Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

terça-feira, 8 de junho de 2010

Apenas singular - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Quando nasci,
Buscava eternizar-me,

Sobrevoar a poeira do tempo,
Desdobrar-me em circunstâncias,

Transpor a finitude,
Expor-me aos experimentos do espaço,

Extrair-me do cotidiano,
Antecipar-me ao futuro,
Sobretudo esgueirar-me ao passado.

E vim entre tais promessas,
Sujeitando-me ao esmeril do tempo,
Teimando em perenidade.

Qual nada me descobri mais.

Nem finito e nem eterno,
Apenas singular.

Os raios de sol




Os raios de sol

Os pardais ciscam o capim entre as pedras.
A maritaca grita no telhado,
Depois se pendura pelas patas, com o biquinho aberto.
As flores do pessegueiro caem com tristeza.

Um rato corre, espia do buraco.
Atravesso descalço o córrego ao lado de casa.
Uma libélula me acompanha.
Sinto um cheiro de alecrim no ar.

Olho ao longe o cafezal florido.
O espantalho cai, com tantos pássaros.
Um menino canta, chora e canta de novo.
A graça dos crisântemos brancos.

A garça caminhando solene entre os bois.
Os raios de sol e a sombra da figueira.

_________
Liberta-me
- Claude Bloc -

Liberta-me deste sonho
Solta-me as asas
Faz-me ser o que nunca fui…
Liberta-me de ti
Liberta-me de mim
Dessa saudade
que permanece em mim.

QUANDO NÃO EXISTIA O PHOTOSHOP - Por Edilma Rocha


Mesmo antes de eu vir ao mundo meu avô Julio Saraiva já tinha um foto na Rua Grande chamado de Foto Riso. Nesta época não existia luz elétrica e para o bom fotografo conseguir efeitos de iluminação numa boa fotografia, tinha que seguir um ritual preparado com antecedencia. As pessoas a serem retratadas arrumavam os cabelos, vestiam a melhor roupa e chegavam no horário marcado. Quando o sol penetrava pela janela meu avô abria e fechava a cortina posicionando os raios de luz para o local desejado.

Os negativos eram em lâminas de vidro que necessitavam um cuidado especial com o manuseio para não deixa-los cair , pois se não, tudo estava perdido.

Ainda muito pequena ajudava a minha mãe a lavar os retratos, passar um pano limpo enxugando e espalhando centenas deles pelas mesas, camas e parapeitos do quintal. A foto para ter duração tinha que ser bem lavada retirando bem o fixador em água corrente no nosso banheiro, onde ficavam mergulhadas na banheira horas a fio. E a água do Crato era de primeira qualidade, sem cloro, razão porque duravam tanto. E haja água !
O local da revelação chamava-se quarto escuro. Lá sob uma luzinha vermelha começava todo o processo da revelação. Primeiro o negativo já retocado era colocado na ampliadora e projectado na bancada sobre o papel virgem do tamanho desejado. Ajustado o foco, seguindo sempre o brilho dos olhos, eram contados o tempo de exposição da imagem.

_ Hum, dois, três, quatro...

E pronto ! Hora de mergulhar na banheira de Ágata o papel exposto e com uma pinça se movimentava para lá e pra cá e como uma mágica a imagem ia surgindo até dar a nitidez por completo. Tudo a olho vivo, sem ser claro demais ou escuro demais, no ponto. Saindo da banheira do revelador era mergulhada imediatamente no fixador para depois ser molhada por água e passava então lavagem final, a do chuveiro.

Lembro do processo do retoque que começava primeiro no negativo que nesta época já era de celiloide. Com um lápis preto de ponta longa e fina, minha mãe ia cobrindo delicadamente os pontinhos aqui e ali para corrigir as imperfeições como manhas da pele, espinhas, rugas, e sinais indesejados. Depois eram acentuados os contornos dos olhos, sobrancelhas, cílios, nariz, boca, cabelos, roupas e enfeites. Era um trabalho minucioso e lento que levava horas para terminar sentada numa bancada com o vidro coberto por papel preto que ficava aberto somente o espaço do negativo e se fazia o retoque contra luz. Portanto somente durante o dia se podia retocar. Depois de retocado, era feita uma cópia que chamavam de prova, e só assim o cliente poderia dar a permissão para copiar ou não as poses escolhidas.

Tudo muito diferente dos tempos atuais em que já não são tão necessários os fotógrafos profissionais a não ser em ocasiões como: casamentos e formaturas. Hoje cada um tem a sua câmera ou celular e clicam tudo que veem pela frente e até a si próprios, com os braços esticados num sorriso estudado sempre de lado feito papagaio olhando pra quenga, como dizia meu avô.
Não precisam de filmes e, tampouco, revelações, pois as fotos são passadas para o computador pelo cabo e postadas nos álbuns virtuais como, orkut, facebook, twitter, sites e blogs, ou mesmo num pendrive ou CD. Se quiser uma cópia, imprime na impressora ou manda fazer em alguns minutos por pouco mais de alguns reais.

O trabalho do retoque é feito pelo programa chamado de Photoshop. Lá mudam as cores, alinham as bordas, tira brilho bota brilho, arruma o cabelo, retira as espinha e manchas deixando a cara lisinha e renovada. Mas mesmo com todos esses recursos é preciso ter arte para executar o programa. Pois existe cada retoque por aí que até deforma os rostos de tanto alisado. Umas verdadeiras cirurgias plásticas feitas por um falso Pitangi ou deformações com caras de bonecos tipo Michael Jackson.

Certa vez, meu avô retocava uma prova no capricho pois a retratada era feia pra burro. Cabelos manchados e emaranhados, muitas rugas, vermelhidão pelo rosto inteiro, espinhas carnais e toda embombada, sem falar no narigão de pimentão. Primeiro ele passou o verniz feito com álcool e pó de breu comprado lá em Seu Abidoral e o curioso é que todos fugiam da compra pela maneira difícil de se pedir o produto no balcão. Vejam só....

Vovô pacientemente dava mais uns retoques finais enquanto a feia figura esperava para ver o retrato se achando a própria. Mal ele passou a foto às suas mãos dela, ela foi logo dizendo bem alto:

_ Tá horrível !

Ele rapidamente tomou o retrato de volta e passou um algodão encharcado do verniz removendo tudo que tinha feito e disse :

_ Horrível está é agora !
_ Você é assim, sua cara de jaca amassada.
_ Vá bater seu retrato em outro canto !

Edilma Rocha

Alma - Clarice Lispector


Minha alma tem o peso da luz.
Tem o peso da música.
Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita.
Tem o peso de uma lembrança.
Tem o peso de uma saudade.
Tem o peso de um olhar.
Pesa como pesa uma ausência.
E a lágrima que não se chorou.
Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.



Clarice Lispector

Cósmica

Eu sou a espuma que o mar joga na praia,
desejando o sêmen de Urano
para nascer-me Afrodite.

Eu sou a areia que o mar joga
além da praia, num murmúrio que diz:
vai conhecer outros caminhos que não só os da água!

Eu sou o sol que queima minha pele,
sou o vento que entrelaça meus cabelos
assobiando canções pra me entreter.
Depois... empurrando nuvens,
vou embora.

Eu me enfeito de mar e sol.

O canto do mar me faz lúcida e inteira,
quieta
desaguada
desterrada
desfeita.

Entregue,
em silêncio e gratidão,
contemplo a terra azul.
(StelaSiebraBrito)

Beijo na alma ..... por Rosa Guerrera


Você sabe beijar minha alma!

Sua boca parece ter o dom
de tocar de leve
o meu coração, me levando
a caminhos nunca antes percorridos

Você é capaz de desenhar todo o meu amanhecer
me fazer sonhar antes
de dormir...
e subir aos céus
sem asas para voar.

Com você vejo estrelas e luzes
nunca antes enxergadas...
Vejo até vôos de pássaros
inexistentes...
que me levam a um encontro
metade fantasia , metade real.

Sua voz preenche o meu coração
direcionando o meu corpo
a fogueira de anseios...

E num abraço apertado,
num toque ousado,
ou num sussurro demorado ...
Eu sinto que o seu beijo de uma maneira bem sutil
chega realmente ao
mais profundo da minha
alma...

Do Ceará para o Paraná !



Hoje está aniversariando, a nossa amiga Lourdes, esposa do colaborador cratense, Edmar Cordeiro Lima.

O cardápio do almoço foi Bobó de Camarão. A sobremesa, esta apetitosa torta de limão.

Que fazer pra saciar o desejo, na partilha ?

-Fazer de conta que a mesa está servida !

Lourdes é exímia cozinheira. Peço-lhe que nos envie suas receitas preferidas. Estamos extendendo o pedido, a todos que guardam como tesouro, uma receita de família.

Um abraço do Cariricaturas, Lourdes, com votos de muitas felicidades , e vida longa !

Que é felicidade - Emerson Monteiro

Todos nós possuímos nossas razões de viver na variação dos interesses transitórios deste mundo cheio de elencos infinitos de pretextos para gozar. Torcer por times de futebol. Acompanhar novelas de televisão. Vícios variados; cigarro, droga, bebida. Mania de ler, de falar, comentar a vida alheia. Ganhar dinheiro. Gastar noites de sono precioso em mesas de jogo. Viajar pelo mundo observando outros povos e costumes. Andar de bicicleta. Passear de automóvel, no gosto e poder aquisitivo de quem usa. Criar cavalos de raça, peixes ornamentais, cachorros, coelhos, galinhas, ovelhas, patos, mocós, etc. Colecionar armas brancas, selos, gibis, mandatos, aviões, jóias, moedas, sapatos, livros, escrituras de terra, casas, perfumes, charutos, admiradores, canetas, vinhos, títulos universitários, entradas na polícia, visitas a museus, carimbos e passaportes, telas e desenhos, endereços eletrônicos, etc., etc.
Falar do que seja felicidade, por isso, reclama de observar cada indivíduo e o jeito se apegar a valores, na medida de cada freguês, pela ótica que lhe é própria.
Uns, visualizam apenas os detalhes; outros, o todo; sempre na intenção de si agradar, de achar satisfação nas jornadas desta vida.
Pelo transcorrer da história pessoal, topamo-nos com as oportunidades para construir justificações aos chamamentos, à proporção em que se aproxima o acerto das contas da história toda. Ainda não existe, contudo, um padrão universal que represente a felicidade, que reúna elementos de certeza absoluta, que explique nossa origem, o que estamos fazendo aqui e para onde iremos depois, nos segredos do Universo.
Há, sim, versões mitológicas, filosóficas, religiosas, acadêmicas, porém prova provada, definitiva, aceita sem conflitos por toda gente e em todos os lugares, isso ainda esperam os habitantes desta terra.
No entanto, viver é preciso, e sob o signo da felicidade, livre do que dizem e pensam as ruas, os botecos e clubes. Só avaliar objetos, sentimentos, fenômenos fica devendo para esclarecer o enigma das gerações. A escolha da adoração particular, sem preencher com clareza o espaço da verdadeira expectativa, mostra limitação que resiste à busca, no entanto, demonstra necessidade de ir em frente, firmes, sem desprezar os deveres de filhos, pais, cidadãos e contribuintes.
No frigir dos ovos, resta, então, mergulhar de cabeça dentro de nós próprios, indo às profundidades da alma, escarafunchar as entranhas, experimentar os sabores na relação com o todo, independente dos sentidos animais, e achar o propósito mais íntimo da realidade.
Nisso encontrar-se-á, na essência, sentimento alto que acolhe de braços abertos, o amor, Ser supremo, ente maior das filosofias, natureza fundamental da Criação, algo semelhante à fonte inesgotável jamais imaginada. E descobrirá transformação noutro patamar de circunstâncias que revelará novos sonhos e dimensões nunca presenciadas nas coisas materiais.
A interpretação, portanto, do que seja felicidade ressurge das virtudes adquiridas nesse acontecimento, após o desencanto dos prazeres fáceis.
Com isso, a vida ganhará novas cores e o palco da fantasia revelará outra possibilidade, no sentido pleno da caminhada. Resultado, o conceito de felicidade ampliará o viver da multidão, que nisso experimenta os frutos e as formas da beleza definitiva de uma nova humanidade.

Cariri Cangaço avisa...


Prezados amigos,

Já está disponível no Blog Oficial ; o novo DVD Cariri Cangaço 2009, ali vamos encontrar todas as informações; o BOX Completo, o DVD Documentário, enfim;
Visite o Blog e saiba como adquirir seu exemplar.
.
cariricangaco.blogspot.com
.
Manoel Severo
Curador e Coordenador do Cariri Cangaço

ócio

Trabalho para não dizerem
que sou um louco.

A minha vida
seria santa

se eu não saísse
do quarto:

só escrevendo
poesia.

Sair apenas
para ver o dia.

Nem me importaria
com sua aparência:

se nublado
ou arco-íris.

Ver o dia
é uma desculpa.

Eu só me levantaria
da escrivaninha

para beber um cafezinho
e dar bom dia às formiguinhas.

Correria pro quarto.
De fato feito um louco.
Levando a toalha de mesa.

Os sinos do sexto mês

É uma febre.
Genial parasita
que me consome.

Não há tempo cavernoso
nem tempo saudável.

O fogo queima.
As cinzas sobem.

Passam pelo teto.
Viram nuvens.
Depois chove.

Se não chove
faz um sol lindo.

Digo que flores crescem.
As flores não crescem.
Explodem gentilmente.

Não há motivo aparente.
O invisível é tão óbvio.

Digo que crianças brincam no jardim.
Pisam formigas.

Bebem vinho nas conchas
das folhas secas.

A fantasia é tão leve.
Amedronta.

É bom vestir uma túnica
ao pular a fogueira.

Festa de lançamento do livro "Cariricaturas em verso e prosa"- Dia 23.07.2010

Nesse primeiro dia, 10 mesas foram reservadas.
Saldo de 90 mesas, em 8.6.2010.
Façam as suas reservas !
Valor da mesa : 40,00 ( 4 lugares)

Comunicado Vila das Artes

comunicacaoviladasartes@gmail.com

TRABALHO
O Núcleo de Produção Digital Vila das Artes está contratando um técnico em audiovisual.
A Vila das Artes está selecionando um Técnico de Externa em Audiovisual para trabalhar no Núcleo de Produção Digital Vila das Artes (Programa Olhar Brasil mantido em parceria entre a Prefeitura de Fortaleza e o Ministério da Cultura). Para participar da seleção o candidato deve enviar um currículo para o e-mail npdfortaleza@gmail.com ou deixar na secretaria da Vila das Artes, na Rua 24 de Maio, 1221, Centro, em Fortaleza, até o dia 14 de junho de 2010. Os candidatos com currículo pré-selecionados serão convocados para uma entrevista que acontecerá no próximo dia 18. A vaga é para técnico em audiovisual, com experiência em manutenção e operação de equipamentos de captação de imagem, som, iluminação e maquinaria. O selecionado deverá orientar, acompanhar os profissionais e alunos dos cursos da Vila, e garantir o manuseio adequado e a segurança dos equipamentos durante produções externas e internas. Mais informações pelo telefone (85) 3105-1410 ou através do email npdfortaleza@gmail.com. O Núcleo de Produção Digital Vila das Artes apóia a produção audiovisual independente com a disponibilização gratuita, para realizadores audiovisuais, de equipamentos, suporte técnico e a realização de atividades de aprimoramento profissional.

ENSAIO ABERTO
Coletivo cambada apresenta Exercício: Gestalt
O coletivo Cambada faz apresentação aberta do trabalho em processo de montagem Exercício: Gestalt, na sala de dança da Vila das Artes (Rua 24 de maio, 1221, Centro) nesta quinta (10), às 19h. Exercício: Gestalt é o segundo experimento de pesquisa do grupo sobre as (re)significações da forma, seja pelo aspecto literário ou do movimento. O estudo visa contribuir para a clareza do movimento e da composição de suas estruturas formais como: a preparação/recusa do movimento, o seu desenvolvimento e o ponto final. O primeiro exercício desta pesquisa foi [Sem] Meio Termo, um esquete em que o coletivo transpôs as diversas interpretações sobre os mesmos signos textuais. A apresentação conta com Andrei Bessa e Raquel Mendes, Direção e Preparação Corporal de Jonathan Pessoa; Trilha Sonora de Jonathan Pessoa e Andrei Bessa (a partir de trecho da música Yesaya de Leonardo Trincabelli); Fotos de Levy Mota; Operação de Som de Walmick Campos e Operação de Luz de Jonathan Pessoa. O coletivo foi um dos grupos selecionados em edital para ocupação da sala de dança da Vila das Artes, que recebe inscrições até o próximo dia 15 de junho. Informações pelo telefone 3105-1402.



DANÇA
Vila das Artes recebe propostas para ocupação da sala de dança até dia 15.
A Vila das Artes, através de sua Escola Pública de Dança está recebendo propostas para ocupação de sua sala de dança. As inscrições para o Programa de Ocupação da sala de dança estão abertas até o dia 15 de junho de 2010. As propostas devem ser encaminhadas à secretaria da Vila (Rua 24 de Maio, 1221, Centro), das 9h às 20h. O Edital de seleção e a ficha de inscrição estão disponíveis no site da Prefeitura (www.fortaleza.ce.gov.br). Podem participar pessoas maiores de 18 anos e que tenham formação em dança. A sala de dança da Vila das Artes ficará disponível nos meses de julho, agosto, setembro e outubro de 2010. O objetivo da política de ocupação é democratizar o acesso a equipamentos públicos municipais e estimular a produção artística em dança cênica na cidade. Também incentiva a realização de projetos na área de dança através da cessão de espaço e recursos técnicos para o desenvolvimento de ensaios e residências artísticas com foco na pesquisa de linguagem. Informações pelo email escoladedancadefortaleza@gmail.com ou pelo telefone 3105-1402.

CINECLUBE VILA DAS ARTES
Cineclube Vila das Artes traz clássicos do cinema italiano e francês toda quarta. Entrada grátis.
O Cineclube Vila das Artes de Junho apresenta uma seleção dos melhores clássicos do cinema italiano, como Ladrão de Bicicletas, de Vittorio de Sica e Roma, Cidade Aberta, de Roberto Rossellini, roteiro de Frederico Fellini. Os filmes traçam o perfil sócio-cultural de uma Itália que se reconstruía das dificuldades da pós-guerra. Na sequência, Teorema, de Píer Paolo Pasolini, que expressa uma perspectiva particular da crise estrutural do capital a partir de uma de suas principais instâncias sócio-reprodutivas: a família. A Doce Vida, de Fellini, que traz uma Roma marcada pelas exibições mundanas, a decadência e os excessos. Fechando o ciclo de filmes do mês de junho Acossado, de Jean Luc Godard, retratando um mundo à margem de uma transformação social. As sessões, gratuitas, acontecem todas as quartas, às 18h30, na Vila das Artes sempre com a presença de um pesquisador, cineasta ou professor que conduz o bate papo com o público.

Programação

Dia 09
“Ladrões de Bicicletas” (Itrália, 1948)
Dia 16
“A Doce Vida” (Itália, 1960)
Dia 23
“Teorema” (Itália, 1968)
Dia 30
“Acossado” (França, 1959)

MOSTRA
Mostra apresenta filmes de Hitchcock todas as quintas e sextas a partir das 18h30.

Alfred Joseph Hitchcock foi o diretor de grandes obras de suspense que, mesmo após 30 anos da sua morte, ainda fascinam e provocam calafrios nos expectadores. Curiosamente, nasceu numa sexta-feira 13, em agosto de 1899, na Inglaterra. A mostra de filmes na Vila das Artes teve início em maio e prossegue em junho com filmes do cineasta que vão dos clássicos ao documentário incluindo a “Fase Inglesa e o Cinema Falado”. A entrada é gratuita e as exibições acontecem as quintas e sextas a partir das 18h30.

Programação em junho
Dia 10 - Sabotagem (1936)
O filme foi adaptado do romance "O Agente Secreto" de Joseph Conrad.
Dia 11 - Jovem e Inocente (1937)
Dia 17 - A Dama Oculta (1938)
Baseado no livro "The Wheel Spins" de Ethel Lina White.
Dia 18 - A Estalagem Maldita (1939)
O roteiro do filme foi baseado num romance da escritora Daphne du Maurier.
Dia 24 - Alfred, o Grande – Parte I (Documentário)
Documentário produzido pela BBC de Londres sobre a vida e obra do diretor Alfred Hitchcock.
Dia 25 - Alfred, o Autor – Parte II (Documentário)


CINEMA NAS RUAS

O cinema nas ruas é uma proposta dos coletivos formados através do curso de Formação de Agentes Culturais e Exibidores Independentes, o Pontos de Corte, realizado pela Vila das Artes. Os coletivos – grupos culturais- vão para ruas, praças, associações, e através dos filmes provocam a reflexão sobre a vida, a arte e a cidade. O cinema nas ruas é também convite para que os moradores se apropriem dos espaços públicos e se conheçam. Acompanhe a programação de junho


O Cine Brincadeiras exibe filmes e promove atividades culturais lúdicas a partir das 18h.
Dias 12 e 25 de junho
Local: Praça da Igreja Matriz, no Canindezinho, Rua das Pitangueiras esquina com Avenida Osório de Paiva.Sempre às 18h
Informações: 8845.9936

ENCONTRO DAS ARTES
Equipamento da Prefeitura Municipal de Fortaleza, vinculado a Secretaria de Cultura (Secultfor) a Vila das Artes é lugar de formação em artes, apoio a produção, incentivo a pesquisa e difusão cultural. Oferece gratuitamente uma série de cursos, em diferentes formatos e que atendem a um público diverso. A Vila das Artes foi implantada em 2006 - uma conquista compartilhada entre a classe artística e a Prefeitura de Fortaleza. Contribui com ações que envolvem o circuito de artes e o interesse público, potencializando reflexões e debates sobre política, arte contemporânea e a cidade. Situado em local estratégico, no centro de Fortaleza, o Bloco I (Casa das Escolas) foi inaugurado em setembro de 2008 e abriga as Escolas Públicas de Audiovisual e Dança, um Núcleo de Produção Digital, além de Biblioteca, Videoteca, sala de dança, ilhas de edição e auditório.
Parceria: Universidade Federal do Ceará, Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC) e Rede Olhar Brasil - Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Apoio: Kodak, Quanta e Prodança. Apoio cultural: Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Cultura do Ceará. Patrocínio: Banco do Nordeste, Fundo Nacional de Cultura e Lei de Incentivo a Cultura (Ministério da Cultura) e Governo Federal. Siga no twitter.com/viladasartes.

Vila das Artes - Rua 24 de Maio, 1221, Centro. FortalezaCearáBrasil
Telefone (55+85) 3252.1444 comunicacaoviladasartes@gmail.com, viladasartesfortaleza@gmail.com
Escola Pública de Dança (85) 3105.1402
escoladedancadefortaleza@gmail.com
Escola Pública de Audiovisual (85) 3105.1404
escoladeaudiovisualdefortaleza@gmail.com
Núcleo de Produção Digital (85) 3105.1410
npdfortaleza@gmail.com

Sabores de outros tempos- por Socorro Moreira




Crato e a Gastronomia, nos anos 60. Dona Valda, minha mestre-cuca!

Ainda há pouco, desci para almoçar, o feito por mim! Tava legal, porque faço pensando no paladar do meu filho, Victor. E se eu morasse sozinha? Com certeza comeria muito mal.
Entre a sala e a cozinha, eu me senti vestida de farda, boca cheia d’água, estômago roncando, correndo pra almoçar , depois do expediente escolar.
Todos os dias, o cardápio era previsto:
Na segunda-feira, um baião de dois escuros (muito feijão), soltinho, porque era refogado com torresmo. Carne de sol assada, no fogareiro a querosene, paçoca, banana da casca verde.
Na terça-feira, nos aguardava um cosido com todos os legumes (batata doce, macaxeira, jerimum, cenoura, etc); um arroz branco soltíssimo (minha mãe só comprava arroz velho);
Macarrão refogado na nata de leite, e pirão feito com o caldo do cosido.
Na quarta-feira, tinha sempre lombo assado, recheado com pequenos pedaços de toucinho; Salada de ovos cosidos com tomates, feijão mulatinho, do caldo grosso, bem temperado. Minha mãe fritava rodelinha de batata-doce, que pareciam deliciosas bolachas. Adorávamos!
Na quinta-feira tinha bifes batidos no cepo. Acompanhados de jerimum bem verde; arroz com pequi, macarrão de forno com queijo ralado e ovos batidos.
Na sexta-feira era o dia do peixe ou bacalhau. Ao molho de coco, e aqueles temperos verdes que nos enganavam, o cheiro. Tinha sempre um molhinho separado com pimenta malagueta. Aí cabia o purê de batata, e o feijão verde temperado com nata.
O sábado era o pior ou o melhor dos dias. Detestávamos carne de bode ou carneiro.Mas ela tinha que agradar ao velho. Então fazia costelas de porco assadas, uma frigideira de carne moída, uma titela de galinha, na chapa. .
Aos domingos, o cardápio era sagrado: galinha (só existia a caipira) ou peru, ao molho pardo, salpicão de legumes, arroz refogado, polenta de milho verde.A mesa era colorida e farta !
Os jantares é que lembro com mais saudades: arroz topado, sopa de feijão, canja de galinha, arroz com tripa de porco torrada, fígado, arroz com ovo caipira e lingüiça caseira. Hum... Que saudades de todos aqueles pratos!
Dos lanches também: das 9 h e das 14 h.
Só não gostava quando ela inventava gemada de ovos caipira com mel de abelha. Achava enjoado! Mas os suspiros, sequilhos, doces no tacho com queijo de manteiga, banana frita, bolos diversos, umbuzada, mangusta... Vixe, bom demais!
Minha casa tinha esse movimento de festa na cozinha.. Euy me criei gostando de sentir os cheiros, e pegar na colher de pau, pra mexer o vatapá.
Nada de pizas, lasanhas, parmegianes, nem salmão defumado. Lagosta? Só conhecíamos, no máximo, cioba e cavala. No mais era traíra, piau... !
Não tínhamos musses, nem gelatinas de sobremesas. Minha mãe fazia o tradicional pudim de leite, e batia o mamão com maracujá ou laranja, colocava uma calda de ameixa, e ficava lindo e delicioso!
Valda querida, obrigada por ter cuidado tão bem da nossa família. Hoje estamos presos aos grelhados, descartamos os temperos de porco, e aderimos aos azeites de oliva, mas tua comidinha( cem por cento natural) , ficou na memória de todos os meus sentidos !

Minha cadelinha Dudu.... por Rosa Guerrera


Sou apaixonada por animais. Quem me conhece pessoalmente , bem sabe , em especial como amo os cães. E quantas lições já aprendi com esses amiguinhos.! Entre tantos , até hoje para mim , dois sentimentos importantes , hoje um pouco esquecidos , existe num cão :
A fidelidade e o perdão .

Ninguém pode por em dúvida o quanto o cão é fiel , e como ele sabe perdoar quando sufocados pelas correrias do dia a dia , o tratamos mal e até ignoramos o balançar da sua cauda diante da nossa presença . Mas , basta que o chamemos de novo para perto de nós, e ele vem saltitante , como a dizer : “ Já esqueci que você me maltratou”.

E em silêncio refletimos como eles possuem muito mais que nós humanos a capacidade de perdoar ...

Possuo duas cadelinhas em casa e só Deus sabe a minha luta durante as duas últimas semanas para salvar uma delas ( a pequinês Dudu ) que contraiu a doença Babesia . Idas e vindas ao veterinário , exames de sangue, injeções,cinco medicamentos por dia, uma verdadeira maratona de constantes cuidados .

Mas apesar de miudinha ( pesa apenas 3.800 k), a nossa Dudu finalmente superou a doença e já se encontra em fase de pleno restabelecimento.

E que alegria eu sinto , quando ao chegar em casa , ela escuta meus passos ,e já começa a latir como antes , balançando a pequena cauda numa saudação cheia de carinho .

Vencemos juntas o problema!
Hoje , Dudu ao meu lado nessa foto que exprime bem claro o amor que existe entre nós , e que muitas vezes o egoísmo dos homens não consegue enxergá-lo.

Vive la Différence ! - por Luiz Carlos Salatiel



A quem possa interessar.

Faz tempo que deixei de gostar dos shows que acontecem na Expocrato. Apenas a possibilidade de reencontrar alguns amigos não me faz perder todo o interesse pela festa. Aqueles espetáculos ridículos de cantores gasguitas com bailarinas de bundas expostas regados a alcool, aditivos, barbitúricos e outras drogas só se afinam mesmo com o que lá se ouve. Salvam-se alguns palcos menores como os da Rapadura Cultural, da Fundação Mestre Elói ou, se acontece, o da Urca (?).
Quando na época - alguns anos atrás -se tentou brigar por um palco onde a nossa musicalidade se inseria - movimento gestado pelo Coletivo Camaradas, Alexandre Lucas e outros artistas - eu não me envolvi porque sabia que não queria minha música fazendo parte desse "negócio".
Houve uma rara exceção em que a ExpoCrato foi diferente: Rosemberg Cariry foi Secretário de Cultura e redefiniu a participação dos artistas locais e nacionais.
Hoje você compra a festa do poder público e faz dela o que bem entender, contanto que dê lucro, afinal nosso estado capitalista só enxerga a força da grana "que ergue e destrói coisas belas".
O meu trabalho artístico/musical não serve para essa enorme "churrascaria". Quase nunca faço shows fora de teatro.
É perda de tempo brigar por espaço nesse modelo de gestão de uma Expocrato onde se vende e se compra tudo, menos minha arte.
Para que tenhamos noção comparativa do que se faz dela e do que poderia ser feito, acessemos os sites da ExpoCrato 2009 e do FIG - Festival de Inverno de Garanhuns 2009, que acontecem no mesmo período, recebem apoio dos governos federal e estadual e concorrem a editais para outros patrocínios.
ACESSEM:


Festival de Inverno de Garanhuns:
http://www.fig.com.br/programacao.php


EXPOCRATO:
http://www.expocrato.org.br/


Postado no "Cariri Encantado"

Mensagem- Colaboração de Edmar Cordeiro Lima


De Socorro Moreira para Geraldo Lemos

Hoje fui surpreendida com o telefonema de uma voz amiga. Só matei a charada, quando ele me chamou de professora de Matemática. Já tinha esquecido esse detalhe.
Passei por tantos estágios, até me enquadrar como cidadã aposentada!
Era Geraldo Lemos.
Em frações de segundos, relembramos os tempos em que foi seminarista, Presidente da UEC, nos anos 60; Professor de Língua Portuguesa, Empresário de um dos primeiros cursinhos Pré-Vestibulares, bem na época em que foi fundado o Curso de Direito, por Dr. Luis de Borba Maranhão (seu primeiro Diretor).
Mas o assunto, em síntese, era o Crato Poético. O salão nobre do Tênis Clube, e da AABB, quando ele deslizava, como bom pé-de-valsa, com a menina Lurdinha, ao som de Ases do Ritmo ou da Orquestra de Hidelgardo Benício.
Geraldo está residindo em Sobral, e prometeu enviar suas crônicas, que registram nossas boas lembranças.


Estamos no aguardo, Geraldo!


O Cariricaturas te abraça!

CLIQUE - Por Edilma Rocha


As Tias high-tech e o dossiê contra Zé Serra - por José do Vale Pinheiro Feitosa

- Virgem Maria! Mais menina, num tô dizendo!

- E que é que foi mulher?

- Esta notícia! Tem quem acredite?

- Todo mundo no PT sabia do material contra o Serra. Oxém! E por que esta tua exclamação toda?

- Mulher isso é falta de vergonha tão grande que vai daqui até o Baixio do Facundo e ainda tem é chão para cobrir.

Tias Rosinha e Mundinha discutiam uma notícia de hoje bem cedo no Globo on Line. Pois é Globo õ laine mesmo, não é O Globo na internet e nem O Globo na hora, é Globo õ Laine como cabe a todo abestado que se que dar por respeitado. A manchete era: Cúpula petista sabia de dossiê desde 2009.

- Mais menina e Zé Serra num tem vergonha de ver tanta coisa contra ele deste jeito no Globo? – Tia Mundinha comentava.
- Não menina! Tu não estás é entendo direito! A notícia é, é boa para ele. – Tia Rosinha dava outra interpretação às letras escritas pelo Globo.
- Como pode ser? Falam mal dele. Até a filha é mal falada e isso pode ser a favor? Eu bem que desconfiava que jornalista num tem piedade nenhuma. O pobre do Zé Serra tem o direito de se candidatar e sendo candidato de ser eleito e agora o Globo vem com uma campanha nojenta como esta, botando o nome dele na lama.

- Mulher! – Tia Rosinha abria um sorriso para o argumento da irmã – A notícia é para esculhambar o povo do PT e por isso é que é a favor do Zé Serra.
- Como pode minha irmã! Só conta podre do coitado. O sujeito lutando para ganhar o coração do eleitor e o Globo dizendo que ele está sendo mal falado desde 2009 quando nem candidato era!
- Mais minha irmã eles estão dizendo que ele é mal falado pelos adversários nas eleições. Por isso é que é a favor dele!

Foi tia Rosinha completar a sua argumentação e Ria Mundinha, levantar-se, passar a mão numa sombrinha que estava ali por perto. Abri-la e rumar para a porta da frente. Aí tia Rosinha estranhou o comportamento da irmã e ela, já com o pé na varanda, disse:

- Eu vou daqui até o Fidelis para as minhas pernas se cansarem de caminhar até meu pensamento acertar o torto como se reto fosse. Onde já se viu ser coisa boa falar mal da gente. Eu me comporto, faço minhas obrigações para falarem bem de mim, não gosto de ninguém falando mal de mim. Já vou, pode ficar com teu pensamento torto por aí que pode ser quando eu voltar, estropiada desta caminhada, me acerte com ele.

E foi saindo enquanto tia Maria se aproximava de tia Rosinha e fez um movimento com a sobrancelha com se perguntasse o que havia.

- Saiu danada com uma notícia do Globo de hoje.

Pensamento para o Dia 08/06/2010


“Somente a aquisição do conhecimento mais elevado pode cumprir o propósito principal da vida humana. Esse conhecimento torna a pessoa consciente de que o corpo não é inerte, insensível, mas é realmente a própria consciência se manifestando como a personificação do "Ser-Consciência-Bem-aventurança" (Sat-Chit-Ananda). Quando essa verdade surge e é experimentada, a pessoa é libertada. A pessoa é liberada do nevoeiro da ignorância (Ajnana), mesmo nesta vida. Ela torna-se um Muktha Jivan: uma pessoa liberada ainda durante a vida.”
Sathya Sai Baba

Cinema Falado - por Socorro Moreira




Quem lembra o tempo em que, praticamente, o único divertimento eram as sessões de cinema?Todo mundo era cinéfilo, sem nenhuma consciência! A gente assistia a matine, a vesperal, a sessão das 4h, e ainda cochilava, na sessão das 20 h. Antonioni era censurado para crianças...hei,hei! Era só para quem tinha 18 anos, e olhe lá! Existia uma censura da Diocese, pregada no mural do Café Itaytera, que barrava a nossa entrada. As meninas do meu tempo só conheciam B.Bardot, Virna, Ava, Monroe, na revista "Cinelândia", que nossos pais assinavam.Eu lia todas! Sabia aos 4 anos, o nome de todos os maridos da Liz Taylor...Achava estranho,achava bárbaro! Ela não cumpria o castigo de ser infeliz , a vida inteira!
Depois, quando cresci, senti uma pena...! O sonho do amor para sempre, também foi por nós absorvido, nos livros de M.Delly.Estava gerado o conflito! Não sei como o povo da minha geração escolheu...Tomara que tenham sido felizes!
Mas, enquanto não assistíamos Antonioni, víamos muita coisa bonita, na telinha:O mágico de Oz, Melodia Imortal, Música e Lágrima, Sissi, Zorro, Tarzan, Sapatinho de cristal,O pequeno Polegar,A Noviça Rebelde,Quando Setembro Vier, Aldilá, As aventuras do Gordo e o Magro,Chaplin,Marcelino Pão e vinho,Marisol( mil vezes Marisol!) , os filmes épicos, os bíblicos, e os musicais...ah, os musicais! Inesquecíveis! As vezes vou em "Walter" , catar o que passou na minha infância, e não assisti por pouca idade. E foi assim, que a gente reencontrou Antonioni, Bergman,Bertolucci,Visconti,Scola,DeSica,Glauber Rocha, ,Fellini,Hichcock,Woody Allen,Pasolini,Truffaut,Godard,Vadim,Coppola,etc,etc . Claro que não preciso falar em Cecil B.de Mille, nem Walt Disney!
Se a gente tiver paciência, todos os segredos e mistérios, nos são revelados...Menos o da vida e da morte!Nem precisa ser famoso...Basta ter sido o fruto sadio de uma árvore; ter encontrado a própria essência, ter sido feliz!
Eu ando ultimamente, mas do que em toda vida, insaciável! É que já passei da meia idade, e a terceira me acena, na curva do caminho.Como aposto na paisagem depois da curva, corro,corro,corro, e peço socorro, no mato sem cachorro!

por Socorro Moreira

A Noite do Meu Bem - por Norma Hauer


Não se pode pensar nela, sem pensar em uma das mais belas letras de nossa música popular. E quem é ela? Seu nome é Adiléia da Silva Rocha, um nome grande para uma pessoa que ficou conhecida apenas como DOLORES DURAN.

Ela nasceu em 7 de junho de 1930 e faleceu em 24 de outubro de 1959.
Hoje completaria 80 anos.

Viveu pouco, não compôs muito, mas agradou a todos com sua ternura, não antiga, mas eterna.
Foi no bairro da Saúde (não muito saudável) que ela nasceu e ali mesmo, ainda pequena passou a tomar parte nas festas populares cantando como gente grande.

Impulsionada por um amigo, apresentou-se, ainda muito jovem, no Programa "Calouros em Desfile", que Ari Barroso mantinha na Rádio Tupi e onde era o "bicho-papão" dos calouro. Cantou e venceu com um bolero:"Vereda tropical", interpretando-o em português e espanhol. Agradou e recebeu nota 5, que Ari não dava a qualquer um.
Dai para a frente,passou a se apresentar em boates de Copacabana e, melhor ainda: tornou-se compositora e apresentava suas próprias músicas. Foi um sucesso só.

Era "Castigo"; "Fim de Caso"; "Manias"; Noite de Paz"; "Idéias Erradas"...Mas o que mais marcou sua carreira foi a belíssima "A Noite de Meu Bem"....na qual ela tudo queria para "enfeitar a noite de seu bem".
Viveu pouco, abusou de noitadas, de barbitúricos e de bebida, vindo a falecer em 24 de outubro de 1959, com apenas 29 anos.

Morreu Dolores, ficou sua fama. Enfeitou a noite de seu bem do outro lado da vida.
Norma

Dia Mundial dos Oceanos
Origem: Wikipédia


Dia Mundial dos Oceanos (ou em inglês: World Ocean Day) começou a ser comemorado em 8 de junho de 1992 durante a Rio-92 (em inglês: Earth Summit) na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. No momento esta data ainda não foi oficialmente estabelecida pelas Nações Unidas.

O Dia Mundial dos Oceanos tem a finalidade de, a cada ano, fazer um tributo aos oceanos e aos produtos que eles fornecem, tais como frutos do mar.

Os oceanos fornecem um meio de comunicação para o comércio global. A poluição mundial e o consumo excessivo de peixes, tem causado drásticas reduções nas populações de muitas espécies.