esportivas, religiosas ou outras podemos ser mais amigos, cúmplices ou companheiros. Respeito é a senha. E nessas retrospectivas nossas podemos acrescentar também para reforçar ou lembrar que todos nós indistintamente somo irmãos.
Paz! Tudo de bom! Abraço! Feliz Natal!
Foto: José de Arimatéa dos Santos

AVE MARIA NO MORRO DE HERIVELTO MARTINS - José do Vale Pinheiro Feitosa

Aos meus amigos músicos do Cariri: viver é preciso e navegar também. Ocupem-se com sua arte, não se aprisionem ao sucesso. Herivelto Martins quando compôs Ave Maria no Morro apenas escutava o canto dos pardais se recolhendo. Levou a música para Benedito Lacerda e este retrucou que aquilo era música de igreja, eles precisavam compor música para ganhar dinheiro.

Mas nem pela hierarquia da igreja foi compreendida: o taciturno e conservador Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Sebastião Leme, num descompasso com a música e seu tempo disse que a música era um heresia e pediu a censura da mesma. Estávamos em 1942, no âmago da Ditadura do Estado Novo e Herivelto salvou a música por ser amigo dos censores do regime.

Dom Leme e Benedito estavam errados com Deus e com os homens. Quem escuta a letra e a compreende, observa o quanto Dom Leme se afastara do espírito original do cristianismo e demonstrava um elitismo anti-povo. A música é um dos maiores sucessos mundiais da cultura brasileira. Tem versões em Espanhol, Francês, Inglês, Italiano, Alemão e até em línguas eslavas. Os italianos trouxeram a letra para sua paisagem, nem referência fazem ao Rio e suas favelas. A versão mais reproduzida é a espanhola.

Numa rápida e incompleta pesquisa no Youtube consegui levantar mais de 30 apresentações de artistas estrangeiros. A música além de servir para a expressão da voz, como bem disse Benedito Lacerda é excelente para orquestras e festas religiosas. Ela foi gravada por cantores de ópera, cantores populares, orquestrada com instrumentos de sopros, guitarras, órgãos, corais, orquestras de tambores e assim por diante.

Abaixo algumas apresentações representativas em várias línguas:




Monica Martin cantora austríaca - versão em Alemão.




Violetta Villas soprano polonesa - versão em Francês





Andrea Bocelli - versão Italiana.



Nana Mouskouri cantora popular grega - versão em Espanhol.




Ivo Robic - cantor Croata, fez sucesso com Bert Kaemperft - versão Eslava.





James Last and Orchester - versão em Inglês.

Ava Gardner







Ava Lavinia Gardner (Grabtown, 24 de dezembro de 1922 - Londres, 25 de janeiro de 1990) foi uma atriz norte-americana do cinema clássico de Hollywood. Indicada ao Prêmio Oscar, é considerada uma das atrizes mais belas da história do cinema e uma das grandes estrelas do século XX. É um dos mitos da sétima arte e está entre as 50 maiores lendas do cinema da lista do AFI. Conhecida por sua exuberante e fotogênica beleza, é lembrada como: o animal mais belo do mundo

wikipédia

Oscar Peterson




Oscar Emmanuel Peterson (Montreal, 15 de agosto de 1925 -- 23 de dezembro de 2007), foi um pianista de jazz canadense. Oscar Peterson é considerado por muitos críticos como um dos maiores pianistas de jazz de todos os tempos (Scott Yanow, 2004).


Seus parceiros musicais mais constantes são os contrabaixistas Ray Brown e Niels-Henning Orsted Pedersen e os guitarristas Herb Ellis e Joe Pass.

Ser "eufrasiana" !- Por Socorro Moreira





Sou "eufrasiana". Já virei a mesa por um mundo mais lúdico e feliz. Bebi todas as gotas que caiam, uma por uma, até retornar a ponto de partida para encher de novo o balde e encomendar novas alianças. Fui ficando menos parecida com meu pai, mais parecida com a minha mãe, e descobri no espelho da sala, que eu tenho outra imagem refletida no espelho do quarto.
No primeiro tento pentear o cabelo; no do quarto assanho-me pra dormir sem amarras... Assim é a vida da gente, um amarrado e um desamarrado constante. O que nos salva é a certeza da nossa finitude. A felicidade precisa existir, com fórum de eternidade.
O jeito é alimentar nossos desejos. Deus é amor, e atende a todos os nossos pedidos. Somos nós que lhe pedimos penitências e sacrifícios.
Muito bem, Eufrásio!
Sua história, muita bem contada é exemplo místico de vida. Sou contigo!
E a propósito dessa postura que engrena os últimos dias do ano, acabei de ter um papo um tanto existencial com meu filho Victor. Como médico, perguntou-me. De que é que você quer morrer?
Respondi-lhe: de vida!
Ele prognosticou-me uns 20 anos pra frente, se eu continuar fumando.
Mais duas décadas são limites apertados. Prefiro viver o lato
O amor é preguiçoso. Carece de sono, sonhos, e uma vontade misteriosa de persistir no ramo. Ramo de laranjeira, pés de vento, zero compromisso.
Nestes dias estão caindo umas fichas. O amor que parecia distante está dentro de mim.
Que 2011 seja um ano amoroso para todo o mundo!

Trovinha - Por Ulisses Germano


Ninguém descreve o sabor
Do vinho de uma só vez
Quem chora sem sentir dor
Tem na face a falsidez

Bissexto

Finalzinho de ano existe uma regra imutável e previsível para os próximos meses. Promessas de mudanças nos hábitos de vida ! Uns se comprometem a deixar o cigarro, outros encetam dietas rigorossíssimas, alguns afirmam como certo o começo do Cooper pela manhã. Ano novo ,vida nova ! Após o ribombar dos fogos do Reveillon, vêem-se todos assoberbados por tarefas não tão fáceis de cumprir e que geralmente começam a ficar menos regulares a partir do Carnaval e , o mais das vezes, não têm forças nas canelas para alcançar a Semana Santa.
No mês passado, Eufrázio, um contador de uma pequena loja de Secos & Molhados , nas comemorações do Natal da firma, firmou os pés nos seus propósitos. Os colegas de repartição comentaram depois que o nosso contabilista exagerou um pouco na dose de transformação. É que o nosso comerciário sempre fora um operário padrão, sério, compenetrado, desses que vivem eternamente para o trabalho. Possuía ainda uma pacata vida familiar, casado com Dona Nair Loreto, uma senhora temente a Deus e beata de carteirinha. Tinha dois filhos, já casados, que moravam ou sobreviviam para as bandas de São Paulo. Eufrázio não tinha vícios, vivia nos Encontros de Casais com Cristo e até estudava para formar-se diácono. Era preceptor dos Cursos de noivos na Igreja e um dos membros mais convictos da Ordem do Santíssimo. Já entrado nos sessenta, parece que ia plantando mais nas roças da vida eterna do que nos pomares terrestres. Pois bem, a transformação que ele realizou no último Reveillon , assim, pegou todos de surpresa. Quem lá diabos poderia imaginar uma reviravolta daquelas ? Sem qualquer explicação mais contundente, nas comemorações do Natal, um Eufrázio um pouco mais loquaz do que o habitual desejou os melhores votos para todos e vaticinou aquilo que parecia ser mais uma daquelas temporárias e fugazes promessas de fim de ano:
--- Até o presente momento, meus amigos, não vivi, apenas trabalhei como um burro de carga para os outros. Até parece que vim à terra a trabalho e não a passeio. A partir de agora vou montar no alazão da minha vida e tomar as rédeas do meu destino !
Depois daquele dia, seguiu à risca a promessa natalina. Pediu demissão do emprego que o poria em pijama de aposentado nos próximos cinco anos. Largou a mulher, mudou de casa e de cidade. Soube-se depois que se transferira para Andaraí, na Chapada Diamantina, onde se unira a um rapazinho, design gráfico, e ali haviam instalado o Restaurante de Comida Natural: “Verde que te quero Ver-te”. Abandonou também as hostes católicas e agora freqüentava uma comunidade alternativa lá no “Vale do Capão” . O outrora sedentário Eufrázio agora trabalhava, nas horas vagas, como guia turístico, nas sinuosas trilhas do Vale do Sincorá. Ao invés da opa do Santíssimo envergava duas recentes e imensas tatuagens: um dragão vermelho e de unhas afiadíssimas nas costas e um carismático Fidel Castro no ombro esquerdo, além de um brinquinho discreto na orelha direita.
Alguns amigos ,que em viagem depois o visitaram, trouxeram a novidade de todas as imprevisíveis mudanças ocorridas no nosso contador. A cidade em peso o criticou e comentava que o homem tinha endoidado de vez, ninguém perdoava a sua coragem e, pior, todos abominavam a constatação de que os que o visitaram , liam uma incontestável felicidade nos seus olhos. A cidade impossibilitada, pela distância, de assassiná-lo em vida, resolveu encaminhar um abaixo assinado para Eufrázio, uma espécie de execração pública, condenando-o por sua atitude considerada irresponsável e vulgar. O contador respondeu com um pequeno bilhetinho que foi lido na Câmara de Vereadores.
--- Infelizmente não posso fazê-los felizes. Cada um é o artífice da sua própria felicidade. Ninguém pode viver a vida pelo outro e nesta viagem a passagem é apenas de ida. Saiam do casulo das suas vidinhas estranguladas e vivam ! Quanto a mim as mudanças prometidas para este ano apenas começaram e lembrem : este ano, graças a Deus, é bissexto !

J. Flávio Vieira

Nota de pesar

Faleceu nesta data a ilustre Sra. Salma Brito, esposa de Dr. Henrique e irmã de Dr. Humberto Macário de Brito.
Ela foi minha professora primária. Lembro-a com carinho.

Abraços solidários do Cariricaturas à família enlutada.

Novalis

“Quando a chave de toda a creatura
seja mais do que número e figura,
e quando esses que beijam com os lábios,
e os cantores, sejam mais que os sábios,
e quando o mundo inteiro, intenso, vibre
devolvido ao viver da vida livre,
e quando luz e sombra, sempre unidas,
celebrem núpcias íntimas, luzidas,
quando em lendas e líricas canções
escreverem a história das nações,
então, a palavra misteriosa
destruirá toda a essência mentirosa.”

NOVALIS
in “Henrique de Hofterdingen”
(trad. de Mário Cesariny)

Pérola da MPB




Sapato Velho
(Mu - Claudio Nucci - Paulinho Tapajós)

Você lembra, lembra ?
Daquele tempo
Eu tinha estrelas nos olhos
Um jeito de herói
Era mais forte e veloz
Que qualquer mocinho de cowboy
Você lembra, lembra ?
Eu costumava andar
Bem mais de mil léguas
Pra poder buscar
Flores de maio azuis
E os seus cabelos enfeitar

Água da fonte
Cansei de beber
Pra não envelhecer
Como quisesse
Roubar da manhã
Um lindo por-de-sol
Hoje, não colho mais
As flores de maio
Nem sou mais veloz
Como os heróis

É talvez eu seja simplesmente
Como um sapato velho
Mais ainda sirvo
Se você quiser
Basta você me calçar
Que eu aqueço o frio
Dos seus pés

Dica de leitura : 1421- 0 Ano Em Que a China Descobriu O Mundo








1421 - O Ano Em Que A China Descobriu O Mundo
Autor: MENZIES, GAVIN
Tradutor: JUNGMANN, RUY
Editora: BERTRAND BRASIL
Assunto: HISTÓRIA


Sinopse

Em 8 de março de 1421, a maior esquadra jamais vista pelo mundo zarpou de sua base na China. Os navios, gigantescos juncos de quase 150 metros de comprimento, construídos com a mais selecionada madeira de teca, eram capitaneados pelos leais almirantes eunucos do Imperador Zhu Di. Sua missão era 'seguir até os confins da terra para recolher tributos dos bárbaros de além-mar'. Sua jornada duraria mais de dois anos - os navios chineses, assim, aportaram na América 70 anos antes de Colombo, circunavegaram o globo um século antes de Magalhães, descobriram a Antártida, chegaram à Austrália 320 anos antes de Cook e solucionaram o problema da longitude 300 anos antes dos europeus. Toda essa história vem à tona no livro '1421 - O ano em que a China descobriu o mundo', escrito por Gavin Menzies após longos anos de pesquisas.

A Poesia de Novalis




Sei agora quando será a manhã derradeira - quando a luz não afugentar mais a noite e o Amor – quando o sono for eterno e um sonho só inesgotável. Sinto em mim uma fadiga celeste – Longa e penosa foi a minha peregrinação ao Sepulcro Santo, opressiva a minha Cruz. A onda de Cristal, imperceptível aos vulgares sentidos, que jorra no seio obscuro do montículo de cujo sopé o terrestre caudal irrompe, quem dela alguma vez provou, quem esteve no cume das montanhas que delimitam o mundo e olhou para Além, para a nova terra, a morada da Noite – em verdade, esse não regressará jamais aos trabalhos deste mundo, à terra onde a Luz habita em eterna agitação.
Esse é o que levantará no alto as tendas da Paz, o que sente a ânsia e o amor e que olha para Além até que a hora entre todas bendita o faça descer ao imo da nascente – por cima, flutua o que é eterno, reflui ao sabor de tormentas; mas tudo aquilo que o contacto do amor santificou escorre dissolvido, por ocultas vias, para a região do Além e aí se mistura, como os aromas, com os seres amados para sempre adormecidos.
(…)



novalis

Diálogo poético- Luis Eduardo x Socorro Moreira




Até hoje fico tonto*
olhar atônito*
Leso liso volto
encontro (en)canto
Rico fico de delícia
abundância paraíso
Sentido olfato
capim cheiroso mato
Tato seu cheiro
aspiro deleites
Quente doce
Pimenta suave
tépida pele luar
pimenta no gosto
Ardente amor!!
aguardente vício

Quanto tempo que lhe procuro
tantas vidas paralelas
Encontro em meu pensamento
pisco

Que bom!!
Claro hachurado
Que bem!!
vida alem
Um abraço no futuro nos dirá
Que somos amigos
sempiternos
E queridos!!

E tem algo que não diremos!!
o amor silencia

A sua poesia brilha na minha vida!
Este sol neve derrete !

* Luis x Socorro

Bolo de Frutas




Ingredientes
200 g de tâmaras cortadas em pedaços
100 g de nozes picadas
120 g de uvas passas brancas
g de gengibre em pó
80 g de uvas passas pretas
20 g de raspas de laranja
10 g de raspas de limão
120 g farinha de trigo especial
20 g de fermento em pó
5 g de noz-moscada
5 g de cravo em pó
100 g de margarina light
100 g de frutose
2 ovos
50 ml de vinho branco suave

Modo de preparo
Numa tigela, misture as tâmaras, as nozes, as passas pretas e brancas, o gengibre, as raspas de laranja e limão e o vinho. Deixe de molho, em temperatura ambiente, por 2 horas.

Em outra tigela, peneire a farinha com o fermento, a noz-moscada e o cravo. Reserve. Numa batedeira, bata a margarina light com a frutose até ficar um creme leve e fofo. Adicione os ovos um a um, batendo bem. Junte os ingredientes secos e os que ficaram embebidos no vinho.

Preaqueça o forno a 180ºC. Unte uma fôrma grande de fundo removível, forre o fundo com papel-manteiga também untado. Polvillhe farinha. Retire o excesso. Coloque a massa para assar por 40 minutos. Deixe resfriar. Desenforme.

Rendimento: 20 porções Calorias por porção: 151 cal Receita extraída do livro: 100 receitas light de Helena e Ângela Tonetto - Editora: L&PM

As razões do perdão - Emerson Monteiro

A pequenez das individualidades humanas responde a um tanto das indignações que vivem aparecendo nas encruzilhadas deste mundo. É pisarem no pé da gente que sobe fogo de arrogância do tamanho da falta de juízo, gerando atitudes imprudentes, garras afiadas rasgando folhas de zinco e palavras agressivas de sapecar e sacudir as estruturas em volta. Riscos inesperados de causar contrariedade em nós e nos outros, nas famílias, na sociedade, destruindo esperanças e futuros brilhantes pela frente. Depois que passa o temporal, sobra grudado no céu da boca o desassossego da raiva, bicho que, alimentado no orgulho, sujeita virar ódio, com amplas repercussões negativas, de causar espanto nas páginas policiais mais avermelhadas.
Esse endurecimento de gênio vem de longe, dos tempos de menino, das famílias equivocadas e seus conselhos de vingança. Lembro bem de quando no colégio apareciam desentendimentos de alunos, o professor José do Vale buscava contornar a revolta dos mais agressivos, e dizia:
- Vocês já ouviram falar na existência de um quarteirão de valentões? - Isso ele justificava porque os valentões não duram muito, se destroem com extrema facilidade, pois, como dizem os orientais, ninguém se aguenta muito tempo na ponta dos pés.
A mansuetude, portanto, torna-se, a cada momento, uma norma de sabedoria valiosa para todos os lugares deste chão, ainda que haja competições de tudo quanto é lado. O capitalismo vive disso, da competitividade exacerbada, porém insiste em desestimular o extremo das guerras, numa contraditória hipocrisia. Essa constatação demonstra ser a do fio de equilíbrio em que se arrasta a civilização deste período da história.
Jesus, no entanto, trouxe o perdão das ofensas qual motivo da evolução aos níveis espirituais do seu Reino dos Céus. Dar a outra face quando nos baterem. Ignorar as provocações. Não ter inimigos. Uma doutrina digna e fundamental para a transformação superior que buscamos em nos mesmos, no embates da convivência pacífica. O Caminho, a Verdade e a Vida, passos da salvação dessa jornada, no campo atual das coisas materiais.
Assim, o perdão revela o lado divino dos seres humanos e que os conduzirá ao sonho da esperada felicidade, única justificativa de atravessar os desafios da existência com glória e com sucesso. Instrumento de exercitar a humildade, quem obtém o grau de praticar o perdão decerto usufrui no coração os valores da aceitação de melhores sentimentos bons, o que Jesus ensina através de suas santas palavras.
Perdoar, eis o meio eficiente de acalmar, dentro de si, as forças destruidoras da agressividade, sentimento contrário à poderosa Lei do Amor maior.

Feliz natal Mamãe ! - Por Rosa Guerrera




São inúmeras as lembranças que trago de Natais passados . Lembranças de amores vividos , de festas alegres que freqüentei , de jantares com amigos , serestas a luz da lua , brincadeiras com troca de presentes , enfim : recordações que se tornam vivas a medida que deixo desfilar na minha mente cada carinho e sorriso apetecido.
Um Natal no entanto , exatamente no ano de 1983 foi talvez o mais importante na minha vida .Geralmente no dia 25 de dezembro eu sempre era acordada por minha mãe , que entrava cedinho no meu quarto e me abraçando cantava o tradicional “ parabéns pra você” ( por se tratar também da minha data natalícia).
Naquele ano , para minha surpresa ninguém me acordou .Levantei as pressas e vi que tinha sido colocada por debaixo da porta uma cartinha para mim . E na íntegra transcrevo aqui o teor da mensagem recebida , escrita por minha saudosa mãe :


“ Rose querida , um Natal não muito distante eu escrevi uma cartinha para Papai Noel, pedindo uma boneca., e aguardei com ânsia o tão esperado dia .Coloquei meus sapatinhos debaixo da cama e fui dormir .Quando o dia raiou , os meus sapatinhos estavam tão vazios como na noite anterior.Não me desesperei e continuei na cama . Estava quase adormecendo , quando exatamente as 10,35 , Papai Noel chegou e de mansinho colocou ao meu lado a boneca mais linda do mundo.Uma bonequinha de carne e osso ! Essa coisa linda foi você!
Eu adoro o Natal e sou eternamente grata a Deus por ter me dado você , ainda mais , na mesma data do seu Filho. Todo carinho e amor do mundo . Beijos da mamãe , Odete.”


Impossível descrever o que senti com aquela mensagem tão bonita e tão diferente que recebi naquele Natal de 1983.
Desde então eu costumo ler no dia de natal essa cartinha escrita tantos anos passados , e é impossível negar o mundo de saudades que invade o meu coração .
Hoje não a tenho mais ao meu lado , mas onde quer que esteja ,ela sabe perfeitamente que se fui na sua vida a boneca mais linda que Papai Noel lhe ofertou , para mim ela foi e sempre será a melhor mãe do mundo que Papai do Céu me deu !


rosa guerrera

Bibi da Onça - Um Otimista no Natal - Por José do Vale Pinheiro Feitosa

O título carece explicação. Bibi por diminutivo de Beraldo e Onça por feito de coragem ao contrário. Madrugada de valentões: caçada de uma onça que dizimava as ovelhas lá no olho d´água da Serra do Quincuncá. A luta para arrumar a arriscada excursão na coragem de Bibi. Ele acompanhou, mas assim que o rastro da fera e tiquinhos de bosta verde no meio do mato apareceram, deu uma sede de deserto na alma de Bibi. As cabaças estavam secas. Alguém sugeriu que Bibi chupasse um taco de rapadura. Pronto Bibi bateu em retirada a busca de um pote de água dormida. A onça colou ao apelido de Bibi.

Bibi é otimista inveterado. A sentença do patrão das terras onde vive agregado são loas de obediência. Mas ele tem uma arrumação no olhar: o olho esquerdo fulmina o pessimismo dos que reclamam e o direito ilumina as glórias do patrão. O Patrão anda por aí na Hilux refrigerada, mora na cidade e de costuma provar o sal da terra nos mares bravios do Ceará. Bibi é outra coisa: casa com teto vazado feito arupemba e paredes com buracos de espia.

Neste natal o patrão mandou a Hilux na fazenda para pegar as carnes de um carneiro e um peru de primeira. Aproveitou a viagem e mandou uma “ceia de natal” para os agregados da sua fazenda. O olho direito de Bibi da Onça brilhou como uma super nova.

Os agregados que restavam na fazenda eram poucos e Bibi aproveitou para criticar:

- Viram no que dá? É esta tal de Bolsa Família e os homens se aposentando cedo demais. Tem muito caba bom de eito que foi morar na cidade com aquele dinheirão que ganha do governo não quer mais nada com o trabalho. Agora é isso aí! Uma festa desta tinha para mais de quarenta pessoa. Agora é só nós.

De fato os presentes à “ceia” não passavam muito de quinze pessoas. Entre eles uns três sobrinhos de Bibi, Mário e sua mulher Ana, Zé Chulé e a mulher, Tonho e Zefinha e mais outras pessoas que não adianta esticar a lista. E aí veio a ceia. Que decepção. Bibi, abriu a bolsa de plástico e tinha umas seis pet de tubaína. Mario olhou para Ana e estimulou o olho esquerdo de Bibi.

- Mas minino só mandou “espoca bucho”. Antigamente pelo menos tinha aluá. Agora é este bicho que faz nós soltar tanto traque que escangalha o buraco que rima com caju.

- Deixe de ser ingrato. Seu pessimista. Nunca vê as coisas boas que acontece. Tudo é ruim, não adianta dar as estrelas. O aluá é coisa ruim, da casca do abacaxi, suja, cheia de micróbio. Agora não, este refrigerante de primeira é sadio, a água é até pasteurizada.

Mario olha para Ana e comenta: e vai ter pastel?

- Qui nada. Ói lá em riba da mesa, só tem aquela bulacha dura da bodega de Mané da Rola.

Bibi ficou possesso com as palavras de Mario e Ana. Foi de porta a fora e fez uma oração de louvor ao seu patrão, com o chapéu na mão e o olho direito olhando para a casa grande adormecida no silêncio do natal, com tubaína, bolacha dura e sem a Missa do Galo.

René Bittencourt- Por Norma Hauer

Ele nasceu em Paquetá, no dia 23 de dezembro de 1917. Deixou sua ilha e veio para o continente, onde trabalhou em revistas e jornais, além de empresariar artistas de várias categorias.
Foi como compositor, a partir de 1932, que RENÉ BITTENCOURT passou a ficar conhecido, tendo gravado, com Noel Rosa a música da autoria de ambos "Felicidade".
Conseguiu aparecer, principalmente por ter-se juntado a Noel.

Continuando no jornalismo, seu nome ficou de fato conhecido em todo o Brasil, quando Orlando Silva gravou , em 1940, da autoria de René, a canção "Sertaneja", que, posteriormente, teria uma resposta, ainda com Orlando Silva:"Voltei, Sertaneja".
Orlando , em 1941, gravou "Sinhá-Maria", também um grande sucesso. Em 1945 Gilberto Alves gravou "Era Uma Vez";no mesmo ano Augusto Calheiros lançou "Senhor da Floresta" e, em 1947, "Garoto da Rua".

Em 1952 Francisco Alves lançou uma composição que "estourou" naquele ano, principalmente após a morte trágica do cantor. Trata-se da "Canção da Criança", com as crianças da Casa de Lázaro, devendo os direitos autorais serem entregues àquela instituição.
Quando, em meados de 1952, Carlos Galhardo foi-se apresentar em Portugal, Chico Alves entregou-lhe um acetato (gravação particular) com uma música de nome "Eu Acuso" ( feita em parceria com René Bittencourt) para que Galhardo a apresentasse em Portugal. Lá, ele soube da morte de Chico e, emocionado, cantou para a platéia portuguesa aquela música, gravando-a quando de seu regresso ao Brasil.

Em 1958, outro sucesso de René Bittencourt, desta vez em co-autoria com Raul Sampaio:"Nono Mandamento", gravação de Caubi Peixoto.

Simultaneamente com sua carreira de compositor, continuou na qualidade de jornalista, durante muitos anos na "Revista do Rádio", com uma secção de nome "Feira de Amostras".

René Bittencourt faleceu no dia 21 de novembro de 1979, aos 61 anos. Completaria 62 um mês depois.

Norma

Por Norma Hauer

A MAIOR PATENTE DO RÁDIO=30 ANOS SEM ELE
INCRÍVEL !!! FANTÁSTICO!!! EXTRAORDINÁRIO !!!

Ele foi uma pessoa INCRIVEL, Seus trabalhos foram FANTÁSTICOS e tudo que fez foi EXTRAORDINÁRIO.

Nasceu no dia 19 de fevereiro de 1909, recebendo o nome de Henrique Foreis Domingues. Com esse nome, só os mais íntimos o conheceram, mas como ALMIRANTE ficou conhecido,através do rádio,em todo o território nacional.
E por que ALMIRTANTE? Por ele ter feito o serviço militar na Reserva Naval e seus colegas terem feito uma brincadeira com ele; por causa de sua altura (1,81m)foi apelidado de Almirante.

Mas a data de hoje (22 de dezembro) marca 30 anos de seu falecimento.

Foi um dos radialistas e produtores radiofônicos que mais tempo atuou no rádio, tendo suas atividades começado no final da década de 20
. Nos anos 30 e 40 manteve-se firme,cada vez com mais audiência e somente uma doença grave o afastou da Rádio Tupi,em janeiro de 1958. Nessa data teve um derrame seriíssimo, que o manteve afastado de qualquer atividade física e intelectual durante todo o resto da década de 50,precisando reaprender a falar, tal foi sua falta de nexo e de memória.

Entre os anos de 1963 e 1971 manteve duas colunas semanais de nome “Incrível! Fantástico! Extraordinário” e “Cantinho das Canções” e uma semanal intitulada “Pingos do Folclore”no jornal “O Dia”.

Suas atividades artísticas começaram com a criação de um conjunto de nome “Flor do Tempo”,logo transformado em “Bando de Tangarás”, do qual fizeram parte Braguinha (como João de Barro),Alvinho,Henrique Brito e Noel Rosa. O nome foi sugerido porque -explicou Braguinha- tangará é um pássaro que canta em grupo com outros 5 tangarás. Esse grupo foi inspirado no “Turunas da Mauricéia”, que havia vindo do nordeste em 1927, tendo à frente o cantor Augusto Calheiros. O “Bando de Tangarás” começou apresentando-se em circos e teatros mambembes cantando emboladas e outros ritmos nordestinos.

No final de 1929, as gravadoras estavam interessadas em novos compositores e cantores, daí o grupo entrar no campo das gravações.

Suas primeiras gravações foram "Mulher Exigente” e “Conseqüências do Amor”.

Desfez-se o grupo no final dos anos 20 e Almirante, assim como os demais componentes passaram a atuar sozinhos. Foi quando Almirante gravou um samba que teve muito sucesso, de nome “Na Pavuna”, sendo o primeiro a usar percussão em uma gravação popular.

Convidado por Ademar Casé,Almirante foi um dos primeiros a compor programas elaborados, que tiveram como precursores Renato Murce na Rádio Clube) e Valdo Abreu(na Mayrink Veiga).

Mas os de Almirante eram de um nível superior porque ele ia “fundo” em suas pesquisas e,ao longo de sua carreira, criou mais de uma dezena deles e compôs um arquivo que,doado ao Governo do antigo Estado da Guanabara, transformou-se no Museu da Imagem e do Som, no qual ele foi um dos primeiros diretores.

Depois do “Programa Casé”, Almirante passou a fazer parte do elenco da Rádio Nacional,transferiu-se para a Tupi,regressando à Nacional e terminando suas atividades radiofônicas na Rádio Tupi,em 1958.

Foi nesta Rádio que criou seus mais interessantes programas, como é exemplo o “Tribunal de Melodias”, um dos muitos que teve a participação dos ouvintes.

Ao longo de sua carreira criou os seguintes programas:
“Incrível! Fantástico! Extraordinário!”; “Onde Está o Poeta ?”;”Carnaval Antigo”; “O Pessoal da Velha Guarda”;”Coisas do Arco da Velha”;”Instantâneos Sonoros”;”Anedotário dos Professores;”História das Danças”;”Aquarelas do Brasil”:”Caixa de Perguntas”;”Orquestras de Gaita” e “Dicionário de Gírias”, que pretendia publicar, mas não o fez.

Hoje, referendamos sua memória, pelo grande vulto que deixou grandes marcas em nossa música e nosso rádio.

Essa é nossa SAUDADE.

Norma

RESPOSTA AO PÉ DA LETRA – Por Pedro Esmeraldo

Ultimamente, após a tempestade sombria, tenho sido molestado por pessoas pretensiosas e insistentes cujo objetivo é macular a minha imagem.
Não sei por que motivo essas figuras maldosas se lançam contra mim, a fim de toldar a consciência, devido à queda rápida de figuras notáveis da política local.
Não sou culpado pelo desgaste de pessoas amigas que não souberam conduzir os destinos da vida.
Não atiro pedras em ninguém. Às vezes, sou obrigado a criticar quando observo alguns erros, mas confirmo: minhas críticas são admoestatórias e, portanto, não buscam desfazer dos meus amigos.
Segundo palavras dessa pessoa maldosa, respondo: não gosto de atirar em ninguém, porque tenho como meta proteger os animais, quer sejam racionais ou irracionais. Por isso, comprovo que não sou artista popular.
Não sou de tomar medidas apressadas e nem ouvir as conversas de pessoas bisbilhoteiras, pois para mim, palavras loucas não devem ser ouvidas.
Não pretendo falar mal de ninguém e nem cito nome de pessoa alguma quando pronuncio palavras desconexas ao redor de amigos.
Só procuro fazer o bem aos amigos, principalmente aqueles que são verdadeiramente amigos, e servir ao Crato.
Não é do meu feitio ser intolerante, se por acaso algum dia cair no erro, sinto-me na obrigação de pedir desculpas diante da sociedade.
Peço que da próxima vez possam respeitar as pessoas idosas e os amigos que andam em volta dos senhores de grande quilate, por isso volto a dizer: a gente tem como propósito as amizades em torno de mim mesmo. Muitas vezes, é necessário estar com as orelhas em pé e tomar cuidado para não confiar em certas pessoas de péssimas qualidades morais. Por essa maneira; lembro-me de uma frase que vou transmitir agora que foi pronunciada por alguém: Deus me livre dos amigos, porque dos inimigos eu sei me livrar. Afirmo, portanto, que se deve ter cuidados de certos amigos.
No tempo de minha infância, saí pelo sítio ao redor da minha casa com a companhia de dois cães de guarda que me protegiam na hora do perigo. Esses sim eram verdadeiros amigos e não esses que vivem andando ao redor das pessoas e por trás tiram o couro de seus amigos, que se tornam vítimas.

Crato-CE, 22 de dezembro de 2010.

Feliz Aniversário, Alfredo Moreira Neto !





Figura doce, filho único de Dona Valda, querido irmão !

Abraço amoroso.



Gregório de Matos




Gregório de Matos Guerra (Salvador, 23 de dezembro de 1636 — Recife, 26 de novembro de 1695) alcunhado de Boca do Inferno ou Boca de Brasa, foi um advogado e poeta do Brasil Colônia. É considerado o maior poeta barroco do Brasil e o mais importante poeta satírico da literatura em língua portuguesa, no período.

Recebido por e-mail


"Estou em silêncio
Olho com esperança
O céu
As nuvens passam uma borracha na história do tempo...
Recomeça um novo tempo da história!"

Nota de pesar... - por Socorro Moreira



Faleceu na manhã do dia 22, em Várzea Alegre, a Sra. Francisca Messina de Andrade Morais.
Estive naquela cidade abraçando uma família que acarinho, desde a minha adolescência.
Solidarizo-me com Maria Ísis, Fátima, Giovane, Marcone , Homero, descendentes e afins.
Saudades eternas do meu amigo , filho primogénito de Dona Messina : José Ítalo de Andrade Próto.
A vida é breve , mas o afeto especial é marcante !
O que fica gravado no coração se eterniza !

Passei meus olhos naquela cidade querida , onde vivi férias maravilhosas , na casa de Seu Mundinho Tibúrcio. Cresceu assustadoramente. Ficou diferente...Fixei meu olhar na torre da Igreja de São Raimundo, e reencontrei seus ares antigos, com presenças sempre vivas.
Emocionei-me !
Abraço a todos que fazem parte desta minha fase de vida. A morte inexiste !
Com certeza, ontem, Dona Messina foi recebida pelo Pe. Otávio , e todos os seus amores que já moram noutro plano - o Divino!

Colaboração de Luis Eduardo

Uma lição da Deusa - Shankaracharya

Você pode achar que nunca ouviu falar de Shankaracharya, mas é provável que você mesmo ou alguém que conheça tenha sido influenciado pelo seu pensamento. Shankara foi um dos primeiros yogis a divulgar amplamente a idéia de que o mundo é um total "maya", uma ilusão, e que nós na realidade, somos todos um.

Ele foi um dos pensadores mais influentes da história asiática. Entretanto, na maior parte da sua vida, desprezou o princípio feminino, considerando tudo o que dissesse respeito à matéria ou ao desejo uma condição inferior do ser.Certo dia, no final de sua curta vida, quando estava entrando em um templo de Shiva, Shankaracharya encontrou uma mulher histérica de casta inferior bloqueando seu caminho. Ela soluçava descontroladamente sobre o cadáver do marido. Shankara achou a cena repugnante e desagradável.

- Saia do meu caminho! - ordenou.
A mulher iletrada olhou para ele com desconfiança.
- Voce não é o mestre que diz que todas as coisas são Brahman, que todas as coisas são Deus, que não há impureza em lugar algum? - retrucou ela, com amargura. - Se eu não sou impura, por que devo sair do seu caminho? Se eu sou a realidade onipresente, com "posso" sair do seu caminho?
Shankara ficou chocado demais para responder.

A mulher ainda não tinha terminado.

- O seu poderoso Brahman não é mais do que isto! - gritou ela, apontando o marido morto.
Naquele momento, a mente do grande pensador se abriu com violência. Ele se lembrou de uma das imagens mais dramáticas da vasta iconografia religiosa da Índia: a esfarrapada Deusa Kali pressionando o cadáver do Deus Shiva. "Sem o poder Dela, o próprio Shiva não é capaz de se erguer", dizem os shaktas, os adoradores da Deusa.
Naquela fração de segundo, Shankara compreendeu que, ao negligenciar a Deusa, ele perdera a própria essência da vida. Imaginando Brahman como consciência totalmente abstrata, pura e imóvel, ele tinha esquecido o aspecto fecundo, criativo e vivo da realidade, o feminino. Agora, a própria Kali estava se manifestando para fazê-lo lembrar da sua glória.
Para horror dos seus discípulos, Shankaracharya ajoelhou-se e segurou os pés da mulher, agradecendo-lhe pela lição.
- Não, você não é impura. A minha mente é que era impura. Nunca encontrei um mestre maior do que você.
Shankara desistiu de escrever sobre filosofia e passou os últimos anos de sua vida compondo poemas extáticos para a Deusa, alguns dos quais ainda são considerados como os mais lindos entre os versos do idioma sânscrito.
Através dos séculos, desde Shankara, as mulheres de percepção extraordinária, quer festejadas, quer anônimas como a pesarosa viúva, deixaram as suas marcas indeléveis na espiritualidade indiana, com ou sem a aprovação da sociedade.
Hoje mulheres semelhantes andam pelo solo da Índia. Algumas cuidam de suas famílias em aldeias rurais inatingíveis por qualquer estrada pavimentada. Algumas estudam ou ensinam em universidades. Algumas vivem invisivelmente em choupanas nas florestas e em cavernas nas montanhas.

Mensagem de Luis Eduardo

Conforme a pedra cantada, Socorro, o Bolsa Família e o PAC mais Lula elegeram Dilma, e é preparado o trem-bala para 2004, mais Bolsa Família e PAC atualizados. Ainda, o Instituto Lula no coração de São Paulo, aquele estado tem sido governado pela Oposição. A vitória completa preparada para 2014. E agora? Assim como Lula fez, que Dilma confirmou o incentivo ao agronegócio no País, isso significa a continuidade do agrotóxico e da doença. As matérias anexas enviei para meus amigos do PT, que apoei nas eleições, para a ciência deles. Você verá a importância de ler. Como lhe disse, gostarei recomendar na minha folha de identificação do Carricaturas mais o site www.anovademocracia.com.br, que trata da política tão importante.

2011- Colaboração de Luis Eduardo

...---== 2011 ==--...
UM ANO DE UNIDADE
Mensagem de Kuthumi Canalizada por Lynette Leckie-Clark
Dezembro de 2010

Eu, Kuthumi, os saúdo na paz, na glória de Deus e de Tudo O Que É.

Fui solicitado para compartilhar insights para o seu próximo ano de 2011. Este marca o ano de grande avanço espiritual para a humanidade. Muitas almas despertarão para o seu propósito mais elevado e se lembrarão do conhecimento de sua alma. Pois, quando a vibração é elevada, assim é o véu do espírito. Quanto mais vocês vibram na Luz, na consciência, mais fino fica o véu, até que um ponto crítico seja alcançado, onde vocês começarão a fluir na Luz da alma e como um, com todos. Com a vibração do Universo, a Terra e almas companheiras também. Vocês fluem com a vibração de Deus, a Fonte – Tudo O Que É. Assim é e será.

SISTEMA MONETÁRIO FINANCEIRO

Seu ano de 2010 trouxe muitos catalisadores, em preparação para um maior despertar através das transformações exteriores. Todos os sistemas monetários, como vocês os conhecem, mudarão. Esta é uma mudança realizada pela ganância e pelo poder. Entretanto, nós estamos conscientes, de modo a transformar esta situação para um propósito mais elevado, onde vocês buscarão a sua paz, além do nível material, enquanto as memórias de sua alma são novamente despertas.

Compreendam que tudo o que vocês precisam está dentro de vocês. Não está fora de vocês. Nunca esteve. Como eu disse muitas vezes em preparação para este momento – simplifiquem a sua vida de todas as maneiras. Enquanto a luta contra a corrupção se intensifica mais chorarão por justiça e paz. Muitos países e raças se unirão. As pessoas nas cidades se unirão. Esta é a sua força. A força de grandes famílias. Isto os levará à vitória, meus amigos. A vitória sobre a corrupção e às mudanças da Terra. É o momento de se unirem, de compartilharem as suas colheitas e hortas, e o seu conhecimento. Ajudem-se, como nunca antes. O momento da separação terminou. Todas as fundações que não são fortes desmoronarão.

COLHAM O QUE VOCÊS SEMEARAM

O que vocês semearam em sua vida até agora? Vocês ajudaram outros livremente, como são capazes, com um coração aberto? Ou relutaram em oferecer a ajuda aos outros, mesmo no menor nível? O que o seu coração lhes diz? Como será a sua vida agora?

Pois é somente através das suas ações que será decidido o seu futuro. Isto será fortemente evidente neste ano. Lembrem-se de que há dois níveis, o interno e o externo. O interno, o seu coração, o seu relacionamento com Deus/Fonte. Estão em paz interiormente? Vocês percebem o milagre e a beleza da criação? Respeitam-se e, portanto, aos outros? Estas são questões importantes para se fazerem. Exorto-os a reservarem um tempo, comecem agora e se questionem.

O que está contido no interior é refletido no exterior. Como podem respeitar o outro se não podem se respeitar? Como podem compartilhar com outros quando vivem no medo da carência? Para alguns de vocês este medo é tão grande que vocês se acorrentaram a fantasias negativas. Sim, fantasias. Pois vocês temem o que não aconteceu. Vocês temem o futuro. Um futuro criado em sua imaginação. Por que dão a estas fantasias da mente tanta energia? É desperdício de energia.

Tudo o que tenho ensinado através das minhas transmissões com isto, foi prepará-los para este momento. Prepará-los para o despertar e os passos mais elevados que cada um deve agora dar para que sejam bem sucedidos em seu processo de evolução.

UNIDADE

2011 é o seu ano de despertar plenamente em sua mente e em seu coração. Um ano para dissipar o seu medo e as suas fantasias do que pode ou não ser. Este ano é um tempo de nascimento. O nascimento de uma nova consciência. Uma nova maneira de pensar.

É um tempo para se concentrar em um futuro feliz. Um momento para simplificar a sua vida. Para liberar o débito, a desordem e as emoções ultrapassadas. Sim, muito do seu alimento tem uma validade, não é? Eu lhes disse que as velhas emoções da dor e do ressentimento também têm uma validade. A data final foi Dezembro de 2010!

DATA DE VALIDADE

Assim é um momento agora de jogar fora as velhas memórias dolorosas. Pois é isto que elas são agora – memórias. É o momento de jogá-las fora. Tempo para limpar os armários do seu corpo emocional. Tempo para deixar ir. Libertar-se. Acabou a data de validade.

Meus amigos, quando vocês completarem estas coisas, se sentirão renascidos. Quando se sentam e se questionam, estão em paz interiormente? Podem ver a beleza de toda a criação? O seu coração é um “coração aberto”? Quando se encararem honestamente e esvaziarem o seu armário emocional plenamente, renascerão. Renascerão na luz, na liberdade. Exorto-os a meditar. Eu os ajudarei a completar este processo.

O PONTO CRÍTICO

Isto está esperando por vocês. Cada um de vocês. Em liberdade e com uma nova confiança pacífica, vocês podem se unir, não importa quais sejam as circunstâncias exteriores. Percebam que tudo isto que falo está dentro de vocês. É o que ninguém pode tirar de vocês. Ninguém. Esta é a verdade. A partir deste ponto crucial, vocês começam a criar o novo. Vocês criam a nova consciência da Luz em seu ser. A Luz permanece com vocês, em sua alma. Quando fizerem a transição, o seu corpo físico permanecerá no plano da Terra. Sua alma viajará para as dimensões mais elevadas do Plano da Alma.

A Luz que vocês construíram os auxiliará nesta travessia e permanecerá contida na essência de sua Alma. Tudo o que esteve no plano material se dissolverá. O material com o qual vocês avaliaram o seu sucesso se desintegrará. Nada disto poderão levar com vocês quando fizerem a transição. Permanecerá uma memória da experiência da alma. Mas a Luz, a consciência mais elevada, o amor de todos, isto viajará com vocês para o Plano da Alma. E lá, vocês participarão de uma grande celebração. Uma celebração de uma encarnação bem sucedida, onde vocês conseguiram criar a nova Unidade da Humanidade.

ANO DA UNIDADE

Eu os estimulo ao longo deste ano de 2011, a se manterem firmes na Luz. Permitam que ela seja a sua armadura para tudo o que for negativo. Permaneçam fortes na consciência, na Luz. Desta maneira vocês poderão se unir confiantemente com outras pessoas de consciência semelhante em força e com todo o conforto.

A Terra também passará por muitas mudanças e completará muitos ciclos. Haverá Terremotos e erupções vulcânicas. Será um ano de água, muita água. Em vários locais o solo oceânico se elevará consideravelmente. Os fluidos da Terra serão deslocados. Assim, eu digo que 2011 é o ano da unidade para a Humanidade. É um ano decisivo para todo o seu futuro.

Mestre Kuthumi

Direitos Autorais 2001 – 2011. Todos os Direitos Reservados. Escola de Sabedoria Kuthumi

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Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br