Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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domingo, 22 de agosto de 2010

Características Astrológicas do Signo de Virgem



"Sexto signo astrológico do zodíaco, situado entre Leão e Libra e associado à constelação de Virgo.

Seu símbolo é uma virgem. Forma com Touro e Capricórnio a triplicidade dos signos da Terra. É também um dos quatro signos mutáveis, juntamente com Gêmeos, Sagitário e Peixes.

Com pequenas variações nas datas dependendo do ano, os virginianos são as pessoas nascidas entre 23 de agosto e 22 de setembro.

Palavras chaves que definem o Virginiano:
Pureza, Analítico, Abnegado, Crítico , Cinismo , Medo de Doenças.

Elementos:
Seu Signo é do Elemento Terra: este é o Elemento da concretização, da tomada de forma, da densidade e peso. Ele dá uma estrutura concreta a todas as coisas, confere solidez e substância quando moderado. Mas é também o Elemento que prende, rigidifica e limita quando excessivo.

Nos signos do elemento Terra, a expressão da identidade assume um caráter mais reservado e contido, tornando-se funcional e pragmática.

Sol em Virgem: "Sou o que analiso e purifico".
O indivíduo conhece-se pela sua capacidade de análise detalhada e funcional. Pureza, perfeição e eficiência ajudam-no a perceber quem é. Arrisca-se a cair num excesso de criticismo e em perfeccionismos descabidos.

Interpretação:
Engenhosidade, discernimento e prestimosidade. Habilidade mecânica. Atração por medicina e química. Aprendem com facilidade. Vivem à procura da evolução do próprio intelecto. Alertas, agudas, em matéria de negócios. Normalmente têm bom domínio da linguagem, falando e escrevendo bem. Adoram a riqueza, abundância e a cultura. Não são hábeis para economizar dinheiro."

Nelson Rodrigues



Nelson Falcão Rodrigues (Recife, 23 de agosto de 1912 — Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 1980) foi um importante dramaturgo, jornalista e escritor brasileiro.
" Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico ".

CHRONICAS CARIRIANAS


Essa doeu!

Por Zé Nilton*

Parece mais um pesadelo quando se vai virando página por página do livro “História do Brasil com Empreendedores”, do escritor Jorge Caldeira, São Pulo: Mameluco, 2009. homem dá uma estocada lá no fígado de certa intelectualidade pródiga em explicar a historia da formação brasileira pelo viés marxista. Qual um carrasco, no que este tem de impiedoso, o cara se reveste de um maquinário argumentativo e documental de agudas pontas, e se investe terrivelmente na desconstrução axiológica da metodologia do famoso Caio Prado Júnior, na sua obra inaugural “Evolução Política do Brasil”. É paulada pura!

E nós, das Ciências Sociais, que fomos “obrigados”, apesar de você (a ditadura), nos anos sessenta e setenta, a pensar o Brasil pela ótica conceitual de Caio Prado Júnior. Que decepção, a ser verdade as revelações de origem, de formação e de sinceridade intelectual do dito cujo.

É complicado entender que o homem escreve uma obra marcante na interpretação de nossa formação enquanto sociedade periférica, enquadrando-a num referencial teórico de iluminação marxista, sem ainda ter plenificado sua compreensão do materialismo histórico.

Pior, segundo o cruel Caldeira, ele passa a limpo as interpretações históricas de nossas gêneses capitalistas a cópia fiel dos escritos do positivista e racista Oliveira Viana. Pode ?

Não estou fazendo uma resenha do livro. É bom que todos leiam e tirem suas conclusões. Eu já tirei as minhas...

Minha preocupação desde muito é com a História do Cariri do século XVIII. Aí entra uma particularidade do livro de Jorge Caldeira. Ele fala do pouco alcance da explicação tanto marxista quanto conservadora sobre a economia do século XVIII no Brasil. Ambas não deram conta do que realmente significou a dinâmica do capital por aqui, pois ao reificar o constructo do modelo exportador de nossas riquezas, deixou de lado a existência de uma classe de empreendedores que, “ligada à produção independente e à pequena propriedade, produziu uma economia dinâmica, que crescia em taxas mais elevadas que a da Metrópole – mesmo tendo de lutar contra a ação do governo. Resultado: a economia brasileira, em 1800, era bem maior que a de Portugal”.

É aí onde quero chegar. Era incalculável a riqueza de certas famílias no interior desse Brasil, no período da colonização, principalmente nos sertões distantes do mercado exportador.

Pois quando da elevação do povoado do Tauá em Vila Real de São João do Príncipe, em 3 de maio de 1802, segundo o historiador dos Inhamuns, o eminente Antonio Gomes de Freitas, no seu livro, Inhamuns, Terra e Homens, Editora Henriqueta Galeno, Fortaleza, 1972, o garbo, o fausto e o brilho das famílias empreendedoras da região se fizeram notar, no momento mesmo do ato público de criação da Vila.

Diz Freitas reproduzindo documentos da época:

“No patamar da Igreja via-se reunida em torno do Ouvidor, naquele três de maio, a sociedade tauaense, ofuscando com o brilho, com o esplendor, a comitiva que não se cansava de olhar aquele quadro bizarro de fausto e pompa.

Eram as damas da terra, as senhoras dos fazendeiros e as sinhazinhas, suas filhas, num luxo vienense, de surpreendente elegância com espartilhas a comprimir a cintura, vestidos de anquinhas, enfeitados de renda Racine, vindos do Reino, calçados de velbutina, marroquim ou camurça, grandes pentes de ouro, enfiados em cocós ou, quando sem eles, um pano delicado, uma mantilha de preço, cobrindo-lhes a cabeça. Enfeitavam-lhes gemas belíssimas de ouro e pedras preciosas, brincos, gargantilhas, redomas, trancelins, pulseiras de berloques, longos cordões de ouro, que chegavam a medir até duas braças(sic).

O fausto com que se apresentavam os “grandes” da nova metrópole do Inhamuns, traduzia fielmente a riqueza da terra. Metidos em casacas ou sobrecasacas de pano fino azul ou preto, jaqueta de mangas-justas, algumas vezes enfeitadas de renda na altura dos punhos, coletes de musselina, um por dentro do outro, calções acolchoados abotoados ao joelho, que se casavam com meias de seda fina de Saragoça, colarinhos duros, levantados, com gravatas e meio lenço, chapéus legítimos de Braga e guarda-sóis de variegadas cores, de preferência vigorosas... De par com estes, o capitão-mor dos Inhamuns, José Alves Feitosa.... e demais oficiais das Ordenanças. Garbosos, em vistosos uniformes de gala, com chapéu fino, armado, atadas à cinta longas espadas, de copos de ouro, que se conservava guardadas em estojos de prata. Os sapatos em verniz, de entrada baixa, cravados de fivelas de precioso metal”.

Pra você ver, como quer Caldeira, internamente havia o enriquecimento de grupos que não produziam para exportação e que viviam numa riqueza fenomenal.

Terminando, eu digo que aprendi a desconfiar das teorias totalizadoras que teimam em não reconhecer que o mundo é feito de partes.

*Antropólogo. Professor do Departamento de Ciências Sociais da URCA.
www. figueiredo.jnilton@gmail.com

AFINAL, A PENHA DE FRANÇA FICA NA ESPANHA - Matéria do padre Raimundo Elias

Vales e montanhas vistos a partir do Santuário de Penha

O Santuário de Penha de França, propriamente dito

A serra da Penha de França

Chegada ao santuário da Penha

 altar do santuário da Penha


A imagem atual da Penha

A subida ao santuário da Penha

A Penha de França é uma montanha que se ergue a 1.723 metros de altura, situada ao sul da província de Salamanca, na Espanha. É, sem dúvida, a montanha mais elevada da Serra de França, na qual foi edificado o santuário mariano mais alto do mundo. Conhecida pela sua “Virgem Negra” e seu imponente santuário, a Penha de França é praticamente inacessível no inverno, por causa da neve e, por outro lado, tem grande afluência de turistas nos meses de verão na Europa. Dispõe de uma grande hospedaria, além do convento onde residem os frades dominicanos, desde o ano de 1437.

Aliás, segundo conta a história, é em torno dessa data que o bispo de Salamanca, ao ver que a montanha da Penha estava sendo objeto de fortes disputas de poder entre alguns proprietários locais, cede ao provincial dos dominicanos os direitos sobre a ermida construída naquele monte. Alguns meses depois, uma comunidade de cinco frades dominicanos assume canônicamente a ermida em causa. Em pouco tempo, o número de religiosos da comunidade estabelecida na Penha, cresceu rapidamente e fincou raízes naquela região. Nos primeiros anos do século XVI (entre 1500 e 1510), a comunidade dominicana já contava com mais de vinte religiosos, dos quais muitos partiram como missionários pelo mundo afora, sobretudo, para América e Extremo Oriente. Foram eles, portanto, os principais impulsionadores da devoção da Penha naquelas terras.

Ora, não deixa de ser estranho o nome de Penha de França que se dá à serra e à montanha onde se descobriu a imagem da Virgem. Afinal, são terras espanholas e não francesas. O motivo deste nome, porém, não se sabe ao certo. O que se sabe é, tão somente, da existência de uma colônia francesa que figura dentre aqueles que repovoaram a província de Salamanca no século XI, a exemplo do que ocorreu mais tarde com outras cidades, tais como: Toledo, Córdoba e Sevilla. Isto, talvez, explique o motivo pelo qual tenha sido dado o nome de “França” àquela Penha.

A origem da imagem da Virgem da Penha de França
A imagem original da Virgem da Penha foi encontrada pelo francês Simón Vela em 19 de maio de 1434. Tratava-se de uma escultura de estilo românico, provavelmente do século XII, que representava a Virgem sentada, segurando o filho nas suas mãos e que, supostamente, havia sido escondida por trás do penhasco, no alto da Penha de França, na época das lutas entre mouros e cristãos. A escultura original permaneceu no santuário até o dia 17 de agosto de 1872, data em que foi roubada, aproveitando a situação de abandono em que se encontrava o santuário. Porém, em dezembro de 1889, os ladrões devolveram a imagem aos dominicanos de Santo Estêvão, em Salamanca. E por ter sido devolvida em estado irrecuperável, o bispo da Diocese de Salamanca encomendou ao escultor José Alcoberro, uma nova imagem que incorporasse a ela os restos da primeira, em forma de relíquia. E assim foi feito. Portanto, a segunda imagem, feita por este citado escultor, é a que atualmente se venera no santuário da Penha.

A história da Tradição Religiosa da Penha de França.
Houve um tempo em que nada de importante acontecia no mundo sem que uma vidente o anunciasse e um homem santo o sonhasse. Na descoberta da Virgem da Penha de França, não foi diferente. A vidente era Joana e o santo sonhador, Simón Vela. Conta a lenda e a tradição, que uns dez anos antes que fosse encontrada a imagem da Virgem da Penha, em um povoado que fica a uns vinte e cinco quilômetros da Serra da Penha, chamado Sequeros, vivia uma jovem piedosa de nome Joana. Quando esta jovem, em consequência de uma longa e grave enfermidade, parecia ter morrido e todos já choravam a sua morte, inesperadamente, voltou a si e começou a anunciar aos seus pais as calamidades que sofreriam por conta das muitas injustiças que praticaram e das propriedades por eles mal adquiridas. Depois, dirigindo-se a sua mãe, como que buscando consolá-la, disse-lhe: “volta o teu rosto para a Penha de França, põe-te de joelhos e com fé e devoção, reza três Ave Marias em honra e reverência a uma Virgem que lá está escondida há duzentos anos. E logo sentirás descanso em teu coração. Dita imagem, em pouco tempo, há de ser manifestada e, por meio dela, Nosso Senhor fará muitos milagres e maravilhas. E depois que a imagem tiver sido revelada, virão muitas pessoas de todas as nações, reverenciá-la naquela montanha.”

Além disso, a vidente anunciou que no Dia da Santa Cruz, ao por do sol, apareceriam três cruzes, uma delas sobre a Penha de França, “de onde a gloriosa imagem haverá de revelar-se a um homem bom e, em homenagem à Mãe de Deus, se construirá um Mosteiro da Ordem dos Pregadores (dominicanos), que será um lugar de muita devoção.” A memória da Vidente de Sequeros perdurou no tempo, sendo recordada por todos como a “Moça Santa de Sequeros”.

Por outro lado, Simón Vela nasce em Paris no ano de 1384. Seus pais, Rolán e Bárbara, eram nobres e ricos. Mortos estes, juntamente com sua única irmã, Simón, que tinha apenas 17 anos, aplica todo o seu patrimônio familiar em obras de caridade e beneficência e se refugia em um mosteiro franciscano. Ali, recebe as primeiras informações sobre uma suposta imagem da Virgem oculta na Penha de França. Depois de deixar o mosteiro e procurar, sem êxito, por nove anos seguidos, a Penha de França em seu país, se une a um grupo de peregrinos que viaja a Santiago de Compostela, na Espanha. De lá, segue para Salamanca, onde se hospeda por algum tempo.

Um belo dia, em uma praça de Salamanca, escuta a conversa de uns serranos sobre a Penha de França e resolve segui-los. Depois de dedicar alguns dias à procura da imagem, entre os campos e penhascos da Penha, é surpreendido por uma tormenta no alta da montanha e uma pedra, desprendida por um raio, o fere na cabeça. Estando velando com sua habitual oração, ouviu uma voz que lhe disse: “Simón, vela e não durmas”. Na noite seguinte, viu um grande resplendor e uma Senhora Belíssima que lhe disse: “aqui cavarás e o que encontrares o colocarás no mais alto do penhasco e farás uma majestosa casa.”

Simón, volta à casa onde estava hospedado e, no dia seguinte, regressa à Penha acompanhado de cinco vizinhos. Lá chegando, começam a separar algumas rochas no lugar onde Simón havia tido a visão e descobrem, por detrás delas, a imagem da Virgem. Prontamente, ajudado por pessoas da vizinhança, Simón ergue uma pequena cabana no lugar onde haviam encontrado a imagem. Três meses depois, inicia a construção da capela no alto do penhasco, para onde a levam. Sabe-se que, desde 19 de maio de 1434, quando foi encontrada a imagem, até 11 de março de 1438, quando do seu falecimento, Simón Vela trabalhou incansavelmente na construção do novo santuário mariano. Nesse meio tempo, em 1437, os frades dominicanos vieram assumir a responsabilidade sobre a Penha de França e foram eles as testemunhas da morte de Simón Vela e depositários de sua última mensagem: “depois da minha morte, se manifestarão na Penha as imagens de Santiago, Santo André, Santo Cristo, Santa Catarina e um sino”. (Até o momento, só as suas primeiras foram encontradas).

Uma formidável expansão alcançou o culto à Virgem da Penha, entre os séculos XVI e XVIII, obedecendo, fundamentalmente, a dois fatores. Por um lado, ao apoio que o santuário recebeu, desde o início, tanto das autoridades civis como das religiosas e, por outro, à impetuosa corrente de religiosidade popular que despertou a devoção em torno da imagem aparecida no mais alto daquele penhasco. E, assim, reis e papas não pararam de promover e incentivar a imensa devoção popular que suscitou a imagem encontrada por Simón Vela.

A proteção oficial e a religiosidade popular provocaram uma verdadeira enchente de donativos, possibilitando a construção do santuário, do convento, da hospedaria e, depois, no começo do século XVI, a edificação de outras magníficas instalações que vieram completar a obra arquitetônica que chegou aos nossos dias. Inclusive, a lista de posses e joias que o santuário foi acumulando através destes séculos de explendor, preenche muitas e muitas páginas de algumas histórias que sobre ele se escreveram ao longo dos anos. Todavia, de acordo com inúmeros testemunhos, o santuário sempre buscou administrar tão rico patrimônio, procurando reverter as suas rendas em favor dos peregrinos que o visitavam e dos numerosos pobres da região. Oxalá que assim o seja!

(Do texto em espanhol: “Peña de Francia”, de autoria de Ángel Pérez Casado. )

Fotos, Tradução e Adaptação do texto: Pe. Raimundo Elias Filho (publicadas no Blog do Crato)

Setilha - por João Nicodemos


o meu verso, minha lira
meu prazer, meu compromisso
é fogo que não expira
eu porém, não vivo disso
mas lhe digo bem agora
a verdade que aflora
também não vivo sem isso.

Pé Quebrado - por João Nicodemos



quando posso passo lá
ela voa pra cá
se de lá canto meu canto
ela se encanta de cá

eu a viola e ela
a viola ela e eu

quando penso que a encontrei
vejo que ela se escondeu
o mote e o motivo
sempre a vida sempre o mesmo
então sigo ponteando
criando pontes a esmo

eu a viola e ela
ela a viola e eu.

Flor e Vida. Liduina Belchior.


Sinto o perfume das flores no ar.
No meu coração existe uma flor que
só a borboleta da alma vê e vem.
Não sei se eu a chamo; ou se ela
escuta meu silêncio.Mas que vem, vem.
Essa flor produz alegria, além do polén...
Não deixa minha vista "enturvecer"...
Quando penso em ficar triste ela vem a
florescer.E, assim, surge o lenitivo para
na vida sobreviver.
E a vida vai e vem, permanecendo áurea.

Sinfonia do Bode - Myrlla Muniz, Marcilio Homem, e Ytto Morais.

João Adonis recebendo Myrlla Muniz e Marcilio Homem, pelos caminhos do N...

Myrlla Muniz - entre amigos.

Dia do Folclore! Pachelly Jamacaru

A todos os Brincantes e Folcloristas, a minha homenagem pelo dia do FOLCLORE!




Fotos: Pachelly J.
Não recplicar em outros
Blogs sem expressa autorização!

22 de Agosto - Dia do Folclore


Dia de Q - datas comemorativas , hoje é dia de que? curiosidades

Folclore é um gênero de cultura de origem popular, constituído pelos costumes e tradições populares transmitidos de geração em geração. Todos os povos possuem suas tradições, crendices e superstições, que se transmitem através de lendas, contos, provérbios, canções, danças, artesanato, jogos, religiosidade, brincadeiras infantis, mitos, idiomas e dialetos característicos, adivinhações, festas e outras atividades culturais que nasceram e se desenvolveram com o povo.

Receita de Chipa

Receita Típica de: Mato Grosso do Sul



Ingredientes de Chipa

2 xícaras de chá de polvilho azedo
1 xícara de chá de água fervente
1 xícara de chá de óleo quente - sal a gosto
2 xícaras de chá de queijo ralado - 4 ovos


Modo de Preparo de Chipa

Coloque o polvilho numa vasilha, junte a água fervente aos poucos, mais o óleo e o sal, mexendo com uma colher de pau. Em seguida adicione o queijo ralado e os ovos, um a um, mexendo bem até dar liga e formar uma massa consistente. Faça discos de mais ou menos três cm de diâmetro e no máximo dois cm de altura (se forem grandes, dificulta na hora de assar) e leve para assar por 15 ou 20 minutos. Não se esqueça de untar a forma.

Começou a festa de Nossa Senhora da Penha , no Crato !


Sem comparar com os anos passados,  eu quero viver estes dias de festa com a disposição amorosa, que o meu coração guarda.

Até o dia Primeiro de Setembro  estaremos lá na praça, participando da programação litúrgica e social, sob as bençãos da nossa Santa Padroeira !

                                                                 Foto de Nilo Sérgio Monteiro

A Morte Devagar - Martha Medeiros



Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.

Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

Sobre a autora:
Martha Medeiros nasceu em Porto Alegre em 1961. Formada em Publicidade. Escreveu livros de poesias e de crônicas, seu mais recente lançamento é o livro de ficção: Divã. Martha é cronista do jornal Zero Hora.

http://www.tvcultura.com.br/provocacoes/poesia.asp?poesiaid=11

Naira Carneiro e Sivuquinha

De José Newton e Ruth aos que idealizaram e produziram "Cariricaturas em Verso e Prosa"

Lendo "Cariricaturas", de logo percebemos que cada um de seus autores é, também, um reflexo da família, da sociedade, da cultura geral, da própria fé que o amor de Deus concede a todos nós, criaturas humanas. O fato glorifica, também, no caso - por que não dizê-lo? - o colégio São João Bosco, não esquecida a Sociedade de Cultura Artística do Crato, sob o comando de Divanni Cabral.

"Cariricaturas" é uma bela realidade. Em suas páginas estão o passado, o presente e, naturalmente, o futuro dos que o conceberam, o organizaram e o transformaram na expressão artística de hoje.

Quanta sensibilidade! Quanta inteligência e talento! Como agradecer? Mediante um telegrama, uma carta, outro meio qualquer de comunicação?

Não. Nenhum desses meios plenificaria nossa gratidão e reconhecimento.

Se o coração pudesse falar...

Queridos ex-alunos. Nossos corações, neste caso, não falam mediante uma expressão oral ou escrita, por incapacidade de atingirem a plenitude, mas se abrem, no mais afetuoso, mais delicado e mais fundo de sua capacidade de amar, para dizerem, como haverão de dizer sempre: vocês moram em nossos corações, bem no centro deles.

Os que lêem "Cariricaturas" reconhecem, admirados, o talento e o esforço dos que o conceberam, o projetaram e o concretizaram em livro.

Que dizermos nós, eu e Ruth, que, de alguma forma, estamos nas raízes educacionais dos que o tornaram uma realidade? Ali, de fato, nos encontramos como educadores inspirados no ideário pedagógico de São João Bosco.

Eu e Ruth sabemos e reconhecemos que aquilo que somos e efetuamos como educadores é devido, primeiramente, a Deus, depois a nossos pais, aos estabelecimentos de ensino onde estudamos e nos formamos, à nossa vivência de católicos militantes em vários grupos e movimentos. Por outro lado, os alunos de ontem, em certa medida e em seu nível, também nos ensinaram num ontem que já se foi e continuam a nos ensinar no hoje que os glorifica.

Cada indivíduo, cada pessoa, em sua realidade humana, inalienável e intransferível dentro dos limites que a identificam, jamais deve fechar-se num egocentrismo empobrecedor. Daí, da pluralidade diferenciadora que "Cariricaturas" revela, a arte, as diversas manifestações intelectuais, éticas e sociais revelam a riqueza e alimentam o mistério e o dom do existir humano.

Por tudo isso agradecemos e, com afeto, abraçamos a cada um de vocês.
José Newton e Ruth.