Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009




Anos Incríveis - Série de TV

The Wonder Years
Anos Incríveis (em inglês : The Wonder Years) foi uma série americana de televisão criada por Carol Black e Neal Marlens. Durou seis temporadas na rede americana ABC, de 1988 a 1993. No Brasil, o programa já foi exibido pela TV Cultura, TV Bandeirantes, Multishow e Rede 21, até voltar à TV Cultura.

Anos Incríveis apresentou as questões sociais e os eventos históricos do final dos anos 60 e início dos anos 70 através dos olhos do protagonista Kevin Arnold, que também vive os assuntos da adolescência (principalmente com seu grande amigo Paul e sua paquera , Winnie Cooper, problemas familiares e outros. Enquanto se passam as histórias, os acontecimentos são narrados por um Kevin mais velho e experiente, que descreve o que acontece e conta o que aprendeu de suas experiências. Esta técnica serviu de inspiração a outras séries.

A música de abertura é uma versão de Joe Cocker da música dos BeatlesWith a Little Help from My Friends”.

Personagens principais


Kevin Arnold (Fred Savage) - Um estudante americano típico freqüentando a escola secundária no final dos anos 60 e início dosanos 70.

Gwendolyn "Winnie" Cooper ( Danica Mc Kellar) - Interesse amoroso principal de Kevin. Vive no mesmo quarteirão que ele. O primeiro beijo de ambos e a morte de seu (dela) irmão mais velho no Vietnã têm importante papel no episódio-piloto. Em um dos episódios seus pais decidem se divorciar , como resultado da tristeza pela morte do filho.

Paul Pfeiffer (Josh Saviano ) - Melhor amigo de Kevin. Extremamente inteligente e excelente estudante. Ele é alérgico a quase tudo.

Jack Arnold ( Dan Lauria ) - O pai de Kevin, veterano da Guerra da Coréia. Inicialmente, trabalhava na Norcom, uma empresa grande, mas em uma posição mediana de gerência que ele detestava. Mais tarde, começa seu próprio negócio construindo e vendendo mobília feita a mão.

Norma Gustavson Arnold (Alley Mills) - Mãe de Kevin e dona-de-casa. Conheceu Jack quando era caloura na faculdade. Quando ele terminou o curso, ela se mudou com ele e não terminou o curso.

Karen Arnold (Olívia D´Abo) - Irmã hippie mais velha de Kevin. Ela se casa e se muda para oAlasca. Faz uma participação especial no último episódio.

Wayne Arnold (Jason Hervey ) - Irmão mais velho de Kevin, diverte-se atormentando física e psicologicamente Kevin e Paul.

Lista de episódios

1ª Temporada
01 - "Pilot" - Piloto

02 - "Swingers" - Os Balanços

03 - "My Father's Office" - O Escritório do Meu Pai

04 - "Angel" - Anjo

05 - "The Phone Call" - O Telefonema

06 - "Dance With Me" - Dance Comigo


2ª Temporada
07 - "Heart of Darkness" - Na Escuridão

08 - "Our Miss White" - A Senhorita White

09 - "Christmas" - Natal

10 - "Steady as She Goes" - Namorando

11 - "Just Between You and Me...and Kirk and Paul and Carla and Becky" - Só Entre Mim, Você, Kirk, Paul, Carla e Becky

12 - "Pottery Will Get You Nowhere" - A Cerâmica Não Leva a Lugar Nenhum

13 - "Coda" - Coda

14 - "Hiroshima, Mon Frere" - Hiroshima, Meu Irmão

15 - "Loosiers" - Pernas de Pau

16 - "Walk Out" - A Manifestação

17 - "Nemesis" - Nêmesis

18 - "Fate" - Destino

19 - "Birthday Boy" - O Aniversário

20 - "Brightwing" - Asa Brilhante

21 - "Square Dance" - A Quadrilha

22 - "Whose Woods Are These?" - De Quem São Essas Terras

23 - "How I'm Spending My Summer Vacation" - Minhas Férias

· 3ª Temporada

24 - "Summer Song" - Canção de Verão

25 - "Math Class" - Aula de Matemática

26 - "Wayne on Wheels" - Wayne Motorizado

27 - "Mom Wars" - Guerras Com Mamãe

28 - "On the Spot" - O Holofote

29 - "Odd Man Out" - O Rejeitado

30 - "The Family Car" - O Carro da Família

31 - "The Pimple" - A Espinha

32 - "Math Class Squared" - O Professor de Matemática

33 - "Rock 'n Roll" - Rock'n Roll

34 - "Don't You Know Anything About Women?" - Você Não Entende Nada de Mulheres

35 - "The Powers That Be" - O Poder Constituido

36 - "She, My Friend, and I" - Ela, Meu Amigo e Eu

37 - "St. Valentine's Day Massacre" - O Massacre do Dia Dos Namorados

38 - "The Tree House" - A Casa na Árvore

39 - "Glee Club" - O Coral da Oitava Série

40 - "Night Out" - A Festa

41 - "Faith" - Fé

42 - "The Unnatural" - Nada Natural

43 - "Goodbye" - Adeus

44 - "Cocoa and Sympathy" - Chocolate e Simpatia

45 - "Daddy's Little Girl" - A Queridinha do Papai

46 - "Moving" - A Mudança

· 4ª Temporada
47 - "Growing Up" - Crescendo

48 - "Ninth-Grade Man" - O Homem da Nona Série

49 - "The Journey" - A Viagem

50 - "Cost of Living" - O Custo de Vida

51 - "It's a Mad, Mad, Madeline World" - O Mundo Maluco de Madeline

52 - "Little Debbie" - A Pequena Debbie

53 - "The Ties That Bind" - Os Laços Que Nos Unem

54 - "The Sixth Man" - O Sexto Homem

55 - "A Very Cutlip Christmas" - Feliz Natal Senhor Cutlip

56 - "The Candidate" - O Candidato

57 - "Heartbreak" - Um Coração Partido

58 - "Denial" - A Recusa

59 - "Who's Aunt Rose?" - Quem é Tia Rose?

60 - "Courage" - Coragem61 - "Buster" - Buster

62 - "Road Trip" - Na Estrada

63 - "When Worlds Collide" - Quando Mundos se Chocam

64 - "Separate Rooms" - Quartos Separados

65 - "The Yearbook" - O Anuário66 - "The Accident" - O Acidente

67 - "The House That Jack Built" - A Casa Que Jack Construiu

68 - "Graduation" - A Formatura69 - "Looking Back" - Recordando

· 5ª Temporada
70 - "The Lake" - O Lago

71 - "Day One" - O Primeiro Dia

72 - "The Hardware Store" - A Loja de Ferragens

73 - "Frank and Denise" - Frank e Denise7

74 - "Full Moon Rising" - A Lua Cheia

75 - "Triangle" - O Trângulo

76 - "Soccer" - Futebol

77 - "Dinner Out" - Jantando Fora

78 - "Christmas Party" - Festa de Natal

79 - "Pfeiffer's Fortune" - A Fortuna Dos Pfeiffer

80 - "Road Test" - A Carta de Motorista

81 - "Grandpa's Car" - O Carro do Vovô

82 - "Kodachrome" - Leituras Coloridas

83 - "Private Butthead" - O Nosso Idiota

84 - "Of Mastodons and Men" - De Mastodontes e de Homens

85 - "Double Double Date" - Encontros e Desencontros

86 - "Hero" - Herói

87 - "Lunch Stories" - Histórias de Almoço

88 - "Carnal Knowledge" - Ânsia de Amar

89 - "The Lost Weekend" - O Fim de Semana Perdido

90 - "Stormy Weather" - Tempestade

91 - "The Wedding" - O Casamento

92 - "Back to the Lake" - De Volta ao Lago

93 - "Broken Hearts and Burgers" - Corações Partidos e Hamburguers


6ª Temporada
94 - "Homecoming" - Voltando Pra Casa

95 - "Fishing" - A Pescaria

96 - "Scenes from a Wedding" - Cenas de um Casamento

97 - "Sex and Economics" - Sexo e Economia

98 - "Politics as Usual" - Politica Como Sempre

99 - "White Lies" - Pequenas Mentiras

100 - "Wayne and Bonnie" - Wayne e Bonnie

101 - "Kevin Delivers" - As Entregas de Kevin

102 - "The Test" - O Exame

103 - "Let Nothing You Dismay" - Não Deixe Que Nada o Desanime

104 - "New Year" - Ano Novo

105 - "Alice in Autoland" - Alice no País Dos Automóveis

106 - "Ladies and Gentlemen...The Rolling Stones" - Senhoras e Senhores... Os Rolling Stones

107 - "Unpacking" - Recomeçando

108 - "Hulk Arnold" - Hulk Arnold

109 - "Nose" - O Nariz

110 - "Eclipse" - O Eclipse

111 - "Poker" - Pôker

112 - "The Little Women" - Mulheres

113 - "Reunion" - A Reunião

114 - "Summer" - Verão

115 - "Independence Day" - Dia da Independência ( Último epsódio )

http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Wonder_Years

Vísceras - Domingos Barroso

Penso seriamente
em sair sábado.

Vestir-me com zelo,
piscar para o espelho
[sorrir diabólico]

Uma energia abissal
Já me traga

deixando sobre a mesa
solitária a fruteira

e sobre o armário
aquela flor agora curva.

Pensando bem,
ainda não é tempo
de queimar os ossos.

Minha urna funerária
perdi em meio a bagunça

das caixas marrons
cuecas encardidas

livros antigos
versos rasgados

cascas de laranja
ossos de galinha

vestígios macabros
da primeira separação.

[Talvez seja o momento
de jogar as sementes de mucunã

na toalha branca engomada
e invocar os orixás ]

Domingos Barroso

Um frio febril - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Uma vez corpos vivos retemos tempo e calor. Ao tempo inventamos, ao calor produzimos. O tempo como fração do universo ao calor natureza do cosmo.

O tempo é elástico. Expande-se naquilo que se denominou espaço. Mas o calor é primordial, tende a esgotar-se na elasticidade do tempo.

Ambas as retenções que conceituam nossos corpos vivos estão no cosmo e temos uma dificuldade imensa de imaginar que pela natureza elástica, não tenham um estado de origem. Uma vez que o tempo se elastece somos levados irremediavelmente para imaginar uma origem de máximo repouso desta natureza elástica. Igualmente se deve ao calor igual paradigma, localizando-o em primórdio explosivo quando surgiu o calor.

Acontece que nenhum corpo vivo se origina espontaneamente no cosmo. Há uma descendência e, portanto, uma gênese. Isso significa que nenhum ser vivo tem um lugar ou um tempo ou um calor devido no cosmo. Todos dependem da originalidade e suas conseqüências (que se diga não deixa de ser uma parte da originalidade).

Ao que dialogo com você em estado febril. Após uma alternância entre o frio do outono italiano, seus trens e prédios em estágio de produção de calor em ambiente de calefação. Tantas tosses, igualmente assoadas nas narinas (nisso os europeus são escrachados, fazem um canto nasal úmido em pleno restaurante), por momento suores e noutro a frígida natura com olhar nas montanhas e seus picos nevados.

Com o centro do compasso no lago de Como girando por Zurique, Lugano, Turim e Milão. Toda a vizinhança do planeta em seu hemisfério norte pronto para o inverno com aquele frio que é frio mesmo se não venta. Mais ainda frio se uma brisa contempla todas as nossas fossas e transita na superfície como em busca do mais profundo do nosso corpo.

Eis o frio externo. O frio que está fora de nós e vem como um exército para nos conquistar.

Mas já nos trópicos escaldantes deste Rio de Janeiro, tão belo e sujeito a chuvas e trovoadas, outro frio me dominou o corpo. Um frio que vem do calor. Um frio sem externalidade. Um frio que vem de dentro, com tremores sob qualquer variação deste tão homogêneo tempo quente de verão carioca. É um frio de filigranas, um ventilador que assopre qualquer vento todo o corpo se abala numa calda instável de “morte e de dor”.

Mesmo que a cabeça esteja escavada por tanta bacteriemia, o corpo dolorido de uma sova jamais sofrida, é no âmago de meu corpo que nasce este frio febril. Um frio que na vizinhança do possível nos afaga com a verdade que o corpo se conceitua em tempo e calor. Sem os dois é apenas matéria comum sem originalidade, gênese ou conseqüências.

A poesia de Domingos Barroso

Eternidade

Não leves a sério
teus sonhos -

são filhos do vento, das nuvens
dos grãos de areia, dos búzios.

Observa-lhes o esplendor
da morte súbita.

Acalma-te -
logo mais tarde

outras mortes,
vêm mais sonhos.

Por enquanto,
contenta-te

com o cursor
piscando.


a solidão do parasita

Caso fechasse os olhos
agorinha mesmo para sempre

pensaria em ti
cuidando dos meus despojos

e plantando a árvore
que esqueci.

Se a febre
me queimasse as retinas
ficasse cego dentro da tua alma

sei que não seria triste
nem muito difícil

encontrar teu silêncio
e nele envolvido
abrigar-me.

Mas deixemos de tolices,
prepara-me um banquete.

Apenas não te esqueças:
quero as verduras lavadas
com o perfume das tuas mãos.

Maturar-se


O vento
mesmo fraquinho
quando bate nas minhas pernas
arrasta meu corpo

enquanto alguma coisa dentro
(alma, talvez vazio)
um centímetro não se move.

Da mesma forma
debaixo do chuveiro

cabelos molhados
cílios, unhas, cutículas

mas algo dentro
(alma, talvez vazio)
continua fogo aceso.

Deitado agora
na cama box solteiro

as pernas cruzadas
os dedos dos pés siameses

tenho clara ideia da minha presença -
a boca do estômago se contrai
involuntariamente.

Lá fora
as calçadas desafiam-me:

"vem, poeta
descobrir nossos segredos
de meio-fio"

Travessuras

Quando criança
fiz delicadas cirurgias
no abdome de lagartixas -

era comum extrair-lhes
pequenos besouros
e sementes.

Também normal
submeter as cigarras
ao exame de próstata -

do palito de fósforo uma estaca
enfiava-lhes entranhas adentro.

Cruzavam paralelos, canteiros, eixos, calçadas
igualzinho a helicópteros de guerra americanos.

Entretanto
o que mais me extasiava -

pisar nas bundinhas das tanajuras
em noite de calçadas chuvosas.

Havia quem saboreasse
tal iguaria ao óleo.

Eu tinha nojo -
e com meu tênis kichute

continuava a esmagar-lhes
as suntuosas bundinhas.


a flacidez da alma

Ao teu redor
as flores sorriem

e a hóstia suplica
um pouco de vinho.

Não estás salvo,
foge -

mergulha a cabeça
dentro do vaso sanitário.

Conta até 60.

Não acredito:
nem um minuto consegues
debaixo do teu próprio mijo?

Antigamente
com a concha da mão cheia
curavas até tua dor de ouvido.

Lembras?

Deixa de nojo patético
e mergulha -

Agora conta até 120.

Museu Carlos Costa Pinto - Salvador - Bahia

Histórico

A Fundação Museu Carlos Costa Pinto é uma instituição cultural particular mantida através de convênio com o Governo do Estado da Bahia.

A casa onde está instalado o Museu, projeto dos arquitetos Euvaldo Reis e Diógenes Rebouças, em estilo Colonial Americano, data de 1958. Destinada inicialmente à residência da família, nunca foi habitada. Sofreu adaptações para comportar a sua nova função.

Quarto Principal

Inaugurado em 5 de novembro de 1969, e situado no corredor da Vitória, na cidade de Salvador, o Museu Carlos Costa Pinto tem origem na coleção particular do comerciante e exportador de açúcar Carlos Costa Pinto (1885 - 1946), reunida ao longo de 30 anos. Instalado no casarão em estilo colonial americano pertencente à família, o museu possui um acervo de cerca de 3.000 obras de artes decorativas dos séculos XVII ao XX: mobiliário, ouriversaria, porcelana, cristais, jóias etc. Formada a partir da aquisição de bens de famílias tradicionais da cidade, a coleção conta com objetos que decoravam as residências da Bahia colonial e imperial - os sobrados do Pelourinho e os engenhos do Recôncavo, por exemplo -, assim como os interiores de conventos e igrejas. As peças de origens diversas, relacionadas à cultura e vida social baiana, mostram aspectos do cotidiano e da história da região no correr de quatro séculos.


Galeria Superior

Um dos destaques do Museu é a coleção de pratarias (religiosa, civil e regional), uma das maiores do Brasil, exposta de acordo com a função dos objetos. Da ourivesaria sacra podem ser vistos objetos litúrgicos variados: cálices; cruzes e lanternas processionais; vasos para água e vinho; castiçais, conchas de batismo etc.

Sandália de estribo feminina prata da Bahia século XIX

Da ourivesaria civil (ou profana), melhor representada, fazem parte objetos de uso cotidiano e aqueles utilizados em ocasiões especiais, como nascimentos, casamentos, saraus e batizados. Galheteiros, bandejas, tigelas, cestas, cafeteiras, castiçais, candelabros, serviços de chá, entre muitas outras peças, permitem vislumbrar os interiores domésticos e os hábitos diários. O conjunto, por sua vez, fornece um retrato preciso da opulência das elites baianas e das igrejas nos períodos Colonial e Imperial. Embora as peças de prata da coleção sejam quase todas portuguesas e brasileiras (sobretudo baianas), há alguns exemplares vindos da França, Inglaterra e Alemanha. A maioria das peças pertence à segunda metade do século XVIII - considerado o auge da ourivesaria -, algumas pertencem ao século XVII e poucas ao século XIX.

As jóias constituem outro ponto alto da coleção do Museu. Por meio delas é possível conhecer não apenas os adereços que adornam as imagens sacras, mas também as jóias usadas pelas mulheres das elites e aquelas que compõem o traje das crioulas baianas. A riqueza dos adornos das escravas domésticas e das libertas chama a atenção dos pesquisadores, levando-os a se perguntar sobre as formas de mobilidade e distinção social na sociedade colonial. Os escravos domésticos, apontam os pesquisadores, seguem os senhores no trajar, sobretudo em ocasiões solenes. Além disso, as restrições ao luxo no vestuário são sistematicamente burladas por mucamas e amas-de-leite. As alforriadas, por sua vez, utilizam as jóias não apenas como sinal de distinção, mas como forma de acumular bens, destinados à sobrevivência e à compra da liberdade de parentes. As jóias de crioula, como são conhecidas, compõem o traje domingueiro das baianas como também aqueles usados em cerimônias e procissões. Têm como características principais o volume, o brilho e a variedade: correntões, pulseiras e brincos de formas diversas, em geral de ouro (embora não sejam peças maciças). Nesse conjunto, as pencas de balangandãs ocupam lugar à parte, por sua originalidade. Levadas junto ao corpo, presas a uma corrente, as pencas reúnem objetos de metal com formas variadas, agrupados numa base denominada "nave" ou "galera": moedas, figas, chaves, dentes, romãs, cocos de água etc. Os elementos que compõem as pencas de balangandãs são reunidos em função de seus sentidos mágicos e rituais. São talismãs e amuletos que afastam "mau-olhado", que trazem sorte, que "abrem portas e caminhos", ou que indicam "fartura", "riqueza" etc. A coleção do Museu possui 27 pencas de balangandãs de prata, datadas dos séculos XVIII e XIX.


Ouro, ametista e pérola século XIX

Em 2000, o Museu Carlos Costa Pinto passa por um processo de revitalização de suas instalações, de acordo com nova orientação museológica. A ampliação da área destinada ao público, a implantação de um novo sistema expositivo, além de um melhor sistema de climatização e iluminação têm como objetivo central a valorização das coleções. Além disso, intensificam-se, a partir daí, as atividades destinadas a um público diverso por meio do departamento de educação, e da realização de exposições, palestras, cursos, ciclos de cinema, entre outros eventos. O Museu retoma, com isso, uma política de realização de exposições temporárias, por exemplo: O Sagrado e o Profano na Coleção Beatriz e Mario Pimenta Camargo, 2001, e A Sedução das Jóias - Séculos XVIII e XIX, 2005.

Cristais

Mais de 216 peças de cristal da coleção do Museu Costa Pinto foram feitos na França. São cristais Baccarat ,uma das mais importantes fábricas de cristais do mundo, símbolo de perfeição, datam do século XIX.
Lustre de cristal e lâmpadas de opalina
Esculturas

São 22 pequenas peças em mármore,bronze e terracota feitas na Europa e Brasil no século XIX e XX por artistas tais como Hugo Bertazzon, G. Besji, Pasquale de Chirico, Alfred Gilbert, Gorys, A . Guadez, Haulot, José Otávio Correia Lima, Antônio Teixeira Lopes, M. Moreau, Archile D'Orsi, and E. Villanis.
Colombina,Pierrot e Arlequim - escultura em bronze e marfim- Inglaterra século XIX

Joalheria

Ouro e prata incrustrados com pedras preciosas polidas brilham através desta coleção de 675 peças. Este material representa o estilo de vida da Bahia nos séculos XVIII e XIX até o início do século XX. A maioria pertenceu às famílias dos barões do açúcar da Bahia.


O ponto alto alto desta coleção é a Joalheria Crioula,usada pelas mulheres negras – a única recuperada em nossa história.

Joalheria Crioula - Balangandãs
Pinturas

A Coleção de 139 pinturas representa o perpetuação de momentos : refúgios,interiores e pessoas.
Voltamos ao passado através de artistas tais como : Georgina Albuquerque, Alfredo Araújo, Henrique Bernadelli, Gutman Bicho, Artur Alves Cardoso, Castagneto, Henrique Cavalleiro, Carlos e Rodolfo Chambelland, G. Conceição, Milton da Costa, Raul Deveza, Fausto Gonçalves, Maurice Grun, Horácio Hora, Francisco Manna, Mendonça Filho, Manuel Paraguassú, Antônio Parreiras, Pedro Peres, Manuel H. Pinto, J. Rodrigues, Manuel Lopes Rodrigues, João Francisco Lopes Rodrigues, Virgílio Lopes Rodrigues, Bustamante Sá, Mirabeau Sampaio, Sante Scaldaferri, Oscar Pereira da Silva, Presciliano Silva, João Thimoteo, Alberto Valença, Simão da Veiga, Eliseu Visconti, Rescala, Carlos Bastos, Albano Neves Sousa, Jenner Augusto, Emídio Magalhães, Lígia Milton and Jorge Costa Pinto.


"Velho Gaspar" Óleo sobre tela -1891- Manoel Lopes Rodrigues
Porcelanas

A coleção de porcelanas inclui 652 peças de porcelana chinesa (Powder-Blue, Batavian, Imari, Rose Family, Blue Family, e Macao) , japonesa e européia.


Coleção de Prata

A coleção de prata é a maior do Museu.compreende 923 itens,incluindo sagrado,secular e objetos regionais, utilitários e decorativos ,datados do século XVII ao século XX e feitos no Brasil, Portugal, Inglaterra,França e Alemanha.


Miscelânea

Esta coleção inclui 218 peças agrupadas em séries de coleções menores: peças em bronze,marfim,vidro opalina,porcelana biscuit,madre-pérola entre outras.

Leque madre-pérola século XIX




Caixa de chá em laca e prata





Pena de ouro - Século XIX
Imagens
As 43 estátuas sagradas são feitas em madeira policromada e marfim e datam do século XVII ao século XIX. Essas figuras eram feitas em Portugal, Goa, Bahia e Espanha.


Santa Eulália - madeira policromada século XIX - Europa

O Casal

Carlos de Aguiar Costa Pinto nasceu em 24/12/1885, em Salvador - Bahia. Era filho de Joaquim da Costa Pinto e Sophia Henriqueta de Aguiar Costa Pinto.Iniciou sua carreira profissional na Magalhães e Cia., empresa importadora e exportadora, chegando ao cargo de diretor presidente.Importante colecionador de obras de arte, reuniu ao longo de sua vida significativa coleção, fazendo com que permanecesse na Bahia um dos mais importantes acervos do país.Faleceu em 07/12/1946, com 60 anos, sem ter realizado o sonho que seria a instalação de um Museu.

Margarida Ballalai de Carvalho Costa Pinto nasceu em 02/12/1895. Era filha de João Pereira de Carvalho e Helena Ballalai de Carvalho, tradicional família baiana. Casou-se com Carlos Costa Pinto aos 17 anos. Não tiveram filhos.

Os seus objetos de toucador, leques de tartaruga e madrepérola, porta-buquês de lava e coral, e suas jóias ela dando um exemplo de desprendimento, doou para a coletividade essa fortuna, preservando na Bahia, a memória de três séculos de arte, cultura e literatura.

Ao doar as peças de sua coleção, constituindo uma fundação e instituindo o Museu Carlos Costa Pinto, também conhecido como "Museu da Prata", D. Margarida iria dar à coletividade um exemplo superior de desprendimento, preservando para a Bahia, a memória de três séculos de arte, cultura e literatura.Faleceu em 23/03/1979, com 83 anos.


Endereço: Avenida Sete de Setembro, 2.490 (Vitória) - Salvador /Bahia - Brasil. Tel: (75) 336-6081 Visitação: 2ªs, 4ªs e 6ªs feiras, das 14:30 às 19:00hs; sábados, domingos e feriados, das 15:00 às 18:00 hs.

Pesquisa e Imagens


http://www.museucostapinto.com.br/
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=instituicoes_texto&cd_verbete=4983

Almas Gêmeas - por Rosa Guerrera


Não acredito nas chamadas almas gêmeas. Não acredito duas pessoas idênticas no pensar, no viver, no sofrer e no amar. Não acredito nessa chamada realização total cognominada gêmea.Acredito sim, que pessoas possuam capacidade de complementação, não por serem metades, mas por possuirem inteligência suficiente e disposição para saber dividir objetivos comuns nas dores e nas alegrias da vida.

Cada uma trazendo por inteiro o seu coração.
rosa guerrera

Por Ana Cecília S. Bastos


Alguém transpôe o limiar de estar íntimo.
Onde outros comporiam as roupas,
eu escondo escritos
(ana cecília)

Guilherme Tell - A lenda



Guilherme de Bürglen era conhecido como um especialista no manejo da besta. Na altura, os imperadores Habsburgos lutavam pelos domínios de Uri e, para testar a lealdade do povo aos imperadores, Hermann Gessler, um governador austríaco tirano, pendurou num poste um chapéu com as cores da Áustria, numa praça de Altdorf. Todos que por lá passassem teriam de fazer uma vénia como prova do seu respeito. O chapéu era guardado por soldados que se certificariam que as ordens do governador fossem cumpridas.

Um dia, Guilherme e seu filho passaram pela praça e não saudaram o chapéu. Prenderam-no imeditamente e levaram-no à presença do governador que, reconhecendo-o, o fez, como castigo, disparar a besta a uma maçã na cabeça do filho. Tell tentou demover Gessler, sem sucesso; o governador ameaçaria ainda matar ambos, caso não o fizesse.

Tell foi assim trazido para a praça de Altdorf, escoltado por Gessler e os seus soldados. Era o dia 18 de Novembro de 1307 e a população amontoava-se na expectativa de assistir ao castigo (e, sobretudo, ao seu culminar). O filho de Guilherme foi atado a uma árvore, e a maçã foi colocada na sua cabeça. Contaram-se 50 passos. Tell carregou a besta, fez pontaria calmamente e disparou. A seta atravessou a maçã sem tocar no rapaz, o que levaria a população a aplaudir os dotes do corajoso arqueiro.

Não obstante, Guilherme trazia uma segunda seta. Gessler, ao vê-la, perguntou por que ele a trazia. Tell hesitou. Gessler, apressando a resposta, assegurou-lhe que se dissesse a verdade, a sua vida seria poupada. Guilherme respondeu: "Seria para atravessar o seu coração, caso a primeira seta matasse o meu filho".

Indignado, Gessler mandou o rebelde para a prisão alegando que dignaria a sua promessa deixando-o viver — mas preso, no castelo de Küsnacht. Guilherme foi levado acorrentado de imediato para um barco em Flüelen, onde esperou que Gessler e seus soldados embarcassem. Não muito distante do porto, deu-se uma tempestade. O Föhn, um vento do Sul, causava ondas tão altas que dificultou a viagem, praticamente arremessando o barco contra as rochas. Os que lá viajavam, assustados, gritaram: "Só Guilherme Tell nos pode salvar!". Gessler libertou Tell, que conduziu barco em segurança ao sopé da Montanha Axenberg, perto de uma rocha chamada Tellsplatte.

Quando amarrou, Tell tirou uma lança a um soldado, saltou do barco e, empurrando-o com os pés, fugiu pelo cantão de Schwyz. Gessler conseguiu sobreviver à tempestade e chegou ao castelo de Küsnacht nessa mesma noite. Tell ter-se-ia escondido nuns arbustos num beco que levaria à residência do governador. Assim que Gessler e os seus apareceram, Tell matou-o com uma seta da sua besta, libertando o país da tirania do governador. Segundo a lenda, este evento marcou o início a revolta que ocorreu a 1 de Janeiro de 1308.

Aleijadinho - arquiteto e escultor brasileiro

Antônio Francisco Lisboa, nosso Aleijadinho, tinha esse apelido devido a uma doença degenerativa que provoca a perda dos membros – discute-se se sífilis, lepra, tromboangeíte obliterante ou ulceração gangrenosa das mãos e dos pés. Nasceu na antiga Vila Rica (atual Ouro Preto), Minas Gerais, filho de um arquiteto português, Manuel Francisco Lisboa, e de uma escrava de quem se sabe apenas o primeiro nome: Isabel.
Aleijadinho foi arquiteto e escultor do Período Colonial, sendo considerado o artista mais importante do estilo Barroco no Brasil. Apesar de, formalmente, só ter recebido a educação primária, cresceu entre obras de arte, já que, além de seu pai, um dos primeiros arquitetos de Minas Gerais, conviveu muito com o tio Antônio Francisco Pombal, conhecido entalhador das principais cidades históricas mineiras.
Aleijadinho deixou mostras de seu talento em Ouro Preto, Sabará, Caeté, Catas Altas, Santa Rita Durão, São João del-Rei, Tiradentes e Nova Lima, cidades de Minas Gerais, onde desenhou e esculpiu para dezenas de igrejas. Em Mariana, assinou o chafariz da Samaritana e, a Congonhas do Campo, legou suas obras-primas: as estátuas em pedra-sabão dos 12 profetas (1800-1805) e as 66 figuras em cedro (1796) que compõem a Via-Sacra.
Ocupado com encomendas que chegavam de toda a província, Aleijadinho tinha mais de 60 anos quando começou a esculpir as famosas imagens de Congonhas do Campo. Nessa época, já deformado pela doença que lhe inutilizara as mãos e os pés, trabalhava com o martelo e o cinzel amarrados aos punhos pelos ajudantes. Apesar de ter sido respeitado em sua época, Aleijadinho, após sua morte, foi relegado a um quase esquecimento. O reconhecimento de que sua obra – o Barroco reconstruído dentro de uma concepção rigorosamente brasileira – havia sido a expressão máxima desse movimento no Brasil foi uma conseqüência da Semana de Arte Moderna de 1922.

netsaber

O pensamento de Marcel Proust


Deixemos as mulheres bonitas aos homens sem imaginação.

Só se ama o que não se possui completamente.

Para tornar a realidade suportável, todos temos de cultivar em nós certas pequenas loucuras.

Só nos curamos de um sofrimento depois de o haver suportado até ao fim.

A felicidade é salutar para o corpo, mas só a dor robustece o espírito.

Se sonhar um pouco é perigoso, a solução não é sonhar menos é sonhar mais.

Para quem ama, não será a ausência a mais certa, a mais eficaz, a mais intensa, a mais indestrutível, a mais fiel das presenças?

A sabedoria não se transmite, é preciso que nós a descubramos fazendo uma caminhada que ninguém pode fazer em nosso lugar e que ninguém nos pode evitar, porque a sabedoria é uma maneira de ver as coisas.

As pessoas querem aprender a nadar e ter um pé no chão ao mesmo tempo.

O ciúme é muitas vezes uma inquieta necessidade de tirania aplicada às coisas do amor.

É espantoso como o ciúme, que passa o tempo a fazer pequenas suposições em falso, tem pouca imaginação quando se trata de descobrir a verdade.

Em amor é um erro falar-se de uma má escolha, uma vez que, havendo escolha, ela tem de ser sempre má.

Uma vez descoberto, o ciúme passa a ser considerado por quem é objecto dele como uma desconfiança que autoriza a enganar.


O homem é a criatura que não pode sair de si, que só conhece os outros em si, e, dizendo o contrário, mente.

Os verdadeiros paraísos são os paraísos que se perderam.

Marcel Proust

Iberê Camargo

Artista de rigor e sensibilidade únicos, Iberê Camargo é um dos grandes nomes da arte do século XX. Autor de uma obra extensa, que inclui pinturas, desenhos, guaches e gravuras, Iberê nasceu em Restinga Seca, no interior do Rio Grande do Sul, em novembro de 1914, tendo passado grande parte de sua vida no Rio de Janeiro.
Desde a juventude, mostrou-se atraído por personalidades independentes, como Guignard e Goeldi. Na Europa, estudou com mestres como Giorgio de Chirico, Carlos Alberto Petrucci, Antônio Achille e André LotheAo longo de sua vida, Iberê Camargo sempre exerceu forte liderança no meio artístico e intelectual. Teve sua obra reverenciada em exposições de renome internacional, como a Bienal de São Paulo, a Bienal de Veneza, a Bienal de Tóquio e a Bienal de Madri, e integrou inúmeras mostras no Brasil e em países como França, Inglaterra, Estados Unidos, Escócia, Espanha e Itália.

O pintor morreu aos 79 anos, em Porto Alegre, em agosto de 1994, deixando um acervo de mais de sete mil obras. Grande parte delas foi deixada a sua esposa, Sra. Maria Coussirat Camargo, e integra hoje o acervo da Fundação Iberê Camargo.

Por João Nicodemos


Por João Nicodemos


A sensibilidade de Edmar Cordeiro, em floras












Imagens do Paraná.


Na Semana da Música ... " A Música de Mozart "


Música de Mozart ajuda a curar doenças graves, dizem pesquisadores

da Ansa, em Londres

Especialistas do Instituto de Neurologia de Londres afirmam que a música de Wolfgang Amadeus Mozart(1756-1791) pode funcionar melhor que remédios tradicionais no tratamento de diversos males, até mesmo de doenças complexas como a epilepsia.
Segundo artigo publicado nesta quarta-feira (19) no jornal inglês "Independent", os pesquisadores suspeitaram das qualidades terapêuticas da obra do compositor austríaco quando trataram um paciente de 46 anos que sofria de graves ataques epilépticos e não havia reagido bem a sete tipos de terapias (à base de remédios avançados), e nem mesmo a uma intervenção cirúrgica no cérebro.
Após uma acentuada e inexplicável melhora, os médicos descobriram que o paciente havia começado a escutar a música de Mozart durante cerca de 45 minutos por dia e que seu bem-estar vinha deste novo hábito.
A Universidade de Illinois (Estados Unidos) também relatou, após o caso do paciente inglês, uma situação parecida envolvendo uma criança portadora da síndrome de Lennox-Gastaut (variante rara da epilepsia).
Inteligência

Seguindo os indícios, os médicos descobriram que "doses" de Mozart aumentariam a capacidade matemática e visual, reduziriam o estresse e dores de artrite, além de produzir efeitos positivos no coração e em fetos, no caso de gravidez (estimulando o cérebro do bebê).
Em testes com ratos e carpas, verificou-se melhora no senso de orientação e humor (especialmente com as notas de "Eine Kleine Nachtmusik").
A causa dos efeitos ainda não é tão clara, mas muitos especialistas afirmam que a zona do cérebro que recebe e processa a música é a mesma da percepção espacial, por exemplo. Os estímulos provocados pela complexa e refinada música de Mozart, sobretudo a sonata K448, teriam, portanto, um impacto benéfico na massa cinzenta, organizando e estimulando células nervosas precárias, em um processo comparável a impulsos elétricos.
Em testes com voluntários humanos, verificou-se que, ao escutar a sonata K448 para dois pianos, o quociente de inteligência do grupo cresceu entre oito e nove pontos. Sobre a exclusividade da música de Mozart, e não de outros compositores, os médicos arriscam que as composições do austríaco trazem uma peculiar técnica de construção musical, baseada em temas circulares com intervalos fixos e variações moduladas do motivo principal.

Professores, alunos e funcionários do Curso de Ciências Econômicas da URCA prestam homenagem a Alderico Damasceno


Menos de 12 horas após ser sepultado, Alderico de Paula Damasceno foi alvo de uma singela, porém significativa homenagem dos professores, alunos e funcionários do Curso de Economia da URCA.

Na noite de ontem, 17/11, em vez de aula e trabalho, os corpos docente, discente e os funcionários do Curso de Ciências Econômicas da Urca prestaram um merecido e inadiável tributo a Alderico de Paula Damasceno, que durante sua profícua e longeva permanência como professor do Departamento de Economia dessa Universidade, construiu uma sólida relação de amizade e respeito para com todos.

O Salão da Terra, no Campus do Pimenta, permaneceu lotado durante a solenidade que durou 90 minutos. Muitos estudantes permaneceram todo o tempo em pé, devido à grande quantidade de presentes.

O Coordenador do Curso de Economia, prof. Lima Júnior, que foi aluno de Alderico, coordenou o evento e apresentou outros professores do curso, muitos dos quais também foram alunos do saudoso professor.

O professor Marcos Eliano, atual decano desse Curso, relatou a longa convivência que teve com Alderico, destacando que essa relação antecedeu a própria Faculdade de Filosofia do Crato (instituição embrionária da URCA), pois uma irmã do falecido, Madre Damasceno, era diretora de um educandário de Mauriti, cidade caririense onde Eliano nasceu.

Na sequência, usaram da palavra os professores Felisberto Nunes, Rosemeire Matos, Valéria Pinho, João Luís da Mota, Carlos Rafael, Pedro Veras, Lima Júnior e Micaelson Lacerda, quando foram destacadas várias situações de puro ensinamento ministrado pelo Mestre Alderico, a exemplo da paixão e do amor com os quais exercia o magistério, sua imensa competência no ensino da História e da Economia, além da Geografia e da Filosofia, e sua imensa generosidade para com os colegas, alunos, funcionários e com a própria URCA.

Alderico dedicou cerca de sessenta dos seus noventa anos de vida à educação, quando contribuiu diretamente na formação de várias gerações de estudantes que hoje, na sua grande maioria, são profissionais de proa.

Na URCA, ensinou até os 80 anos de idade, sendo os últimos cinco anos de forma inteiramente gratuita, pois já tinha sido aposentado compulsoriamente ao completar 75 anos. Mesmo assim, passou cinco anos sendo um verdadeiro e talvez um dos únicos “amigos da Universidade”.

Por tudo isso, Mestre Alderico é merecedor de eternos votos de gratidão e homenagem.