Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Desafio entre músicos amigos

Pérola da MPB


Desafio

Composição: Dori Caymmi / Paulo César Pinheiro

Éramos eu e um cavalo
No seu galope macio
Pulando cerca de arame
Pisando morro de pedra
Andando em leito de rio
Éramos eu e um cavalo
E era um cavalo bravio
Casco de lâmina forte
Anca de chão de montanha
Crina de vela e pavio
Ele bufando fagulha
Eu contraído de frio
Montando em pêlo barroso
Éramos eu e um cavalo
Indo de encontro ao vazio
Éramos nós e os cavalos
Feitos do mesmo feitio
Vindo de todos os lados
E sobre eles sangrentos
Seus cavaleiros sombrios
Éramos nós e os cavalos
A nos causar calafrios
Todos os outros já mortos
Por essa causa contrária
A que se chamou poderio
E eu com uma bala no peito
Meu alazão nos baixios
Caímos de cordilheira
Deixando a causa nas lendas
Pra quem quiser desafio.

Desafio - por Socorro Moreira


Estamos plugados
por sentimentos
indefinidos ...
amarras invisíveis
que o sonho desata

o descompromisso liga
o compromisso afasta


prefiro a infinitude
do sem início
e que tudo seja sempre
e pra sempre
um ponto de luz
brilhando no azul
que nunca será verde.

o amor não precisa da rima
ele é poesia que não se explica
preenche as entrelinhas
e faísca como estrelas
no ser interior
anterior a tudo !

ninguém chega tarde
nem antes da hora
amor é carta marcada
que a gente acha
quando o destino descarta.

O grande desafio não é jogar
O grande lance é conquistá-lo
e merecer a felicidade de vivê-lo

Amar sozinho
pode ser perfeito ,
mas é desperdício !

"Alguém"
completa  o pensamento?
a verdade está sempre incompleta !

Os “milagres” da política – José Nilton Mariano Saraiva (*)

Quando o tímido e insosso deputado Marcos Cals abdicou de mais um provável mandato de Deputado Estadual para concorrer à governadoria do Estado, certamente o fez em atenção ao chefe “de fato” do PSDB (embora não “de direito”), um certo Senador da República. Esperava, mui provavelmente, que o nobre Senador conseguisse induzir o eleitor cearense a sufragá-lo nas urnas, transferindo-lhe um caminhão de votos e mais alguma coisa. Pelo andar da carruagem, entretanto, a tal da “transferência” não vingou (é preciso ter cacife pra tal) e a votação do senhor Cals será tão tímida quanto o seu recatado desempenho pessoal (prova provada que o tal Senador da República não ta com essa bola toda, já que até sua própria reeleição não está assegurada).
Rebocado do parlamento estadual para integrar o secretariado do Governador do Estado Cid Gomes (de quem privava da amizade pessoal) até poucos meses atrás, o que o senhor Cals certamente não esperava é que se visse obrigado, por um desses “milagres”
da política, a jogar pesado e ter que “meter o malho” – e até de uma forma um tanto quanto desrespeitosa e virulenta - no ex-chefe e no seu irmão Ciro Gomes, ao repercutir na “telinha” uma reportagem (sem provas) de uma revista que já foi séria e hoje se transformou em verdadeiro “esgoto” da mídia brasileira (Revista VEJA), tratando do “desvio’ de 300 milhões de reais.
Como, pelo próprio temperamento e postura, o senhor Cals não é dado a arroubos tais, a hipótese mais provável é que tenha sido “aconselhado” por alguém do partido a desfraldar tal bandeira, a fim de lançar suspeitas sobre a honestidade e honradez dos irmãos e conseguir alguns votos a mais (pra amenizar um pouco o vexame), mesmo que à custa do rompimento de uma amizade antiga.
Coincidentemente, a “coisa” houvera sido demarcada lá atrás, a partir do momento em que o tal Senador da República, à procura de apoio político, encontrou dificuldades para ser recebido pelo Governador do Estado (que também deixou de atender telefonemas do próprio) sob a pueril desculpa de “falta de datas”. Ao recorrer ao irmão, Ciro Gomes, também não encontrou a receptividade devida, deixando-o apoplético.
E aí aconteceu um outro “milagre” da política: o confronto público, aberto e azedo do criador (o nobre Senador da República) e da criatura (família Ferreira Gomes), já que as denúncias (ainda não comprovadas) da revista VEJA, que põem em cheque a honestidade e seriedade dos Gomes, parece se ter transformado no “brinquedinho” preferido do antigo e arrogante aliado.
Como na pouco cheirosa arena política reina o cinismo, a desfaçatez e a hipocrisia, a pergunta que fica é: será que, tal qual os milagres do Padre Cícero (que tinham dia e hora marcados pra acontecer) após as eleições teremos o “milagre da ressurreição” na política cearense, com os Gomes e o nobre Senador da República confraternizando publicamente em nossa frente???
*******************************
(*) Por indicação do Zé Flávio Vieira e do Darlan Reis aportamos a partir de hoje aqui no Cariricult, atendendo honroso convite que nos foi formulado pelo Salatiel (não tivemos, ainda, a oportunidade de ser apresentado a nenhum deles, embora os conheçamos).

recebido por e-mail



Jornal The Independent:
A mulher mais poderosa do mundo

Hugh O’Shaughnessy – do jornal britânico Independent, reproduzido na Carta Maior

A mulher mais poderosa do mundo começará a andar com as próprias pernas no próximo fim de semana. Forte e vigorosa aos 63 anos, essa ex-líder da resistência a uma ditadura militar (que a torturou) se prepara para conquistar o seu lugar como Presidente do Brasil.

Como chefe de estado, a Presidente Dilma Rousseff irá se tornar mais poderosa que a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel e que a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton: seu país enorme de 200 milhões de pessoas está comemorando seu novo tesouro petrolífero. A taxa de crescimento do Brasil, rivalizando com a China, é algo que a Europa e Washington podem apenas invejar.

Sua ampla vitória prevista para a próxima eleição presidencial será comemorada com encantamento por milhões. Marca a demolição final do “estado de segurança nacional”, um arranjo que os governos conservadores, nos EUA e na Europa uma vez tomaram como seu melhor artifício para limitar a democracia e a reforma.

A senhora Rousseff, a filha de um imigrante búlgaro no Brasil e de sua esposa, professora primária, foi beneficiada por ser, de fato, a primeira ministra do imensamente popular Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ex-líder sindical. Mas com uma história de determinação e sucesso (que inclui ter se curado de um câncer linfático), essa companheira, mãe e avó será mulher por si mesma. As pesquisas mostram que ela construiu uma posição inexpugnável – de mais de 50%, comparado com menos de 30% – sobre o seu rival mais próximo, homem enfadonho de centro, chamado José Serra. Há pouca dúvida de que ela estará instalada no Palácio Presidencial Alvorada de Brasília, em janeiro.

Assim como o Presidente Jose Mujica do Uruguai, vizinho do Brasil, a senhora Rousseff não se constrange com um passado numa guerrilha urbana, que incluiu o combate a generais e um tempo na cadeia como prisioneira política.

Quando menina, na provinciana cidade de Belo Horizonte, ela diz que sonhava respectivamente em se tornar bailarina, bombeira e uma artista de trapézio. As freiras de sua escola levavam suas turmas para as áreas pobres para mostrá-las a grande desigualdade entre a minoria de classe média e a vasta maioria de pobres. Ela lembra que quando um menino pobre de olhos tristes chegou à porta da casa de sua família ela rasgou uma nota de dinheiro pela metade e dividiu com ele, sem saber que metade de uma nota não tinha valor.

Seu pai, Pedro, morreu quando ela tinha 14 anos, mas a essas alturas ele já tinha apresentado a Dilma os romances de Zola e Dostoiévski. Depois disso, ela e seus irmãos tiveram de batalhar duro com sua mãe para alcançar seus objetivos. Aos 16 anos ela estava na POLOP (Política Operária), um grupo organizado por fora do tradicional Partido Comunista Brasileiro que buscava trazer o socialismo para quem pouco sabia a seu respeito.

Os generais tomaram o poder em 1964 e instauraram um reino de terror para defender o que chamaram “segurança nacional”. Ela se juntou aos grupos radicais secretos para combater um regime militar ilegítimo. Além de agradarem aos ricos e esmagar sindicatos e classes baixas, os generais censuraram a imprensa, proibindo editores de deixarem espaços vazios nos jornais para mostrar onde as notícias tinham sido suprimidas.

A senhora Rousseff terminou na clandestina VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares). Eles balearam torturadores especialistas estrangeiros enviados para treinar os esquadrões da morte dos generais brasileiros. Embora diga que nunca usou armas, ela chegou a ser capturada e torturada pela polícia secreta na equivalente brasileira de Abu Ghraib, o presídio Tiradentes, em São Paulo. Ela recebeu uma sentença de 25 meses por “subversão” e foi libertada depois de três anos. Hoje ela confessa abertamente ter “querido mudar o mundo”.

Em 1973 ela se mudou para o próspero estado do sul, o Rio Grande do Sul, onde seu segundo marido, um advogado, estava terminando de cumprir sua pena como prisioneiro político (seu primeiro casamento com um jovem militante de esquerda. Ela voltou à universidade, começou a trabalhar para o governo do estado em 1975, e teve uma filha, Paula.

Em 1986 ela foi nomeada secretária de finanças da cidade de Porto Alegre, a capital do estado, onde seus talentos políticos começaram a florescer. Os anos 1990 foram anos de bons ventos para ela. Em 1993 ela foi nomeada secretária de minas e energia do estado, e impulsionou amplamente o aumento da produção de energia, assegurando que o estado enfrentasse o racionamento de energia de que o resto do país padeceu.

Ela tinha mil quilômetros de novas linhas de energia elétrica, novas barragens e estações de energia térmica construídas, enquanto persuadia os cidadãos a desligarem as luzes sempre que pudessem. Sua estrela política começou a brilhar muito. Mas em 1994, depois de 24 anos juntos, ela se separou do Senhor Araújo, aparentemente de maneira amigável. Ao mesmo tempo ela se voltou à vida acadêmica e política, mas sua tentativa de concluir o doutorado em ciências sociais fracassou em 1998.

Em 2000 ela adquiriu seu espaço com Lula e seu Partido dos Trabalhadores, que se volta sucessivamente para a combinação de crescimento econômico com o ataque à pobreza. Os dois se deram bem imediatamente e ela se tornou sua primeira ministra de energia em 2003. Dois anos depois ele a tornou chefe da casa civil. Ela estava ao lado de Lula quando o Brasil encontrou uma vasta camada de petróleo, ajudando o líder que muitos da mídia européia e estadunidense denunciaram uma década atrás como um militante da extrema esquerda a retirar 24 milhões de brasileiros da pobreza. Lula estava com ela em abril do ano passado quando foi diagnosticada com um câncer linfático, uma condição declarada sob controle há um ano. Denúncias recentes de irregularidades financeiras entre membros de sua equipe quando estava no governo não parecem ter abalado a popularidade da candidata.

A Senhora Rousseff provavelmente convidará o Presidente Mujica do Uruguai para sua posse no Ano Novo. O Presidente Evo Morales, da Bolívia, o Presidente Hugo Chávez, da Venezuela e o Presidente Lugo, do Paraguai – outros líderes bem sucedidos da América do Sul que, como ela, têm sofrido ataques de campanhas impiedosas de degradação na mídia ocidental – certamente também estarão lá. Será uma celebração da decência política – e do feminismo.

Tradução: Katarina Peixoto

Desafio: Sintonia - Por Aloísio

Pedaço De Canção
(Fausto Nilo / Moraes Moreira)

Que uma canção pelo céu levaria
No véu da cidade na melhor sintonia
Todo o meu coração
Mas as frases que eu grito
Em bocas tão desiguais
São pedaços daquilo que sinto
E não canto jamais
Que eu repito
Em bocas tão desiguais
São pedaços daquilo que sinto
E não canto jamais
Portanto eu minto
No tom maior do violão
Quando pressinto
Nesse acorde menor
A maior emoção
Que uma canção pelo céu levaria
No véu da cidade na melhor sintonia
No rádio do carro uma voz anuncia
O final da canção.



Sintonia

Sintonia é comunhão
É pensar na mesma canção
Ouvindo no mesmo diapasão

É buscar no rádio
Aquela canção
Se espalhando
Na amplidão

É ver o sentimento
De amizade
Ser construído
Numa outra cidade

É procurar algo
Com a certeza
De encontrar.

É isto,
A sintonia
Está no ar.
É só alcançar.

Aloísio

Estou com tanta demanda
Que nem pude ir ao rio
Às vezes demoro um pouco
Mas respondo o desafio.
A COMÉDIA DA MALDIÇÃO
Teatro Dragão do Mar (Fortaleza-CE)
Dia 29 de setembro de 2010 (quarta-feira), 20h
Entrada: 1kg de alimento não-perecível


Texto e Direção de Cacá Araújo / Música de Lifanco / Elenco: Cacá Araújo, Carla Hemanuela, Charline Moura, Jardas Araújo, Edival Dias, Joênio Alves, Jonyzia Fernandes, Joseany Oliveira, Josernany Oliveira, Lifanco, Lílian Carvalho, Lorenna Gonçalves, Márcio Silvestre, Orleyna Moura, Paula Amorim, Paulo Henrique Macêdo e Samara Neres.


Mais de 10.000 pessoas já viram a peça que traz a história de uma bela jovem que se amanceba com o vigário e é condenada à terrível maldição de virar Mula-sem-cabeça. Uma das mais tradicionais lendas brasileiras recontada num grande espetáculo para todas as idades!!!

Tim Maia


Sebastião Rodrigues Maia, mais conhecido como Tim Maia (Rio de Janeiro, 28 de setembro de 1942 — Niterói, 15 de março de 1998), foi um cantor e compositor brasileiro. Alcançou o sucesso a partir da década de 1970 e tornou-se um dos mais influentes cantores brasileiros. Morreu vítima de uma infecção generalizada, após a tentativa de um show em condições de saúde debilitada.




Foi regravado por vários artistas, como Kid Abelha, Viper, Lulu Santos e Paralamas do Sucesso e recebeu até homenagens por parte de artistas do porte de Caetano Veloso e Jorge Ben Jor (W/Brasil).

Cartão de Pe. Miguel

“Somos inquilinos do tempo e do espaço, mas somos filhos do infinito.”
Benjamin González-Buelta sj

Querida amiga Elza,

Você se queixava de que eu não respondia seus e-mails. Agora lhe respondo. Não vou lhe pedir desculpas por estar chegando atrasado, pois acredito que Deus conta o tempo diferente da gente. Espero que no tempo dEle eu esteja chegando na hora certa... Procure uma lan house aí no céu. Ou então bata na porta de São Gabriel, o arcanjo mensageiro. Ele, com certeza, ajudará você a abrir esta mensagem.

Quando eu era menino, gostava de ficar observando as formigas. Passava horas a fio contemplando aquele mundo pequenino delas. Seu trabalho rotineiro, a labuta de cortar as folhas e levar para o formigueiro. Eu ficava olhando as formiguinhas, carregando folhas às vezes bem mais pesadas que elas próprias. Eu ficava observando o caminho que faziam, perfiladas, numa disciplina e ordem impressionantes. Um dia, experimentei passar o dedo, cortando o caminho delas. Aí observei como ficavam desorientadas, perdidas, sem saber que direção tomar.

Foi esta, Elza, a primeira imagem que me ocorreu na manhã daquela sexta-feira, 27 de agosto. Seus filhos iam chegando, um após o outro, ao hospital, no Recife. Desconsolados, abraçavam-se, calados, atordoados. Formiguinhas assustadas é o que somos, quando a morte nos visita. O caminho que fazemos, carregando nossas folhas imensas, de repente é interrompido. E nos sentimos sós. Perdidos, por mais conscientes e racionais que sejamos. Por mais que o sol brilhasse naquela manhã de agosto, às margens do Capibaribe, no coração dos seus filhos tudo era neblina e cerração. Na Ilha do Leite, berravam em silêncio os bezerros desmamados do sítio São José...

Naquela mesma sexta-feira à tardinha, já em outro cenário, mas na mesma saudade e na mesma dor, eu também me sentia só. Logo depois do pôr-do-sol, fui ao quintal da casa do sítio São José para falar com minha mãe pelo celular. Sentia saudade dela. Tinha um nó na minha garganta, porque você também não estava lá. Havia um buraco enorme naquela casa, sem a dona dela, com suas delicadezas, beijus com nata e doce de buriti. Enquanto falava com minha mãe ao telefone, olhei para o céu e vi uma estrela grande e brilhante. Logo a reconheci: era a estrela que eu adorava ficar olhando, na imensidão do sertão da minha infância. Aquela estrela sempre me lembrou a minha mãe, e naquele momento eu estava falando de você com ela. Eu nunca mais tinha reparado na beleza daquela estrela... A gente corre demais, Elza, a gente tem muita reunião!!!... Como Santa Marta do Evangelho, vivemos atarefados e com pressa, enredados em nossa agenda sem tempo para contemplações. E naquele momento, a estrela que brilhava no firmamento, me parecia bem maior, mais bela e mais fulgurante do que de costume. A saudade faz a gente ver as coisas de um jeito assim transfigurado. O amor, o bem querer, nos dá olhos parecidos com os de Deus.

Meu coração, então, se perguntou: será que Elza já chegou no céu? Achei que a viagem fosse mais comprida... No mesmo instante me lembrei que o tempo de Deus se conta de um jeito diferente. Você vinha viajando pela estrada, de volta ao São José para as últimas despedidas. E ao mesmo tempo aterrissava na pista do aeroporto azul do céu, direto no colo de Deus Nosso Senhor. Aquela estrela era sim, Elza, você brilhando no céu do Cariri.

Lembro-me de que uma vez você me perguntou: será que quando eu morrer eu vou para o céu? Eu disse: “Elza, com tanta reza, tanta missa, tanta confissão, tanta ajuda aos pobres, você ainda duvida?... Você é uma pessoa generosa, não tenha medo não, que você vai para o céu”. Aí você dizia, com aquele jeito bem seu: “hum, as pessoas acham que eu sou uma pessoa boa, mas eu vivo dizendo ‘meu povo, eu não sou boa não, deixem de conversa...’”. Desisti de lhe responder esta pergunta, de tentar lhe convencer e que você era uma pessoa boa e que ia sim para o céu. Deixei que Jesus mesmo respondesse.

E ele respondeu. Naquele fim de semana que passei no São José, eu vi a reposta no rosto de tantas pessoas que foram se despedir de você. Pessoas que um dia foram tocadas pela beleza discreta do seu amor, da sua generosidade. Nas palavras que saíam de suas bocas e, mais ainda, no olhar, no silêncio dos seus gestos respeitosos e até reverentes, Jesus estava lhe dizendo: “está vendo, Elza, você é boa sim, descansa agora deste desejo de ir para o céu”. E eu dizendo, com Jesus: “está vendo, Elza, você, como a Irene do poema de Bandeira, é daquelas que não precisam pedir licença para entrar no céu”.

Na tarde daquele sábado, você completou a sua viagem. Deixou o São José e viajou de novo. Desta vez foi para sempre descansar em outro Sítio. Nós, que ficamos aqui deste lado da vida, confiamos que Deus há de enxugar nossas lágrimas, acalmar nosso coração, nossa saudade. Ele saberá nos consolar do vazio imenso que ficou no São José. É Ele quem vai nos ensinar a preencher o vazio que ficou naquele pedaço do mundo, entre o Crato e o Juazeiro, depois da sua partida. Ele saberá guiar os passos de cada um dos seus filhos, pelos caminhos que você e seu querido Geraldo lhes ensinaram. Deus, que aos seus nunca abandona, vai dar a eles a sabedoria que nasce da fé, para retomarem, cada um a seu tempo e do seu jeito, aquele caminho que começou no São José e só terminará na plenitude do abraço de Deus.

Você já deve ter encontrado aí no céu o Pe. Arnaldo. Mostre a ele este e-mail. Acho que ele vai gostar de saber que eu, embarcado depois dele no grupo dos Companheiros de Jesus, tive o privilégio de, como ele, ter você como amiga e conviver com esta família tão especial.

Um grande abraço, Elza! E muito obrigado, mais uma vez, por me fazer viver naquele fim de semana, no sítio São José, uma experiência intensa e verdadeira da graça e do amor de Deus, quando você se despedia dos seus, deixando atrás de si um rastro tão bonito de paz, comunhão e harmonia.

Pe. Miguel Martins Filho SJ
Recife, 25.09.2010

Frases pra gostar de ler...


"A inspiração existe, mas ela tem de nos encontrar trabalhando." Pablo Picasso - (1881 - 1973)

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"[A literatura] encena a linguagem, em vez de simplesmente utilizá-la, e engrena o saber no rolamento de uma reflexividade infinita (...) a escrita faz do saber uma festa." - Roland Barthes (1915 - 1980). 

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"O mais valioso de todos os talentos é aquele de nunca usar duas palavras quando uma basta." - Thomas Jefferson (1743 - 1826)




Sementes
- Claude Bloc -

Das tuas mãos,
crônicas inocentes,
traços de lápis
leves sobre o papel.

Desenhas sonhos
e com a voz, descreves
tua sede
tua prosa
e as rosas
que delineias nos poemas livres.

Deixas pela terra
Sementes e repentes
de inspiração
e sob a pele oculta do poema,
teu chão primeiro...

É leve a palavra
e os sentidos
em que
enovelas
tuas novelas
teus enleios
em toque derradeiro.

Claude Bloc

"Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância."

(Simone de Beauvoir)
Pescar Luz
(Pablo Neruda)




"Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.


Há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência. "




Pablo Neruda, Últimos Poemas

Um Bonde Chamado seu Beijo - Elisa Lucinda

Quem encobrirá meu sono?
Beijará quem minhas costas no cotidiano?
Quem, no meio do frio, me cobrirá com lindas orelhas
e me dirá palavras indecentes nos ouvidos?
Quem, atrevido, me acordará com o ponteiro em riste
como um pássaro que não quer tudo
apenas o céu, a gaiola, o alpiste?
Quem que, quando eu dormisse, por mim zelasse
e eu, quando acordasse, lhe fizesse iogurtes brejeiros
massagens nos pés, cumplicidades de enlace?
Quem me agarrará por trás quando eu sair cheirosa do banho
e terá orgulho de eu ser guerreira e perfumada ao mesmo tempo?
Quem em bom senso dirá que muito me assanho
quem orientará a guerrilha diária a que me proponho
quem será inteligente e gostoso a meu lado como está no meu sonho?
Quem, a quem me disponho a cozinhar e fazer versos
quem racional e perverso cochichará nos tímpanos da minha alma
a doce ordem, a venal palavra: Calma?
Quem com sua alma me mostrará um mar vertical?
Quem, meu igual, me apontará andores reais, sem excesso de glacê no bolo
Com determinação de touro e a nobreza de poder ser banal?
Quem, coisa e tal, me beijará a boca e me enfiará as mãos
por debaixo da barra do segredo do vestido
e um dia passeará comigo no segredo contido na Barra do Jucu?
Quem, senão tu que eu elejo, eu planejo, pode habitar o lugar
a suíte que há tanto tenho reservado?
Quem, encomendado, pode me manter na confiança dos edredons
enquanto não chega?
Quem, com certeza, me visitará num outubourbon no gume da lira
de eu ser égua, cadela, mulher e sua?
Quem sobre mim sua, pinga, chove?
Quem que com lucidez resolve o abismo simples de prever o risco de sonhar
pra nele mesmo cair, rir
e se embolar?
Quem me dará a idéia de conceber a saudade no sentido tático
quem, não estático, de longe me fará cometer poemas de meia-noite?
Quem, sem favor, me estende o braço com rosas na mão
com explicação pro meu calor?
Quem, senão meu doido bondinho
meus olhos acesinhos, meu comedor...
Meu triz, meu risco
meu cristo redentor?

Você está sabotando sua relação ?

Por Vlad Maluf
Foto: Getty Images
Saiba identificar - e resolver - cada problema

Por mais que você goste de um homem, muitas vezes é comum ter atitudes que vão sabotando a relação. Certos comportamentos são absolutamente desnecessários e vão minando os sentimentos, até que o relacionamento desça pelo ralo. A sexóloga Fatimah Moura lista 10 atitudes que costumam denunciar quando você está agindo assim.

Veja as dicas da especialista, que apresenta o programa de rádio “A gente precisa conversar”, na Nativa FM e, além disso, é autora dos livros “Sexo para mulheres casadas” (Ed. Original) e “Sexo amor e sedução” (Ed. Harbra).

1. Esquecer de você mesma
Problema: Você parou de se cuidar, não se produz, usa qualquer roupa para ficar em casa e dorme com uma camiseta esgarçada (daquelas com propaganda de vereador).
Solução: não se abandone. Por você e por ele, cuide-se, da saúde, do corpo e do visual.

2. Fazer cobranças
Problema: Quando a primeira coisa que você pergunta quando liga no celular dele é “onde você está?”, não espere que a relação vá bem.
Solução: confie em você. Cobranças só prejudicam a relação e, pior, não resolvem nada.

3. Viver reclamando
Problema: você vive se queixando da vida, do casamento, do trabalho, do carro que está velho... Ninguém aguenta gente amarga.
Solução: Enxergue as coisas boas, que com certeza também fazem parte da sua vida. Se há coisas ruins, faça algo para mudá-las. Resmungar não soluciona problemas.

4. Jejum sexual
Problema: Você fica fugindo do sexo? Um dia está cansada, em outro com dor de cabeça e a transa vai sendo adiada? Mau sinal...
Solução: pare de dar desculpas e descubra o que está errado com a relação para você ter perdido o apetite sexual. E, claro, resolva.

5. Discussões fora de hora
Problema: quarta-feira, na hora do futebol, não é hora de discutir a relação. Se você fica criando polêmicas nas horas erradas, saiba que está minando sua relação (e vai explodir).
Solução: Aceite que ele tem outros prazeres na vida, além da sua companhia. Assim como você deve ter seus gostos, suas amizades e seus programas.

6. Viver em função dele
Problema: Não se esqueça que a sua vida não gira em torno de um homem. E ele não quer isso, também. Se você está constantemente à disposição, não dá chance dele sentir saudade.
Solução: Seja atenciosa com ele, mas não exagere. Lembre-se que você também tem seus desejos e suas necessidades (e deve atendê-los).

7. Tomar a frente de tudo
Problema: A mulher que toma a frente de tudo, toma todas as decisões e é independente demais também cansa. O homem quer se sentir necessário na vida dela.
Solução: Dê espaço para que ele tome algumas decisões da vida a dois – desde as menores, como fazer a lista de supermercado, até coisas maiores. Isso faz bem para o homem.

8. Criticar demais
Problema: É preciso dizer que ficar criticando o parceiro, bancando a dona da verdade, tira qualquer um do sério?
Solução: Pare de criticar tudo. Tire do seu vocabulário a irritante frase: “está vendo? eu te disse!”

9. Falta de assunto
Problema: Algumas mulheres têm apenas um assunto com o seu companheiro: o próprio relacionamento dos dois (e tudo que o envolve).
Solução: Seja informada, agradável. Saiba conversar sobre outros temas. É muito desgastante uma companhia que vive em um universo tão restrito.

10. Tentar mudar o homem
Problema: há, ainda, quem acredite que pode mudar as pessoas. Conhece os hábitos do amado, discorda deles e acha que, quando o relacionamento estiver mais firme, poderá transformar tudo.
Solução: não gosta do jeito dele? Procure outro ou aceite, sinceramente, como ele é. Mudar alguém você não vai conseguir.

Relacionamentos - Rubens Alves


Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que, os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: Há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol.
Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me.
Para começar, uma afirmação de Nietzsche com a qual concordo inteiramente.
Dizia ele: “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria, capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice”?
Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.
Sheerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme “O Império dos Sentidos”.
Por isso, quando o sexo já estava morto na cama e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites.
O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fosse música.
A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer.
Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: ”Eu te amo...”
Barthes advertia: “Passada a primeira confissão, “eu te amo” não quer dizer mais nada. É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética”.
Recordo a sabedoria de Adélia Prado: “Erótica é a alma”.
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua “cortada”, palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar.
O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo.
Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca.
Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la.
Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui, ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguém erre. E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...
A bola: são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras.
Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá...
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada.
Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão...
O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento.
Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.
O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor...
Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...


RUBEM ALVES

O Rio de Janeiro não é só "gangues" de tráfico, violência e corrupção de políticos

Símbolo do Império, Quinta da Boa Vista passará por reforma no Rio
Fonte: "Folha de S.Paulo"
FELIPE CARUSO, do Rio

O Rio de Janeiro tenta revitalizar o principal símbolo da época do Império na cidade: a Quinta da Boa Vista. O parque situado em São Cristóvão, zona norte do Rio, deve receber uma série de projetos e obras para resgatar a sua importância histórica.

O Comitê de Revitalização de São Cristóvão da ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro) apresentou na semana passada um projeto de luz e som para o Museu Nacional, instalado no Paço de São Cristóvão desde 1892.
A história do período será contada com projeções nas paredes do palácio, que foi o lar da família real de 1808 a 1821, pertenceu à família imperial de 1822 a 1889 e acolheu a primeira Assembleia Constituinte da República. Com tecnologias como realidade aumentada, totens de interação com objetos em exposição, holografia e mesas interativas, a ideia do projeto é unir a história do local com o acervo de história natural do museu.

DOM PEDRO II

Ao entrar nos ambientes com óculos 3D, por exemplo, os visitantes poderão ver o próprio dom Pedro II contar a história da sala ou dom João VI sentado no trono. Segundo a empresa responsável, a iniciativa já foi aprovada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que tombou o edifício em 1938. O projeto deve custar R$ 7 milhões e agora aguarda recursos via Lei Rouanet.

Também na semana passada, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) apresentou projeto do escritório Burle Marx de construção de uma passarela-esplanada ligando o Maracanã à Quinta da Boa Vista. A obra, que ainda precisa ser aprovada, deve ficar pronta até a Copa de 2014. Para a Olimpíada de 2016, a Prefeitura do Rio pretende integrar ao parque um terreno vizinho, comprado recentemente do Exército. O novo espaço vai duplicar a área da quinta, que passará de 300 mil metros quadrados para 600 mil metros quadrados. Já a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos do Rio começou, na semana passada, uma série de serviços de revitalização. Por duas semanas, a secretaria vai recuperar jardins, bancos, lixeiras e o asfalto.

FESTA BAILA COMIGO



Festa temática com a presença das bandasLOS THE OS, OS ÁGUIAS e o DJ LUB LUB tocando sucessos das décadas de 60/70 e 80. Vá à caráter e PAGUE MEIA ENTRADA, curta mais intensamente a festa.

A Música - por Everardeo Norões


A MÚSICA

Para Isaac Duarte

Sem pedir licença,
insinua-se pelos cômodos,
invade os espelhos,
derrama suas jarras de luz.
Vejo-a
pelos canteiros da casa,
na nitidez dos bordados
de minha mãe,
no brilhar de tua íris
quando os deuses descem
para beber a insensatez
das águas.
Depois,
ela se transforma em seios,
goiabas,
espigas.
E nua, adormece,
enquanto a lua brinca
entre meus dedos
e lagartixas
passeiam pelas pedras do pátio...

Everardo Norões




Everardo Norões nasceu na cidade de Crato, Ceará.
Viveu na França, Argélia e Moçambique.
Tem os seguintes livros publicados:
Poemas Argelinos (Ed. Pirata, 1981)
Poemas (Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 2000)
Nas entrelinhas do mundo, em co-autoria (Ensol, 2002)
Le tigri del Bengala - tradução de Emilio Coco Edizione Nuove Muse, S. Marco in Lamis, Itália, 2005).
Co-autor do texto da peça Auto das portas do Céu, de Ronaldo Brito. Organizou a obra completa de Joaquim Cardozo, que se encontra no prelo (Editora Nova Aguilar)
Everardo Norões na Internet:
http://www.plataforma.paraapoesia.nom.br/everardon.htm

Francisco Alves




Francisco de Morais Alves (Rio de Janeiro, 19 de agosto de 1898 — Pindamonhangaba, 27 de setembro de 1952) foi um dos mais populares cantores do Brasil.

Começou sua carreira em 1918 e seu primeiro sucesso foi a marcha carnavalesca O Pé de Anjo, do compositor Sinhô. Devido a sua voz firme e potente, era conhecido como o 'Rei da Voz. Compôs com Orestes Barbosa algumas obras-primas da canção brasileira: "Meu Companheiro", A Mulher que Ficou na Taça", "Dona da Minha Vontade", "Por Teu Amor".

Morreu carbonizado por ocasião de uma colisão entre seu automóvel e um caminhão, que imprudentemente entrou na contramão, na Via Dutra, em Pindamonhangaba, na divisa com Taubaté, estado de São Paulo, quando voltava ao Rio de Janeiro.

wikipédia
------------------ OS DEGRAUS ------------------
(Mário Quintana)

Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
os deuses, por trás das suas máscaras,
ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo .




( Mário Quintana )