Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Bocage - Sonetista da língua portuguesa



Saiba morrer o que viver não soube

Meu ser evaporei na lida insana
do tropel de paixões que me arrastava.
Ah! Cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
em mim quase imortal a essência humana.

De que inúmeros sóis a mente ufana
existência falaz me não dourava!
Mas eis sucumbe Natureza escrava
ao mal, que a vida em sua origem dana.

Prazeres, sócios meus e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta e si não coube,
no abismo vos sumiu dos desenganos.

Deus, ó Deus!... Quando a morte à luz me roube
ganhe um momento o que perderam anos
saiba morrer o que viver não soube.


"Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805), nasceu em Setúbal, Portugal. É o mais famoso dos satíricos e o mais popular dos poetas portugueses. Sua inspiração não foi só erótica e passional; também cantou sentimentos graves, "a desesperança e o lento gosto da morte", em que atinge muitas vezes o sublime. Mas sua vida desregrada, além de arruinar-lhe a saúde, tornou desigual a sua vasta obra. É um dos melhores sonetistas da língua portuguesa. "
.

Canção da mulher que escreve - Lya Luft


Não perguntem pelo meu poema:
Nada sei do coração do pássaro
Que a música inflama.

Não queiram entender minhas palavras:
Não me dissequem, não segurem entre vidros
Essas canções, essas asas, essa névoa.
Não queiram me prender como a um inseto
No alfinete da interpretação:
Se não podem amar o meu poema, deixem
Que seja somente um poema.

(Nem eu ouso ergue-lo entre meus dedos e perturbar a sua liberdade).

True love para a Corujinha Baiana

Pensamento para o Dia 14/09/2009


“Qual é o significado de ‘Limite aos Desejos’? As pessoas são enganadas pelos desejos ilimitados e vivem num mundo de fantasia. O mais importante é que cada um mantenha os desejos sob controle, coloque neles um limite. As pessoas estão gastando dinheiro demais. Em vez de gastar desordenadamente para seu próprio prazer, uma pessoa deveria usar seus recursos financeiros para o alívio dos pobres e dos necessitados. Esse é o significado do Programa ‘Limite aos Desejos’. Não cometa o erro de pensar que doar dinheiro é tudo o que é necessário, doando aos outros enquanto permite que seus próprios desejos continuem a se multiplicar. Reduza seus desejos, pois os desejos materiais levam a uma vida inquieta e desastrosa. Os desejos são uma prisão. A pessoa pode se libertar somente através do limite a seus desejos. ”
Sathya Sai Baba

Mestre Napoleão - Por : Heládio Teles Duarte e Armando Rafael




Para a pobreza ele é "Doutor Napoleão".
O homem simples e modesto que se compraz em curar os males do corpo de seus semelhantes.
Para a cultura regional, Napoleão Tavares Neves é um nome luminoso.
Doutor Honris Causa da Universidade Regional do Cariri, por merecimento e direito. A pessoa que, provavelmente, mais conhece a nossa região.
Os que o admiram tratam-no, respeitosamente, por "Mestre Napoleão".
Mas, para ele mesmo, Napoleão Tavares Neves continua a ser a criança criada no Engenho Saco, local paradisíaco localizado ao sopé da Chapada do Araripe, em Porteiras. Quase octogenário é o menino da porteira do curral de vacas e da bagaceira do engenho de rapadura. Saudoso dos tempos da meninice...
Quando era feliz e não sabia.


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(Texto de Armando Rafael e Foto de Heládio Teles Duarte)

Grace Kelly - Princesa de Mônaco


Nascimento - Filadélfia, 12 /11/1929

Carreira de atriz

Desde criança, Grace tinha uma talento especial para artes dramáticas. Aos doze anos de idade, ela atuou em uma pequena peça chamada Don't Feed the Animals na Filadélfia. Em 1947, porém, foi rejeitada pela Bennington College (escola de artes localizada em Bennington, Vermont) devido às suas baixas qualificações em matemática. Kelly decidiu então seguir seu sonho de atuar em peças de teatro.

Em Nova York, Grace estudou na Academia Americana de Artes Dramáticas, onde já tinham estudado outros grandes atores, tais como Katharine Hepburn, Lauren Bacall e Spencer Tracy. Ela chamou a atenção do produtor de televisão Delbert Mann, o qual a chamou para alguns programas ao vivo. O sucesso na televisão levou Grace a conseguir o seu primeiro papel no cinema.


Em 1953, trabalhou com Clark Gable e Ava Gardner em Mogambo, que contava a história de um caçador de gorilas africanos. Pelo filme, Grace ganhou o prêmio Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante e foi nomeada ao Oscar pela primeira vez, mas não conseguiu vencer. Depois, Grace foi protagonista de Disque M para Matar, sob a direção de Alfred Hitchcock. Ganhou o Oscar pelo filme Amar é sofrer, no qual fez a esposa de um artista fracassado, interpretado por Bing Crosby.


Em 1955, ela fez ao lado de Cary Grant o filme Ladrão de Casaca, filmado em Mônaco. A estrada em que viria a falecer mais tarde aparece no filme. Nesse mesmo ano, voltaria a trabalhar com Hitchcock no clássico A Janela Indiscreta. Voltou a atuar com William Holden em As Pontes de Toko-Ri. Em seu último filme, High Society (Alta Sociedade), de 1956, trabalhou com Bing Crosby e Frank Sinatra.



Grace Kelly e James Stuart em "Janela Indiscreta"

Em 1955, Grace Kelly foi convidada pelo governo da França para participar do Festival de Cannes, onde conheceu o príncipe Rainier III.



Eles se casaram no dia 19 de abril de 1956 e tiveram três filhos: Caroline (1957), Albert II (1958) e Stéphanie (1965).

O matrimônio não implicou a renúncia da cidadania norte-americana de Grace em favor da monegasca.


Após seu casamento com Rainier III, príncipe-soberano de Mônaco, ela ficou conhecida também como Princesa Grace de Mônaco. O filho de Grace e Rainier III, titulado Albert II é o atual monarca do principado.


Morte

Em 14 de setembro de 1982, Grace Kelly morreu em um acidente de carro em Monte Carlo, após sofrer um derrame cerebral, aos cinqüenta e dois anos. Sua filha Stéphanie, então com dezessete anos, que estava também dentro do carro, foi acusada de ter conduzido o veículo e causado o acidente após uma discussão com sua mãe. Embora Grace tivesse entrado em coma, Stéphanie sofreu ferimentos menos graves.

Em homenagem a Grace Kelly, criou-se Fundação Princesa Grace, presidida por Caroline, sua filha mais velha. A fundação tem como objetivo ajudar talentos emergentes do teatro, da dança e de filmes.



Túmulo da Princesa Grace na Catedral de Mônaco

"O bico da pena " de Normando Rodrigues - Colaboração de Elmano Rodrigues

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José Normando Rodrigues

*Ele sabia que era doce
Tentava e não escondia,
a luz especial dos seus olhos e
o riso que a morte deixou ,
na lembrança dos amigos.

.
Sua voz me diz agora :
Eita mulher, quando vais deixar de ser babaca ?
( com o melhor dos seus sorrisos !)

.Socorro Moreira

Inexoravel(mente) - Por Normando Rodrigues

*Teu relógio parou,
e o nosso vai parar um dia
Lá adiante , num tempo sem relógios
o inexorável será se(m) mente,
e o tic tac da alma vai bater mais forte !

Socorro Moreira
*

José Normando Rodrigues - Por : Socorro Moreira


E a gente pirou com a tua ausência
Já faz um tempo, foi nesse instante ...
Uma lembrança de Elmano,
pra enfeitar meu pensamento ,
e a de tantos amigos !

Elmano sabe, que se você estivesse vivo estaria aqui ...
E aqui te planto , como flora , como o ar que respiro , e sobe pro céu , aonde agora moras.
Lá e cá , vaga o pensamento , acompanhado do sentimento que não morre.


* José Normando Rodrigues , um dos maiores artistas plásticos que nasceu e amou no Cariri.

Bolero Azul - Por : Artur Gomes



Beber tua boca desse conhac em
Para Matar a febre nas entranhas
Entre / dentes
indecente é a forma que te como
bebo ou calo
E se não falo quando quero
ou na balada sem bolero
não é por falta de desejo
é que a fome desse beijo
Truques qualquer outra palavra presa
como caça indefesa
Dentro da carne que não sai

arturgomes
Nação goytacá presidente --
http://goytacity.blogspot.com/

Torcendo com o Inimigo – por Carlos Eduardo Esmeraldo

Futebol sempre desperta paixões. Desde 1958, quando o Brasil conquistou sua primeira Copa do Mundo, comecei a me interessar por esse esporte. A partir daí, acompanhava os jogos pelo rádio e imaginava o futebol do Rio, São Paulo e Bahia como uma coisa irreal, sobrenatural até, bem diferente do que eu costumava ver no nosso campo do Esporte, na Rua Carolino Sucupira. Até os lances exibidos pelo Canal 100 no Cine-Moderno e Cassino, davam a impressão de algo extraordinário.
Em 1964 fui estudar em Salvador, preparando-me para enfrentar o vestibular três anos antes. Naquela época, os times campeões de cada estado disputavam um campeonato por eliminação, para saber-se quem seria o campeão do Brasil. O Ceará foi representado naquele ano pela equipe de mesmo nome, campeã cearense de 1963. Após desclassificar os campeões do Pará, Maranhão e Pernambuco, numa extraordinária façanha, o campeão cearense credenciou-se para enfrentar o Bahia, numa disputa cujo vencedor iria enfrentar o campeão Carioca, ficando entre os quatro melhores do Brasil. O primeiro jogo foi em Fortaleza. Deu empate. Em Salvador esperávamos que o impossível acontecesse. Eu e meus primos João, Luciano, José Esmeraldo e o amigo Vivim, resolvemos ir ao estádio torcer pelo Ceará. Era a primeira vez que iria a um jogo e conhecer um estádio de verdade. Mal terminamos o almoço, saímos de casa cedo, pois morávamos na Ribeira, distante mais de dez quilômetros da Fonte Nova. Ao chegar ao estádio, achei-o uma coisa impressionante. Por fora se via apenas um muro bastante alto. Quando entramos no estádio, estávamos na parte alta dele, com uma enorme escadaria rodeada por uma passarela. Escolhemos um lugar onde havia sombra, com bastante torcedores a ocupar os degraus, que os primos mais experientes me explicaram ser as arquibancadas. Quando chegamos num espaço suficiente para acomodar os cinco cratenses, ouvimos alguém gritar: “Esses caras aí têm cara de cearenses e vão sair daqui na porrada.” Ao que os outros concordaram. Estávamos bem no meio da torcida do Bahia. Poderíamos ter saído e ido para o outro lado das cabines de rádio onde ficavam os torcedores do Vitória, eternos rivais do Bahia. Mas o primo João acalmou-os, dizendo que também torcíamos pelo Bahia e que não éramos cearenses coisa nenhuma. Uns dez minutos depois de iniciado o jogo, o Ceará já perdia por dois a zero, e com o coração dilacerado, tivemos de pular a cada gol dos baianos. Para mim, aquele jogo foi decepcionante. Longe do futebol que eu imaginava, não via nada diferente do joguinho que o nosso Anduiá fazia na seleção do Crato. Porém nossas ações no meio da torcida baiana foi muito divertida. No segundo tempo, o Ceará voltou bem melhor e dominava claramente o jogo. Eu estava ao lado de um baiano e lhe disse: “O nosso time está muito acovardado, acho que eu vou torcer pelo Ceará!” “E eu também.” Respondeu o baiano, sem muita convicção. Nesse momento, Gildo marca um belo gol para o Ceará. O meu primo João pulou para comemorar, quando eu o puxei pelo braço sufocando o seu grito. Ele se lembrou de onde estava e das promessas dos baianos. Já começava a gritar: ”Gôoo...” e com a minha advertência, sufocou seu grito, balançou os braços para o alto, e lavando a alma soltou um sonoro palavrão: “pô......”
Depois dessa, esperei nunca mais ir ver jogo no meio da torcidas adversária. Mas passados vinte e cinco anos, eu e Magali chegamos ao Rio de Janeiro, num sábado à noite. Na recepção do hotel, um carioca muito animado, disse: “Amanhã tem Flamengo e Vasco no Maracanã. Se quiserem ir, temos os ingressos e ônibus na porta do hotel. Recusei, pois era a primeira vez que ia ao Rio e gostaria antes de visitar aqueles locais a que todo turista vai. Após almoçarmos num restaurante de Copacabana, entramos num ônibus para o Maracanã. Chegamos quase na hora do jogo, compramos ingresso para as cadeiras e seguimos as orientações das placas indicativas. Não havia mais nenhum lugar disponível e sentamos nos batentes. Na cadeira ao lado, um senhor educadamente cedeu sua cadeira para Magali e sentou-se no cimento ao meu lado. Era um torcedor do Flamengo. No meu imaginário de vascaíno, jamais poderia esperar uma atitude tão educada quanto aquela partindo de um torcedor do “urubu”. Olhei ao redor e só via torcedores com a camisa rubro-negra. Época do Zico, e um monte de estrelas que faziam do Flamengo um time invencível. Com poucos minutos de jogo, o Flamengo fez três gols e eu sofria com a derrota do meu Vasco, abraçando o amigo flamenguista, a cada gol. Uma espinhada muito profunda no coração vascaíno. No segundo tempo, ocorreu o mesmo daquele jogo da Bahia. O Vasco começou a reagir, fez um e dois e estava já para empatar. Mas fazia tudo para não desgostar aquele novo amigo carioca e flamenguista. Quando o jogo terminou, eu o abracei e agradeci. E ele brincalhão, como todo carioca disse: “É, mas eu notei que você é vascaíno. “Se eu tivesse adivinhado antes, não teria dado meu lugar à sua mulher.”

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Personalidades do Cariri - por Armando Lopes Rafael

Certo dia, em pleno expediente da agência bancária, onde eu trabalhava ( o BNB em Juazeiro do Norte), o empresário Antônio Corrêa Celestino chegou ao meu birô e me pediu:
Você pode acompanhar-me até Crato? Tomé Cabral encontra-se no fim... As despesas com o tratamento médico dele são muito altas, e a família já está exaurida...
Acompanhei Celestino e vi o Sr. Tomé Cabral – um misto de bancário e intelectual – deitado numa cama hospitalar, em sua modesta residência, já inconsciente, recebendo todo carinho e atenção da esposa e familiares. Ao final da visita, Celestino entregou à esposa do enfermo um envelope com quantia considerável de dinheiro, retirada, momentos antes, de sua conta corrente pessoal, mantida na agência bancária, onde eu trabalhava. Ao sairmos da residência do enfermo, Celestino, com os olhos marejados, falou:
- É, seu Armando, veja como é a vida! Tomé Cabral já foi homem importante, quando exerceu elevadas funções no Banco do Brasil. Naquela época, sempre confiou em mim e nos meus empreendimentos. Dói vê-lo nessa situação... Considerei minha obrigação retribuir a atenção sempre recebida, há muitos anos, da pessoa dele, quando ele tinha prestígio...
Noutra ocasião, Celestino chegou ao meu birô, com o semblante preocupado. Perguntei a razão, e ele disse:
- Ajudo, vez por outra, uma paralítica residente em algum lugar da Rua Santa Luzia. Ela costuma mandar um portador procurar-me nas suas necessidades. Hoje, esse portador veio me pedir um televisor para a deficiente, na esperança de esse objeto minorar os dias monótonos daquela pessoa. Olhei minha conta e constatei já ter gasto muito este mês. Não atendi ao pedido. Quando o portador se retirou, pensei outra vez e saí com o motorista para localizar a residência dessa pessoa. Por mais que perguntasse, não encontrei. Fiquei triste, Armando, pois devia ter feito mais um sacrifício e comprado o televisor para a paralítica...
Era assim Antônio Corrêa Celestino. Um homem coerente! Um homem de bem!

Não ame hoje... - Rosa Guerrera


Setembro de 2009
NÃO AME HOJE ...


Não ame hoje este sorriso que tenho sempre no rosto , porque na realidade ele traz emoldurado rugas de muitos dissabores e lutas . Não ame hoje o carinho das minhas mãos , os anos já começaram também a enruga-las e pouco a pouco perderam a suavidade de outrora . Não ame hoje a melodia que canto docemente .Minha voz não não possui a vibração de ontem , mas a rouquidão de lágrimas abafadas. Não ame hoje meus cabelos revoltos e desalinhados porque nuvens brancas do tempo já ofuscaram a sua beleza . Se quiser me amar procure a poesia que ainda nasce a cada dia dentro de mim . Ame esse coração menino e vagabundo que teima em engatinhar nos compassos das sensações e das paixões . Ame o meu olhar que se ilumina quando fala de amor, ame a verdade de todos os anos que vivi ,ame os meus sonhos saboreados, as minhas alegrias que não feneceram, as minhas esperanças que naufragaram , a nudez dos orgasmos sentidos.
Só me amando assim você conseguirá rasgar o invólucro das rugas, do tempo e do cansaço . E como num passe de mágica ( tenho certeza ) conseguirá escutar a gargalhada sonora da criança que nunca envelheceu dentro de mim .
Rosa Guerrera

Ismael Silva e o samba !

Marcos Valle - "Samba Demais"

"O carioca Marcos Valle não é figurinha carimbada na grande mídia, mas tem lugar certo na MPB. O que certamente conta mais. Como gosta de se referir o jornalista e crítico Tárik de Souza, ele integra a ´segunda dentição´ da bossa-nova, surgida na transição entre as décadas de 1960/1970, geração responsável pela consolidação do gênero mundialmente projetado por Tom Jobim e João Gilberto.

Um reconhecimento que se estende além do Atlântico. No Velho Mundo, Marcos Valle contabiliza um fã-clube numeroso. Na esteira do revival da bossa-nova e da fusão deste estilo com a música eletrônica, seu nome figura entre os mais citados pelos DJ´s londrinos.
Diferentemente do que muitos possam imaginar, o êxito no exterior não implicou em mudanças nos rumos de sua trajetória. Tampouco numa maior valorização dos mercados americanos e europeus.

Marcos Kostenbader Valle (Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1943) é um compositor, cantor, instrumentista e arranjador brasileiro.

Valle foi um dos principais nomes da música popular brasileira nos anos 60 e começo dos 70. É irmão do letrista Paulo Sérgio Valle e primo do compositor Pingarilho.

Começou a estudar piano clássico aos seis anos de idade e formou-se em piano e teoria musical em 1956. O primeiro sucesso da dupla Marcos e Paulo Sérgio foi Sonho de Maria, em 1963.

Marcos começou tocando no trio formado por ele, Edu Lobo e Dori Caymmi. Em 1964, sua canção Samba de Verão atingiu o segundo lugar nas paradas de sucesso estadunidenses, e teve pelo menos 80 versões gravadas nos EUA.

Escreveu muitos temas para telenovelas, dentre elas Pigmaleão 70 e Os Ossos do Barão. Nos anos 70, a TV Globo encomendou aos irmãos Valle e Nelson Motta que fizessem uma canção de natal para o fim do ano, com os atores das telenovelas e artistas da Rede Globo cantando. A canção tornou-se um sucesso tão grande que nunca mais saiu do ar, sendo presença obrigatória no Natal da Rede Globo até hoje.

Jet-Samba foi o primeiro disco gravado no Brasil após dezenove anos, e o primeiro totalmente instrumental em 38 anos, com Valle comandando toda a produção e também assinando os arranjos. Seu último trabalho é o CD e DVD Marcos Valle Conecta, lançado em 2008.
detalhes.

Wikipédia

No tempo da Atlântida - Cyl Farney


Cyl Farney, nome artístico de Cilênio Dutra e Silva (14 de setembro de 1925 -- 14 de março de 2003) FOI UM Ator Brasileiro.

Estreou em A Escrava Isaura em 1949 e destacou-se nas chanchadas da Atlântida Nos anos 40 e 50 e em filmes e como Escrava Isaura e Chico Viola Não Morreu.

Farney Trabalhou durante pouco tempo na TV e chegou a fazer algumas novelas. Nos últimos anos, dedicava-se a sua própria produtora de filmes. Sua última aparição na televisão foi na minissérie Hilda Furacão, Da Rede Globo.

Cyll Farney era irmão do músico Dick Farney, Morto em 1987.

Tinha estudado farmácia nos Estados Unidos e tocava bateria na banda do irmão. E foi dele que Cyll Farney tirou seu nome artístico. 'Meu pai inventava estas coisas. Farney veio de farnesio, O nome do Dick. Por causa dele, adotei também ', disse ele numa entrevista em 1999.

Depois de deixar a carreira de ator, em 1972, Continuou ligado como câmeras, trabalhando como produtor em 14 filmes. Cyll Continuou na ativa administrando seu estúdio, Tycoon, e uma série de documentários biográficos enfocando nomes como Francisco Alves, Orlando Silva e outros grandes da música brasileira, resgatando a memória de artistas de sua geração.

Obtido em http://pt.wikipedia.org/wiki/Cyll_Farney



Versos aéreos - Por : Socorro Moreira

( Foto by Nívia Uchôa)
.
Sonhos, pensamentos
revelam que os sentimentos
mudam de chão e de cor
Faz tempo, faz tempo ...
Um dia você chegou !
.
No silêncio das manhãs vou fiando
o terço do meio dia
Quando o dia finda
meu coração se inflama,
e acende uma poesia.
- Tonta e branca,
a lua descobre a pauta ,
e compôe a melodia !

TRADIÇÃO ORAL - BISAFLOR CONTA HISTÓRIAS- Por : Stela Siebra Brito

Corpo sem alma


Bisaflor havia lido a história “Corpo sem Alma” no livro ”Fábulas Italianas”, coletadas e publicadas por Italo Calvino, e agora a reconta ao redor de uma fogueira em agradável noite de setembro, noite de lua nova.

Era uma vez um menino, chamado Joanorzim, que queria correr mundo para fazer fortuna. Sua mãe lhe disse que só daria permissão quando ele fosse suficientemente capaz:
- Você ainda é muito novo, precisa crescer e ficar forte; tão forte que possa derrubar o pinheiro do quintal.
Todo dia a primeira coisa que Joanorzim fazia era marcar carreira e chutar os pés juntos contra o tronco do pinheiro. Nas primeiras vezes que fez isso se estatelava para trás e não conseguia mover nem uma folha sequer da árvore. Mas persistiu no seu intento.
Passa dia, passa mês, passa estação, passa ano, até que, numa certa manhã, Joanorzim conseguiu derrubar o pinheiro. Tinha se tornado um rapaz saudável, forte e belo.
Sua mãe o abençoou e ele partiu pelo mundo afora.
Depois de muitas andanças chegou a uma cidade, em que o assunto principal era o cavalo do rei. O que se dizia é que não havia homem que o cavalo não derrubasse; muitos cavaleiros já tentaram domar o cavalo Rondó, mas, logo eram derrubados.
Joanorzim ficou olhando a movimentação dos cavaleiros com Rondó e descobriu que o cavalo se espantava com a própria sombra. Quando todos tinham desistido de domar o cavalo ele entrou na estrebaria, aproximou-se de Rondó, chamou-o, alisou seu dorso, e, num repente saltou na sela e levou-o para fora, tendo o cuidado de manter o focinho do animal contra o sol. Rondó, não vendo a projeção da própria sombra, deixou-se levar pelo rapaz, que o esporeou e saiu a galope, conseguindo domá-lo em pouco tempo.
O cavalo estava domado, mas só obedecia e se deixava montar por Joanorzim, que, com esse feito angariou a simpatia do rei e passou a trabalhar no palácio.
A amizade do rei pelo novo empregado despertou inveja nos outros serviçais, que logo armaram uma história para afastá-lo da vida palaciana.
Os empregados lembraram da filha do rei que havia sido roubada por um mago e, que, desde então, não se tinha notícias dela. Foram até o rei e disseram que Joanorzim vivia se gabando de que era capaz de libertar a princesa, estivesse ela sob o poder de quem fosse.
O rei encheu-se de esperança e mandou chamar o rapaz, que negou, disse que nunca falou tal asneira, mal sabia desse sucedido com a princesa.
Mas Sua Majestade Real, achando que o rapaz havia brincado com um assunto que tanto o machucava, impôs autoridade, ordenou que ele partisse e só voltasse trazendo a princesa, caso contrário mandaria cortar sua cabeça.
Não tendo outra alternativa a não ser obedecer, Joanorzim pediu uma espada e partiu montado no cavalo Rondó. No outro dia, quando atravessava uma floresta, se deparou com um leão, que o convidou a desmontar e escutar o seu pedido:
- Aqui estamos em quatro: eu, a formiga, o cão e a águia. Temos esse burro morto para ser dividido. Use sua espada e faça a divisão entre nós.
Joanorzim sabia que o melhor a fazer era atender ao pedido do leão, e repartir o animal morto da forma mais justa possível. Então, cortou a cabeça do burro e deu para a formiga:
- Tome, é uma casa para você e cheia de comida.
Deu as patas para o cachorro e disse-lhe que ali havia muito osso para ele morder, até enjoar. A águia ganhou as tripas: - “pode até levar para o alto de uma árvore”-, sugeriu Joanorzim.
O leão ficou com o resto do corpo, pois era o maior de todos eles.
Concluída a divisão, Joanorzim montou em seu cavalo, já ia partindo quando foi chamado mais uma vez. “Agora não tem escapatória, ai, ai, ai” pensou. “Será que fui injusto na divisão?”
Contudo, o leão falou:
- Você fez uma divisão justa, está tudo muito bem distribuído, queremos lhe agradecer. Tome uma das minhas garras, se você usá-la se tornará o leão mais feroz do mundo.
O cachorro deu-lhe um dos seus bigodes e disse que quando o colocasse sob o nariz, se tornaria o cão mais veloz do mundo.
A águia o presenteou também:
- Aqui está uma pena das minhas asas, quando precisar use-a e se tornará a mais forte e maior das águias.
Por último a formiga lhe deu uma das suas patinhas e assegurou-lhe que quando a usasse se tornaria uma formiguinha tão miudinha, que nem lentes de aumento revelariam sua existência.
Joanorzim agradeceu os presentes e partiu, mas, tão logo se distanciou dos animais quis testar a eficiência das oferendas. “Será que estão zombando de mim?” – pensava o rapaz -, “melhor verificar”.
Começou com a garra do leão – e tornou-se leão; depois usou a pena da águia – tornou-se águia; a patinha da formiga o fez formiga e o bigode do cão o fez cão. Testou os objetos algumas vezes mais, e, convencido da validade dos presentes, retomou seu caminho, atravessando um bosque até chegar à beira de um lago. Em cima do lago havia um castelo – o castelo do mago Corpo-Sem-Alma.
“Está na hora de usar o presente da águia” -, decidiu o rapaz e transformou-se numa águia que voou até o peitoril de uma janela fechada.
“A formiga entrará fácil por uma fresta” -, e logo, logo havia uma formiga deslizando na face da bela princesa, que dormia no aposento. Joanorzim tentava fazer-lhe cócegas na bochecha para acordá-la. Quando a princesa despertou viu Joanorzim, que havia voltado à forma humana e fazia-lhe sinal de silêncio, que tivesse calma.
- Não temas, princesa. Estou aqui para te libertar, mas é necessário que descubras o que se deve fazer para acabar com o mago que te mantém prisioneira.
À noite quando o mago chegou, Joanorzim se transformou novamente em formiga e a princesa tratou Corpo-Sem-Alma com grande carinho, afagando-lhe a cabeça, enchendo-o de dengos:
- Ah, meu caro mago, eu fico tanto tempo aqui sozinha pensando, aguardando sua presença, que me faz tanto bem... Mas, tenho medo de perdê-lo, apesar de saber que você é um corpo sem alma, que não morre nunca, temo que descubram onde você guarda a alma e que o matem.
- Ora, minha querida princesa, isto é coisa impossível. Vou contar a você, que está presa aqui e não pode me trair, o caminho que seria preciso trilhar para me atingir. Primeiro teriam que enfrentar o leão negro do bosque e matá-lo, tirar de suas entranhas o cão negro, que é veloz, nenhum outro o alcançaria e mataria; mas se isso acontecesse seria preciso derrotar a águia negra que está na sua barriga. Não sei se qualquer outra águia ousaria desafiá-la, mas se a águia negra fosse também morta, seria necessário retirar do seu ventre um ovo negro e quebrá-lo na minha testa para que eu morresse. Vê como é um caminho difícil de ser feito? Deveria eu ficar preocupado? Que nada!
Joanorzim, a formiga invisível, ouviu tudo. Passou por uma fresta e chegando ao peitoril da janela voou como águia para o bosque. Transformou-se em leão – o mais forte da terra – e saiu caçando o leão negro até encontrá-lo. Enfrentaram-se. Joanorzim destroçou o leão negro.
Neste exato momento, lá no castelo, o mago sentiu a cabeça girar.
No bosque Joanorzim abriu a barriga do leão e saltou fora um cão negro, velocíssimo, porém o rapaz transformou-se no cão mais rápido do mundo, que logo o alcançou. Travaram uma grande luta e no final o cão negro tombou morto.
O mago, não suportando a tontura e as dores de cabeça, acamou-se.
Enquanto isso, no bosque, aberto o ventre do cão, voou a águia negra, que passou a lutar com Joanorzim, transformado na maior águia do mundo: grandes bicadas, ataques com garras, bica daqui, bica dali, luta que luta, até que dos ares cai morta a águia negra.
No castelo, o mago tem tremores, calafrios, febre altíssima, delírios.
Joanorzim retirou o ovo negro do ventre da águia negra e levou-o para a princesa, que exultante, perguntava ao rapaz o que tinha feito para consegui-lo.
- Foi simples. Agora é sua vez de agir, mas lembre-se que é preciso quebrar o ovo na testa do mago.
A princesa levou um caldo para o mago, demonstrando cuidado e preocupação com seu estado:
- Caríssimo, como está?
- Ai, ui. Estou muito mal, fui traído.
- Trouxe-lhe uma sopa quentinha. Tome.
Quando o mago sentou-se na cama e ia colocando a primeira colherada de sopa na boca, a princesa o interrompeu:
- Para ficar mais substanciosa, vou acrescentar um ovo. Aguarde um pouquinho que vou providenciar.
Falando assim, a princesa quebrou o ovo negro na testa do mago Corpo-Sem-Alma, que morreu num segundo.
Agora a princesa estava livre para voltar para as terras do seu pai. Joanorzim a levou ao rei, pediu-a em casamento e foram todos felizes para sempre.
Pé de pinto, pé de pato,
Peço agora que me conte quatro

Stela Siebra Brito

Sopa de Carne com Batatas - Para Socorro

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Talvez os amigos não imaginem como e quanto Socorro e eu confabulamos para prover o Cariricaturas de coisas interessantes, para torná-lo a nossa cara, ou seja, acolhedor, amigo, e sobretudo ao agrado de vocês que colaboram conosco e nos leem.

A cada vez, ao chegar a Sobral, vinda de Fortaleza - como sempre faço aos domingos - procuro me comunicar com Socorro logo que chego. Assim, podemos comunicar uma à outra o que vamos fazer no dia seguinte, e também trocamos alguma sugestão interessante para por em prática logo mais.
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Hoje, terminado o papo, ao nos despedirmos, pois me chamavam para jantar, Socorro me pergunta: "o que você vai jantar?" Respondo com uma risada: "O que muita gente come aos domingos à noite: Pizza!"

Socorro na sua graça, me diz: "Come Pizza não, faz aí uma sopa de carne com batatas... e com macarrão. Salpica salsa por cima Eu não quero pizza, não. . . "
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Até parece que era a sério. Mas, de fato, a brincadeira alimenta o bom humor que sempre tentamos manter e passar para o Blog.

Parcebi, então, que a essa distância certamente não teria muitos meios para enviar a tal sopa para Socorro. Mesmo assim, preparei o material. Fiz a sopa a capricho. E resolvi que vai ser servida para os amigos também. Aqueles que gostam de jantar coisinhas mais leves.

Mas olhem, não se esqueçam: a sopa foi feita a partir de um desejo de Socorro. Deixem também pra ela.

Uma boa semana para todos. Bom apetite...


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Sopa de Carne com Batatas

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INGREDIENTES
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4 Batatas grandes
1/3 de pacote de macarrão talharim ou de conchinha
1/2 kg de carne moída (sem gordura)
1 Envelope de sazón (carne)
2 Colheres de extrato de tomate
1 Pimentão pequeno
1 Tomate
1 Cebola média picadinha
3 Pimentas de cheiro
3 Dentes de alho médios
3 Colheres de margarina (ou azeite)
Cheiro verde ou salsa picada
Sal a gosto

MODO DE PREPARO
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Coloque as batatas para cozinhas separadamente numa panela de pressão.
Enquanto as batatas cozinham, coloque uma panela a margarina, em seguida a carne temperada. refogue-a, depois que ela estiver refogada, acrescente 1/2 copo de água. Deixe a água secar, e reserve.

Cozinhe macarrão até dar o ponto. (entre 7 e 9 minutos conforme o tipo) . Reserve.
Em seguida retire as batatas cozidas e leve-as ao liquidificador juntamente com 3 copos de água filtrada, bata até ficar como um creme, e despeje na carne moída refogada. Junte o macarrão. Um pouco mais de água fervente para não engrossar demais. Deixe ferver por mais 10 min.

Se preferir, depois de pronta, salpique folhas de salsa picada por cima da sopa. Daí é só provar!

Quem não gostar de sopa, espere sua vez. Teremos outros quitutes para outra vez...
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Abraços,
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Claude