Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Dom Francisco de Assis Pires -- por Armando Lopes Rafael

   Foi o Cardeal Dom Sebastião Leme, à época, Arcebispo do Rio de Janeiro, quem atribuiu a Dom Francisco de Assis Pires – segundo Bispo de Crato – a designação de “A violeta do episcopado brasileiro”. Desde a Idade Média, a violeta simboliza fidelidade, castidade e humildade. Merecidamente, Dom Francisco ficou conhecido como “A violeta do episcopado brasileiro”.
   
Outros títulos foram-lhe atribuídos. Monsenhor Francisco Holanda Montenegro – no livro “Os quatro Luzeiros da Diocese” – refere-se a Dom Francisco como “O Bom Samaritano”. Já Monsenhor Raimundo Augusto – no opúsculo “Histórico da Diocese de Crato” – escreveu que o segundo bispo de Crato “era a caridade em pessoa.

Desprendido dos bens terrenos, bondoso e manso, veio para servir aos seus diocesanos sem nada receber em troca”. Tudo em consonância com o lema episcopal escolhido por Dom Francisco: Não vim para ser servido, mas para servir.      Monsenhor Raimundo Augusto justificou a sua opinião: “A longa e diuturna convivência com Dom Francisco, na prestação de serviços à Cúria Diocesana, autoriza-me a expressar-me assim. Vi de perto a riqueza de virtudes que ornavam sua alma Angélica, seu coração de ouro”.
    
Nascido no seio de uma rica família da capital baiana, Dom Francisco era, no dizer dos seus biógrafos, um verdadeiro aristocrata. Monsenhor Montenegro é taxativo: “Um rico que se fez pobre a serviço dos mais pobres”.  É voz unânime que o segundo bispo de Crato tinha, realmente, predileção pelos mais pobres e mais sofredores. Por conta disso, possuía centenas de afilhados de batismo ou crisma. Dotado de uma delicadeza impressionante, tratava a todos – de qualquer condição social – com educação esmerada.
     
Entre os afilhados de Dom Francisco, um merece ser citado. No final dos anos 40 veio residir em Crato um casal francês, que sofrera as agruras da Segunda Guerra Mundial: Hubert Bloc Boris e sua esposa Janine. Hubert, em pouco tempo, tornou-se figura estimada na sociedade cratense, mercê seu temperamento extrovertido, facilidade de fazer amizades, além do destaque social adquirido por ser administrador do maior imóvel rural do Sul do Ceará – a Fazenda Serra Verde, localizada em Caririaçu – participar do Rotary Clube de Crato, dentre outros atributos de que era possuidor.
Hubert era judeu de nascimento, o primeiro, talvez, a integrar o rebanho das ovelhas pastoreadas por Dom Francisco. Este, aproximou-se do casal francês e, depois de longas e demoradas conversas, conseguiu a aquiescência de Hubert para batizá-lo na Igreja Católica. Bom lembrar que Janine tinha procedência católica o que facilitou, certamente, a conversão ao catolicismo do saudoso e sempre lembrado “Cidadão Cratense” (título concedido pela Câmara de Vereadores), Hubert Bloc Boris.
     
Dentre as muitas realizações materiais de Dom Francisco destacamos três: a construção do primeiro hospital do Cariri – o São Francisco de Assis – onde havia lugar destinado à indigência, ou seja, aos doentes pobres; o Liceu de Artes e Ofício (hoje extinto) destinado à profissionalização da juventude masculina de baixa renda; o Patronato Padre Ibiapina, também extinto, (cujo prédio é ocupado hoje pela reitoria da Universidade Regional do Cariri) destinado à educação de moças pobres.
     
Numa edição especial do jornal “Folha da Semana”, comemorativa ao centenário da cidade de Crato, com data de 17 de outubro de 1953, foi inserido um artigo da lavra do Padre Neri Feitosa, com o título “A venerável figura de Dom Francisco Pires”. Dali retiramos os seguintes tópicos:
“(...) Ele é eminentemente “Homem de Deus”, com um porte que fala de modo impressionante à piedade. Êmulo e imitador do pobrezinho de Assis, seu onomástico. Dom Francisco de Assis Pires é uma figura muito venerável de asceta contemplativo e cheio de bondade cristã.
“É de ver como se perturba, como se angustia, como sofre o coração do Bispo de Crato, quando se declaram sintomas (dos fenômenos periódicos) da Seca. Indaga sobre o sofrimento do povo, sobre as possibilidades dos poderes (públicos), sobre os migrantes, sobre a produção nas diversas zonas da Diocese. Com a mão trêmula pelos anos e pela aflição, traça as feições abatidas de seus filhos diocesanos, em telegramas a quem possa prestar socorro.
“Aquela face carrancuda não expressa nada aquela bondade compassiva e providente que lhe enche o grande coração de Bom Pastor.
“Por estas e por outras razões, Crato guardará, nos arquivos da justiça e da melhor gratidão, a lembrança perene desta venerável figura que constitui Dom Francisco de Assis Pires”.

Texto e postagem: Armando Lopes Rafael

Lembrando Madre Esmeraldo

Acima, em foto de Antônio Vicelmo, Madre Esmeraldo aparece entre Telma Saraiva e Madre Feitosa. A foto foi feita em 2005, quando o pintor Edilson Rocha, fez entrega à Casa de Caridade de Crato, de uma tela retratando aquela instituição nos seus primórdios. A Casa de Caridade de Crato foi construída pelo Padre Ibiapina em 1868.

No próximo dia  20 de novembro serão lembrados os 4 anos de falecimento de Madre Esmeraldo, uma pessoa que marcou o Crato por atos de caridade e solidariedade, marcas registradas da sua existência.

Segunda filha do casal José Pinheiro Gonçalves e Maria Santana Esmeraldo Pinheiro, Madre Esmeraldo nasceu aos 10 de março de 1927, em Crato, Ceará. Recebeu o batismo aos 12 de março de 1927, na capela de Santa Teresa, oficiado por seu tio, Monsenhor Pedro Esmeraldo que, juntamente com a sua avó, Amélia Pinheiro Teles, foi seu padrinho. Sob a presidência de Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, 1º bispo de Crato, Madre Esmeraldo recebeu o sacramento do Crisma, na catedral de Nossa Senhora da Penha, aos 09 de janeiro de 1928, sendo amadrinhada pela sua tia, Pia Esmeraldo Cabral.

Ingressou na Congregação das Filhas de Santa Teresa de Jesus, aos 30 de janeiro de 1949. Em 02 de outubro do mesmo ano foi admitida ao noviciado e em 03 de outubro de 1950, emitiu os seus primeiros votos. Em 03 de outubro de 1955, Madre Esmeraldo pronunciou perpetuamente os seus votos de pobreza, obediência e castidade. Segundo o livro de registro da Congregação, Madre Esmeraldo foi o n.º 93 e pertenceu a vigésima quarta turma. Madre Esmeraldo viveu com fidelidade a sua Consagração nas seguintes comunidades e nos diversos trabalhos: Colégio Santa Teresa de Jesus, em Crato, onde exerceu o magistério no ano de 1950.

De 1951 a 1953 esteve em Fortaleza cursando a Faculdade de Filosofia no curso de Letras Neolatinas, oportunidade em que permaneceu no Pensionato Nossa Senhora do Carmo, naquela capital. De 1954 a 1962 esteve novamente no Colégio Santa Teresa de Jesus, quando exerceu o magistério, foi Mestra de Disciplina, assistente da Juventude Estudantil Católica, JEC e Diretora do Colégio. Exerceu a função de ecônomo geral da congregação durante 06 anos.

A partir de 1964 passou a residir na Casa de Caridade do Crato quando assumiu a Caritas diocesana e os trabalhos no bairro Seminário, e no próprio Seminário. Fundou o grupo dos idosos, de casais, adolescentes e pastoral da criança. Foi membro do conselho paroquial das paróquias de São José e do Sagrado Coração de Jesus.

O público alvo de sua missão eram as crianças e os idosos. A disposição para tanto, encontrava no encantamento de sua vocação específica: amar e servir ao mais pobre.
Desde sua infância dedicou-se aos sacerdotes e aos seminaristas, época em que seu pai os acolhia no sítio Belmonte para repouso e recuperação de saúde. Nunca mais deixou de olhar com carinho para estes servos e ou futuros servos do Senhor. Exerceu função de pioneirismo quando o reitor do seminário abriu a Obra das Vocações Sacerdotais em Crato. Seu trabalho profícuo e vitorioso evidenciou-se naquela década de 1950.

Durante a enfermidade, Madre Esmeraldo, demonstrou ter clareza do significado do sofrimento cristão: "participação no sofrimento de Cristo". Compreendeu as palavras de Jesus: "é permanecendo firme que ireis ganhar a vida".

Prefeito Samuel Araripe responde a Leitor e lista Obras que Realizou nos Distritos


Nota do Editor - Ontem recebemos uma carta endereçada ao Sr. Prefeito Municipal cobrando obras para os distritos do Crato. Hoje o prefeito Samuel Araripe já respondeu, encaminahndo um e-mail em que lista obras que foram realizadas durante o seu governo nos distritos:

Caro Sr. Raimundo Antonio,

Primeiramente gostaria de dizer que a estrada de santa fé foi construida na decada de 80 pelo governo do estado e desde aquela época não houve reforma, agora o atual governador do estado decidiu fazer a devida recuperação e para tanto ja está tomando todas as medidas legais cabíveis.

A iluminação que dá acesso ao jocun já foi autorizada, e a empresa responsável pela execução do serviço é a coelce que, infelizmente, não está conseguindo acompanhar a demanda do nosso município, e todos os dias eu cobro agilidade.

No que diz respeito ao tratamento dado por mim à zona rural da nossa cidade eu gostaria de dizer que sempre tive atenção especial para com os moradores dessas áreas, e para tanto o meu primeiro ato quando assumi a direção do Crato foi criar a secretaria de agricultura, pois até então não existia um vinculo permanente entre a prefeitura e os moradores rurículas.

Vale lembrar que até o ano de 2004 não era dada a atenção devida aos pequenos produtores rurais, como prova disso temos o programa “garantia safra” que naquela data contemplava apenas 500 famílias e hoje, após um grande empenho do nosso governo, são mais de 3.500 famílias beneficiadas. Não posso esquecer o programa de gradagem e aração de terras que foi criado em 2005 e hoje atende o produtor rural que não tem condições financeiras de realizar tais serviços por conta própria.

Todos os anos, após o periodo chuvoso, os 700 km de estradas vicinais da nossa zona rural são recuperadas, esse ano ja recuperamos 75% e em breve as maquinas estarão trabalhando no distrito de Santa Fé. Muito foi realizado na sede do municipio do crato, mas também muito foi feito na zona rural e como exemplo cito:

01.PÓLO DE ATENDIMENTO DA PONTA DA SERRA.
02.QUADRA COBERTA DA PONTA DA SERRA.
03.CONSTRUÇÃO DE PRAÇA EM DOM QUINTINO.
04.ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO CAMPO ALEGRE.
05.ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO JUÁ.
06.ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO BAIXIO VERDE.
07.ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO SÍTIO ALEGRE.
08.ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO BELO HORIZONTE.
09.ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO SÃO JOSÉ.
10.ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA VILA JENIPAPO.
11.ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO BAIXIO DE SÃO JOSÉ.
12.ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA BOA VISTA.
13.ELETRIFICAÇÃO DO POÇO DANTAS.
14.ELETRIFICAÇÃO DA LAGOA DO FAUSTINO.
15.ELETRIFICAÇÃO DA BEBIDA NOVA.
16.ELETRIFICAÇÃO DO JABURÚ.
17.ELETRIFICAÇÃO DO SÍTIO CIPÓ.
18.ELETRIFICAÇÃO DO GONÇALO.
19.ELETRIFICAÇÃO DO CALDEIRÃO DO GONÇALO.
20.ELETRIFICAÇÃO DA VARZINHA.
21.ELETRIFICAÇÃO DA MINGUIRIBA.
22.ILUMUNAÇÃO NO DISTRITO DE DOM QUINTINO.
23.AMPLIAÇÃO DO CEMITÉRIO DE DOM QUINTINO.
24.ESCOLA DO DISTRITO DE MONTE ALVERNE.
25.CALÇADÃO DA PONTA DA SERRA.
26.PRAÇA NO DISTRITO DA BELA VISTA.
27.PAVIMENTAÇÃO DA RUA SANTA IZABEL ( BELA VISTA )
28.PAVIMENTAÇÃO DA RUA CHIQUINHA VENÂNCIO ( VILA SÃO FRANCISCO )
29.PAVIMENTAÇÃO DA RUA DONA AMÉLIA ( VILA SÃO FRANCISCO )
30.PAVIMENTAÇÃO DA RUA FREI DAMIÃO ( VILA SÃO FRANCISCO )
31.PAVIMENTAÇÃO DA RUA DA PAZ ( VILA SÃO FRANCISCO )
32.PAVIMENTAÇÃO DA RUA SÃO PEDRO ( VILA GUILHERME )
33.PAVIMENTAÇÃO DA VILA SÃO RAIMUNDO ( JUÁ )
34.PAVIMENTAÇÃO DA LADEIRA DA SERRA DA BOA VISTA.
35.PAVIMENTAÇÃO DO SÍTIO MALHADA.
36.PAVIMENTAÇÃO DA PALMERINHA DOS BRITOS.
37.POÇO DA VILA MALHADA.
38.31 KITS SANITÁRIOS NA VILA SÃO FRANCISCO.
39.PAVIMENTAÇÃO DA RUA DO PÓLO NA PONTA DA SERRA.
40.PAVIMENTAÇÃO DA RUA S.D.O. ( PONTA DA SERRA )
41. PRAÇA NO BAIXIO DO MUQUEM
42. QUADRA COBERTA DO BAIXIO DO MUQUEM
43. QUADRA COBERTA NO DISTRITO DE SANTA FÉ
44.REGULARIZAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA SEDE DO DISTRITO DE SANTA FÉ.
45. PAVIMENTAÇÃO NA SERRINHA
46. ABULANCIA EXCLUSIVA PARA O DISTRITO DE SANTA FÉ.
47.FARDAMENTO E KIT ESCOLAR PARA TODOS OS ALUNOS DA ZONA RURAL. ( ATÉ 2004 OS ALUNOS DA REDE PÚBLICA NÃO TINHAM FARDA )
48.AMPLIAÇÃO DE VÁRIAS ESCOLAS DA ZONA RURAL.
49.POSTO DE SAUDE DA VILA MALHADA.
50.CONSTRUÇÃO DE UMA PRAÇA NO DISTRITO DE DOM QUINTINO
51.CONSTRUÇÃO DE UM POSTO DE SAÚDE EM DOM QUINTINO.
52.RESTAURAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES NO CALDEIRÃO DE SANTA CRUZ DO DESERTO.
53.PAVIMENTAÇÃO DA RUA PEDRO ALVES DUTRA ( DOM QUINTINO )
54.PAVIMENTAÇÃO DA RUA JOSÉ DE SOUSA SOBRINHO ( DOM QUINTINO )
55.PAVIMENTAÇÃO DA RUA ANTONIO ALVES DE SOUSA ( DOM QUINTINO
56.PAVIMENTAÇÃO DA RUA FREI DAMIÃO ( DOM QUINTINO )
57.PAVIMENTAÇÃO DA RUA JOSÉ GONÇALVES ( DOM QUINTINO )
58.AMPLIAÇÃO DO POSTO DE SAUDE NO SÃO JOSÉ.
59.IMPLANTAÇÃO DO PLANTÃO MÉDICO NOTURNO NO DISTRITO DE PONTA DA SERRA
60.ESTÁ EM ANDAMENTO A OBRA DE CONSTRUÇÃO DE UMA QUADRA NA VILA MALHADA.
61.CONSTRUÇÃO DE UM POSTO DE SAÚDE NA SANTA ROSA.
62.PAVIMENTAÇÃO.DA RUA PADRE NOBRE ( SÃO BENTO ) 63.PAVIMENTAÇÃO DA RUA OZANA DE SÁ BARRETO ( SÃO BENTO ) 64.PAVIMENTAÇÃO DA RUA DA GLÓRIA ( SÃO BENTO ) 65.PAVIMENTAÇÃO DA RUA AUGUSTO ALENCAR ( SÃO BENTO 9
66.PAVIMENTAÇÃO NA VILA PADRE CICERO
67.CRECHE NA VILA PADRE CICERO
68.DIVERSAS AMPLIAÇÕES E REFORMAS EM ESCOLAS.
69.DIVERSAR REFORMAS E AMPLIAÇÕES EM POSTOS DE SAÚDE.
70.RECUPERAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VÁRIAS PASSAGENS MOLHADAS.

Estas obras são apenas uma parta do que foi realizado na zona rural, sei que ainda existem muitos problemas e pode ter toda certeza que estou trabalhando diariamente para que sejam sanados, porém, dizer que nada fiz é no mínimo injustiça. Aproveito para convidar o senhor a comparecer ao nosso gabinete para conhecer os nossos projetos destinados a zona rural da cidade.

Um grande abraço.

Samuel Araripe.
PREFEITO MUNICIPAL DO CRATO
Matéria original publicada no Blog do Crato - www.blogdocrato.com

A morte de Steve Jobs, o inimigo número um da colaboração - Rodrigo Savazoni

No dia seguinte à morte de Steve Jobs publiquei aqui uma postagem com a qual fugia da categoria da genialidade dele. O colocava no universo do capitalismo corporativo multinacional dos EUA. Como este está em crise apontava assim a segunda morte dele. Hoje li este texto e ele traduziu muito bem o sentimento que tive já na saída de uma loja super movimentada em São Francisco na Califórnia.

Vale a pena conferir o texto.




Steve Jobs morreu, após anos lutando contra um câncer que nem mesmo todos os bilhões que ele acumulou foram capazes de conter. Desde ontem, após o anúncio de seu falecimento, não se fala em outra coisa. Panegíricos de toda sorte circulam pelos meios massivos e pós-massivos. Adulado em vida por sua genialidade, é alçado ao status de ídolo maior da era digital. É inegável que Jobs foi um grande designer, cujas sacadas levaram sua empresa ao topo do mundo. Mas há outros aspectos a explorar e sobre os quais pensar neste momento de sua morte.

Jobs era o inimigo número um da colaboração, o aspecto político e econômico mais importante da revolução digital. Nesse sentido, não era um revolucionário, mas um contra-revolucionário. O melhor deles.

Com suas traquitanas maravilhosas, trabalhou pelo cercamento do conhecimento livre. Jamais acreditou na partilha. O que ficou particularmente evidente após seu retorno à Apple, em 1997. Acreditava que para fazer grandes inventos era necessário reunir os melhores, em uma sala, e dela sair com o produto perfeito, aquele que mobilizaria o desejo de adultos e crianças em todo o planeta, os quais formam filas para ter um novo Apple a cada lançamento anual.

A questão central, no entanto, é que o design delicioso de seus produtos é apenas a isca para a construção de um mundo controlado de aplicativos e micro-pagamentos que reduz a imensa conversação global de todos para todos em um sala fechada de vendas orientadas.

O que é a Apple Store senão um grande shopping center virtual, em que podemos adquirir a um clique de tela tudo o que precisamos para nos entreter? A distopia Jobiana é a do homem egoísta, circundado de aparelhos perfeitos, em uma troca limpa e “aparentemente residual”, mediada por apenas uma única empresa: a sua. Por isso, devemos nos perguntar: era isso que queríamos? É isso que queremos para o nosso mundo?

Essa pergunta torna-se ainda mais necessária quando sabemos que existem alternativas. Como escreve o economista da USP, Ricardo Abramovay, em resenha sobre o novo livro do professor de Harvard Yochai Benkler The Penguin and the Leviathan, a cooperação é a grande possibilidade deste nosso tempo.

“Longe de um paroquialismo tradicionalista ou de um movimento alternativo confinado a seitas e grupos eternamente minoritários, a cooperação está na origem das formas mais interessantes e promissoras de criação de prosperidade no mundo contemporâneo. E na raiz dessa cooperação (presente com força crescente no mundo privado, nos negócios públicos e na própria relação entre Estado e cidadãos) estão vínculos humanos reais, abrangentes, significativos, dotados do poder de comunicar e criar confiança entre as pessoas.”

Colaboração: essa, e não outra, é a palavra revolucionária. E Jobs não gostava dela.

GABRIEL GARCIA MARQUEZ


"Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja.
Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.
Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre quando eu digo convicto que "nada é para sempre."...

"A idade não é a realidade salva no mundo físico.
A essência de um ser humano resiste ao passar do tempo.
As nossas vidas são eternas, o que significa que os nossos espíritos continuam a ser tão jovens e vigorosos como quando éramos jovens. Pensa no amor como um estado de graça...não é um meio para nada, mas sim o alfa e o ómega.
Um fim em si mesmo."

GABRIEL GARCIA MARQUEZ

Se Ligue !

Cores - por Aloísio

Cores


Luz sem cor
Pode existir?
Nunca vi

Furta-cor
Revezando
Todas as cores

Espectro de cristais
Cores reunidas
Realçando a vida

De colores
Amostra de
Amores

“Gracias a la vida”

Aloísio

EUA

13/10/2011 22h46 - Atualizado em 13/10/2011 22h54

Fome é a maior arma de destruição em massa, diz Lula nos EUA

Ex-presidente recebeu prêmio dado a pessoas que combateram fome.
'Pobres gostam de comer bem, não gostam de miséria', disse sob aplausos.

Do G1, em Brasília

Lula recebe World Food Prize, em Des Moines (Iowa, EUA) (Foto: Reprodução/Iowa Public Television)Lula recebe World Food Prize, em Des Moines
(Iowa, EUA) (Reprodução/Iowa Public Television)

Após receber, na noite desta quinta-feira (13), o World Food Prize nos Estados Unidos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a fome é "a maior arma de destruição em massa que a humanidade já inventou" e que os governantes, em vez de guerras, devem "lutar pela vida, não pela morte".

"Ela [a fome] não mata inimigos, ela não mata terroristas. Ela mata crianças, e às vezes, no útero da própria mãe, que não teve direito de comer as calorias necessárias ao nascimento de uma criança".

O ex-presidente foi um dos agraciados neste ano pelo prêmio, criado em 1970 para prestigiar personalidades que contribuíram para a diminuição da fome no mundo.

Durante o discurso de agradecimento, que durou cerca de 12 minutos, Lula disse que democracia não é apenas poder "dizer que está com fome... é a gente poder comer, de manhã, de tarde e de noite". Ele mencionou o Bolsa Família e destacou a obrigação de o dinheiro ser entregue à mulher, "mais responsável por levar comida para dentro de casa".

Ele pregou que não basta aos governantes um diploma de universidade para conduzir um país. "É preciso que ele governe com sentimento, como uma mãe", disse. Depois arrancou risos e aplausos ao dizer que "os pobres gostam de comer bem. Pobre não gosta de miséria".

Em seu site, a organização do prêmio disse que Lula, antes mesmo de chegar à Presidência, deixou claro que o combate à fome e à pobreza seria a maior prioridade de seu governo. O texto lembra frase do ex-presidente de que trabalharia para possibilitar que todo brasileiro tivesse três refeições por dia.

Há elogios ao programa Fome Zero e seu desdobramento no Bolsa Família, no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que compra alimentos de pequenos produtores, e do Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Na viagem a Des Moines, Lula foi acompanhado do ex-ministro José Graziano, que entre 2003 e 2004, coordenou o Fome Zero. Em junho deste ano, Graziano foi eleito diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). Na fala, Lula disse que dividia o prêmio com o ex-ministro.

Prêmio
O World Food Prize foi criado pelo cientista e prêmio Nobel da Paz de 1970 Norman E. Borlaug, um dos principais responsáveis pela “revolução verde”, com tecnologias e técnicas agrícolas que aumentaram a produção de alimentos no mundo.

Neste ano, Lula dividiu o prêmio com o ex-presidente de Gana, John Agyekum Kufuor. Sob seu governo (2001-2009), a população pobre reduziu de 51,7% para 26,5% do total de habitantes. A fome caiu de 34% para 9%.

Antes de Lula, dois brasileiros já haviam recebido o prêmio. Em 2005, a entidade laureou o agrônomo Edson Lobato e o ex-ministro da Agricultura Alysson Paulinelli, por pesquisas e políticas de desenvolvimento do cultivo no Cerrado.

Compartilhar no Twitter
Favoritos

Toda música - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Toda música que exalte um povo tem quem a componha. A diferença, no entanto, não está na canção e no compositor em si. A diferença está em quando os corações de um povo se unem através da composição.

Feito esta que segue abaixo composta por Sir Edward Elgar e que é a primeira marcha das cinco Marchas de Pompa e Circunstância, Opus 39.


E como todo ousado vou adiante. Isso aconteceu por que o compositor veio do coração do povo, apesar de ter recebido o título de Sir em 1904 e depois de baronete, ele era filho de um afinador de pianos. Foi quase um autodidata. Viveu em dificuldades, compondo e ensinando música.

Casou-se com a poetisa e escritora Caroline Alice Robers e seu dote de casamento, contrariando o desejo da família que a filha casasse com alguém mais bem endinheirado, foi uma peça para violino e piano chamada Salut D´Amour. Convenhamos que ao ouvi-la temos a certeza que o nada é para sempre é apenas uma impressão passageira, pois se nada é para sempre, tudo o será uma vez que a frase desmentirá a si mesma dado que nada é para sempre.


Nascido em 1857 no interior da Inglaterra, Elgar conviveu com uma geração de grandes e fantásticos compositores que surgiram no apogeu na burguesia Européia, naquele ambiente das óperas e das grandes casas nos países ricos. Ponhamos nesta lista os grandes compositores da ópera e figuras impressionantes como Dvorak, Saens-Saint, Léo Delibes, Offenbach enfim a chamada música clássica teve enorme vigor até o fim da segunda grande guerra.

Que procurar no Youtube vai encontrar muitas coisas de Elgar que compôs entre outras peças históricas como: as variações sobre um tema original (enigma); a sinfonia número 1, o concerto para violoncelo, a sinfonia número 3 entre outras. Ele se destacou como compositor de obras para vozes como The Black Knight, King Olaf e The Light of Life e Caractacus.

Na coroação de Eduardo VII da Inglaterra foi pedido que ele fizesse uma adaptação da Marcha 1 de Pompas e Circunstâncias que já ouvimos anteriormente para um poema de A.C. Benson. Assim a Marchar 1 passou a ser intitulada Land of Hope and Glory. A letra em português: Terra de Esperança e Glória /Mãe da liberdade Como é que vamos te louvar / Quem é nascido de ti / Ainda mais vasto e mais amplo / Teus limites devem ser definidos / Deus que te fez poderosa,/ Faça-te mais poderosa ainda! / Deus que te fez poderosa,/ Faça-te mais poderosa ainda!

Como ouvirão abaixo aqui numa solenidade tipicamente inglesa a Land of Hope and Glory conforme a adaptação citada.