Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ínterim de Si Mesmo


Um dia lindo. Raios de sol refletem as cores de um céu azul límpido. O verde luminoso chega a brilhar nos olhos de quem aprecia as folhagens deste final de tarde.

Ela puxa o banquinho para fora de casa, senta-se e põe-se a mergulhar sob os mares de seus sentimentos, outrora insólitos, outrora cristalizados. Olha o ambiente, contempla-o, mas sente-se como se estivesse sendo observada pelo interior de si.

Em um dado momento pergunta-se de onde vem toda a melancolia que atravessa o âmago, traduzindo o seu ser? Lembra perceber-se melancólica desde a infância. E a cura? Será que já acostumou-se com tal “jeito de ser”, como se fosse uma marca d’água nas cores do seu espírito?

E em um mergulho mais profundo encontra um ponto de luz: o Amor. Ah, o Amor... ao entrar pela janela da alma...trasforma as cores da sua aura, que mesmo em melancolia dá as mãos a alegria. Pequeninas sementes de esperança brotam quando sua memória mostra-lhe a que veio.

Então quando pensa estar só, não está. Pois ao olhar do céu em crepúsculo, ali a lua sorri serena em crescente ciclo e tudo já não pesa tanto. Mas sabe que ainda precisa fazer o luto da dor, do pranto ao amor. Mudar o que precisa ser mudado.

E o soprar da brisa toca-lhe a fronte. Na consciência, o conselho do Pai, ressoando em seu interior palavras em forma de sentir: “- Você precisa acabar o inacabado para dar sentido a história.”


Ceci
Lua Crescente, 2009.

9ª edição do Festival de Cinema de Palmas - Festival Chico














Olá caros amigos Cariricaturienses,

Vim fazer-lhes um pedido...

Um vídeo de Filipe Wenceslau, pessoa querida a mim, está concorrendo a Mostra Competitiva do Festival de Cinema de Palmas e pode ser eleito na categoria Melhor Vídeo de Bolso do trófeu Juri Popular.
Para isso quero pedir-lhes que, sendo possível, participem da votação do vídeo "Lampirônico".
A primeira votação é esta semana (eleição dos finalistas).

O link é http://www.festivalchico.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8&Itemid=24
Selecionar o vídeo Lampirônico e votar.

Ou então, através do link: http://www.festivalchico.com.br/   Em "Curtíssimos da Semana" e votar no vídeo Lampirônico.

Se puderem divulgar para mais pessoas, a divulgação será bem vinda.

Para saber mais:

"Radicado na Bahia há quatro anos, o cineasta paraibano Filipe Wenceslau faturou, no último mês de junho, três prêmios – Melhor Roteiro (dele), Melhor Ator (Thor Vaz) e Melhor Atriz (Luiza Proserpio) – no Festival de Cinema Digital de Jericoacoara (Ceará), com o irreverente curta-metragem 300 Dias, que narra as desventuras de um rapaz virgem que usa de um artifício nada ortodoxo para contratar uma garota de programa. Este mês, outra boa notícia: 300 Dias foi selecionado para a décima edição do Curta-SE, tradicional festival sergipano que será realizado no mês de setembro em Aracaju. Nada mal para o garotinho que, no melhor estilo Cinema Paradiso, vivia no único e modesto cinema de Cuité, no interior do Estado da Paraíba, onde ajudava o dono nas projeções das fitas, anunciava no serviço de som da feira livre da cidade os filmes em cartaz e, quase todos os dias, estava presente nas sessões. Depois de se mudar para Campina Grande e, posteriormente, para a capital, João Pessoa (onde cursou teatro na Universidade Federal da Paraíba), o sonho de se tornar cineasta se concretizou em Salvador, aonde chegou em meados de 2006. Talentoso, Filipe concorreu a bolsa de estudos e passou a estudar cinema na FTC. Para não deitar nos louros da fama do filme premiado no Ceará, o cineasta já iniciou a produção de um novo curta-metragem, que se chamará Dalva. “Não posso adiantar muito, mas é uma história bem-humorada que envolve até falsificação de imagens de santos católicos”. Então, vamos esperar." http://revistamuito.atarde.com.br/?p=5280 

Quando os dois curtas "300 Dias" e "Dalva" estiverem disponíveis para serem acessados na internet coloco o link aqui no Cariricaturas para vocês assistirem. Acredito que vão gostar de ver, são bem humorados.

No momento este dois curtas estão participando da Mostra Competitiva de dois festivais de cinema nacional.

Grata pela atenção,
Abraços e felicidades.

Ceci

Amanhã, dia 20 de Outubro é o dia do POETA. Vamos fazer festa ?



Quem é o poeta?

"Um poeta é um mundo encerrado num homem". Victor Hugo
"Para o poeta a maior tragédia é se o admiram porque não o entendem". Jean Cocteau
"O poeta é como o príncipe das nuvens. As suas asas de gigante não o deixam caminhar". Charles Baudelaire
"O homem de ação é antes de tudo um poeta". André Maurois
"À pergunta habitual: ''Por que é que escreve?'', a resposta do poeta será sempre a mais curta: ''para viver melhor." Saint-Jonh Perse
"O poeta faz-se vidente através de um longo, imenso e sensato desregramento de todos os sentidos". Aerhur Rimbaud
"As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade". Johann Goethe
"O historiador e o poeta não se distinguem um do outro pelo facto de o primeiro escrever em prosa e o segundo em verso. Diferem entre si, porque um escreveu o que aconteceu e o outro o que poderia ter acontecido". Aristóteles
"O poeta deve ter um só modelo, a Natureza; um só guia, a verdade". Victor Hugo
"O louco, o amoroso e o poeta estão recheados de imaginação". William Shakespeare
"O que distingue um grande poeta é o fato dele nos dizer algo que ninguém ainda disse, mas que não é novo para nós".
José Ortega y Gasset
"A arte apenas faz versos, só o coração é poeta". André Chénier

"Ser misterioso e triste, é ser poeta:
Mesmo a luz que palpita nos teus cantos.
É uma imagem heroica dos teus prantos.
Percorre o teu caminho até ao fundo,
E com os versos que achaste, aumenta o mundo.
Não sejas um escritor, mas um profeta".
Antônio Quadros

Fonte das citações: http://www.citador.pt/
Fonte da imagem: letrapequena
Degrau Cultural

Convidamos :
João Marni, Zé Flávio, Zé do Vale, Edilma, Liduína, Rosa, Corujinha, Claude, Domingos, Roberto, Pachelly, Rafael, Nilo, Brandão, Everardo, Isabella, Ana Cecília, Dedê, Edmar, Vera, Carlos e Magali, Emerson, Nicodemos, Assis Lima, Marcos, Aloísio, Stella,Rejane,Dimas, Lupeu, Leonel,, Joaquim, Tetê,Armando, Olival, Mariano, Dr. Zé Newton, Rosa Catarina, Thiago, Araripe, Melgaço, Ceci,   enfim, todos os demais  amigos e colaboradores !

Pérola da MPB

 A COMÉDIA DA MALDIÇÃO, escrito e dirigido pelo dramaturgo Cacá Araújo, encenado pela Cia. Cearense de Teatro Brincante, participou do XXI Festival de Teatro de Acopiara-CE, realizado de 09 e 16 de outubro de 2010 pelaCia. Cordel de Teatro, e obteve os seguintes resultados: Orleyna Moura (Prêmio
de Melhor Atriz); Cacá Araújo (Prêmio de Melhor Texto e Indicação aos Prêmios de Melhor Ator e Melhor Diretor); Carla Hemanuela (Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante); Paulo Henrique Macêdo (Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante); Lorenna Gonçalves (Indicação ao Prêmio de Atriz Revelação); Lílian Carvalho (Indicação ao Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante). E ainda indicações aos prêmios: Melhor Cenário (Cacá Araújo e França Soares), Melhor Espetáculo pelo Júri Oficial, Melhor Espetáculo pelo Júri Popular e Melhor Conjunto Cênico.

Vitorioso é o grupo que, unidoe determinado, realiza a grandeza maior da divindade humana: a arte de criar vida fantástica a partir da essência real da humanidade.

Viva a Cia. Cearense de Teatro Brincante!

Nossos sinceros agradecimentos à Prefeitura Municipal do Crato / Secretaria Municipal de Cultura e à Sociedade de Cultura Artística do Crato.

Alguém como tu, em contínuo viver - José do Vale Pinheiro Feitosa

Ah! Minha menina como ti enganas!

É que este coração nem presta mais atenção a este fluxo de paixão.

Que vem do capilar mais extremo e entra no átrio direito como desejo de mais. Atravessa a válvula que apenas regula o refluxo e do ventrículo direito esparrama-se no mundo da atmosfera de paixão.

Faz uma contramarcha e retorna ao teu coração.

Cai no átrio como se fosse uma novidade e do ventrículo esquerdo dissemina-se nos milhões de mínimos de ti conformado no espaço que a totaliza.

E teu corpo tomado de paíxão ainda tem voz para dizer: nem um pouquinho a mais do que já foi.

E o outro pergunta: Como? Se o que é, é superlativo do que foi?

E perguntas: Não sinto isso!

E o outro diz: alguém como tu. Assim como tu. Há de um dia dizer. Assim como foi, ainda querer. Amores já tive e sempre terei. Alguém como tu, cada dia viver.

"Alguém como tu"- Por Socorro Moreira

Ava Gardner e Frank Sinatra ( foto enviada por Edmar Cordeiro)
Eu torcia muito pelos amores, no mundo do cinema.No mundo que me cercava os casamentos eram para sempre , e o amor inevitável... Triste ou feliz !
Em todos os tempos  a vida coloria o nosso dia a dia. 
Música, Cinema, Leitura ( fosse ou não sub-literatura), viagens para as capitais ( ver o mar , e assistir um filme no S.Luiz  era um prémio!), voltear na Siqueira Campos  aos domingos, arriscar  uma fugida  nas tertúlias e dançar uma música ;os passeios da escola ...Um dia tomando sol, banho de piscina era o máximo!
As festas litúrgicas  com parques e quermesses,  as quadrilhas de S.João, os blocos nos carnavais...Entrar no corso, num jeep sem capota era demais !
Mas o melhor desse tempo era passar férias numa cidade pequena , em relação ao Crato.A gente  era paquerada pelos meninos mais interessantes. Danado era você escolher, não entregar seu coração, e ficar fiel durante todo tempo àquela ilusão. Hoje sei que era ilusão...Mas eu me sentia tão apaixonada, e chorava tanto, quando as férias terminavam,...! 
E dessas partidas, vivi minhas primeiras dores de amor. Depois entendi que elas representavam apenas arranhões no coração. As grandes feridas  ficaram pra depois... Hoje, cicatrizes , imperceptíveis ! .
O amor na maturidade tem tantas caras : 
a cara dos netos, dos filhos, dos amigos...
a cara dos encantos sem paixão
a cara da serenidade do coração
Queria que o meu coração
pulasse do peito outra vez
só pra ver a confusão...Mas não !
Ele fica quietinho, querendo alimentos leves, e com pouco sal. Ele faz caminhadas, pra aguentar a vida e as suas saudades... Ou verdades?
Em qualquer  estação , ainda é possível viver a ilusão. Às vezes ela bate na porta, outras aparece num e-mail, nos sentimos tocados  com cenas amorosas  de filmes e novelas.
Não quero me emocionar com personagens da ficção.Quero um nome , um apelido pra  minha ilusão .O importante  é que esse amor não implique  em desencanto.  A gente constroi o sonho.

Um exemplo de mãe - Emerson Monteiro

Vemo-nos, em determinados momentos, sob a condição inevitável de testemunhar nos gestos das outras pessoas o que significam as virtudes sonhadas que muitos reclamam uns dos outros, para uma melhor classificação dos padrões humanos da excelência. Há como que disposição comum de exigir e nivelar por baixo os comportamentos, espécie de pessimismo crônico em face das dificuldades naturais do dia-a-dia. Seriam as justificativas da acomodação, se pode até mesmo dizer. Ainda assim, casos raros de extrema qualidade, no entanto, persistirão acontecendo, mundo afora.
Eu conhecera Mirtes Cordeiro durante visita que lhe fiz em campanha política de alguns anos atrás. Amiga de Luiziane, uma das minhas irmãs, ela me recebeu com alegria nas dependências do salão de beleza de sua propriedade, no Conjunto Novo Crato. Desde logo, com ela e seu esposo, Vilemar, mantive boa amizade. Um casal preocupado sobretudo com o destino de um filho que estudava em São Luiz, no Maranhão. Noutras ocasiões em que voltei a lhes encontrar, vi que a educação do filho sempre predominava entre os assuntos de interesse.
Sei bem que Mirtes transformara o sucesso do filho no sonho principal da família, em tudo por tudo. Esforçados nas lides cratenses, os pais acompanhavam à distância o encaminhamento do jovem, que escolhera a odontologia para graduação acadêmica. De Crato, Mirtes seguia e mantinha os tais estudos graças ao empenho de todos da família, o que mais adiante produziria resultados meritórios.
Na derradeira vez em que nos vimos, rápidos instantes no centro de Crato, Mirtes relatou seus planos de mudança para a capital maranhense, narrando o quanto custara de trabalho e preocupação a feliz educação do filho, incluindo o planejamento da mudança para mais perto dele, pois pretendia auxiliá-lo no início da profissão seguindo o caminho que abraçara.
E agora (18 de outubro de 2010) recebo a notícia de que, viajando para São Luiz, numa rodovia do Piauí, Mirtes Cordeiro sofreu acidente automobilístico fatal.
Nessa hora passou-me nas trilhas da lembrança o carinho de Mirtes para com o filho, a disposição constante querendo reunir os meios de mantê-lo estudando fora, as cartas que dirigiu às autoridades encarecendo recursos para a iniciativa, o que, sem qualquer dúvida, significou ponto de honra de uma vida inteira.
Sentimento forte de admiração e nostalgia evidenciou-se na figura daquela mãe afetuosa, recordando quando escutava a respeito dos seus cuidados e projetos que estabeleceram a nova história do filho, qual se outra meta não houvesse além disso para justificar os dias que lhe restavam antes de deixar este chão.
Com isso, aqui registro em um breve comentário o que presenciei desta personalidade simples que desaparece num piscar de olhos, anônima entre tantos que transmutam no amor aos filhos a razão maior do existir, pela magnânima vontade humana das suas realizações pessoais.

Grande Otelo- Por Norma Hauer

Na realidade, Grande Otelo, sempre dizia que não sabia quando nascera, pois foi criado por uma família de Uberlândia, adotando o nome de Sebastião Prata. Ele não sabia direito a data de seu nascimento, mas isso é o menos importante, quando se sabe da importância de Grande Otelo em nosso meio artístico.
Acompanhando um circo mambembe, deixou sua terra e foi para São Paulo, vindo mais tarde para o Rio de Janeiro.
Aqui, apresentou-se em circos, em cassinos e, como era de pequena estatura, começou a ser conhecido como "Pequeno Otelo", em consonância com a ópera Otelo. Com muita personalidade, já que era Otelo, seria GRANDE e não pequeno. A partir daí adotou o nome de GRANDE OTELO, com o qual se tornou conhecido em todo o Brasil e até fora dele.
Embora ficasse conhecido pelos vários filmes que, como comediante, fez com OSCARITO ( todos grandes sucessos, que só nos traziam alegrias) também foi ator dramático, sendo "Macunaína" seu maior papel nesse setor. Trabalhou ainda em Rio-Zona Norte e "Lúcio Flávio- Passageiro da Agonia", cujo papel principal foi de Reginaldo Farias.

Lembro-me de um grande drama real que ele passou, quando sua mulher matou seu filho de seis anos e suicidou-se. Foi difícil para ele suplantar essa tragédia. Mas grande artista que era, "deu a volta por cima".
Além de fazer cinema e teatro, Grande Otelo fez um papel importante na novela "Uma Rosa com Amor", na TV Globo, com Marília Pera.
Na TV Educativa, fez papel de entrevistador, sendo uma de suas últimas apresentações entrevistando CARLOS GALHARDO em um palco aberto, no Largo do Boticário.

Grande Otelo faleceu em Paris, ainda no Aeroporto, para onde havia viajado para receber um prêmio no Festival de Nantes.
Data: 26 de novembro de 1993. Estava com 78 anos.

Norma

Unidade Nacional. - José do Vale Pinheiro Feitosa

É necessária superar o lucro fácil e a corrupção no âmbito do Estado Brasileiro. Esta é uma bandeira que além de moral e ética tem ser abraçada por todos. É preciso evitar o jogo de acusa e acusa de um lado e outro, pois quem ganha com isso é a prática da corrupção. Este é um assunto que tanto o PSDB quanto o PT, os partidos que comandam duas frentes políticas em disputa nestas eleições façam uma união nacional contra isso. Ficar acusando uns aos outros apenas serve para o "financiamento" marginal da política e principal de alguns espertalhões.

A outra coisa foi o jogo religioso nesta eleição. Liberdade religiosa é lema principal da unidade nacional, quem não tem religião tambéms está defendido por esta unidade. O Estado laico e uma sociedade plural é a melhor forma de sermos civilizados. Não podemos acompanhar o modismo de nenhum país, especialmente neste tempos bicudos de crise quando o desespero popular pode levar sociedades ao autoritarismo.

A síntese a fazer é que a unidade nacional ocorra em torno de uma sociedade democrática, que reconheça seus problemas e que tenha a capacidade de dar voz a todos.

Sobre os dois aspectos coloco duas partes de uma entrevista com Maria Rita Kehl na revista Carta Capital:

Sobre a corrupção no Governo Lula:

CC: Falemos de ética: você acha que o caso Erenice atingiu eleitoralmente esta classe média?
MRK: Eu acho que sim. Eu li um artigo dizendo que o caso Erenice foi mais decisivo para exigir o segundo turno que essa “fofocaiada” toda sobre o aborto. E, infelizmente, está certo. O governo para o qual eu voto e continuo votando tem uma leniência com a questão da corrupção, que deixa até difícil um petista defender, tenho que dizer isso. Lula naturalizou a corrupção, como sendo parte do jogo político. E aí, está bom, quando fica mais escandaloso, demite. Mas “deixa acontecer”, entendeu? Renan Calheiros, Sarney, são vergonhas que a gente tem que engolir, fica parecendo que é culpa da oposição agitar isso. Claro que ela vai agitar. Nós agitaríamos isso se aparecesse uma coisa tão escandalosa na outra campanha. A diferença aí – que é a favor da atitude do governo Lula, mas que ao mesmo tempo não o torna vítima – é que o governo Lula não consegue blindar a imprensa como o governo do PSDB consegue, porque tem a imprensa na mão. Então, quando surge alguma coisa, surge como fofoca que desaparece no dia seguinte. Como a coisa do Paulo Preto, que o Serra não respondeu no debate e ficou por isso mesmo. A gente sabe que é um governo que blinda. O Alckmin, como a candidatura dele estava bem, teve a campanha toda em céu de brigadeiro, do começo ao fim, não tinha ninguém que pudesse pegar alguma coisa e contestar. E se pegasse, não ia sair na imprensa. De fato, a grande imprensa se encarrega de censurar quaisquer denúncias sobre os governos que ela apoia. Mas mesmo que a imprensa seja parcial ao denunciar um caso como o da Erenice, o caso em si está errado, não poderia aparecer.

CC: O governo não poderia ficar surpreso com a “escandalização” feita pela grande imprensa, certo?
MRK: Claro! Ele sabe qual é o jogo e não era para ter corrupção deste jeito. Uma coisa ou outra você não controla, uma coisa pequena, mas para mim é difícil responder quando as pessoas dizem: “mas, como? Estava no nariz dela! Era uma coisa que estava a família inteira metendo a mão”. Coloca os petistas numa situação difícil.

Agora sobre a questão do moralismo e do uso da religiosidadem, incluindo o tema do aborto:

CC: Esta eleição está sendo marcada também pela discussão de temas no campo da moral: aborto, religião. O que te parece isso?
MRK: Eu acho que isso mostra o atraso da sociedade brasileira. Porque, claro, nenhum candidato vai ser eleito se estiver em descompasso com a maioria da sociedade. O Plínio foi um exemplo ótimo, de um cara que falava tudo o que tinha na cabeça, tudo o que ele pensa de verdade, de uma forma consistente, porque ele não tinha compromisso de se eleger. O que me espanta é o atraso da sociedade brasileira. E a ignorância aí é apoiada pelo Serra de misturar questões religiosas com questões políticas. Como é que as igrejas começam a pautar a lei agora? Uma coisa é eles decidirem o que é pecado e o que não é, outra coisa é eles decidirem o que é ilegal e o que não é.

CC: E isso acabou virando pauta de campanha presidencial, não é?

MRK: Vira pauta e vira motivo de constrangimento. A campanha do PSDB tem responsabilidades sim, de acirrar esta intolerância religiosa neste momento da campanha. A Dilma respondeu duas vezes no debate da Band que neste País não tem intolerância religiosa. Fica esta irresponsabilidade feia do PSDB estar acirrando isso, mas ao mesmo tempo a sociedade mostra neste ponto como é atrasada. Aparecem comentários de que a Dilma é a favor do aborto como se ela tivesse o poder de decidir, se ela apoia o aborto, vai ter aborto. Como se isso não tivesse que passar pelo Congresso. Além de tudo joga muito com a ignorância do povo.

Se mais adiante fecha o assunto:

CC: E os candidatos chegam a “endireitar”, fazer campanha nas igrejas e citarem Deus à exaustão. Não acha que isso tem um papel deseducador, em particular para crianças e adolescentes?
MRK: Isso é o pior. Por um lado, eu acho que o problema da corrupção não é da responsabilidade do PSDB, eles vão extrair o máximo de vantagens que puderem arrancar deste caso da Casa Civil. Por outro lado, é responsabilidade sim, do PSDB e da campanha Serra o tom fascistóide que estas coisas estão adquirindo. É horrível que os candidatos tenham que aparecer ajoelhados comungando, dizendo que são a favor da vida…claro que são a favor da vida, quem é que não é?Agora, é a Igreja que não é a favor da vida. Aí é uma opinião minha. A ONG Católicas pelo Direito de Decidir me convidou para debater e elas pensam assim: a criminalização do aborto é uma questão contra a liberdade sexual da mulher, ponto.Não pode usar camisinha, porque a Igreja também é contra. Então é uma questão de dizer: sexo só dentro do casamento e só para ter filho. É isso, que não está escrito assim, mas é o que está dito. Se não pode usar preservativo, não pode evitar filho, não pode nem evitar infecções, epidemias como o HIV que mata milhões na África, que “a favor da vida” é esse?

CC: O Dafolha divulgou uma pesquisa que diz que a posição contra o aborto na sociedade aumentou depois destas semanas de discussão na campanha, veja o efeito nocivo.
MRK: Claro, porque o que circula é uma desinformação, “coitadinha da criancinha”, “eu poderia ter sido abortado” e “porque eu não fui abortado eu estou aqui”, não é neste grau. E a Marina tem responsabilidade nisso. Mesmo que a Dilma ganhe, a sociedade retrocedeu muito e isso é responsabilidade da campanha. É terrível.



        .......... Aula de Português ..........       

Uma tragicomédia que pode ser vista na sala de aula mais próxima.

Sérgio Simka *



O professor chega, cumprimenta o pessoal com um sorriso, escreve na lousa seu nome, a disciplina e em letras tamanho 20:




O burburinho transforma-se em risadinhas. Um destemido, lá do fundo, solta:
- É pra mim copiar, professor?
As lembranças subitamente saem da boca de um aluno:
- Fazem quinze anos que não faço ditado.
Um engraçadinho:
- Não diga-me uma coisa dessas...
Outro resolve perguntar:
- O senhor está brincando com nós, não está?
Uma moça observa:
- Só pode ser trote. Você acha que o professor vai vim no primeiro dia de aula?
Ao que outro completa:
- Espero que você esteje certa.
Um aluno levanta a mão:
- Professor, gostaria de fazer uma colocação.
O professor atento.
- Me perguntaram há dois dias atrás e eu não sube, tipo assim, responder. Em "contas a pagar", esse "a" tem crase?
- Não, o "a" não tem acento grave.
- Acento grave? Mas, professor, perguntei se o "a" tem crase...
Outro cochichou:
- Não esquenta, é só um pequeno detalhe.
- Pessoal, boa noite, para começar, gostaria de ditar apenas cinco palavras. Tudo bem?
- É pra intregá?
- Não.
- Vai valê nota?
- Não.
Ditou. Pediu que cinco alunos escrevessem as respectivas palavras na lousa, para posterior correção.



O momento da correção foi inesquecível. A cada palavra corrigida, gritos, urros, vaias, filhos da..., uma grande variedade de expressões, algumas das quais jamais ouvidas.
A última palavra então fez tremer o teto da classe. Só não caiu por causa da manutenção feita nas férias.
- Não acredito!
- Ele está fazendo nós de bobo.
- Estou pasmo.
- O senhor anda fumando tóchico.
- Jura que é assim que nóis escreve?
O professor apenas balançou a cabeça.
- Meu Deus, é preciso ter fé demais!
Todos olharam para a voz. Um silêncio absoluto.
- Não posso crer... Será que eu aprendi errado toda a minha vida? Como vou encarar de frente a língua portuguesa daqui por diante?
A classe ia soltar aquela gargalhada, mas a palidez de seu rosto impediu.
O aluno pôs a mão no peito. Fechou os olhos. E caiu da carteira. Duro.
Todos se aproximaram. De repente, levantou-se rindo.
- Mas é um bocó mesmo!
- Só podia ser o José Chaves!
- Bem, na próxima aula, vamos estudar o período composto por subordinação. Vocês sabiam que "É necessário aprender gramática", a oração "aprender gramática" se classifica como oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo? E que...
Ouviu-se um barulho. José Chaves tinha caído de novo. E não se levantou mais.

* Professor universitário e colunista da revista Conhecimento Prático - Língua Portuguesa. Criou e coordena para a editora Ciência Moderna a série "Não é um bicho-de-sete-cabeças". Autor de dezenas de livros. Informações: http://www.lcm.com.br/


Conseguiram encontrar os "errinhos"?

Convite !



A Prefeitura Municipal de Fortaleza convida para a 2ª edição do projeto Tópicos Utópicos, encontro que traz o sociólogo e filósofo brasileiro, radicado na França, Michael Löwy, para refletir sobre as convulsões políticas ocorridas entre os séculos XIX e XX que transformaram a sociedade mundial.

Dia 21 (quinta)
às 19h
no Mercado dos Pinhões
Praça Visconde de Pelotas - Centro
entre as ruas Gonçalves Lêdo e Tenente Benévolo
Lançamento do livro Revoluções

Dia 22 (sexta)
às 14h30
Auditório da Faculdade de História
da Universidade Federal do Ceará
Avenida da Universidade, 2762, Benfica

Com que roupa? - Noel Rosa


Cenário de um sonho - por Socorro Moreira

Uma vez escutei de um amigo, que tem talentos múltiplos : 
"Quero ser poeta. Poeta não envelhece !"
Pode adoecer, ficar barrigudo, e ser o maior coração do mundo.
Naquela hora, entendi superficialmente. Um  dançarino se ficar fora de forma, o corpo já não acompanhará os seus movimentos. Poeta  não pára de se depurar. Aliás a poesia só deixa o poeta, se o poeta   dispensá-la.
Então descobri que eu gostaria de ser a poesia.
Mas esqueci, o quanto é difícil ser poesia. Em frações de segundos, a varinha de condão corta o encanto. A poesia é fugaz...Constante é a prosa.
Acho que prefiro ser a prosa. Uma prosa ora romântica, ora realista. Ora machucada, ora livre. A vida é prosa, com passagens poéticas, que ficam impressas, no álbum das memórias. Chamo esse álbum poético de oásis. A prosa é um deserto repleto de oásis, com espaços em claro para novas construções. Primeiro a gente mira , imagina... Depois a gente chega perto,  toma água na fonte,e adormece , numa sombra pródiga, , e sonha, e sonha, e sonha !
Quero o sonho, em cada noite do meu dia.
Neles encontro pessoas intangíveis,  como doces; executo tarefas, que a realidade  limita. Nos sonhos a gente tudo pode... Pena, que  a gente acorde...
Morrer é não acordar de um sonho? Meu pai achava que sim.
É bom pensar que o mundo onírico, um dia , fatalmente tornar-seá   realidade eterna.
A morte pode ser um sono eterno sem sonhos...  Aí seria terrível, se a gente sofresse por consciência. Mas não...A  morte é o fim do sofrimento, ou  a vida de sonhos sem fim !

Noel Rosa...


Canções retratavam histórias particulares

As canções de Noel eram, por vezes, biográficas. As turbulências amorosas, a aguda visão da boemia, os percalços de marginais e carentes formam sua matéria-prima.

Nascido num bairro de classe média baixa, Vila Isabel, em 11 de dezembro de 1910, Noel teve infância comum. Adolescente, com o irmão Hélio, Almirante e Braguinha, formou o Bando de Tangarás. Aos 19 anos, na primeira canção, Queixumes, deixou-se levar pelo parnasianismo das modinhas: "Sem estes teus tão lindos olhos / Eu não seria sofredor / Os meus ferinos abrolhos / Nasceram do teu amor".

Com o amadurecimento precoce e as noitadas, aproximou-se dos "bambas". Era atento ao universo noturno que o seduzia. Fez sucesso ao reproduzir, como cronista, a efervescência desse ambiente. E a faculdade de Medicina ficou cada vez mais longe.

Maturidade poética marcou auge

Os elogios a Noel multiplicaram-se nos anos 30 e a presença no rádio, no "Programa Casé", tornava-o popular. Cantores como Francisco Alves compravam suas canções. Mas Noel critica os exploradores: "O meu dinheiro é macho e não cresce / Só o teu cresce, mas nunca aparece". Ora o poeta canta a Vila, ora os colegas de farra, com olhar terno à miséria que os espreitava. Temas sociais e existenciais eram incomuns no reduto dos bambas, que sempre cantavam casos amorosos e orgíacos. Mas, em Orvalho Vem Caindo ("O orvalho vem caindo / Vai molhar o meu chapéu / E também vão sumindo / As estrelas lá no céu / Tenho passado tão mal / A minha cama é uma folha de jornal"), a imagem poética do orvalho vai se desmoronando até revelar a situação miserável do eu lírico. Pleno domínio da linguagem e da denúncia.

Compreensão da paixão humana

Noel compreendeu o amor e suas dificuldades no pano de fundo da vida urbana. Como em Três Apitos:

"Quando o apito / da fábrica de tecidos / Vem ferir os meus ouvidos / Eu me lembro de você / Mas você anda / Sem dúvida bem zangada / E está interessada / Em fingir que não me vê".

Canção moderna, "baudelairiana", em que os discursos amoroso e social se unem de forma terna e dramática. A música é uma conversa entre o eu lírico e uma operária que não se dá ao luxo de namorar. Sabendo-a criatura da noite, sem poder abandoná-la, o eu lírico vira guarda-noturno para sustentar a amada. A imagem do apito ferindo os ouvidos do boêmio cria clara oposição entre a poesia e o mundo do trabalho. É o novo romantismo moderno, sem pieguices, anunciado por Noel.

Vida dupla marcou canções

Há duas mulheres importantes na vida de Noel. Obrigado a casar com a menor Lindaura, encanta-se pela dama de cabaré Ceci, e passa a viver dividido entre a mulher e a amante. Há canções que são registros fiéis da relação de Noel e Ceci, como Dama do Cabaré. Mas é raro vê-lo se levar pelo discurso grandiloquente do amor...

"Foi num cabaré na Lapa / Que eu conheci você / Fumando cigarro, / Entornando champanhe no seu soirée / Dançamos um samba, / Trocamos um tango por uma palestra / Só saímos de lá meia hora / Depois de descer a orquestra".

Há na letra as marcas de rimas inusitadas do poeta (soirée-cabaré, palestra-orquestra), além de ausência de refrão. A letra solicitava uma voz mais baixa, intimista, quase falada, bem diferente do gosto popular de então.

Último desejo

O poeta sofreu dois baques. O suicídio do pai, em 1935, e a tuberculose.

Bebida, noites mal dormidas, vida amorosa e dieta precária derrubaram Noel, que em 1934 foi a um retiro com Lindaura em Minas.

Recuperado parcialmente, 12 quilos a mais, volta ao Rio de Janeiro. Mas fica abatido com o fim definitivo de seu caso com Ceci, a boêmia e a doença. Em 4 de maio de 1937, morre. Dois meses depois, Aracy de Almeida grava a póstuma Último Desejo:

"Nosso amor que eu não esqueço, e que teve o seu começo / Numa festa de São João / Morre hoje sem foguete, sem retrato e sem bilhete, / Sem luar, sem violão".

O tom coloquial e terno volta. O fim da relação coincide com a ausência de imagens poéticas (sem luar e violão). Sem ressentimento, faz à amada dois pedidos, antagônicos, desses dispensados só a amigos ou só a inimigos. Típico de Noel.

João Jonas Veiga Sobral é professor de língua portuguesa, tutor educacional do Colégio Móbile e autor de Português Prático(Iglu)



Escrever...


"Minha liberdade é escrever. A palavra é meu domínio sobre o mundo."

Clarice Lispector
(1920 - 1977)

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"Escrever a história é um modo de livrar-se do passado."

Johann Wolfgang von Goethe
(1747 - 1832)

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"Escrever é deixar uma marca. É impor ao papel em branco um sinal permanente,
é capturar um instante em forma de palavra."

Margaret Atwood
1939 - escrtora canadense
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"Quando a literatura não tem sistema geral, ela não forma um corpo e se dissolve com o seu século."

Honoré de Balzac
(1799-1850)

Camille Claudel





Camille Claudel (Fère-en-Tardenois, Aisne, 8 de dezembro de 1864 — Paris, 19 de outubro de 1943) foi uma escultora francesa.

Frase do dia

"Vim reiterar meu apoio a essa mulher de fibra que vai herdar o sucesso da justiça social, uma marca do Lula. Somos iguais, não falamos fino com Washington nem grosso com a Bolívia e Paraguai".

Chico Buarque, em ato de apoio a Dilma Rousseff, ontem à noite (18.10), no Rio

Nova pesquisa

Vox Populi: Dilma, 51% Serra, 39%, indecisos, 4%
Em novo levantamento, petista sobe 3 pontos, tucano cai 1 ponto e indecisos recuam 2 pontos
Pesquisa Vox Populi/iG divulgada nesta terça-feira (19.10) mostra que a vantagem da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, em relação ao tucano José Serra aumentou para 12 pontos percentuais.
Segundo o Vox Populi, Dilma tem 51% contra 39% de Serra.
Na última pesquisa, realizada nos dias 10 e 11 de outubro, a vantagem era de 8 pontos (Dilma tinha 48% e Serra 40%). Os votos brancos e nulos permaneceram em 6% e os indecisos passaram de 6% para 4%.
Se forem considerados apenas os votos válidos (sem os brancos, nulos e indecisos) a vantagem subiu de 8 para 14 pontos. Dilma tinha 54% e passou para 57%. Serra caiu de 46% para 43%. A margem de erro da pesquisa é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos.
A candidata do PT tem o melhor desempenho na região Nordeste, onde ganha por 65% a 28%. Já Serra leva a melhor no Sul, onde tem 50% contra 41% da petista. No Sudeste, que concentra a maior parte dos eleitores, Dilma tem 47% contra 40% do tucano.
O Vox Populi ouviu 3 mil eleitores entre os dias 15 e 17 de outubro. Os resultados, portanto, não consideram o impacto do debate realizado pela Rede TV no último domingo, nem a entrevista concedida por Dilma ao Jornal Nacional ontem à noite. A pesquisa foi registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral com o número 36.193/10.
Depois de toda a polêmica envolvendo temas religiosos como o aborto, Serra atingiu 44% entre os entrevistados que se declararam evangélicos. Dilma tem 42%. Entre os que se declararam ateus, Dilma vence por 49% a 36%.
Entre os católicos praticantes Dilma tem 54% contra 37% do tucano. No segmento dos católicos não praticantes a petista consegue seu melhor desempenho, 55% contra 37% de Serra.
A petista ganha em todas faixas etárias. Já no recorte que leva em conta a escolaridade dos pesquisados, Serra vence entre os que tem nível superior por 47% a 40% da petista. No eleitorado com até a 4ª série do ensino fundamental Dilma tem 55% contra 38% do tucano.
Serra também vai melhor entre o eleitorado com mais renda. Entre os que declararam ganhar mais de cinco salários mínimos, ele tem 44% contra 42% da petista. Dilma tem seu melhor desempenho entre os mais pobres, que ganham até um salário mínimo, 61% a 31%.
Embora seja mulher Dilma tem índices melhores entre os homens. Conforme o levantamento ela tem 54% contra 38% de Serra no eleitorado masculino e 48% contra 40%do tucano no eleitorado feminino.
No recorte que leva em consideração a cor da pela Dilma atinge 59% entre os entrevistados que se declararam negros contra 29% de Serra. Entre os brancos, a petista tem 45% contra 44% do tucano.
Segundo o Vox Populi, 89% dos entrevistados disseram estar decididos enquanto 9% admitiram que ainda podem mudar de ideia. Entre os eleitores de Dilma a consolidação do voto é maior, 93%. No eleitorado de Serra, 89% disseram que estão decididos.

Gente do Crato...


Meninas do Pimenta: Patita, Gil, Claude, Judite e Fátima Sampaio, Glória e Francisca
(cansaço depois de um guisado)

Em Serra Verde:  Dantas, Blocs, Lobórios, Pinheiro


Meninas do Pimenta: Rosinha, Dominique, Glória.


Meninas do Pimenta e Ismênia B. Brilhante

Guias, Chefes e Bandeirantes (Crato)

Gente do Crato.
Vou ficar
- Claude Bloc -



Desfaço os nós, desmancho as teias. Encurto o passo, liberto a alma. O dia acontece e me disperso. Pareço estar sempre de partida, malas feitas, portas trancadas.

Sou indefesa, sou viajante, quero partir, quero ficar. No fundo eu quero apenas que tu me digas : “não vá ".

Então, desfaço os nós, desmancho as teias. Encurto o passo, liberto a alma. O dia acontece e me disperso. Não preciso ir. Me ajuda a levar a vida menos a sério. Vou ficar!


- Claude Bloc -