Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O verbo era saudade

O verbo era saudade
Quando o passo era distante
E as lembranças tão perto
Que sentia-se seu hálito,
O verbo era róseo, cor-sangria dos fins de tarde
Quando os faróis dos carros
Como glóbulos vermelhos nas avenidas
Regressavam ao lar...
E saudade é cicuta, é curare
Para que sorve nos dias os goles
Do próprio veneno.
O verbo era feliz
Quando a valsa em dois era uma só
E uma só é a força de quem ama
Capaz de trucidar o próprio peito
De felicidade.
Mas relembrando, o verbo não era...
O verbo é presente (de grego)
De tanta saudade.

Foto: José Meneses.

Sempre é Carnaval - Nelson Gonçalves


Quantos vivem disfarçados,
ocultando seu calvário,
se esforçando por sorrir...

Este mundo é um cenário

de um teatro variado,
com seus dramas de afligir...

Você teve a fortuna
e de ouro foi seu berço,

tendo o mundo a seus pés...

A beleza que encanta
faz dos homens seus escravos,

que lhe julgam uma santa
sem saber quem você é...

E sempre é Carnaval...
vão caindo serpentinas,
umas grossas e outras finas,
que nos vem atordoar...


E quando em seu disfarce...
iludindo toda gente
em sua face de inocente...

todo ano é Carnaval...

E viva o Carnaval...

Você vive adorada...
é a eterna mascarada

que oculta todo mal...

E quando em seu disfarce,
iludindo toda gente
com sua face de inocente...

todo ano é Carnaval!!!

E. Fresedo / O. Fresedo
Versão de Jairo Rodrigues, gravação de Nelson Gonçalves em 1955




" Filhos de Ghandi " 61 Anos de Paz na Avenida


Fundado por estivadores portuários da cidade , em 18 de fevereiro de 1949, a Associação Recreativa, Cultural e Carnavalesca Filhos de Ghandi é uma das mais belas atrações do Carnaval de Salvador.

Constituído exclusivamente por homens, e inspirado pelo princípio da não-violência e paz de Mahatma Ghandi, o bloco traz a tradição da religião africana ritmada pelo agogô, nos seus cantos de Ijexá, na língua Iorubá.


Devenir, devir - Waly Salomão



Término de leitura
de um livro de poemas
não pode ser o ponto final.

Também não pode ser
a pacatez burguesa do
ponto seguimento.

Meta desejável:
alcançar o
ponto de ebulição.

Morro e transformo-me.

Leitor, eu te reproponho
a legenda de Goethe:
Morre e devém

Morre e transforma-te.

O encontro adiado- Paulo Roberto Pires




Fernando Sabino foi o sobrevivente de uma geração. Ao lado de Helio Pellegrino, Paulo Mendes Campos e Otto Lara Resende formou uma curiosa confraria, celebrizada pela literatura mas cimentada na profunda cumplicidade existencial. Os Quatro Mineiros entraram para a história da literatura por acaso, pois o que os manteve unidos foi, acima de tudo, os vínculos de fogo da amizade, vínculos partidos sucessivamente pela morte precoce dos três e jamais cicatrizados num Fernando que passou seus últimos anos distante de entrevistas e aparições públicas, revirando gavetas, publicando inéditos e desenterrando correspondências, cioso de uma posteridade digna, livre de qualquer tipo de oportunismo ou apropriação. Morreu nesta cinzenta segunda-feira, em casa, cercado pelos filhos, na véspera de completar 81 anos.

Nas bibliografias, constam mais de 30 títulos publicados, entre romances, contos, novelas, relatos de viagens e correspondência. Escreveu muito e para muitos, tinha entre seus leitores uma impressionante diversidade de perfis e idades, sendo a única constante os jovens, que sempre passavam por suas deliciosas crônicas ou por romances como “O grande mentecapto”. Era, mais do que tudo, um raro escritor formador de leitores - e não apenas para seus livros. Como poucos, fez jus ao título da antológica série de crônicas publicada nos anos 70: “Para gostar de ler”.

Seu estilo límpido e fluente só teve a leveza como marca porque esta era resultado de uma lenta depuração dos volteios da barroca alma mineira, torturada entre os impulsos da vitalidade e os interditos da moral. A graça de, por exemplo, “O homem nu” só seria possível com a penosa gestação de “O encontro marcado”, um dos dez melhores romances brasileiros do século XX e um dos retratos mais lúcidos e emocionados daquele momento na vida em que é preciso decidir: amadurecer é transformar a convulsão em experiência ou administrar as frustrações de uma vida conforme?

Em 1956, quando o romance foi publicado, Antonio Candido definiu-o como “o moto contínuo da alma ofegante”. Não conheço síntese melhor para a história dos três amigos que, na Belo Horizonte opressiva dos anos 40, flertavam com a literatura e consumiam-se em dúvidas, reunindo-se na praça para “puxar angústia”. Aprendiam, na marra, que viver seria eternamente encontrar-se com o Outro, fosse ele um amigo, um amor ou Deus. Ignorá-lo é consumir-se em egoísmo e limitação; transformá-lo em tábua de salvação é diminuir sua própria responsabilidade e importância na vida, deixando-a passar em branco.

A primeira leitura de “O encontro marcado” – só aos 29 anos, muito mais tarde do que em geral lê-se este livro - deu-me um personagem e uma convicção. O personagem foi Hélio Pellegrino, tema de um dos Perfis do Rio, do recente Arquivinho publicado pela editora Bemtevi e elo de união com pellegrinos que transformaram-se em amigos queridos. Com este livro veio ainda a convicção de que é melhor saber puxar a angústia antes que ela te puxe e de que a amizade, o dedicar-se de alguma forma ao Outro, é um dos pouco valores que valem a pena serem cultivados.

Quando estava tentando decifrar meu personagem, pedi muitas vezes uma entrevista a Sabino. A mais doce das recusas era sempre acompanhada por um livro autografado, o mais querido deles uma edição especial de “O menino no espelho”. Livro publicado, recebo um dia na redação do “Globo” um telefonema: “Aqui é o Fernando Sabino”. E aquela voz, para mim inacessível e um tanto irreal, me contou o quanto gostou do retrato do Helio, de sua preocupação de que o enfático amigo se transformasse numa caricatura e ainda arrematou, bem ao seu jeito: “Viu como não precisava da minha entrevista?” Daí para frente foram outros telefonemas esparsos, recados que deixei na secretária eletrônica quando, fascinado, vi que a correspondência “Cartas na mesa” era uma espécie de making of do “Encontro marcado”.

Em junho passado, a publicação de “Movimentos simulados” me levou a escrever, aqui em No Mínimo, uma carta-aberta a ele, falando da importância para os jovens escritores de um livro que ele já dispunha muito bem no escaninho da posteridade. A resposta veio, semanas depois, num recado enviado através do jornalista Mauro Ventura, amigo em comum: “Fernando adorou o texto, quer falar com você”. Nenhum dos dois ligou para o outro, mas ambos sabíamos o que teria sido dito.

Como se pode homenagear adequadamente alguém que escreveu o livro que você gostaria de ter escrito e que, através dele, mudou de muitas formas a tua vida? Nada disso cabe entre as duas datas do obituário. A única resposta possível, pelo menos agora, é esta, puxar a angústia da morte para mais rápido libertar-se dela, sentir a perda de um amigo que nunca o foi pessoalmente mas que sempre consolou e esteve por perto - como só o mais fraterno dos companheiros pode conseguir fazer.

COMPOSITORES DO BRASIL


É Carnaval !

Por Zé Nilton

O fortalezense Edigar de Alencar, falecido no Rio de Janeiro em 1993, foi jornalista, teatrólogo, poeta e musicólogo. Escreveu um livro clássico chamado O Carnaval Carioca através da música, Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1979.

Informa a trajetória do carnaval no Rio desde os tempos do entrudo e dos bailes de máscaras, e diga-se, era tudo muito lírico, a começar pelas músicas: valsas, mazurcas, e no máximo, a polca.

Lá pelo ano de 1852 um sapateiro português reuniu um grupo de amigos e saiu, na tarde da segunda-feira de carnaval tocando bombos e fazendo grande algazarra, com gritos de Viva Zé Pereira ! Pronto: estava inaugurada a libertinagem que marca o carnaval brasileiro.

Aliás, o Zé Pereira, desfile de zabumbas, era uma reminiscência de Portugal, onde ainda hoje é atração nas festas juninas de Braga e nas de Nossa Senhora da Agonia, em Viana do Castelo.

Um fato curioso. A música Viva o Zé Pereira, que se tornou até pouco tempo uma espécie de “música de abertura dos carnavais” de rua e de clubes, resultou de uns versos criados por um ator carioca com parte de uma música da peça Les Pompiers de Nanterre, cuja estréia se dera no dia 08 de março de 1869, justamente o trecho em que os autores classificavam de excentricité burlesque.

Depois a melodia banal do Zé Pereira vai servir, nos velhos carnavais, a todo tipo de paródias pelo Brasil inteiro, para o pavor de políticos e chefetes locais.
No programa Compositores do Brasil desta quinta-feira vamos falar de carnaval. Apresentaremos as músicas carnavalescas e seus autores desde o final do século XIX, e ao longo do século passado, até a década de 1970, quando o estilo começa a sair de moda.

Vamos falar e ouvir:

Ô abre alas (1899(, de Chiquinha Gonzaga, interpretada por Linda e Dircinha Batista;
Vem cá, mulata (1906), de Arquimedes de Oliveira, com Pepa Delgado e Mário Pinheiro;
Pelo Telefone (1916), de Sinhô e Mauro de Almeida, com Bahiano, a primeira interpretação em disco.
Fala, meu louro (1920), de Sinhô, com Almirante
Cristo nasceu na Bahia (1927), de Sebastião Cirino e Duque, com os Vocalistas Tropicais;
Dorinha, meu amor (1929), de José Francisco de Freitas e Sinhô, com Augusto Calheiros;
Taí – prá você gostar de mim – (1930), de Joubert de Carvalho, com Carmem Miranda;
A Jardineira (1939), de Benedito e Humberto Porto, com Orlando Silva;
O passarinho do relógio (1940), de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, com Aracy de Almeida;
Chiquita Bacana (1949), de João de Barro e Alberto Ribeiro, com Emilinha Borba;
Daqui não saio (1950), de Paquito e Romel Gentio, com os Vocalistas Tropicais;
Maria Escandalosa (1955), de Armando Cavalcanti e Klecius Caldas, com Dalva de Oliveira;
Me dá um dinheiro aí (1960), de Homero, Ivan e Glauco, com Moacir Franco,
Bandeira Branca (1970), de Max Nunes e Laércio Alves, com Ângela Maria e Dalva de Oliveira.

Quem ouvir, verá!

Programa Compositores do Brasil
Rádio Educadora do Cariri
Quintas-feiras, às 14 horas
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Apoio Cultural: CCBN

Uma nova Rodovia : Arajara - Caldas - por Heládio Teles Duarte

O Governo do Estado está em vias de concluir, mais uma rodovia secundária entre os distritos de Arajara-Caldas. Um verdadeiro presente para os admiradores da natureza.
Caldas - O Recanto das águas !










Balneário do Caldas - Um recanto bem preservado !
por Heládio Teles Duarte


* Essas fotos são recebidas como um preseente , um carinho pras nossas vistas... Um pedaço do verde caririense , ensopado das boas águas !

A MENTE APAGA REGISTROS DUPLICADOS

(Artigo do jornal O Estado de São Paulo)
Por Airton Luiz Mendonça

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.

Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio.... você começará a perder a noção do tempo..

Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.

Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.

Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:

Nosso cérebro é extremamente otimizado.

Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.

Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.

Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.

Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.

É quando você se sente mais vivo.

Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.

Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.

Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.

Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.

Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência).

Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noção de passagem do tempo.

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.

Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações, -.... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.

Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.

Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a...

ROTINA

A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).

Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos.

Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.

Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).

Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.

Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.

Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.

Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.

Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.

Seja diferente.

Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos... em outras palavras... V-I-V-A. !!!

Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.

E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.

Cerque-se de amigos.

Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.

Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?

Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.


E S CR EVA em tAmaNhos diFeRenTes e em CorES di fE rEn tEs !

CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE...

V I V A !!!
Uma simples operação de so(a)mar
- Claude Bloc -


Creio que existir é uma simples operação de somar. Embora tenhamos muitas vezes que dividir. Como pensar então que a vida possa caber em duas linhas de uma página, sem erros nem manchas? Como poder ler-me num momento de desatino e carregar emoções inesperadas albergadas em espaços jamais confessados? Como encontrar-te se tanto te encolhes com medo do que te espera nos subúrbios de um olhar?

Por isso, vou carregando pela vida dois corações... e sinto que não saberei o que fazer quando o primeiro estiver congestionado de horas certas, de dias previsíveis, cansado de tanta incerteza. Somando e dividindo os compassos do tempo e as batidas de um coração...

Claude Bloc

.

Aprovação dos alunos da rede pública estadual teve aumento de 91% neste ano.

O Governo do Estado do Ceará publicou anúncio de duas páginas nos jornais de hoje com a relação dos aprovados no Vestibular 2010 da Universidade Federal do Ceará. O Crato teve apenas sete alunos aprovados, a saber:

01 – Francisco Luiz de Souza Silva da EEFM Joaquim Valdevino de Brito, Curso de Agronomia
02 – Jiane Silva Barbosa Evangelista da EEFM Polivalente Gov. Adauto Bezerra, Curso de Agronomia
03 – Tainara Gomes Martins da EEFM Polivalente Gov. Adauto Bezerra, Curso de Agronomia
04 – Maria do Socorro Dantas Santana da EEFM José Alves de Figueiredo, aprovada Biblioteconomia
05 – Emilia Kênia Leite Porfírio, da EEFM Joaquim Valdevino de Brito em Design de Produtos
06 – Carlaizes Borges Gonçalves, da EEFM Joaquim Valdevino de Brito, em Educação Musical
07 – Arthur Raphael Amorim A. Esmeraldo, da EEFM José Alves de Figueiredo, único aluno da rede pública estadual aprovado em Medicina em todo o Estado do Ceará.

Na listagem apresentada pelo governo há destaque para aprovação de vários alunos do interior do Estado, possível graças à descentralização da Universidade Federal do Ceará, mas também à melhoria do ensino da rede pública estadual. Fazemos votos de que essa melhoria seja continuada para que mais alunos da rede pública obtenham acesso ao ensino superior.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo
Fonte: Diário do Nordeste 10.02.2010

Correio musical - para um amor bolero !



Aprendi a dançar , quando ainda criança. Dançava com as colegas da escola. Dançava sozinha, nos corredores, sala e quintal de casa, mas foi contigo que eu acertei o passo. Em todas as festas que dancei , depois de ti, senti tua saudade. Ligava, pedia pra você voltar , naquela barca, no sabor a mi, na puerta, que se fechara. Nem queria ser perfídia, nem tinha aqueles olhos verdes, mas tu me acostumastes a ser feliz, dançando contigo a noite inteira, pela vereda tropical, no besame mucho, a gente sonhava !

socorro moreira

Os dois menores e melhores contos de fadas do mundo !! - Luís Fernando Veríssimo



1.-) Conto de fadas para mulheres do séc. 21
Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?
Ele respondeu:
- NÃO!
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes ,transou bastante, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.

FIM!!!
(Luís Fernando Veríssimo)


2.-) Conto de fadas para mulheres do séc. 21
Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: - Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...
E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: - Nem fo...den...do!
FIM!!!
(Luís Fernando Veríssimo)

Mascarados - J. G. de Araujo Jorge


Mascarados os dois. Eu, mascarado

Na hipocrisia com que levo a vida,

tu, na aparência inútil e fingida

que usas na rua com o maior cuidado.


Passas por mim e segues ao meu lado,

como outra qualquer desconhecida

- quem há de imaginar nosso passado ?

e a intimidade entre nós dois perdida ?...


Ninguém ... Certo ninguém pensa e adivinha

porque eu não digo e porque tu não dizes

Que eu já fui teu ... e tu já foste minha.


Mas, quantas vezes amargurado penso,

em como nos sentimos infelizes

no Carnaval do nosso orgulho imenso.


Poema de J. G. de Araujo Jorge do livro "Amo "- 1938


Pensamento para o Dia 10/02/2010



“Somente o barro é real. Como pode um pote existir sem barro? Como pode existir um efeito separado de sua causa? Para o sábio, é o Ser Divino que permeia tudo e todos. Quando essa sabedoria começa a se manifestar, as sombras obscuras dos três tipos de Karma, ou seja, Agama Karma (as conseqüências de nossas ações que ainda estão por vir), Prarabdha Karma (as conseqüências das nossas ações em curso) e Sanchitha Karma (conseqüências das ações cumulativas do passado) fugirão para longe de você, tornando-o puro e livre! Pois, a vontade de Deus não tem limites ou exceções. Decida, através das práticas espirituais, que você deve conquistar a Graça do Senhor. Não desanime por qualquer motivo.”
Sathya Sai Baba
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“O esforço disciplinado em toda sua vida é necessário para assegurar a consumação espiritual. A mente deve ser encarregada das boas ações. Cada um deve examinar-se rigorosamente, limpar seus próprios defeitos e lutar para corrigi-los. Quando se percebem seus defeitos e os descobre, é como renascer. Esse é o momento verdadeiro do Despertar. Portanto, viva uma vida evitando faltas e ódio, pensamentos prejudiciais, e não se apegue ao mundo. Se você vive assim, seus últimos momentos serão puros, doces e abençoados.”
Sathya Sai Baba

TRIBUTO AO TEMPO ( DALAI LAMA )

TRIBUTO AO TEMPO ( DALAI LAMA )
. . . Tempo rei, ó tempo rei, ó tempo rei,
transformai as velhas formas do viver
Ensinai, ó Pai, o que eu ainda não sei,
mãe senhora do Perpétuo socorrei
Pensamento, mesmo fundamento singular Do ser humano,
de um momento para o outro
Poderá não mais fundar nem gregos nem baianos
Mães zelosas, pais corujas
Vejam como as águas de repente ficam sujas
Não se iludam, não me iludo
Tudo agora mesmo pode estar por um segundo
(Tempo Rei - Gilberto Gil)

TRIBUTO AO TEMPO ( DALAI LAMA )

Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades.
E essa tal felicidade anda por ai,disfarçada, como uma criança tranquila brincando de esconde-esconde.
Infelizmente, às vezes, não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos: a viagem que não fizemos, o presente que não demos, a festa que não fomos, o amor que não vivemos, o perfume que não sentimos.
A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador; quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria.
E como ela é feita de instantes, não pode nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos.
Esta mensagem é um tributo ao tempo. Tanto aquele tempo que você soube aproveitar no passado quanto aquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro.
Porque a vida é agora... Não tenha medo do futuro, apenas lute e se esforce ao máximo para que ele seja do jeito que você sempre desejou.
A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que
morre dentro de nós enquanto vivemos."

Canção da manhã feliz

Nas grades da manhã - por Socorro Moreira


A chuva embala a minha dor
O gelo a faz adormecer
Trilax ...
Parece água do pote
Mata a sede
Não resolve !
É madrugada manhã
A cidade sonha
banhada de chuva.
Os pensamentos dispersos
não buscam soluções,
nem versos.
Entram e saem
de recantos diversos.
Canção da chuva
um arranjo dos céus
um maestro do tédio
uma toada encantada
no mistério dos véus.
Umedece o tempo
pede calma
cala o amor
agradece a passagem da dor.
O silêncio de todos
A surpresa vindoura
- um alô!
Vem de lá
Vai de cá ...
Nem sei quem
Nem sei mais ...
Tudo passa
Tudo cala
Tudo volta
Tudo traz
Num sol dourado
o azul imortal.
A manhã vai chegar
e os meus olhos estarão cerrados
no sonho que se aquietou
sem esperar happy hour.
Clareou
Apago a luz
me aconchego
nos muitos travesseiros
descarto o papel
mas antes,
rabisco outras palavras
que estão no bico da pena
pena dos amores
pena das dores,
e a esperança da alegria.
Como um dia
mais um dia...
de café, fruta e arroz
das descidas e subidas
de relógio e celular desligados
de TV ligada
na novela dos outros.
Poker !
Apostei mais uma vez
na paz do meu desejo !

por Socorro Moreira